Câmara inaugura placa que dá nome de Lindberg Aziz Cury ao auditório da Casa
Câmara inaugura placa que dá nome de Lindberg Aziz Cury ao auditório da Casa

Atualizado às 21h50
A Câmara Legislativa realizou nesta terça-feira (12), às 20h, solenidade de descerramento da placa que denomina o auditório da Casa como "Auditório Lindberg Aziz Cury" em homenagem ao empresário e pioneiro de Brasília, falecido no dia 2 de dezembro de 2016. A Resolução nº 295/2017, de iniciativa do deputado Raimundo Ribeiro (PPS), que homenageia o pioneiro foi publicada no Diário da Câmara Legislativa (DCL) do dia 6 de outubro último.
Para Raimundo Ribeiro a homenagem é justa e merecida, uma vez que Lindberg Aziz Cury é considerado por ele e por muitos como o "pai da política" do Distrito Federal". O deputado lembra que, no momento em que Brasília tinha sua voz cassada, ele teve a coragem e disposição de colocar a Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF) para discutir os grandes temas políticos da cidade. Além disso, segundo o parlamentar, sua marca e grande contribuição ao DF e ao setor produtivo nacional é notável, pois ele ajudou a fortalecer o associativismo no país.
"A Associação Comercial do DF, quando presidida por Lindberg, ajudou a consolidar o direito dos brasilienses de elegerem um governador e fortaleceu a ideia de uma Câmara Legislativa própria, o que acabou acontecendo. Não temos outro nome que melhor represente nossa Casa", acrescenta Ribeiro.
Trajetória – Descendente de libaneses nascido em Anápolis (GO), Lindberg Aziz Cury mudou-se para Brasília em 1959, depois de terminar o curso de direito em Goiânia. Na capital, criou a revendedora de veículos Planalto Automóveis, que durante muitos anos foi a maior revendedora Ford da cidade, localizada na W3 Norte. Empresário cuja história se confundia com a de Brasília, foi também fundador e primeiro presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Automóveis, Peças e Acessórios e secretário de Desenvolvimento Econômico do DF.
Lindberg ajudou a consolidar a Associação Comercial do Distrito Federal, criada em 1957, entidade que presidiu durante 17 anos. Foi defensor das eleições diretas de 1982, tendo organizado o que é conhecido como o primeiro comício de Brasília, que contou com a presença de lideranças políticas nacionais, entre elas, Leonel Brizola e Lula.
Elegeu-se primeiro suplente ao Senado Federal em 1994 e, com a renúncia de José Roberto Arruda, após o escândalo da violação do painel do Senado, tornou-se senador entre maio de 2001 e janeiro de 2003. Entre os principais feitos de Lindberg no Senado está o fato de ter trabalhado com afinco pela criação do Fundo Constitucional para o Distrito Federal, hoje uma fundamental fonte de renda para garantir o funcionamento do GDF, sobretudo no que diz respeito às áreas de saúde, educação e segurança.
O empresário pioneiro morreu no dia 2 de dezembro do ano passado aos 82 anos, vítima de parada cardíaca. Deixou a mulher, Marta, quatro filhos e oito netos. Por sua trajetória, recebeu diversas homenagens da classe empresarial da cidade, incluindo o título de Mercador Candango, dado pela Fecomércio, e o prêmio Mérito Senac.