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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 64/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 64ª
(SEXAGÉSIMA QUARTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 20 DE AGOSTO DE 2024.
INÍCIO ÀS 16H06MIN TÉRMINO ÀS 17H21MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
terça-feira, 20 de agosto de 2024, às 16 horas e 6 minutos.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Antes de convidar o nobre deputado Robério Negreiros, nosso quarto-secretário, para
secretariar os trabalhos da mesa, registro e agradeço a presença dos estudantes e professores da
Escola Classe 64 de Ceilândia, participantes do programa Conhecendo o Parlamento. Obrigado pela
presença. (Palmas.)
Ainda há algum flamenguista aí em cima?
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não acredito! Mesmo depois daquela surra
que vocês levaram, ainda estão nessa alegria toda? Vocês tinham que estar chorando, e não rindo.
Muito obrigado.
Falou em flamengo, bagunça-se o coreto. Obrigado às nossas crianças e aos nobres
professores. É um prazer tê-los conosco.
Quero saudar, mais uma vez, os aprovados do concurso para Avas e ACS e reafirmo o nosso
compromisso. Estamos trabalhando muito. É importante que nós, deputados, tenhamos essa
consciência para não passarmos, no ano que vem, pelo que nós passamos neste ano. É fundamental a
nomeação desses colegas. Depois eu vou discutir isso no Legislativo. Esse é um trabalho que precisa
ser feito com o Executivo e com o apoio da Câmara Legislativa para que nomeemos esses profissionais
para a nossa segurança e proteção das nossas famílias. A nomeação de vocês torna-se fundamental
para que nós tenhamos a tranquilidade que, infelizmente, não tivemos neste ano. Portanto, é melhor
trabalhar agora para não chorar depois. Obrigado e parabéns pelo trabalho de vocês!
Da mesma forma, falo dos 242 especialistas da Secretaria de Saúde que estão aprovados e que
possuem o apoio desta casa. Fica aqui também o nosso compromisso com uma categoria que é
extremamente importante. Obrigado pela presença de vocês!
Há a questão dos 1000 servidores temporários, do processo seletivo que saiu, que estão na
mesma situação da qual acabei de falar.
Também vamos acompanhar o Movimento Salve o Rio Melchior, uma proposição extremamente
importante de iniciativa da deputada Paula Belmonte.
Obrigado, deputada Paula Belmonte, por se preocupar com um tema tão importante. Podem
cobrar da deputada. Ela e todos nós daremos respostas. A deputada Paula Belmonte tem se
empenhado muito com relação a essa questão do rio Melchior. Obrigada, deputada Paula Belmonte e
parabéns!
Aqui lemos também: “Quem produz não merece menos. Isonomia salarial aos enfermeiros da
Secretaria de Saúde”. Vocês também têm o nosso compromisso. Todo salário para os servidores,
principalmente para os da saúde, é pouco. Parabéns!
Convido o deputado Robério Negreiros para secretariar os trabalhos da mesa.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura de expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, a seguinte ata da sessão anterior:
– Ata sucinta da 63ª Sessão Ordinária, de 15 de agosto de 2024.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovada sem
observações a ata mencionada.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna. (Pausa.)
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente. Boa tarde a todos e todas que nos acompanham.
Eu queria fazer uma saudação especial à Escola Classe 64 de Ceilândia, aos professores e
professoras que nela trabalham e aos estudantes presentes. Falo isso, presidente, porque me trazem a
esta tribuna 2 temas. Infelizmente, são 2 temas que têm nos preocupado muito no Distrito Federal.
O primeiro é sobre educação. Saiu, na semana passada, o resultado do Ideb. Eu tenho várias
críticas ao modelo de avaliação do Ideb. O Ideb não inclui uma série de atividades que os professores,
os profissionais e os estudantes realizam nas escolas; essas atividades não entram no cômputo do
Ideb. Não entra no cômputo do Ideb a rede qualificada que nós temos. Além disso, não é considerado
o maior dos problemas que nós temos: a nota do Ideb que mais chama a atenção é a do DF, pois é
uma das unidades da Federação que mais reduziu a sua nota para mais de 1 ponto da última avaliação
para esta. Isso mostra a falta de prioridade de condições de trabalho. O Governo do Distrito Federal,
nesta última gestão, abandonou a escola. Abandonou a educação pública desta cidade.
Presidente, até hoje, as escolas de ensino médio não têm diário – deputado Pepa, não têm
diário! – para os professores colocarem e lançarem as notas dos estudantes. As escolas de ensino
médio desta cidade não conseguem fazer transferências de estudantes, porque não há um sistema
para entregar boletim.
Paralelamente a isso, há um contrato de 40 milhões de reais com uma empresa para entregar
um sistema que não funciona – algo que o governo gosta muito de fazer. Gastar dinheiro com empresa
este governo faz bem. Atendimento e serviço público de qualidade, infelizmente, ele tem feito muito
mal. Não chegou uniforme para as crianças. O que chegou às escolas foi só a camiseta. Não chegou
agasalho, e já está terminando o inverno. Obrigaram as direções das escolas a assinar que receberam,
presidente, e, depois, a abrir chamado no SEI para dizer que receberam, mas receberam faltando
uniforme, com tamanho errado, com qualidade questionável. Pegue o contrato e veja o que foi pago
para a empresa, que não entregou o uniforme e, o que entregou, entregou com péssima qualidade.
Há problema na alimentação escolar, na merenda de baixa qualidade que ainda chega à escola,
apesar do esforço das merendeiras, apesar do esforço das direções de escola. Esta semana, nós
fizemos a primeira reunião do GT de alimentação escolar para cobrar do governo. É inaceitável.
O transporte escolar... O investimento, o dinheiro não chega para a escola, não chega via
PDAF.
Semana passada, tivemos uma importante vitória no Tribunal de Contas. Nós acusamos o GDF
de não investir o mínimo constitucional na educação, 25%. O tribunal acatou uma parte importante da
nossa representação e chegou ao cálculo de que o GDF, hoje, investe em educação apenas 25,08%, no
limite do mínimo. Não contabilizou, não tirou da conta os gastos com a universidade distrital. Uma lei
aprovada nesta casa diz que os gastos com a universidade distrital não entram para o cômputo dos
25%. Ou seja, na prática, o Governo do Distrito Federal não gasta, não investe o mínimo
constitucional. Isso é gravíssimo, porque esse é o resultado da política desastrosa desse governo.
Inclusive, há consequências. Nós vamos recorrer e, se ficar provado que não gasta... A
Constituição diz que quem não gasta o mínimo constitucional precisa responder a esta casa, à justiça e
à sociedade.
Por fim, presidente, outro assunto que me traz aqui é o da saúde, que também está um caos.
Saiu uma reportagem hoje, no Metrópoles, sobre uma fiscalização do Tribunal de Contas: 85%
das UBS estão em péssimas condições.
Nós estivemos, segunda-feira, na UBS de Sobradinho e na Policlínica. Temos feito uma série de
visitas com o Conselho de Medicina e com o Conselho de Enfermagem e nós temos detectado que
faltam...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Hoje faltam profissionais em todas as unidades de saúde. Falta
médico, falta enfermeiro, falta ACS, falta Avas, falta cirurgião dentista, falta técnico de enfermagem,
falta administrativo. Estão tirando o profissional do atendimento para fazer o administrativo do hospital.
Os especialistas são o que mais estão faltando no hospital, na UBS. Nas UPAs, nem se fala, porque o
Iges é caso de polícia. O Iges é caso de polícia! Isso já foi provado várias vezes aqui, nesta casa, e por
investigações. É um caos completo. Morreu mais uma criança no parto, agora no Hospital do Gama. E
nós vamos ficar assistindo a isso.
Quando vamos ver o investimento, é a mesma coisa: falta investimento, falta aplicação de
recurso, falta entrar na prioridade do governo – não entra.
O presidente acabou de dizer ao abrir esta sessão: nós vamos esperar para vivermos, de novo,
a crise da dengue ano que vem? Nós não vamos fazer nada e vamos esperar a crise da pediatria, de
novo, no ano que vem?
Qual é a ação do Governo do Distrito Federal para a atenção primária? Precisamos fortalecer
nomeando servidores, investindo na saúde e desprivatizando a saúde pública do Distrito Federal. Nós
vimos que a privatização, o Iges transformou a saúde do DF num caos.
Por isso, presidente, eu encerro pedindo também não só pela pauta importante do rio Melchior
mas também que possamos avançar na instalação das CPIs, para que também cheguemos à CPI da
saúde, que é necessária e extremamente importante. A sociedade do Distrito Federal precisa saber o
tamanho do caos na saúde e qual é a causa desse caos. Temos uma opinião muito forte: a causa é o
descaso desse governo com o SUS e com a saúde pública.
Obrigado, presidente.
(Assume a presidência o deputado Robério Negreiros.)
PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Concedo a palavra ao deputado João
Cardoso pela liderança do Partido Avante. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante pela liderança do Partido dos Trabalhadores.
Eu queria fazer um adendo à fala do deputado Gabriel Magno. Sua excelência disse que o Iges
tem responsabilidade pelo Hospital do Gama. O Iges não é responsável pelo Hospital do Gama. Quero
só fazer essa correção.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, eu tive oportunidade de receber, na segunda feira, para um café no
meu gabinete, o presidente da Federação do Comércio do Distrito Federal, o senhor José Aparecido.
Nós conversamos sobre uma série de assuntos, dentre eles o Cartão Material Escolar, que foi uma
criação do governo Agnelo. Quem teve a ideia da criação do Cartão Material Escolar foi exatamente o
José Aparecido, juntamente com uma companheira professora que era da Secretaria de Saúde e hoje
trabalha no meu gabinete, a Alaíde.
Depois terminou o governo Agnelo. O projeto morreu praticamente no governo Rollemberg. E o
programa é tão bom que voltou no governo Ibaneis.
Nessa reunião que eu tive com José Aparecido, nós tivemos uma ideia. Eu vou pedir inclusive o
apoio do líder do governo e do Maurício, que está aqui, que é o nosso secretário de assuntos
parlamentares. Acho que o Governo do Distrito Federal, Maurício, precisa colocar a distribuição dos
uniformes no Cartão Material Escolar. Vai dar emprego para a população, vai dar emprego para
pequenas fábricas no Distrito Federal e vai ter uma qualidade muito melhor.
Nós estamos trabalhando nisso. Eu me comprometi junto ao José Aparecido para que
possamos fazer efetivamente esse trabalho de mudar a distribuição do uniforme, para que, em vez
dessas licitações que estão feitas, em que se traz uniforme de péssima qualidade, ele possa ser
adquirido através do Cartão Material Escolar. Portanto, creio que nós vamos conseguir, efetivamente,
essa aprovação.
Dito isso, quero abordar outro assunto. Quero falar da violência estabelecida no Distrito
Federal, especialmente aqui na Asa Norte de Brasília. No sábado, houve uma manifestação de
moradores da Asa Norte de Brasília que falava da criminalidade generalizada aqui nessa parte de
Brasília. Os moradores se manifestando, efetivamente, contra ela.
Mas não é só na Asa Norte. Em Ceilândia também há uma série de comércios arrombados por
ladrões, que colocam a vida das pessoas submetidas à violência. Você vai à Taguatinga, a situação é a
mesma. Chega no Gama, não é diferente. Lá em Planaltina também a violência está presente.
Portanto, é preciso que haja um trabalho efetivo de restabelecer a segurança da nossa
população, que paga impostos – e pagamos muitos impostos – e precisa, efetivamente, de uma
segurança de qualidade. Isso é muito importante.
Por último, quero abordar outro assunto. Eu estava vendo um estudo que acaba de sair e conta
que cerca de 40% das pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família saem do programa e conseguem
emprego direto. Essa é uma invenção do Partido dos Trabalhadores, é uma invenção do governo de
esquerda do presidente Lula, ainda no primeiro mandato, que deu resultado efetivo neste país.
Portanto, é um programa a ser preservado, é um programa que hoje é modelo para o mundo.
É um espelho, efetivamente, porque investe na educação, e por meio da educação as pessoas
conseguem os empregos necessários.
Há pouco estávamos aqui com os alunos da Escola Classe 64 de Ceilândia. Eu quero dizer que,
além de falar, nós fazemos: eu destinei uma emenda de 100 mil reais para aquela escola. A direção
competente da escola conseguiu transformá-la. Hoje ela é uma escola muito mais bonita, uma escola
muito mais funcional, uma escola onde os alunos têm muito prazer de viver.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Concedo a palavra, pela liderança do PP,
ao deputado Pepa.
Devolvo a presidência ao deputado Wellington Luiz.
(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Agradeço, e devolvo a presidência ao
deputado Robério Negreiros novamente.
(Assume a presidência o deputado Robério Negreiros.)
DEPUTADO PEPA (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos. É com imensa
satisfação que hoje eu subo a esta tribuna, nesta tarde, e com imensa alegria de parabenizar uma
cidade centenária, uma cidade acolhedora, uma cidade que tem uma história linda não só no contexto
do Distrito Federal, mas no contexto do Brasil: a cidade de Planaltina, Distrito Federal.
Planaltina, ontem, senhor presidente, completou 165 anos. Nosso arraial Mestre d'Armas, São
Sebastião de Mestre d'Armas, Altamir, Planaltina, a cidade que me acolheu. Desde 1987 sou morador
de Planaltina, moro no mesmo bairro, a Vila Vicentina, o segundo bairro mais antigo da cidade.
Tenho a honra de parabenizar essa cidade. No sábado, deputado Martins Machado, aconteceu
um desfile em que todas as escolas e forças de segurança mostraram seu orgulho da cidade. Desfile
esse que foi resgatado no ano passado, já que deixaram de fazê-lo, embora ele seja uma tradição da
cidade.
Planaltina é uma cidade que tem a religiosidade em sua veia. É uma cidade que hoje acolhe
todas as religiões – todas! Na próxima semana, teremos a Cruzada Evangelística de Planaltina, que é
tradicional, assim como a Via-Sacra e a Festa do Divino, que são fora do comum.
Precisamos fazer muito por aquela cidade e pela região norte, que ficou esquecida. Falam para
mim, deputada Paula Belmonte, que, em todo estado ou país, é na região sul que o progresso chega
primeiro. Eu tenho procurado entender isso, porque o Distrito Federal é um todo. O progresso pode ter
chegado primeiro na região sul, mas agora chegou a vez da região norte. Nós não vamos esmorecer,
vamos levar melhorias para aquela cidade!
Hoje à noite, senhor presidente, teremos uma audiência pública em frente à Associação
Comercial e Industrial de Planaltina, deputado Robério Negreiros, nosso líder. O nosso secretário
Thales estará lá, além de outros secretariados.
Tudo o que combinei com o governador Ibaneis para melhoria da nossa cidade e da nossa
região, deputado Robério Negreiros, foi seguido: terceira faixa e mobilidade – seguidos!; construção do
anexo do Hospital de Planaltina, onde teremos a tão sonhada UTI – seguido! Além disso, foram feitas
obras dentro das escolas. Nesta semana mesmo, estamos inaugurando mais salas. Há, ainda, uma
atenção especial para as UBS rurais.
A criação da Área de Desenvolvimento Econômico de Planaltina é uma necessidade para a
geração de empregos, para que os moradores não saiam mais de lá e venham ao centro. Isso é
fundamental.
Faço uma pergunta nesta casa: por que nunca levantaram a bandeira para criar uma área de
desenvolvimento econômico em uma cidade que tem 165 anos? Como? Com que condições? O que
estavam fazendo naquela cidade? É desenvolvimento econômico, é empreendedorismo, é geração de
emprego! Planaltina merece muito mais.
Vou dizer uma coisa: não vou parar de trabalhar e de lutar pela melhoria daquela cidade. Tive
votos em todo o Distrito Federal, mas 87% dos meus votos foram de Planaltina. Preciso reconhecer
isso.
Obrigado, Planaltina, por me acolher! Obrigado, Planaltina, por tudo na minha vida: meus
filhos, meus netos, minha esposa, meus familiares.
Parabéns, Planaltina, pelos seus 165 anos!
PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Dando continuidade aos Comunicados de
Líderes, concedo a palavra ao deputado João Cardoso, pelo partido Avante.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Como líder. Sem revisão do orador.) – Olá, presidente.
Cumprimento todas as deputadas e todos os deputados presentes, as assessorias, aqueles da imprensa
que nos acompanham e todos aqueles que estão na galeria do nosso plenário, acompanhando a sessão
e reivindicando os seus pleitos. Estamos à disposição de vocês.
Presidente, hoje, dia 20 de agosto, venho a esta tribuna com uma alegria muito grande.
Sempre deixo claro que sou filho de um rodoviário, que o sangue de rodoviário corre nas minhas veias
e que tenho um trabalho muito bacana, muito interessante com os rodoviários, desde quando
começamos o nosso projeto político, porque eles carregam vidas em suas mãos todos os dias.
Já fizemos vários projetos para beneficiar os rodoviários, porque sabemos que, se os estamos
beneficiando, estaremos, consequentemente, beneficiando o transporte público do Distrito Federal e,
principalmente, os seus usuários. Falo sempre que os meus filhos ainda são usuários do transporte
público do DF.
Apresentei a esta casa, presidente, um projeto de lei que foi aprovado e tornou-se a Lei nº
7.429/2024, que determina a instalação de ar-condicionado em todos os ônibus do transporte público
do Distrito Federal. Essa lei foi aprovada por todos os deputados desta casa.
Eu observava, em toda cidade por onde eu andava, que havia ar-condicionado nos ônibus do
transporte público. Em Brasília há dificuldades quanto a isso.
A lei foi aprovada e, a Secretaria de Transporte, paulatinamente, está exigindo das empresas a
substituição desses ônibus. É assim que está acontecendo.
Já está marcado: no dia 26 de agosto, na rodoviária de Sobradinho, o nosso secretário Zeno,
juntamente com a empresa responsável, fará a entrega de 25 ônibus com ar-condicionado para a
população de Sobradinho. E outros ônibus virão. A partir de agora, todos aqueles que entrarem na
frota, que forem trocados, terão ar-condicionado. Gente, isso é qualidade de vida, isso é qualidade no
transporte público.
Quero deixar claro, presidente, que o secretário de Transporte e Mobilidade, Zeno José
Andrade Gonçalves, tem tido uma presteza no atendimento aos parlamentares e a toda a população de
uma forma ímpar. Não há uma vez que entramos em contato com o secretário Zeno que ele peça para
que nós compareçamos até a Secretaria de Transporte, pelo contrário, ele mesmo vem nos atender.
Secretário Zeno, toda a sua equipe está de parabéns. As empresas também estão de parabéns,
porque estão vendo que precisam renovar suas frotas e renovar com qualidade. E que qualidade é
essa? A qualidade também de haver ar-condicionado. Assim, você beneficia todos aqueles que
participam desse transporte.
Também já há um projeto para fazerem a faixa exclusiva para os ônibus. E alguns dizem: “Ah,
mas a população vai reclamar!” A população que anda de carro próprio vai reclamar? E aqueles que
andam de ônibus coletivo, muitas vezes apertados? E digo ao meu amigo deputado Max Maciel, que
também é um defensor da mobilidade: aqueles que são transportados dentro do ônibus são os que
precisam de melhor qualidade no transporte.
Estou aqui ombro a ombro com todos os deputados para que possamos melhorar o transporte
público no DF. É mais uma lei nossa aprovada e colocada em prática. Fico feliz em colocar o mandato à
disposição dos meus irmãos, meus amigos, meus contemporâneos rodoviários do Distrito Federal.
Também quero lembrar, presidente, do apoio que nós temos dado ao ciclismo de todo o
Distrito Federal, para o qual temos destinado emendas parlamentares para a realização de vários
eventos. Eu fico maravilhado ao ver como tem sido difundido o transporte alternativo por meio do
ciclismo no Distrito Federal. E podemos aumentar isso mais ainda, por meio da criação das ciclovias.
Isso nós temos fomentado e temos conseguido. Também tenho visto que o Governo do Distrito
Federal, na pessoa do nosso governador e de todo o seu secretariado...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JOÃO CARDOSO – ... têm se empenhado para que isso aconteça.
Parabenizo todos aqueles que praticam o ciclismo e também aqueles que fazem eventos. Lá em
Sobradinho há o Salvan Cavalcante e toda uma equipe que têm feito eventos maravilhosos. Tudo isso
tem gerado esta situação boa: o ciclista pratica esporte e também uma mobilidade econômica e
ecológica.
Presidente, no sábado, nós tivemos um encontro da Pastoral Familiar do Vicariato Norte no
Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt, perto da Torre de TV. Eu e minha
esposa, Regina, somos responsáveis pela Pastoral Familiar da nossa paróquia.
Foi um encontro maravilhoso que o nosso padre José Vicente organizou. Tivemos mais de 2 mil
pessoas...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JOÃO CARDOSO – ... porque colocamos 2 mil cadeiras no local e havia gente em
pé. Mais de 2 mil pessoas participaram dessa tarde e mostraram que a família é o pilar da sociedade. A
família precisa desse projeto de evangelização, precisa ser valorizada e respeitada.
Houve a participação de várias paróquias, vou citar todas rapidamente: Paróquia Nossa
Senhora da Conceição Aparecida, do Dnocs, padre Kleuber; Paróquia Nossa Senhora da Imaculada
Conceição, de Sobradinho, padre Manolo e padre Luigi – essa é a minha paróquia e Manolito é meu
pároco –; Paróquia do Divino Espírito Santo, de Nova Colina, padre Jobson; Paróquia Bom Jesus dos
Migrantes, de Sobradinho, padre Nivaldo e padre Paulo; Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima,
de Sobradinho, padre Josias; Paróquia São Mateus, do Setor de Mansões, padre Edinaldo; Paróquia
Nossa Senhora das Graças, do Grande Colorado, padre Antônio Edmilson; Paróquia Nossa Senhora Mãe
dos Migrantes, do Lago Oeste, padre Luiz; Paróquia Nossa Senhora da Conceição Aparecida, da Fercal,
padre Danny; Paróquia São José Esposo de Maria, padre Sérgio; Paróquia Nossa Senhora da Conceição
Aparecida, de Contagem, padre José Vicente. Todos estão de parabéns.
Colocamos nossa equipe e nosso mandato à disposição e, com várias parcerias, conseguimos
montar uma estrutura que deu dignidade para todos aqueles peregrinos que foram ao Santuário da
Mãe e Rainha Três Vezes Admirável de Schoenstatt receber as bênçãos das famílias. Fiquei muito feliz
em participar desse evento.
Parabenizo todos os párocos que participaram, principalmente todos os peregrinos, e, claro, em
nome da irmã Isabel, responsável pelo Santuário da Mãe e Rainha Três Vezes Admirável, parabenizo
também as irmãs e todos aqueles que trabalharam nesse evento de evangelização, participaram dele e
colaboraram com ele. Tenho certeza, pastor, de que todos saíram com Cristo no coração. Isso é
importante, porque renova a família, renova a sociedade.
Muito obrigado, presidente.
(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso. Parabéns
pelo pronunciamento.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente
deputado Wellington Luiz, nobres pares em plenário, gostaria de saudar todo pessoal da saúde que
está nos acompanhando. Esse passo é importante para as nomeações, para fortalecer essa rede.
Tenham fé que vai dar certo, gente. Saúdo também você que nos acompanha pela TV Câmara Distrital
e pela internet.
Eu vim falar que, na semana passada, realizamos, nesta casa, por meio da Comissão de
Transporte e Mobilidade Urbana, em parceria com o Fundo de Apoio à Pesquisa, com a Finatec e com a
Universidade de Brasília, um seminário internacional para discutir transporte público, sustentabilidade e
os caminhos para o chamado triplo zero: zero tarifa – ou seja, pensar a tarifa zero –, zero emissões de
carbono – porque o carro hoje é o maior poluente no Distrito Federal – e zero violência no trânsito –
que é o temos visto hoje no Distrito Federal.
Há uma história sobre mobilidade que traduz a linha rodoviarista. O que é linha rodoviarista? É
aquela que acredita que construir mais faixas para carro vai resolver o problema do transporte e da
mobilidade na cidade. É como se fosse a área da saúde, deputado João Cardoso, querendo tratar a
obesidade apenas afrouxando o cinto. Toda vez em que se afrouxa o cinto, acha-se que emagreceu,
mas, ao final, a pessoa só ganhou volume. Da mesma forma acontece com esse modelo rodoviarista
adotado, que tenta resolver o problema da mobilidade construindo mais faixas. Não há saída para o
Distrito Federal! Apontamos isso desde o ano passado e vamos continuar fazendo-o. Todas as obras
viárias do Distrito Federal não resolveram o problema da mobilidade. Pelo contrário. Resolvem-no
numa ponta e esquecem que Brasília é um funil e que todos vão para o centro dela. Tiram o
engarrafamento de um local e jogam-no para frente. A saída para isso tudo é, sem dúvida nenhuma,
pensar num transporte com mais qualidade.
Vou entregar um material para aos parlamentares. Quem nos acompanha pode baixá-lo
no site Câmara Legislativa do Distrito Federal, no espaço da comissão CTMU. É uma cartilha elaborada
pela Finatec e pela comissão, que pontua a necessidade do programa Tarifa Zero, da redução de
emissões e de se pensar as chamadas obras verdes. Viadutos e novas obras acabam reduzindo o
espaço de meio ambiente que existe. O desmatamento de algumas áreas e a pavimentação de outras
dificultam a absorção da água. Isso gera grandes zonas de calor, como acontece na zona central de
Brasília. Sem dúvida nenhuma, isso parte da priorização do transporte individual.
Na sexta-feira passada, a Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, com a Finatec e a FAP,
fez o lançamento de um laboratório sobre transporte em cidades sustentáveis e inovadoras do mundo.
É uma parceria desta casa, a partir da CTMU, com a Universidade de Tóquio, a Universidade da Coreia,
a Universidade de Portugal e a Universidade de Brasília. Esse laboratório vai tratar das experiências
desses países que podem ser acumuladas no Distrito Federal e tem condição de ser vanguarda nisso.
Esse laboratório também pode ser encontrado no site da comissão.
Presidente, o deputado João Cardoso bem pontuou que sou aficionado por transportes. Antes
de ser deputado, passei mais de 12 anos estudando sobre eles. Acerto algumas coisas e erro outras,
sem dúvida nenhuma. Não tenho a verdade absoluta. Mas estamos a um passo de entregar para o
Governo do Distrito Federal a cartilha e a recomendação do nosso trabalho na comissão, da qual fazem
parte o deputado Fábio Félix, o deputado Gabriel Magno, o deputado Martins Machado e o deputado
Pepa. Vamos entregar para o governo a nossa proposta para um trânsito seguro com redução de tarifa.
Hoje, não é mais possível dizer que o programa Tarifa Zero não é realidade. É realidade e pode
ser implementado no Distrito Federal. Mas, para isso, vamos precisar ter coragem e enfrentar alguns
problemas.
Primeiro: revisão do contrato que está vigendo. Segundo: fortalecer as empresas públicas.
Precisamos tirar a TCB do estado de fechamento completo para reestruturação e fortalecimento, para
ela assumir os principais corredores de ônibus. Temos que fortalecer o Metrô. Se o Metrô tivesse 1
bilhão de reais em investimentos, compraria 15 novos carros, a central energética e 7 subestações de
energia. Hoje, transportaria não só 160 mil pessoas, mas até 300 mil pessoas. Isso tudo seria com
energia renovável sobre trilhos. É fundamental fazer isso.
Muita gente pergunta: “Qual é o custo disso?” A cartilha dá alguns sinais. Realmente, não
existe almoço grátis, mas estamos propondo para o Governo do Distrito Federal...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – ... os caminhos para chegar a tal custo.
Primeiro: criamos um fundo de transporte. É importante ter um fundo. Segundo: esse fundo
precisa ter lastro. Precisamos garantir recursos para esse fundo. São necessários recursos sobre obras
de impacto na cidade e taxação progressiva nos novos empreendimentos habitacionais na área nobre,
que vão pagar imposto proporcional para bancar o programa Tarifa Zero.
Nós temos uma pesquisa em andamento que mostra que os empregadores já pagam o vale-
transporte para 990 mil pessoas com carteira assinada. Nós temos uma proposta: se implementarmos
a tarifa zero, podemos fazer como esse laboratório que está apontando nesses países; podemos fazer
com que o empresariado que tem mais de 9 funcionários, deputada, banque não só 230, 240 reais
para o seu trabalhador, mas também aplique 100, 150 no fundo do transporte. Só isso pode trazer 1
bilhão de reais para o sistema, atrelado às 990 mil pessoas que têm o vale-transporte.
Nós precisamos taxar transporte individual com estacionamento rotativo e fazer com que a
empresa pública administre esse recurso, deputada. Nós podemos incluir a taxa daquele recurso que
está no vale-transporte e que vai vencer para aquele que não executou em 3 anos – o governo pode
pegar esse recurso. Estamos propondo que esse recurso também vá para o fundo para que cheguemos
à conta de 4 bilhões de reais.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Quatro bilhões são para bancar o sistema hoje, irrestrito, para o
conjunto da população com o acréscimo de 30% de demanda reprimida. Isso é possível, porque já
estamos bancando quase 70% do transporte público hoje.
Eu não quero ficar com protagonismo nenhum. Nós estamos entregando estas recomendações
para que o governo as faça de forma escalonada: revisão de linhas, ampliação do transporte coletivo
para dentro das cidades com circulares nas cidades, levando para uma área de terminais que operam
com tarifa zero, chegando a esse pendular que é o Plano Piloto.
Esse é o compromisso da comissão. Essa cartilha pode ser baixada. Vou entregá-la aos demais
parlamentares. Essa é mais uma forma de produção de conteúdo que estamos fazendo com a equipe
técnica – quero agradecer a toda a equipe da comissão –, a Finatec e o Fundo de Apoio à Pesquisa.
