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Dono de marcenaria desconhece origem dos caixões que ia reformar

Publicado em 28/05/2008 12h09
Jurandir Alves Feitosa, proprietário da JA Móveis, de Santa Maria, onde foram encontrados por integrantes da CPI dos Cemitérios 32 caixões para serem reformados, disse hoje, em depoimento informal à Comissão na Câmara Legislativa, ter sido contratado para fazer o serviço por Isnair Morais, proprietário da Funerária São Pedro, localizada na SCLS 413. As declarações de Jurandir foram tomadas por Cristiomário Medeiros, coordenador da assessoria da CPI.
 O marceneiro explicou que nunca havia feito esse tipo de serviço e que quando combinou fazer o reparo nas urnas achou que eram do tipo usado em eleições ou em coleta de doações nas igrejas.

Jurandir também explicou que o negócio foi feito com a colaboração de um conhecido seu, de nome Fagundes, dono de uma marmoraria, que se prontificou a fazer o transporte dos caixões, já que ele não possui veículo próprio. Fagundes também foi convidado a dar esclarecimentos, mas não apareceu nem entrou em contato com a coordenação da CPI.

O marceneiro esclareceu também que dos 30 caixões levados à sua oficina, sete foram descartados como imprestáveis e apenas 23 seriam reformados.
  Adiantou, também, que não foi combinado o preço dos serviços, visto que Isnair se responsabilizou pela compra do material como verniz, massa e outros.

O deputado Reguffe (PDT), membro da CPI, foi o único a conferir os esclarecimentos de Jurandir e disse à imprensa que essas e outras irregularidades do setor decorrem da negligência do governo, que não cria regras transparentes nem fiscaliza as atividades das funerárias, que abusam do "sentimento e da dor das pessoas em momento tão dramático de suas vidas".

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