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DCL n° 178, de 16 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 28b/2024
Relatório de Presença por Recomposição : 28ª Reunião Extraordinária, da 2ª Sessão
Data: 07/08/2024
__________________________________________________________________________________________________
Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 18:17:55
Estavam Presentes
1 RICARDO VALE PT
2 FÁBIO FELIX PSOL
3 DANIEL DONIZET MDB
4 CHICO VIGILANTE PT
5 IOLANDO MDB
6 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
7 ROOSEVELT PL
8 JORGE VIANNA PSD
9 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
10 PEPA PP
11 GABRIEL MAGNO PT
12 ROBÉRIO NEGREIROS PSD
13 DAYSE AMARILIO PSB
14 PAULA BELMONTE CIDADANIA
15 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
16 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
17 JAQUELINE SILVA MDB
18 MAX MACIEL PSOL
19 WELLINGTON LUIZ MDB
Estavam Ausentes
1 DOUTORA JANE MDB
2 HERMETO MDB
3 JOÃO CARDOSO AVANTE
4 JOAQUIM RORIZ NETO PL
5 THIAGO MANZONI PL
07/08/2024 18:35 1 Administrador
Término da Reunião às 18:27:47
Estavam Presentes
1 RICARDO VALE PT
2 FÁBIO FELIX PSOL
3 DANIEL DONIZET MDB
4 CHICO VIGILANTE PT
5 IOLANDO MDB
6 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
7 ROOSEVELT PL
8 JORGE VIANNA PSD
9 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
10 PEPA PP
11 GABRIEL MAGNO PT
12 ROBÉRIO NEGREIROS PSD
13 DAYSE AMARILIO PSB
14 PAULA BELMONTE CIDADANIA
15 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
16 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
17 JAQUELINE SILVA MDB
18 MAX MACIEL PSOL
19 WELLINGTON LUIZ MDB
Estavam Ausentes
1 DOUTORA JANE MDB
2 HERMETO MDB
3 JOÃO CARDOSO AVANTE
4 JOAQUIM RORIZ NETO PL
5 THIAGO MANZONI PL
_____________________________
Presidente
07/08/2024 18:35 2 Administrador
DCL n° 178, de 16 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 28a/2024
Relatório de Presenças por Reunião
Reunião : 28ª Reunião Extraordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária, da 9ª Legislatura Dia : 07/08/2024
__________________________________________________________________________________________________
Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo
01 CHICO VIGILANTE PT 18:09:17 Biometria
02 DANIEL DONIZET PL 18:09:16 Biometria
03 DAYSE AMARILIO PSB 18:09:28 Biometria
04 EDUARDO PEDROSA UNIÃO 18:09:39 Biometria
05 FÁBIO FELIX PSOL 18:09:14 Biometria
06 GABRIEL MAGNO PT 18:09:25 Biometria
07 IOLANDO MDB 18:09:20 Biometria
08 JAQUELINE SILVA MDB 18:09:42 Biometria
09 JORGE VIANNA PSD 18:09:21 Biometria
10 MARTINS MACHADO REPUBLI 18:09:21 Biometria
11 MAX MACIEL PSOL 18:10:51 Biometria
12 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP 18:09:23 Biometria
13 PAULA BELMONTE CIDADAN 18:09:35 Biometria
14 PEPA PP 18:09:24 Biometria
15 RICARDO VALE PT 18:09:11 Biometria
16 ROBÉRIO NEGREIROS PSD 18:09:26 Biometria
17 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD 18:09:37 Biometria
18 ROOSEVELT PL 18:09:21 Biometria
19 WELLINGTON LUIZ MDB 18:12:01 Biometria
Ausências :
Nome Parlamentar Partido
DOUTORA JANE MDB
HERMETO MDB
JOAQUIM RORIZ NETO PL
THIAGO MANZONI PL
Justificados :
Nome Parlamentar Partido Texto
JOÃO CARDOSO AVANTE Licenciado conforme AMD nº 99, de 2024
Totalização
Presentes : 19 Ausentes : 4 Justificativas : 1
_____________________________
Presidente
07/08/2024 18:33 1 Administrador
DCL n° 178, de 16 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 1b/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA PREPARATÓRIA,
DESTINADA A ELEGER OS MEMBROS DA MESA DIRETORA
PARA O 2º BIÊNIO DA 9ª LEGISLATURA
E O OUVIDOR E O CORREGEDOR DA CLDF
PARA A 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
Ata considerada lida e aprovada na 62ª (SEXAGÉSIMA SEGUNDA) Sessão Ordinária, em 14 de AGOSTO
de 2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 14/08/2024, às 15:38, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1784008 Código CRC: 71928218.
DCL n° 178, de 16 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 28d/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA 28ª (VIGÉSIMA OITAVA) SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Ata considerada lida e aprovada na 62ª (SEXAGÉSIMA SEGUNDA) Sessão Ordinária, em 14 de AGOSTO
de 2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 14/08/2024, às 15:24, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1782931 Código CRC: 93A0CE88.
DCL n° 060, de 25 de março de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 19/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 19ª
(DÉCIMA NONA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 20 DE MARÇO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H TÉRMINO ÀS 16H54MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está aberta a sessão ordinária de quarta-feira,
20 de março de 2024, às 15 horas.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Agradeço a presença de todos, em especial a dos nossos assessores e assessoras e a dos
nossos deputados.
Convido o nobre primeiro-secretário desta casa, deputado Pastor Daniel de Castro, a secretariar
os trabalhos da mesa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Boa tarde, senhor presidente. Boa tarde a todos os
servidores desta casa e aos que assistem a esta sessão pela TV Câmara.
Senhor presidente, sempre chegarei no horário a fim de deixar tudo pronto para V.Exa.
conduzir, com muita dignidade e honra, como o senhor sempre faz, a sessão nesta casa. É sempre
bom poder assessorá-lo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 18ª Sessão Ordinária, de 19 de março de 2024;
– Ata Sucinta da 11ª Sessão Ordinária (sic), de 19 de março de 2024.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem
observações as atas mencionadas. (Pausa.)
Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro, pelo apoio de sempre, pelo carinho costumeiro do
amigo, do irmão.
Neste momento, não temos quórum suficiente para iniciar os Comunicados de Líderes;
portanto, a presidência suspenderá a sessão por 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h05min, a sessão é reaberta às 15h30min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está reaberta a sessão.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, eu tive a oportunidade, no dia de hoje, de participar de uma grande
assembleia dos professores e das professoras do Distrito Federal. Foi a primeira assembleia do ano. Os
professores estão retomando a campanha salarial da categoria.
Na verdade, foi feito um acordo com o Governo do Distrito Federal para a suspensão da greve,
mas o Governo do Distrito Federal não cumpriu uma série de pontos que estavam acordados. Portanto,
os professores, hoje, se reuniram nas imediações da Funarte, e foi uma grande assembleia. Além dos
pontos que não foram cumpridos, eles estão abrindo a campanha salarial, reivindicando 19,8% de
reajuste salarial.
Os professores de Brasília, que já foram os mais bem remunerados do Brasil, hoje estão em
sexto lugar no ranking salarial de educadores no território nacional. Portanto, é mais do que justa essa
luta que eles estão implementando. Terão todo o meu apoio no sentido de fazer com que o governo
compreenda e chame efetivamente os trabalhadores para negociar, chegue a um entendimento e
atenda à reivindicação dessa categoria de profissionais tão importantes para o futuro do Distrito
Federal e desta nação.
O segundo ponto que quero abordar diz respeito a mais uma campanha salarial, a dos
vigilantes do Distrito Federal. A data-base dos vigilantes é no dia 1º de janeiro. O sindicato patronal
tinha por obrigação tratar uma negociação digna e oferecer uma proposta para que a categoria não
tivesse que ir à greve. Entretanto, não fizeram isso. Hoje é dia 20 de março e, por sinal, é o dia da
felicidade. Mas pergunto: que felicidade terão os trabalhadores, como alguns vigilantes do Distrito
Federal que – é o caso de quem trabalha pela empresa MultiServ, quem trabalha no Supremo Tribunal
Federal – sequer estão recebendo o tíquete de alimentação? Qual a felicidade que esses trabalhadores
poderão ter?
O sindicato fez todos os esforços para que se chegasse a uma negociação, mas, infelizmente,
por intransigência do sindicato patronal, não se chegou ao entendimento. Agora foi pedida a
instauração do dissídio coletivo. Os juízes do trabalho, os desembargadores irão analisar essa questão
do dissídio coletivo e certamente, nos próximos dias, a categoria entrará em greve para ter os seus
direitos assegurados e respeitados. Portanto, todo o apoio, toda a solidariedade aos vigilantes do
Distrito Federal, que estão sendo desrespeitados pelo sindicato patronal, que não quer fazer uma
negociação decente com a categoria.
Por último, presidente, quero parabenizar o secretário de cultura, Cláudio Abrantes. Falei com
ele há pouco por telefone, e ele me adiantou que publicará, no dia de hoje, um edital criando um
prêmio de fotografia no Distrito Federal que terá o nome de uma renomada jornalista e fotógrafa do
Distrito Federal chamada Regina Santos. Esse prêmio irá distribuir cerca de 60 mil reais para 3
categorias de fotógrafos do Distrito Federal. Portanto, o secretário de cultura está de parabéns pela
iniciativa desse prêmio e por ter colocado o nome...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – ... de alguém tão importante, que é essa brilhante jornalista,
que fazia um trabalho muito parecido com o feito pelo fotógrafo e jornalista Sebastião Salgado, ia no
mesmo caminho, na mesma pegada, e realmente fez um trabalho espetacular aqui no Distrito Federal.
Ela merece todo o reconhecimento.
Infelizmente, ela foi acometida por um câncer e teve a sua vida ceifada em fevereiro deste
ano. Eu vou apresentar uma proposta de concessão de título de cidadão honorário para essa artista,
para que possamos homenageá-la post mortem.
Esse prêmio estipulado pela Secretaria de Cultura do Distrito Federal é o reconhecimento do
quanto essa profissional foi importante para o Distrito Federal.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante. Eu
agradeço pelo importante pronunciamento.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente, boa tarde.
Quero iniciar citando o trecho de uma música do rapper GOG:
“Somos o primeiro do mundo de novo:
60% dos homicídios por arma de fogo.
Reprovados na prova,
Derrotados pela rota da desova.
Haja choro, haja luta, haja preto, haja cova,
E o caldeirão ferve.
A qual senhor tu serves?”
Esse trecho, de meados de 1990, GOG fez para relatar a violência sofrida pela juventude preta
e periférica no Brasil. Desde os anos 1990, o Brasil amargava números altíssimos de violência contra a
juventude. Foi ouvindo esse poeta que eu comecei a entender o meu lugar de fala, o meu território e
as minhas questões. Porque, de fato, grande parte dos meus amigos da época, da minha juventude,
estavam também envolvidos em uma série de violências ou cometendo determinadas violências e
poucos puderam me ver, inclusive hoje aqui, como deputado. Eu já disse isso no meu primeiro
pronunciamento.
Eu tive a oportunidade de, no ano 2000, ainda no governo Fernando Henrique, participar do
que seria o Plano Nacional de Juventude. Em 2003, o governo Lula toma a decisão de criar a primeira
Secretaria Nacional de Juventude e, naquela época, já militando na juventude, fomos chamados a
construir o que seria a primeira Conferência Nacional de Juventude. E assim fizemos.
Só que eu queria saber mais. O que era ser jovem no Brasil nos anos 1980 e 1990? O que
determinava ser jovem? Qual era a faixa etária que mudava a minha responsabilidade ou que me
permitia viver a cidade, o trabalho, a renda e a universidade? Muitos dormiam com 17 anos,
acordavam com 17 anos e 12 meses e já eram adultos. Com 18 anos você já era adulto. Vai fazer o
quê na vida? Você não é mais jovem. Só que nem sequer nós tínhamos vivido a nossa juventude. Foi aí
que, então, decidi fazer uma especialização, na Universidade de Brasília, na Faculdade de Educação,
cujo tema foi estudar a mortalidade da juventude preta e periférica neste país. Trago aqui um resumo
do que foi a minha dissertação e o que nós descobrimos naquela época.
A primeira legislação do Brasil para discutir a juventude adolescente e a adolescência foi o
chamado Código de Menores de 1927. Daí surgiu a tese menorista, o debate do menor carente, do
menor em situação de rua. O termo “menor” era o filho do outro, era aquele que não tinha casa,
aquele que não estava na escola – esse era o menor. Quem não estava nessa composição era
chamado de criança.
Então, o Código de Menores, em 1927, estabelece que aquela criança que não tem família
estruturada, que não está na escola, que não tem trabalho e renda e está na rua, deve ser recolhida.
Ela não é um agente de direito. O Código de Menores: “Vamos higienizar. O que essa meninada está
fazendo na rua agora?” Detalhe: o menor; não, a criança. A criança era o filho daquele que estava
estabelecido, que tinha condição de trabalho e renda e tinha educação.
Para dar conta, então, de suportar o Código de Menores, o governo brasileiro cria, em 1941, o
Serviço de Assistência ao Menor, que, em 1964, se transforma em Fundação do Bem-Estar do Menor –
Funabem; depois, Febem. Ou seja, o menor, sem direito, sem o acesso garantido na Constituição à
educação, sem uma família estruturada, deveria ter acolhimento do Estado, teria uma fundação para
acolhê-lo. Na verdade, era um modelo prisional, porque ele já havia perdido todos os laços afetivos
dele, que foram rompidos. Ou até mesmo aquele, cujo pai e cuja mãe eram obrigados a trabalhar, e
ficava à mercê, sem condição de estar na escola – porque não tinha esse direito –, também era olhado
como menor e devia ser recolhido para a fundação. Pois bem, a Funabem – ou Febem – é de
conhecimento de muitos, mas essa é a história.
E olhem que interessante: foi na Assembleia-Geral da ONU de 1985 que foi estabelecido que os
países signatários deveriam determinar o que era ser jovem e criar uma política internacional e
nacional da juventude – em1985! Eu sou de 1982. Então, nos anos 1990, o Brasil tenta fazer algo
parecido, não por milagre, mas pela luta do movimento popular e social. Cria, então, o Estatuto da
Criança e do Adolescente em 1990, pela Lei nº 8.069/1990. E olhem só que beleza – muitos não leram
o estatuto e ainda o condenam –: nós não reduzimos a taxa de mortalidade infantil, não garantimos
creches para crianças de 0 a 3 anos...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – ... Nós não garantimos o ensino fundamental, não determinamos
pré-natal para as mulheres por milagre, foi graças a um estatuto, a uma lei! Só que, mais uma vez, a
lei tratava do ser de 0 a 17 anos e 12 meses – eu não falo nem 18 anos. Mas o que fazer com aquele
que completou 18 anos? Para onde ele vai? Bem, foi então que, no ano 2000, começa a surgir o que
seria o Plano Nacional de Juventude, no qual inicio minha militância, e somente em 2013, com a Lei nº
12.852/2013, criamos o Estatuto da Juventude. Criamos o Conjuve em 2005. Criamos, em 2007, o
primeiro Encontro Nacional de Juventude Negra. Criamos, em 2008, a primeira conferência nacional de
políticas de juventude e assim vai.
Olhem só o tempo que eu falei para vocês: quase 40 anos debatendo o que é ser jovem e a
garantia de direitos para criança e adolescente. Mas continuamos pegando as estatísticas. Ora,
estatística de que o poeta GOG falava nos anos 1990:
“Somos o primeiro do mundo de novo:
60% dos homicídios por arma de fogo.”
Neste país, 78% dos que morrem por meio da violência letal por arma de fogo são jovens
pretos e periféricos. A maioria dos que estão ausentes do ensino regular é de população preta. A
maioria encarcerada no sistema prisional é a negritude, sobretudo jovens. Aqueles que estão
afastados, morando mal, sem direito à alimentação, em sua maioria, é a negritude. E muita gente acha
que isso é por acaso. Não é. Esse ainda é um processo estruturante de um país racista que não
conseguiu vencer essas barreiras e continua ainda obtendo altos índices de mortalidade da juventude.
Em 2004, deputado Ricardo Vale, nós participamos de uma pesquisa que se chamava Pesquisa
de Fatores Determinantes da Violência no DF, na qual aparecem Sobradinho I e II e Ceilândia como as
cidades com a maior incidência – naquela época – de violência à juventude preta e periférica.
