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A liminar concedida ontem pelo Supremo Tribunal Federal para que a Secretaria da Receita Federal e a Caixa Econômica Federal liberem os dados fiscais e bancários de Pedro Passos, Zuleido Veras, Fátima Palmeira e Aguinaldo Lélis, entre outros, adiou a apresentação do relatório da CPI da Gautama, cuja versão preliminar foi entregue ontem aos membros da comissão.

O relator da CPI, deputado Brunelli (DEM) disse que ficou até a madrugada de hoje esperando a liminar, manifestando sua expectativa de que esses informes poderão esclarecer aspectos que ainda não estão suficientemente dimensionados.
 O deputado acredita que esses dados poderão levar até mesmo a nova porrogação do prazo de funcionamento da CPI.

Esse não é, porém, o entendimento do presidente da CPI, deputado Bispo Renato de Andrade (PR), que acredita ser possível o consenso para votar o relatório na sexta, 27.
 O deputado anunciou que o "relatório preliminar está muito bom e dentro do esperado". Enfatizou, contudo, que há sempre o que melhorar, como a clara definição do papel de cada um dos envolvidos nos episódios flagrados pela Operação Navalha, desencadeada pela Polícia Federal em 2007.

O presidente da CPI adiantou que não tem dúvidas quanto à existência de um esquema da Gautama no DF, comandado pela diretora comercial da empresa, Fátima Palmeira.
 Disse também que não ficou satisfeito com as explicações dadas por Pedro Passos à comissão e que tanto ele como Aguinaldo Lélis, também ex-secretário de Agricultura, tiveram participação ativa nesse esquema.

Versão preliminar - A versão preliminar do relatório do deputado Brunelli tem cerca de 200 páginas e, dependendo do acolhimento das sugestões que forem encaminhadas pelos membros da CPI, poderá não ser único. Isso por que o deputado Cabo Patrício (PT) anunciou que apresentará voto em separado,  caso o nome de Pedro Passos não figure entre os indiciados.