CLDF

A CPI da Gautama enfrenta um impasse: finalizar os trabalhos e votar o relatório com os dados já apurados ou viabilizar a contratação de convênios para a realizações de perícias técnicas e cruzamentos de dados bancários e fiscais dos envolvidos.
 Essa dúvida poderá ser solucionada amanhã, às 14h, quando os membros da CPI deverão ter uma audiência formal com o presidente da Câmara Legislativa, Alírio Neto (PPS). Logo depois, eles deverão se reunir internamente para discutir os próximos passos da Comissão, que começou em agosto de 2007 e foi prorrogada por duas vezes.
 O prazo final agora é 8 de outubro deste ano.

Na reunião ordinária da CPI  marcada para hoje de manhã, não houve quorum para deliberação. Apenas compareceram o presidente, Bispo Renato Andrade (PR) e o relator Brunelli (DEM). Mas eles debateram por vários minutos o futuro da CPI.

Deixaram claro pontos de vista opostos: o presidende defendeu que "se não surgirem fatos novos a CPI deve ser encerrada; já o relator da Câmara cobrou providências para garantir "laudos técnicos" que não sejam constestados judicialmente pela defesa dos acusados."A Câmara Legislativa precisa de condições para firmar convênios e contratar pessoal especializado a fim de fazer o cruzamento da questão financeira", cobrou Brunelli, ao enfatizar que eles enfrentaram "muitas resistências" para obter a quebra dos sigilos das pessoas investigadas.

Bispo Renato disse que informações, como a autenticidade das ligações telefônicas, estão sendo periciadas pela Polícia Civil e já são suficientes para dar credibilidade às denúncias que serão encaminhadas ao Ministério Público pela CPI.

"O relatório parcial está muito bom. Em pizza, não terminaremos", disse, ao considerar que está na hora de se encerrar a CPI. "Já realizou um trabalho extramamente importante, apontado corrupção ativa e passiva e contratações irregulares entre o GDF e a Gautama", ponderou.