Apresentamos recomendação para o Estado do que deveria ser a saída de políticas públicas para
reduzir a violência letal dessa parcela da juventude. Depois, em 2010, nós mudamos o quadro –
Ceilândia continua a ter um alto índice – e passam a ser Itapoã, Arapoanga e Estrutural, cidades nas
quais trabalhei com muita honra e com muita tranquilidade.
O que eu quero dizer e por que fiz esse discurso aqui? É para dizer que amanhã, na cidade de
Ceilândia, o presidente Lula vai lançar, deputado Ricardo Vale, o programa nacional pelo fim da
violência da juventude negra, o Juventude Negra Viva. E por que não é juventude viva? Porque não é
qualquer juventude que está morrendo, é uma parcela da população que está morrendo – e, detalhe,
georreferenciada.
Nós fazíamos um estudo do Núcleo de Ação Inicial, o NAI, da Secretaria da Criança. Quando
você pegava um jovem que estava cumprindo medida de internação, se você falasse Santa Maria, você
já sabia a quadra em que havia conflito. Se você falasse Ceilândia, você já sabia a quadra em que
havia conflito. Se você falasse Sobradinho II, você já sabia a quadra em que havia conflito. Deputado
Ricardo Vale, se fizéssemos um pente fino, nós acharíamos a rua em que há mais jovens que estão
envolvidos em algum tipo de letalidade, em algum tipo de violência. O que o Estado está fazendo para
intervir in loco naquele território, naquela rua, naquela quadra, dando aquela atenção? Nada.
Então, a política que será lançada amanhã pelo presidente Lula é um marco importantíssimo
em um debate que estamos atrasados enquanto sociedade. Queremos discutir a valorização de uma
juventude viva, a juventude negra viva, na escola. É por isso que o ensino médio está com pé de meia;
os institutos federais sendo descentralizados na periferia, com mais atenção... Por quê? Não é porque o
jovem abandona e vai para a criminalidade, deputado Ricardo Vale. É porque muitos deles têm de sair
para ajudar mãe e pai em casa e, assim, estudar à noite já começa a ficar difícil. Muita gente diz aqui
que o crime agrega, que, para o crime, há fila, cobra-se currículo, que você vai até lá para entregar o
currículo e dizer: “Eu queria fazer parte do crime”.
Isso é uma mentira. Isso é uma falácia. Primeiro, eles sequer vivem na comunidade. O crime
não pega currículo, ele não é empresa. O crime agrega, ele não pergunta para ninguém, ele acolhe. Ele
fala: “Beleza. Estamos juntos”. Ele dá poder, prestígio e reconhecimento social, coisas que a escola não
consegue dar, deputado Ricardo Vale, que os programas sociais não conseguem dar, que o Estado não
consegue permitir. Trata-se de um jovem cheio de conflito com ele mesmo, tentando entender que é
uma criança e, ao mesmo tempo, todo mundo diz que ele é um adulto, que ele tem um monte de
tarefa para cumprir... Mas ele está com má alimentação em casa, com uma família que, às vezes, já foi
abandonada pelo pai ou que a família dele é a mãe – aqui nós estamos respeitando todo tipo de
família, não existe uma família modelo –, que tem de sair de casa cedo para cuidar de filhos dos outros
e deixou o dela sem ninguém. Então, o crime pega esses jovens, dá a eles a oportunidade de serem
ouvidos, coisa que pouquíssimos fazem quando um jovem chega para desabafar. Temos de ouvi-los e
ter a tranquilidade de, quando eles se acalmarem, indicar o melhor que eles podem fazer.
Permitimos que um jovem menor de idade tenha uma pistola ponto quarenta que custa 7 mil,
14 mil – o presidente, deputado Wellington Luiz, estava aqui e já tinha falado o preço –, mas não
temos a coragem de dar ingresso de cinema para esse jovem. Não há um teatro para onde esse jovem
possa ir, não há uma câmera fotográfica para ele poder tirar uma foto.
Deputado Ricardo Vale, é importante este projeto Juventude Negra Viva para poder, primeiro,
transversalizar nas pautas interministeriais, exigir recorte orçamentário que o priorize, para que o Brasil
não amargue mais o alto índice da mortalidade da juventude negra periférica.
Para encerrar de verdade, presidente, aproveitando, ontem foi falado aqui sobre educação
sexual nas escolas. Eu não sei se a câmera vai conseguir pegar, mas eu falava disso com o deputado
Fábio Félix ontem. Essa é uma matéria do Correio Braziliense, de 9 de outubro de 2005, deputado
Ricardo Vale, está aqui a foto. Deixe-me ver se a câmera consegue enquadrar. Essa é a foto. (Mostra
fotografia.)
Essa matéria falava sobre boas práticas na educação, deputado Fábio Félix, para trabalhar a
saúde sexual reprodutiva nas escolas, reduzir a gravidez na adolescência e reduzir as DST/aids. Esse
personagem de branco aqui, óbvio, de boné, sou eu. Sabe o que tem nessa mesa aqui, deputado
Ricardo Vale? Prótese peniana, prótese de vagina e camisinhas que nós distribuíamos nas escolas. Nós
fazíamos uma educação chamada educação entre pares. Eu ganhei um prêmio da Unesco por isso.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Se eu fizer isso hoje, talvez eu seja crucificado. Mas olhem que
coisa interessante: em 2005, era Roriz. Está aqui até uma credencial de quando eu era redutor de
danos pela Secretaria de Saúde. Eu distribuía cachimbo para o usuário, eu distribuía água para o
usuário de merla, eu distribuía preservativos a profissionais do sexo. Em 2005, o Estado me reconhecia
por fazer um trabalho de educação entre pares com jovens cujo tema era saúde sexual reprodutiva.
Está aqui outra foto também de um jornal local. Nós éramos referência, deputada, no Carnaval,
pois fazíamos um trabalho seríssimo de conscientização para o uso abusivo de álcool e outras drogas,
mas também para a saúde sexual. Está aqui a nossa equipe. Nessa época, eu estava sem boné; quem
conseguir ver, eu ainda tinha cabelo.
Quando falamos sobre saúde sexual reprodutiva nas escolas, nós não estamos ensinando
ninguém a fazer sexo, isso as pessoas aprendem com a vida. E que bom que os pais podem orientar as
suas filhas e filhos de como deve ser uma relação interpessoal para não haver agressão, para não
haver assédio, para respeitar o corpo da colega ou do colega. Nós fizemos isso e fomos premiados – eu
não tenho mais o prêmio, porque ficou na entidade de que eu fazia parte. Isso é só uma história de
como, em menos de 20 anos, nós mudamos completamente a percepção histórica de um avanço
significativo na civilização de respeito mútuo, de cuidado, mas, sobretudo, de responsabilidade com os
demais temas.
Obrigado, presidente.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Permite-me V.Exa. um aparte?
DEPUTADO MAX MACIEL – Ouço o aparte de V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Presidente, como no tempo de
liderança cabe um aparte, eu o pedi ao deputado Max Maciel para, muito rapidamente, parabenizar o
deputado pelo trabalho feito. Comentávamos, ontem, que o trabalho era coordenado pelo finado
professor Mário Ângelo, que foi uma referência internacional no enfrentamento à epidemia do HIV/aids
no Brasil e no mundo e que foi meu professor.
Eu participei do projeto Saúde e Prevenção nas Escolas não exatamente nessa época, um
pouquinho depois. Tive a oportunidade também de visitar algumas escolas do Distrito Federal, e nós
estamos falando sobre isto: educação para a sexualidade e para a prevenção à violência.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Esse é o rumo da conversa que hoje é feita nas escolas, a despeito
da tentativa de alguns setores da sociedade de criarem esse pânico moral.
Eles falam coisas em que eles nem acreditam, simplesmente para criar um espantalho, porque
eles precisam, a todo tempo, criar inimigos em relação a temas que deveriam ser debatidos de forma
minimamente qualificada. É óbvio que ninguém quer debater ou ensinar sexo nas escolas. É óbvio!
Essa é uma questão muito óbvia, mas falar isso, demonizar, satanizar os setores que pensam diferente
é a forma que eles escolheram para fazer o debate, desqualificando-o.
Por isso é que eles falam: “a esquerda”, “o anticristo” e um monte de coisas. Mas é um monte
de coisas em que nem eles acreditam. É uma forma de se criar polarização, de se acirrar a polarização
e desumanizar o outro lado, demonizar o outro lado. Desqualificam o debate da prevenção, em relação
à sexualidade na infância, na adolescência, exatamente no enfrentamento à violência e à gravidez,
como V.Exa. falou. Esse é o debate central que todo mundo devia ter o mínimo de dignidade de fazer,
mas, infelizmente, nem todo mundo se propõe a fazer o debate da forma correta.
Obrigado e parabéns a V.Exa. pelo trabalho desempenhado no programa de saúde e prevenção
nas escolas. Não tenho dúvida de que houve muitos frutos e que hoje há muitas crianças e
adolescentes que devem agradecer esse programa. Felizmente, professores e professoras seguem
fazendo isso nas escolas do Distrito Federal.
DEPUTADO MAX MACIEL – Agradeço, deputado Fábio Félix. Assim encerro minha fala, senhor
presidente, agradecendo toda a paciência pelo tempo.
Obrigado.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
muito obrigado.
Realmente, ontem houve um grande embate, que foi feito com muita dignidade e com muito
respeito de todas as partes, seja da esquerda, seja da direita. Nós temos convivido aqui e o nosso
debate é respeitoso. Mas ele é, também, no limite das nossas posições ideológicas.
Eu acho que posso, com muita modéstia e com muito carinho – nada de querer aqui me
arvorar ou de querer me sobressair –, dizer uma coisa importante. Primeiro, eu sou pai. Eu tenho 3
filhas; 2 são advogadas e 1 está no colégio, mas, há pouco tempo, todas estavam no colégio. Filhas de
um professor e filhas de uma professora – a minha esposa – da rede educacional. A minha igreja é
cheia de professores e professoras. Então, não é bem como o nobre deputado que me antecedeu, que
pediu um aparte, falou: que não queremos ensinar sexo.
Eu vou pedir licença ao Distrito Federal, na linha do que o deputado Thiago Manzoni trouxe
ontem. Nós temos debatido isso dentro das nossas igrejas, porque nós temos que orientar nossas
crianças para elas não serem levadas pelo vento que está sendo reproduzido. Gente, o povo é
inteligente, o povo sabe fazer a leitura. Lá na ponta, nós sabemos o que é educação sexual e nós
sabemos o que é erotização das nossas crianças.
Eu peço licença, Brasília, com muito respeito – é um pastor que fala –, mas olhe o que dizem 2
adolescentes conversando. Isto aqui está distribuído, são 1.900 livros desses na escola, senhor
presidente: “Depois de vencermos essa etapa, passei para a tarefa seguinte: me dedicar a manter o
pau duro tempo suficiente para desenrolar aquela borracha,” – a camisinha – “que teimava em ir para
lá e para cá, tudo isso sob o olhar paciente da Tamires [...] Quando finalmente encaixei a camisinha,
começamos a nos beijar, e logo em seguida eu a penetrei, e ela deu um único gemido. Nossa transa...”
Onde isso aqui é educação sexual? Isso aqui está distribuído nos colégios. Minha filha não vai aceitar
isso, porque eu não aceito. Isso aqui sou eu quem falo com ela dentro da minha casa, é a minha
esposa quem fala com ela dentro da minha casa.
Eu não acredito que a esquerda vem aqui dizer que nós falamos algo em que não acreditamos.
Eu acho que são eles que discursam algo em que eles não acreditam; ou eles querem mesmo
sexualizar as nossas crianças. Está aqui. Na verdade, eles querem isso. É isso o que eles querem.
Deixe-me falar: há que ter um enfrentamento ideológico mesmo. Se eles defendem isso aqui –
e muito bem o fazem, com muita força, muita guerra –, nós também faremos nossa defesa. Não
viemos aqui para ficar calados, não. Se alguém confia neles, há outro grupo que confia em nós
também.
Eu estou andando em Brasília e sei o tanto de pai e mãe que está me procurando. Eu saio aqui,
no corredor – não irei expor ninguém, não –, e há alguém que fala: “Ainda bem, pastor, que existe
você para fazer o enfrentamento, o deputado Thiago Manzoni, o deputado Roosevelt”. Nós precisamos
fazer esse enfrentamento, porque não é justo isto aqui: “Encaixei a camisinha, começamos a nos
beijar. Primeira transa. Gozei rápido”.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – “Tão rápido... Gemer. A Tamires olhava para mim
com os olhos abertos, dizendo: ‘já?’“.
Desculpe-me, Brasília, mas esta casa é o parlamento, é onde temos que falar para o povo
ouvir, presidente, e saber o que estamos enfrentando, a guerra que estamos tendo que travar. Assim
como eles lutam pelas famílias que eles defendem –e isso é justo –, não nos tirem a justiça de
defender, de brigar pelas famílias que representamos, que nos colocaram aqui e que, no mínimo,
esperam de nós a força e a coragem de fazer todo o enfrentamento necessário e dizer: “Nós estamos
aqui, sim, para defender a família em que acreditamos, a família tradicional, respeitando todas as
outras famílias”. Mas vamos falar da nossa família. Aliás, todos eles fazem parte dessa família, porque,
se não houvesse um pai e uma mãe, nem aqui estaríamos, não é?
Façam a sua defesa, mas deixem-nos fazer a nossa também. Não nos discrimine por isso, não,
porque nós temos sido muito justos, presidente. Eles não estão nos vendo acessar os tribunais, como
eles fazem conosco o tempo todo.
Para falarmos aqui, temos que ter um cuidado enorme. Só que aqui é política. Aqui é política.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Convido para fazer uso da palavra, nos Comunicados de Líderes, o deputado Thiago Manzoni,
pelo PL.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente. Boa tarde aos parlamentares que estão aqui. Boa tarde às equipes de assessorias, à
imprensa e à população do Distrito Federal que nos acompanha.
Hoje, presidente, inicio dizendo que não é sem motivo que chegamos aonde chegamos. Ao que
tudo indica, nos últimos 20 anos ou quase 20 anos, foi o pessoal que liderou a educação sexual das
nossas crianças na escola. Não é à toa que cada vez mais as nossas moças engravidam cedo, cada vez
mais cedo. Não é à toa que temos uma geração de jovens pervertida, assediadora, que não respeita as
mulheres. Não é à toa. Sob o pretexto de ensinar sexualidade, o que se ensinou foi perversão, e isso se
reflete na nossa sociedade. É óbvio que vai se refletir, não haveria como não ser assim.
Os políticos e as políticas públicas, hoje, tentam corrigir os frutos, tentam mudar o fruto que a
árvore está dando. Acontece que o que está podre é a raiz, e ela não está podre de hoje.
O deputado que me antecedeu mostrou que, desde 2005, eles estão ensinando isso na escola,
mostrou uma espécie de coleção de vibradores que eles levavam à escola para ensinar para os alunos.
O resultado vem, não tem jeito de não vir – não tem jeito.
Agora, o que quer se corrigir é o fruto, mas, se não se corrigir a raiz, o fruto não vai mudar.
Essa árvore está dando fruto. O fruto é ruim, o fruto é muito ruim. Graças a Deus, a nossa população
já percebeu e quer mudar, e é por isso que existe tanta adesão aos discursos de direita feitos desta
tribuna. É por isso que, quando nós saímos às ruas, as pessoas nos param para agradecer, porque nós
temos a coragem de defender as nossas crianças, os nossos adolescentes. Os pais e as mães não
querem isso sendo ensinado na escola. Podem ensinar biologia, podem ensinar aparelho reprodutor,
todos nós aprendemos. Não precisa de vibrador, não precisa ensinar a menina a botar camisinha.
Aliás, a ex-ministra Damares, quando quis educar a nossa população, as nossas meninas, para
começarem a vida sexual mais tardiamente, para evitar a gravidez precoce, ela foi ridicularizada.
Bonito, mesmo, o pessoal acha é fazer campanha com vibrador. Não, não é. Os pais e as mães não
acham bonito, não acham legal que isso esteja nas escolas. E, aí, pode ser de qualquer espectro
político. O cara pode votar no partido político que for, mas ele não quer a filha dele e o filho dele
expostos a isso na escola. Não é para isso que o pai deixa a criança na escola.
Quando nós argumentamos contra isso, ao perder nos argumentos, a sequência todo mundo já
conhece – é o que acontece no Brasil há muito tempo: vitimização. Quando eu não tenho argumento,
eu me vitimizo. A esquerda faz isso de maneira recorrente. Primeiro, brada alto. Quando a resposta
vem, vitimiza-se, coloca-se numa posição como se estivesse sob ataque.
