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Audiência pública defende inclusão de pessoas com necessidades especiais na rede pública de ensino

Publicado em 21/05/2007 16h50
Na audiência pública promovida na tarde de hoje para debater a inclusão de pessoas com necessidades especiais na rede pública de ensino, a diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), Maria Bernadete Silva, deixou clara a necessidade da adoção de novas ações e novos paradigmas como caminho para se resolver a educação inclusiva. A audiência foi proposta pelo deputado Rôney Nemer (PMDB), presidente da mesa do debate.

Maria Bernadete considerou a discussão do tema de suma importância e disse que a inclusão deve ser feita a todo momento e não pode ser vista apenas como a retratação de um grupo de pessoas, já que a educação inclusiva deve ser considerada sob todos os apectos - econômico, social, religioso - e que o combate à exclusão é fundamental para incluir todas as pessoas.

Bernadete alertou que muitos desafios precisam ser enfrentados por todos e que o acesso à rede pública de ensino regular está cada vez mais difícil, até mesmo pela resistência de muitos professores, que convivem com a falta de formação e de informação sobre o assunto. A diretora do Sinpro assegurou também que a gestão democrática deve garantir uma ampla participação dos pais na gestão da inclusão e que é preciso massificar o debate para sensibilizar a direção das escolas para receber as pessoas com necessidades educacionais especiais.

Base Legal - A legislação que garante a inclusão das pessoas com necessidades especiais ainda deixa "brechas" para interpretações duvidosas, segundo explicou a promotora de Justiça da Infância e da Juventude, Luísa de Marilac Xavier. Ela disse que a Constituição Federal estabelece certa confusão ao determinar que a inclusão de pessoas com necessidades especiais deve ser feita, preferencialmente (e não obrigatoriamente), na rede oficial de ensino. "Por outro lado, a Constituição assegura que a educação é um direito de todos - o que também abrange os deficientes", lembrou a promotora Marilac. Segundo ela, a Convenção da Guatemala, de 1981, ao interpretar o que é educação, definiu que a Educação é sempre inclusiva.

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