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Caso de intolerância religiosa repercute na Câmara Legislativa

Publicado em 17/06/2015 14h24

Um caso de intolerância religiosa ocorrido no Rio de Janeiro nesta semana repercutiu na sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal desta quarta-feira (17). Vários distritais condenaram o episódio, no qual uma menina de 11 anos foi atingida com uma pedrada quando saia de um culto do candomblé. Para combater o crescimento da intolerância religiosa, os deputados sugeriram a realização de uma audiência pública com as lideranças de várias religiões e a realização de uma campanha publicitária para esclarecer a sociedade sobre o problema.

O deputado Chico Vigilante (PT) disse que ficou irritado com o caso e lamentou que episódios semelhantes estejam se tornando comum. "Este tipo de intolerância é um crime e os responsáveis têm que ser punidos", defendeu. O deputado Rodrigo Delmasso (PTN), presidente da Frente Parlamentar da Diversidade Religiosa, considerou o caso estarrecedor e afirmou que todas as religiões precisam ser respeitadas. Para ele, casos de intolerância têm que dar cadeia.

Delmasso informou que a Frente já preparou um material contra a intolerância religiosa, que deverá estar disponível no próximo mês. O distrital sugeriu ainda a criação de um canal de denúncia para este tipo de violência.

O deputado Ricardo Vale (PT) disse que foi vítima na noite de ontem de intolerância, ao declarar-se contrário à retirada das questões de gênero no projeto do Plano Distrital de Educação (PDE). Para ele, aqueles que retiram direitos ou segregam determinado segmento estão contribuindo para gerar violência. "E o culpado são os que se utilizam da fé para disseminar o preconceito", sentenciou.

Vale sugeriu que a Câmara realizasse uma campanha publicitária contra a intolerância religiosa que, segundo ele, vem crescendo muito na cidade. Já o deputado Chico Leite (PT) pediu que a Frente Parlamentar assuma a defesa do respeito à diversidade religiosa, "conforme previsto na Constituição".

Ao final das intervenções, os deputados sugeriram a realização de uma audiência pública com líderes de todas as religiões existentes para discutir medidas contra a intolerância religiosa no DF.

CURTAS

Privatização – Outro tema abordado pelo deputado Chico Vigilante foi um decreto do governador Rodrigo Rollemberg, que trata da concessão ao setor privado do Parque da Cidade, de hospitais e de outros espaços públicos. O distrital disse que o decreto será publicado amanhã, mas já está assustando a cidade. "Com esta privatização, o usuário do Parque da Cidade terá que pagar para entrar? E como ficam os hospitais que passarem para as mãos de empresas?", questionou Vigilante. "Vamos realizar uma audiência pública para discutir este decreto e não vamos aceitar em hipótese nenhuma a privatização do parque", completou.

Água – O deputado Agaciel Maia (PTC) defendeu na sessão desta quarta a racionalização e otimização do uso de água no DF. Segundo ele, os recursos hídricos estão cada vez mais escassos e é necessária uma discussão mais profunda sobre o tema. Maia acredita que o disciplinamento do uso do solo, o controle da utilização de agrotóxicos e a racionalização dos sistemas de irrigação são medidas que podem ajudar. O deputado informou que promoverá nos próximos dias uma audiência pública para discutir o tema.

Servidor – Rodrigo Delmasso lembrou que hoje se comemora o Dia do Servidor Público Aposentado e pediu reconhecimento e agradecimento aos que trabalharam para servir a população do DF. Delmasso aproveitou para comemorar a retirada da urgência do projeto do Executivo que muda as regras da previdência local. Segundo ele, a proposta precisa ser amplamente discutida com sindicatos e representantes dos servidores.

CEB – O deputado Wellington Luiz (PMDB) criticou a ausência do presidente da CEB, Francisco Aurélio Sampaio Santiago, em debate realizado hoje na Câmara sobre a proposta de privatização da companhia. O parlamentar defendeu a convocação do presidente da empresa para esclarecer porque não compareceu ao debate. "Foi um desrespeito ao Parlamento e ao povo de Brasília", condenou.

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