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Professores cobram mais investimentos em escolas rurais do DF

Publicado em 25/04/2014 10h23

Em audiência pública na manhã desta sexta-feira (25), para discutir problemas que afetam a educação no meio rural do DF, professores cobraram do governo medidas concretas para a melhoria do sistema de ensino no campo. No debate, que aconteceu no auditório da Câmara Legislativa, por iniciativa do deputado Joe Valle (PDT), eles defenderam a necessidade de mais turmas de ensino médio naquelas escolas – sobretudo à noite –; formação qualificada dos docentes; melhoria do transporte escolar e segurança, além de alimentação adequada.

"Já existem muitas leis aprovadas no DF que tratam desses temas. O que precisamos agora é encontrar meios para agilizar isso", enfatizou Joe Valle, ao comentar a reivindicação para que os produtos da agricultura familiar produzidos no DF possam chegar mais rápido às escolas. E acrescentou que os agricultores também enfrentam dificuldades para entregar seus produtos diretamente nas escolas, o que aumentaria os custos.

A professora Adelina Bernadete, que atua na área rural, foi uma das participantes que propôs a descentralização dos recursos destinados às escolas, como no caso da compra de alimentos junto aos produtores rurais do DF.  "Muitos desses produtos são perecíveis", lembrou.

O presidente da Emater-DF, Marcelo Botton Piccin, anunciou que o GDF publicou hoje edital  destinando cerca de R$ 7 milhões para investir na compra da agricultura orgânica familiar. Mas reconheceu que "o formato do sistema é quadrado, não roda", ao dizer estar convencido de que a descentralização do sistema de compras seria a melhor estratégia.

Aperfeiçoamento – Além dos problemas com a qualidade da merenda escolar, professores também reclamaram da infraestrutura geral de funcionamento das unidades de ensino, citando como exemplo o mau estado de conservação da Escola de Aperfeiçoamento de Professores (EAP), na Asa Sul.  "Precisamos de mais investimentos em formação qualificada", defendeu a professora Lana Freitas, que defendeu prazo mínimo de quatro anos para a educação continuada dos professores.

"Muitos estudantes estão abandonando as escolas no período noturno por falta de segurança e dificuldades de transporte", reclamou a professora Rayssa Borges, que trabalha no Paranoá. Assim como outros colegas, ela  defendeu a abertura de mais cursos noturnos de ensino médio na área rural. Professores do campus UnB em Planaltina também manifestaram apoio às reivindicações dos docentes das escolas, sobretudo em relação à melhoria da qualidade de ensino.

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