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Problemas da Residência Médica exigem soluções em todas as áreas

Publicado em 29/08/2008 14h00
A situação dos médicos residentes do DF foi debatida hoje (29), em audiência pública proposta pelo deputado Roberto Lucena (PMDB). Entre outros pontos, foi abordado o aumento do número de vagas de Residência Médica, como forma de melhorar o atendimento médico não só em Brasília, como também no Entorno. Lucena, que atua na rede pública como cirurgião vascular, avaliou que a situação da rede médica é precária, levando os médicos a se ocuparem com problemas como luvas e seringas, em vez de cuidarem da melhoria dos programas que os qualificam para a especialização.

Panorama - Atualmente existem cerca de 600 vagas para residência médica no DF, distribuídas por 13 hospitais, oito dos quais pertencentes ao GDF.
 A falta de gerenciamento de tais programas sem um critério único e central foi determinante para que algumas residências tivessem sua existência ameaçada.

Otávio Melo, residente de Ortopedia do Hospital Regional de Sobradinho conta que no hospital faltam anestesistas para as cirurgias e propôs a contratação imediata, por concurso ou emergencial, desses profissionais. E acrescentou que "70% dos médicos que fazem residência no Distrito Federal vindos de outros Estados não retornam à sua origem", o que justifica, segundo ele, o aumento do número de vagas para residentes na rede do DF.

Tanto o presidente do Sindicato dos Médicos do DF (Sindmédico-DF), César de Araújo Galvão, como da Associação Médica de Brasília (AmBr), Lairson Vilar Rabelo, concordaram que o cenário da residência médica no DF é adverso, seja pelo sucateamento dos hospitais, seja pela abertura indiscriminada de cursos de Medicina. Ambos manifestaram integral apoio às reivindicações dos residentes, pela melhoria das condições de formação, como também de aumento da bolsa que lhes é paga.

A importância de manter um relacionamento estreito entre a Secretaria de Saúde e a Defensoria Pública do DF, a fim de atender às demandas emergenciais que acabam desaguando na justiça, foi apontada pelo subdiretor geral do órgão, Ruy Cruvinel Filho como caminho para minimizar o sofrimento de acidentados e vítimas de síndromes graves.

Cruvinel disse que, por falta de atendimento adequado, as pessoas acabam sendo obrigadas a recorrer à Defensoria Pública para pedir, via liminar, internação, atendimento ou aquisição de medicamentos de alto custo. A melhoria das condições de trabalho dos residentes pode, em sua opinião, reduzir as dificuldades nos atendimentos e as intervenções da própria justiça.

Ao final dos trabalhos, pelo menos dez residentes se manifestaram sobre os problemas específicos de suas áreas.

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