Corregedor tem 15 dias para apresentar parecer sobre Passos
Corregedor tem 15 dias para apresentar parecer sobre Passos

Rôney se disse "chocado" com a arguição de suspeição feita preliminarmente por Pedro Passos. Ressaltou que sempre pautou seu trabalho pela isenção e que, até o momento, não tem juízo formado sobre o caso. Negou desavenças pessoais com o deputado investigado e lembrou que em outro caso envolvendo o deputado por suposta agressão a um bancário, opinou pelo arquivamento do processo por falta de provas. As desavenças entre os dois parlamentares teriam ocorrido durante o processo de definição dos presidentes das comissões da Câmara Legislativa. Na ocasião havia um acordo para que Rôney assumisse a presidência da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), por ser arquiteto e urbanista. Mas o acordo foi rompido, sendo que Benício Tavares (PMDB) assumiu a presidência da CAF e Rôney, "por ironia do destino" ficou com a corregedoria da Casa e agora investiga seu colega de partido, Pedro Passos.
De acordo com o artigo 50, § 6º do Regimento Interno da Câmara Legislativa, em caso de arguição de suspeição ou impedimento do corregedor, será escolhido corregedor "ad hoc", mediante eleição em Plenário, em sessão específica para o caso, a ser realizada até a sessão seguinte à que se deu a arguição.
Rôney explicou que o corregedor elabora apenas um parecer prévio, opinando se houve ou não quebra de decoro parlamentar por parte do deputado investigado. Caso entenda que não houve quebra do decoro, o corregedor pedirá o arquivamento do processo. Porém, quem decidirá pelo julgamento é a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, que terá 30 dias para apreciar o parecer opinativo encaminhado pelo corregedor.
O corregedor informou que ouvirá, a princípio, seis testemunhas. Os dois primeiros a serem ouvidos, amanhã a partir das 11h, serão Adão Ubirajara, ex-assessor jurídico da Secretaria de Agricultura do DF, e Rubens Araújo, servidor do gabinete de Pedro Passos. Rôney lembrou que tem até o dia 02 de julho para entregar o seu parecer opinativo, mas para não prejudicar o recesso parlamentar, poderá entregá-lo à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar antes do prazo previsto.