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A Comissão de Meio Ambiente da Câmara Legislativa encerrou na tarde desta sexta-feira, no auditório da Casa, os debates da Semana da Água, com três palestras que tiveram como foco principal a utilização correta dos recursos naturais nas diversas formas de habitação.

O presidente da comissão, Batista das Cooperativas (PRP), ressaltou a importância das informações transmitidas aos alunos da rede pública que acompanharam a discussão. E agradeceu a participação da comunidade no seminário, enfatizando que a comissão pretende atuar ativamente na defesa  da preservação ambiental, fiscalizando eventuais ameaças e agressões.

Na abertura das palestras, a pesquisadora da Emprapa Cerrado, Thaís Rodrigues, explicou a importância do uso racional da água para os projetos agrícolas. Ela lembrou que a ocupação desordenada do solo compromete também o desenvolvimento da agricultura, com o avanço da habitações em áreas de vales, contaminando mananciais.

Em dupla, as professoras do Departamento de Arquitetura da Universidade de Brasília (UnB), Marta Romero e Liza Andrade, ressaltaram em suas palestras que as chamadas "ilhas de calor", provocando grandes enchentes e enxurradas, poderiam ser evitadas se o ciclo natural de escoamento da água não fosse tão modificado pelo adensamento urbano. Por outro lado, explicaram que a comunidade científica vem buscando alternativas para a reparação dos danos ambientais, como a adaptação do solo e das edificações a fim de aumentar a absorção da água.

Na última palestra da tarde, a representante da ONG Patrulha Ecológica, Beatriz Agostini, chamou a atenção da garotada ao exibir as fotos da sua casa ecológica, com uma novidade para se economizar água no nosso dia-a-dia:  o uso de sanitário seco, ou seja, a água da descarga sendo substituída por serragem, com a posterior produção de esterco para a agricultura. Ela convidou a todos para conhecer a infra-estrutura da sua residência.

 "Lá consegui reduzir 95% do lixo produzido normalmente", comemorou.