A esquerda nunca esteve sob ataque. As ideias da esquerda agora estão sendo atacadas,
combatidas, enfrentadas por pessoas que decidiram sair da sua vida comum e que nunca foram
políticos. Está cheio aqui nesta casa, está cheio lá na Câmara dos Deputados, está cheio no Senado
Federal de pessoas que se cansaram de ver o pensamento esquerdista dominar o Brasil e decidiram
ocupar os lugares. E nós vamos ocupá-los. É uma maratona, não é uma corrida de 100 metros. Nós já
começamos a correr e não vamos parar.
No seio da sociedade brasileira nós somos majoritários, amplamente majoritários. É por isso
que o PL é o maior partido de direita, é o maior partido na Câmara dos Deputados. É por isso que aqui,
nesta casa, a maioria dos deputados não é de esquerda. São 18 que não se dizem de esquerda e 6 que
se dizem.
A população, ao procurar as pessoas em quem votar, procura quem pensa de maneira
parecida, quem defende a polícia, quem defende o professor, quem defende as crianças, quem
defende o trabalhador.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Peço mais um tempo e agradeço a V.Exa.
Então, isso está reverberando na sociedade, e o que o deputado Pastor Daniel de Castro falou
aqui é verdade. As pessoas nos param mesmo para agradecer, para abraçar. Isso é normal e vai
continuar acontecendo.
Outro efeito imediato, outro resultado imediato da mudança de mentalidade da população é
que o governo atual do presidente da República é reprovado pela maioria da população brasileira. As
taxas de aprovação estão cada vez mais baixas e era de se esperar, porque o Brasil voltou. Eles dizem:
qual Brasil que voltou? Eu digo. Houve uma licitação na refinaria de Abreu e Lima, apelidada a refinaria
mais cara do mundo. Adivinha quem ganhou? A ex-Odebrecht, Novonor agora. Junto com ela, a
Andrade Gutierrez, as 2 envolvidas no Petrolão. Ganharam a licitação de qual refinaria? Abreu e Lima.
Esse filme o brasileiro já viu. Não tem como esse governo ter aprovação. De novo 8,7 bilhões de reais
vão para o bolso das mesmas pessoas, do mesmo grupo. É difícil.
Tivemos notícia, na semana passada, de uma carta de um conselheiro da Vale. O conselheiro
pediu demissão e explica as razões pelas quais pediu a demissão – abre aspas: “Encaminho-lhe a
minha renúncia ao mandato de membro independente do Conselho de Administração da Vale S.A.,
para o qual fui eleito na Assembleia Geral de Acionistas da Vale com o mandato de maio de 2023 a
abril de 2025. Apesar de respeitar decisões colegiadas, em minha opinião, o atual processo sucessório
do CEO da Vale vem sendo conduzido de forma manipulada. Não atende ao melhor interesse da
empresa...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – ... e sofre evidente e nefasta influência política”. Nós já vimos
esse filme, e o brasileiro não quer ver outra vez. É por isso que reprovam o atual governo.
Para completar, há aquelas presepadas que ninguém aguenta mais. Anunciaram passagem de
avião por 200 reais. O ministro Silvio Costa Filho anunciou. Todo mundo vai voar de avião com
querosene de aviação lá nas alturas, ICMS lá em cima. “Vocês vão pagar só 200 reais”. Ontem,
anteontem, sei lá, ele foi a um programa de televisão e falou assim: “Passagem de avião a 200 reais é
insano”. Mas ele tinha anunciado. Então, é assim: nenhum compromisso com a verdade. É apenas
mentira e manipulação. O brasileiro não aguenta mais isso. É por isso que a direita continua a crescer e
continuará a crescer.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Obrigado pelo pronunciamento.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Presidente, só para colaborar com a
fala do deputado que antecedeu. O pessoal nunca gestou política de saúde, então, não pôde promover
nada nos últimos 20 anos. Estou falando aqui enquanto cidadão que fez o melhor processo, no melhor
momento da história, para debater sobre saúde sexual reprodutiva, que era referência – salvo engano,
você pode pesquisar nos anais – no mundo. Quebra de patente de remédio, redução dos índices de
DST/aids, redução dos índices de gravidez na adolescência.
Outra coisa importante, deputado, o senhor está dizendo que as pessoas estão promíscuas –
sei lá qual é o nome que utilizou ali –, mas não é por causa da formação que eu fiz, porque, quando eu
fazia, eles tinham 16 anos, 17 anos, ou seja, hoje eles têm 37 anos, 38 anos. Não é essa juventude,
pelo contrário. Essa juventude de agora é resultado da ausência dessa política, que foi cortada. Houve
uma ruptura por entendimento como esse que acha que falar sobre isso vai resolver; pelo contrário, o
Distrito Federal amarga o maior índice de sífilis na adolescência. Sabem por quê? Porque não falamos
para o jovem como se coloca camisinha. É assim que se fala, não há outro jeito.
As pessoas acham que a pessoa tem que fazer sexo só depois do casamento. Não me interessa
se vai fazer depois do casamento, interessa-me se vai ser prazerosa e segura, se ele não vai ser
violentado ou violentada. Interessa-me saber se ela vai sofrer uma gravidez na adolescência e vai ser
expulsa da escola porque está grávida; se vai ser expulsa da família porque está grávida; se vai ser
expulsa do seio dos amigos porque está grávida e ninguém a acolhe.
Vão às escolas para ver as meninas que se evadiram da escola porque engravidaram. Não
houve uma rede de apoio para dar sustentação para elas; pelo contrário, foram condenadas. Falaram
que ela ia perder a vida dela, que agora já era a vida dela. Cria-se um transtorno psicológico tremendo
que não se coaduna.
Outra coisa, só para encerrar, deputado: há 600 mil pessoas no Brasil com DST/aids; 400 mil
pessoas não sabem. Então, não há outro jeito de não saber a não ser falar abertamente sobre o tema,
sem nenhum pudor.
O Brasil já foi referência mundial em enfrentamento às DST/aids. Não fizemos isso negando o
debate; pelo contrário, foi falando abertamente para que as pessoas tenham noção do que se trata,
para terem tranquilidade, inclusive, de como se prevenir.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Primeiro, presidente, eu me
corrijo então. Se foi o deputado Max Maciel, como cidadão, que estava a fazer aquele tipo de
apresentação, eu retiro as palavras que disse em relação ao partido, e as palavras são então para
quem fez a apresentação.
Eu agradeço ao deputado Max Maciel por me corrigir, e me corrijo. Não há aqui nenhuma
tentativa de negar o debate, pelo contrário, nós estamos fazendo o debate. Não é verdade dizer que
nós estamos querendo negar o debate. Estamos debatendo qual é a melhor estratégia.
Isso nós vamos continuar fazendo, não vamos parar, porque a nosso sentir, a nosso ver, essas
políticas são inadequadas para crianças em escolas.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) – Vou
aproveitar que o deputado Pepa não está presente para eu falar como líder do PP. Eu e o deputado
Pepa estamos em uma guerra, presidente, V.Exa. não tem noção. Queremos saber quem é o líder do
PP: ele fala que sou eu, eu falo que é ele. É... Cada um fica com um p, não é? (Risos.)
Presidente, boa tarde. Boa tarde, senhoras e senhores deputados, amigos, servidores,
profissionais de imprensa e demais cidadãos que nos acompanham pela TV Câmara Distrital e pelas
redes sociais. Boa tarde a todos vocês!
Desde os meus primeiros pronunciamentos nesta Casa eu fiz questão de enfatizar a minha
origem cristã, minha luta pela família, minha convicção de que a resposta para todos os conflitos
humanos pode ser encontrada nas escrituras – nunca vou abrir mão disso.
Vamos respeitar as pessoas. Acho que a maioria dos deputados aqui tem filhos, mas tenho
certeza de que nenhum deputado gostaria que o estado metesse a mão na educação do filho dele.
Podem vir fazer todas as defesas aqui, mas eu quero saber se há deputado aqui que tem uma filha
para a qual gostaria que determinada coisa fosse falada.
Então como Pastor vou educar a minha filha; como um cristão vou falar da minha fé. Trago
aqui Billy Graham, o maior evangelista dos últimos séculos. Ele afirmou, certa vez, com muita
propriedade, que os princípios bíblicos são atemporais e, portanto, mais atuais do que os jornais que
serão publicados no dia seguinte. Billy Graham, uma autoridade no mundo, falou isso.
Faço essa breve introdução, presidente, para compartilhar com a sociedade civil que nos
acompanha neste momento minha percepção sobre o tema “descriminalização do porte de drogas”,
outra pauta que a esquerda defende de forma assustadora.
Tenho a firme convicção de que o caminho mais eficiente para o enfrentamento do tráfico e do
consumo de drogas demanda não apenas a resposta do Estado aos atos criminosos já praticados – o
que é necessário –, mas também a preservação da liberdade das instituições, cujo trabalho,
historicamente, contribuiu para a formação do caráter do ser humano, para a solidez de valores morais
e para o respeito aos princípios que permitiram à humanidade viver em sociedade.
Falo, principalmente, das atividades desenvolvidas pelas milhares de igrejas que chegam a
locais, deputado Thiago Manzoni, onde o Estado não chega e não é presente. Essas instituições
conseguem realizar o trabalho que o Estado não consegue. Portanto, falo de instituições que merecem
respeito e, exatamente por esse motivo, não podem ser atacadas por agentes políticos que declaram
ter orgulho de ser comunistas e que, sem qualquer constrangimento, afirmam combater a família, o
patriotismo e os valores morais.
Feito esse breve registro, presidente, vou apresentar 2 perspectivas igualmente reveladoras da
tragédia que representaria uma potencial legalização do uso e da catástrofe social que sobreviria de
alguma outra hipótese de descriminalização do porte de droga.
Do ponto de vista jurídico, com todo respeito ao entendimento do Supremo Tribunal Federal, o
Recurso Extraordinário nº 635.659, deputado Thiago Manzoni, da lavra da Defensoria Pública do
Estado de São Paulo, não deveria sequer ter sido conhecido.
Basicamente, a Defensoria Pública de São Paulo arguiu que a incriminação do porte de droga
ofenderia direitos e garantias fundamentais do cidadão, especialmente a intimidade e a vida privada.
Nesse ponto, ela faz menção ao art. 28 da Lei federal nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que
ensejou a condenação do acusado, então sob os seus cuidados.
Com o devido respeito ao senhor defensor público, esse argumento não se sustenta por vários
motivos, entre os quais o disposto no art. 1º do Decreto Lei nº 3.914, de 9 de dezembro de 1941, Lei
de Introdução do Código Penal. Conforme a redação de mencionado artigo, crime é a infração penal à
qual a lei comina pena de reclusão ou detenção, caso não verificado na espécie, então, sob os cuidados
daquele órgão defensório.
Cumpre lembrar, presidente, que as ditas penas elencadas nos 3 incisos do precitado art. 28 da
Lei nº 11.343/2006 compreendem: advertência sobre os efeitos das drogas, prestação de serviço à
comunidade e medida educativa de comparecimento em programa de curso educativo.
Via de consequência, o conteúdo em que se apresenta desdobrado o referido art. 28, inclina-se
mais para a política pública preventiva, reabilitadora, do que propriamente para tipificações penais, fato
que por si exigiria a rejeição do recurso.
Por outro lado, os denominados direitos e garantias fundamentais, então reconhecidos no texto
constitucional, não se traduzem no exercício ilimitado e irresponsável de direito. Bem sabemos que a
ação humana é o ferramental que transubstancia a norma em fato jurídico e, de igual modo, não há
dúvida quanto à constatação de que é o homem quem atua a Constituição. Essa afirmação é do doutor
Antônio Gonçalves.
Ora, nossa sociedade se caracteriza pela miscigenação racial e por uma complexa gama de
credos, de valores, de ideologias, de percepções sobre a vida, e uma vez que a ação humana é quem
materializa a Constituição, ela deve necessariamente sujeitar-se a regras constitucionalmente postas.
Portanto, quando o homem atua a Constituição, deve fazê-lo dentro de limites que preservem o
rigoroso respeito a todas as diferenças. Ninguém sobressai sobre ninguém não! Nós temos regras,
normas, leis, ou seja, do ponto de vista das relações sociais, não há como considerar sequer que, sob o
resguardo de direitos e de garantias fundamentais, de vontades individuais, coloquem-se em risco os
fundamentos de existência dessas próprias relações.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Nesse caso, presidente, não existem direitos
desvinculados de deveres. As prerrogativas decorrentes do princípio da cidadania, então, implicam
reconhecermos que há limite para a fruição de direito, mesmo para aqueles ditos fundamentais.
Assim, quando da ocorrência de alguma ruptura das regras socialmente aceitas e toleráveis, ou
ainda quando da ocorrência de algum comportamento humano que fragilize essas relações, o Estado
tem o dever de agir para preservar a ordem pública e para reestabelecer os limites que tornam seguro
o espaço ocupado por toda a coletividade.
Para finalizar, senhor presidente, creio que qualquer linha de defesa em favor da
descriminalização do porte de droga deve estar precedida por uma clara compreensão da realidade
enfrentada pela família, pelo cidadão comum, pelas mulheres que lutam para criar seus filhos com
dignidade e com honestidade.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhoras e senhores parlamentares, amigos e
amigas que nos ouvem, temos a obrigação da sensibilidade social e devemos compreender a realidade
que confronta diariamente o povo brasileiro. Falo do aumento da criminalidade, do recrudescimento
dos casos de feminicídio, da massa de jovens desempregados e, muitas vezes, sem perspectivas de
vida, que podem se tornar reféns do crime organizado.
Eu falo das crianças e dos adolescentes que, muitas vezes, passam o dia sozinhos em casa,
porque a mãe precisou sair de madrugada para o trabalho e só voltará no final do dia. Precisamos
compreender essa realidade e devemos reconhecer o impacto que as drogas causam neste cenário.
Senhoras e senhores, que possamos colocar essa dura e preocupante realidade à frente das nossas
ideologias políticas. Que nossa sensibilidade humana, acima de tudo...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – ... fale mais alto do que teorias inovadoras, as
quais são subscritas por pessoas que não conhecem o cotidiano do nosso povo. Só sabe o efeito
devastador da droga a família que tem o ente dependente dela.
Eu me assusto quando os poderes constituídos não são capazes de fazer uma pesquisa, de
conversar com a população para saber o que ela pensa, saber o que ela quer. Façam uma pesquisa e
vejam se o povo brasileiro quer a descriminalização das drogas. Vão a uma família com um ente viciado
em qualquer tipo de droga e vejam o sofrimento estampado nela. Essas pessoas não querem a
descriminalização da droga.
Portanto, discriminar droga é trabalhar em favor do bandido e deixar de trabalhar em favor da
sociedade, à qual todos nós somos submissos, pois ela é o senhor desta nação: todo o poder emana do
povo.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado pastor Daniel de Castro, agradeço o
pronunciamento.
Algum deputado ainda deseja fazer uso da palavra?
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Enquanto o deputado Ricardo Vale se desloca
– e na sequência falará o deputado Fábio Félix –, concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, é só para fazer um
desagravo ao presidente Bolsonaro. Ele foi acusado, no início do mandato do atual presidente, de ter
levado embora uns móveis do Palácio do Planalto.
Acontece que hoje a imprensa toda noticia que os móveis estavam lá no Palácio do Planalto, ou
seja, foi uma acusação leviana para imputar crime a quem não o tinha cometido.
Obrigado, presidente.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhoras e senhores deputados, eu
estou muito impressionado com a postura da extrema direita do Brasil e do Distrito Federal.
À medida que vai se aproximando a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, vemos o desespero
nas falas das lideranças da extrema direita no Congresso Nacional, no Senado, na Câmara dos
Deputados, nas assembleias e aqui na Câmara Legislativa também. Desde ontem, eu estou vendo,
aqui, os deputados da extrema direita nervosos, raivosos e preocupados com essa situação pela qual o
seu líder maior está passando.
A prisão do Bolsonaro está cada vez mais próxima, e isso se reflete aqui nesse plenário
também. É impressionante o que temos escutado! Alguns vão ficando mais nervosos à medida que os
generais bolsonaristas, os ex-generais do Exército e da Aeronáutica vão denunciando, falando tudo que
Bolsonaro fez, o que a cúpula daquele governo fez ou tentou fazer, que foi dar um golpe de Estado,
construir uma minuta de golpe. À medida que o Cid, ex-ajudante de ordens do Bolsonaro, vai contando
tudo para a justiça, eles vão ficando mais nervosos ainda.
