Deputados visitam Complexo da Papuda
Deputados visitam Complexo da Papuda
Publicado em 11/04/2008 13h12

A Comissão de Segurança da Câmara Legislativa visitou, na manhã desta sexta-feira (11), o Complexo Penitenciário da Papuda, para verificar as condições de funcionamento do maior presídio do Distrito Federal. Os deputados Bispo Renato Andrade (PR), Rogério Ulysses (PSB), Reguffe (PDT) e Pedro do Ovo (PMN) percorreram as dependências internas dos presídios, onde verificaram o funcionamento do sistema e ouviram as reivindicações dos internos. "Posso afirmar que esse serviço público funciona com um profissionalismo que beira o rigor científico", constatou Ulysses. Apesar de as condições gerais das unidades prisionais terem agradado aos parlamentares, algumas reivindicações apresentadas pelos presos e pela direção do sistema trouxeram preocupação. Anderson Espíndola, subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal, reclamou da falta de servidores. "Hoje temos um déficit de pelo menos mil servidores, o que prejudica o nosso trabalho", afirmou. Os deputados verificaram que alguns serviços estão sendo afetados pela falta de pessoal. É o caso, por exemplo, de dois blocos prisionais já inaugurados, mas fora de funcionamento porque não há servidores suficientes para garantir a segurança. Também foi constatado que salas de aula estavam vazias por falta de funcionários para garantir a segurança dos presos e professores. Como a segurança pública do Distrito Federal é financiada com recursos federais, os concursos para contratação de pessoal devem ser realizados pela União.
Colchões - Para o deputado Bispo Renato Andrade (PR), a falta de colchões e a qualidade desses materiais representam a maior preocupação dos presos. "Muitos não têm colchão e os que têm reclamam da baixíssima qualidade do material", afirmou. Os deputados da comissão anunciaram que vão levar as reivindicações ao secretário de Segurança Pública do DF, Cândido Vargas. Ônibus - Outra reclamação é a falta de linhas de ônibus que cheguem até a portaria da penitenciária. "Sabemos que muitos detentos, ao serem soltos, têm que andar longas distâncias até o ponto", afirmou Renato. A direção do presídio atesta a falta dos ônibus e solicitou aos deputados encaminhamento da questão.