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Dia do assistente social é comemorado com seminário na CLDF

Publicado em 12/05/2025 16h29

Foto: Carolina Curi/ Agência CLDF

Para comemorar o dia do assistente social, que é celebrado em 15 de maio, a Câmara Legislativa realizou seminário temático na tarde desta segunda-feira (12). A iniciativa partiu do deputado e assistente social Fábio Félix (PSOL). “Tenho muito orgulho de ser um assistente social no exercício do mandato parlamentar. É um trabalho muito difícil, pois se trata de remar contra a maré. O maior desafio da nossa atuação profissional é manter a coerência profissional na dinâmica do trabalho junto com a nossa própria sobrevivência na profissão”, afirmou o distrital na abertura do evento.

Neste ano, a comemoração do dia do assistente social está focada na defesa da justiça ambiental como forma de enfrentamento da desigualdade social. “É preciso falar sobre justiça ambiental. Isso tem a ver com direito ao futuro, direito à qualidade de vida, direito à saúde. Nos últimos dez anos o GDF plantou 100 mil árvores no Plano Piloto e 2 mil árvores em São Sebastião. O serviço social tem que cumprir um papel de denúncia quanto a isso”, defendeu Fábio Félix.

Para o professor Thiago Rezende, do curso de serviço social da Universidade do Distrito Federal (UnDF), a defesa da justiça ambiental precisa ser incorporada na profissão. “Estamos falando de temas afeitos à nossa profissão, pois faz parte do nosso compromisso ético promover a justiça ambiental. Hoje somos apenas cinco docentes em serviço social na UnDF, mas esperamos crescer e formar assistentes sociais comprometidos com um projeto ético-político condizente com os desafios da profissão”, afirmou.

Representando o curso de serviço social da Universidade de Brasília (UnB), o professor Raí Vieira Soares lembrou da importância da universidade pública na formação de novos assistentes sociais. “Estamos formando assistentes sociais desde os anos 70 na UnB. Celebrar o dia do assistente social é também celebrar a importância dos cursos públicos de formação de agentes sociais qualificados”, afirmou. O docente também comentou os novos desafios dos assistentes sociais na sociedade contemporânea. “Com o avanço do agronegócio no Centro-Oeste, temos um desafio aos assistentes sociais na garantia do direito à cidade e na defesa do meio ambiente”, explicou o professor Raí Vieira Soares.

 

Carolina Curi/ Agência CLDF


A presidente do Conselho Regional de Serviço Social do DF, Karine Figueiredo, chamou a atenção para a importância da defesa da justiça ambiental para a sociedade. “Nós vivenciamos cotidianamente os impactos dos crimes ambientais, desastres e catástrofes que afetam a população. Somos a unidade da federação com a maior segregação sócio-espacial do país. Testemunhamos a falta de saneamento, a destruição da fauna e flora, as operações de derrubadas realizadas pelo GDF de forma violenta e violadora de direitos”, disse.

Karine também criticou a desvalorização da categoria pelo governo. “É inadmissível que assistentes sociais que atuam no Iges ganhem R$ 3 mil. Os colegas recebem menos de dois salários mínimos na capital do país, sem auxílio alimentação e sem nenhum outro benefício”, reclamou.

O subsecretário de assistência social da Secretaria de Desenvolvimento Social do DF, Coracy Chavante, apresentou um quadro geral dos usuários dos serviços sociais no DF atualmente. “A gente trabalha hoje com 400 mil famílias no cadastro único, o que significa mais de 1 milhão de pessoas no DF nesse cenário de desigualdade e vulnerabilidade social. Vamos lutar para fortalecer o sistema de assistência social para mudar a conjuntura do Distrito Federal”, prometeu.

Patrícia Joni Rocha Lacerda, representante da Secretaria de Educação, reconheceu o baixo número de assistentes sociais na pasta, mas enalteceu o trabalho realizado. “São apenas 11 assistentes sociais para quase 700 escolas com mais de 450 mil alunos. No entanto, é importante destacar que nossas assistentes sociais estão trabalhando para instituir uma política de serviço social da educação, coisa que a gente não tem até agora. Vai ser um ganho enorme para a educação pública do DF”, garantiu.

Eder Wen - Agência CLDF

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