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Fraga diz que vaias não o incomodam e garante que o transporte público do DF vai mudar

Publicado em 02/05/2007 13h03
O secretário de Transportes do DF, Alberto Fraga, ao falar hoje na audiência pública sobre qualidade e preço dos transportes no DF, promovida pela Comissão de Defesa do Consumidor, disse que as vaias com que foi recebido ao ter seu nome anunciado para compor a mesa dos trabalhos não o incomodam e que as mudanças a serem tomadas serão duras.

Fraga adiantou que o projeto do governo prevê efetivamente o fim das vans, que hoje operam 850 linhas, que serão substituídas por 320 linhas atendidas por microônibus, os quais, por serem maiores (24 lugares), permitem também a adaptação para o transporte de deficientes e a instalação da bilhetagem automática, a fim de possibilitar ao governo a retomada da gestão administrativa do setor.

O secretário explicou que essas e outras decisões decorrem de exigências do BID, para financiar as mudanças e oferecer a Brasília um sistema de transportes moderno e compatível com as necessidades dos usuários.
 Em sua exposição, Fraga abordou diversos aspectos do novo projeto e questões delicadas como a corrupção de fiscais, a falsificação de permissões e a recuperação da gestão administrativa do transporte público.

O deputado Pedro Passos (PMDB) recebeu aplausos calorosos dos presentes, a maioria constituída de proprietários e representantes do transporte alternativo, ao apelar para que o governo respeite os direitos adquiridos e faça as mudanças com "harmonia e justiça". Passos pediu para não transformar "pais e mães, que trabalham nas vans, em bandidos" e reclamou para os operadores das vans o mesmo tratamento dispensado aos ônibus.

Também o deputado Alírio Neto (PPS) avaliou que o transporte alternativo foi implantado no DF para suprir parte das demandas e que as licitações para operar os sistemas devem valer tanto para as vans como para os ônibus. Alírio lembrou que na licitação para venda dos lotes de Taquari foi dada preferência aos ocupantes e que o mesmo deve valer para os donos de vans, avisando que para chegar-se a um bom desfecho o "diálogo não deve morrer nunca".

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