Em consequência, os colegas desta casa vão ficando mais agressivos. Falam muito em
educação sexual, religião, população LGBT, Supremo Tribunal Federal, drogas, e quase não discutem
os problemas das nossas cidades. Nesta casa, não se fala quase nada dos problemas que estamos
vivendo na saúde, na educação, na cultura e no transporte coletivo. O debate está muito focado em
princípios religiosos e, na minha opinião, isso está ficando excessivo.
O desespero da extrema direita é tão grande, tão grande, que, hoje, o Eduardo Bolsonaro
apareceu em uma audiência em comemoração aos 44 anos do PT, na Câmara dos Deputados. Ele
invadiu a sessão com uma faixa contra o PT, numa demonstração de desequilíbrio total! Desequilíbrio
total! Imaginem eu invadir uma plenária do PL para falar tudo que já sabemos do Bolsonaro e do ex-
governo do Brasil!
Então, o desespero é total. O tempo inteiro, a extrema direita provoca situações de disputa e
de ódio na sociedade. Isso é muito ruim para a nossa democracia. Os de extrema direita perderam a
eleição, têm que aceitar a derrota e usar o parlamento para melhorar as condições de vida do povo, e
não para discutir religião ou questões de cunho sexual.
Quero até me solidarizar com a situação de alguns parlamentares desta casa. O desespero está
no semblante dos deputados. Há desespero e medo relativos ao que vai acontecer com o Bolsonaro,
sua família e todos aqueles que participaram da tentativa de golpe de Estado no nosso país.
Sem perdão e sem anistia para quem tentou dar o golpe neste país! Cadeia já para todos eles!
Era isso, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Ricardo Vale.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, deputados,
deputadas, todos da imprensa, eu fiz um aparte antes, mas agora quero falar sobre a minha
participação, hoje, em uma atividade dos professores e professoras. Hoje, houve uma paralização dos
educadores da nossa cidade em que cobraram do Governo do Distrito Federal a implementação do
acordo de greve que foi feito.
Estamos falando da maior categoria de servidores e de um segmento fundamental para esta
cidade. É visto que é um segmento, muitas vezes, atacado. É um segmento que tem sua liberdade e
autonomia pedagógica atacadas. É um segmento sofrido porque alguns setores da sociedade têm
pavor da educação, especialmente da educação emancipatória e crítica. Há pessoas que detestam a
educação, mas, hoje, ela está de pé. Dezenas de milhares de professores estão nas escolas públicas do
Distrito Federal, suando e lutando para garantir o direito à educação. São mais de 600 escolas públicas
em todo o território do Distrito Federal.
O governo não cumpriu o acordo; todo o acordo que foi feito de finalização da greve –
assinado. É bom que se diga: acordo assinado. Algumas propostas não foram cumpridas como a
remuneração da semana pedagógica, a nomeação de mais professores efetivos, a garantia de que os
temporários fossem reconhecidos quando efetivados na mesma etapa da carreira, a atualização dos
padrões de carreira para quem tem especialização, mestrado e doutorado – há uma diferença muito
grande e é muito baixo. Então, são pessoas que estão correndo atrás de pós-graduação, estão se
especializando e não têm sido bem-remuneradas. Entre outras demandas que foram pautas da greve,
uma greve fundamental, nós aprovamos, a partir do envio do governo, o projeto de lei daquela parte
do acordo da gratificação, mas muita coisa ficou de fora.
Então, eu quero vir hoje a esta tribuna me solidarizar com os nossos professores e professoras.
Eu quero dizer que hoje eles fizeram uma paralisação legítima, importante para ligar um alerta de que
o governo não cumpriu a sua parte no acordo feito com a categoria, porque falta muita coisa a ser
feita, especialmente com relação à nomeação.
Este é um registro importante porque estamos falando de uma política pública da qual
praticamente todo mundo é usuário. Os professores e as professoras estão lá e são uma das piores
categorias do ponto de vista de remuneração do ensino superior do Distrito Federal hoje. Precisamos
falar disso, dos problemas concretos, parar de criar espantalhos, pânico moral, falar sobre a claque e
fazer alguma coisa efetiva como visitar as escolas, melhorar as escolas, defender uma categoria tão
fundamental.
Já que a maioria da categoria, segundo alguns – discordo dessa afirmação – seria
conservadora, cadê o povo lutando para melhorar as condições dessa categoria? Esse não é o caso,
obviamente. Os votos que me trouxeram e trouxeram o deputado Max Maciel aqui e outros tantos que
estão na política institucional não brotaram do nada, não brotaram da urna eletrônica, até porque os
conservadores estão sentados aqui. Eles só questionam a votação para presidente da República, mas
não abriram mão do seu mandato. Os votos deles estavam corretos na hora em que saiu o extrato da
urna para elegê-los, mas o do Bolsonaro estava errado. São 2 pesos e 2 medidas. Ninguém renunciou
ao mandato parlamentar, mas muitos questionam a votação em nível federal. É importante que se diga
isso.
Isto não foi registrado hoje e eu queria fazer não um desagravo, mas, um agravo: o ex-
presidente Bolsonaro foi indiciado por fraude no cartão de vacina. Gente, às vezes, fico pensando qual
o nível da pessoa que frauda o cartão de vacina da própria filha, sendo essa pessoa o presidente da
República Federativa do Brasil? Meu Deus, a que nível chegamos? Ele teve agora um indiciamento, que
é o primeiro de muitos, nos crimes que foram cometidos ao longo de sua gestão.
Eu poderia discorrer sobre todas as revelações em relação à tentativa de golpe que este país
viveu e que agora está muito clara. Não é a esquerda que está falando; são os generais, os ex-
comandantes do Exército e da Aeronáutica que falaram que foram chamados para documentos que
sabemos que não têm sustentação nenhuma na Constituição de movimentação violenta e autoritária
para impedir a posse do presidente eleito. A condenação vai chegar, as consequências vão chegar e
elas precisam chegar. Qualquer um que tenha um mínimo de afinidade com a democracia, qualquer um
que se sentar nessas cadeiras aqui...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – ... tem que ter afinidade máxima com a democracia e não pode
achar natural, seja quem for, de qualquer campo ideológico, não pode achar natural, seja quem for, de
qualquer campo ideológico, alguém tentar dar um golpe na democracia brasileira e naquilo que está
previsto na Constituição de 1988, que nós, de alguma forma, juramos defendê-la.
Então, eu queria fazer esse agravo. É um agravamento, porque ele já tem condenação no
Tribunal Superior Eleitoral, já é inelegível de acordo com a Justiça Eleitoral e, agora, tem o
indiciamento, que pode também se tornar, como consequência, uma condenação.
E há a delação premiada do Mauro Cid e uma série de elementos que nós precisamos colocar
aqui, porque estamos falando de um ex-gestor, o principal ex-gestor e líder político de uma série de
representantes que estão nesta casa e têm, de alguma forma, afinidade política com aquilo que se
defende.
Então, também é preciso compartilhar essas informações nesta casa no dia de hoje.
Eu queria, por fim, senhor presidente, discordar do nosso presidente Lula sobre uma afirmação
que ele fez nos últimos dias. Eu acho que é importante discordar, porque, diferente de alguns, eu não
tenho mito, não tenho alguém em quem eu acredite de olhos fechados. Eu tenho divergência. Nós
pensamos criticamente o tempo todo, nós convergimos, nós divergimos, porque ninguém está acima
do bem ou do mal. Eu não qualifico um líder político como um mito, um deus, alguém escolhido. Não,
não qualifico dessa forma.
Na minha racionalidade e na minha forma de ver o mundo, as pessoas são lideranças políticas
e representações a partir do momento em que elas defendem um conteúdo, um programa, um
método, e aí eu tenho um acordo político com aquilo que elas falam. Isso muda a realidade e a
dinâmica muda.
O presidente Lula desincentivou os ministros e as lideranças políticas deste país a falarem sobre
a data do 1º de abril, que é da ditadura militar, da memória sobre a ditadura militar. Eu acho que esse
é um erro.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Eu acho que a memória é fundamental para que se faça justiça.
Milhares de pessoas foram torturadas, foram impedidas de terem seus direitos políticos. O Congresso
Nacional deste país foi fechado de forma autoritária pelas Forças Armadas em uma ditadura civil militar
sanguinária, e é preciso que se fale sobre esse tema. Então, o Estado brasileiro precisa se lembrar
disso.
É função nossa, de todos e de todas que defendem a democracia, especialmente quem tem
mandato eletivo; é função nossa, defensores e defensoras da democracia, repudiar, lamentar o que foi
a ditatura militar. E só conseguimos lamentar e mudar a história com memória. A memória tem a
capacidade de produzir justiça e, também, a mudança na concepção cultural e social que as pessoas
têm da realidade.
Viva a democracia brasileira! E nós temos nojo da ditadura militar e de quem participou
daquele processo.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – E nós temos que nos lembrar, e vamos nos lembrar, daquilo que
aconteceu em homenagem, senhor presidente, àqueles que sofreram, e em memória deles; em
homenagem àqueles familiares que estão aqui para contar a história, àqueles que desapareceram,
como o Honestino Guimarães, que foi do Diretório Central de Estudantes da UnB. Ele foi assassinado
pela ditadura militar por lutar pela organização do Movimento Estudantil, por lutar por liberdade, por
lutar pela universidade pública brasileira, que era uma das suas principais lutas.
Então, nós vamos lembrar, sim, vamos lembrar no dia 1º de abril e do que foi essa ditadura
sanguinária.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Eu estava tentando encerrar a sessão antes de a deputada Dayse Amarilio chegar no plenário.
Essa é uma oposição unida. Eles ficaram enrolando, deputada Dayse Amarilio, cada um falou por 45
minutos, e eu caí nessa. Agora é que eu entendi por que esses deputados estavam enrolando tanto:
era para dar tempo de V.Exa. chegar. Mas é sempre importante ouvi-la.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu
gostaria de fazer uma contradita ao deputado – não vou dizer “o deputado que me antecedeu”, vou
dizer seu nome, pois tenho muito carinho por ele – Fábio Félix.
Quando V.Exa. fala sobre nós deputados que defendemos o espectro político da direita, V.Exa.
fala que nós questionamos a urna. Eu nunca questionei a urna. Quero deixar claro que, quando V.Exa.
falou isso, deputado Fábio Félix, generalizou com todo mundo. Peço a V.Exa. que me tire desse
espectro, porque eu nunca questionei a urna, eu cheguei aqui por meio dela. Eu estou convicto disso.
Reconheço a vitória do presidente Lula. Há mais: estou trabalhando para que, em 2026, consigamos
tirá-lo do poder e colocar alguém da direita.
Mas hoje eu vim aqui falar algo que eu jamais imaginei que falaria. Senhor presidente, hoje eu
vim aqui dizer que vi o Lula falar uma verdade. Até que enfim o Lula falou uma verdade. Os seus
ministros reunidos levaram a ele a necessidade de abrir um diálogo com uma comunidade que
corresponde a 33% do Brasil. Mais de 70 milhões de evangélicos decidem qualquer eleição. Outrora,
inclusive, este presidente Lula conversou com essa comunidade.
O presidente disse assim: não há diálogo com o evangélico, pois o Deus do Malafaia não é o
nosso Deus. Aí ele falou a verdade. Aí eu o vi falar uma verdade. Que povo tem feito escárnio com o
evangélico? Que povo tem discriminado os evangélicos desta nação? Que pena! É uma pena, é uma
pena, é uma pena, porque o Lula convenceu muitos evangélicos a votarem nele.
Como o deputado Fábio Félix falou sobre urnas e o Lula ganhou a eleição... Ele não ganhou a
eleição porque o PT é a maioria, é porque – pasme, senhor presidente – vários evangélicos desta
nação votaram nele. V.Exa. sabe por quê? Porque ele mandou uma carta direcionada aos evangélicos,
dizendo que ele era da família, que era contra o aborto. Era tudo mentira. Ele mentiu para conseguir os
votos dos evangélicos.
Hoje – atenção, evangélicos de Brasília e do Brasil! – o Lula fala uma verdade quando ele diz: o
meu Deus não é o Deus do Malafaia. Ele está dizendo: Brasil, o meu Deus não é o Deus dos crentes. Aí
eu pergunto: como ficarão os crentes que votaram no Lula sob a fé e a crença de que ele estava
falando a verdade, de que o Lula era contra o aborto, de que ele não trabalharia para a
descriminalização das drogas?
O que o Lula está fazendo? Ele está dizendo: eu menti; agora eu estou falando a verdade; eu
não gosto dos crentes; eu não gosto dos evangélicos. É uma pena, Lula, porque nós somos uma
comunidade esmagadora nesta nação. Nós somos brasileiros, nós pagamos impostos.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, eu só queria deixar registrada a
minha tristeza, a indignação da minha alma.
Senhor presidente, eu já votei no Lula. Nós confiamos nele. Ele veio atrás das nossas
lideranças, pediu nossos votos. Nós confiamos e depositamos nossos votos nele. Hoje nós vemos o
desprezo com que o presidente Lula rasga o nosso coração. O Lula não gosta dos crentes. Ele despreza
os crentes. Quando ele faz uma fala como essa, ele está fazendo uma ruptura com uma parte
extremamente importante do Brasil, que é a comunidade evangélica.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio, que tem feito um excelente trabalho na
Procuradoria da Mulher e merece todo o nosso respeito e carinho.
Estou muito orgulhoso, deputada. V.Exa. deu uma entrevista hoje... Eu, como presidente,
acabo falando em nome desta casa. Quero deixar bem claro que, é mérito da senhora e das
deputadas, a repercussão positiva da Semana da Mulher. Então, eu queria agradecer, em meu nome e
de todos os colegas deputados, esse excelente trabalho. Tenho certeza de que V.Exa. honrará, como
sempre fez em todos os cargos por que passou, o cargo de procuradora da mulher.
Parabéns. Que Deus lhe abençoe. Muito obrigado.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente,
eu é que tenho de agradecer a V.Exa., ao seu gabinete, a todos os servidores da casa, os
comissionados e os terceirizados.
Eu citei o nome de V.Exa. hoje por diversas vezes, porque não seria possível fazermos esse
trabalho sem o apoio de V.Exa., que tem sido um presidente que, realmente, é um homem de honra e
um homem de verdade.
Eu queria agradecer ao meu bloco. Hoje também citei os meninos pelo carinho de sempre. Eu
tenho certeza de que nós só vamos virar a chave quando, realmente, conseguirmos desmistificar e
trazer essa conversa para os homens.
Deputado Fábio Félix, não tem sido fácil. Eu acho que é uma construção social. A Câmara
Legislativa, inclusive, é um reflexo social. Eu digo isso em todo o seu aspecto.
Eu queria dizer que estou muito feliz. Hoje nós encerramos a primeira Semana da Mulher com
muitos serviços, muitos atendimentos. Mas, mais do que só abrir a casa para a comunidade – sempre
foi um sonho que a sociedade visse esta casa como uma casa realmente do povo e transitasse aqui
dentro, e é sempre muito bom vermos a casa aberta e recebendo pessoas –, também devemos
começar a pensar em como nós podemos iniciar uma transformação, que é essencial e começa aqui.
Presidente, eu tenho discutido muito. Conversando com os parlamentares, pensamos em
protocolar uma resolução para que possamos passar por um momento de sensibilização aqui dentro.
Tivemos algumas coisas voltadas para as mulheres, mais ações voltadas para os homens. E ainda há
muita resistência, deputado Max Maciel, na participação dos homens. Mas só vamos conseguir virar
essa chave quando os homens entenderem que esse problema é um problema de toda a sociedade e
passa por eles.
Então, eu acho que nós precisamos pensar em algo para sensibilizar os homens para a questão
do machismo estrutural, que parece ser ideológica, mas não é. O feminismo não é uma pauta
partidária nem ideológica. O empoderamento não é algo também da esquerda; é só uma questão de
resgate histórico e de sobrevivência neste momento.
Eu fico muito feliz. Eu acho que nós continuamos fazendo um trabalho importante. Essa
primeira Semana da Mulher foi realmente um marco, não só nas nossas vidas mas aqui também, e vai
deixar um legado.
Presidente, acabei de vir da Câmara dos Deputados, onde estávamos numa mesa muito
representativa em um evento do Grupo Mulheres do Brasil. A proposta dessa mesa é por mais
representatividade das mulheres na política. Então, nós estamos começando um movimento de 50% de
participação feminina na política.
