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Deputados investigam crematório em Valparaíso

Publicado em 30/05/2008 18h37
A CPI dos Cemitérios da Câmara Legislativa fez uma visita surpresa ao cemitério e crematório Jardim Metropolitano, em Valparaíso (GO). A intenção era verificar como se dá o processo de cremação e, particularmente, a destinação dos caixões usados nas cerimônias.

Após verificar o interior da sala de cremações, os parlamentares levantaram suspeitas contra a empresa. "Os familiares são proibidos por contrato de acompanharem o processo de cremação, o que é um absurdo. Temos inclusive denúncias de furtos dos objetos de valor dos cadáveres", afirmou a deputada Erika Kokay (PT).

O presidente da CPI, Rogério Ulysses (PSB), também suspeita de irregularidades. "Como todo o processo ocorre às escondidas, forma-se o ambiente ideal para a revenda dos caixões usados, que deveriam ser cremados junto com os corpos ou doados a instituições de caridade", apontou.

O Jardim Metropolitano é um cemitério e crematório particular pertencente à  empresa Campo da Esperança, que é concessionária de todos os cemitérios do Distrito Federal.
 Segundo o deputado Reguffe (PDT) a empresa lucra com a situação. "Já faz seis anos que essa empresa é obrigada por contrato a construir um crematório no DF e até agora não fizeram nada. Qualquer pessoa que queira ser cremada em Brasília não tem alternativa a não ser aqui", afirmou.

Os deputados da CPI solicitaram ao gerente do Jardim Metropolitano, Péricles Dourado, as tabelas de doações dos caixões usados nas cerimônias de cremação, notas fiscais e outros documentos. A CPI dos Cemitérios recebe denúncias pelo telefone 0800 642 0009.

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