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Deputados querem mudanças, mas temem o desemprego

Publicado em 02/05/2007 14h56
A audiência pública para debater o transporte público no DF foi bastante concorrida. Vários deputados compareceram ao plenário e foram unânimes em concordar com a necessidade das mudanças, mas defenderam que o governo dê preferência aos atuais trabalhadores do transporte alternativo nas licitações para operação das linhas.

Para o representante do Ministério Público, promotor Vetuval Martins, é preciso romper o círculo vicioso em que se transformaram os problemas do transporte público no Distrito Federal. Salientou, no entanto, que as reclamações recebidas pelo MP referem-se não apenas às deficiências das vans, mas também dos ônibus, e que as mudanças têm de se guiarem pela legalidade.

O deputado Benício Tavares (PMDB) disse que é muito difícil encaixar os atuais 1.

520 permissionários do transporte alternativo nas 320 linhas destinadas aos microônibus. "Vai haver muito pai de família desempregado", avaliou, esclarecendo que vai oferecer emendas ao projeto do governo para garantir a ocupação dos atuais operadores do sistema.

Diálogo - Manter os empregos também foi preocupação dos deputados Aylton Gomes (PMN) e Milton Barbosa (PSDB). Aylton declarou que todas as mudanças causam dúvidas, que deveriam ser dirimidas a partir do diálogo entre os interessados. Barbosa assegurou que Brasília é a segunda capital com maior nível de desemprego e que se torna necessário respeitar os direitos adquiridos.

A licitação deve ser para todo o sistema, segundo Rôney Nemer (PMDB), e não apenas para as vans. Em sua opinião, é preciso ter um plano diretor para o transporte público do DF. A conquista do ponto de equilíbrio entre todos os interessados foi defendida pelo deputado Wilson Lima (PR), a fim de resolver "a difícil equação do transporte público".

O deputado Aguinaldo de Jesus (PRB) criticou a proibição do governo que impede as vans de pararem na rodoviária e esclareceu que não tem sido pressionado por ninguém para fazer a defesa dos operadores das vans. Já o deputado Raad Massouh (DEM) defendeu o GDF e declarou que o governador Arruda está muito preocupado com a questão.

O secretário Alberto Fraga reagiu aos discursos dos deputados afirmando que a redução no número das linhas será inevitável e que a todos será dada a oportunidade de participar das licitações para operarem o novo sistema. Declarou, ainda, que a opinião pública manifestou-se favoravelmente às mudanças e que o projeto de lei a ser encaminhado à Casa não terá nenhum vício de constitucionalidade.

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