Ainda temos as cotas para nós lutarmos ou para tentarmos entrar nesses espaços, mas é uma
cota partidária que não garante vaga. O sonho é que possamos realmente não só estar nas
candidaturas laranjas ou sendo chamadas para fazer nominatas ou servir de escada para eleições, às
vezes, de homens; mas que possamos realmente ter o direito de nos sentarmos nesses locais e, quem
sabe, termos um dia, 50%, já que somos 53% da população. Que tenhamos uma mesa muito
representativa com mulheres que realmente lutam por um Brasil melhor e mulheres que estão
representando as empresárias, que também é um ambiente hostil para as mulheres, e as políticas.
Então, lá estavam Benedita da Silva, uma mulher negra, com muitos mandatos, primeira
mulher negra na câmara federal, eu acho que ela é um ícone para o Brasil; Maria do Rosário, que
sofreu discriminação, inclusive sendo citada como uma mulher até no seu aspecto físico, colocando
como se ela... Nós vimos isso acontecer! O ex-presidente falou – não vou usar o termo – que ela não
merecia nem ser assediada, porque ela era uma mulher feia. Coisa que escutamos na política. Então,
mulheres como a Janete, do Sabin, um grupo de excelência; como a Luiza Trajano e como outras
tantas mulheres estavam lá.
Fomos com muita honra, presidente, representar a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Eu
me senti muito honrada em falar em nome da Câmara Legislativa pelo compromisso e pelo presidente
que temos.
Então, eu gostaria de agradecer por ter estado lá com uma mesa muito representativa com
mulheres do Brasil inteiro e com a vice-governadora também. Eu acho que foi uma mesa muito
importante.
Presidente, eu gostaria de falar que, para envolvermos realmente mais os homens, vamos dar
o exemplo. Quero agradecer a V.Exa. e a todos os parlamentares que contribuíram e que mandaram
mensagem dizendo por que não estariam participando. Agradeço também aos servidores, aos
colaboradores e aos terceirizados. Foi um momento muito bonito.
Presidente, para terminar, quero falar: Nomeia já! Não esqueci de vocês do Nomeia, viu gente?
(Soa a campainha.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Recebi algumas mensagens e não esqueci jamais da nossa
luta. Tenho feito reuniões na saúde. Não adianta abrir as tendas se não houver uma retaguarda. São
importantes as tendas? Sim, são importantes as tendas. Mas temos que dar o fluxo aos pacientes que
estão entrando pelas tendas, porque são os mesmos servidores.
Precisamos de nomeações e de girar leitos. A Central de Regulação de UTI, na qual já
trabalhei, está com mais de 100 pacientes na fila de espera. Então, precisamos realmente tirar esses
leitos. Sabemos da importância das nomeações. Continuo lutando pelas nomeações. Meu nome
continua sendo: Nomeia Já! Vocês podem contar comigo e com a presidência desta casa porque sei
que V.Exa. é um grande defensor das nomeações.
Obrigada, presidente, por ter esperado por essa fala e por tudo. Estamos juntos e misturados.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO FÁBIO FÉLIX) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, em primeiro
lugar quero elogiar a fala da deputada Dayse Amarilio, parabenizá-la pelo trabalho à frente da
Procuradoria Especial da Mulher. Digo que não é um trabalho fácil mobilizar e organizar essas
temáticas.
Parabéns pelo trabalho e pelo esforço do gabinete dela. Sabemos que a procuradoria tem
pouca estrutura. Então, é um esforço pessoal da deputada, é um esforço do seu mandato e do
gabinete organizar um processo como esse. Faço esse registro e elogio o trabalho que S.Exa. tem feito.
Nós nos dividimos em múltiplas agendas e em múltiplas frentes. Nem sempre estamos acompanhando
no detalhe a agenda e o cronograma, mas sabemos da repercussão e da importância do trabalho que
S.Exa. tem desenvolvido por meio desse momento.
Em segundo lugar, presidente, eu queria tratar de um tema que foi dito aqui antes e que tem a
ver com algo que acredito muito. Ninguém tem o monopólio de Deus. Ninguém tem o monopólio do
cristianismo. Então, o cristianismo é algo plural.
Eu sempre digo que nasci na igreja evangélica, onde se deu toda a minha criação. Eu sou uma
pessoa cristã, e acredito numa série de valores do cristianismo que são fundamentais para mim. Eu sei
que o povo evangélico não é uníssono, não é um bloco monolítico, que atende a um líder apenas. O
povo evangélico atende a muitas vozes. São os povos evangélicos, de diferentes denominações, que
não respondem a apenas uma liderança. Inclusive, dentro do povo evangélico há uma multiplicidade e
uma pluralidade de valores, porque também há diferenças de pensamento em relação às políticas
públicas.
Portanto, ninguém pode vir aqui se arvorar dizendo que fala em nome de Deus, em nome do
povo de Deus ou em nome do povo evangélico, porque eu sou parte do povo evangélico, quer queira
ou não. Tentam me jogar para o cantinho, mas eu sou parte do povo evangélico, a deputada Dayse
Amarilio também. E uma série de lideranças, que nós respeitamos, falam também em nosso nome.
O que eu quero dizer é que há uma pluralidade do povo de Deus e dos valores cristãos. Cristo
veio à terra, inclusive em carne, e foi crucificado pelos líderes religiosos e pelos fariseus, que lideraram
um processo de não aceitação das palavras de Jesus, mas arvoravam para si a voz única do povo de
Deus na terra naquele contexto.
Então, o recado, a mensagem é que o povo evangélico é um povo plural, muita gente do povo
evangélico tem uma vocação democrática, de respeito aos direitos humanos e de enfrentamento à
desigualdade social. Eu conheço muita gente evangélica também e sei que esse povo é plural, é
diverso e não tem apenas um líder que fale em nome desse povo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Vou ser breve, porque
sei que V.Exa. está querendo encerrar a sessão por não termos quórum.
Quero também parabenizar a deputada Dayse Amarilio, uma grande novidade nesta casa, que
tem feito um trabalho extraordinário, seja na Comissão de Assuntos Sociais, como presidente, sempre
compartilhando a sua fé também. Parabéns, deputada Dayse Amarilio, pelo trabalho que V.Exa. está
fazendo.
Presidente, no tocante à liderança religiosa, eu posso falar com muita propriedade porque
conheço quase todas. Eu me arvoraria em falar o nome de todas, mas o tempo não me permite. Eu me
orgulho de ser liderado pelo maior líder evangélico desta nação vivo, hoje talvez o maior líder do
mundo: bispo doutor Manoel Ferreira, que comanda o Ministério de Madureira no Brasil e no mundo.
Nós estamos em mais de 100 países e no Brasil nós somos mais de 20 milhões. Bispo Manoel
Ferreira, que V.Exa. conhece; bispo Samuel Ferreira, nosso presidente executivo; bispo Abner Ferreira;
bispo Oídes José do Carmo, de Goiás. Realmente, a pluralidade é grande, com muitos líderes.
Quero aproveitar, mesmo sendo do Ministério de Madureira, para mandar um grande abraço ao
bispo Bruno Leonardo. Esta cidade foi impactada por esse profeta de Deus. Ele esteve aqui domingo,
no estádio Mané Garrincha, presidente. A vice-governadora Celina Leão estava lá, e Deus falou de uma
forma profunda com ela. Estava lá também a doutora Mayara Noronha, nossa primeira dama do
Distrito Federal.
Presidente, 70 mil pessoas. Pena que não dá, mas eu queria passar o vídeo. Nas redes sociais
havia 150 mil pessoas esperando a oportunidade para conseguir uma pulseira para entrar. Ou seja,
mais de 200 mil evangélicos se cadastraram para entrar no estádio Mané Garrincha. Pena que ele só
conseguiu e só pode colocar a lotação, que era de 70 mil pessoas. Essa é a força do segmento
evangélico. E lá estavam todos os evangélicos, plurais.
É verdade, somos extremamente democráticos. Nós não atacamos as pessoas, nós debatemos
ideias. Nós não processamos as pessoas o tempo todo. Eu já recebi 3 processos, presidente, nesta
casa, mesmo com todo o cuidado que eu tenho, mantendo uma fala extremamente meticulosa, mas,
quando falamos, eles nos atacam nos processando, e o que fazemos? Amor e oração lá em casa.
Então, o segmento religioso, o evangélico é isso: ele ora porque é temente a Deus e cumpre o
mandamento da palavra de Deus. Às vezes, usamos o nome de Deus. Mas o bom não é usar o nome
de Deus, mas exercer aquilo que ele fala: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti
mesmo”. Esse é um mandamento do senhor, e, esse mandamento, os evangélicos cumprem ao pé da
risca.
Naturalmente, há muitos embates, principalmente nessas casas, seja aqui, seja na câmara
federal. Às vezes, eles são muito duros, presidente, e parece que é uma briga, mas não é briga. Há
uma convivência extraordinária. Que bom que falamos aqui e daqui a pouco vamos dar um abraço nos
deputados Fábio Félix, Max Maciel, Dayse Amarilio, Gabriel Magno, Chico Vigilante, no pessoal da
esquerda.
Então, esse debate ideológico é importante e serve para o crescimento de cada parlamentar –
independentemente da sua matiz ideológica.
Parabéns ao Bispo Bruno Leonardo, que impactou Brasília com o poder da presença de Deus
nesta cidade.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Agradeço pelas palavras.
Uma vez mais, agradeço a presença de todos e todas.
Esta presidência faz a retificação da ata lida anteriormente. O correto é:
– Ata Sucinta da 11ª Sessão Extraordinária, de 19 de março de 2024.
Não havendo mais quórum regimental e nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a
sessão.
(Levanta-se a sessão às 16h54min.)
Siglas com ocorrência neste evento:
AIDS – Acquired Immune Deficiency Syndrome
Conjuve – Conselho Nacional de Juventude
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
Febem – Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor
Funabem – Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor
Funarte – Fundação Nacional de Artes
HIV – Vírus da Imunodeficiência Humana
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações
ONU – Organização das Nações Unidas
UnB – Universidade de Brasília
UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 21/03/2024, às 14:14, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1590749 Código CRC: 33D45200.
DCL n° 060, de 25 de março de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 18/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 18ª
(DÉCIMA OITAVA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 19 DE MARÇO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 16H33MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
terça-feira, 19 de março de 2024, às 15 horas e 1 minuto.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Pastor Daniel de Castro a secretariar os trabalhos da mesa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Obrigado, presidente.
De igual modo também, quero saudar todos aqueles que assistem a nós pela TV Câmara
Distrital. Cumprimento o nosso presidente deputado Wellington Luiz; nosso querido deputado Joaquim
Roriz Neto, que já está em plenário; cumprimento toda a galeria também, a cada um de vocês, a casa
é de vocês.
Graças a Deus, nós temos um presidente que tem essa sensibilidade, que sabe o valor de um
concurso público feito. E, mais do que isso, sabe da expectativa da nomeação do servidor depositada
naquele concurso que fez. E o nosso presidente tem esse coração, está fazendo uma série de
chamadas. E todo mundo que vem a esta casa, solicitando a ajuda dela para dialogar com o governo
para chamar os servidores, sabe que este poder tem esse compromisso, na pessoa do presidente e de
todos nós deputados e deputadas desta casa.
Então, os meus parabéns! Sejam bem-vindos e contem conosco como deputados distritais.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 16ª Sessão Ordinária, de 13 de março de 2024;
– Ata Sucinta da 17ª Sessão Ordinária, de 14 de março de 2024.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem
observações as atas mencionadas.
Não havendo quórum regimental, a presidência vai suspender os trabalhos durante 15 minutos.
Antes, convoco todos os deputados – a galeria está lotada – para apreciarmos um importante
projeto da carreira de assistência social, que aguarda essa votação há muito tempo. Portanto, é
importante que os parlamentares venham ao plenário. (Palmas.)
O deputado Max Maciel, inclusive, já me pediu que esse seja o primeiro item de pauta.
Agradeço ao deputado. Vamos acolher, deputado Max Maciel, é porque ainda não há quórum
suficiente, mas, quando houver... O deputado já solicitou que a pauta fosse invertida para que seja o
primeiro item de pauta. Então, não vejo porque não fazer.
A sessão será suspensa por 15 minutos. Aproveito para solicitar aos senhores parlamentares
que venham ao plenário para começarmos a Ordem do Dia.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h16min, a sessão é reaberta às 15h23min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está reaberta a sessão.
Registro e agradeço a presença do embaixador de Trinidad e Tobago, doutor Gerard, e sua
equipe. Muito obrigado, embaixador. É um prazer recebê-los aqui. Sejam bem-vindos à casa do povo.
Fiquem à vontade. O nosso assessor Wellington lhes mostrará as dependências desta casa. Sintam-se
em casa.
Há mais de 6 deputados presentes: está chegando aqui o nosso líder, deputado Chico
Vigilante; o nosso presidente da CCJ, deputado Thiago Manzoni; a deputada Jaqueline Silva; o
deputado Joaquim Roriz Neto; o deputado Max Maciel; o deputado Pastor Daniel de Castro; o deputado
Pepa.
Eu gostaria de fazer um pedido a V.Exas.: hoje a casa está cheia de servidores que muito têm
contribuído para esta cidade e que também, já há algum tempo, trabalham para chegar a este
momento. Nós temos, sobre nossos ombros, uma responsabilidade muito grande e não temos o direito
de protelar a votação de um importante projeto. (Palmas.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, só gostaria de
reforçar – já que os demais deputados chegaram – o nosso pedido, acatado por V.Exa., de inversão de
pauta para votarmos como primeiro item da Ordem do Dia o projeto dos assistentes sociais, que é
importante para nós.
Peço aos demais deputados que chegaram o compromisso de acatar o pedido de inversão de
pauta, dada a sua importância.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel. Esta
presidência acata a solicitação de V.Exa. e coloca como primeiro item de pauta o projeto relativo à
carreira de assistência social.
Eu queria aproveitar os deputados que estão aqui para tentarmos acordar, deputada Jaqueline
Silva, que os Comunicados de Líderes – obviamente é necessário que os parlamentares líderes se
manifestem – sejam bem objetivos; vamos evitar as questões de ordem hoje e, logo após os
Comunicados de Líderes, passaremos à Ordem do Dia. Depois podemos voltar ao Pequeno Expediente,
aos Comunicados de Parlamentares.
Eu acho fundamental, logo após os Comunicados de Líderes, passarmos direto para a Ordem
do Dia e termos, como item nº 1, conforme solicitado pelo deputado Max Maciel, a votação e a
aprovação, se Deus quiser, desse importante projeto.
Muito obrigado.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Esta presidência informa que o deputado Jorge Vianna e a deputada Paula Belmonte,
infelizmente, se convalescem pela perda de seus pais e não se encontram na casa por essa razão.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Joaquim Roriz Neto. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, todos nós estamos ansiosos e comprometidos em votar esse projeto
do pessoal da assistência social. (Palmas.)
Inclusive, presidente deputado Wellington Luiz, existe um acordo entre nós, um entendimento,
de votarmos esse projeto do jeito que está, sem que ninguém apresente emenda, para que ande mais
rápido e se resolva definitivamente essa situação. Afinal de contas, há 10 anos esses trabalhadores e
essas trabalhadoras estão sem nenhum tipo de reajuste, sem nenhum tipo de reestruturação da
carreira. Esse é um primeiro passo, depois terão que ser dados outros, inclusive com as contratações
que terão de ser feitas para aliviar a carga de trabalho que vocês têm. Portanto, contem com a
bancada do PT, nós somos 3 e vamos votar a favor do projeto.
Presidente, hoje nós tivemos uma reunião muito importante, na verdade um debate, da Lide,
uma entidade presidida pelo empresário Paulo Octávio, que constantemente faz debates envolvendo o
setor econômico do Distrito Federal, e autoridades convidadas por ele – V.Exa. também estava lá,
deputado Wellington Luiz. E hoje ele convidou o presidente da Caixa Econômica Federal para um
almoço. Fui convidado e lá estive. Foi importante o posicionamento do presidente da Caixa Econômica
Federal no que tange ao financiamento de habitações, de empreendimentos para o Distrito Federal.
Eu tive a oportunidade de questioná-lo a respeito do Centrad, o centro administrativo que há
em Taguatinga Norte, perto do estádio Serejão, pois precisa ser lhe dada uma destinação. Ele disse
que a Caixa Econômica Federal está comprometida em encontrar uma saída efetiva para a resolução
daquele problema – a destinação ao Centrad –, porque, para mim, e por isso eu luto tanto, isso será
um fator de desenvolvimento para parte de Ceilândia, Samambaia, se estendendo até Brazlândia e
Taguatinga. Portanto, isso é muito importante. Aquele complexo não pode continuar como elefante
branco. Eu acho muito importante haver uma resolução, e o presidente da Caixa garantiu que
encontrará um meio para resolver aquele problema.