Queremos juntar o Legislativo, a sociedade e os movimentos, como o Passe Livre, o Andar a Pé e o
Rodas da Paz, para que somem conosco para apresentarmos uma proposta de cidade melhor.
É possível reduzir o transporte. Detalhe, não falei da proposta. Podemos, por exemplo,
estabelecer teletrabalho para alguns profissionais que não precisam dar atendimento real ao usuário do
dia a dia. Eles recebem uma pecúnia que também pode ir para o nosso fundo de transporte. Sem um
fundo, não conseguimos lastro para bancar e financiar o sistema.
Precisamos rever uma série de coisas. Não dá para fazer isso em 2 anos, digo logo isso, mas dá
para começar de forma escalonada: abrir no final de semana para os usuários. E vão por mim: 11 reais
a mais na conta do trabalhador são 11 reais a mais que ele pode consumir no mercado, adquirir um
produto, comprar um determinado brinquedo, investir na educação, acessar outros equipamentos
culturais.
Portanto, presidente, registro esse acúmulo que estamos fazendo, como presidente da
comissão. Graças a todos os pares que fazem parte da comissão, estamos fazendo esse ensaio de
trazer para o Distrito Federal uma memória, um pensamento e uma saída para o transporte público
com mais solidariedade, tranquilidade e harmonia entre todos.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder. Sem revisão da oradora.) – Boa tarde
a todos. Inicio as minhas palavras sempre pedindo a Deus que nos abençoe e abençoe esta casa
legislativa que representa a população e responde a ela.
Quero saudar todas as pessoas presentes. Saúdo o sindicato dos enfermeiros que está pedindo
isonomia salarial, assim como os Avas e ACS, dos quais, com certeza, precisamos muito. Nós que
visitamos as regiões administrativas sabemos a diferença e a falta que vocês fazem para a nossa
população. Vocês têm todo o nosso apoio para que possamos fazer a nomeação o mais breve possível.
Presidente, nós estamos aguardando, com muita responsabilidade, a instalação da CPI do
Melchior, como mencionado por vossa excelência. Hoje, eu estive em uma reunião na qual foi
destacada a importância de instalarmos essa CPI do rio Melchior para, principalmente, encontrarmos
soluções para melhorar a situação da poluição e também da questão do chorume que, muitas vezes, é
colocado no rio Melchior. Isso tem impacto na saúde de todos nós brasilienses.
Senhor presidente, eu aproveito esta oportunidade para dizer que, como deputada federal, eu
consegui aprovar uma lei a respeito da primeira infância. Nós instituímos agosto como o mês da
primeira infância. É uma política que não é café com leite; é uma política séria, responsável, que traz
benefícios para o Brasil. Por quê? Porque nós temos que olhar essa criança como o futuro do nosso
país, e o futuro é hoje.
Eu convido todas as pessoas que estão neste plenário e Brasília a conhecerem a exposição que
está no hall de entrada do plenário. Essa exposição mostra a realidade das nossas crianças. Nós temos
crianças que, infelizmente, muitas vezes, não têm nem um chinelo Havaianas para usar.
Eu estive na comunidade Rabelo 2, que fica perto da Fercal, às 2 e meia da tarde. Nós
estávamos andando quando avistamos 3 crianças de 7, 8 anos e 1 criança de 2 anos de idade. Os
meninos de 7 e 8 anos estavam com chinelo Havaianas, e a criança de 2 anos não tinha nenhum
chinelo. Ela estava andando descalça naquele sol, naquele piso quente.
Então, muitas vezes, quando falam que Brasília é uma ilha da fantasia, isso é realidade. Aquela
exposição mostra a realidade de crianças que têm aquele sorriso, aquele olho de jabuticaba; que
sonham em ser alguém; que sonham até em ser um super-herói. No entanto, infelizmente, pela falta
de condições, por estarem com carências nutricionais, pela falta de acesso a políticas públicas, essas
crianças ficam limitadas.
Eu quero, mais uma vez, pedir a sensibilidade para que, na semana que vem, possamos votar
nesta casa essa melhoria para Brasília, que é a capital da esperança, a capital da felicidade. Que ela
possa realmente mostrar que as nossas crianças são olhadas pelo poder público.
Nesse sentido, senhor presidente, eu tenho a honra de dizer que – como parlamentar federal e,
agora distrital – nós estamos entregando um complexo da primeira infância à população. Deputado
João Cardoso, o que é esse complexo da primeira infância? Nós conseguimos fazer a inauguração, no
Hospital Universitário de Brasília, de mais de 50 leitos para crianças e adolescentes. Hoje, esse hospital
vem oportunizar a muitas crianças o tratamento em UTI neonatal e pediatria. Junto com essas políticas
para as nossas crianças, nós temos também os estudantes fazendo estudo de caso com os professores.
É um hospital de excelência na L2, que hoje é destinado a crianças e adolescentes.
Na semana passada, senhor presidente, nós inauguramos uma creche na UnB, que tem mais
de 60 anos. Era uma demanda dos estudantes, principalmente, das estudantes que engravidavam,
tinham filhos e não tinham onde deixar os seus filhos. Muitas vezes, elas abandonavam os seus cursos
por causa disso.
Eu sempre gosto de dizer que emenda parlamentar é custeada com o dinheiro da população,
que paga impostos. Nós não entregamos apenas o local físico da creche, entregamos equipamentos da
melhor qualidade, até mesmo com torneira da marca Deca, com móveis montessorianos, com toda
marcenaria para a parte administrativa, algo inédito em Brasília.
Agora será entregue uma creche na UnB.
(Soa a campainha.)
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Presidente, peço mais alguns minutos a vossa excelência.
Foi feita uma parceria entre o Governo do Distrito Federal e a Secretaria de Educação, e nós
conseguimos, junto ao Ministério Público, que 30% das vagas dessa creche sejam destinadas à
comunidade da UnB, tanto para os servidores, quanto para os estudantes, a fim de que as nossas
estudantes não deixem de estudar por causa dos seus filhos, muito pelo contrário, que haja qualidade
educacional para as nossas crianças. Essa é mais uma entrega.
Para completar esse complexo da primeira infância dentro da UnB, há um centro de pesquisa
da primeira infância, o primeiro centro de pesquisa dentro de uma universidade federal no Brasil. É um
prédio onde trataremos da primeira infância em todas as faculdades: Faculdade de medicina, de saúde,
de antropologia, de educação. Com certeza, Brasília se voltará para as políticas da nossa infância.
Eu gosto de dizer que a política da primeira infância é extremamente necessária para o
desenvolvimento econômico da nossa cidade e do nosso país, mas infelizmente, muitas vezes é
negligenciada por políticas públicas porque as nossas crianças não têm título de eleitor. Eu não estou
preocupada com o título de eleitor, eu estou preocupada com uma política que faça uma transformação
em nossa cidade.
Presidente, peço mais um minuto a vossa excelência para falar sobre uma visita que nós
fizemos à Ceilândia. Eu fui uma das parlamentares que mais destinou emendas para a educação. Nós
visitamos algumas escolas da Ceilândia. Eu comentei com o deputado Max Maciel que nós precisamos
auxiliar as escolas cada vez mais.
Há muitas escolas que não têm computador, não têm um parquinho adequado para as nossas
crianças, não têm um refeitório. Mas nós estamos fazendo com que as crianças possam ter uma
qualidade de educação realmente condizente com a capital do país, que recebe quase 60 bilhões de
reais de orçamento.
Nós precisamos fazer a junção do parlamento. Nós sabemos que vários parlamentares aqui
auxiliam a educação, mas que cada vez mais façamos com que as nossas escolas tenham realmente
estrutura e possibilitem que essas crianças tenham um ensino de qualidade.
Presidente, eu sou fruto da escola pública. Do meu jardim de infância ao segundo grau, eu
estudei na 312 Norte, na 113 Norte, na 115 Norte e no Setor Oeste. Sei que pode haver oportunidade
para o aluno da escola pública. Ela pode oferecer-lhe o melhor, mas nós precisamos cada vez mais
estruturá-la, para que as crianças sejam bem recebidas e principalmente possam se desenvolver e
brilhar na nossa cidade. Esse é o nosso compromisso com a educação, um compromisso com as nossas
crianças.
Reitero o convite para a exposição que está sendo realizada. Eu preciso, rapidamente, citar o
nome dos fotógrafos.
Essa exposição é feita pela Câmara Legislativa. Aproveito para agradecer também ao
presidente, deputado Wellington Luiz, pois é a segunda vez que realizamos a Semana da Primeira
Infância nesta casa. Na semana que vem, haverá vários painéis em que poderemos dialogar com
autoridades, tanto nacionais quanto internacionais, sobre todos os aspectos.
(Soa a campainha.)
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Para concluir, presidente, eu preciso homenagear os
fotógrafos dessa exposição emocionante, em que nós olhamos o sorriso das crianças em condições
muito precárias e os seus pezinhos, muitas das vezes sem sapatos, em um ambiente insalubre. É
importante que nós tenhamos a sensibilidade de fazer com que esta casa represente, verdadeiramente,
melhoria na vida delas.
Eu quero agradecer ao fotógrafo Wanderlei Pozzembom, que está, desde 1985, no Correio
Brazilense; bem como ao Ed Alves, artista-fotógrafo que trabalha há 16 anos mostrando essa realidade.
Todas aquelas fotos são de Brasília, é importante dizer isso. Essa é a realidade do Distrito Federal que
muitos de nós não conhecem e ali está sendo retratada.
Peço o apoio de todos os parlamentares para que se sensibilizem e votem, na semana que
vem, os projetos que vão beneficiar as nossas crianças e adolescentes.
Grata, presidente. Que Deus abençoe a todos nós!
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Indago se algum deputado deseja fazer uso
da palavra. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente. Boa tarde a quem nos acompanha na galeria. Quero iniciar a minha fala de hoje,
presidente, abordando a situação da saúde, especialmente do Hospital Regional do Gama.
Hoje, pela manhã, eu estive lá porque houve alguns incidentes graves sendo denunciados
sobre aquele hospital. O primeiro, em relação ao tempo de espera para as cirurgias na ortopedia. Essa
é uma questão muito grave. Hoje houve um caso amplamente noticiado, de um paciente que está com
risco gravíssimo em relação à sua condição de saúde. Ele aguarda uma cirurgia há mais de 66 dias pela
falta de uma placa e de insumos de suporte.
Trata-se, realmente, de uma questão muito grave, uma vez que estamos falando de um
hospital que seria referência na ortopedia, mas não há insumos e aparelhos para a realização das
cirurgias ortopédicas. A população busca o hospital, e alguém entra ali com uma condição de saúde e
fica 30, 40 ou 60 dias aguardando uma vaga para cirurgia. Não podemos naturalizar esse tipo de
violação de direitos humanos.
Eu fui ao hospital hoje, e a emergência estava lotada porque há uma retaguarda no hospital,
onde as pessoas estão internadas em um corredor e não têm um atendimento adequado. São cerca de
70 pessoas internadas, e a capacidade para cirurgia geral e para ortopedia é bem menor do que essa.
Quando cheguei ao hospital, deputada Dayse Amarilio, o centro cirúrgico estava restrito porque
havia ocorrido agravamento de uma outra cirurgia. Eles não conseguem fazer os procedimentos porque
não há perfurador, porque faltam equipamentos. Os equipamentos que são caros, mas não para o
poder público. Um perfurador custa 7 mil reais, 8 mil reais, e só há 1 na unidade. Quando fazem uma
cirurgia, para o próximo procedimento, o perfurador precisa ser esterilizado. Não conseguem fazer
mais procedimentos porque há somente 1 perfurador na unidade. Portanto, há uma série de
dificuldades que acabam precarizando o atendimento à população, além da cirurgia.
Nós visitamos também o centro obstétrico. Na nossa visita, ele não estava superlotado, mas
recebemos uma denúncia, feita por uma família, de violação de direitos humanos por uma perda
gestacional. Nós enviamos a denúncia para que fosse feita a devida apuração e o acolhimento dessa
família – esse é o papel do GDF.
Encontram-se internados ali, na ortopedia, onde haveria 33 vagas para cirurgia e ortopedia,
cerca de 70 pacientes. São 400 atendimentos diários na ortopedia. Eles fazem 100 gessos por dia com
material de baixíssima qualidade. Falta bandeja de vídeo e o ultrassom é muito antigo. Portanto, faltam
ultrassom e uma série de perfuradores específicos que foram citados. Ainda faltam próteses de revisão,
escopia e um monte de material que eles nos apontaram. Faltam materiais ou são materiais precários.
Há uma série de pedidos para que esses materiais sejam viabilizados, a fim de que o hospital possa
realizar as cirurgias.
Eu gostaria de dizer que fui muito bem recebido pelos servidores e servidoras da Secretaria de
Saúde. Fui bem acolhido por eles. Há um esforço enorme dos servidores, dos médicos, das médicas,
das enfermeiras, dos enfermeiros e técnicos para que o trabalho seja realizado da melhor forma
possível, mas eles não são heróis, são servidores que precisam de estrutura para trabalhar.
Então, trago mais essa denúncia porque são as famílias que choram pelos seus entes queridos
pela falta de vaga. São as famílias que choram pela falta de estrutura para que a cirurgia aconteça e os
casos não se agravem. É disso que estamos falando. Inclusive, eu gostaria de homenagear esses
servidores. Boa parte deles trabalha da melhor forma possível, mas, nessas condições, o atendimento é
extremamente precário.
Presidente, encerro dizendo que a situação do Iges-DF também é grave, porque o Hospital
Regional do Gama busca transferir alguns dos seus casos para o Hospital de Santa Maria, que é gerido
pelo Iges-DF, e não consegue a transferência devido a diversas negativas. No caso do usuário que está
há 66 dias aguardando uma cirurgia ortopédica, existe uma série de negativas tanto do Hospital de
Base quanto do Hospital de Santa Maria para recebê-lo. Esses hospitais teriam a placa adequada para o
procedimento da cirurgia, só que a cirurgia não aconteceu e o paciente não foi recebido. Com isso, o
seu caso se agravou. Nós precisamos denunciar a situação porque o Iges-DF não pode ser uma bolha
fora do Sistema Único de Saúde.
Eu volto a dizer que esta casa precisa retomar um debate sério – que nós já fizemos – sobre a
fila das comissões parlamentares.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Presidente, há uma fila para a instalação de CPIs, e esta casa tem
prerrogativa parlamentar de 8 assinaturas para instalação de CPI.
Há a demanda da CPI do rio Melchior, uma demanda importante da comunidade porque
estamos destruindo um rio importante para esta cidade, o qual precisa ser cuidado e preservado. Essa
CPI está na fila e precisa ser instalada até para que possamos dar prosseguimento à fila das CPIs.
Eu queria fazer esse apelo final e dizer que a Comissão de Defesa dos Direitos Humanos,
Cidadania e Legislação Participativa vai seguir trabalhando no seu papel de fiscalizar todas as
denúncias que chegam a esta casa.
Presidente, antes de encerrar o meu pronunciamento, quero falar sobre um tema que vossa
excelência está acompanhando muito bem e que diz respeito a uma carreira que abraça o mandato de
vossa excelência: a carreira socioeducativa. Há uma expectativa.
Eu sou membro da carreira socioeducativa – estou deputado distrital –, uma carreira que hoje
atua numa política pública fundamental, que é a de ressocialização dos nossos adolescentes e jovens
adultos a partir da implantação e execução das medidas socioeducativas previstas no Estatuto da
Criança e do Adolescente, um estatuto que dá à criança e ao adolescente o princípio da prioridade
absoluta.
Hoje, infelizmente, essa é uma categoria cujos salários e cujo plano de carreira são
precarizados e extremamente defasados. Eu estava olhando os contracheques dos agentes
socioeducativos. O agente entra na categoria ganhando entre 6 mil reais e 7 mil reais.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Vou concluir, presidente.
O agente entra na carreira socioeducativa ganhando entre 6 mil reais e 7 mil reais e, depois de
quase 15 anos, ele ganha 8 mil reais. Esse é um plano de carreira que não dá a mínima condição de
progressão e o mínimo incentivo para os nossos colegas que atuam numa área que tem uma série de
complexidades. Muitas vezes, esse agente precisa atender um público em condições muito precárias.
Essa categoria tem o técnico socioeducativo, que precisa ser cuidado, o especialista socioeducativo e o
agente socioeducativo.
Eu queria, mais uma vez, chamar a atenção e pedir ao Governo do Distrito Federal que priorize
o envio a esta casa da reestruturação da carreira socioeducativa.
A carreira da assistência social, que também é uma carreira fundamental, já conquistou a sua
reestruturação. Essa reestruturação foi aprovada por esta casa. Ela era uma carreira irmã, cujos
salários eram parecidos e que hoje está à frente.
Há uma minuta que tramitou na Secretaria de Justiça e agora está na mesa do nosso secretário
de Economia, Ney Ferraz. Pedimos a sua excelência que essa minuta seja enviada à Câmara Legislativa
para que aprovemos a reestruturação da carreira socioeducativa e honremos essas servidoras e esses
servidores, que têm prestado um bom serviço ao Governo do Distrito Federal e à população da nossa
cidade.
Muito obrigado, presidente.
(Assume a presidência o deputado João Cardoso.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para breve comunicação. Sem revisão da oradora.) –
Obrigada, presidente deputado João Cardoso, que está presidindo a sessão. Boa tarde a todos os
parlamentares e às pessoas da galeria que nos acompanham. Obrigada pela presença de vocês.
“Os especialistas da SES, aprovados, pedem o apoio da CLDF”. Como precisamos de vocês e
como vocês estão fazendo falta! Eu sei que é um concurso que está quase vencendo, e essa é uma
luta de todos nós. Eu falo muito aqui que o meu nome é “nomeia”, porque eu, como servidora da SES,
sei da diferença e do impacto que vocês podem levar, lá na ponta, para quem mais precisa.
Também temos lutado por todas as nomeações dos servidores Avas e dos ACS. Vamos
enfrentar um novo momento de crise de dengue, inclusive com outras arboviroses, e não conseguimos
avançar nessas pautas sobre as quais parece que patinamos e caímos na mesma situação.
Sabemos que não existe serviço público forte sem servidores públicos nomeados. Então temos
lutado por isso.
Presidente, primeiro eu queria falar que a nossa semana está linda. A primeira semana de
prevenção ao feminicídio na CLDF. Já convido todos para amanhã, às 9 horas da manhã, estarem
presentes na inauguração do Núcleo de Assistência Jurídica de Direito das Mulheres, que acontecerá
aqui na CLDF, que representa a casa do povo. Isso é muito emblemático e representativo.
Quero dizer que estes estão sendo momentos e dias muito importantes de reflexão também
para essa virada de chave que abrange a prevenção. Não devemos falar apenas no pós-violência, na
violência, mas, também, no que podemos e devemos fazer, como sociedade, para evitarmos tudo isso.
Eu quero trazer aqui alguns dados com os quais eu fiquei bastante assustada – inclusive por
ser profissional enfermeira. Mas eu não possuía a noção desses dados e do quanto eles impactam a
saúde do Distrito Federal. Eu me encontrei com o Sindicato dos Enfermeiros, ao qual sou filiada. Esse
sindicato autônomo, forte está de parabéns. O sindicato tem nos trazido dados para mostrarmos aqui.
Presidente, no ano de 2023, tivemos 1.710.310 atendimentos individuais realizados pelo
profissional enfermeiro. Isso foi no período de 1 ano, entendendo que esse dado é, inclusive,
subnotificado em procedimentos que estamos fazendo agora – como a implementação do DIU – e de
outros atendimentos dos quais não possuímos registro e dizem respeito à consulta específica do
profissional enfermeiro! Esses dados também mostram que são quase 7 mil partos feitos por
profissionais enfermeiros. São quase 116 mil consultas de pré-natal. São mais de 414.704
atendimentos de puericultura, que é o cuidado com a criança.
Portanto, esses registros demonstram a importância desse profissional.
Essa campanha feita por eles é bonita. Quando o comparamos a todos os profissionais da rede
– inclusive os profissionais em quantitativo maior que o profissional enfermeiro –, podemos
demonstrar, pelos gráficos, a força e a autonomia que esse profissional tem – e poderia ter ainda mais!
Nursing Now passou por aqui e falou que colocar esse profissional em local com autonomia,
com práticas avançadas, poderia trazer o resgate de uma mudança de paradigmas e panoramas na
ponta. Então, precisamos avançar.
O enfermeiro possui muita autonomia na atenção primária. E, mesmo com toda falta de
condição, como mostrou, por exemplo, o Metrópoles, que apresentou um dado da auditoria do Tribunal
de Contas do Distrito Federal mostrando que 27 das 30 unidades de UBS, ou seja, 85%, estavam em
péssimas condições estruturais de funcionamento. Isso não é novidade, pois já falamos aqui sobre isso
e já mandamos recursos para corrigir essa situação. Mas, infelizmente, temos dificuldade até para a
execução desses recursos destinados para possibilitarem maior condição para que essas UBS trabalhem
melhor.
São esses profissionais da enfermagem, os enfermeiros, que têm tocado as áreas do pré-natal,
do atendimento de crescimento e desenvolvimento, da infecção sexualmente transmissível, da
hanseníase, da tuberculose. Podemos ver a diferença no território deles, que inclusive tocam um
programa tão importante como o da imunização. Sem enfermeiros não há como tocar a imunização.
Então, quero parabenizar essa campanha e dizer, com todo o respeito, que, quando nós
estivemos na Casa Civil, o secretário havia falado sobre a questão de produtividade e, naquele
momento, ele falava: “Ah, existe uma grande resistência dos profissionais em relação à produtividade”.
No entanto, com o enfermeiro, não há essa resistência, porque, se o profissional enfermeiro for ganhar
por produtividade, ele vai ser o profissional mais bem pago do Distrito Federal. São profissionais que
não têm medo de trabalhar, como muitos servidores.
Eu falo que são muitos servidores da saúde que fazem a diferença. Eu não vejo servidores da
saúde fazendo corpo mole para trabalhar. Eu trabalhei com todos eles, com os colegas ACS, Avas,
especialistas, Gaps, são pessoas que fazem muito. Mas como profissional enfermeira que sou, 23 anos
de enfermagem, trabalhando inclusive no território da atenção primária, a enfermagem e os
enfermeiros fazem muito. Se for para ganhar por produtividade, seria o profissional mais bem pago do
Distrito Federal. E aí eu faço o registro desta campanha: quem produz mais não merece ganhar menos.
Parabéns pela campanha. Vamos para cima!
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Encerrados os Comunicados de Parlamentares.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
Não havendo quórum para deliberação, iremos encerrar a presente sessão.
Muito obrigado. Que Deus abençoe a todos. Obrigado ao pessoal da TV Câmara Distrital e a
todos aqueles que assistiram a nós.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão.
(Levanta-se a sessão às 17h21min.)
Observação: Nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo
com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de
cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.
Siglas com ocorrência neste evento:
ACS – Agente Comunitário de Saúde
Avas – Agente de Vigilância Ambiental em Saúde
CLDF – Câmara Legislativa do Distrito Federal
CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito
CTMU – Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana
FAP-DF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
Finatec – Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos
Gaps – Gestão e Assistência Pública à Saúde
GDF – Governo do Distrito Federal
GT – Grupo de Trabalho
Ideb – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira
SEI – Sistema Eletrônico de Informação
SES-DF – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
SUS – Sistema Único de Saúde
TCB – Sociedade de Transportes Coletivos
UBS – Unidade Básica de Saúde
UnB – Universidade de Brasília
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por ROBSON KONIG - Matr. 12651, Chefe do Setor de Registro e
Redação Legislativa - Substituto(a), em 21/08/2024, às 14:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
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DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 64/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
EM 20 DE AGOSTO DE 2024
SÚMULA
PRESIDÊNCIA: Deputado Wellington Luiz, Robério Negreiros e João Cardoso
SECRETARIA: Deputado Robério Negreiros
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 16 horas e 6 minutos
TÉRMINO: 17 horas e 21 minutos
Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.
1 ABERTURA
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara aberta a sessão.
1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE
– O Deputado Robério Negreiros procede à leitura do expediente sobre a mesa.
1.2 LEITURA DE ATA
– Dispensada a leitura, o presidente da sessão considera aprovada, sem observações, a Ata da 63ª
Sessão Ordinária.
2 PEQUENO EXPEDIENTE
2.1 COMUNICADOS DE LÍDERES
Deputado Gabriel Magno
– Critica o modelo de avaliação utilizado para apuração do Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica – Ideb por não refletir a situação real em que se encontra a educação do DF.
– Manifesta sua indignação com a situação precária das escolas públicas e noticia que o Tribunal de
Contas do Distrito Federal – TCDF reconheceu que o GDF não investe o valor mínimo constitucional na
Educação.
– Cita reportagem do Portal Metrópoles na qual foi divulgado resultado de fiscalização do TCDF que
demonstra a situação caótica em que se encontra a saúde pública do Distrito Federal.
– Cobra do GDF investimentos para evitar crises sanitária e pediátrica ocorridas neste ano.
– Solicita a esta Casa agilidade na instalação das Comissões Parlamentares de Inquérito – CPIs da Saúde
e do Rio Melchior.
Deputado Chico Vigilante
– Relata que se reuniu com o Presidente da Federação do Comércio do DF – Fecomércio-DF e que
ambos tiveram a ideia de incluir, no Cartão Material Escolar, implantado originalmente pelo Governo
Agnelo, o fornecimento de uniformes para estudantes da rede pública de ensino do DF.
– Refere-se a manifestação de moradores da Asa Norte contra a violência em Brasília, realizada no
último sábado, e pondera que em outras regiões administrativas do DF a criminalidade atinge índices
elevados.
– Elogia o Programa Bolsa Família, criado pelo Governo Lula, e cita pesquisa que revela que cerca de
40% das pessoas beneficiadas pelo programa conseguiram obter emprego direto.
– Informa que foram destinados recursos provenientes de emenda orçamentária de sua autoria à Escola
Classe 64 de Ceilândia, cujos alunos e professores visitam o Plenário da Casa, como parte das atividades
do Programa Conhecendo o Parlamento.
Deputado Pepa
– Parabeniza Planaltina por seu 165º aniversário, comemorado ontem, e elogia a Região Administrativa
– RA, onde vive desde 1987.
– Fala da necessidade de implementação de melhorias na região e menciona o apoio do Governador
Ibaneis Rocha para a realização de obras locais.
– Solicita ao Governo do Distrito Federal – GDF que crie uma área de desenvolvimento econômico na
RA, a fim de que a população possa exercer atividades profissionais no local, e não no centro de Brasília.
Deputado João Cardoso
– Enaltece o trabalho que tem desenvolvido em prol dos rodoviários e cita, como exemplo, a Lei distrital
nº 7.249/24, oriunda de projeto de lei de sua autoria, que prevê a instalação de aparelhos de ar-
condicionado em ônibus.
– Defende a implantação de faixa exclusiva para os veículos de transporte coletivo em todo o Distrito
Federal.
– Relata que tem apoiado o ciclismo no DF e avalia que essa modalidade de transporte, além de ser
econômica, é também saudável e ecológica.
– Parabeniza os padres e os peregrinos que participaram do encontro da Pastoral Familiar do Vicariato
Norte no sábado, realizado no dia 17 de agosto, na paróquia Mãe Rainha Três Vezes Admirável.
Deputado Max Maciel
– Anuncia o resultado do Seminário Internacional sobre Transporte Coletivo e Sustentabilidade: os
caminhos para o Triplo Zero – zero tarifa, zero emissões de carbono e zero violência no trânsito –
realizado nesta Casa pela Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana – CTMU.
– Discorre sobre os pontos debatidos no seminário e anuncia que será apresentada ao GDF uma cartilha
que pontua a necessidade da implantação da tarifa zero, da redução de emissões de carbono e da
realização de obras verdes.
– Noticia que a CTMU lançou, em parceria com universidades de vários países, um laboratório sobre
transporte, cidades sustentáveis e inovadoras no mundo, destinado a tratar de experiências bem-
sucedidas que podem fazer o DF assumir uma posição de vanguarda na área de transporte.
Deputada Paula Belmonte
– Aguarda a instalação da CPI do Rio Melchior, com a expectativa de que seja encontrada solução para
a poluição do rio.
– Convida todos a prestigiarem a exposição de fotos relativas à situação da primeira infância no DF,
trabalho dos fotógrafos Wanderlei Pozzembom e Ed Alves.
– Anuncia entregas de seu mandato: a inauguração do Complexo da Primeira Infância, com criação de
50 leitos no Hospital Universitário de Brasília – HUB, localizado na L2 Norte, construção de Centro de
Pesquisa da Primeira Infância, além de construção de creche na UnB.
– Informa que realizou visita a escolas da rede pública localizadas na Região Administrativa da Ceilândia
e conclama os deputados a trabalharem em prol da melhoria da qualidade da educação.
– Agradece o Presidente Wellington Luiz pelo apoio à realização da Segunda Semana da Primeira
Infância, a ser realizada na CLDF.
Deputado Fábio Félix
– Discorre sobre sua visita ao Hospital Regional do Gama, realizada hoje, e denuncia péssimas condições
de atendimento ao público, por falta de insumos e equipamentos, sobretudo na área de ortopedia.
– Elogia os servidores do hospital, que se dedicam com afinco à sua atividade profissional mesmo sem
condições adequadas de trabalho.
– Menciona a grave situação do IGES/DF e ressalta a necessidade de instalação das CPIs da Saúde e do
Rio Melchior.
– Pede ao GDF que envie minuta de reestruturação da carreira socioeducativa, a fim de atender às
demandas desses servidores, cujos salários estão defasados.
