(Autoria: Deputado Iolando)
Manifesta votos de louvor à Tenente-Coronel Jucilene Garcês Pires, pelos relevantes serviços prestados à frente da Polícia Militar do Distrito Federal.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal,
Com base no art. 144 do Regimento Interno desta Casa, proponho aos nobres pares a manifestação de votos de louvor à Tenente-Coronel Jucilene Garcês Pires, pelos relevantes serviços prestados à frente da Polícia Militar do Distrito Federal.
JUSTIFICAÇÃO
A Tenente-coronel Jucilene Garcês Pires, 52 anos, é natural do povoado quilombola de Mesquita, na Cidade Ocidental (GO) e Oficial combatente e comandante do Batalhão de Policiamento Escolar.
Os pais dela, Pedro Garcês, 75, e Ana Teixeira Magalhães, 80, tiveram quatro filhos na comunidade, mas deixaram a região, em 1973, para que as crianças fossem para a escola. Morou em dois endereços no Gama, de aluguel, para que seus irmãos e ela pudessem estudar. A família ganhou uma casa em Ceilândia Norte, na QNM 20, na Guariroba.
Jucilene viu no esporte uma alternativa para crescer na vida. Ao assistir propagandas com esportistas, passou a nutrir a vontade de se tornar atleta. A oportunidade apareceu quando, mais uma vez pela televisão, a goiana descobriu que uma empresa de refrigerantes buscava talentos para o Pentatlo Brasileiro de Atletismo — competição composta por cinco provas: salto a distância, em altura, lançamento de disco e de dardo, além de corrida e luta. Descobriu que seu colégio, o Centro Educacional 4 de Ceilândia, participaria com a equipe de atletas no campeonato. Como não integrava o time, decidiu ir para a competição escondida no ônibus. Quando chegou ao local das provas, na Universidade de Brasília, fez a inscrição.
A empreitada rendeu a Jucilene o primeiro lugar no campeonato local. Antes de ingressar na carreira militar, tornou-se velocista profissional. Por duas vezes, em uma competição em Medellín, na Colômbia, quebrou o recorde dos 400 metros, em 1983. A primeira marca foi de 54 segundos e seis milésimos. Na segunda, fez o percurso em 36 milésimos a menos. O recorde perdurou por 25 anos. Aos 17, teve estafa, o que a tirou das pistas. Foi um momento muito difícil de sua vida. Passou por um deserto. Conseguiu enfrentar a situação ao ter apoio da sua família e dos amigos. Decidiu que precisaria de uma profissão mais estável e decidiu se tornar uma policial militar.
Em 1990, ela tornou-se soldado da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Dois anos depois, conseguiu nova aprovação, mas para oficial — à época, era possível ascender por meio de concursos públicos. Mesmo com uma carreira consolidada, seguiu os estudos e formou-se em educação física pela Faculdade Alvorada, em 2002. Depois, fez pós-graduação em fisiologia do exercício pela Universidade Gama Filho.
Prestes a entrar para a reserva, nada mais do que justa a presente homenagem pelos relevantes serviços prestados na área do esporte e da segurança pública.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO