Deputados protestam contra falta de quórum para votações
Deputados protestam contra falta de quórum para votações

"O governador eleito esteve aqui e foi recebido por 19 parlamentares, quando foi decidido por todos que a pauta de votações até o final de ano seria negociada entre os parlamentares e os representantes do novo governo", enfatizou o presidente. "Fizemos o dever de casa; quando vossas excelências quiserem estamos prontos para as votações", ressaltou.
O deputado Reguffe (PDT) enfatizou que só faltam nove dias de plenário até a chegada do recesso legislativo, lembrando que na Ordem do Dia estão acumulados 90 proposições, além daquelas que ainda devem ser incluídas com as negociações. O distrital criticou também a falta de votações nas comissões permanentes da Casa: "A maioria delas ou não está funcionando, ou está funcionando precariamente".
:O deputado Regério Ulysses (PRTB) disse que, após as eleições, alguns deputados distritais não retornaram mais ao Plenário. "O ano legislativo ainda não acabou. Eu mesmo tenho vários projetos na Ordem do Dia que eu gostaria de ver aprovados. O que está acontecendo é um desrespeito à população de Brasília", lamentou.
Ao concordar com os colegas, a deputada Eliana Pedrosa (DEM) lembrou que há vários projetos que estão aguardando votação definitiva na Câmara Legislativa e que interessam a muitos segmentos produtivos do Distrito Federal. E afirmou que esse é o caso do projeto de lei que regulamenta as atividades comerciais dos donos de bancas de revista.
O distrital Raimundo Ribeiro (PSDB), integrante da Mesa Diretora, criticou o fato de que, como ocorre geralmente nos finais de legislatura, acumulam-se projetos para votações nos últimos dias antes do recesso. "Não vou aceitar votar qualquer projeto sem a devida análise", alertou. Outro membro da Mesa, deputado Milton Barbosa (PSDB), voltou a cobrar o cumprimento do "dever" de comparecimento ao Plenário.
Já o deputado Rôney Nêmer (PMDB) disse que não concorda com a definição da pauta de votações por técnicos da Câmara. "São os deputados que votam e que devem decidir os projetos que vão entrar ou sair", disse. "Tem gente que já acha que está mandando", condenou.
O líder do PT, Paulo Tadeu, defendeu no final da sessão que é preciso que os deputados negociem o mais rápido possível o que deverá entrar em votação até o final do ano.