2.2 COMUNICADOS DE PARLAMENTARES
Deputada Dayse Amarilio
– Reivindica a nomeação de concursados para a Secretaria de Saúde.
– Comemora a realização da Primeira Semana de Prevenção ao Feminicídio da CLDF e convida todos
para a inauguração do primeiro núcleo da Defensoria Pública do DF destinado a mulheres, a ser
realizada amanhã, 21 de agosto, às 9h30, nesta Casa.
– Cita dados fornecidos pelo Sindicato dos Enfermeiros do DF relativos aos atendimentos realizados por
esses profissionais no período de um ano e parabeniza essa instituição pela campanha para aumento de
sua remuneração.
3 COMUNICADO DA PRESIDÊNCIA
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Anuncia a presença de professores e alunos da Escola Classe 64 de Ceilândia, que participam do
programa Conhecendo o Parlamento, sob a coordenação da Escola do Legislativo.
4 ENCERRAMENTO
Presidente (Deputado João Cardoso)
– Declara encerrada a sessão.
Observação: O relatório de presença e o relatório de presença por recomposição de quórum,
encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão anexos a esta ata.
Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Primeiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 21/08/2024, às 14:46, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1792104 Código CRC: E51EC20D.
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 64a/2024
Relatório de Presenças por Reunião
Reunião : 64ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 9ª Legislatura Dia : 20/08/2024
__________________________________________________________________________________________________
Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo
01 CHICO VIGILANTE PT 16:07:20 Biometria
02 DANIEL DONIZET PL 15:36:28 Biometria
03 DAYSE AMARILIO PSB 16:07:07 Biometria
04 EDUARDO PEDROSA UNIÃO 15:51:23 Biometria
05 FÁBIO FELIX PSOL 15:59:19 Biometria
06 GABRIEL MAGNO PT 16:03:00 Biometria
07 HERMETO MDB 15:05:26 Biometria
08 IOLANDO MDB 16:09:21 Biometria
09 JAQUELINE SILVA MDB 16:25:57 Biometria
10 JOÃO CARDOSO AVANTE 16:06:59 Biometria
11 JOAQUIM RORIZ NETO PL 16:27:37 Biometria
12 JORGE VIANNA PSD 17:13:16 Biometria
13 MARTINS MACHADO REPUBLI 16:33:19 Biometria
14 MAX MACIEL PSOL 15:47:40 Biometria
15 PAULA BELMONTE CIDADAN 16:06:35 Biometria
16 PEPA PP 15:44:17 Biometria
17 RICARDO VALE PT 15:58:50 Biometria
18 ROBÉRIO NEGREIROS PSD 15:59:40 Biometria
19 ROOSEVELT PL 16:20:09 Biometria
20 THIAGO MANZONI PL 15:06:38 Biometria
21 WELLINGTON LUIZ MDB 16:06:08 Biometria
Ausências :
Nome Parlamentar Partido
PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
Justificados :
Nome Parlamentar Partido Texto
DOUTORA JANE MDB Licenciada conforme o AMD nº 104, de 2024.
ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD Licenciado conforme o AMD nº 106, de 2024.
Totalização
Presentes : 21 Ausentes : 1 Justificativas : 2
_____________________________
Presidente
20/08/2024 17:24 1 Administrador
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 29a/2024
Relatório de Presenças por Reunião
Reunião : 29ª Sessão Extraordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária, da 9ª Legislatura Dia : 14/08/2024
__________________________________________________________________________________________________
Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo
01 DAYSE AMARILIO PSB 17:48:28 Biometria
02 EDUARDO PEDROSA UNIÃO 17:48:16 Biometria
03 FÁBIO FELIX PSOL 17:48:20 Biometria
04 GABRIEL MAGNO PT 17:48:20 Biometria
05 IOLANDO MDB 17:48:22 Biometria
06 JOÃO CARDOSO AVANTE 17:48:35 Biometria
07 MARTINS MACHADO REPUBLI 17:48:28 Biometria
08 MAX MACIEL PSOL 17:48:27 Biometria
09 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP 17:48:24 Biometria
10 PAULA BELMONTE CIDADAN 17:48:22 Biometria
11 RICARDO VALE PT 17:48:25 Biometria
12 ROOSEVELT PL 17:48:23 Biometria
13 THIAGO MANZONI PL 17:48:29 Biometria
14 WELLINGTON LUIZ MDB 17:48:18 Biometria
Ausências :
Nome Parlamentar Partido
CHICO VIGILANTE PT
DANIEL DONIZET PL
DOUTORA JANE MDB
HERMETO MDB
JAQUELINE SILVA MDB
JOAQUIM RORIZ NETO PL
JORGE VIANNA PSD
PEPA PP
ROBÉRIO NEGREIROS PSD
ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
Justificados :
Nome Parlamentar Partido Texto
Totalização
Presentes : 14 Ausentes : 10 Justificativas : 0
_____________________________
Presidente
14/08/2024 17:55 1 Administrador
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 64b/2024
Relatório de Presença por Recomposição : 64ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legis
Data: 20/08/2024
__________________________________________________________________________________________________
Término da Reunião às 17:22:35
Estavam Presentes
1 HERMETO MDB
2 THIAGO MANZONI PL
3 DANIEL DONIZET MDB
4 PEPA PP
5 MAX MACIEL PSOL
6 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
7 RICARDO VALE PT
8 FÁBIO FELIX PSOL
9 ROBÉRIO NEGREIROS PSD
10 GABRIEL MAGNO PT
11 WELLINGTON LUIZ MDB
12 PAULA BELMONTE CIDADANIA
13 JOÃO CARDOSO AVANTE
14 DAYSE AMARILIO PSB
15 CHICO VIGILANTE PT
16 IOLANDO MDB
17 ROOSEVELT PL
18 JAQUELINE SILVA MDB
19 JOAQUIM RORIZ NETO PL
20 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
21 JORGE VIANNA PSD
Estavam Ausentes
1 DOUTORA JANE MDB
2 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
3 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
_____________________________
Presidente
20/08/2024 17:25 1 Administrador
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 63b/2024
Relatório de Presença por Recomposição : 63' Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legis
Data: 15/08/2024
Término da Reunião às 15:38:44
Estavam Presentes
1 RICARDO VALE PT
2 PAULA BELMONTE CIDADANIA
3 CHICO VIGI LANTE PT
4 JOÄO CARDOSO AVANTE
5 JOAQUIM RORIZ NETO PL
6 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
7 THIAGO MANZON
PL
8 GABRIEL MAGNO PT
9 DAYSE AMARILIO PSB
10 MAX MACIEL PSOL
Estavam Ausentes
1 DANIEL DONIZET MDB
2 DOUTORA JANE MDB
3 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
4 FÁBIO FELIX
PSOL
5 HERMETO MDB
6 IOLANDO MDB
7 JAQUELINE SILVA MDB
8 JORGE VIANNA PSD
9 PASSTOR DANIEL DE CASTRO PP
10 PEPA
PP
11 ROBÉRIO NEGREIROS
PSD
12 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
13 ROOSEVELT PL
14 WELLINGTON LUIZ
MDB
Preidente
1508:2024 154o
1
Administrado
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 63c/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA 63ª (SEXAGÉSIMA TERCEIRA) SESSÃO ORDINÁRIA
Ata considerada lida e aprovada na 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA) Sessão Ordinária, em 20 de AGOSTO
de 2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 20/08/2024, às 16:15, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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Código Verificador: 1789283 Código CRC: C95BA1FA.
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 64c/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA 64ª (SEXAGÉSIMA QUARTA) SESSÃO ORDINÁRIA
Ata considerada lida e aprovada na 65ª (SEXAGÉSIMA QUINTA) Sessão Ordinária, em 21 de AGOSTO
de 2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 21/08/2024, às 15:08, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1792499 Código CRC: ABDEEF2C.
DCL n° 185, de 26 de agosto de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 63a/2024
DCL n° 179, de 21 de agosto de 2023 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 65/2023
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 65ª
(SEXAGÉSIMA QUINTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL
PARA DEBATER SOBRE A REVITALIZAÇÃO E REQUALIFICAÇÃO
DA ÁREA CENTRAL DE BRASÍLIA,
DE 10 DE AGOSTO DE 2023.
INÍCIO ÀS 15H09MIN TÉRMINO ÀS 18H52MIN
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
quinta-feira, dia 10 de agosto de 2023, às 15 horas e 9 minutos.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Iolando a secretariar os trabalhos da mesa.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – O expediente lido vai a publicação.
Em razão da aprovação do Requerimento nº 614/2023, de autoria da deputada Paula
Belmonte, a sessão ordinária de hoje, quinta-feira, dia 10 de agosto de 2023, fica transformada em
comissão geral para debater sobre a revitalização e a requalificação da área central de Brasília.
(A sessão transforma-se em comissão geral.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Convido as senhoras e os senhores deputados,
bem como todos que desejarem, a participarem do debate em plenário.
A presidência vai suspender os trabalhos para receber os convidados.
Está suspensa a comissão geral.
(Suspensa às 15h11min, a comissão geral é reaberta às 15h36min.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Está reaberta a comissão geral da Câmara
Legislativa Distrito Federal para debater sobre a revitalização e a requalificação da área central do
Distrito Federal, dia 10 de agosto de 2023, às 15 horas e 36 minutos.
Sob a proteção de Deus, reiniciamos nossos trabalhos. Ao dar boas-vindas a todos os
presentes, tenho a honra de declarar abertos os trabalhos desta comissão geral.
Antes de chamar os componentes da mesa, eu quero dizer que todos os convidados são
extremamente importantes. Nós vamos chamar algumas pessoas, temos uma limitação de cadeiras,
mas todos terão oportunidade de fala. É muito importante abrirmos, hoje, esse trabalho de discussão
sobre a revitalização do centro comercial, da W3, do Plano Piloto, porque nós temos questões
importantes. Eu fui cumprimentando as pessoas e vi que, na realidade, as demandas são muito
parecidas; os locais são distintos, mas as demandas são muito parecidas. Então, registro a minha
gratidão pela presença de cada um de vocês e peço a participação efetiva nesta audiência que está se
iniciando agora.
Convido para compor a mesa de honra: o administrador regional do Plano Piloto, Valdemar
Araújo de Medeiros; o secretário executivo de segurança pública, Alexandre Patury, representando o
secretário de segurança pública do Distrito Federal, Sandro Avelar; o presidente da Associação
Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites; o comandante em exercício do 1º Batalhão de Polícia
Militar, major Almeida Santos; o diretor de edificações da Novacap, Carlos Alberto Spies; o coordenador
institucional da Abrasce, a Associação Brasileira de Shopping Centers, Guilherme Soares; e o
subsecretário do conjunto urbanístico de Brasília, da Seduh, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e
Habitação, Ricardo Augusto Noronha.
Estamos aguardando a presença do presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, Leandro Antônio Grass; do secretário de cultura, Cláudio Abrantes; e do secretário de
desenvolvimento social, André Santoro (sic).
Temos a presença do representante da CEB, Wires Santos Amorim; da vice-prefeita do Setor
Comercial Sul, Niki; do representante do shopping Liberty Mall, Alexandre Mendes; da presidente dos
permissionários da rodoviária (sic), Cida; do presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Distrito
Federal, Wagner Gonçalves; do vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito
Federal, Marcelo Paro; do superintendente do Brasília Shopping, Gilberto Azevedo; do superintendente
do Shopping Venâncio 2000, Ricardo Mendes; da Rosângela Castro, gerente de marketing do Shopping
Venâncio 2000; da Luciana Pereira, supervisora de marketing do Shopping Venâncio 2000; do Augusto
Brandão, superintendente do Pátio Brasil; da empresária e proprietária da Rainha Seguros e ex-prefeita
do Setor Comercial Norte por 10 anos, Regina Lacerda; do gerente de operações do Shopping ID,
Anderson Amaral; do doutor Nilo, do jurídico do Shopping ID; e do senhor João Sobreira, supervisor de
segurança do Shopping Venâncio 2000.
Quero registrar que temos várias prefeitas e prefeitos de quadras aqui da Asa Norte e da Asa
Sul, também representados aqui nesta plateia.
Peço aos senhores que façam a inscrição para a fala, por meio da nossa assessoria.
Contemplaremos primeiramente a mesa e, em seguida, haverá a participação dos senhores, que é
fundamental. A senhora Ivonice, do CME, a Lúcia também. Todas aqui são pessoas importantíssimas
para o desenvolvimento e essa revitalização com a qual todos nós sonhamos e que todos queremos.
Nós estamos aqui exatamente nesta comissão geral para discutirmos a revitalização e o
desenvolvimento econômico desta capital federal, nosso centro de Brasília. Digo isso aos senhores
porque estamos aqui com permissionários da rodoviária, com representantes da Galeria dos Estados –
recordo-me, quando eu era criança, que eu ia para a Galeria dos Estados, porque meu pai trabalhava
ali no Setor Comercial. Temos aqui representantes de shoppings; representantes de empresas que
estão estabelecidas no Setor Comercial Norte, no Conic, no Conjunto Nacional. E nós precisamos, cada
vez mais, fazer com que esse setor, que é o coração do Distrito Federal, tenha a possibilidade de ter
desenvolvimento econômico.
Em Brasília, hoje, nós temos uma situação que gera, sim, impacto na economia. Nós
precisamos desenvolver, cada vez mais, a geração de emprego nesse setor. Temos equipamentos
públicos aqui. Nós temos a rodoviária, por onde mais de 800 mil pessoas circulam. É por isso que nós
estamos aqui na Câmara Legislativa, junto com parlamentares, para que tenhamos uma discussão para
entender essa área do centro de Brasília. Nós conhecemos as muitas demandas aqui dos senhores. Nós
já tivemos audiência pública falando dos moradores de rua, dos usuários de drogas, mas nós
precisamos também fazer com que os senhores, empresários, empreendedores, pessoas que têm um
trabalho digno, possam se sentir seguros juridicamente para poder desenvolver nossa cidade e,
principalmente, esse centro de Brasília.
Então, temos vários assuntos a serem falados e tratados aqui sobre essa região central. Eu
imagino que os senhores estejam acompanhando a PPP da rodoviária, a revitalização do Setor
Comercial, a Zona Verde, a revitalização do Plano Piloto. Que possamos discutir tudo aqui. Este é um
momento importante para que este parlamento e os parlamentares que dele fazem parte possam
representá-los. Então, esta audiência é para escutar os senhores.
Neste momento, concedo a palavra ao senhor administrador do Plano Piloto, Valdemar Araújo
de Medeiros, para fazer sua apresentação e suas considerações.
VALDEMAR ARAÚJO DE MEDEIROS – Quero, neste momento, cumprimentar todos da mesa na
pessoa da deputada Paula Belmonte. Desejo boa tarde a todos os presentes.
Agradeço à deputada esta oportunidade de estar aqui representando o Governo do Distrito
Federal.
Sabemos da importância dessas revitalizações e dos trabalhos que o governo está
desenvolvendo e irá desenvolver no Plano Piloto. Como administração do Plano Piloto, não temos uma
total autonomia – sabemos disso –, mas estamos trabalhando desde o dia em que entrei na
administração, em janeiro deste ano, desenvolvendo o melhor para esta cidade junto com a população,
junto com os prefeitos da cidade, junto com os comerciantes, junto com os empreendedores.
Sabemos da importância do Plano Piloto em suas revitalizações, em suas obras, para que
realmente possamos, juntos, fomentar Brasília, trazer mais empreendedores e dar qualidade aos
moradores desta região. Sabemos dessa importância. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha,
está sempre desenvolvendo esse trabalho e buscando o melhor para o Plano Piloto.
Nós, como administração, somos essa gestão de informação que leva os órgãos competentes
para as execuções. Por isso é importante o nosso trabalho junto com a comunidade, buscando cada
vez mais o melhor para levarmos ao governo e, consequentemente, trazer melhor qualidade de vida e
qualidade nas obras que estão sendo desenvolvidas no Plano Piloto.
Então, mais uma vez, agradeço a presença de todos. É sempre importante essa participação.
Sabemos da importância de os Poderes Executivo e Legislativo estarem juntos, fazendo o melhor para
a nossa cidade e para a população do Plano Piloto.
Obrigado. Boa tarde. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, administrador.
Vou fazer a interlocução entre uma pessoa do governo e uma pessoa da sociedade para
entendermos a demanda da sociedade e o que os Poderes Executivo e Legislativo estão fazendo para
poder auxiliar.
Concedo a palavra ao senhor Fernando Brites, presidente da Associação Comercial do Distrito
Federal.
FERNANDO BRITES – Boa tarde a todos.
Eu gostaria de cumprimentar a deputada Paula Belmonte por trazer um dos assuntos mais
importantes que temos, hoje, no Distrito Federal. Parabenizo o nosso administrador Valdemar pela
excelência de gestão que está praticando.
O centro de Brasília começou no Setor Comercial Sul. Depois vieram outros bairros. Nos últimos
30 anos, houve uma total negligência dos governos que por aqui passaram com o setor central de
Brasília.
Nós estamos no Setor Comercial Sul desde 1974. Foi a Associação Comercial que construiu o
Palácio do Comércio. E, de lá para cá, poucas ações nós vimos no sentido de preservar aquele
ambiente de negócios, que já foi o principal de Brasília. Ali nasceram as grandes empresas de Brasília.
No início de Brasília, ali se instalaram bancos, ali se instalaram as grandes construtoras do Brasil. E as
grandes empresas do Brasil e do exterior, quando vinham para Brasília, se instalavam,
preferencialmente, no Setor Comercial Sul.
Nós trouxemos essa questão para o governador Ibaneis. Em 2019, 15 dias depois que ele
assumiu o governo, ele se propôs a revitalizar o Setor Comercial Sul. Ele iniciou pela Praça do Povo.
Hoje, o Setor Comercial Sul já está sendo pavimentado, estão recuperando os pisos e as calçadas e
fazendo algumas alterações no traçado do Setor Comercial Sul que são importantes.
Houve um avanço muito grande quando se votou aqui a liberação de atividades no Setor
Comercial Sul, que alcança perto de 300 atividades. Era um absurdo que o Setor Comercial Sul, o único
ambiente em Brasília onde circula gente... Passam por ali perto de 200 mil pessoas, em função de o
Setor Comercial Sul ser contemplado por dois modais: o modal rodoviário, na W3; e o metrô, no eixo. E
as pessoas descem do metrô para o ônibus e descem do ônibus para o metrô. Então, o Setor Comercial
Sul recebe, diariamente, perto de 200 mil pessoas – esse número nos é fornecido pela Codeplan.
A senhora, há um tempo, esteve lá conosco andando por aquele ambiente, e nós vimos a
degradação total. A reforma sozinha não trará, certamente, a revitalização que o setor bem merece.
Nós precisamos, além da revitalização, ter condições de oferecer algum benefício para empresas se
instalarem ali.
A nossa proposta inicial era de uma rua 24 horas que amparasse bares, restaurantes, casas
noturnas e algum tipo de atendimento, com café, chocolate, florista. A pessoa, quando sai de um
restaurante, de uma boate, quer comprar uma flor, dar um presente para alguém. Que ela
encontrasse, no Setor Comercial Sul, segurança para comprar ou, eventualmente, passar algumas
horas ali – nós temos 700 metros de uma alameda que passa por entre os prédios –, passar algum
tempo circulando com total segurança.
O que aconteceu com o Setor Comercial Sul foram alguns desatinos. Um deles foi colocar lá um
tal de Caps, que a senhora conheceu. Nós fomos lá visitar o Caps. Aquele Caps trouxe os
psicodependentes para o Setor Comercial Sul. E aquilo me parece... Nós vimos ali um desregramento
total. Há 14 macas para as pessoas dormirem lá. Elas dormem a hora que querem. Não há nenhuma
disciplina, nenhuma organização. As pessoas vão para lá por quê? Porque o hospital de Brasília
oferece, pela manhã, o café, oferece o almoço e oferece o jantar. Aquilo é um albergue de portas
abertas. Aquilo não atende o psicodependente. Na visita que fizemos, não vimos um caso de
recuperação. As estatísticas que eles apresentam são até interessantes. Qual é o resultado do
atendimento? Zero. Estamos gastando dinheiro à toa e trazendo intranquilidade para um ambiente que
poderia estar gerando renda e empregos para o Distrito Federal.
Temos lá, hoje, perto de 1.500 estabelecimentos fechados, que são responsáveis por mais de 9
mil desempregos, 9 mil pessoas desempregadas. Por quê? Porque nós preferimos adotar o sistema de
atendimento que é predatório, que é atender pessoas como esse Caps faz e outras pessoas que
recebem ali o alimento, recebem a sua quentinha. Nós não acreditamos no assistencialismo gratuito de
quentinhas, de marmitas, de refeição; nós acreditamos e pregamos o atendimento ou assistencialismo
de resgate. Se você dá um prato de comida para alguém, algumas horas depois, ele estará com fome.
Você resolveu o que na vida dessa pessoa? Zero.
Você tem que pegar essa pessoa e fazer aquilo que estava sendo feito com a cidade da
segurança, que foi instalada lá pela Secretaria de Segurança, pela Secretaria de Justiça, pela Polícia
Militar, pela Secretaria de Desenvolvimento Social e pelo DF Legal, que chamavam essas pessoas que
estão morando nas ruas, ao desalento. É uma coisa terrível a capital do país permitir que, no centro da
cidade, acampem pessoas em barracas. Calçada não é domicílio. Se não é domicílio, não pode ninguém
viver ali. Morar ali não pode. A calçada é uma extensão de uma construção, feita de acordo com a lei,
feita para permitir o acesso a essas construções, devidamente construídas dentro da lei. Então, essas
pessoas não podem viver ali. Temos que encontrar um lugar mais digno para essas pessoas. Agora não
é da forma como estão fazendo que vamos resolver o problema.
Do que nós precisamos hoje? Uma lei que nos permita dar incentivo para trazer empresas de
alta tecnologia para o Setor Comercial Sul. Essa proposta das empresas de alta tecnologia para o Setor
Comercial Sul foi agregada à nossa proposta de rua 24 horas. Há algum tempo – a senhora conhece o
assunto –, nós trouxemos... Inclusive, foi a doutora Ivonice Campos, nossa presidente do Conselho da
Mulher Empresária, que, em contato com a Embaixada da Itália, trouxe para cá o terceiro maior polo
de ciência médica do mundo, que é um polo de Turim. Nós trouxemos essas pessoas, que vieram à
associação comercial e fizeram uma apresentação de um projeto maravilhoso! Eles têm uma ciência
médica com células-tronco da mais alta qualidade.
Coloquei essas pessoas dentro do meu carro e as levamos para visitar um edifício preparado
para recebê-las. Só que, quando fizemos a visita, vira-se uma pessoa para mim, o presidente desse
polo, e me diz: "Qual é o benefício que o governo nos dá para virmos para cá?” Eu disse: Como assim?
Se eu for à Europa e disser para alguém do governo, a algum agente do governo ou a uma entidade
qualquer representativa de classe, “o que o governo me oferece”, está tudo escrito! Existe lá um
programa 2030 que devolve para empresa de 20% a 80% do investimento feito. Há regras, lógico, mas
essas regras estão estabelecidas. O que eu posso oferecer a uma empresa que me oferece a mais alta
tecnologia médica que existe no mundo? Fico com cara de sei lá o quê, mas não posso responder.
Temos um argumento que faz os olhos das pessoas cintilarem. Estamos a 300 metros da
Esplanada dos Ministérios, onde estão concentrados todos os órgãos do governo federal, o maior
comprador de alta tecnologia da América Latina. Interessa para alguém se instalar ali? Sim! Seremos
nós um posto avançado do Biotic? Sim! Não vamos concorrer com Biotic nunca, porque ele está em um
local mais afastado do centro da cidade, e aqui seria o escritório de representação. Lá seria o laboral,
aqui seria o escritório que essas empresas teriam para contato com o governo.
Com isso, traríamos receita, renda, empregos e também alta tecnologia para o Distrito Federal.
E nós preferimos permitir que 80 pessoas acampem no Setor Comercial Sul. Estamos trocando tudo
isso por 80 pessoas que ali estão acampadas e um Caps que não serve para coisa nenhuma!
Desculpem se eu me alonguei, mas o tema é tão importante que, às vezes, nos deixa meio
indignados de ver o que se passa, porque... Não estamos condenando este governo. Este governo
recebeu aquilo daquele jeito, e o governador Ibaneis se comprometeu a reformar o Setor Comercial Sul
para essa revitalização, ou repaginação. E ele fez, está fazendo. Então, na continuidade, viria também
a W3 Sul com a mesma proposta. A W3 tem que passar por uma nova reconceituação e, de repente,
essa proposta de incentivo fiscal que venha para o Setor Comercial Sul e para o Setor de Diversões,
que ela venha também para a W3.
Obrigado a todos. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Fernando. Vejo a fala do
senhor mostrando o problema real que, infelizmente, mexe muito com o nosso sentimento, que são os
moradores de rua – os quais, infelizmente, têm aumentado cada vez. Vimos num estudo,
recentemente, que estamos com mais de 100 mil pessoas em vulnerabilidade alimentar. Quer dizer,
falta alimentação para essas pessoas, inclusive para as crianças.
Quanto à questão do Caps, no dia em que estivemos lá, administrador, o que nos chamou a
atenção foi exatamente o número reduzido de pessoas atendidas e o impacto disso com as portas
fechadas. Isso nos traz muita tristeza, porque nós temos que ter um cuidado muito grande com o que
está sendo feito tanto no Setor Comercial Norte como no Setor Comercial Sul – especialmente este
último, porque foi o início de tudo.
Após a visita ao Caps, eu estive com o secretário Patury e com o secretário de segurança
Sandro e conversamos a respeito disso. Sei que vocês já fizeram algumas ações em relação à
segurança. Há, infelizmente, um grande número de usuários de drogas e também de tráfico de drogas,
e precisamos olhar melhor isso. Infelizmente, eu tive a oportunidade – digo oportunidade no sentido de
tristeza – de visitar a rodoviária e vimos, a céu aberto, a comercialização de pedras de crack. Então, é
uma situação que realmente envolve a Secretaria de Desenvolvimento Social, a Secretaria de Saúde e a
Secretaria de Segurança para que possamos fazer essa revitalização.
Vou passar a palavra ao senhor, secretário Patury, para que possa falar das ações que já têm
ocorrido na Secretaria de Segurança para que possamos trabalhar juntos.
Antes, quero registrar a presença do nosso querido deputado Cláudio Abrantes, secretário da
cultura, que chegou para auxiliar-nos. Sei que ele é um grande defensor dos permissionários da
rodoviária, e sua presença aqui é importantíssima.
Concedo a palavra ao senhor secretário Alexandre Patury.
ALEXANDRE PATURY – Boa tarde, deputada Paula Belmonte. Boa tarde a todos.
Deputada, o crime é um fenômeno social muito complexo. Às vezes, até me espanta a
quantidade de pessoas que se arvoram a falar de crimes, de soluções, estão exercendo o seu direito
democrático, mas, se fosse simples, nós já o teríamos resolvido. Boa parte das pessoas que estão na
Secretaria de Segurança Pública já têm pelo menos 30 anos de experiência.
Em Brasília, particularmente, sabendo que o crime é um fenômeno social desde que o mundo é
mundo – ele nunca terminou e nunca vai terminar –, o que não pode acontecer é perdermos território,
o que não pode acontecer é termos medo de sair às ruas, o que não pode acontecer é haver empresas
fechadas por conta do crime.
Só que não é só o crime. Além do fenômeno social do crime, nós temos as dificuldades sociais
que, por vezes, terminam retroalimentando ou camuflando o crime, ou servindo de escudo para ele.
Então, várias pessoas de rua, vários usuários de drogas, que são vítimas também, muitas vezes servem
de escudo para as ações criminosas.
Deputada, eu queria fazer uma analogia contando até uma historinha rápida, porque é
altamente pertinente essa ação desencadeada pela frente parlamentar. Altamente pertinente em cima
de um conceito que o doutor Sandro propala muito, e já falou inclusive aqui nesta tribuna, de
integralidade, de participação de todos, de sermos todos por todos.
Essa história, que é uma historinha rápida, é de uma criança chamada Salvador. Essa criança
tinha uma dificuldade enorme nas aulas de matemática; não prestava atenção, ficava lá fazendo
desenhos. Não prestava atenção na aula de história; ficava desenhando enquanto a professora falava.
Não prestava atenção na aula de educação física; ficava desenhando enquanto os coleguinhas jogavam
ou faziam algum tipo de atividade. Não prestava atenção na família; enquanto a família se
confraternizava, ele ficava desenhando a família. Até que chegou num ponto, deputada, que a
professora disse: “Olha, seus desenhos são muito bons. Talvez você não esteja no local correto. Eu vou
colocar você em uma turma especial.” Da mesma maneira, os coleguinhas em vez de
fazer bullying começaram a dizer: “Olha, desenha a gente aqui”. Da mesma maneira a família, ao invés
de criticar, também fomentou. E o resultado é uma figura polêmica, mas um gênio chamado Salvador
Dali.
Observem: a segurança pública sozinha nada tem condições de fazer, absolutamente nada tem
condições de fazer, porque, se a família não estiver envolvida, se a escola não estiver envolvida, se os
amigos e a sociedade não estiverem envolvidos, não é a polícia que vai resolver um problema social. O
que ela faz é tornar aquilo controlável. E está controlável!
Hoje tive reunião com um pessoal na Asa Norte dizendo: “Olha, vocês têm razão e eu acredito
em vocês. Só que os números que estão aqui são muito baixos. Vocês procuraram um Conseg? Vocês
registraram ocorrência? Vocês buscaram, de alguma maneira, mitigar também essa situação?”
