CPI ouve advogado que atua no recebimento do DPVAT
CPI ouve advogado que atua no recebimento do DPVAT

Questionado pelo deputado Reguffe (PDT) sobre a obrigatoriedade de contratação de advogado para o recebimento do seguro, Tosta foi enfático. "Sem advogado não há pagamento integral do seguro. O Estado faz de tudo para não pagar esses valores", afirmou. Pressionado, admitiu que "na teoria" não é preciso advogado. "Meu trabalho é legal e moral. Imoral é o Estado não permitir que, na prática, o cidadão faça tudo sozinho", explicou.
Ostrílio Tosta informou aos deputados que a comissão cobrada das famílias para atuar no processo para recebimento do DPVAT varia entre 10 e 30% do valor da ação, mas esse percentual foi questionado. "Temos vários depoimentos de pessoas que relatam que o senhor levou 50%, 60% do valor", questionou a deputada Erika Kokay (PT).
O advogado disse ainda que não faz captação de clientes. "Nós não precisamos captar clientes, eles mesmos nos procuram porque somos reconhecidamente especialistas na área", afirmou. O deputado Reguffe rebateu: "Temos vários depoimentos de pessoas que foram abordadas por papa-defuntos e levadas ao seu escritório, onde o senhor cobra para realizar um serviço que qualquer cidadão pode fazer sem advogado. Isso é um abuso da boa fé de pessoas fragilizadas e muitas vezes humildes, sem esclarecimentos".
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