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Por iniciativa da deputada Jaqueline Roriz (PSDB) e proposta da ex-deputada Anilcéia Machado, a Câmara Legislativa entregou hoje, em sessão solene, o título de cidadão horário de Brasília ao ex-deputado e presidente do PSDB-DF Geraldo Campos. "Campos não é apenas uma referência para o PSDB, como também um exemplo de vida pública para todos", afirmou a deputada Jaqueline Roriz. "A gente se sente insignificante diante de tamanha generosidade", acrescentou. A vice-presidente do Tribunal de Contas do DF, corregedora Anilcéia Machado, disse que o título é uma nova "certidão de nascimento" entregue ao homenageado. Os deputados Milton Barbosa (PSDB) e Aylton Gomes (PMN) destacaram o exemplo de Campos. "Os novos políticos, como eu, só tem a aprender com a sua história", afirmou Gomes.

O secretário de Obras do DF, Márcio Machado, disse que o "PSDB tem grandes homens públicos", mas que Geraldo Campos, assim como Mário Covas, são referências primeiras.
 Segundo o secretário de Ciência e Tecnologia do DF, Izalci Lucas, Campos foi o primeiro "representante dos servidores públicos" na capital. Gerado Campos foi o relator do Regime Jurídico Único (Lei 8.112).

Ao agradecer a homenagem, Campos, bastante emocionado, afirmou: "Fui para o cárcere, fui espancado, mas vejo que valeu a pena a conquista por aqueles que não têm voz". A ex-governadora do DF, Maria de Lourdes Abadia, entre outros nomes expressivos e fundadores do PSDB, participaram da solenidade.

:Biografia - Geraldo Campos, sergipano de Aracajú, chegou em Brasília em 1958, dois anos antes da inauguração da cidade, e foi admitido na Companhia da Nova Capital (Novacap) em novembro daquele ano. O ex-deputado participou da denúncia do massacre de operários no acampamento da Construtora Pacheco Fernandes, à época da construção de Brasília, episódio relatado em filme de Wladimir de Carvalho.

Foi presidente da Associação dos Servidores da Novacap por várias gestões e um dos responsáeis pela inclusão da categoria na classe de servidores públicos, tendo, ainda, participação ativa na luta pela criação do 13º salário.

Em 1964, então membro do Partido Comunista, foi preso e condenado por dois anos, durante os quais foi torturado pelo esquema de repressão da ditadura.

Eleito deputado constituinte em 1986, foi presidente da Subcomissão de Direito dos Trabalhadores e Servidores Públicos e relator da Lei 8.112, que institui o Regime Júrico Único do Servidor Público na Comissão de Justiça, Finanças e Trabalho da Câmara dos Deputados.

Geraldo Campos participou ativamente da luta pela representação política do Distrito Federal e, em 1988, foi fundador do Partido da Social Democracia Brasileira.

Atulamente é servidor do GDF aprosentado - técnico de administração pública AGI, anistiado. Geraldo Campos, apesar do passado de luta política, foi condecorado com a Medalha de Serviços de Guerra, como ex-combatente da segunda guerra mundial e com a Ordem do Mérito de Brasília, no Grau de Grande Oficial.