Porque, olha só, o caminho para a segurança pública é a integralidade. O art. 144 da
Constituição diz lá que ela é dever do Estado, mas obrigação e responsabilidade de todos. E aqui eu
estou vendo a responsabilidade de todos. Estou vendo uma responsabilidade do governo, juntamente
com suas secretarias, mas estou vendo a responsabilidade do Legislativo, com a frente parlamentar,
que diz: “Vamos revitalizar. Vamos buscar afastar desordens. Vamos, de alguma maneira, contribuir
para que a segurança pública não seja só a contenção da polícia.” Um ambiente ordeiro, um ambiente
revitalizado, afasta, de alguma maneira, as desordens que afastam, de alguma maneira, a
criminalidade. Então, vejam... Aliás, todos nós vemos, com muitos bons olhos, a possibilidade de todos,
todos por todos, de alguma maneira, avançarmos na segurança pública.
E a segurança pública tem trabalhado dia e noite. Ela busca, e vou dar um exemplo até do
lacinho que eu estou usando aqui, do Agosto Lilás... Nós temos enfrentado o mal na medida do
possível. E vou falar dos feminicídios, que estão tão em voga que, de alguma maneira, lutamos contra
isso. A senhora me permita fazer um aparte. Nós enfrentamos. Não tem um, um criminoso de
feminicídio que não esteja preso! Nós enfrentamos o mal. Mas o que nós queríamos, o que nós
queremos é que o mal não aconteça. Não nos satisfaz prender um bandido. Nós queremos é que o
crime não aconteça. Fazendo analogia, como evitar o crime? Com educação? Com o combate ao
machismo estrutural? É com a família? Não adianta a polícia prender, porque a polícia também não
está dentro das casas para saber. Então, fazendo analogia, é isto: a polícia, a segurança pública, stricto
sensu, é a última instância. Precisamos do apoio, precisamos da participação de todos.
E o resultado – pelo menos a ideia – está aqui com o próprio Governo do Distrito Federal, que
tem feito um trabalho na rodoviária. Logo após aquela nossa reunião... inclusive, a sugestão. A senhora
perguntou por que não há um POI na rodoviária. Nós estamos há dois meses na rodoviária. Os crimes
caíram, agora, o uso de drogas, realmente, é difícil. Quando as pessoas ingressam no crack é uma
desgraça, é uma chaga que, dificilmente, tem um retorno.
Enfim, como eu disse, o crime existe desde que o mundo é mundo. Nós temos que trabalhar
para que não seja tomado o território e para que consigamos andar em paz.
A revitalização aqui proposta será uma possibilidade de aumentar o número de empregos, de
haver maior circulação e de que, efetivamente, nós não tenhamos medo de acessar as áreas aqui
propostas e, basicamente, também, a área central e a W3.
Meus parabéns. Estamos sempre à disposição. Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Eu quero registrar a minha
gratidão, porque, desde que fomos lá, nós vemos uma ação efetiva da segurança pública do Distrito
Federal em relação, exatamente, a dar dignidade às pessoas.
É algo impensável, mas, até para combatermos o traficante, nós precisamos ter toda uma
metodologia. Eu estava conversando uma vez com uma pessoa da segurança pública e nós sabemos
muito bem que quanto maior a oferta, mais barato fica; se diminuirmos a oferta, mais caro fica. Então,
fomenta-se a criminalidade também. É algo impensável, e tem que haver uma inteligência social junto,
da saúde junto, da assistência social junto. Por isso é tão importante que essas secretarias estejam
junto conosco. E é importante a participação de vocês para que o governo veja exatamente este
momento em que estamos pedindo socorro.
Ontem, secretário, nós tivemos, aqui, o depoimento de jovens que infelizmente foram
assaltados no final da Asa Norte, vemos isso com recorrência, exatamente, por esses moradores de
rua. É importante o secretário de cultura estar aqui também, porque a cultura pode transformar, a
cultura pode trazer oportunidade, principalmente para esses centros comerciais, secretário Cláudio.
Que possamos colocar este parlamento para auxiliá-los.
Com isso, passamos a palavra ao coordenador institucional da Associação Brasileira de
Shopping Centers, Guilherme Soares. Muito grata, seu Guilherme, pela sua presença.
GUILHERME SOARES – Obrigado, deputada. Boa tarde a todos.
Primeiramente...
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Guilherme, eu quero só anunciar algo que,
para mim, é sempre uma honra e uma alegria.
Nós estamos com os estudantes da Escola Classe 309, da Ceilândia. Sejam muito bem-vindos.
(Palmas.)
Esta casa é a nossa casa. Tenham certeza de que nós temos a responsabilidade de fazer com
que vocês possam sonhar e realizar, em especial a construção do ser humano que está aí. Parabéns
aos professores e parabéns a toda a Câmara Legislativa que faz esse movimento com as nossas
crianças das escolas públicas para que possam conhecer o parlamento.
Meu nome é Paula Belmonte, sou deputada do Distrito Federal. Também há secretários aqui.
Nós estamos tendo uma audiência pública a respeito da revitalização do centro comercial do Distrito
Federal, que engloba tanto o centro comercial norte, quanto o centro comercial sul, os setores de
diversões, bancários, a rodoviária, esse lugar que todos nós conhecemos e sabemos que é o coração
de Brasília.
Sejam muito bem-vindos. Muito grata.
Retorno a palavra ao senhor Guilherme Soares.
GUILHERME SOARES – Obrigado, deputada. Primeiramente, boa tarde.
Agradeço o convite, é uma honra para nós da Associação Brasileira de Shopping Centers poder
participar deste debate. Cumprimento, em nome da deputada, os demais membros da mesa. A
presença dessas crianças deixa o debate que vamos executar aqui hoje ainda mais importante.
Apresentando um pouco o trabalho da nossa associação, ela representa mais de
400 shoppings em todo o Brasil e, em Brasília, representamos os 20 shoppings da capital. Dentre esses
20 shoppings, há alguns que estão localizados dentro dessa área central de Brasília, como o Venâncio,
o ID, o Pátio Brasil, o Conjunto Nacional, o Brasília Shopping e o Liberty Mall.
Os shoppings do Distrito Federal são responsáveis por cerca de 33 mil empregos diretos, e
grande parte desses 33 mil empregos diretos estão localizados dentro desses shoppings da zona
central de Brasília. Isso faz com que para nós seja cada vez mais importante que essa seja uma área,
acima de tudo, segura, acima de tudo, com acesso interessante para as pessoas, porque temos cerca
de 17 milhões de visitantes nos shoppings de Brasília durante um mês. É um número bem excessivo,
um número alto e, com a atualidade que temos, é preciso haver uma acessibilidade, uma mobilidade
que facilite o acesso a esses locais também.
Entendemos que a proximidade desses shoppings ao setor comercial, à zona central de Brasília
e à W3 faz com que tenhamos que discutir cada vez mais uma parceria, e isso faz com que alguns
assuntos surjam dentro dessa nossa pauta: por exemplo, a situação dos asfaltos nessa região central
de Brasília. Isso é algo que chama muito a nossa atenção porque atrapalha um pouco mais a
circulação, a mobilidade naqueles locais, e pode afastar os visitantes daqueles locais.
Como já foi falado inicialmente, a questão da segurança envolvendo usuários de drogas e
algumas pessoas em situação de vulnerabilidade que se encontram na região central também afasta
pessoas que poderiam estar ali circulando entre os shoppings, circulando na W3 como um todo. Isso é
algo que, no nosso ponto de vista, merece ter uma um uma atenção um pouco mais especial.
Quero deixar, deputada, dentro das nossas pautas, que seria muito importante também
debatermos sobre a presença de quiosques e algumas barracas localizadas na frente dos
empreendimentos. Muitos desses quiosques e barracas são empreendimentos que não estão colocados
de maneira legal. Isso faz com que haja um afastamento e até mesmo uma expulsão em relação a
frequentadores de estabelecimentos comerciais, tanto do comércio varejista de rua quanto do comércio
varejista localizado nos shoppings centers. Isso é algo que também nos preocupa um pouco dentro
desse sentido de revitalização da W3 e da zona central de Brasília.
Não quero tomar muito a palavra, mas apenas tentar enfatizar: a W3 e o setor comercial, a
zona central de Brasília, são um símbolo do Distrito Federal. E, acima de tudo, podem ser utilizados
como algo turístico, como algo cultural de Brasília. Entendemos que isso evoca também a necessidade
de excelência e beleza serem colocadas dentro daquele local, dentro daquela região.
Então, essas situações envolvendo, por exemplo, quiosques ilegais, pessoas morando nas ruas
ali na região central de Brasília, questões envolvendo tráfico de drogas, pontos de prostituição, tudo
isso precisa ser reparado e precisa ser discutido. Estamos muito dispostos a debater e a colaborar com
os demais órgãos da sociedade envolvidos nesta frente parlamentar.
Agradeço. A associação fica de portas abertas. Estamos disponíveis para continuar este debate,
para tentar acrescentar um pouco mais e ajudar na revitalização desse ponto tão importante de
Brasília, que é a nossa zona central.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu vejo que o senhor trouxe pontos
importantes. Há um debate na nossa casa a respeito da revitalização dos quiosques, dos
permissionários, porque isso tem grande impacto na vida de milhares de pessoas, na geração de
empregos. Nós precisamos debater e criar oportunidades para esse debate.
Esta é a proposição da frente parlamentar: que possamos nos apresentar aqui na Câmara
Legislativa, não só nesta audiência, mas também em reuniões menores, para realmente fazer com que
todas essas pessoas e todos nós sejamos escutados, de modo que possamos trazer um denominador
comum e representatividade. Muito grata pela presença do senhor.
Concedo a palavra ao nosso ex-deputado distrital e atual secretário da cultura e economia
criativa do Distrito Federal, o senhor Cláudio Abrantes. Seja muito bem-vindo à sua casa! (Palmas.)
CLÁUDIO ABRANTES – Boa tarde a todas e a todos. Obrigado à nossa querida amiga deputada
Paula Belmonte. Parabéns por esta iniciativa!
Quero, antes de tudo, saudar os alunos da escola pública da Ceilândia, que já foram muito bem
recebidos pela deputada Paula Belmonte. Quando vemos os alunos aqui, nos enchemos de esperança
de que as próximas gerações ocuparão este espaço para debater e para lutar pelo Distrito Federal.
Quero fazer menção a esta honrosa mesa e saudar o senhor diretor de edificações da Novacap,
Carlos Alberto; o nosso querido comandante em exercício do 1º Batalhão da Polícia Militar, major
Almeida Santos; o senhor coordenador institucional da Associação Brasileira de Shopping Centers,
Guilherme Soares; o senhor presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites; o
senhor secretário executivo de segurança pública, doutor Alexandre Patury, que está representando o
nosso grande amigo doutor Sandro Avelar; e o administrador do Plano Piloto, Valdemar Araújo.
E, obviamente, como já fiz, quero novamente parabenizar o trabalho e a atuação da deputada
Paula Belmonte. Muito obrigado pelo convite. Seria até estranho e incoerente de minha parte se eu,
que sou oriundo desta casa – passei momentos muito felizes aqui; dos momentos ruins eu não me
lembro, eu me esqueci, só lembro das boas coisas – não atender a um chamado da Câmara Legislativa,
ainda mais se pensarmos na importância dessa temática não só para o Distrito Federal em si, mas para
o país. Nós estamos falando da capital da República, falamos da área central do nosso CUB, que é o
Conjunto Urbanístico de Brasília, com todas as suas especificidades e com toda a sua importância para
o nosso país.
Quero fazer um aparte para saudar aqueles que ocupam há décadas o, talvez, patrimônio mais
central do Distrito Federal, que é a nossa rodoviária: os permissionários, por quem tenho um carinho
imenso, não só pela amizade que construímos, mas, principalmente, pela luta diária que eles
enfrentam. Se imaginarmos que precisamos revitalizar, precisamos otimizar, precisamos dinamizar
equipamentos públicos, temos que nos lembrar também de que essa dinamização não pode se
sobrepor ao ser humano e às suas histórias. Na minha modesta opinião, sempre será assim. Foi assim
aqui no parlamento e não poderá ser diferente onde eu estiver. Na Secretaria de Cultura, vemos esse
tema, deputada Paula Belmonte, com muito cuidado.
Vou pedir permissão a V.Exa. para saudar o deputado Ricardo Vale, porque eu vi que ele
passou... Acho que ele já se retirou, mas deixo aqui o meu abraço ao deputado Ricardo Vale.
A Secretaria de Cultura tem um olhar muito atento para essa área, porque, de longe, é a
secretaria que tem mais próprios na área central de Brasília – tem uma relação própria com as diversas
ferramentas e os equipamentos públicos. Se formos elencar pontos do trajeto do Eixo Monumental, ele
parte da praça do Cruzeiro, passando pelo Memorial JK, pelo Memorial do Índio – o Centro de
Convenções não está conosco –, pelo Complexo Ibero-americano – que envolve a sala Funarte e a
sala Cássia Eller –, pelo Complexo da República, pelo Teatro Nacional e pela própria Esplanada, pela
praça dos 3 Poderes. Enfim, a Secretaria de Cultura tem, no seu rol, todos esses equipamentos, ainda
mais se pensarmos que existe um decreto de tombamento sobre Brasília. O Plano Piloto de Brasília é
tombado pela Unesco, pelo próprio Governo do Distrito Federal e está sob a nossa responsabilidade.
Não à toa, deputada Paula Belmonte, existe o Condepac, o Conselho de Defesa do Patrimônio
Cultural do Distrito Federal, que tem uma atenção especial sobre toda essa área central de Brasília.
Isso envolve, na nossa competência, as propostas de revitalização e reforma, a relação com
organismos – a Secretaria de Segurança Pública é uma tremenda parceira nossa, a Polícia Militar idem.
Recebi, recentemente, o caro major Almeida e a tenente-coronel Kelly no nosso gabinete,
justamente para discutir a segurança dessa área central, dos nossos equipamentos públicos. Há, por
exemplo, a questão da orquestra. Pouca gente sabe, deputada Paula Belmonte, onde está a orquestra.
Eu assumi a secretaria, e muita gente fala: “E a orquestra? Onde está a orquestra?” Gente, a orquestra
está lá no teatro Plínio Marcos – antiga sala Funarte.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Toda terça-feira.
CLÁUDIO ABRANTES – Toda terça-feira; a deputada Paula Belmonte sabe, estão vendo? Para
quem assiste a nós pelas redes e pela TV Câmara Distrital, a orquestra continua firme e forte lá toda
terça-feira, com concertos gratuitos. Foi uma relação muito próxima com a Secretaria de Segurança e
com a Polícia Militar que propiciou que hoje tenhamos um esquema de segurança para a saída do
público e dos músicos.
Temos hoje o Museu da República, que é bastante visitado o tempo todo. Estamos situados ali
ao lado, na Biblioteca Nacional. Sem falar do complexo – que esteve lá por tanto tempo – na praça dos
3 Poderes.
Enfim, a Secretaria de Cultura tem um papel importante na preservação e na defesa do
patrimônio. Então, toda revitalização nos interessa muito, com este olhar: o patrimônio é feito para o
cidadão e para aqueles que ali trabalham.
Estamos acompanhando, pari passu, a questão da rodoviária também, botando o nosso
posicionamento.
O Teatro Nacional Cláudio Santoro – sobre o qual me perguntam muito também – está com
uma reforma em andamento. Inclusive, vamos convidar a Câmara Legislativa para uma visita guiada lá,
deputada. Estamos aguardando o melhor momento. Os deputados nos questionam sobre isso. A sala
Martins Pena, do Teatro Nacional, hoje está em reforma. É uma obra que deve chegar à casa de 70
milhões de reais, conforme estimamos, e que é custeada pela Fonte 100 e pelo Tesouro do Distrito
Federal. Temos colocado muito esforço para conseguirmos parceiros a fim de continuar a obra da sala
Villa-Lobos, que seria a segunda parte de uma obra muito cara e complexa. Acabei de sair, há pouco,
do Iphan. Daqui a pouco, já vamos para outra reunião, tentando buscar recursos, porque o Teatro
Nacional...
Eu sou paraibano, então, vou respeitar todas as influências que Brasília teve. Com todo o
respeito aos teatros municipais do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Manaus – que é maravilhoso –,
toda capital, toda cidade pode ter um teatro municipal, mas teatro nacional é só em Brasília. Então,
entendemos que é um equipamento com uma importância gigantesca para a nossa nação e para o
mundo também. Por conta disso, temos colocado todo o esforço para a revitalização dele.
Sabemos que isso tem um impacto, por exemplo, sobre o comércio – há um shopping ali ao
lado –, resultante do fluxo de pessoas e turistas ao Teatro Nacional. Para a rodoviária, nem se fala,
pela proximidade, assim como para outros equipamentos que há ali.
Estamos falando dessa grande obra que, talvez, seja o carro-chefe que nós temos hoje na
Secretaria de Cultura e que demanda ainda muito esforço e muito cuidado, porque é um bem tombado.
Aliás, do ponto de vista individual, há um duplo tombamento – o federal e o local. Além disso, ainda há
o tombamento de toda a região. Em todo o Plano Piloto, em toda essa área de revitalização, é preciso
haver um cuidado muito grande com qualquer intervenção que seja feita.
Nós não estamos falando de impeditivos, nós não estamos falando de impossibilidades de
intervenção. Estamos falando de um debate franco, aberto, técnico e também político de revitalização
dessa área central do Distrito Federal, que envolve, obviamente, a W3.
(Movimentação na galeria.)
CLÁUDIO ABRANTES – Tchau, moçada!
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Que Deus abençoe vocês!
CLAUDIO ABRANTES – Continuando, Brasília é uma das poucas cidades do mundo que é
tombada pela Unesco por causa da sua modernidade. Geralmente, quando falamos em tombamento,
nós estamos falando do histórico, do ecológico, do ambiental. Já Brasília é tombada pela sua
modernidade. Isso ocorreu na década de 1980. Até hoje, continua extremamente moderna, estudada,
admirada, e isso requer cuidado. Então, as propostas de revitalização têm que seguir um rito, ter um
cuidado todo especial. Obviamente que queremos propiciar o melhor uso, a melhor adequação, a
segurança, a valorização das pessoas.
Muita gente pergunta por que o Teatro Nacional foi fechado. Estava com problema de
estrutura? As salas estavam ruins? Não! Nada disso. O Teatro Nacional foi fechado por questões de
acessibilidade e segurança apontadas pelo Corpo de Bombeiros. Precisávamos dar segurança às
pessoas. Hoje nós estamos fazendo, por exemplo, saídas de emergência; cuidando de reservatórios de
água, de geradores – enfim, uma série de medidas – e, obviamente, cuidando da acessibilidade, que
hoje é uma condição sine qua non para qualquer equipamento público. Isso é só um exemplo. Ao fazer
qualquer intervenção aqui no Plano Piloto, principalmente na área central, temos todo esse cuidado.
A Secretaria de Cultura acompanha isso com olhar cuidadoso e zeloso, mas com o equilíbrio de
entender que a cidade foi feita para os seus cidadãos. Nós trabalhamos sob essa lógica, preservando o
tombamento. Volto a afirmar, para não dar dupla interpretação na minha fala, que o tombamento é
essencial. Vamos continuar agindo nisso e tentando mitigar essas diferenças para que tenhamos um
equilíbrio, fazendo o que é possível fazer.
É obvio que diversas ações são necessárias. Já citei a parceria com a Secretaria de Segurança
Pública, com os permissionários da rodoviária, com os outros entes do Governo do Distrito Federal e
até entes do governo federal. Temos buscado essas parcerias para poder dinamizar toda essa área com
o olhar que eu disse. A praça é do povo, Brasília é do povo. Assim vamos continuar trabalhando.
Temos, sim, muitas dificuldades até no campo de preservação do nosso patrimônio, deputada.
Reconhecemos aqui a dificuldade da Polícia Militar, do efetivo, mas temos que ter o olhar que aquilo
que aconteceu em termos de depredação no dia 8 de janeiro é grave, é triste, e temos que combater.
É uma data que tem que ser lembrada para não se repetir, mas temos o dia a dia da depredação que
acontece também, como pichação de monumentos, de quebra de bem público, de vandalismo. Temos
o cuidado com tudo isso na parceria com os nossos órgãos de segurança pública, na parceria com a
sociedade civil para deixar Brasília sempre linda e bela como deve ser.
Fica aqui o nosso agradecimento, a minha disposição em dialogar com todos os segmentos,
sobretudo com a Câmara Legislativa. Como eu disse, passei por aqui e sei que aqui é a caixa de
ressonância da sociedade. Os cidadãos vêm aqui pedir amparo, pedir ajuda e fazer proposições
também. Temos essa parceria, essa disposição.
Esperamos que, neste debate, avancemos no sentido de preservar o patrimônio, o tombamento
de Brasília como patrimônio cultural da humanidade – não é só do Brasil –, obviamente olhando para o
cidadão, para o usuário, para aqueles que trabalham, que se divertem e que usam a capital de todos
os brasileiros.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, secretário. Para nós, é uma honra
tê-lo aqui exatamente com essa fala. Nós estamos vivendo esse momento. Sei que vamos ter aqui o
major Almeida falando a respeito da segurança, mas eu quero também ouvir todos vocês. Hoje já
trouxeram assuntos a respeito dos moradores em situação de vulnerabilidade e a questão do tráfico,
mas temos também assuntos importantes que estão em pauta, como a PPP.
Sei que o senhor falou, agora, sobre a questão de anos de história de pessoas que precisam
ser respeitadas e ouvidas. Que possamos construir algo que traga oportunidade a todos. Que façamos
essa revitalização necessária, mas que não nos esqueçamos também do aspecto humano.
Há uma situação que já fica como responsabilidade desta frente parlamentar, que é trazer
dignidade em relação ao Caps. A secretária de saúde foi chamada. Não pôde comparecer, mas, com
certeza, ela será oficiada a respeito dessa demanda da sociedade, porque é uma questão de saúde
pública também e para a qual nós precisamos olhar.
Há uma questão muito importante que eu quero compartilhar com os senhores e que terá um
impacto não só na zona central, mas também no Plano Piloto, Sudoeste, SIG e SIA: a Zona Verde. É
algo a que precisamos estar atentos. Estou aqui nesta posição de escutá-los – escutá-los para que,
realmente, quando formos nos posicionar perante todos esses projetos, todas essas demandas,
possamos representar principalmente a população do Distrito Federal.
Muito grata pela presença do senhor. Sei que eu posso contar com o senhor e sei da
responsabilidade que o senhor tem com a nossa população do Distrito Federal.
Passo a palavra ao senhor comandante em exercício do 1º Batalhão da Polícia Militar do Distrito
Federal, major Almeida Santos. Muito grata pela presença do senhor.
ALMEIDA SANTOS – Boa tarde a todos. À excelentíssima senhora presidente da comissão,
deputada Paula Belmonte, agradeço muito o convite.
Cumprimento o senhor secretário Cláudio Abrantes, participando muito na parte legislativa da
nossa cidade; o nosso administrador, Valdemar Araújo – estamos sempre em contato, sempre juntos
discutindo a situação, principalmente, da Asa Sul, área pela qual tenho responsabilidade –; o senhor
secretário executivo, chefe, Alexandre Patury, que excelentes palavras trouxe aqui ao debate; na
pessoa do presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites, cumprimento toda
a população da área do comércio e os demais interessados; os prefeitos; e a nossa população do Plano
Piloto.
O secretário executivo, o senhor Patury, já colocou de forma evidente a situação que vivemos,
esse desgaste social, e a necessidade efetiva de atuação dos diversos entes – diversas secretarias,
população, parte privada, comerciantes – para a a melhoria do quadro social, de forma geral, para a
população.
Posso falar aqui, mais claramente, do Setor Comercial Sul. Lá a polícia é o braço do Estado que
está 24 horas por dia, 7 dias por semana. O meu PCS 125 é um dos poucos PCS da Polícia Militar que
ainda persistem e está lá sempre presente. Em qualquer situação de crime, efetivamente, está lá
disponível para atuar, além de ter uma viatura sempre na área para essas situações.
Mas a população de rua é um problema social. Temos o Caps e ONGs que apoiam essa
população, que merece essa atenção. Temos o Centro Pop também, que oferece alimentação, trabalho
de higiene, ali na 902 Sul, e faz com que essa população se aproxime dessa região.
Nesse contexto, trabalhamos com uma política de prevenção vinculada ao ambiente, chamada
CPTED, oriunda de estudos internacionais. É evidente que o design do ambiente, como está descrito,
como está manutenido, pode influenciar no cometimento do crime. Vemos isso ao longo do tempo. O
Estado vem trabalhando nisso. Melhorou muito. Muitos dos comerciantes já... O famoso Buraco do
Rato, na 5 do Setor Comercial, uma região de estacionamento no subsolo de situação crítica,
melhoramos muito. Acabamos com o tráfico de drogas lá.
Hoje – creio que seja pela Novacap –, está havendo uma revitalização: estão sendo trocados
pavimentos e uma estruturação melhor o Setor Comercial Sul. Isso favorece, mas o comércio legal e
ilegal, seja ambulante ou não; o próprio fluxo da população na nossa área – há dados, que creio que
são minorados, de 200 mil pessoas, por dia, passando pelo Setor Comercial –; isso favorece o
cometimento de ilícito.
Dentro desse contexto, dessa taxa de população que participa por ali, temos realmente níveis
baixos, em comparativo com o restante do Distrito Federal, de incidência criminal. Então, pelas
manchas que eu acompanho, principalmente na minha área do 1º Batalhão, vemos que tentamos ao
máximo contribuir com a população, espalhando ao máximo policiamento e pedindo apoio para
distribui-lo.
Esse fenômeno social merece essa imersão e dedicação de todos: Secretaria de
Desenvolvimento Social, Secretaria de Educação, Secretaria do Trabalho, Secretaria de Saúde. Sem o
apoio de todos, realmente, vamos ter muita dificuldade, e nós estamos sempre prontos para dar apoio.
Vemos fenômenos jurídicos também interferindo na atividade policial, como a questão da
penalização efetiva do uso de entorpecente. O usuário, efetivamente, não tem uma prisão em flagrante
decretada. São medidas minoradas para ele. Então, se não houver toda essa estruturação de saúde,
trabalho, moradia para essa população – que merece ter dignidade –, vamos continuar trabalhando em
cima só do problema.
De qualquer forma, a Polícia Militar sempre vai estar disposta a prestar apoio. Sempre vai
trabalhar. Não deixamos nem por 1 segundo de tentar fazer o máximo para cuidar de nós – também
me cito nesse meio –, de nossas famílias, de nossos amigos.
Deputada, é isso, agradeço. Pode contar com o apoio da Polícia Militar, bem como os
comerciantes. Nós tentamos várias formas de aproximar a Polícia Militar da população. Hoje criamos
uma rede de vizinhos protegidos. Dentro do Plano Piloto, isso já existe, mas era dos moradores. Hoje
já temos uma rede de comerciantes protegidos também.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Major, eu gostaria que o senhor explicasse,
para que todas as pessoas entendam, o trabalho do 1º Batalhão.
ALMEIDA SANTOS – No 1º Batalhão, nós temos uma equipe que só trabalha por rede social.
Criamos grupos de Telegram ou WhatsApp para cadastrar comerciantes e aproximar a nossa conversa
não somente sobre o crime de fato acontecendo, porque, nesse caso, a chamada 190 é muito mais
efetiva, mas também em situações de desordens, de possibilidade de cometimento de crimes,
situações inusitadas na região. Então, pelo próprio aplicativo, faz-se contato.
Nós temos uma central de monitoramento dentro do batalhão e assim nós conseguimos
direcionar a viatura para averiguar a situação, contornar qualquer desentendimento que esteja
acontecendo que não seja um crime de fato. Isso serve para antecipar o ilícito.
Às vezes, se há alguma atitude suspeita – como, por exemplo, um cidadão morador de rua sob
efeito de drogas efetivamente causando algum distúrbio no ambiente –, isso pode ser comunicado pelo
aplicativo. Temos a equipe que monta o grupo. Creio que o Setor Comercial todo já esteja nessa rede,
muitos já participam dela. Já temos contato direto. Então, a equipe já conhece a maioria. Está bem
efetivo. Nós estamos ampliando a rede.
O problema da Asa Sul é que só a Asa Sul tem quase 50 quilômetros de comércio. É isso tudo.
Nós montamos grupos por quadras e, pelas quadras, até os próprios comerciantes se conhecem mais:
“Poxa, há um carro diferente estacionado aqui. Aconteceu isso.” Então, no próprio grupo social, eles
conseguem se prevenir. “Olha, estou saindo tarde hoje da loja, alguém consegue ficar aqui comigo
para eu não sair sozinho?”
Então, o objetivo é criar uma rede de proteção na região entre os comerciantes e os
moradores, mantendo esse contato aproximado com a polícia. Nós estamos tentando estender isso. Já
temos 80 grupos formados entre quadras, comércios e estamos expandindo-os. Nós já fomos para o
Parque da Cidade também. Expandimos para o grupo dos comerciantes e todos os comércios
efetivamente. Estamos expandindo para a rede hoteleira também, rede de hotéis protegidos no sentido
de aproximação e criação de uma rede maior entre nós.
É isso, grupo. Estamos abertos. Caso alguém não participe, é só entrar em contato conosco.
Disponibilizo aqui meu telefone e, se alguém quiser, inserimos no grupo. Nós marcamos uma reunião e
explicamos como é que funciona. Nós temos o aplicativo DF 190, da PMDF. Ele consegue mandar um
alerta e, efetivamente, através desse alerta, eu consigo, na minha central de monitoramento, mandar
uma viatura.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Todo mundo conhecia? Muito
grata. Depois vamos procurá-lo para pegar o telefone do senhor.
ALMEIDA SANTOS – Por favor, melhor para todos nós.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Obrigada. (Palmas.)
