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A insuficiência de ações do Estado, particularmente na recuperação de dependentes, foi um dos problemas destacados na sessão que comemorou, hoje pela manhã, o Dia Nacional de Combate às Drogas - uma iniciativa da deputada Eurides Brito (PMDB). Também foi ressaltada a relação entre consumo de drogas e criminalidade. Noventa por cento dos envolvidos em algum crime são consumidores de substâncias psicoativas, lembrou a promotora Selma Saerbonn de Souza, da Promotoria de Justiça da Defesa da Criança e do Adolescente.

Segundo ela, o DF não conta com uma instituição pública voltada especificamente para a recuperação de dependentes, por meio de medidas socioeducativas. O adolescente em crise de abstinência é internado num hospital e, dali, volta ao convívio social e familiar, muitas vezes para uma família desestruturada ou sem condições dignas de sobrevivência. O tratamento e recuperação de drogados é uma das ações fundamentais no combate às drogas, reforçou o ex-deputado distrital e conselheiro do Tribunal de Contas do DF, Renato Rainha, que há 15 anos participa da Comunidade Terapêutica Dom Bosco, organização não governamental que já recuperou 800 dependentes no Distrito Federal.

Experiências - A deputada Eurides Brito pontuou que as escolas não podem esquecer essa questão, sob pena de invalidar qualquer estratégia pedagógica. Durante a sessão foram apresentadas algumas experiências vitoriosas como a do Centro de Ensino Fundamental 1, do Riacho Fundo II, dirigida pelo professor José Murilo Figueiredo. A Escola Aberta, um dos projetos desenvolvidos pela instituição, com ênfase sobretudo nas oficinas para jovens, leva de 300 a 500 pessoas ao Centro de Ensino nos fins de semana.

Participaram ainda da sessão a diretora da Escola de Meninos e Meninas do Parque, Palmira Vanacôr; o ex-aluno daquela escola André Tiúra; dezenas de estudantes da rede pública de ensino, prefeitos comunitários, dirigentes de regionais de ensino e representantes de associações de pais e mestres, entre outros.