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CPI constata irregularidades na licitação do sistema funerário

Publicado em 05/06/2008 12h48
A CPI dos Cemitérios ouviu, na manhã desta quinta (05), o ex-gerente de Necrópoles do GDF, Marcos Antônio Gomes dos Santos, responsável pela fiscalização de funerárias e cemitérios do DF no período de 2003 e 2004. Marcos Antônio admitiu que não fazia fiscalização mesmo tendo conhecimento de irregularidades. Segundo ele não havia condições de trabalho.

Marcos Antônio trabalhou na Secretaria de Ação Social no período de 2003 a 2004 e foi presidente da comissão de licitação do sistema funerário, que foi lançada em 1999 e até o momento não foi concluída. A comissão apresentou transcrições de conversas telefônicas feitas pela Polícia Civil de Goiás entre Marcos Antônio e Carlos Rezende, então advogado do Sindicato das Funerárias e representante de um grupo de empresários do setor. Nas conversas, Marcos discute com o advogado a exclusão de outros empresários das reuniões para tratar da licitação para o setor.

Para o presidente da CPI, deputado Rogério Ulysses (PSB), o ex-gerente foi promíscuo na condução da licitação. "Fica caracterizado que o senhor Marcos, presidente da comissão de licitação, não tomava nenhuma posição sem consultar o grupo de empresários", constatou.

O deputado Reguffe (PDT) criticou o trabalho do ex-gerente. "Como o senhor passou um ano e meio recebendo salário pago pela população sem cumprir com a obrigação de fiscalizar o setor? Por que não reclamou ao seu superior ou deixou o cargo?", provocou.

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