Eu passo a palavra agora para o diretor de edificações da Novacap, o senhor Carlos Alberto.
Muito grata pela presença do senhor aqui.
CARLOS ALBERTO SPIES – Boa tarde a todos. Primeiramente cumprimento a deputada Paula
Belmonte pela excelente iniciativa de trazer esta audiência pública para tratar da revitalização do centro
de Brasília, que tanto precisa, que tanto sofre há anos.
Cumprimento o nosso secretário de cultura, Cláudio Abrantes; o nosso administrador do Plano
Piloto, Valdemar Araújo; o secretário executivo de segurança pública, doutor Alexandre Patury; o
senhor presidente da Associação Comercial do Distrito Federal, Fernando Brites; o senhor coordenador
institucional da Associação Brasileira de Shopping Centers, Guilherme Soares; e o comandante em
exercício do 1º Batalhão da Polícia Militar, major Almeida Santos.
A Novacap tem trabalhado no governo do governador Ibaneis Rocha, durante esses 2
mandatos, investindo em muitas obras na área central de Brasília. Talvez os senhores não tenham
conhecimento, como o secretário de cultura falou, mas já trabalhamos na área central, a partir do Eixo
Monumental até a Esplanada, em diversas obras para atender e revitalizar o centro de Brasília.
A praça do Buriti estava há anos praticamente abandonada: a fonte estava abandonada, não
havia água nela, era um local de produção de mosquito, inclusive; foram gastos aproximadamente 2
milhões de reais para revitalizar aquela fonte, deixá-la funcionando com chafariz.
Nós fizemos também a revitalização de todos os viadutos – tanto os da Asa Norte quanto os da
Asa Sul –, o que era necessário para evitar novos acidentes ou tragédias como a que aconteceu perto
da rodoviária, quando aquele viaduto caiu.
A Galeria dos Estados, em decorrência do viaduto, foi toda revitalizada também. Todos aqueles
lojistas foram atendidos com novas lojas. Trabalhamos também nas passagens subterrâneas no
governo passado, uma necessidade trazida à Novacap há muito tempo. Com a participação da
administração, conseguimos fazer a manutenção e a revitalização de todas as passagens da Asa Norte
e agora estamos começando a fazer nas da Asa Sul. Já estamos com 2 em andamento. O nosso
administrador está sempre conosco lá na Novacap, tratando desses assuntos.
Nós vamos agora tratar do centro de Brasília. Como o secretário de cultura falou, nós estamos
agora no Teatro Nacional. Vamos trazer o teatro de novo para ser utilizado pela população. A primeira
reforma e revitalização vai ser a da sala Martins Pena. O primeiro investimento será de
aproximadamente 40 milhões, depois vamos para as outras 2 salas, que são a sala Alberto
Nepomuceno e a sala Villa-Lobos.
A previsão é entregar a sala Martins Pena à população ano que vem. Logicamente, como o
secretário falou, não foi problema de estrutura ou problema de algum estrago. Não, foi problema de
segurança mesmo. Houve alteração de projeto, por isso a sala está sendo hoje modernizada para
acessibilidade e segurança.
Outro equipamento público com muito investimento do governo é a rodoviária. Já trabalhamos
há alguns anos com a turma dos permissionários. A rodoviária vem sofrendo com o vandalismo. Não
são moradores de rua que tentamos enfrentar lá, mas o vandalismo; e praticamente enxugamos gelo.
A Secretaria de Mobilidade, agora, assumiu parte da manutenção, mas nós estamos com um
projeto pronto para ser contratada a recuperação dos banheiros da rodoviária. Vão ser todos
recuperados, e vamos precisar de uma ajuda imensa da Secretaria de Segurança para mantermos o
espaço dos banheiros públicos.
Também temos a questão das escadas rolantes e dos elevadores. A Novacap teve contrato
durante 5 anos. Nós investimos, em média, 10 milhões de reais só em manutenção, durante 5 anos.
Arrumamos, estragam, arrumamos, estragam. É difícil mantermos isso. Por quê? Um estrago por um
vândalo, o corte de uma correia da escada rolante dura 2 minutos. Essa correia é importada. Para ela
chegar, são 6 meses. Todo dia, o governo recebe críticas porque a escada rolante parou, não funciona,
ou nos perguntam por que há tantas delas paradas. É justamente por isto: qualquer manutenção na
escada rolante ou no elevador demanda tempo. Infelizmente, às vezes não conseguimos explicar isso
para a população. Precisamos tentar coibir o vandalismo nos equipamentos públicos. Fizemos toda a
revitalização das passagens subterrâneas e as pintamos em epóxi. Deixamos todas prontas, limpas,
pintadas e iluminadas. Não passou uma semana, e elas estavam todas pichadas.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu vi uma pessoa pichando em segundos.
Tirou o negócio e saiu. Não deu nem tempo para eu falar: “Opa!” Foi impressionante.
Eu gostaria de voltar ao assunto anterior, aproveitando a fala do senhor. Acho que a
manutenção da rodoviária é demanda de todos. Existe um contrato de manutenção, ou a Novacap é a
responsável pela manutenção?
CARLOS ALBERTO SPIES – Na verdade, existia um contrato de manutenção, que passamos
para a Semob. A Semob está fazendo um novo contrato. Não sei se vai ser emergencial, mas está
fazendo um novo contrato de manutenção. Diariamente existia uma equipe lá. A empresa, inclusive se
chamava (Ininteligível.). Todo dia ela estava lá com sua equipe, mas, mesmo assim, não conseguia
acompanhar a demanda do estrago.
Vou dar só 2 exemplos. Um cidadão jogou um carrinho de compras na escada rolante e
quebrou 5 degraus. Foram necessários quase 2 anos para recuperá-los. Um dos elevadores foi
incendiado. Um homem morava dentro do elevador e foi retirado pela segurança. Ele simplesmente
incendiou o elevador. Foi um ano para recuperá-lo. Então, é complicado se não tratarmos essa parte
social.
Vejo que os permissionários são muito prejudicados pelos ambulantes. Os ambulantes são um
problema social na rodoviária que precisa ser resolvido. Inclusive, eles ficam em cima dos
equipamentos. O ambulante fica com os seus produtos quase dentro da escada rolante e pode cair lá
dentro. Apesar de o nosso administrador fazer um esforço imenso na rodoviária, com a Polícia Militar e
com o DF Legal, ainda é difícil fazer o controle.
Estamos prevendo outras obras para a área central de Brasília. Alguém falou dos quiosques. Já
estamos contratando os quiosques da praça do Buriti. (Palmas.) O espaço atrás do Buriti é o único que
milhares de servidores têm para almoçar. Infelizmente, aquela região não tem área gastronômica.
Então, há novo projeto para os quiosques que estão na praça do Buriti. Todos eles vão ser
revitalizados. Inclusive, vamos colocar banheiros. Não há banheiros naquele local. Se a pessoa que
almoça lá tiver que ir ao banheiro, vai ter que procurar o Palácio do Buriti, a procuradoria ou a
Codeplan. O contrato será assinado até o final do mês. Iniciaremos as obras e revitalizaremos os
quiosques de lá.
Os quiosques do Setor Hospitalar Sul estão prontos, mas não funcionam porque não há
energia. Estamos contratando uma empresa para fazer essa ligação, porque a Neoenergia colocou uma
exigência a mais no edital, e tivemos que refazer a licitação. Então, provavelmente até o final de
outubro, início de novembro, colocaremos energia nesses quiosques. Essa área também vai ser
atendida.
Há outra obra talvez não tão perto do centro, mas também importante, fruto de uma
determinação da governadora: fazermos a recuperação da piscina com ondas do Parque da Cidade.
Outras obras que o nosso administrador está demandando são os mobiliários urbanos do setor
comercial e da área central para melhorarmos a vida da população.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. (Palmas.)
Eu vou aproveitar e perguntar – porque a audiência é para isso mesmo, para que possamos
tirar as dúvidas, esclarecê-las e nos fortalecer – como vocês estão vendo essa questão da Zona Verde.
A Zona Verde vai trazer a cobrança dos estacionamentos. Sabemos que a zona central realmente
precisa disso, mas existe possibilidade de fazermos também zonas de lazer que tragam o verde para a
cidade? O senhor sabe se existe algum projeto a respeito disso?
CARLOS ALBERTO SPIES – Eu não sei se essa demanda chegou à Novacap, mas, se chegar,
provavelmente a Novacap vai participar, porque nós temos a Diretoria de Urbanização, que já tem essa
experiência e já faz em Brasília essa tarefa de cuidar dos jardins e da urbanização. Então,
provavelmente a Novacap participará disso. E é possível, sim. Nós temos condições de fazer os projetos
lá.
Falaram também do asfalto. Eu me esqueci de falar do asfalto lá na área comercial central.
Está na nossa programação. O administrador está lá toda semana nos cobrando. Está na nossa
programação fazer o asfalto e a recuperação das calçadas do setor comercial. Vamos fazer. O setor
comercial é muito abraçado pela Secretaria de Obras, mas temos participado com eles para fazer essa
recuperação lá.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. (Palmas.)
Concedo a palavra ao senhor subsecretário do conjunto urbanístico de Brasília, da Secretaria de
Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal, a Seduh, Ricardo Augusto de Noronha.
Seja muito bem-vindo.
RICARDO AUGUSTO DE NORONHA – Boa tarde, deputada. Boa tarde a todos.
Primeiro, quero agradecer o convite. Acho importante sempre discutirmos esse assunto e
buscarmos as soluções.
Concordo muito com o que todos disseram: a revitalização de Brasília é um assunto
multidisciplinar. Não é só a obra do Setor Comercial Sul, não é só o projeto de lei encaminhado pela
Seduh sobre os usos do Setor Comercial Sul – que nós aprovamos – que trarão soluções definitivas. É
um apanhado de atitudes, de reformas dos mais amplos conceitos que precisamos unir para resolver
esse problema.
Do ponto de vista da Seduh, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, nós temos
hoje diversos projetos já encaminhados. Vários deles já estão na Secretaria de Obras. O mais
conhecido em execução é o do Setor Comercial Sul.
Nós temos projeto já na Secretaria de Obras para o Setor Hoteleiro Sul; o Setor Hoteleiro
Norte; as quadras 3, 4 e 5 do Setor Comercial Sul – algumas já em execução –; as quadras 1 e 2 do
Setor Bancário Sul; parte do Setor Bancários Norte. No Setor de Rádio e TV Sul, a obra já foi feita, já
está concluída. No Setor de Autarquias Norte, há um projeto mais antigo, e parte dele a Seduh está até
aproveitando de algumas medidas mitigadoras do empreendimento para que ele já seja executado em
breve.
Estamos trabalhando, hoje, nos projetos da W3 Norte, lembrando que, na W3 Sul, foi concluído
também o projeto da Secretaria de Desenvolvimento Urbano. O projeto da W3 Norte hoje está
começando pela 708 e vai passar por uma consulta pública para escutar tanto os comerciantes quanto
a população principalmente da Asa Norte, que são os mais afetados. Esse projeto, em breve, estará
aberto no site da Seduh. Peço a todos os envolvidos que tenham interesse de acompanhar isso que o
façam pelo site da Seduh. Essa consulta pública realmente é para mostrar e apresentar o projeto. Ela
vai colher contribuições para a melhoria do projeto, escutar os participantes ou, às vezes, explicar
alguma ideia de projeto.
O projeto da W3 Norte é um pouquinho diferente do da W3 Sul porque envolve a parte de cima
da W3 Norte. Então, ele pega a W3 Norte entre os primeiros comércios das 700 e aquela rua de trás
que eles chamam de W3 e meia – são aqueles outros blocos que ficam ali atrás. Ele só não adentra as
quadras mais para cima, mas pega toda aquela área comercial. A ideia é realmente trazer uma nova
cara para todo aquele setor.
Eu mesmo fiz uma vistoria lá a pé, na Asa Norte toda. Estamos trabalhando, hoje, na questão
do comércio e das ocupações daqueles comércios. Já existe uma lei, e estamos trabalhando para
melhorar a regulamentação das áreas públicas e das galerias.
Então, pude acompanhar diretamente a situação. Há muitas áreas que estão precisando de
uma atuação urgente de revitalização, principalmente no quesito segurança. Andando por lá, algumas
pessoas me perguntaram o que eu estava fazendo e vieram me falar que elas têm preocupações.
Muitos fecham aqueles becos para evitar a marginalização, principalmente no período noturno. A
secretaria tem trabalhado nessas questões para tornar o ambiente mais aberto, mais acessível e dar
condições de policiamento. Às vezes os policiais nem conseguem entrar porque o lugar está trancado
com grades cercando a área pública. A ideia é trazer uma qualidade para o espaço para que
consigamos, em conjunto com outras ações, fazer a requalificação do local.
A secretaria está totalmente à disposição.
Outro plano do qual o secretário também está participando por meio do Condepac e fazendo
essa avaliação é o próprio PPCUB. Além das áreas centrais de Brasília, o PPCUB trata também da
Candangolândia, do Cruzeiro e do Sudoeste. É um plano importantíssimo que vai realmente traçar
diretrizes muito rígidas para o tombamento de Brasília e deixar as coisas mais claras do ponto de vista
do que não pode ser mexido; em paralelo, haverá a flexibilização de alguns usos, principalmente em
alguns setores que realmente têm essa dificuldade de se desenvolver ou até fomentar a irregularidade
pela falta de possibilidade de alguém regularizar o local. Isso foi o que adiantamos no Setor Comercial
Sul.
O PPCUB vem para traçar diretrizes muito claras, muito coesas e firmes para o tombamento e,
também, trazer essa dinamização do que é possível em conjunto com a portaria do Iphan, com os
trabalhos da Secretaria de Cultura, com tudo que envolve tombamento e, na medida do possível,
trazendo essa qualidade para a cidade.
Estamos à disposição.
Agradeço demais o convite. Para o que pudermos contribuir para o debate, estamos aqui.
Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Ricardo.
Quero registrar a minha gratidão de o senhor estar aqui junto com o secretário Marcelo Vaz,
que tem feito um trabalho brilhante também. Estamos à disposição, aguardando ansiosamente que o
PPCUB chegue à Câmara Legislativa para que possamos discuti-lo e, realmente, trazer essa
possibilidade de uma nova legislação para o Distrito Federal e, principalmente, para o centro do Distrito
Federal.
Muito grata pela sua presença.
Neste momento, registro a presença da nossa vice-presidente do Cidadania, senhora Elaine
Faria. Muito grata pela presença da senhora. (Palmas.)
Neste momento, concedo a palavra à prefeita do Setor Comercial Sul, senhora Niki Tzemos.
NIKI TZEMOS – Boa tarde. Eu gostaria de agradecer o convite da deputada Paula Belmonte e
cumprimentar todos da mesa. Hoje, eu venho falar em nome da prefeita do Setor Comercial Sul, a
senhora Ligia Meirelles. Infelizmente, ela não pôde estar aqui hoje, mas eu venho falar em seu nome.
Brasília é uma cidade muito jovem, mas ela já apresenta vários problemas de uma cidade
madura. Problemas que precisam ser enxergados e tratados com políticas públicas de longo prazo,
respeitando a sua memória e a sua história, uma vez que Brasília é uma cidade tombada.
Certa vez, o ex-presidente do Iphan, o senhor Saulo, nos falou que não se constrói uma cidade
destruindo a sua história e a sua memória. E, de fato, ele tem toda razão. Conforme também Cláudio
Abrantes falou, nós precisamos respeitar esse tombamento. E o Setor Comercial Sul tem uma
setorização própria. É um setor de comércio e de serviços. E, para respeitar essa setorização, o
primeiro passo que foi lançado para a sua requalificação, para a sua revitalização, foi, de fato, a
aprovação do PLC, adicionando mais de 280 atividades econômicas para o Setor Comercial Sul, como
uma forma de impulsionar a sua economia local.
Esse foi somente o primeiro passo. Agora, o GDF, por meio da Secretaria de Ciência e
Tecnologia, apoia a criação e a implantação do Polo de Economia Criativa, com ênfase em tecnologia
para o Setor Comercial Sul. Isso é um exemplo de política pública, apoiada na Tríplice Hélice, onde o
governo, a sociedade civil e a academia se unem para a revitalização da área central de Brasília, o
Setor Comercial Sul, onde 55 mil pessoas trabalham. Então, nós somos maiores que muitos municípios.
E passam por lá mais de 200 mil pessoas por dia.
O polo criativo é, de fato, uma solução para o Setor Comercial Sul. Isso é uma prova de
conceito, a exemplo do que ocorreu com o Porto Digital de Recife, com o Polo Tecnológico de Santa
Catarina e, também, com a cidade de Barcelona. Começou pequeno, em uma pequena área da cidade
e, por osmose, o desenvolvimento econômico foi se expandindo.
Então, esse é o nosso pedido, deputada: que a Câmara Legislativa, por meio de todos os
deputados, por meio da senhora, e o Governo do Distrito Federal apoiem a implantação do Polo de
Economia Criativa do Setor Comercial Sul, para que, por meio desse projeto piloto, essa prova de
conceito, esse desenvolvimento econômico possa se expandir, tanto para a W3 Sul e Norte, como para
outros setores da cidade. Como ocorreu com Recife, que hoje fatura mais de 4 bilhões por ano. Ou
seja, o Distrito Federal vai mudar a sua matriz econômica. Não é difícil, mas tem que ter apoio do
governo, da sociedade civil e também da academia.
Eu tenho muitas coisas para falar, mas vou finalizar dizendo que o Setor Comercial Sul tem
jeito. O tráfico de drogas acontece, mas existe um projeto para implantação de um centro de
inteligência – se eu não estiver errada. Se esse centro de inteligência pudesse ser instalado no Setor
Comercial Sul, seria de grande valia, inclusive com as câmeras inteligentes, com reconhecimento facial.
Enfim, existe solução.
Nós podemos marcar um horário para apresentar todas as ideias em curso. A prefeitura do
Setor Comercial Sul está disponível e aberta para essa troca de experiências e sugestões.
Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhora Niki Tzemos.
Eu quero registrar a presença do secretário de ciência e tecnologia do Distrito Federal. Ele me
ligou e pediu que eu enfatizasse o compromisso dele na instalação desse polo. Ele não pôde vir, porque
houve um imprevisto e ele foi chamado pelo governador, mas pediu que eu enfatizasse exatamente o
seu empenho para que isso aconteça.
O nosso secretário da cultura já tinha avisado que não ia poder ficar até o final da audiência,
mas estou grata pela presença. Conte conosco aqui. Eu conto com o senhor também. (Palmas.)
Eu passo a palavra para a nossa prefeita, por 10 anos, do Setor Comercial Norte, senhora
Regina Lacerda.
REGINA LACERDA – Boa tarde, deputada Paula Belmonte. Obrigada pelo convite. Quero
cumprimentar todos e a mesa na pessoa do nosso administrador. Parabéns pela missão difícil que é
administrar Brasília.
Na década de 2000, eu tive o privilégio, como empresária da área de seguros, de ser convidada
a ajudar a comunidade local, e nós fundamos a prefeitura do Setor Comercial Norte, motivada por um
administrador que disse assim: “Eu não vou atender vocês porque vocês não estão organizados”. Ele
queria dizer que não existia uma organização da sociedade civil. E foi muito bacana isso.
Hoje eu estou muito saudosa, porque é muito bom lembrarmos o que já foi feito na cidade,
pela cidade e como foi feito. Eu sou empresária da área de seguros, uma área pujante aqui no Distrito
Federal; somos mais de 1.500 empresários corretores de seguros. É interessante dizer que, de 2005
para cá, os problemas do Setor Comercial Norte, onde a minha empresa está sediada, continuam os
mesmos. No Setor Comercial Norte, não temos os problemas do Setor Comercial Sul, mas muita coisa é
similar.
A minha família chegou aqui em Brasília na década de 1970. Eu sou carioca. Viemos do Rio de
Janeiro. Tenho uma lembrança de como era bom andar pela W3 Sul, que era o nosso shopping a céu
aberto. Percorríamos as lojas. Não sei se são 6 quilômetros, mas andávamos a pé; as crianças, todas
pequenininhas, entrando de loja em loja. Tenho lembrança da Bibabô. Acho que algumas pessoas se
lembram da Bibabô.
Está havendo uma grande reforma na W3 Sul. Parabenizo o Governo do Distrito Federal por
essa reforma. Vejo que a W2 acabou sendo um pouquinho mais utilizada, por causa de
estacionamentos com mais facilidade e uma certa movimentação. Hoje, quando circulo pela W3, tenho
um certo medo e acredito que as pessoas também, porque ficamos muito sozinhos andando na W3 Sul.
Eu acho que, se formos assaltados ali, em algum momento, em algum local, dificilmente um carro, que
passa em alta velocidade, vai parar para atender um pedestre. Então, sabemos que a W3 não é mais a
mesma, não é segura e precisa de um novo olhar.
No passado, meu sonho de consumo – e talvez de muitos de vocês – era morar nas casas das
700. Que coisas lindas eram aquelas casas, com aquelas áreas nos fundos com grama, onde víamos
que poderia haver campo de futebol e brincadeiras! Hoje vemos que não é mais um local desejável de
se morar. Inclusive, existe uma mudança de destinação. Então, vejo que a W3 Sul precisa, sim, de ser
vista com um novo olhar, um olhar de revitalização, mas também de recuperação do seu espaço
original.
Temos a W3 Norte, que é um local um pouco diferenciado. Ouvi, atentamente, o secretário
falar. A W3 Norte tem uma atividade comercial dos 2 lados, é equipada com instalações diferenciadas,
com restaurantes, e nela há algumas áreas de oficinas. Acredito que seja um pouco diferente e mais
trabalhosa essa revitalização. Mas ela interfere muito no Setor Comercial Norte também e ali naquela
região onde estamos.
Quanto ao Setor Comercial Sul, eu gostaria de deixar uma sugestão. Parabéns à vice-prefeita,
que falou tão apropriadamente aqui. Não basta revitalizar; é preciso gerar atividades que ocupem
realmente o setor 24 horas por dia: faculdades, restaurantes... Aliás, quero parabenizar o nosso
presidente da associação comercial, que trouxe um olhar tão específico sobre o setor. Acredito que é
preciso induzir um desenvolvimento, com tantos espaços vazios, prédios, inclusive. Não são andares
nem lojas, são prédios que estão fechados. Há uma degradação, há uma desvalorização muito grande
e também há pouca circulação de pessoas.
Então, hoje, com algumas decisões, dos ministros do STF inclusive, o comerciante não pode
mais chamar a atenção de um meliante ou de um drogado que está na porta da loja dele, inclusive
impedindo-o de entrar, de abrir a sua própria loja ou seu próprio comércio. Acredito que isso dificultou
muito a atuação da Polícia Civil e da Polícia Militar. Ouvi atentamente as palavras do representante
aqui. Precisamos ficar atentos para essas questões também.
O GDF está fazendo um esforço para salvar o Setor Comercial Sul. Vejo essas obras lá. Quero
parabenizar o representante da Novacap. Tenho muita saudade da Novacap. Já faleceram pessoas que,
à época, eram históricas de Brasília. A Novacap ainda faz um excelente trabalho, até hoje. Revitalizar
não é suficiente. É necessário que haja atividades que possam neutralizar a presença desses marginais.
Então, quando pensamos em atividades 24 horas, como a rua 24 horas que o senhor falou, e em
faculdades – quando há um movimento muito grande de pessoas –, é possível intimidar o meliante, o
marginal e o drogado que estão ali, em função da movimentação. Então, o movimento é que salva o
setor. As atividades culturais e educacionais, deputada, é que vão salvar o Setor Comercial Sul. Não
apenas a revitalização.
Uma amiga que tem uma lotérica no Setor Comercial Sul já foi assaltada mais de 10 vezes. Eu
achei interessante o senhor dizer que uma pessoa liga para a outra dizendo: “Olha, eu vou sair. Você
está aí? Por favor, me cubra”. Isso não é o que o comerciante tem que fazer, não é o que o empresário
que gera recurso, renda e emprego tem que fazer. Ele tem que ter a proteção do Estado. Não é ele
que tem que pedir para o outro comerciante lhe dar cobertura. Eu sei que é algo que, neste momento,
está sendo feito por necessidade, mas o poder público precisa atuar nisso. Eu acredito que a
revitalização tem que estar junto com essa questão de trazer um novo olhar.
Eu considero que a cidade é toda setorizada. Nós temos Brasília, sim. Eu quero deixar uma
sugestão. Nós poderíamos ter uma ala da seguridade no Setor Comercial Sul. Nós somos mais de mil
corretores de seguros e, quem sabe, se tivéssemos ali um setor de seguridade onde pudéssemos ter
investimento para que o corretor de seguros pudesse abrir a sua corretora, a sua empresa e levar
funcionários, e haver uma ala que pudesse ser sinalizada como a ala de seguros, um setor de seguros,
assim como está sendo trazido o setor da tecnologia.
Deputada, o seu trabalho é brilhante. A senhora é uma deputada de segundo mandato, porque
nós reconhecemos que o seu primeiro mandato como deputada federal foi extremamente útil para a
cidade de Brasília, embora sendo atuante em todo o Brasil. Eu acredito que o seu mandato vai fazer
diferença nesse momento da revitalização do Setor Comercial Norte.
Para concluir, eu gostaria de dizer que a minha empresa está situada no Liberty Mall desde
1994, e estou aqui com o representante do shopping Liberty Mall, Alexandre Mendes. Quero saudá-lo e
dizer que ele faz um excelente trabalho no shopping. Mas, quando eu recebo algum cliente,
administrador, eu vou com ele ao estacionamento. Eu não deixo o meu cliente ir embora sozinho
quando ele sai do meu escritório, principalmente depois das 18 horas. Há 1 mês eu acompanhei uma
cliente até a porta do Liberty Mall, onde ela havia deixado o carro. Eu desci com ela até o
estacionamento, coloquei-a no meu carro, pois já eram quase 19 horas, e a deixei na porta do
estacionamento do Liberty. Alexandre, havia um meliante encostado no carro dela, e nós ficamos 10
minutos rodando e esperando que aquela pessoa fosse embora porque ficamos com medo de ser um
marginal e de ele nos abordar, ou de causar uma situação qualquer. No Setor Comercial Norte, há
problemas graves.
Deputada, eu tive a honra de fundar a prefeitura e ser prefeita do Setor Comercial Norte por 10
anos. Nesse período, nós desenvolvemos um projeto fantástico de revitalização do Setor Comercial
Norte, que foi aprovado pela Administração de Brasília, pelo Detran, pela Novacap e por vários órgãos.
Ele está no papel, está desenhado e pronto. Inclusive, deputada, ele tem 7 praças desenhadas, e
podemos retomar esse projeto. Eu, infelizmente, devido às minhas atividades profissionais, não pude
mais continuar como prefeita – aliás, isso é uma coisa que me dá uma certa tristeza porque o trabalho
como cidadã me fez muito bem. Mas o projeto está pronto, e eu gostaria de convocar o meu
representante Alexandre (Falha na gravação.) retomar as atividades do Setor Comercial Norte, pela
prefeitura do Setor Comercial Norte, e podermos voltar a atuar com a prefeitura e contribuir para esse
projeto que a senhora tem aqui na Câmara Legislativa de ajudar a revitalizar o centro de Brasília.
É fundamental que esse setor seja vivo, seja atuante, e quem sabe lá também nós possamos
ter praças a céu aberto, bem organizadas, estruturadas. O próprio comércio... Eu vim agora de um mês
de férias visitando a minha netinha fora do país, e, na Europa, toda hora você esbarra em um café,
esquina após esquina. Nós pensamos que o Setor Comercial Sul e o Setor Comercial Norte poderiam
ser assim, e termos uma Paris, uma Suíça em plena Brasília – seria maravilhoso isso. Fomenta o
comércio, fomenta a atividade empresarial, fomenta o emprego, fomenta a renda, fomenta a
arrecadação do governo.
Então, é importante para todos que esse setor seja, realmente, revitalizado e tenha não só a
revitalização, mas tenha vida, tenha comércio, tenha cultura, tenha lazer, e que o cidadão de Brasília
possa usufruir desse espaço.
Só para lembrar, o Setor Comercial Norte é vizinho do Setor Hoteleiro Norte. Eu recebo muitos
empresários de fora de Brasília, e eles não conseguem sair do Biarritz, do Le Quartier, para vir ao
Liberty Mall a pé depois das 5 horas da tarde. É perigoso. Não conseguem ir ao Brasília Shopping – e
há representantes aqui dos shoppings – a pé, porque é perigoso. O Uber não quer levar porque dá 3
minutos e custa 5 reais.
Portanto, é preciso que aquela área realmente tenha vida, seja revitalizada. E aí o seu papel,
deputada, é fundamental na construção dessa nova cidade, desse novo ambiente.
Então, parabéns! E que seus pares possam entender isso para construirmos uma cidade do
futuro, uma cidade a partir de agora. Conte comigo. Embora empresária, embora apenas no setor
produtivo, como empresária posso contribuir, e o meu coração está aberto a isso. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu que agradeço, Regina. E vejo que as
palavras da senhora são as minhas palavras, no sentido de podermos trazer vida. E Brasília, realmente,
precisa disso. Principalmente agora, com esse momento da implementação do Zona Verde, precisamos
trazer vida para que as pessoas caminhem e andem. E, dessa forma sim, traremos a segurança
pública, que será uma coisa natural.
Então, conte comigo, e que possamos estar juntos, pensando juntos – e eu quero depois
conhecer esse projeto para levarmos a todas as secretarias necessárias para sua implementação. Conte
conosco no que de nós depender.
Eu passo a palavra ao senhor superintendente de planejamento e gestão de riscos da CEB,
Wires Santos Amorim. Muito bem-vindo, senhor Wires.
