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Lideranças comunitárias criticam agressões a Brasília

Publicado em 07/05/2007 18h00
O desrespeito ao tombamento de Brasília e a degradação da qualidade de vida no Plano Piloto podem se agravar ainda mais nos próximos anos, caso os órgãos governamentais e a população não enfrentem o problema com maior seriedade. O alerta foi feito hoje pelos participantes do seminário Defenda Brasília, promovido pela deputada Erika Kokay (PT).
 Dezenas de líderes comunitários e prefeitos de quadras denunciaram vários casos de agressão ao meio ambiente, com o avanço da especulação imobiliária e comercial.

Erika ressaltou que a própria Câmara Legislativa prejudicou a preservação de Brasília ao aprovar 237 leis que, segundo criticou, ferem o tombamento do projeto original. "Infelizmente, falta maturidade política", afirmou a deputada, que apontou ainda como causa do problema "interesses eleitorais" no atendimento das demandas que são apresentadas aos distritais.

Participação - Com muitas fotos que registram invasões de áreas verdes por anúncios publicitários e ocupações irregulares pelo comércio, a presidente do Conselho Comunitário da Asa Sul, Eliete Barros, cobrou maior fiscalização por parte do Estado no sentido de garantir mais respeito ao tombamento da cidade. Ela aproveitou para defender maior participação da comunidade na defesa de Brasília.

O superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Alfredo Gastal, enfatizou que o avanço da especulação imobiliária tem provocado muitos problemas à qualidade de vida no Plano Piloto.
 Previu que se a situação persistir, assim como acontece com o Rio de Janeiro, "as pessoas vão acabar abandonando a cidade".
 E queixou-se que, nos últimos dias, até o Ministério do Esporte mantém uma publicidade irregular do Pan, em sua fachada, apesar do protesto do IPHAN.

Também o administrador de Brasília, Ricardo Pires, lamentou a desordem urbana causada pelas agressões ao projeto de Brasília.
 E afirmou que "uma das maiores ameaças é sobre a escala residencial".

 Ele garantiu que o GDF está atento ao problema e vai ouvir as reivindicações dos moradores.

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