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Deputado Pedro Passos diz que desconhecia irregularidades da Gautama

Publicado em 23/05/2007 18h16
Ao se defender das acusações de formação de quadrilha, o deputado Pedro Passos (PMDB) alegou no Plenário da Câmara Legislativa que o contrato entre a empreiteira Gautama e o GDF foi firmado em 2001, quatro anos antes de sua chegada à Secretaria de Agricultura (2005). O parlamentar, que disse desconhecer as irregularidades da empreiteira, afirmou que aprovou emendas para obras na Bacia do Rio Preto para evitar um "caos ambiental'.
   Passos disse que ao assumir a Secretaria tomou conhecimento das obras, que segundo técnicos, era o projeto mais importante em andamento no Distrito Federal. Em 2005, a obra estava embargada por uma liminar do Tribunal de Justiça e havia pendências de licenças ambientais e questionamentos do Tribunal de Contas. "Mas a pendência crucial era a cisão na Gautama - em função de uma briga de sócios - que levou a um processo de transferência da obra para a empresa LJA", observou.

O deputado buscou então pareceres jurídicos, que mostraram que era impossível que uma empresa realizasse obras ganhas em licitação por outra. "Consultei vários interlocutores, como o ex-governador Joaquim Roriz; o atual, José Roberto Arruda; e o então secretário de Obras Tadeu Filipelli.
 A resposta era que essa obra deveria ser tocada não importa por quem", destacou.

O contrato continuou com a Gautama e o deputado se empenhou em buscar recursos para a empreiteira e reverter os impedimentos judiciais.
 "Não sabia dessas irregularidades. Sabia que era uma empresa com penetração nacional, que empregava 3 mil funcionários e com contratos em ministérios", ressaltou. Segundo Passos, durante o periodo em que esteve à frente da Secretaria (abril de 2005 a fevereiro de 2006), só foram repassados à Gautama R$ 148 mil para estudos de impacto ambiental.
 "A bacia é um dos grandes produtores de grãos do DF e há anos sofre com a captação irregular de água, o que já levou a seca de alguns afluentes do Rio Preto", justificou Passos. De acordo com o deputado, o objetivo das obras era "sanar um grave problema ambiental e aumentar significativamente a produção em 15 mil hectares".


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