Comissão de Direitos Humanos vai ao Samu investigar denúncias
Comissão de Direitos Humanos vai ao Samu investigar denúncias

Segundo o coordenador do Samu-DF, o médico Rodrigo Caselli, são as unidades avançadas – equipadas com aparelhagem para atender a doentes em estado grave – que são utilizadas nessas remoções, atrapalhando a função principal do programa, que é fazer o atendimento na casa do paciente. "Nosso trabalho também é remover pacientes, mas acabamos fazendo mais isso do que o atendimento", disse Caselli. Por mês, mais de 20 mil pessoas procuram o sistema, dessas, 8 mil precisam de atendimento de emergência, mas nem todas conseguem.
A falta de equipamentos e materiais básicos como bolsas de medicamentos e macas para pacientes não é reflexo de falta de recursos. De acordo com Caselli, o governo federal repassa ao programa, via SES, cerca de R$ 580 mil por mês, e o governo local deveria garantir contrapartida no mesmo valor. No último ano, no entanto, a conta do Samu-DF estava com R$ 12 milhões que não haviam sido repassados. "Fica difícil repor os equipamentos, desde os simples aos mais sofisticados, porque não temos acesso ao recurso. A burocracia é muito grande", revelou o médico.
A deputada pretende entregar relatório da vistoria ao Ministério Público e à Secretaria de Saúde, na tentativa de intermediar negociação que garanta a realização de concurso público e maior agilidade na compra de equipamentos. "Nós vamos somar esse relatório ao conjunto dos relatórios das unidades de saúde. Vamos apresentar ao secretário, no começo do mês que vem, com propostas de superação do caos que encontramos, mas a questão do Samu exige urgência", disse Kokay.