Outro ponto que quero abordar, rapidamente, presidente, é que hoje tivemos uma audiência
com a secretária-adjunta da Secretaria de Ação Social sobre uma demanda da Caesb – mas que terá
que passar pela Secretaria de Ação Social – para mais de 200 mil pessoas que moram no Distrito
Federal e não têm água tratada nas suas moradias. Já havíamos conversado com o presidente da
Caesb. Hoje estivemos na Secretaria de Ação Social e, de lá, liguei para o secretário da Casa Civil,
Gustavo Rocha, que irá promover uma reunião envolvendo a Caesb, a Secretaria de Ação Social e a
Universidade de Brasília, que têm um importante projeto nesse sentido.
Creio que vamos encontrar uma resolução para colocar esse bem, que é tão precioso e tão
importante, que é a água tratada, na casa dessas pessoas. Afinal de contas, são mais de 200 mil
pessoas que não têm água tratada no Distrito Federal. Estou com uma expectativa grande de que
vamos encontrar uma solução para esse gravíssimo problema vivido por essas pessoas.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Parabenizo V.Exa. pela lembrança do Centrad. Precisamos realmente ter uma solução para esse
problema, que muito nos aflige e muito nos envergonha como cidadãos de Brasília. O deputado Chico
Vigilante destacou isso muito bem lá na Lide. O presidente da Caixa se comprometeu a ajudar.
Esta casa pode contribuir, deputado Chico Vigilante, apresentando algumas propostas,
deputado Joaquim Roriz Neto, inclusive com a parceria público-privada. Aquilo já apodreceu por dentro
e por fora, não vai nem para frente nem para trás, e está no centro de Taguatinga, em uma das áreas
mais valorizadas do Distrito Federal. Então, é importante que pensemos em uma solução. O deputado
lembrou bem isso hoje na Lide. Muito obrigado.
Algum deputado deseja falar nos Comunicados de Líderes? O deputado Gabriel Magno pediu
para falar primeiro, mas eu preciso ter com ele uma conversa muito séria, porque ele tem me zangado
muito ultimamente.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente. Boa tarde a todos aqueles e aquelas que nos acompanham pela TV Câmara Distrital, aos
que se encontram aqui no plenário e nas galerias da Câmara Legislativa do Distrito Federal. Sejam
sempre muito bem-vindos e bem-vindas a esta casa, que tem como foco a luta e a resistência, graças,
é claro, sempre à luta e à resistência de cada um dos segmentos que estão presentes.
Presidente, eu vim falar do Sol Nascente; na verdade, vim fazer uma entrega. Durante o ano
de 2023, nós realizamos várias reuniões e visitas técnicas ao Sol Nascente na tentativa de fazer
avançar cada vez mais a qualidade de vida dessa população, que soma mais de 110 mil pessoas e que
precisa de atenção.
É importante entender que precisamos avançar em 2 conceitos principais: a urbanização –
fundamental para o processo da dignidade humana –, mas também a humanização. Não adianta
urbanizar, colocar asfalto, captar água pluvial e esgoto, se as pessoas e o território não seguem
humanizados. O que é humanizar? É fazer com que, de fato, aquelas políticas públicas estejam
presentes para atender à população.
Não é porque a galeria está cheia com a nossa assistência social, mas quero dizer que nós
temos uma meta, junto à administração do Sol Nascente e à secretária, de definir um terreno para
construirmos um Cras e um Cress dentro do Sol Nascente, algo que se faz urgente e necessário para
aquele lugar. (Palmas.)
Nosso mandato também tem destinado recursos à secretaria para que possa mobiliar os
equipamentos já existentes, dando mais qualidade ao atendimento e atenção à população. Nós
destinamos o recurso, que já foi empenhado, e a licitação está em andamento. Nós pedimos
encarecidamente que a secretaria compre, com a licitação, esses mobiliários para que possa dar mais
qualidade ao atendimento de todos os profissionais que atuam dentro do sistema.
Quero dizer, presidente, que nós, junto à Secretaria de Educação e ao Fundo Nacional de
Educação, destinamos recursos para construir a escola da 601, no trecho 1 do Sol Nascente. Esse
debate está sendo feito e tanto o projeto técnico quanto o projeto do executivo já estão avançando.
Nós estamos procurando um terreno para que esse projeto seja implementado. A secretaria já
informou que o terreno está garantido e nós aportamos 1 milhão de reais para construirmos mais uma
escola no Sol Nascente.
Presidente, na busca de acesso à justiça, sobretudo nessa área – como nós dissemos: não
basta só urbanizar, temos que humanizar –, nós fechamos uma parceria com a Defensoria Pública e
destinamos 1,5 milhão de reais para a construção da sede da Defensoria Pública no trecho 2 do Sol
Nascente. O defensor-geral, Celestino, esteve conosco e apresentou o projeto modular. Essa obra será
feita em 90 dias, o recurso também já foi empenhado e estamos em tratativas com a administração do
Sol Nascente para que possamos desafetar a área. A comunidade vai ter a defensoria mais perto da
sua casa e não vai precisar se deslocar cada vez mais – isso também desumaniza. A pessoa já não tem
recurso, está passando necessidade e precisa se deslocar para muito longe para acessar um serviço
que é dela, destinado a ela, e que já poderia estar ali.
Junto ao SLU também destinamos mais 5 unidades de papa-lixo espalhadas pelo território, em
conversa com a comunidade. Visitamos as instalações dos papa-lixos e vimos como é importante fazer
um trabalho ambiental, um trabalho de manejo do lixo, mas precisamos também da garantia de que o
recolhimento seja feito com dignidade. Então, foram instalados esses equipamentos também. Essa é
uma prestação de contas à comunidade do Sol Nascente.
Quero dizer que estamos de olho na empresa HiTech, que está praticamente abandonando
parte das obras assumidas sobretudo no trecho 1, mas também em parte do trecho 3. As obras não
foram finalizadas e o contrato já acabou. Mais uma vez, reforçamos essa situação à Secretaria de
Obras e ao secretário de obras, Luciano – um parceiro que nos atende sempre. Eles estão atentos e já
notificaram a empresa para que ela retome o trabalho urgentemente no trecho 1 do Sol Nascente.
Essa obra, que já era para ter sido finalizada, está sendo danificada cada vez mais, tendo em
vista que chove, a água leva tudo e a população é colocada em situação de risco mais uma vez. A água
invade as casas, a lama transborda. Está aqui o nosso pedido. Estamos de olho e, se de fato a empresa
não finalizar as obras, iremos requerer na justiça a suspensão dela, para que a segunda colocada seja
chamada, finalize as obras, e a comunidade não fique desassistida.
Para finalizar, presidente, realizamos – V.Exa. vai lembrar – o Câmara nas Cidades no Sol
Nascente. A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana realizou uma audiência pública. Nossa
equipe pegou todas as linhas de ônibus que saíam do Sol Nascente e fez um georreferenciamento,
cruzando densidade populacional, demandas de linhas e circulação. Pegamos essas linhas e apontamos
à Secretaria de Mobilidade quais seriam as linhas para reforço – ou seja, mais ônibus no horário de
pico para que as pessoas não ficassem aglomeradas – e quais seriam as novas linhas necessárias para
que as pessoas tivessem tranquilidade de chegar e não precisassem ficar praticamente morando dentro
do transporte público ou pegando mais de 3 conduções.
Então, quero informar a todos e todas que conseguimos, com a Secretaria de Mobilidade, o
reforço nas linhas 361.2, 932.2, 933.6, 942.2 e a 0041. Estamos acompanhando todas essas linhas...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – ... conforme a empresa BsBus traz os ônibus novos para reforçar
essas linhas para cada um e cada uma do Sol Nascente. Criamos também mais duas linhas: a 361.2 e a
932.3. Todas essas linhas foram criadas, primeiro, como justificativa de demanda, com debate na
comunidade e com observação técnica da necessidade de fluidez para fazer com que as pessoas
acessem o trabalho.
Para fechar, falando em linhas, apresentamos a sugestão da necessidade de alterar uma linha
que atendesse a Universidade de Brasília e que passasse pela W3 Norte. Então, digo aos estudantes da
UnB que a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana fez uma indicação, e agora, no retorno das
aulas, a Semob já colocou as linhas 0169 e a 0168 – linhas que serão binárias e passarão agora pela
L2, UnB e W3 Norte, não somente na W3. As pessoas que já estão usando essas linhas já estão nos
dando o retorno de que facilitou muito, fazendo com que pudessem ganhar quase 1 hora a mais.
Sabemos que ter 1 hora a mais no sono é bom, 1 hora a mais com a família é ótimo, 1 hora a mais
para atenção ao lazer e ao cuidado é maravilhoso.
Esse é o nosso compromisso frente à Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, que tem
como objetivo principal a ação tática, prática e técnica do que estamos apresentando – coisa já dita
outras vezes, mas fazemos aqui o reforço.
Senhor presidente, era isso. Obrigado.
Mais uma vez, saúdo a galeria por estar presente no dia de hoje.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.
Eu queria, de forma especial, registrar e agradecer a presença do deputado Jorge Vianna, que,
alguns dias atrás, passou por uma perda inestimável – e todo mundo sabe – quando perdeu o pai. Fica
aqui de novo os nossos sentimentos. Em respeito a essa categoria, o deputado está aqui hoje e já me
disse que, daqui a pouco, terá uma consulta médica.
Deputado Jorge Vianna, quero agradecer a V.Exa., publicamente, essa sensibilidade, esse
comprometimento com os interesses da sociedade, principalmente quando diz respeito a uma categoria
como essa. O nosso muito obrigado. Acho que V.Exa., deputado Jorge Vianna, merece os nossos
aplausos. Muito obrigado. (Palmas.)
Pergunto se algum deputado ainda quer fazer uso da palavra.
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna.
DEPUTADO JORGE VIANNA (Bloco União Democrático. Como líder. Sem revisão do orador.) –
Boa tarde, senhoras e senhores parlamentares, colegas servidores desta casa e pessoal da imprensa.
Dou uma boa-tarde especial aos nossos servidores, pois chegou o grande dia. (Palmas.)
O meu coração está até palpitando, porque eu não sabia, na verdade, o que eu iria falar na
primeira vez em que eu voltasse a esta tribuna sem que o meu fã número 1 estivesse me assistindo –
ele me assistia –, mas, enfim, a vida continua. Eu sei que é doído, que todos nós passamos ou
passaremos por isso algum dia, porque todos nós temos alguém da família que amamos ou um
amigo... Então, é muito doído.
Eu, como nordestino que vim para cá junto com o meu pai, tenho uma história, que não é
muito diferente da de vocês, que também vieram tentar a vida aqui, mas cada um de nós tem uma
história específica. Eu agradeço muito meu pai por ele ter me forjado com os princípios que ele trouxe
como nordestino. O meu pai era um cara que não falava muito; mas, no olhar, ensinava muito.
Eu queria falar para o Claytinho e para todos do sindicato – eu os conheço muito bem de
muitas lutas que travamos juntos, antes mesmo de eu ser parlamentar – que vocês estão de parabéns,
pois acreditaram... Eu, inclusive, até citei vocês hoje em algumas conversas que tive, porque vocês
perseveraram. O sindicato que faz a greve mais longa que vejo é o Sindsasc.
(Manifestação na galeria.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – Às vezes, eu via o Claytinho fazendo greve e dizia: “Claytinho, já
está há tanto tempo”. E ele respondia: “Não, mas nós vamos continuar, nós vamos conseguir”. Isso é
muito legal, porque nós que viemos do movimento sindical acreditamos muito nessa mobilização, e o
sindicato não é nada sem a categoria. Vocês estão de parabéns. Eu posso nominar, listar na minha
mão os sindicatos que – sabemos – têm responsabilidade, credibilidade e mobilização. O Sindsasc tem
tudo isso de que eu falei. Parabéns à categoria. (Palmas.)
Senhor presidente, eu quero fazer agora uma reivindicação como parlamentar, na verdade,
como parlamentar e como cidadão. Eu fiquei surpreso quando tive que me ausentar do parlamento e
soube que eu não tinha direito à licença. Assim como eu, a deputada Paula Belmonte,
coincidentemente, também perdeu o pai nesses dias, e nós não tivemos licença. Eu achei isso um
pouco absurdo, porque nós temos famílias. Mesmo que esse mandato não seja considerado como um
trabalho, nós somos pessoas que também precisamos de momentos para nos revigorar, enfim.
Presidente, eu não sei se isso parte daqui, mas eu acho que já chegou o momento de nós,
parlamentares, termos pelo menos o direito a essa licença. Quando eu precisei me ausentar, os
médicos daqui foram muito solícitos e perguntaram se eu estava em condições. Eu tive que pegar um
atestado, mas acho que não é razoável pegarmos atestado se todo mundo tem direito a essa licença.
Reivindicando como pessoa, eu acho que o parlamentar também deve ter direito a essas licenças: seja
de casamento, seja de falecimento, enfim. Isso é razoável. Uma vez que prestamos serviço, lutamos
tanto pelos direitos das pessoas, eu acho que também nós devemos ter alguns direitos, e esse é um
deles. Eu vou defender esse direito nesta casa, ainda mais porque – não só eu e a deputada – tantos
outros deputados também precisarão um dia se licenciar por conta de tragédias assim.
Pessoal, eu realmente tenho uma consulta daqui a pouco, mas eu queria vir muito aqui para
parabenizar vocês, solidarizar-me com vocês e dizer que sempre estive ombreado com a categoria.
Conheço muito bem a realidade de vocês, e nada mais do que justa essa reestruturação. Isso é só o
início. O governador tem que fazer isso com as demais carreiras, porque nós precisamos reparar erros
históricos com as carreiras aqui do Governo do Distrito Federal – acredito nisso.
Não há sentido termos salários tão discrepantes entre categorias de mesmo grau. Nós não
podemos ter categoria de nível superior ganhando duas vezes mais do que outra categoria de nível
superior no mesmo governo. Isso está errado. Nós não podemos ter pessoas de nível médio com
salário bem menor do que outros servidores de nível médio da mesma fonte pagadora, que é o
Governo do Distrito Federal. Eu acho que temos de começar a corrigir isso. Vocês estão tendo uma
pequena correção, mas, ainda assim, eu vejo que está aquém da tabela do nível superior e do nível
médio das outras categorias.
Então, pessoal, sejamos justos aqui e façamos um trabalho para ajudar todas as categorias.
Esse é o meu papel como parlamentar e para o qual eu fui eleito.
Muito obrigado, pessoal. Sejam bem-vindos. Esta casa é de vocês. Parabéns. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado, já deixa consignado o seu voto
favorável ao projeto.
DEPUTADO JORGE VIANNA – Já totalmente favorável, com louvor a esse projeto.
(Manifestação na galeria.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – Senhor presidente, só para finalizar, porque eu não vou falar
mais, eu queria também saudar os nossos amigos cirurgiões-dentistas da Secretaria de Saúde, que
estão aguardando nomeações. A nomeação desses cirurgiões-dentistas é tão aguardada... Já existe
inclusive um projeto do governo federal: o Brasil Sorridente. O governo encaminhou dinheiro para os
estados, inclusive para o Distrito Federal, para que possamos melhorar.
A nossa cobertura em Brasília, pessoal – não fazendo aqui comparações, mas evidentemente
passando esse vexame nacional –, é uma das piores, senão a pior do Brasil. Nós temos, em média,
apenas 35% de cobertura da saúde bucal da nossa população de Brasília. Precisamos trazer esses
profissionais, precisamos investir na saúde bucal.
Eu não só o digo, cobro, falo e faço discurso: eu estou agindo. Compramos agora cadeiras de
dentista para as unidades de saúde. Só neste ano, já mandei mais 500 mil para comprarem mais
cadeiras para os dentistas. Cada um de nós tem que fazer uma parte. Então, venho aqui cobrar, mas
também venho aqui dar soluções. Senhor presidente, vamos fazer uma força-tarefa nesta casa para
trazer os cirurgiões-dentistas para melhorar a saúde bucal do nosso povo, que precisa de verdade.
Obrigado, senhor presidente. Obrigado, pessoal.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Jorge Vianna. Mais uma
vez, nossos sinceros agradecimentos. Parabéns por sua demonstração de comprometimento.
