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A deputada Erika Kokay (PT), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar, reclamou nesta sexta-feira, durante audiência pública promovida para debater o Plano Integrado de Acessibilidade, que o GDF ainda não liberou recursos para a iniciativa. "Dos R$ 13,8 milhões previstos no Orçamento do GDF para o Plano, até agora nada foi liberado, nem empenhado, nem executado", criticou.

A deputada também disse que o governo não tem argumentos para justificar que os 310 novos ônibus incluídos no sistema de transporte não tenham adaptação para deficientes. Segundo ela, a legislação estabeleceu que a partir de dezembro de 2006 todos os novos ônibus devem estar adaptados para o acesso de pessoas com dificuldades de locomoção. O prazo para que toda frota seja adaptado termina em dezembro de 2014.

O secretário-adjunto de Transporte, Júlio Urnau, anunciou que 17% dos microônibus que substituirão as vans serão adaptados para os deficientes. Ele também disse que o GDF encaminhará à Câmara um projeto de lei que regulamentará todo o sistema de transporte e cria o programa Brasília Integrada.

Para Aloísio Alves, coordenador da Diretoria de Integração da Pessoa com Deficiência (Corde/DF), está havendo uma mudança de mentalidade que está gerando uma onda em favor das pessoas com deficiência. "Mas infelizmente, somente uma onda não dará conta das demandas, precisaríamos de uma verdadeira tsunami".

Carlos Augusto, surdo-mudo e tesoureiro do Fórum Permanente de Apoio e Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência do DF e Entorno (Faped), com o auxílio de um intérprete de libras, reclamou da demora para resolver os problemas das pessoas com deficiência.