Assistentes sociais denunciam desvalorização da categoria
Assistentes sociais denunciam desvalorização da categoria

Representantes dos trabalhadores denunciaram a falta de capacitação, de concursos públicos e o medo de uma abertura à terceirização.
A iniciativa é da bancada do Partido dos Trabalhadores, com apoio do deputado Berinaldo Pontes (PP).
O gerente de medidas socioeducativa do GDF, Paulo Reis, salientou que as equipes estão sendo heroínas. "A precarização vem ocorrendo há décadas. A constituição diz que nenhum ser vivente está desobrigado a prestar assistência à criança e ao adolescente. No DF vemos a desvalorização de nossos servidores", afirmou Reis.
Cássio Moura, presidente do Sindicato dos Assistentes Sociais, lembrou que desde 1986 não há concurso em Brasília, nem capacitação de servidores. Na discussão dos PLs 614 e 670, o GDF não recebeu o sindicato.
"Eles são os garantidores de direitos, mas não tem os seus garantidos", afirmou. Dentre as reivindicações da categoria - que não estariam contempladas nos projetos - estão: rodízio de locais de trabalho, políticas de capacitação e reciclagem, férias de 40 dias e aposentadoria especial.
:Também a subsecretária de Assuntos Sociais do GDF, Marta Sales, destacou que não se pode esperar um bom serviço sem uma carreira garantida em lei e que a política para o setor a ser adotada no Distrito Federal é uma adaptação do que é feito em âmbito nacional - o SUAS (Sistema Único de Atendimento à Saúde).
"A filosofia é que o direito do cidadão seja atendido por uma política pública estatal, assim como são a saúde e educação", explicou.
De acordo com a vice-presidente do Conselho de Assistência Social (CAS), até o próprio órgão está em dívida com a categoria. "O CAS ainda não se posicionou sobre os PLs. É uma incompetência involuntária devido à falta de investimentos em capacitação de seus conselheiros, explicou Assunção Ribeiro.