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Câmara debate situação dos correspondentes não bancários do BRB

Publicado em 17/03/2016 16h41

Responsáveis pelos postos do BRB Conveniência espalhados pelo Distrito Federal, os correspondentes não bancários reclamam da diminuição do número de caixas, da redução da remuneração recebida pela preparação de malote e do limite de recebimento de títulos em, no máximo, R$ 2 mil. As reivindicações e críticas da categoria foram debatidas em comissão geral da Câmara Legislativa nesta quinta-feira (17), com a participação de deputados e de representantes do BRB e dos conveniados.

Segundo alguns correspondentes, as recentes mudanças implementadas pelo banco têm prejudicado o próprio atendimento à comunidade. Outros apontam ainda que, com a redução da remuneração para preparação de malote de R$ 83,00 por dia para R$ 41,50, estaria difícil manter a conveniência.

"Queremos ser tratados como parceiros do banco, não como adversários", disse o secretário-geral do Sindicato dos Correspondentes Bancários e Não Bancários do DF (Sindcoorb/DF), Paulo Matos. Ele destaca também a importância do segmento para a geração de empregos e arrecadação de impostos: "São mais de mil empregos diretos nas 280 conveniências, e R$ 20 milhões arrecadados por ano".

A diretora do BRB Kátia do Carmo Peixoto Queiroz reconheceu a relevância do trabalho dos conveniados: "O banco não pode prescindir do correspondente, que está muitas vezes em locais onde não temos agências. E 98% dos correspondentes mostram a cara do BRB de forma positiva". Ela aproveitou para esclarecer o motivo da redução da remuneração pela preparação de malote: "O pagamento foi alvo de questionamentos por parte do Tribunal de Constas do DF, pois não existe essa prática no mercado".

Função social – Diversos deputados acompanharam a comissão geral, realizada a pedido da presidente da Casa, deputada Celina Leão (PPS). Ainda em seu discurso inicial, a distrital lembrou o papel dos correspondentes, que permitem ao BRB estar mais presente em todas as regiões administrativas do DF.

Por sua vez, o deputado Ricardo Vale (PT) afirmou: "Banco público tem de ter papel social. E as conveniências cumprem essa função, especialmente nas áreas mais carentes". Na mesma linha, o deputado Raimundo Ribeiro (PPS) destacou que o banco deve ser um instrumento para servir o cidadão.

Já o deputado Wasny de Roure (PT), que acompanha a situação dos correspondentes há algum tempo, apresentou dados sobre o segmento no cenário nacional e sugeriu a criação de um grupo de trabalho para tratar dos conveniados do BRB.

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