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Pedrosa não vê conflito ético em fiscalizar setor

Publicado em 23/06/2008 19h27
A deputada Eliana Pedrosa (DEM), que chefiava a Secretaria de Desenvolvimento Social, afirmou à CPI dos Cemitérios que não via conflito ético em fiscalizar a concessão da qual fez parte no passado. O possível conflito foi apontado pelo deputado Reguffe (PDT), autor do requerimento de criação da Comissão. O parlamentar questionou Eliana Pedrosa sobre a fiscalização de uma atividade em que ela foi sócia, a administração dos cemitérios.

Em outro momento do depoimento, a deputada admitiu que a fiscalização das funerárias não foi realizada em 2007. Segundo ela, as nomeações de fiscais no GDF só começaram no final de 2007 e a falta de estrutura da Secretaria atrapalhou o trabalho."A CPI constatou cemitérios em péssimo estado de conservação, inúmeras irregularidades nas funerárias e remoção de ossadas. Fatos graves que confirmam a falta de fiscalização", criticou Reguffe.

Reguffe também perguntou à deputada porque duas multas de R$ 180 mil aplicadas à empresa Campo da Esperança foram reduzidas para apenas R$ 38 mil. Pedrosa explicou que os valores foram reduzidos a pedido da Procuradoria, que considerou o montante elevado.

O relator também questionou porque ainda não foi construído o crematório do DF, conforme previsto no edital e no contrato da administração dos cemitérios, desde 2002. A ex-secretária informou que cobrou um posicionamento da empresa que administra os cemitérios e foi informada que o projeto ainda aguarda autorização da área ambiental do governo.

Além dos integrantes da CPI - Rogério Ulysses (PSB), Erika Kokay (PT), Benício Tavares (PMDB) e Brunelli (DEM) -, também acompanharam o depoimento os deputados Berinaldo Pontes (PP), Leonardo Prudente (DEM) e Roberto Lucena (PMDB).

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