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Cemitério não é terra de ninguém, avisa deputado

Publicado em 20/05/2008 13h30
O deputado Rogério Ulysses (PSB), presidente da CPI dos Cemitérios, considerou hoje ser obrigação do Estado intermediar soluções para o problema dos jardineiros que estão sem trabalhar há mais de 15 dias por falta de água. "É uma relação de muito conflito", justificou o deputado, dado ao desejo da empresa que administra os seis cemitérios do DF de tentar afastar os jardineiros para assumir suas funções.

A conclusão de Ulysses foi extraída dos debates promovidos por sugestão do secretário de Justiça e Cidadania, Raimundo Ribeiro, e os 180 jardineiros que aguardam uma solução para o impasse que passaram a viver depois do corte da água, que se constitui no seu instrumento de trabalho.

O presidente da Associação dos Jardineiros dos Cemitérios do DF, Antonio Eduardo Vieira, disse que a categoria enfrenta um momento muito difícil, porque o grupo é pouco organizado e não tem nem mesmo onde se reunir, mas que o restabelecimento da água é urgente e imprescindível para garantir sua sobrevivência e de suas famílias.

Em contato telefônico com o presidente da Caesb, Rogério Ulysses ouviu deste que a regra é cortar a água de quem não paga, até mesmo de órgãos do governo. Como a conta é "milionária", a solução passa por uma auditoria da dívida para definir que parcela realmente cabe aos jardineiros, sem prejuízo para o resto da sociedade.
 O deputado Reguffe (PDT), que chegou atrasado à reunião, foi apresentado aos presentes como o responsável pela criação da CPI dos Cemitérios pelo próprio Rogério Ulysses. Reguffe explicou seu atraso pela visita surpresa que fez ao cemitério, para apurar denúncias de "gatos" de água e "luz", o que foi parcialmente constatado.

O deputado disse também que se existe uma conta de água em aberto, quem for responsável por ela tem de pagar.
 Afirmou que, mesmo sendo atribuída aos jardineiros, é imperativo verificar qual a participação de cada um deles na formação da dívida, a fim de que, a partir daí, seja ela quitada e os jardineiros possam retomar suas atividades.

  

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