WIRES SANTOS AMORIM – Boa tarde a todos. Boa tarde aos integrantes da mesa. Saúdo a
todos em nome do presidente Edison. Ele não pôde estar presente e me designou para representá-lo
aqui. Depois da grande caminhada até a aprovação do projeto de lei de iluminação pública, que é de
conhecimento de todos, ele tirou alguns dias para descansar para já retornar e continuarmos com todo
o empenho para que, no início do ano, estejamos com a empresa totalmente operacional para
cumprirmos com o que prometemos.
Ficamos felizes em ver que estamos mobilizados no mesmo sentido. São várias frentes, vários
órgãos trabalhando em prol da população do Distrito Federal. Vemos que a CEB Iluminação Pública tem
papel fundamental em tudo isso. Foi dito aqui, não só uma vez, sobre o funcionamento de alguns
comércios ou órgãos durante 24 horas. À noite, é preciso iluminação, e a iluminação, querendo ou não,
traz embelezamento, contribui para a sensação de segurança da população, permite o uso de praças e
logradouros públicos por tempo mais prolongado.
Nós conhecemos e entendemos a nossa responsabilidade frente a tudo isso. Estaremos
empenhados em atender a todas as demandas. O nosso desafio é que Brasília possa ser uma capital
100% eficientizada (sic) em 3 anos. Essa é a nossa meta. Trinta por cento do nosso parque já está
hoje modernizado. Ainda falta muita coisa, algo em torno de 250 mil luminárias para atacarmos em 3
anos. Estamos empenhados nisso.
O Setor Comercial Sul já tem uma infraestrutura muito boa de iluminação. O Setor Comercial
Norte, não tanto. Há a parte dos setores hoteleiros. Somos demandados pelo Setor Hoteleiro Norte,
como já foi dito aqui, sobre a questão da segurança. Já está no nosso radar essa situação.
Então, o nosso planejamento está sendo concluído no final deste ano, para começarmos a
operação com tudo organizado já no início de 2024.
Com certeza, as discussões, as conversas com os líderes comunitários, com a sociedade e com
o poder concedente só estão começando. Temos que envolver todas as partes na nossa estratégia,
porque é um planejamento de curto prazo – se olharmos que são 3 anos –, mas há as necessidades da
área central, há as necessidades da área periférica, há as necessidades de segurança pública, vários
pontos que são considerados por nós, da empresa, e que serão atacados, a cada momento, dentro da
prioridade do governo, da empresa e dos demais órgãos da população e do Governo do Distrito
Federal.
Finalizando a minha fala, nós entendemos que a iluminação é importante, sim, para essa
sensação de segurança, para a qualidade de vida da população. Queremos contribuir para iluminar
Brasília, para iluminar essa nova condição de vida noturna, se assim se disponibilizarem os novos
espaços públicos, para que eles sejam usufruídos com toda a segurança que pudermos proporcionar.
Obrigado a todos. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.
Na realidade, vocês são essenciais, porque, para nós colocarmos vida, como foi falado aqui, a
iluminação pública traz segurança, traz a sensação de segurança. É importante.
Eu quero registrar, aqui, minha gratidão ao presidente Edison. Quero dizer que nós estamos
juntos para, realmente, fazermos uma força-tarefa a fim de trazermos essas lâmpadas de LED para os
setores comercial e de diversões norte. Essa interação... Como foi dito aqui, há o setor hoteleiro, e
esse setor hoteleiro faz uma ligação direta aos shoppings. Isso movimenta a economia do Distrito
Federal; então, é essencial. Fica aqui a responsabilidade dessa frente que está sendo instalada hoje
para atuarmos nesse sentido.
Muito grata. Seja muito bem-vindo.
Passamos a palavra, agora, ao presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas do Distrito
Federal, Wagner Gonçalves Silveira Júnior. (Pausa.)
Na sua ausência, passo a palavra a seu representante Henrique Samuel Ponte Alencar.
O senhor quer falar daí ou quer falar da tribuna? Pode falar.
Pode falar, fique à vontade.
HENRIQUE SAMUEL PONTE ALENCAR – Meu nome é Henrique Alencar, estou representando o
presidente, Wagner, da Câmara dos Dirigentes Lojistas e eu também sou do grupo de trabalho da W3
Sul.
Gostei muito da explanação do major Almeida, mas, como sugestão, eu gostaria que houvesse
um grupo que fosse às empresas e fornecesse seus telefones e WhatsApp porque eu estou desde 1960
e não tenho esse telefone, não tenho esse contato. Eu achei muito interessante a sua fala, eu gostaria
que isso fosse mais divulgado. Depois eu gostaria de pegar com o senhor esse contato.
Ao representante da Novacap, quanto aos quiosques, tem que tomar cuidado, tem que tomar
muito zelo com o tamanho dos quiosques. Nós não somos contra os quiosques de costureira, de
barzinhos, porque eles atendem muito bem a população, mas não podemos deixar que esse quiosque
faça um puxadinho e fique maior do que uma loja comercial, que tem o IPTU, que tem toda a carga
tributária. Um quiosque da W3 Sul conseguiu fechar restaurantes porque vendia mais marmita do outro
lado da W2, fazendo a extensão, fazendo os puxadinhos, do que uma loja comercial.
Parabenizo a deputada por esta iniciativa, a Câmara dos Dirigentes está presente em todos
esses eventos, e, qualquer coisa, estamos à disposição.
A nossa sugestão para a W3 é que fosse colocada uma agência pública porque, com uma
agência pública como a Caesb, a CEB, o Detran, você vai atrair a população para aquela quadra e
voltar a preencher as lojas que estão vazias. Se houver uma Caesb, uma CEB, um departamento do
governo, você vai atrair muito comércio, muita renda, porque quem emprega no Distrito Federal é o
comércio. Haverá renda, e essas coisas.
A minha fala é só isso.
Agradeço a oportunidade, e nós da Câmara de Dirigentes Lojistas estamos à disposição.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata pelas suas palavras, senhor
Henrique. Há representantes dos quiosques inscritos aqui para falar, e eu acho importante essa
conversa para que possamos realmente trazer dignidade para ambos os lados. Nós entendemos o lado
do comerciante, mas também entendemos o lado dos quiosques, que têm também vida e que têm
comércio. Conte conosco para que possamos fazer com que exista convergência e dignidade a todos.
Tenha certeza disso. (Pausa.)
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Não, eu entendi.
HENRIQUE SAMULE PONTE ALENCAR – Só regularizar.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Com certeza.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Pode falar, a dinâmica é essa.
CARLOS ALBERTO SPIES – Bom, aproveitando, já que falamos dos quiosques, nós já tivemos
uma reunião com os representantes dos que têm quiosques no Buriti, apresentamos o projeto,
mostramos o projeto para todos eles, e todos concordaram com o tamanho. Tamanho único, é o
mesmo para todo mundo, não há nenhum maior nem menor, e o espaço é igual para todo mundo, não
há diferença para ninguém. São 20 ou 23, uma coisa assim, quiosques organizados no Buriti. Houve
uma reunião com eles, e, realmente, o espaço vai ser respeitado para que não haja um tendo a chance
de fazer um puxadinho. Não haverá essa oportunidade porque é um quiosque todo modelado para não
haver esse espaço de fazer um puxadinho.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.
Eu passo a palavra ao senhor superintendente do Shopping Pátio Brasil, Augusto Brandão. Seja
bem-vindo.
AUGUSTO BRANDÃO – Boa noite a todos. Parabéns à deputada Paula Belmonte pela iniciativa
tão importante, na pessoa de quem cumprimento a mesa e todos os presentes.
O Pátio Brasil está no coração da cidade, bem na área da revitalização da W3 e do Setor
Comercial Sul. Nós sempre dizemos que não queremos ser um centro comercial apenas e, sim, um
centro comunitário. Nós estamos diretamente envolvidos com todo aquele meio ambiente, desde o
Parque da Cidade até o Setor Comercial Sul, passando pela W3, de ambos os lados.
Temos enfrentado bastante dificuldade com aquele ambiente no nosso entorno. O Setor
Comercial Sul, com toda a degradação que está enfrentando, nos traz problemas econômicos,
obviamente, e também sociais. O shopping acaba reverberando todos os problemas sociais que
envolvem a região.
O Setor Hoteleiro Sul precisa de uma intervenção muito séria. Hoje, às 6 e meia da tarde você
já não consegue sair do shopping para ir para um hotel – é uma certa aventura, principalmente no
Posto da Torre. Aquela região está muito degradada.
Estamos à disposição da comunidade para o que pudermos participar juntos. Acho que
precisamos ser mais contundentes na administração dos interesses e das posturas de todo mundo. O
governo tem que fazer a parte dele, os empresários têm que fazer sua parte. A Novacap, por exemplo,
está recapeando a W3. Você olha para as calçadas, e quase todos os comércios não têm padronização
de fachada. Está tudo pichado, sujo. E, realmente, às vezes, há empresas grandes que não seguem
uma padronização.
Nós temos várias experiências que mostram que isso tem que ser feito. Então, temos que
exigir, sim, uma postura mais efetiva dos órgãos públicos, mas nós empresários também temos que
fazer a nossa parte – e os órgãos públicos têm que exigir isso. A falta de padronização na W3 é um
cenário de bagunça. Não vai adiantar aumentar pista e colocar calçada central ali se os prédios
continuarem sem regramento.
Nós entendemos que é extremamente complicado o trabalho da polícia, e eu gostaria de
agradecer toda a parceria que vocês têm conosco. Nós, realmente, temos sempre um apoio muito
grande. Mas, infelizmente, nós vemos que vocês, muitas vezes, estão de mãos atadas. Nós temos um
problema social muito grande.
Para concluir, vou dar um exemplo. Nós temos um problema de pedintes dentro do shopping, o
que é normal em shopping de centro de cidade. E há um menino com cerca de 10 anos de idade que é
um geniozinho. Dá um trabalho, é problemático, chega a ser violento, mas ele é um gênio. O menino é
de uma inteligência diferente. Eu pensei: “Sabe de uma coisa? Em vez de ficar brigando com esse
menino toda hora, colocando-o para fora do shopping toda hora, eu vou contratar esse menino como
menor aprendiz. Vou tentar trazê-lo para dentro do shopping, porque esse menino é um talento”.
Conversei com o pessoal do Conselho Tutelar. Acho que ele tem 12 anos. O pessoal do conselho disse:
“Augusto, não faça isso. A família dessa criança é extremamente complicada, é um pessoal ali da
rodoviária, eles têm uma estrutura criminosa que até se aproveita dos filhos. Então, se você o trouxer
para o seu ambiente, você vai trazer junto uma verdadeira quadrilha”. Então, infelizmente, nós
continuamos na briga com ele. Ele, às vezes, apedreja o shopping, já tentou esfaquear segurança. E
tem 12 anos de idade! Então, é sempre um desafio grande.
Mais uma vez, colocamo-nos à disposição do governo para o que pudermos ajudar. Queremos,
realmente, ser um centro comunitário do centro de Brasília. No que depender do Pátio Brasil, estamos
à disposição de vocês.
Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Foi um depoimento forte,
importante, e – vamos dizer assim, para mim, que sou uma grande defensora das crianças e dos
adolescentes – é forte escutar isso, mas, infelizmente, é uma realidade, e nós precisamos ter muito
como parceira a educação.
Eu, como mãe, vejo a importância de não termos medo. Não é caretice estarmos falando de
ser pai e de ser mãe com responsabilidade. Não é trazer a sexualidade para as nossas crianças, mas, a
partir do momento em que temos a possibilidade de trazer um ser para o mundo, temos que entender
que temos responsabilidade e não precisamos ter vergonha de falar disso.
Hoje em Brasília, no Distrito Federal, nós temos inúmeras meninas de 14 anos de idade sendo
mães; meninas tendo outras crianças. Realmente, é um assunto sobre o qual nós não podemos, como
sociedade, deixar de falar e de nos responsabilizar. Criança tem que estar na escola. Criança tem que
ser criança, e o poder público tem que dar conta de dar essa sustentação.
É por isso que estamos aqui. Conte conosco.
Muito grata. (Palmas.)
AUGUSTO BRANDÃO – Obrigado, deputada. Mais uma vez, parabéns pela iniciativa. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu passo a palavra para a Danielle Sanchez, do
Movimento Nacional de Meninos e de Meninas de Rua, inclusive acho muito pertinente a sua vinda. A
presença da senhora aqui é muito importante, inclusive depois dessa fala. Muito grata pela presença.
DANIELLE SANCHEZ – Boa tarde a todas, todos e todes. Eu sou a Dani Sanchez, sou cria do
Movimento Nacional de Meninos e de Meninas de Rua, ex-moradora de rua, fui trabalhadora da
rodoviária por muito tempo, vendendo flores e balas.
Preciso me apresentar para falar em especial sobre a população de rua, que muito foi apontada
aqui e de maneira muito pejorativa. Nós não somos moradores de rua. Ninguém mora na rua porque
quer. Nós somos pessoas em situação de rua, por falta de política pública e por diversas
vulnerabilidades que o Estado nos proporciona.
Hoje sou assistente social, formada, com pós-graduação em políticas públicas de infância,
juventude e diversidade pela Universidade de Brasília, e foi uma assistente social que mudou a minha
vida, lá na rodoviária do Plano Piloto. Todo mundo dizia: “Vamos para Cuba”, e me mandaram para
Cuba. Estudei em Cuba, eu me formei em comunicação social lá, voltei para o Brasil, e fiz outra
faculdade aqui. Então, quero dizer que a oportunidade faz toda a diferença na vida, quiçá, se ele
contratasse esse adolescente – com 12 anos de idade, ainda não pode, pela legislação –, talvez
transformasse a realidade da família dele, como foi transformada a realidade da minha.
Eu estou aqui hoje para contar um pouco dessa minha história e para falar que a população de
rua – estamos falando da área central do Distrito Federal – não está centralizada só no Plano Piloto,
não, está em Taguatinga, Ceilândia. Sou cria da Ceilândia Norte e, na Quadra 3 de Ceilândia Norte,
existe gente saindo do bueiro. Infelizmente, lá não há uma ação efetiva do Estado como vemos no
Plano Piloto.
Outra coisa é que o Buraco do Rato nunca foi novidade para ninguém, inclusive era o ponto de
tráfico mais famoso do Distrito Federal, onde pessoas empobrecidas e captadas pelo tráfico vendiam
drogas para a classe média alta.
Em 2009, tivemos uma situação muito grave no Distrito Federal, uma ação da Polícia Civil que
investigou Mercedes-Benz parando para pegar pessoas que violentavam sexualmente meninas de 9 e
10 anos, que entravam na BMW e cujas roupas pareciam pano de chão. Mas, ainda assim, a sociedade
criminalizou a adolescente de 11 anos porque: “Ela está ali porque quer!” Essa fala do “porque quer”
tem nos colocado em situações de diversas vulnerabilidades.
Quando falamos da rodoviária... quando eu falo da rodoviária, digo que ela foi um espaço de
sobrevivência para mim, assim como o é para diversos ambulantes que ali estão e para
permissionários, que vão perder espaço com a privatização. Isso é certo, porque o preço não vai ficar o
mesmo. O ônibus, para encostar na rodoviária, vai ter que pagar, e a passagem vai ficar mais cara
para nós, trabalhadoras e trabalhadores que pegamos ônibus todos os dias.
Hoje, eu moro em Planaltina. O percurso dura 1 hora e 20 minutos. Brasília toda está cheia de
obra. Eu morava na Ceilândia, e demorava 40 minutos. Hoje as pessoas da Ceilândia estão demorando
2 horas para chegar ao Plano Piloto. Não é fazer obra, não é fazer viaduto, não é fazer pistas! É
conseguir garantir transporte público de qualidade para diminuir esse tempo. Falaram aqui que
queriam que virasse a Suíça, que virasse a Europa, que tem um dos melhores modelos de trânsito do
mundo. Lá o número de carros é baixíssimo, e o transporte público é de qualidade. Quiçá tivéssemos
uma Europa como essa!
Finalizando: temos distúrbios sociais aqui, no Distrito Federal. Temos o maior PIB no Lago Sul,
e o menor PIB do mundo no Pôr do Sol e no Sol Nascente. E vocês querem me falar que aqui pode
virar a Europa? Que aqui não precisamos pensar sobre os problemas sociais que estão aí colocados?
Hoje, quem fala que o Caps é uma porcaria é porque não conhece o SUS e não conhece o
trabalho necessário do sistema. Infelizmente, não temos neuropsicólogo para atender de forma efetiva;
não temos psiquiatra para atender de forma efetiva. Há uma precarização do SUS, assim como
acontece a precarização da rodoviária, do Setor Comercial Sul.
Hoje o grande polo de cultura que temos para quem é periférico e usa o metrô – que,
infelizmente, no domingo, só funciona até as 7 horas da noite – é a Galeria dos Estados, que,
privatizada, vai tirar o espaço da cultura. Quando falamos de degradação e de depredação, temos que
entender que, quando não nos sentimos pertencentes a um espaço, vamos deteriorar mesmo! Por que
as escolas em que há os melhores alunos são as escolas que têm uma pintura bonita, que são
desenhadas, que têm o grafite, que têm a cultura como sendo um grande instrumento de movimento?
A ausência das políticas públicas acaba favorecendo um processo extremamente higienista e
elitista, porque o que estão fazendo hoje, com a privatização da rodoviária, colocando câmera facial
que vai identificar o camelô que for pego uma vez... Quem vai tomar bala de borracha, como acontece
todos os dias na rodoviária, são as pessoas que vão ser proibidas de circular também. Estão
criando boulevards debaixo da Galeria dos Estados. Com a privatização dos estacionamentos, quem é
que chega, se não há transporte público, se não há carro, porque eu vou ter que pagar R$ 3,00 por
hora? Se a moto que o entregador usa for pagar estacionamento, o iFood vai ficar mais caro também!
O iFood vai ficar mais caro também porque o entregador vai ter que pagar para ficar estacionado em
área pública, aqui, no Distrito Federal.
Então, são várias questões em que precisamos pensar efetivamente.
O centro é para quem?
Se há um metrô que funciona no final de semana, que era o momento em que os
trabalhadores teriam condições de sair das suas casas e fazer coisas, vir ao Parque da Cidade, à Piscina
com Ondas, em cuja revitalização se vai gastar mais de 80 milhões de reais, enquanto poderíamos
construir várias piscinas com ondas em diversos locais do Distrito Federal, já que não querem que
ocupemos o centro. Se não ocupamos o centro aqui, podemos fazer o centro acontecer nas cidades
periféricas do Distrito Federal, como Planaltina, Ceilândia, Sobradinho, Recanto das Emas e Santa
Maria.
Falando da saída norte, não temos nenhuma via expressa de ônibus. Leva-se 1 hora e 40
minutos de Planaltina até a Câmara Legislativa; para ser mais exata, 1 hora e 55 minutos. Eu pego
todos os dias o ônibus da linha SIG/Sudoeste/Cruzeiro.
Para falarmos de privatização, temos que falar primeiro de ação efetiva. Qual a ação efetiva? O
GDF gastou 5 milhões de reais para revitalizar a Galeria dos Estados, gastou mais 2 milhões de reais
para construir aquela praça pública que existe lá na frente, para agora entregar de bandeja ao
investimento que é de 20 anos. Só vamos ter garantido o investimento nos 4 primeiros anos. Pelo
menos é isso que está escrito no projeto. O investimento inicial é nos primeiros 4 anos. A rodoviária,
idem. Então, vamos ganhar o que com a privatização da rodoviária e do centro de Brasília? (Palmas.). É
o centro para quem? É isso que precisamos discutir.
Muito obrigada. Desculpa o meu desabafo.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Danielle, muito grata pela sua presença,
porque, na sua fala, você traz vários assuntos importantes. Eu quero registrar o nosso posicionamento.
O posicionamento deste parlamento não é eles contra elas, nem elas contra eles; mas nós estarmos
juntos no mesmo barco, que é o barco do desenvolvimento social e econômico do Distrito Federal.
Tenha certeza de que aqui a nossa intenção com essa frente parlamentar é trazer a
revitalização, trazer a requalificação. Que possamos realmente fazer com que toda a população do
Distrito Federal se sinta pertencente. É muito importante isso. Na sua fala, quando você traz a questão
das meninas e dos meninos, o seu depoimento pessoal traz emoção, sim. Eu acho isso muito
importante, porque é uma sobrevivente de um mundo muito hostil – vamos dizer assim. Precisamos
fazer com que esses abismos sociais, econômicos, cada vez mais, sejam reduzidos.
Como você disse, aqui no Distrito Federal, temos a maior renda per capita, mas também,
infelizmente, temos a maior diferença social brasileira. É por esse motivo que nós estamos aqui
pleiteando que as nossas crianças estejam em escolas, em escolas integrais, em creches, que tenham
acesso à cultura e ao esporte. Com certeza, o parlamento permite que possamos fiscalizar o poder
público. Eu mesma não sou uma deputada da base do governo, mas estou aqui com vários secretários
do governo para que possamos estar juntos, trazendo a oportunização paras nossas crianças e
adolescentes.
Essa questão de estarmos com criança na rua não é permitida. Não é permitida não porque eu
não queira, mas é porque nós brasileiros e brasilienses precisamos olhar a nossa criança e o nosso
adolescente – esse é o mês da primeira infância – com muita responsabilidade. Tenha certeza de que
você tem o nosso compromisso aqui.
Sobre a questão da PPP que está sendo proposta na rodoviária e também na Galeria dos
Estados, como presidente da Comissão de Fiscalização, já tivemos várias audiências públicas em
relação a isso, várias conversas com todas as pessoas. Pode ter certeza de que nós estaremos muito
atentos a tudo. Como foi dito, temos o espaço que é o coração de Brasília. Aqui é onde as pessoas
podem viver.
Nós vimos no vídeo que as pessoas conseguem almoçar por 13 reais. É algo que realmente
acontece. Sabemos que a população, muitas vezes, está lá extremamente vulnerável, não consegue
nem pagar um ônibus. Que possamos trazer a Zona Verde, que, infelizmente, não estamos
conseguindo. Estamos aqui com o PDL para acabar com um decreto que foi colocado, para que possa
ser discutida no Distrito Federal a questão da Zona Verde.
Sabemos que a Zona Verde é importante, todas as grandes metrópoles têm, para que
possamos fazer espaços de convivência, espaços de lazer, pois, com certeza, a cultura salva, mas
precisamos fazer essa discussão com a população.
A sua fala é importantíssima para que olhemos este parlamento como uma unidade de
convergência à dignidade humana. Quando falamos dos moradores em situação de vulnerabilidade,
tenho certeza de que não é opção de ninguém, mas precisamos fazer com que essas pessoas não
estejam nas ruas. Não porque queremos excluí-las, mas porque queremos dar dignidade a elas.
Esse é o nosso posicionamento. Tenha a certeza de que estaremos juntas para que possamos
fazer com que o Setor Comercial, a rodoviária, sejam lugares, sim, pertencentes a toda a população de
Brasília.
Muito grata pela presença.
Como a senhora falou aqui da nossa Galeria dos Estados – que eu tenho uma recordação muito
grande –, quero passar a palavra ao senhor Laércio Júnior, presidente da Galeria dos Estados, para que
ele possa falar também.
LAÉRCIO JÚNIOR – Boa tarde a todos. Deputada Paula Belmonte, parabenizo-a mais uma vez
por este momento. Acho que o grande papel de um deputado é este: trazer à casa do povo vários
pensamentos, várias experiências que só trazem o ganho para um resultado final de caminharmos para
a frente.
Houve aqui depoimentos de pessoas que disseram que a vida deu a elas uma situação melhor;
outras disseram que a vida é muito dura e não há apoio para que melhore, mas todo mundo quer o
bem para todo mundo. Se todo mundo caminhar para que as coisas sejam boas para todos os lados,
todo mundo é feliz; mas quando só um lado é beneficiado e o outro não, até quem tem o benefício
está sendo prejudicado.
Há tanta gente que vem para cá, para o hotel, para o shopping, e elas estão com medo, não se
sentem à vontade para terem uma vida boa na capital. Isso é de suma importância.
Vou falar, primeiramente, sobre a galeria, bem rápido, porque sou presidente dela, já estou no
terceiro mandato. A luta ali é muito grande! O Valdemar, nosso administrador do Plano Piloto, está nos
dando apoio total. A Novacap fez um trabalho belíssimo. A galeria nunca esteve como está hoje na
parte de estrutura. Temos banheiro, temos tudo reformado.
Nós criamos, através da orientação da administração, a associação. Hoje, infelizmente – é o
que vários colocaram aqui –, a revitalização é o primeiro passo, mas se a área não for ocupada, não for
cuidada, perde-se tudo. Estamos em uma luta terrível na galeria, onde temos 82 lojas, o espaço está
todo reformado.
A praça da galeria, no centro, está sendo a única oportunidade para a cultura. Eu queria deixar
essa mensagem para o secretário de cultura Cláudio Abrantes. Apesar de todos os problemas – porque
há a área hospitalar –, estamos estudando e nos adequando para que haja mais atividades e as coisas
andem bem. Está havendo a feira aos domingos, com som tranquilo, ambiente bom, um chorinho e tal.
Ela traz gente, traz família. É um ambiente agradável, é um ambiente que dá vida.
A PPP, como foi bem falado aqui, nós já discutimos. Nós temos que conversar com o governo
para ele entender o nosso lado. Um projeto não pode ser feito num gabinete sem escutar a outra
parte.
A PPP referente à galeria não tem nenhum motivo para acontecer. A reforma foi feita. Está
toda estruturada. A parte de manutenção, de segurança, de limpeza e de cuidado, a associação está
fazendo. O Valdemar... Que vocês possam... vão lá tomar um café e vocês vão ver a galeria como está.
Fazemos uma parceria público-privada sem ter nada documentado. Ali é a participação nossa;
estamos lá há 30 anos, porque gostamos daquele espaço. Então, cada lojista... Apenas 35 estão
abertos hoje. Nós temos 82 lojas abertas, mas só 35 estão segurando o barco. Se abandonarmos – viu,
Carlos Alberto? –, se a associação abandonar aquilo ali, em 6 meses acabou. Acabou. Apesar de
estarmos cuidando, estarmos em cima, com segurança. E a segurança não pode ser armada. Tem que
ser conversa. É pichação. Temos lá, através da parte cultural, parceria com eles. Eles ajudam. Fizeram
um grafite lá lindíssimo subindo a escada. É a coisa mais linda. Aquilo ali não temos dinheiro para
fazer. É através de parceria.
Eu gostaria muito que a equipe do governo fosse à galeria para sentarmos. Por exemplo, se ele
está querendo passar o espaço, passe para nós. A associação vai cuidar muito, muito bem. (Palmas.)
Não precisa passar para uma concessionária, como foi bem colocado aqui, pois a concessionária só vai
infelizmente colocar a faca no nosso pescoço, tanto dos lojistas como dos usuários.
Eu fazia lá um trabalho comparativo de preço. Não dá. Hoje, ali, por um pão com café, um pão
de queijo, um suco, você paga 4 reais, 5 reais. Quando privatizar... Você pode pegar os locais que são
privatizados, o custo é mais alto, tudo vai para 15, 20. O usuário ali tem uma renda de 1 a 3 salários. É
a situação da rodoviária.
Então, quando você vai passar uma gestão pública para a privada, você tem que analisar o
todo. Você não vai mudar o público. Esse público não vai sair dali. É diferente de uma concessão no
aeroporto, onde o público tem condições de pagar 50 reais por um café com pão de queijo.
Essas coisas têm que ser mais bem discutidas. Essas coisas têm que ter um atento. Eu espero
que todos os deputados entendam. O próprio governo já entendeu. A nossa luta é grande para explicar
que a galeria não estava no projeto. Se você olhar bem no projeto, você verá que aparece depois a
inclusão da Galeria dos Estados com outra forma de escrita.
Então, eu espero que todos os deputados tenham essa compreensão e olhem com muito, mas
com muito carinho para a rodoviária também. A rodoviária está precisando de uma gestão, de um
cuidado. O governo tem como fazer isso, e é sobre isso que eu vou falar agora.
Sobre a revitalização e a requalificação da área central de Brasília, vários problemas aqui nós
escutamos, envolvem várias secretarias de governo. O que eu proponho sempre, quando há uma
audiência como esta, é que seja montada uma comissão de todas as áreas em que o governo atue e
que se faça um planejamento de atuação em toda a área que está sendo colocada. Não podemos
pensar só no Setor Comercial e esquecer a galeria. Não podemos pensar só na W3 e esquecer o Setor
Comercial, o Setor Hoteleiro, por quê? É uma região que, se você cuidar de um, resolveu aqui, mas vai
para ali. Então, você não vai resolver o problema.
Eu acho, Paula, que é a hora, já que o governo, o governador está fazendo um trabalho incrível
de reestruturação. Brasília está toda sendo modificada. Há quanto tempo nós não tínhamos isso em
Brasília? As reformas estão sendo feitas em tudo, mas nós precisamos ter junto com isso uma gestão
melhor.
Essa área social está terrível. Dá dó. Nós vemos aquela situação, estão prejudicando o
comércio, tudo. Isso é desumano. Num frio desse, a pessoa deitada lá, jogada. Caramba, é criança.
Vejam vocês, crianças vieram aqui. Olhem que maravilha! Estão estudando, vieram conhecer a
Câmara. Olhem que beleza! Olhem o futuro melhor que podem ter pela frente. Mas qual o futuro da
pessoa que está na rua, largada? Daqui a 10 anos estará nos assaltando, estará matando alguém.
Então, acho o seguinte: vamos, sim, falar de revitalização e requalificação. Eu acho, Paula, que
este foi o primeiro passo importantíssimo: você abrir a casa para conversarmos sobre isso. Agora nós
temos que agir. Nós não podemos fazer só esse movimento e parar e daqui a 10 anos estar
conversando a mesma coisa aqui: “Pô, o problema tal...”.