Mais uma vez convoco todos os senhores e senhoras parlamentares para virem ao plenário,
para que, logo após os Comunicados de Líderes, iniciemos a Ordem do Dia, que terá como primeiro
item de pauta o projeto relativo aos servidores da assistência social. Mais uma vez, convido todos os
deputados.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Obrigado, senhor
presidente. Boa tarde, colegas, todos e todas aqui presentes. Dou um boa-tarde especial às servidoras
e aos servidores da assistência social, que hoje, senhor presidente, quero saudar. Espero que hoje
encerremos uma fase dessa luta, que foi uma luta dura, difícil, mas muito bonita, porque ensinou esta
casa e ensinou a cidade sobre o papel fundamental que os servidores e as servidoras da assistência
social têm na garantia de direitos desta cidade.
Eu quero saudar e parabenizar cada um e cada uma de vocês pela luta. Quero parabenizar a
direção do sindicato – estou vendo aqui o Edglay, a Beth, o Clayton, mas estendo o cumprimento à
direção do Sindsasc. Muitas vezes, os sindicatos são muito atacados, mas nós fazemos questão de
dizer sempre nesta tribuna: se os trabalhadores, se os servidores têm direitos hoje – mesmo com
tantos ataques nos últimos anos –, isso é graças aos sindicatos, que permanecem firmes, atentos e não
só na luta pelos direitos da categoria, pela luta corporativa, mas também comprometidos com a cidade
e com as pessoas.
Parabéns, servidores da assistência social, pela belíssima luta! Nós queremos votar o mais
rápido possível. Reforço, senhor presidente, o pedido para que nós, assim que houver quórum,
invertamos a pauta e votemos o projeto deles. (Palmas.)
Eu quero lamentar, na contramão do belíssimo trabalho que os servidores fazem, a política da
assistência social, hoje, no Distrito Federal. Houve, na semana passada, um anúncio do Governo do
Distrito Federal sobre a política para a população em situação de rua, para responder inclusive a uma
ação e a uma determinação do Supremo Tribunal Federal.
Anunciaram uma série de medidas, em 2 lados. O primeiro: nós vamos tirar as pessoas do
centro da cidade, vamos derrubar os barracos, tirar essas pessoas da porta do Centro POP e de onde
haja ocupação; mas vamos fazer isso e garantir o acolhimento e as políticas para que essas pessoas
não fiquem sem assistência. O que aconteceu? Só a primeira parte: tiraram as pessoas do centro da
cidade. Cadê a contrapartida da política, na ponta, sendo feita? Cadê a garantia da assistência e do
acolhimento? Nós chegamos a ouvir, de secretário de Estado, que a culpa de não haver acolhimento é
das pessoas em situação de rua porque elas não o querem.
O governo parece que abandonou a cidade. Brinca com a nossa cara e não garante a estrutura
para esses servidores trabalharem e poderem fazer o seu serviço, que é fundamental para esta cidade.
Vamos votar a reestruturação da carreira, que é fundamental, mas vamos continuar com a cobrança. É
preciso haver política séria de assistência social nesta cidade. Enquanto no Brasil está diminuindo a
população em situação de rua, na capital do país ela está aumentando. Aqui continua aumentando
derrubada e não há política pública, não há contrapartida. Só há promessa, promessa vazia, e mais
uma vez a população tem pagado alto essa conta.
Por isso, é fundamental votarmos a matéria hoje, para encerrar essa importante fase dessa
luta, que vem valorizar os servidores que, independentemente de governo, seja da cor que for o
governo, estão na ponta, estão na linha de frente, cumprem o seu papel e o seu compromisso com a
população. É por isso que nós precisamos, nesta cidade, de servidores públicos.
Quero concluir, presidente, mencionando o colapso em que o Distrito Federal entrou com o
desmonte do serviço público desta cidade. Estamos vivendo a crise da dengue e, de novo, o Governo
do Distrito Federal não age. Na semana passada, participamos de uma reunião importante, convocada
pelo CRM.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Concluirei, presidente.
Essa reunião, com várias entidades, foi feita para propor medidas e soluções mais urgentes,
porque o governo está paralisado. O principal quadro da crise hoje é a falta de servidores.
Mandaram embora, no ano passado, mil ACS e Avas. Não contrataram ninguém. Encerraram os
contratos temporários da saúde e não nomearam ninguém. Cadê as nomeações? No relatório de
gestão fiscal deste ano – ainda vamos bater todas as semanas nesta tecla –, está lá, assinado pelo
governador: 34% só, o índice da LRF. Há margem fiscal para contratar. Há dinheiro em caixa para
contratar. Por que não contrata? Por que não nomeia? Por que não negocia com os servidores?
Eu não poderia deixar de dizer, para encerrar, que hoje também é o dia nacional de luta pelo
piso salarial e pela carreira dos professores e das professoras de todo o Brasil e em defesa do ensino
médio. Lembro o dia de hoje, presidente, dia 19 março, dia de luta da educação pública no Brasil todo,
também para convocar as pessoas que estão nos acompanhando: amanhã, dia 20 de março, a
categoria dos professores e professoras vai paralisar, em uma assembleia na Funarte, a partir das 9
horas da manhã, pedindo que o governador cumpra o acordo, porque os professores e as professoras
fizeram uma greve ano passado, o governo assinou um documento e, infelizmente, uma parte
importante dele não foi cumprida.
Então, que o Ibaneis cumpra o acordo, que o Ibaneis volte a sentar com o Sindicato dos
Professores, com essa categoria tão fundamental, para, também, superarmos o colapso da educação
pública que esta cidade vive com as filas nas creches, com a fila nas escolas e com vários problemas
que estouram, hoje, nas nossas escolas públicas.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Pergunto aos nobres deputados se podemos encerrar agora os Comunicados de Líderes para já
entrarmos na Ordem do Dia. (Palmas.)
Já foi solicitada a inversão de pauta.
Eu pergunto se mais algum deputado deseja fazer uso da palavra. (Pausa.)
Se todos concordam...
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O deputado Fábio Félix, que inclusive abriu
mão de usar a palavra nos Comunicados de Líderes, acabou de nos alertar que só há 12 deputados
presentes.
Deputado Fábio Félix, eu até insisto: é melhor que V.Exa. use a palavra.
O deputado falou que prefere votar, mas como, se só há 12 deputados presentes?
Enquanto o deputado usa a palavra, eu convoco os demais deputados, para que dê tempo de
chegar mais 1 deputado e termos quórum. Pode ser? (Pausa.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
O deputado Fábio Félix é um dos que mais pediu por vocês, então é importante ouvi-lo.
(Palmas.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente, pela
concessão da fala.
Boa tarde, servidores e servidoras da assistência social. Eu estou muito feliz de estar aqui hoje
com vocês lotando as galerias desta casa. (Palmas.)
Primeiro, eu queria dizer que reconheço que não foi nada fácil para vocês esse processo de
luta. Nós sabemos como é difícil lutar pela valorização de uma carreira que, muitas vezes, não tem
visibilidade. É muito difícil lutar e enfrentar os discursos de que no serviço público todo mundo tem o
mesmo salário. É o salário de procurador, o salário de auditor, mas somente nós da assistência social,
do socioeducativo, de algumas áreas que não têm valorização, só nós sabemos qual é o nosso
contracheque, qual é a nossa dificuldade, qual é a nossa luta.
Existe outro problema que atravessa a questão da carreira pública da assistência social, que é a
desvalorização da política pública. Nós estamos falando de servidores e de servidoras que atuam em
todas as regiões do Distrito Federal, no Cras, no Creas, na Unidade de Acolhimento, no Centro POP,
dedicando as suas vidas ao enfrentamento à desigualdade social, ao enfrentamento à vulnerabilidade
social, acolhendo questões complexas que não têm solução fácil.
O que vocês fazem hoje é em uma das unidades da Federação mais desiguais do país, porque
é isso que o Distrito Federal é. Nós estamos no DF, que tem um orçamento de 60 bilhões. Era para ser,
digamos assim, um exemplo do capitalismo brasileiro de igualdade, de oportunidade. Temos um
orçamento 40% maior do que o orçamento do Pará. Infelizmente, nós somos o território da
desigualdade, da diferença, da vulnerabilidade, e que não dá atenção às pessoas que mais precisam
Assistência social não é caridade; assistência social é política pública! (Palmas.) É política
pública. Por isso, é preciso e é urgente a valorização do Sistema Único de Assistência Social. Só há
valorização desse público, desse segmento, se há valorização dos seus servidores e servidoras.
Eu tenho formação em serviço social. Entrei, por concurso público em 2010, no GDF, para a
carreira pública da assistência social. Lamento inclusive que tenhamos nos separado – num divórcio
que eu fui contra – em 2014, com a criação da carreira socioeducativa. Infelizmente, não somos mais
da mesma carreira, mas eu sei e reconheço a importância dessa carreira.
Contem com o nosso mandato aqui na Câmara Legislativa do Distrito Federal, não só em
defesa dos servidores, mas em defesa da política pública. Mais uma vez, a assistência social não é
caridade, é política pública. Nós temos que defendê-la todos os dias.
Obrigado, gente. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix. Agradeço ao
deputado Fábio Félix e a outros que tanto se empenharam para que esse projeto chegasse a esta casa.
Que possamos agora fazer a nossa parte.
Permitam-me contar quantos parlamentares: 4 com o deputado Roosevelt, deputado Jorge
Vianna, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15 deputados. Já é suficiente.
Declaro encerrados os Comunicados de Líderes.
Vou passar a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Declaro encerrados os Comunicados de Parlamentares.
Com a deputada Dayse Amarilio, temos 16 deputados. Obrigado, deputada.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
quero fazer um registro que, como líder do PP aqui na casa, eu teria o direito de fala nos Comunicados
de Líderes. Em homenagem aos servidores, eu estou abrindo mão de falar, mas solicitei questão de
ordem para falar algo que eu acho extremamente importante.
Este documento que está em minha mãos é direcionado a V.Exa. Ele veio do governador
Ibaneis Rocha, onde ele diz: “Dirijo-me a V.Exa. e aos demais deputados distritais para submeter à
apreciação dessa casa o anexo projeto de lei que dispõe sobre a carreira pública de assistência social
do Distrito Federal e dá outras providências”.
Ele faz a justificativa e diz: “Dado que a matéria necessita de apreciação com relativa
brevidade, solicito, com base no art. 73 da Lei Orgânica, que a presente proposição seja apreciada em
regime de urgência”, o que mostra o respeito do governador com essa categoria. Isso fica
demonstrado também pelo fato de a primeira-dama fazer a ligação pedindo que fizéssemos o que nós
vamos fazer aqui agora: votar favoravelmente a essa categoria que tanto precisa. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
É sempre bom lembrarmos que a gratidão é um sentimento muito nobre. É verdade que eu
citei aqui vários parlamentares, o próprio deputado Pastor Daniel de Castro, que muito pediram por
vocês. Quero lembrar aqui da secretária-adjunta Renata, que esteve ontem no Colégio de Líderes
fazendo a defesa para que esse projeto estivesse na pauta. Ficou aqui mais ou menos umas 4, 5 horas.
É importante lembrarmos do papel de cada um e sermos gratos a todos aqueles que se
empenharam, inclusive o governador e seus secretários. Secretária Renata, fica aqui a nossa gratidão à
senhora, à secretária Ana Paula, à primeira-dama que me ligou, ao governador, ao chefe da Casa Civil
pela forma como tem tratado isso.
Vivemos um momento de muitas dificuldades e nem todas as categorias – o Sindsasc sabe
disto – conseguiram chegar à condição que vocês chegaram. Volto a dizer, gratidão é um sentimento
nobre.
(Manifestação na galeria.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Presidente, fizemos agora a
contagem e acho que temos o número de parlamentares suficiente. Eu queria solicitar inversão de
pauta e que apreciássemos primeiro o projeto de lei de restruturação da carreira pública da assistência
social. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado deputado. Acolho a solicitação de
V.Exa. – eu havia acolhido também a do deputado Max Maciel – e agradeço. Informo que vai ser o
primeiro item de pauta conforme solicitado por esses parlamentares.
DEPUTADO PEPA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PEPA (PP. Sem revisão do orador.) – Obrigado presidente. Boa tarde a todos.
Quero parabenizar aqui todos os servidores da carreira do serviço social. A unidade de vocês é
que faz a diferença nesse processo, bem como a compreensão também da secretaria, da secretária
Ana Paula, da Renata, da Mayara, de todos vocês que lutaram também junto com os servidores para
que esse mérito fosse alcançado.
Vamos votar!
Eu gostaria muito, presidente, de falar aqui de um amigo nosso que faleceu ontem, um cara
fora do comum, chamado José Carlos. Um atleta! Um atleta! Esse cara, presidente, só para V.Exa. ter
uma ideia, brilhou em várias competições, incluindo a conquista de medalha de ouro no campeonato
ibero-americano em 1994, na Argentina, e o título do meeting internacional de atletismo de Genebra,
na Suíça. Esses são apenas uns exemplos de um cara que fomentou, orientou, cuidou de todo o
esporte do atletismo na cidade de Planaltina.
Quero parabenizar o meu amigo, hoje, no Dia de São José, Dia do Artesão no Distrito Federal.
Houve um evento maravilhoso pela manhã aqui nesta casa. Quero parabenizar o meu amigo
José Vicente, presidente e diretor da Via Sacra de Planaltina.
Muito obrigado presidente e um abraço a todos. Quero agradecer a todos vocês pelo apoio à
Via Sacra, ao vivo, de Planaltina, no Distrito Federal.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pepa.
Primeiro, quero externar os nossos sinceros sentimentos. Foi uma morte que comoveu a todos
nós. Que Deus o acolha e dê consolo a seus amigos e familiares.
Aqui em nome de V.Exa. e de José Vicente queremos parabenizar toda a equipe da Via Sacra.
Quero dizer da nossa alegria em tê-los aqui mais uma vez conosco. Estaremos lá prestigiando, porque
eu conheço o evento e é, realmente, uma maravilha.
Parabéns pelo trabalho de vocês. Se Deus o quiser e se o deputado Pepa realmente cumprir o
compromisso de pagar almoço para todos os parlamentares e convidados, estaremos lá.
O deputado Pepa foi citado e disse que agora quer fazer a defesa dele. (Risos.)
Fale, deputado Pepa. Se eu estiver mentindo, diga-o agora.
DEPUTADO PEPA (PP. Sem revisão do orador.) – Na Sexta-feira Santa, sim, só não pode haver
carne. É peixe, ouviu?
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – É?
DEPUTADO PEPA – É. Respeitamos a Sexta-feira Santa. Não pode haver carne! É peixe.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado, que seja peixe. O que eu quero ver
é a cor do seu dinheiro. Está tudo certo – tudo certo!
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
Na sequência, falará o deputado Chico Vigilante.
Depois, iniciaremos o processo de votação.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, estou
emocionada por esse projeto ter chegado à casa. Todos sabem que sou enfermeira – falo isso –, mas
eu me identifiquei muito com essa carreira. A Renata acompanhou, a secretária Ana Paula e o sindicato
também.
Acho que o sindicato está de parabéns pela maneira respeitosa com que conduziu a questão.
Eu queria fazer uma breve retrospectiva, porque foi um projeto trabalhado a muitas mãos. Em
julho do ano passado, respeitosamente, formou-se um grupo de trabalho com várias representações
que trabalharam a possibilidade de esse projeto chegar à casa e, hoje, se Deus quiser, será votado.
Acho que ele é realmente a reparação com uma carreira muito importante para o Distrito Federal.
Eu falo que ganhei um presente, que foi a Comissão de Assuntos Sociais. Eu não imaginava me
apaixonar tanto e me identificar tanto com essa categoria, que é muito parecida com a categoria da
saúde, da enfermagem, no sentido da resistência, da força, da resiliência, do cuidado que vocês
prestam em cada posto de trabalho de vocês.
Cada vez que visito algum lugar, eu me envolvo. Acho que é por isso que eu tenho me
envolvido, cada vez mais, com a assistência social, não só nas visitas, mas também na aplicação das
nossas emendas, no trabalho em conjunto, ouvindo-os. Estou aprendendo muito com vocês e quero
agradecer por isso.
Nós vimos aqui, nós reclamamos, nós falamos, nós cobramos, mas acho que temos que
agradecer pelas coisas positivas também, secretária adjunta Renata – que está aqui – e secretária
Marra – que está chegando.
No final do ano passado, soubemos que o projeto chegaria este ano. Naquele momento, falei
para o sindicato: Não vamos desistir. Vamos continuar da mesma maneira respeitosa. De uma coisa
nós sabemos: quando eles falam, eles cumprem a data.
