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Pedro Passos volta a alegar inocência no caso Gautama

Publicado em 13/06/2008 12h09
O ex-deputado distrital Pedro Passos voltou a prestar depoimento à CPI da Gautama na manhã desta sexta-feira (13), na Câmara Legislativa. Ao ser confrontado com as transcrições das conversas que teve com Zuleido Veras, proprietário da empreiteira Gautama, Passos repetiu diversas vezes que "tratava apenas da dívida com a venda de cavalos para o senhor Zuleido e da promessa de ajuda para a sua campanha".

Pedro Passos questionou ainda os motivos de sua prisão, em maio do ano passado. "No mandado de prisão expedido, o Ministério Público e a Polícia Federal afirmam que a principal motivação era o fato de eu ter sido secretário de Agricultura em 2001, o que é uma mentira. Só fui secretário entre o período de 2005 e 2006", afirmou.

O deputado Cabo Patrício (PT), integrante da CPI, colocou em dúvida a tese de Passos. "A minha convicção formada é que essas compras de cavalo para justificar os reiterados pedidos de ajuda financeira a Zuleido Veras não procedem", afirmou. Pedro Passos procurou desqualificar as gravações da Polícia Federal. "Essas transcrições foram editadas de forma a justificar uma mentira, ou seja, que fiz uma licitação fraudulenta em 2001 e estava cobrando propina em 2006", explicou.

Questionado sobre os motivos que levariam a Gautama a financiar a sua campanha, Passos respondeu que havia afinidade de interesses. "Eu me tornei um entusiasta do projeto da barragem do Rio Preto e é importante para uma empresa que está tocando a obra ter um parlamentar que acredita no projeto", justificou.

Passos disse ainda que, apesar de ter cobrado diversas vezes as dívidas de Zuleido Veras relativas à venda de cavalos, nunca quis protestar os débitos. "Meus clientes de cavalos são sensíveis. Eu devo ter pelo menos uma meia dúzia de inadimplentes e prefiro negociar as dívidas para poder vender mais cavalos a eles", afirmou.

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