Então, vamos de alguma forma – você sabe melhor do que eu – montar uma equipe, marcar
uma reunião, chamar todos, Secretaria de Segurança, Secretaria de Trabalho, Secretaria Social, todos,
e vamos sentar, vamos discutir o problema e como resolvê-lo. Eu sei que há muita lei, porque, se fosse
fácil, as coisas já tinham sido resolvidas. Mas, se nós não botarmos a mão na massa, não vamos sair
daqui. Nós vamos ficar nessa teoria, teoria. Todo mundo sabe o problema, mas nós não resolvemos.
Está bom?
Muito obrigado. Espero que logo estejamos nos encontrando para começarmos a agir.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Com certeza. Muito grata, Laércio.
Importantíssima a sua fala sobre a revitalização, reconhecendo o trabalho do governo, mas também a
responsabilidade de nós continuarmos a lutar para a sobrevivência tanto da rodoviária, dos
permissionários, como também da galeria.
O administrador estava aqui me falando que ele está numa força-tarefa para que se possa
fazer a licitação daquelas lojas, que – me parece – são 70. Então, já temos uma boa notícia. Pode falar.
VALDEMAR ARAÚJO DE MEDEIROS – Laércio, nós estamos nesse trabalho junto com a
Secretaria das Cidades, não só da galeria, mas também dos quiosques aqui em Brasília, para nós
normalizarmos essa situação, porque nós sabemos que é realmente complicado e nós precisamos
realmente ocupar o espaço.
Quando nós ocupamos o espaço, de repente nós não vamos ter os problemas que nós estamos
tendo hoje. Então, na verdade, há uma preocupação do governo com relação a isso, e nós estamos
trabalhando justamente para fazer esse trabalho de licitação dos espaços vazios para ocuparmos
aqueles espaços. Pode ficar tranquilo que esse trabalho está sendo feito.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Já é uma ação concreta. Coisa boa.
Passo a palavra agora para a presidente dos permissionários da rodoviária, a senhora Cida.
Seja muito bem-vinda.
DOMINGAS APARECIDA DE FÁTIMA RIBEIRO – Boa tarde, deputada. É, mais uma vez, uma
honra estar aqui, convidada por você, sempre um carinho, sem palavras para você. Quero
cumprimentar toda a Mesa também e os colegas que estão aqui, os permissionários e todo mundo que
está aqui defendendo o seu setor.
Parabenizo-a, deputada, por essa frente parlamentar, que é de suma importância tanto para a
W3 quanto para toda a área central, porque a W3 era um comércio vivo e aos poucos foram matando a
W3; e a última foi a questão das pensões que havia lá e todas foram proibidas de funcionar.
Há também a questão do Setor Comercial Sul. Concordo com o presidente, realmente está
muito degradado. Estive lá um dia desses e o setor está com uma aparência feia, embora esteja em
reforma. Há muitas pessoas dormindo ali e, como disse a nossa Dani Sanchez, não estão lá porque
querem, estão lá porque não têm para onde ir. Eu venho de uma família muito pobre de Minas Gerais,
eu sei o que é estar nessa situação, nunca fui menina de rua, mas já passei por situações extremas na
minha vida.
Cuidar do patrimônio cultural é de extrema necessidade. A área central é o coração de Brasília,
nossa capital. Também não podemos nos esquecer da... – fugiu a palavra, estou nervosa, gente, –
história que está agregada a esse patrimônio. Eu estou na rodoviária há 25 anos. Graças a Deus, eu
consegui dar dignidade aos meus filhos. Sou mãe solteira, tenho 3 filhos. Formei todos os meus filhos,
com exceção da minha pequena, que hoje faz 15 anos, deputada. Minha nega, hoje, faz 15 anos.
Graças a Deus, só gratidão.
Hoje, a rodoviária passa por um projeto de concessão. Diga-se de passagem, não entendemos
o porquê disso. Nós não fomos ouvidos. O povo não foi ouvido nesse processo. Esse projeto de
concessão foi feito sem o mapeamento de área real, foi feito com muita tecnicidade, mas não pode ser
dessa maneira. Já tentamos inúmeras vezes conversar com o Executivo, mas sem êxito.
A cada dia, vemos que esse processo de PPP anda mais. A rodoviária precisa de revitalização?
Com certeza. Ela precisa ser revitalizada, precisa ser cuidada. Isso é fato, mas nós não podemos
também nos esquecer do lado social da rodoviária.
Faço minhas todas as palavras da Dani Sanchez. Ela falou exatamente tudo o que eu queria
falar, mas eu não tenho o conhecimento que ela tem, a sabedoria de palavras que ela tem, mas faço
minhas as palavras dela. Então, deputada, queremos participar dessa ação juntos, se for possível.
Quero aproveitar e agradecer ao secretário de segurança pública e também ao nosso querido
Cristiano Mangueira pela ação dentro da rodoviária. Como melhorou, secretário, a segurança dentro da
rodoviária! Nós temos policiamento hoje, o tráfico diminuiu consideravelmente. Quero agradecer
também ao secretário Flávio, que tem feito reformas nos banheiros; o presidente da Novacap diz que
tem esse trabalho lá com os banheiros, mas quase todos estão reformados, o Josué tem trabalhado
com isso.
Hoje, não estamos tendo depredação dos elevadores, porque há vigilantes até meia-noite.
Sobre as escadas rolantes, quando uma estraga, consertam; estraga outra, consertam; mas eu queria
dar uma sugestão em relação às borrachas das escadas: Por que não ter sempre uma de reserva? Por
que esperar um ano? Se sabem que é tão burocrático, deveriam ter outra. É questão de gestão. As
peças podem ser mantidas, para não termos que esperar um ano para ver consertada uma escada
rolante ou um elevador.
A rodoviária é a nossa casa. É a minha casa há 25 anos. Há permissionários que estão lá há 45
anos. Hoje, estão todos muito desesperados porque aonde vão escutam que vai haver a PPP, mas não
nos ouvem.
Houve uma audiência pública para tratar da PPP, e foram 16 pessoas. Isso não é audiência
pública. É preciso conversar com o povo que usa a rodoviária. São 800 mil pessoas por dia. Nós somos
150 permissionários e vivemos lá dentro. Nós pagamos os nossos impostos. Temos funcionários que
estão conosco há 10 anos. Vem a PPP, e estamos fora. Se ficarmos lá dentro por 2 anos, deputada, vai
ser muito. O que vamos fazer das nossas vidas? Não conseguimos mais dormir direito.
Está faltando incentivo do governo aos microempreendedores. É preciso haver mais incentivo.
Na W3 não há ninguém mais.
Quero falar também sobre os quiosques. Todos aqueles em frente aos shoppings são
regularizados. Todos lutam. Aqueles que não são regularizados estão lutando pela regularização. Se
não estão regularizados, é porque o governo ainda não deu a regularização. São todos
microempresários.
Hoje, deputada, há, em média, 25 mil quiosqueiros dentro do Distrito Federal. Todos têm
empresas e funcionários registrados. Todos. Geramos, em média, 100 mil empregos. O Distrito Federal
tem grande quantidade de pessoas desempregadas. Por que existem tantos camelôs? Porque não há
emprego! Eu já fui camelô. Eu não quero ser camelô. Eu quero ser uma microempreendedora. Só que
nem todo mundo tem condição para isso.
Oportunidade, como disse a Dani Sanchez, faz grande diferença na vida de muitas pessoas. Eu
gosto de oportunidades. Por meio da oportunidade, eu consigo alavancar a minha vida e a vida das
pessoas que estão à minha volta.
Deputada, parabéns pela iniciativa. Parabéns a todos os deputados que estão nessa frente
parlamentar. Não esqueçam a parte social. Não esqueçam que é preciso cuidar do patrimônio cultural,
sim. Ele tem que ser protegido. A rodoviária e toda a área central são tombadas.
É uma pena o nosso querido Leandro Grass não estar aqui porque ele é de grande importância
neste debate. Ele é o presidente do Iphan hoje.
Agradeço também ao Cláudio Abrantes, um querido para nós. Sentimos o carinho dele conosco.
Perdoem-me se não falei direito. Hoje, estou um pouco nervosa, deputada.
Como eu disse, tudo o que a Dani Sanchez falou me representa. Faço minhas as palavras dela.
Gratidão por tudo.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Agradeço, Cida. Você não tem que pedir
perdão. É a representatividade. Este é o parlamento. A sua fala traz exatamente a vivência. Conseguir
enxergar o outro é a verdadeira empatia. Agradeço.
Esta casa está atenta à PPP. Conseguimos fazer com que ela passe pela Comissão de
Fiscalização e Transparência, da qual eu sou a presidente. Vamos trabalhar para que a PPP aconteça
da melhor forma possível. Pode ter certeza de que aqui estamos bem atentos a tudo.
Fico muito grata, ouviu?
Eu sei que são 18 horas e há ainda 6 pessoas para falar. Então, passarei a palavra rapidamente
às pessoas, mas saibam que eu estou à disposição para escutar, porque a nossa responsabilidade é
escutar mesmo.
Passo a palavra ao senhor vice-presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do
Distrito Federal, o Sinduscon, Marcelo Paro.
Quer falar daí?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Está bem, então. Fico muito grata.
Passo a palavra, então, para o superintendente do shopping Liberty Mall, Alexandre Mendes.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Também?
Passo a palavra para o senhor superintendente do Brasília Shopping, Gilberto Azevedo.
(Pausa.)
Já falou.
Passo a palavra à senhora Maria de Jesus, presidente da Urbi.
Seja muito bem-vinda. (Palmas.)
MARIA DE JESUS – Boa tarde a todos e a todas.
Eu queria primeiro agradecer a Deus a oportunidade de estar aqui e dizer o seguinte: que todo
poder, toda autoridade emana do Senhor. E, se isso acontece, vocês receberam uma missão divina.
Essa deputada é realmente uma guerreira. Ela luta por aquilo em que ela acredita, mas ela luta
de coração.
Você vai e vai com tudo, e isso é divino.
Quero agradecer ao administrador, que nos recebeu tão bem; à Novacap, que tem feito
maravilhas – foi espetacular a sua fala com relação à segurança, com relação a todas as coisas que
estão acontecendo. Quero agradecer a todos os presentes a paciência de estarem aqui, de discutirem
um assunto de tamanha importância para todos nós.
Nós estamos verificando que o momento é de transformação – de transformação de tudo e de
transformação do centro de Brasília. Eu nasci em Brasília, vivi em Brasília, me formei na UnB, passava
pela rodoviária, ia de ônibus, voltava de ônibus e me sentia muito segura.
O que temos que ver é que realmente nos preocupamos muito em criticar e nos esquecemos
de elogiar. Esse trabalho que está sendo feito pelo governador Ibaneis é espetacular. Brasília é um
canteiro de obras em todos os lugares. Em Taguatinga, de onde eu vim, onde eu nasci, onde eu me
criei, existe aquele túnel maravilhoso, espetacular. Os viadutos, as coisas que estão sendo feitas
realmente são um trabalho digno de ser reverenciado.
Com relação à rodoviária, que é onde eu estou agora... Eu sou exatamente aquela criatura do
restaurante sobre o qual o viaduto caiu. Aquele restaurante da Galeria dos Estados era meu – por isso
a minha aliança e o meu vínculo com a Galeria dos Estados. Eu trabalhei na Galeria dos Estados por 33
anos e estou há 4 na rodoviária. Então, já caiu o viaduto na minha cabeça. O governo cuidou de mim.
Ele me transferiu para a rodoviária, e lá eu estou criando meus filhos.
A rodoviária realmente está se transformando: a limpeza, o ascensorista, os seguranças.
Principalmente, eu preciso elogiar os vigilantes e a segurança. Há muita gente nova, cara nova, sangue
novo, gente que está ali cuidando, zelando e não deixa vandalizar o patrimônio público.
Percebemos o seguinte: a rodoviária é uma cidade, uma cidade grande como poucas cidades
no Brasil, onde há 500 mil, 600 mil pessoas. Então, é justo que lá tenha polícia, é justo que lá tenha
assistência social, é justo que lá tenha bombeiros, é justo que lá tenha tudo isso. Lá é uma cidade.
Como uma cidade, precisa de uma gestão como uma cidade. Hoje se iniciou essa gestão e ela precisa
de continuidade.
Então, onde está a questão? O progresso é sempre bem-vindo? Com certeza! O progresso traz
segurança, traz modernidade, como o telefone celular. O progresso é necessário. Porém, quando trato
de progresso onde simplesmente vou higienizar, pegar todas aquelas pessoas, os permissionários, e
jogá-los fora... Quem usa a rodoviária também vou deixar de fora, por que eles estão incomodando?
Eles estão incomodando quem? Se a rodoviária é exatamente o lugar pelo qual toda a mobilidade de
Brasília passa. As pessoas da classe “c”, “d” e “e” passam por ali.
Todo esse movimento de transformação precisa ser visto, revisto e olhado com carinho. Ele
necessita ser cuidado. Olhar um problema sob a ótica das lentes é muito fácil. Vamos viver o problema,
vamos estar presentes juntos com aquelas pessoas que precisam de amparo, que precisam ser ouvidas
e que não precisam ser retiradas de onde elas estão porque são pessoas que carregam toda a
estrutura do trabalho em suas costas. Ser um trabalhador é uma opção de vida – faço a opção de ser
um trabalhador, ou de ser um bandido, ou de ser um à toa, ou de estudar, ou de não estudar. Esse é o
meu direito de escolher, como é o direito de cada um.
O poder público tem que cuidar de quem trabalha, de quem estuda, de quem é bandido, de
quem é usuário, de tudo. Então, o poder público é o pai de todos e tem que entender o seu papel de
pai. Existem pessoas que precisam ser acolhidas, existem pessoas que precisam ser reprimidas,
existem pessoas que precisam ser presas. O difícil é conhecer essa diferença e saber onde temos que
atuar e a hora que temos que atuar.
Eu queria dizer o seguinte: não somos contra ou a favor do progresso, precisamos entendê-lo.
Não somos contra ou a favor de nada, somos o conjunto que precisa trabalhar de mãos dadas.
Com isso, convidamos todos os 24 deputados que nos representam, porque foram eleitos por
nós para estar nesta tribuna: vão conhecer a rodoviária, vão viver a rodoviária. Nós convidamos o
governador e os secretários para que estejam conosco de mãos dadas para conhecer o problema e,
juntos, acharmos a solução, porque os problemas nunca vão terminar, como ele mesmo falou. Desde
que o mundo é mundo, o homem se questiona. Caim matou Abel. Então, cada um pensa o que quer.
Mas acontece o seguinte: nós, que temos o raciocínio lógico, a vontade de ajudar, o desprendimento
de trabalhar, que sejamos respeitados, ouvidos e realmente tratados como cidadãos que fazem parte
da nossa cidade.
Muito obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.
O depoimento da senhora é importantíssimo. É a história da galeria, a história da rodoviária. Na
audiência pública que nós tivemos especificamente para a rodoviária, a mãe da senhora estava aqui.
Ela tem o nome da minha mãe, Aurora. Ela começou e iniciou tudo isso.
Neste momento, concedo a palavra ao senhor Luiz Ribeiro, presidente da Unitrailers. É
importantíssima a fala do senhor também.
LUIZ RIBEIRO – Boa tarde a todos. Cumprimento toda a composição da mesa na pessoa da
deputada Paula Belmonte. Eu a parabenizo, deputada. Eu acompanho vários debates propostos pela
senhora.
Eu sou Luiz Ribeiro. Sou presidente da União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e
Similares do Distrito Federal. Como vi pessoas ocupando a mesa se pronunciarem a respeito da minha
categoria, quero lembrar, deputada, que existe lei do Distrito Federal que rege esse segmento. Eu vou
citar o número da lei para que alguém a consulte e não faça ataques, como foram feitos aqui. Eu me
senti ofendido, porque vi pessoas falarem de quiosques relacionando-os com tráfico de drogas. Eu
parabenizo outro representante ali que disse que o restaurante foi fechado porque um quiosque tem
mais clientela do que ele. Se tem, é porque está oferecendo um produto melhor.
A lei que rege os quiosques no Distrito Federal é a Lei nº 4.257, de 2008. É uma lei muito bem
trabalhada por esta casa. Eu tenho a honra de parabenizar todos os deputados, porque, na gestão da
senhora, nós estamos vendo o empenho que se tem para resolver os problemas dessa categoria.
Também vou me referir ao representante da Novacap, porque, recentemente, eu conversei
com o presidente Fernando Leite, e ele me falou sobre esse projeto de revitalização da Praça do
Palácio do Buriti. Eu tenho que agradecer e parabenizar o governador Ibaneis Rocha por essa
revitalização.
São 40 anos de luta daquele povo que está ali. Criaram famílias ali. Eu posso falar para a
senhora que foram 40 anos sem a mínima infraestrutura: sem água, sem luz, sem condições mínimas
de trabalho. Mas, graças a Deus, o governador olhou com atenção para o nosso segmento. Temos a
expectativa que, neste mês ainda, nós iremos iniciar essas obras.
Quero cumprimentar o Valdemar. Nós estivemos reunidos recentemente, Valdemar. Eu sei as
dificuldades que temos para discutir as questões de Brasília. Deputada, nós temos áreas onde há
problemas crônicos. Aqui não foi citado o exemplo do Setor de Autarquias Sul. Valdemar, você tem um
grande problema na mão. Eu vi pessoas aqui falarem de delimitação de tamanho de quiosque.
Quando nós trabalhamos na lei, nós colocamos que deveria ter um plano de ocupação
designando cada área de quiosque. Isso em 2008. E a proposta que nós tínhamos, como
representantes do segmento, é que todos os quiosques da área central de Brasília tivessem uma
padronização. Isso é lei. Só que entra governo, sai governo, e esse plano não se alavanca. Espero que,
na gestão do Valdemar, isso venha a acontecer. Valdemar, conte conosco.
Eu tenho certeza de que esta casa de leis também olha com uma expectativa muito grande
para essas realizações. Porque estamos falando de revitalizar o centro da cidade, mas não estamos
falando mais de geração de emprego. Hoje, o Distrito Federal tem mais de 300 mil desempregados. E,
nos nossos quiosques, o mínimo de pessoas que estão ali trabalhando é 5 pessoas. É uma família que
sobrevive dele.
Portanto, nós pedimos mais responsabilidade quando se tratar desse segmento. Como uma das
nossas diretoras veio aqui dizer, são mais de 100 mil empregos diretos, fora os indiretos. Viemos ao
debate na expectativa de ouvirmos sobre melhorias para o Distrito Federal. É isso que esperamos da
senhora.
Essa é uma nota de repúdio aos representantes de um outro segmento que fizeram ataque ao
nosso.
Parabenizo a senhora e a mesa pelo debate. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Luiz. O importante em
audiência pública é termos espaço para o contraditório. Eu reconheço a geração de emprego, a
legalidade; eu acompanho o trabalho do senhor há muitos anos. Então, tenha certeza de que o nosso
compromisso é a geração de emprego.
É importante nós ouvirmos também a voz do outro para que possamos chegar a um consenso,
com dignidade, porque todos aqui, vamos dizer assim, são geradores de emprego e pagadores de
impostos. Nós precisamos do que o senhor acabou de falar. A nossa intenção nessa frente
parlamentar, além da responsabilidade que eu tenho aqui – está tudo anotado em relação à
revitalização, às obras, à infraestrutura –, é principalmente a geração de emprego. Eu não vejo outra
solução a não ser essa.
Então, que possamos trazer oportunidades para as pessoas, porque quanto mais oportunidade
tiverem, com certeza, muito mais as nossas crianças estarão nas escolas sendo preparadas para que a
nossa economia se desenvolva.
Hoje, por exemplo, Brasília está numa situação de vulnerabilidade por conta do Fundo
Constitucional, e nós precisamos saber que Brasília tem que se tornar independente. Para isso, não há
outra maneira a não ser o desenvolvimento econômico. Portanto, vocês têm o nosso apoio e têm
também o nosso apoio para que possamos pensar juntos a fim de que todos tenham prosperidade. O
senhor sabe disso e pode contar sempre conosco.
Eu vou passar a palavra à última escrita, a senhora Cintia Valéria, professora.
CINTIA VALÉRIA PEREIRA DA SILVA AIGNER – Boa noite a todos. Boa noite primeiramente a
você, deputada Paula Belmonte, e aos demais pares. Eu sou a Cintia Valéria Pereira da Silva Aigner,
sou professora de nível superior, sou pós-graduada em psicomotricidade e em deficiência mental.
Na verdade, eu quero dizer que estou no Distrito Federal desde o final de 2017. Desde que vim
para cá com a finalidade de um ressarcimento de prejuízos trabalhistas, eu acabei me identificando
com a cidade. Já faz, mais ou menos, uns 4 anos. Nesses 4 anos, eu fiz alguns projetos, inclusive
falando sobre a revitalização da W3, na época da campanha do Ibaneis Rocha.
Na verdade, eu converso muito comigo mesma, palestrando comigo mesma. Fiz parte de uma
audiência pública no STF – desde que aqui estou, 2017, participei disso dia sim e outro também –
sobre a descriminalização do aborto. Ali eu fiz uma tese, etc. e tal, falando sobre a vida durante a
fecundação, entre outros assuntos ligados. E o que aconteceu? Eu me vi muito no Distrito Federal e
comecei a planejar.
Eu tenho muitos projetos. Inclusive o projeto da revitalização das calçadas da Asa Sul, que o
Ibaneis Rocha já fez, foi uma sugestão minha. A Praça do Povo também foi uma sugestão minha, só
que foi feita diferente. Na verdade, sugeri que fizessem uma piscina, obviamente com água de
captação de chuva para trabalharmos a questão das energias renováveis e também para fazermos ali
um setor de relaxamento para o pessoal que trabalha no Setor Comercial Sul. Poderíamos ter colocado
piscinas, stands de massagem para o fisioterapeuta exercer sua profissão com maestria, fazendo o
relaxamento de pessoas que trabalham e, possivelmente, têm o seu estresse do dia a dia. Poderíamos,
também dar emprego ao guarda-vidas. Logicamente que você não vai colocar uma piscina sem pelo
menos 2 guarda-vidas ali.
Então, desde 2018, também participei de um concurso público para o STJ, inclusive do último
edital. Enfim, são tantas coisas em uma mesma situação. Tenho também um processo contra a
fazenda pública da referida época.
Eu gostaria que o governador estivesse aqui. Vim hoje para vê-lo! Na verdade, tenho uma
pauta na agenda com ele e espero que ainda consiga durante esta semana, justamente por causa
desses projetos que já se passaram e de outros que ainda estão adiante. Por exemplo, estou com um
projeto que comentei com o pessoal da Codhab que tem a ver com o projeto habitacional de pernoite,
justamente para esse quesito de pessoas em situação de vulnerabilidade. Por quê? Porque, quando
olhamos... Quando digo eu, digo sempre eu, professora Cintia Valéria Pereira da Silva Aigner. Olhamos
e vemos as pessoas dormindo no Setor Comercial. Sabemos que, no Plano Piloto, segundo estatísticas
da Codeplan, há pelo menos 2.938 pessoas que estão nessa situação.
Fiz esse projeto pensando nessa situação, para que pudéssemos tirar esse cenário do Plano
Piloto. Há também um outro projeto. Na verdade, eu o confeccionei estando no Rio de Janeiro, quase 2
anos atrás, porque tive que retornar para fazer algumas coisas, mesmo já morando aqui. O nome
desse projeto é Colosso Brasileiro. É uma coisa audaciosa. Logicamente, já foi dito aqui, Brasília é um
patrimônio tombado e, para fazermos qualquer negócio em nível de turismo, em nível de projetos de
desenvolvimento urbano, sobretudo, há necessidade de se passar por avaliação. É um projeto de um
teleférico que vai da Torre de TV até o Congresso Nacional. Mas, quanto a isso, vou entrar em
pormenores com o próprio governador.
Na verdade, preciso falar com o Lula também. Tenho projetos de energias renováveis como
energia eólica. Isso já foi comentado no Senado Federal também. Participo on-line das sessões do
Senado há mais de 10 anos. Inclusive, mandei, agora, um projeto de lei ao senador Amin que será
uma bomba que jogaremos para desburocratizar a ficha cadastral, porque preciso resolver um
problema muito importante e pessoal. Tenho passado por uma situação de que algumas pessoas,
talvez, tenham conhecimento distorcido, diga-se de passagem. Mas isso fica para uma outra
oportunidade.
Agradeço muito essa abertura.
Eu gostaria de deixar algumas considerações para uma próxima reunião. Quero falar sobre
esses projetos e também trazer outras considerações em nível da própria política, porque, na verdade,
eu aguardo uma sentença judicial trabalhista e também uma de um juiz eleitoral, justamente para a
posse de uma cadeira como essa daqui.
Essas são as minhas considerações. Agradeço muito a todos. Até a próxima.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Amém. Muito grata, professora Cintia. Que
Deus abençoe a senhora.
CINTIA VALÉRIA PEREIRA DA SILVA AIGNER – Imagina. Por nada. Eu que fico grata.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu agradeço a presença da senhora e
principalmente por pensar no Brasil. É muito importante que brasileiros tenham esse compromisso.
Muito grata.
CINTIA VALÉRIA PEREIRA DA SILVA AIGNER – Depois eu vou explicar sobre esse projeto de
pernoite. Apesar de nós falarmos habitacional, é um projeto de pernoite. É um projeto que eu acredito
que, se abraçarmos, levará o Plano Piloto a ser uma cidade modelo para esse tipo de situação.
Eu nasci em Bom Retiro, São Paulo. Fui registrada em outra cidade, mas vivi desde os 6 anos
em Bom Retiro. Ali vemos a cracolândia, uma coisa absurda. Eu acredito que esse é um dos projetos
que pode dar uma solução para essa situação de cracolândia e para as situações que temos nos 27
estados federativos do Brasil, de pessoas pernoitando nas ruas. Então, vamos tentar essa agenda.
Talvez esta semana – não sei se ele já chegou de viagem – nós exponhamos o projeto para quem
realmente precisa ouvir. Depois vamos ter que abrir para outras pessoas, obviamente.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata pela presença da senhora e pelas
sugestões. Que Deus a abençoe.
Vou passar agora rapidamente às considerações finais. Agradeço a presença de todos, em
especial das pessoas que estão vivenciando situações nesse centro comercial. Essa é uma grande
preocupação desta Casa legislativa. Registro mais uma vez a nossa preocupação com a zona central,
com a PPP, com a Galeria dos Estados. Nós estamos bem atentos a tudo isso.
Não foi falado para as pessoas participantes, mas precisamos pensar, conversar e discutir sobre
a questão da Zona Verde, pois há parlamentares que querem trazer essa discussão para esta casa. É
algo que trará impacto não só para a zona central, mas para todo o Distrito Federal.
Fico à disposição e deixo a minha responsabilidade porque acho importante. Como disse o
senhor Laércio, falamos, conversamos. Aqui é o parlamento, realmente é o lugar de falar, mas como
vamos agir? Fica aqui a minha responsabilidade como presidente da frente parlamentar, junto com
outros parlamentares, no sentido de darmos encaminhamento a isso.
Algumas situações, como foi dito pela professora Cintia, envolvem questões históricas. A
questão da vulnerabilidade social é algo histórico, infelizmente, no Brasil e em Brasília. Por isso
precisamos entender que o desenvolvimento econômico é importante para que possamos realmente
trazer oportunidade para as pessoas com relação à geração de emprego.
Concedo a palavra ao senhor Valdemar Araújo de Medeiros, administrador do Plano Piloto.
VALDEMAR ARAÚJO DE MEDEIROS – Deputada, quero agradecer o convite. Como eu falei, a
nossa gestão é participativa, e é importante ouvirmos todos da comunidade. Quero dizer a todos vocês
que a administração está à disposição deste parlamento, desta casa, de todos vocês que estão
presentes, de todos os empresários e da comunidade. Nós estamos, desde o início, desenvolvendo esse
trabalho com a comunidade, com os empresários, para fazer o melhor para o Plano Piloto. O Governo
do Distrito Federal, em parceria com os outros órgãos que estão aqui presentes, está sempre atento
querendo desenvolver o melhor para a nossa cidade.
Eu quero, em primeira mão, agradecer à Novacap, ao Fernando Leite – que sempre está à
disposição – e ao Carlos – que sempre está à disposição, ajudando naquilo que nós encaminhamos
para a Novacap. Sabemos das dificuldades, mas está sempre nos ajudando naquilo que é preciso.
Quero agradecer aqui, também, à CEB Ipes, que nos atende em todas as demandas que
encaminhamos, que nos ajuda com os nossos projetos para deixar 100% Brasília iluminada em LED.
Esse é o nosso projeto, e é importante para a segurança.
Quero agradecer aqui ao secretário de segurança pública, que também está nos ajudando.
Agradeço ao Comando, ao 1º Batalhão – o major está sempre à nossa disposição, juntamente com o
3º Batalhão e o 6º Batalhão.
Então, trata-se de unir forças para que possamos, realmente, fazer o melhor. Esta casa
também nos ajuda a cada dia, encaminhando emendas parlamentares para desenvolvermos os
projetos. Nós sabemos das dificuldades do orçamento que existem hoje no governo, mas nós vamos
trabalhar, realmente, para trazer o melhor para essa população.
Quero também dizer, Luiz, que nós estamos, sim, desenvolvendo esse mapeamento. É
importante. É um projeto que estava parado, e nós o estamos levantando. Nós sabemos da
importância do emprego para todas aquelas pessoas que precisam – os quiosque são, sim,
importantes. Nós vamos desenvolver esse trabalho dentro da lei para que todos possam ter seu espaço
aqui em Brasília, inclusive os nossos empreendedores e comerciantes dessa cidade.