Já aproveito para parabenizá-los, porque o projeto chega hoje. Acho que é realmente uma luta;
uma luta da base em uma greve que não foi fácil e que não era querida. Mas vocês – vocês – estão de
parabéns, porque vocês galgaram isso aqui.
Realmente, estou muito, muito feliz com a votação desse projeto hoje. Muito! (Palmas.)
Estou feliz não só, presidente, com o fato de votar o projeto, mas também com a oportunidade
de falar da reestruturação e da questão dos concursos. O déficit é muito grande ainda. Nós nos
identificamos na questão da covid, porque também não paramos. Ainda existe esta preocupação: o
déficit hoje é de 3.408. Inclusive, o projeto que vai ser votado já traz a questão do recurso para o
concurso, que foi aprovado na LDO.
Estaremos aqui, lutando para que as nomeações possam acontecer. Sabemos que um servidor
na ponta pode ajudar muito a fazer a diferença, porque temos trabalhado com um dimensionamento
muito difícil. O déficit ainda é muito grande: 3.408 – 1.935 de técnicos em assistência social; 336 de
auxiliares e 1.137 de especialistas.
(Soa a campainha.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Contem conosco!
Muito obrigada.
Fico muito feliz, presidente! Inclusive, quando recebi a notícia de que o projeto tinha chegado,
mandei uma mensagem para a pasta e para o próprio governador, dizendo: fiquei muito feliz com a
chegada do projeto, porque acho que a palavra dada tem que ser cumprida e ela foi cumprida. Existem
algumas lutas, mas fazemos o nosso papel de fiscalização com muita transparência e com muito
respeito.
Fico muito feliz pelo fato de o projeto ter chegado e pela oportunidade de votá-lo hoje.
Obrigada.
Parabéns a vocês! (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Quero aqui, publicamente, agradecer a V.Exa. e parabenizá-la pela abertura da Semana da
Mulher, um espetáculo!
Hoje está aqui a carreta da Polícia Civil com a Identidade Solidária, para aqueles que quiserem
fazer a sua identidade.
É extremamente importante esse movimento. Parabéns a V.Exa.! A deputada Jaqueline Silva, a
deputada Doutora Jane e a deputada Dayse Amarilio estiveram no evento ontem. A deputada Paula
Belmonte não pôde vir, porque perdeu o pai recentemente e não está bem. Ficam os nossos
agradecimentos e repito: V.Exas. – as 4 – valem pelos 20 homens daqui. Parabéns e muito obrigado!
O próximo orador é o deputado Chico Vigilante. Depois do deputado Chico Vigilante, eu já
gostaria de iniciar a Ordem do Dia, com o primeiro item de pauta.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, apenas digo
que eu acho que o deputado Pepa está livre da despesa, porque Sexta-feira Santa é dia de jejum e
meditação.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Chico Vigilante, por isso que S.Exa.
disse que iria pagar o almoço.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Exatamente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu acreditei em S.Exa. Deputado, S.Exa.
aproveitou da minha boa-fé. (Risos.)
Obrigado, deputado Chico Vigilante.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – V.Exa. me vem com uma história de peixe...
(Risos.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Agora eu entendi, deputado Pepa.
Deputado Martins Machado, um homem desse não tem salvação, não é possível! Eu, cheio de
boa-fé, achando que S.Exa. tinha nos convidado mesmo, mas é dia de jejum. Por isso, S.Exa. chega lá
para o café da manhã.
Obrigado, deputado Pepa. Isso vai ter troco. (Risos.)
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Pergunto aos líderes se há acordo para
superarmos o sobrestamento decorrente dos vetos, itens nº 1 a nº 215, e apreciarmos as demais
matérias constantes na Ordem do Dia e os itens da extrapauta.
Não há manifestação em contrário.
Permitam-me anunciar e agradecer a presença da nossa secretária de desenvolvimento social,
doutora Ana Paula – muito obrigado! Ela é uma amiga e uma pessoa por quem tenho muito carinho –
por favor, secretária, sente-se conosco, será um prazer! Também anuncio a presença da secretária
adjunta, Renata. A presença de vocês demonstra o carinho e o respeito com essa categoria. Muito
obrigado.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em primeiro turno, do Projeto de Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “Dispõe sobre a carreira Pública de Assistência Social do Distrito Federal e dá outras
providências”.
A proposição não recebeu o parecer das comissões. A CAS, a CEOF e a CCJ deverão se
manifestar sobre o projeto.
Solicito à presidente da Comissão de Assuntos Sociais, deputada Dayse Amarilio, que designe
relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, avoco a relatoria com muita honra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito à relatora, deputada Dayse Amarilio,
que emita parecer da Comissão de Assuntos Sociais sobre a matéria.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para emitir parecer. Sem revisão da oradora.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, trata-se do parecer da Comissão de Assuntos Sociais ao
Projeto de Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder Executivo, que “Dispõe sobre a carreira Pública de
Assistência Social do Distrito Federal e dá outras providências”.
Trata-se de um projeto importante, uma vez que trata da reestruturação de uma carreira
fundamental para o serviço público do Distrito Federal.
O encaminhamento desse projeto deriva de uma proposição e de uma negociação extensa,
com a implementação de uma mesa de negociação que tratou de várias demandas que foram
encaminhadas pela categoria. Reforço, mais uma vez, o valor dessa categoria.
Visitei diversos equipamentos da assistência social e pude testemunhar, presencialmente, a
excelência do serviço e do esforço das servidoras e dos servidores para dar à população as soluções
requeridas e representar o direito de cada cidadão no Distrito Federal.
Repito: a assistência social é um direito. O direito somente se efetiva se o Estado der condições
para tanto. Uma carreira valorizada, reestruturada e moderna, com certeza, irá auxiliar na
materialização do direito à assistência social, direito esse que tem assento na Constituição federal e na
Lei Orgânica do Distrito Federal.
Continuaremos diligentes ao fiscalizar a implementação da lei e a melhoria nas condições
estruturais, inclusive com a nomeação dos novos servidores públicos, para que o serviço seja prestado
com excelência e o direito, efetivamente garantido.
Com esses breves comentários, nós nos manifestamos, com muita alegria, pela aprovação do
Projeto de Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder Executivo, na Comissão de Assuntos Sociais.
(Palmas.)
Esse é o parecer.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 19 deputados.
Antes de continuar, eu gostaria de agradecer a presença dos estudantes e professores do
Centro de Ensino 1 do Guará, onde eu estudei.
Sejam muito bem-vindos. Muito obrigado. É muito bom ter aqui alunos de escola pública,
participantes do programa Conhecendo o Parlamento, sob a coordenação da Escola do Legislativo.
Agradeço muito a presença de vocês. Tenho muito orgulho em tê-los aqui conosco.
Solicito ao presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, deputado Eduardo
Pedrosa, que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, antes
de mais nada, eu queria dizer que, ao longo desses meus 5 anos de mandato na Câmara Legislativa,
poucas vezes Eliana Pedrosa me ligou para falar de um projeto no dia de sua votação, mas hoje ela me
ligou e falou: “Olha, eu quero que você ajude a aprovar esse projeto, porque esse pessoal merece
demais, esse pessoal da assistência social merece muito”. (Palmas.)
Eu, particularmente, estou muito feliz. Quero parabenizar V.Exa., todos os deputados, todos os
sindicatos, todos aqueles que batalharam por essa conquista tão importante para quem é tão
importante para o Distrito Federal, as pessoas que trabalham no atendimento a nossa população.
Quero parabenizar o governo e a secretária Ana por esse olhar. É fundamental que tenhamos
essa visão.
Quem vai relatar esse projeto pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças é o deputado
Jorge Vianna, servidor público, que tenho certeza de que fará isso da melhor maneira possível.
Designo o deputado Jorge Vianna como relator.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.
Parabéns pelo gesto! Todo mundo sabe que o deputado Jorge Vianna está aqui na marra, mas veio em
respeito às pessoas.
Quero lembrar, deputado Eduardo Pedrosa, que tive a felicidade de ser deputado com a sua tia
e sei da relação que ela tem com essa carreira.
O deputado Eduardo Pedrosa foi um dos deputados que esteve comigo na Casa Civil pedindo
que esse projeto viesse à Câmara Legislativa.
Então, ficam meus agradecimentos a V.Exa. e à minha amiga ex-deputada Eliana Pedrosa por
tudo o que fez por essa carreira e pela assistência social no Distrito Federal.
Solicito ao relator, deputado Jorge Vianna, que emita parecer da Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças sobre a matéria.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, eu agradeço demais ao presidente da nossa comissão,
deputado Eduardo Pedrosa, muito coerente e solícito.
Fico muito feliz em proferir o parecer para os nossos colegas servidores. Porém, eu sei que
todos querem ouvir o “sim”.
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças ao Projeto de Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder Executivo, que “Dispõe
sobre a carreira Pública de Assistência Social do Distrito Federal e dá outras providências”.
Sem delongas, pela Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, nós somos pela aprovação
desse projeto, com louvor. (Palmas.)
Eu quero parabenizar a secretária Ana por ela estar aqui neste momento. É ela a secretária
mais demandada, evidentemente, na hora da cobrança. É ela a apedrejada, na hora da cobrança. Ela
estar aqui mostra que o gestor tem interesse em ajudar o trabalhador. Parabéns! Quem dera todo
secretário estivesse presente na hora de tentar conseguir alguma benefício para os servidores!
Corrigindo, sou pela admissibilidade do projeto, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Jorge Vianna. Faço
minhas as suas palavras com relação à secretária Ana Paula e à sua adjunta, Renata. Muito obrigado.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 20 deputados. (Palmas.)
Na ausência do presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Thiago Manzoni,
solicito ao deputado Chico Vigilante que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Chico Vigilante,
que emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre a matéria.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre o
Projeto de Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder Executivo, que “Dispõe sobre a carreira Pública de
Assistência Social do Distrito Federal e dá outras providências”.
Senhor presidente, compete a esta Comissão de Constituição e Justiça analisar a
admissibilidade e a constitucionalidade do Projeto de Lei nº 1.010/2024. Do ponto de vista da
admissibilidade e da constitucionalidade, o projeto cumpre todos os requisitos.
Portanto, declaro constitucional o projeto.
É o voto. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 20 deputados.
Em discussão o Projeto de Lei nº 1.010/2024, em primeiro turno. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 20 deputados.
A matéria segue a tramitação regimental. (Palmas.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, antes de
passarmos ao próximo item da pauta, eu gostaria não só de parabenizar os servidores pela vitória e
pela conquista, mas também de registrar a presença dos alunos do Centro de Ensino Médio 1 do Guará
no dia de hoje nesta casa. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. Eu já os mencionei, mas
é sempre importante mencioná-los.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio para declaração de voto.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para declaração de voto. Sem revisão da oradora.) –
Senhor presidente, hoje é o Dia Mundial do Serviço Social e um dia emblemático nesta casa. Hoje,
sairei feliz daqui. Muitas vezes, saio daqui com o coração apertado, mas sabendo que faço o meu
trabalho. Hoje, estou muito, muito feliz. Parabéns ao Distrito Federal e parabéns a todos os assistentes
sociais! Parabéns e bem-vindos! (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix para declaração de voto.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para declaração de voto. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, já falei bastante sobre essa pauta, mas ressalto, mais uma vez, a importância dessa
categoria.
Presidente, eu gostaria de dizer que isso não foi um presente do governo – V.Exa. sabe disso.
Isso foi conquistado pela luta da categoria. (Palmas.)
Houve uma greve fundamental de uma categoria aguerrida, que foi para a rua, fez dezenas de
assembleias e enfrentou interesses para garantir o que está sendo aprovado hoje, nesta casa.
(Palmas.)
Eu queria fazer esse registro importante.
Essa é uma categoria de agentes, é uma categoria de nível médio, é uma categoria de
psicólogos, é uma categoria de assistentes sociais, diferentes áreas que atuam pela política de
assistência social.
Viva a assistência social!
Parabéns aos servidores pela luta! (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Com a luta, a vitória é mais gostosa.
Parabéns!
(Manifestação na galeria.)
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito a palavra para declaração de
voto.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra ao deputado Robério
Negreiros para declaração de voto.
Antes, porém convido a primeira-dama, Mayara Noronha, a compor a mesa. É um prazer tê-la
conosco. (Pausa.)
Lembro à primeira-dama que já estou nesta casa há algum tempo e, pela primeira vez, vejo
uma primeira-dama vir prestigiar a votação de uma categoria. Isso é respeito; isso é carinho; isso é
comprometimento. Ficamos extremamente felizes com isso.
Parabenizo a senhora e agradeço-lhe. Esse é um gesto extremamente importante pelo qual
ficamos muito felizes.
Depois que o deputado Robério Negreiros, líder do governo, manifestar-se, vou suspender a
sessão.
Em respeito à senhora e a essa categoria, já vamos votar o projeto em segundo turno para
sacramentar essa vitória.
Concedo a palavra ao deputado Robério Negreiros para declaração de voto.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Para declaração de voto. Sem revisão do orador.) –
Senhor presidente, quero fazer uma declaração.
Primeiro, quero agradecer o empenho da secretária Ana Paula, da secretária adjunta Renata e
da própria Mayara, que foi secretária e vem acompanhando a carreira da assistência social, que é
muito importante, um dos pilares do governo Ibaneis. O Ibaneis sempre teve carinho pelos mais
necessitados, pelos programas. Quero agradecer principalmente ao governador Ibaneis Rocha, que
com certeza determinou que essa reestruturação saísse, mesmo diante das dificuldades que o governo
enfrenta com questões orçamentárias.
Parabéns a todos! Parabéns a Mayara! Parabéns, principalmente, ao governador Ibaneis Rocha!
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Robério Negreiros.
A presidência vai suspender a sessão por 3 minutos.
Concedo a palavra à primeira-dama, Mayara Noronha. Na sequência, convocarei os deputados
para a votação em segundo turno desse importante projeto.
A sessão está suspensa por 3 minutos.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 16h27min, a sessão é reaberta às 16h33min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está reaberta a sessão.
Nos termos do art. 120 do Regimento Interno, em atendimento ao Requerimento nº
1.099/2024, convoco as senhoras e os senhores deputados para a sessão extraordinária de hoje, com
início imediato após esta sessão ordinária, para discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de
Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder Executivo, que “Dispõe sobre a carreira Pública de Assistência
Social do Distrito Federal e dá outras providências”, e dos demais projetos.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão ordinária.
(Levanta-se a sessão às 16h33min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
ACS – Agente Comunitário de Saúde
Avas – Agente de Vigilância Ambiental em Saúde
CAS – Comissão de Assuntos Sociais
CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
Centrad – Centro Administrativo do Distrito Federal
Centro POP – Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
Cras – Centro de Referência e Assistência Social
Creas – Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Cress – Conselho Regional de Serviço Social
CRM – Conselho Regional de Medicina
Funarte – Fundação Nacional de Artes
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
Lide – Grupo de Líderes Empresariais
LRF – Lei de Responsabilidade Fiscal
Semob – Secretaria de Transporte e Mobilidade
Sindsasc – Sindicato dos Servidores da Assistência Social e Cultural do GDF
SLU – Serviço de Limpeza Urbana
UnB – Universidade de Brasília
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 21/03/2024, às 09:56, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1589177 Código CRC: A0D1FA0D.
DCL n° 063, de 01 de abril de 2024 - Suplemento
Expedientes Lidos em Plenário 327/2024
DCL n° 063, de 01 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 20/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 20ª
(VIGÉSIMA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 21 DE MARÇO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H03MIN TÉRMINO ÀS 15H30MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO MAX MACIEL) – Sob a proteção de Deus, declaro aberta a presente
sessão ordinária de quinta-feira, 21 de março de 2024, às 15 horas e 3 minutos.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Como não há nenhum deputado para secretariar os trabalhos da mesa, eu mesmo farei a
leitura do expediente.
Sobre a mesa, expediente que será lido por esta presidência.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO MAX MACIEL) – O expediente lido vai a publicação.
Não havendo quórum regimental, suspendo a sessão por 30 minutos.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h07min, a sessão é reaberta às 15h30min.)
(Assume a presidência o deputado Chico Vigilante.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Declaro reaberta a presente sessão.
Estão presentes em plenário a deputada Doutora Jane, o deputado Max Maciel, o deputado
Gabriel Magno e o deputado Fábio Félix.
Não há quórum regimental para darmos continuidade aos trabalhos.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a sessão.
(Levanta-se a sessão às 15h30min.)
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 22/03/2024, às 14:37, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1593230 Código CRC: 4190E30D.