Agradeço. Boa noite a todos e muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata. Que Deus abençoe o senhor!
Conte conosco. Vamos fazer Brasília ficar iluminada, mas iluminada por LED, com conta pública bem
transparente. Que as pessoas possam andar, caminhar com segurança!
Eu passo a palavra ao senhor coordenador da Associação Brasileira de Shoppings Centers,
Guilherme Soares.
GUILHERME SOARES – Obrigado, deputada.
Boa noite, mais uma vez. Como eu acabei sendo mencionado em alguns dos discursos, quero
deixar claro que, em nenhum momento, nós associamos quiosques a tráfico de drogas, nem a nada do
tipo. Que fique claro isso! Não é esse o entendimento.
Quando questionamos o posicionamento dos quiosques, falamos, principalmente, dos
quiosques que estão ferindo a Lei nº 4.257, Luiz. O art. 8º dessa lei dispõe que os quiosques não
podem estar em estacionamentos públicos, por exemplo. E isso é algo que percebemos no Shopping
ID, no Brasília Shopping, no Liberty Mall, por exemplo. Dentro do art. 8º, ainda, consta proibição de o
quiosque interferir na passagem, na ida e vinda das pessoas, na transição delas nas calçadas – algo
que também acontece na frente do Brasília Shopping. O questionamento é colocado, também, na
situação que envolve pessoas que colocam barracas – e entendemos, sim, que muitas pessoas acabam
procurando essa situação como uma alternativa de trabalho – em frente aos shoppings e atrapalham o
fluxo, como acontece, por exemplo, no Pátio Brasil.
Entendemos, claro, que essas pessoas possuem direito ao trabalho, possuem e devem ter o
direito à busca pela sua profissão e pela sua condição de vida, mas isso precisa ser algo regularizado.
Isso precisa ser algo que não esteja atrapalhando a ida e a vinda de outras pessoas. É algo que não
pode ficar atrapalhando o funcionamento de outros estabelecimentos, e nós queremos que isso
aconteça de acordo com a Lei nº 4.257/2008. Como eu falei, é no art. 8º que nos resguardamos para
reclamar dessa situação que envolve os quiosques em estacionamentos, por exemplo.
Não adianta apenas chegar aqui e fazer uma fala muito mais agressiva, colocando pontos onde
se cria uma situação de um contra o outro. Na verdade, nós sabemos que esse Fla-Flu que vivemos
hoje em dia dentro da política brasileira não vai levar a muita coisa, se não nos sentarmos para buscar
soluções dentro da legislação, dentro de maneiras corretas.
A associação está aqui para trabalhar em conjunto, de uma maneira propositiva e coordenada,
de forma com que utilizemos as leis para criar novas leis e criar políticas públicas que sejam um jogo
de soma e de ganho mútuo. Ninguém precisa ganhar para o outro perder. Esse é um ponto que
percebemos dessa maneira. Se isso é o necessário, isso é o que nós buscamos aqui, como associação.
Eu queria agradecer, mais uma vez, deputada, a oportunidade. A associação está de portas
abertas. Eu estou à disposição, também, caso alguém queira debater um pouco mais sobre esse
assunto. Fico à disposição para os trabalhos.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, senhor Guilherme.
Eu tenho certeza de que o senhor Luiz, que representa há muitos anos a Unitrailers, tem esse
mesmo pensamento de regularizar, de trazer dignidade para as pessoas e de somar forças.
Como foi dito aqui – e eu reconheço isso –, às vezes, é o metro quadrado que mais emprega
pessoas. Nós precisamos, exatamente, fazer com que essa geração de emprego traga movimentação
para as ruas, favoreça com que as pessoas consigam transitar e, também, fortaleça o comércio.
Eu tenho certeza dessa sua boa intenção. Também tenho a convicção da defesa dele em
relação à regularização, como foi dito aqui. Nós vamos continuar acompanhando – porque é algo que
já acompanhamos desde o mandato passado – a regularização dessas pessoas para que elas possam
ter essa dignidade e também essa autoestima. Realmente, muitas vezes elas se sentem discriminadas.
E nós não podemos deixar que um trabalhador, gerador de empregos, sinta-se discriminado.
Muito grata pela presença do senhor. Conte conosco para a construção dessa boa política, que
é a política do desenvolvimento econômico da nossa cidade.
Passamos a palavra, agora, ao presidente da Associação Comercial do Distrito Federal,
Fernando Brites.
Muito grata pela presença do senhor.
FERNANDO BRITES – Deputada, eu fiquei impressionado aqui com o nível dos debates. Eu
acho que isso constrói e faz bem para a cidade. Quero parabenizá-la.
Quero só dizer que me preocupo um pouco quando o poder público diz que o problema é
social. O social é etéreo. O poder público, por negligência, por falta de empenho, por falta de
capacidade de gestão, transfere para o social – que é etéreo, que é uma figura que não existe; onde é
que está o social? –, transfere para a sociedade uma responsabilidade que é pública. Nós vemos aqui
no Distrito Federal exatamente isso.
Muitos órgãos de segurança e muitos órgãos da administração do Governo do Distrito Federal
usam essa retórica de transferir para a sociedade uma responsabilidade que é do Estado. Então, vamos
parar um pouco de tratar de problema social, porque o problema social é colocado pelo Estado, nunca
pela sociedade.
Só isso. Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata.
Eu vejo que esse problema social nós resolvemos com uma sociedade que tem
desenvolvimento econômico. É por isto que nós estamos batalhando aqui e é isto que nós queremos:
fazer com que infraestrutura, iluminação, praças públicas, ambiente seguro, segurança... Mas o mais
importante – e eu fico muito feliz com essa discussão – é que trailer, shopping, todo mundo está aqui
querendo trabalhar. O pessoal da rodoviária está querendo trabalhar.
Isso é muito bom. Como foi dito pela Jesus, é uma opção, e que seja uma opção de todos nós.
Que seja sempre um alento para a nossa juventude, para as nossas crianças. A partir do momento em
que nós colocarmos as nossas crianças e jovens se desenvolvendo na educação, com certeza teremos
menos problemas sociais e, com certeza, teremos menos traficantes e, principalmente, menos usuários
de droga.
Para mim é uma honra tê-los aqui. Tenham certeza de que vamos construir juntos.
Passo a palavra ao nosso secretário, que é uma pessoa em quem, desde que eu o conheci,
senti um compromisso verdadeiro com a nossa sociedade. Eu sempre vi a Secretaria de Segurança
procurando atender da melhor forma possível as nossas demandas. Em relação a essa da rodoviária,
por exemplo, eu fiquei muito feliz porque, depois daquela visita que nós fizemos, quando estivemos um
tempo conversando com o senhor e com o secretário Sandro Avelar, os senhores realmente realizaram
uma transformação junto com outros entes, junto com o administrador, junto com a Novacap. Mas, em
especial, algo que me surpreendeu muito foi o empenho de vocês quanto à segurança.
Muito grata.
Concedo a palavra ao delegado Patury.
ALEXANDRE PATURY – Deputada, muito obrigado. Há uma conexão da secretaria – e minha
particularmente –, quando eu vejo a senhora falando de forma muito gentil, muito elegante, muito
proativa.
Deputada, é um aprendizado estar aqui, é um aprendizado ouvir – não só na convergência,
não; mas na divergência, porque eu acho que crescemos muito pouco quando conversamos apenas
com as pessoas que pensam igual a nós. Eu gosto de crítica, eu gosto. Só conseguimos avançar com
críticas, mas há uma dificuldade sistêmica.
Eu sei que é chato reclamar, evitamos reclamar, mas, às vezes, eu imagino se vamos ter que
chegar ao fundo do poço – se é que não chegamos – para começar a subir de volta. A questão de furto
de cabos, por exemplo, sobre a qual recebemos tantas críticas... Há vários casos de pessoas que já
foram presas 10, 15, 22 vezes. Problema social, eu entendo. O Estado é responsável. Os senhores
pagam o meu salário, pagam o salário do major, pagam o salário de todos nós aqui para devolver um
bom serviço ao Estado, mas existe toda uma corrente de pensamento que, às vezes, não
necessariamente ajuda.
Um dos problemas, deputada, que eu acho que em algum momento a senhora com a equipe
poderia efetivamente buscar enfrentar é a questão das drogas. Enquanto houver consumidor, haverá
traficante. (Palmas.) Essa foi uma conversa que eu tive com a deputada Paula Belmonte há algum
tempo. Não é só atingir o traficante. Olhem bem, em momento algum eu estou dizendo que não temos
que combater o traficante! Nós temos que combater o traficante; mas, enquanto houver consumidor,
vai haver vendedor. Eu não sei se, quando a pessoa ingressa no crack, ela vai conseguir regressar
facilmente. É muito difícil. Então, deputada, temos que evitar que as nossas crianças entrem, que os
nossos adolescentes entrem.
Por que as pessoas entram no mundo das drogas? Eu, sinceramente, não sei dizer. São várias
ideias. Várias coisas passam pela minha cabeça, mas essa é uma chaga que tem que ser efetivamente
enfrentada. Uma das possibilidades é falta de alento, deputada. A senhora falou tanto de trabalho,
outros colegas falaram de trabalho. Lembrei até de uma música, cujo nome é Guerreiro Menino, se não
me engano, do Gonzaguinha. Há um trecho em que ele fala que, sem o seu trabalho, um homem não
tem honra. E, sem a sua honra, se morre, se mata.
Então, nós precisamos buscar alternativas de trabalho, de educação, de estudo. Isso
compactua com o que diz muito o doutor Sandro Avelar, sobre integralidade. Eu não estou dizendo
algo que veio só da cabeça dele, está também na nossa Constituição, no art. 144. É dever do Estado,
mas responsabilidade de todos. Se os pais não educam os filhos, muitas vezes porque não têm
condições, se há infelizmente uma usuária de droga que tem um filho e não vai ter condição nenhuma
de educar, se as crianças não estão nas escolas, se as pessoas não têm emprego, não é o Estado, não
é a polícia que vai resolver. Não é, infelizmente, apesar da nossa enorme boa-vontade. É
responsabilidade de todos. Está na Constituição.
Antes, talvez, tivéssemos famílias mais estruturadas, tivéssemos escolas mais estruturadas,
tivéssemos Deus no coração de muitas pessoas. Talvez, a criminalidade fosse um pouco menor, o que
não está acontecendo agora.
Finalizando a minha fala: na hora do desespero, lá em cima é a Deus que nós pedimos; mas,
aqui embaixo, é o dedinho no 190, é a Polícia Militar, que está lá para nos socorrer. Muito obrigado!
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Peço até desculpas, porque já são quase 7
horas, mas eu acho que a fala do senhor é muito importante e muito significativa. Quero registrar aqui
a responsabilidade de cada um de olharmos as nossas crianças com responsabilidade.
Este mês é o Mês da Primeira Infância. Enquanto não começarmos a entender que política para
criança e educação não são brincadeira ou uma coisa café com leite, nós não vamos mudar o nosso
Brasil. Nós precisamos fazer com que nossas crianças tenham acesso a creche, nós precisamos fazer
com que nossas crianças tenham estudo integral, alimentação.
Acho muito importante termos obras, viadutos, ruas pavimentadas, mas o mais importante é
nós desenvolvermos as pessoas, desenvolvermos as nossas crianças, porque, a partir desse
desenvolvimento, com certeza, faremos diferença no nosso país e vamos ter menos usuários de
drogas, menos crianças na criminalidade.
Fica aqui o registro deste momento, que é especial. É uma lei nacional de minha autoria. O
grande motivo de eu ter entrado para a política foi a defesa das crianças. Hoje eu tenho a honra de
dizer que, em 4 anos de mandato como deputada federal, eu tenho 7 leis sancionadas – todas elas
referentes a empreendedorismo, defesa das nossas crianças e das nossas mulheres e combate à
corrução. É um trabalho que nós fazemos e que com certeza me traz alegria. Que possamos plantar
isso no coração de cada um.
Concedo a palavra ao major Almeida Santos.
ALMEIDA SANTOS – Excelentíssima deputada, a Polícia Militar vem agradecer a participação no
debate. Mesmo sendo responsável apenas pelo 1º Batalhão, foram palavras e contextos excelentes.
Como disse o senhor Laércio, precisamos trabalhar juntos. Juntos somos mais fortes. Geralmente,
falamos de problema social. O problema é de todos, não é só do governo. É de toda a população, e
todos temos que trabalhar juntos. Infelizmente, a polícia não é onipresente, como o Nosso Senhor. Ela
não é onipresente.
Quando falo de rede de vizinhos, é para nós nos protegermos. Infelizmente, não vai haver um
policial na frente de todo estabelecimento comercial. Então, se o seu colega de trabalho puder
contribuir, essa contribuição vai ser bem-vinda para vocês e para a Polícia Militar, porque queremos o
bem de todos. Queremos o bem da população de rua, em vulnerabilidade. Estamos preocupados com a
violência entre eles. Estamos preocupados com todos: com o comerciante que quer trabalhar, com os
visitantes que querem ir ao estabelecimento comercial jantar.
Dentro do possível, fazemos o máximo. Pelo número 190, estamos sempre à disposição e
sempre querendo ajudar. Já é um jargão: a Polícia Militar é muito mais do que segurança. Não é
mentira. Temos vários projetos: Provid, Proerd – com as crianças –, assistência à mulher em situação
de violência, prevenção a diversos homicídios no Distrito Federal, batalhão escolar.
Quanto ao projeto, podem contar com conosco, no que for possível.
Agradecemos. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Muito grata, major.
A Polícia Militar do Distrito Federal é uma referência nacional, como já foi dito. Registro a
minha gratidão à Polícia Militar, principalmente pelo empenho que houve no dia 8. Nós sabemos dele.
Eu fui conhecer o Siop, local onde é feito o... Eu fiquei impressionada com a estrutura de vocês, o
compromisso de vocês da Polícia Militar. Deixo registrado isso. A coronel Cintia é a responsável, junto
com a coronel Kelly. Fica o nosso reconhecimento e a nossa defesa a vocês.
Quero passar a palavra para o senhor diretor de edificações da Novacap, Carlos Alberto.
CARLOS ALBERTO SPIES – Fico grato pelas palavras. Eu vou levar o recado que ouvi e as
sugestões que foram dadas. Agradeço as sugestões sobre a rodoviária e sobre outros locais. Vou levar
essas ideias para lá e vamos ver se mudamos alguns contratos, para atendermos melhor a alguns
locais, principalmente a rodoviária.
Deputada, quero partilhar uma lembrança de quando eu comecei a trabalhar na Novacap. A
Novacap é uma empresa pública e é um grande escritório de engenharia, que executa obras para todo
o DF e para os órgãos do GDF. Temos uma parceria com a Secretaria de Educação. Temos em
funcionamento, hoje, 15 creches. Eu não tinha ideia do tamanho do bem social que essas creches
fazem para as nossas crianças. A creche não é importante só para a mãe que trabalha. A creche,
principalmente nas áreas mais carentes, como Samambaia e São Sebastião, atende também àquela
mãe que não tem condições de alimentar o filho. Ela deixa a criança às 7 horas da manhã na creche. A
criança tem o café da manhã, tem o lanche, tem o almoço, tem o soninho da tarde. Ela recebe
educação e vai embora para casa, com o banho tomado. Então, a creche é fundamental, e nós temos
mais 15 creches para construir. É um impacto gigantesco o que a creche tem na área social. Brasília e
as demais cidades do Distrito Federal precisam delas!
Talvez, o Plano Piloto não tenha essa visão porque aqui não há tanta creche pública como há
nas áreas mais carentes. Mas precisa, sim! As crianças precisam ser educadas, precisam ter condições
de receberem alimentos, de serem cuidadas, de terem higiene.
Às vezes, uma mãe não tem condições, pois ela já foi abandonada pelo pai da criança. Ela é
uma mãe solteira e não tem emprego; então, a creche não é só para a mãe que trabalha, é também
para aquela que não trabalha. Eu não tinha ideia dessa dimensão que a creche atende.
Outro trabalho social, outra obra social imensa, que está sendo feita desde o governo Roriz,
são os restaurantes comunitários. Eles trazem um imenso valor para a nossa sociedade: uma pessoa
consegue se alimentar por 3 reais por dia; toma café da manhã, almoça e janta! Vamos entregar
agora, segunda-feira, o restaurante localizado no Sol Nascente. Está havendo uma briga lá, entre Sol
Nascente e Pôr do Sol, mas vamos construir mais um lá! Ceilândia vai receber mais 2 restaurantes
comunitários, que estão sendo construídos. Haverá mais um na Samambaia e mais um no Varjão. É um
trabalho social muito grande.
Então, o governo cuida da sociedade, assim como a sociedade também tem que cuidar do
governo.
Eu tive uma impressão muito grande hoje aqui de como ainda a nossa sociedade depende do
governo, do público. A sociedade depende muito! Assim como nós também dependemos da sociedade.
Finalizo assim as minhas palavras e agradeço a todo mundo. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADA PAULA BELMONTE) – Eu é que agradeço.
Fico muito feliz quando vejo um homem grande, como o senhor, defendendo as nossas
crianças e as creches. Por quê? Porque, nestes mil dias que nós falamos que é a primeira infância, é
quando há o desenvolvimento cognitivo das crianças. É quando a alimentação faz toda a diferença
porque dá essa segurança de desenvolvimento da linguagem. Aí, sim, é uma responsabilidade social
porque, quando a nossa sociedade tem sensibilidade para a importância desse ambiente de
desenvolvimento, nós vamos mudar a nossa cara e a nossa sociedade no Distrito Federal e no Brasil.
Então, parabéns!
Estou muito grata.
Por fim, informo a todos que apresentamos o Requerimento nº 484/2023, pelo qual
requeremos o registro da Frente Parlamentar em Defesa da Revitalização e da Requalificação da Área
Central de Brasília e da via W3.
Aproveito esta comissão geral e declaramos lançada a presente frente parlamentar.
Agradecendo a presença dos parlamentares, das autoridades do governo e dos demais
convidados que honram a Câmara Legislativa com as suas presenças, declaro encerrada a presente
comissão geral, bem como a sessão ordinária que lhe deu origem, às 18 horas e 52 minutos.
Muito grata e que Deus nos abençoe!
(Levanta-se a sessão às 18h52min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas constantes deste evento:
Biotic – Parque Tecnológico de Brasília
Caesb – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal
Caps – Centro de Atenção Psicossocial
CEB – Companhia Energética de Brasília
CEB Ipes – CEB Iluminação Pública e Serviços S.A.
Centro Pop – Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua
CME – Conselho da Mulher Empresária
Codeplan – Companhia de Planejamento do Distrito Federal
Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal
Condepac-DF – Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural do Distrito Federal
Conseg – Conselho Comunitário de Segurança
CPTED – em português, Prevenção de Crimes por meio do Design Ambiental
CUB – Conjunto Urbanístico de Brasília
Detran – Departamento de Trânsito
Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
IPTU – Imposto Predial Territorial Urbano
LED – em português, Diodo Emissor de Luz
Novacap – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil
ONG – Organização Não Governamental
PCS – Posto Comunitário de Segurança
PIB – Produto Interno Bruto
PLC – Projeto de Lei Complementar
PMDF – Polícia Militar do Distrito Federal
POI – Protocolo de Operações Integradas
PPCUB – Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília
PPP – Parceria Público-Privada
Proerd – Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência
Provid – Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar
Seduh – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação
Semob – Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
SIA – Setor de Indústria e Abastecimento
SIG – Setor de Indústrias Gráficas
STF – Supremo Tribunal Federal
STJ – Superior Tribunal de Justiça
SUS – Sistema Único de Saúde
UnB – Universidade de Brasília
Unesco – em português, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
Unitrailers – União dos Proprietários de Trailers, Quiosques e Similares do DF
Documento assinado eletronicamente por ROMILDO PEREIRA - Matr. 13173, Chefe do Setor de
Taquigrafia - Substituto(a), em 14/08/2023, às 19:35, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08,
de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1295494 Código CRC: 7986374D.
DCL n° 179, de 21 de agosto de 2023 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 66/2023
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
1ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 66ª
(SEXAGÉSIMA SEXTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 15 DE AGOSTO DE 2023.
INÍCIO ÀS 15H TÉRMINO ÀS 18H36MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
terça-feira, dia 15 de agosto de 2023, às 15 horas.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Quero agradecer a presença dos nossos professores e professoras e do Sinpro, representado
pelos seus diretores. Muito obrigado. Se Deus quiser, hoje cumpriremos mais uma etapa do acordo –
apenas isso –, um direito de vocês, que é a aprovação dessa gratificação.
Saúdo o meu amigo e companheiro deputado Gabriel Magno, reconhecendo o seu trabalho e a
sua dedicação para que chegássemos a este momento. Ele foi um dos mais importantes protagonistas
e, junto com o Sinpro, fez um trabalho espetacular, assim como todos vocês servidores da educação, e
os professores de forma especial.
Convido o nobre deputado Gabriel Magno a secretariar os trabalhos da Mesa.
A pedido do deputado Gabriel Magno, o projeto de vocês será o primeiro item da pauta de
votação, em respeito e em homenagem a vocês. (Palmas.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente. Boa tarde a
todos e a todas que assistem a esta sessão ao vivo pela TV Câmara Distrital e também aos presentes
aqui na Câmara Legislativa.
Antes de ler o expediente, presidente, quero agradecer mais uma vez o seu empenho e
compromisso em fazer do dia de hoje um dia histórico também para a educação pública do Distrito
Federal. Nós vamos votar o projeto de lei que cumpre um dos acordos feitos com o Governo do Distrito
Federal a respeito da greve dos professores, que é a incorporação de gratificações importantes, a
Gaped e a Gase. Essa votação no dia de hoje é fruto da mobilização daqueles e daquelas que fizeram
uma luta muito bonita na nossa cidade, no primeiro semestre. Parabéns, professores! Parabéns,
professoras! Parabéns, orientadores e orientadoras educacionais desta cidade!
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 63ª Sessão Ordinária;
– Ata Sucinta da 64ª Sessão Ordinária;
– Ata Sucinta da 65ª Sessão Ordinária.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem
observações as atas mencionadas.
Não havendo quórum suficiente para o início, suspendo a sessão por 15 minutos.
(Suspensa às 15h10min, a sessão é reaberta às 15h22min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está reaberta a sessão.
Convido o deputado Pastor Daniel de Castro a secretariar os trabalhos da Mesa.
Boa tarde, nobre deputado Chico Vigilante, nobre deputado Max Maciel, deputado Thiago
Manzoni, deputado Rogério Morro da Cruz, deputado Eduardo Pedrosa, deputado Pepa.
Agradeço a presença de todos que se encontram no plenário: imprensa; os que assistem a nós
pela TV Câmara Distrital; as assessoras; os assessores; e o meu vice-presidente, deputado Ricardo
Vale.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)
O presidente do BRB se encontra na casa. Como eu vou recebê-lo, juntamente com a equipe
dele, eu gostaria de passar a presidência ao deputado pastor Daniel de Castro. Já retorno.
(Assume a presidência o deputado pastor Daniel de Castro.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra ao deputado
Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, boa tarde. Primeiro, quero saudar, mais uma vez presentes na galeria desta casa, os
professores, as professoras, os orientadores e as orientadoras educacionais.
Hoje vai ser um dia muito importante para a educação pública desta cidade. Como nós
pactuamos no Colégio de Líderes, hoje votamos o projeto de lei que cumpre uma parte do acordo que
foi feito entre o Governo do Distrito Federal, o Sindicato dos Professores e essa categoria.
Eu lembro aqui, presidente, que isso é uma parte do acordo. Nós votaremos hoje a
incorporação da Gaped e da Gase, e eu já faço um pedido ao governo: que dê seguimento à
negociação, para que sejam encaminhados também para esta casa os demais projetos de lei que
tratam do conjunto do acordo que foi assinado, que inclui o que foi pactuado com a categoria dos
contratos temporários e as nomeações e de uma série de agendas da reestruturação da carreira. É
fundamental que possamos discutir e votar isso ainda neste ano.
Então, faço esse apelo ao governo. Nós vamos votar hoje o projeto que cumpre uma parte do
acordo, mas ainda há uma parte grande que precisa ser encaminhada. Isso se faz com a mesa de
negociação e com o governo encaminhando a esta casa o projeto de lei.
Também peço, presidente, ao Governo do Distrito Federal, pela Secretaria de Educação, que
encaminhe o projeto de lei que trata da reestruturação da carreira Assistência. Nas escolas públicas do
Distrito Federal, hoje nós temos 2 carreiras: a carreira Magistério, com professores e orientadores, e a
carreira Assistência, com vários cargos – monitores, secretários escolares, analistas, técnicos,
psicólogos, assistentes sociais. É preciso que isso seja encaminhado a esta casa para fazermos o
debate da reestruturação e, de fato, valorizarmos a educação pública da capital do país e a educação
pública brasileira.
Eu quero aqui, nobre presidente da CCJ, fazer um pedido ao conjunto dos parlamentares. Nós
estamos protocolando hoje, presidente, um PDL. Eu não sei se os nobres colegas viram, mas nós
fomos pegos de surpresa com o Diário Oficial. Nele, hoje, a Portaria nº 102 fixa reajuste das tabelas do
plano de saúde do Inas, presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, nobre deputado Chico
Vigilante. O que assusta, deputado Pastor Daniel de Castro, é que o reajuste apresentado é de 22,5%
no plano de saúde.
Ora, o governo encaminhou para esta casa, no final do semestre passado, um projeto de lei
que reajustou o salário dos servidores em 6%, abaixo da inflação – isso só não é pior porque o
governo Lula tem controlado a inflação e a perda não é maior –, e agora tira esse reajuste com a outra
mão, porque reajusta o plano de saúde em 22,5%. Dá 6% com uma mão e tira 22,5% com a outra,
sem apresentar os cálculos atuariais do plano de saúde, sem justificar a necessidade, sem passar pelo
Conselho de Administração do Inas.
Trata-se de uma portaria completamente ilegal. Ela não cumpre as normas técnicas, além de
ser um prejuízo para os servidores públicos, que terão 22,5% do reajuste no plano de saúde, tão
importante para o conjunto dos servidores, retirados dos seus salários.
Estou aqui com alguns dados que quero socializar, presidente. Eles fazem parte da
argumentação do PDL, para o qual peço a assinatura e o apoio dos nobres colegas. A despesa com
plano de saúde, no ano passado, em 2022, foi de 352 milhões de reais, recurso integralmente oriundo
de receitas arrecadadas diretamente do servidor. Nada, zero real, da Fonte 100. Ou seja, os 352
milhões do ano passado, de 2022, foram arrecadados diretamente do contracheque dos servidores
públicos.
Hoje, dia 15 de agosto, a situação contábil do Inas é a seguinte: 143 milhões em caixa, 88
milhões em aplicações financeiras e 21 milhões nas contas de passivo. Então, a justificativa para o
reequilíbrio financeiro do reajuste de 22,5% não se sustenta. Não se sustenta!
É por isso que estamos pedindo, na aprovação desse PDL, a suspenção da Portaria nº 102, que
reajusta em 22,5% o plano de saúde dos servidores públicos. (Palmas.)
Quero, presidente, se o senhor me permite, só mais um minuto.
Brasília, a capital do país, recebe as margaridas. São 100 mil mulheres de todo o Brasil que
marcham, hoje e amanhã, em grande ato, na Esplanada, pelos direitos das campesinas, das
camponesas, das trabalhadoras do campo, pedindo reforma agrária, pedindo igualdade, fazendo uma
grande marcha em defesa da democracia, como têm que ser as marchas e manifestações. Será,
presidente, muito diferente do que foi o dia 8 de janeiro.
Quero celebrar a vinda das margaridas à capital da República citando o nosso patrono da
educação, Paulo Freire, que, em uma das suas últimas entrevistas, disse: “Eu morreria feliz se visse o
Brasil, em seu tempo histórico, cheio de marchas: marcha dos que não têm escola, marcha dos
reprovados, marcha dos que querem amar e não podem, marcha dos que se recusam a uma
obediência servil, marcha dos que se rebelam, marcha dos que querem ser e estão proibidos de ser.
Essas marchas históricas revelam o ímpeto da vontade amorosa de mudar o mundo.“
A Marcha das Margaridas, em 15 e 16 de agosto, na capital da República, é mais uma
demonstração para fazer valer o sonho do Paulo Freire. Nós voltamos a ocupar este país, seja com o
governo Lula e a volta da democracia e dos direitos, seja com a mobilização dos movimentos sociais
que ocupam as ruas de todo o Brasil e da capital da República para dizer que quem sabe faz a hora,
não espera acontecer.
Vivam as margaridas! (Palmas.) Bem-vindas a Brasília, a capital da esperança.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, deputado Gabriel Magno,
como sempre com essa oposição responsável, chamando ao feito, ao diálogo, à conversa. Eu tenho a
certeza, deputado Gabriel Magno, como o nosso presidente, deputado Wellington Luiz, que já se
comprometeu com V.Exa. aqui, de que S.Exa. abrirá o diálogo com a presidência do Inas para que
façamos uma conversa mais ampla. Pode ter a certeza de que esta casa não faltará com o trabalho
nessa perspectiva do diálogo e da convergência.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
Enquanto a deputada se prepara para falar, deixe-me só justificar a ausência do líder do
governo, deputado Robério Negreiros. S.Exa. esteve aqui ainda há pouco, mas estava se sentindo mal
e foi se cuidar, cuidar da sua saúde; por isso a ausência de S.Exa. hoje, neste plenário.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder. Sem revisão da oradora.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, boa tarde a todos. Que Deus nos abençoe. Cumprimento-
os.
Hoje é um dia que, realmente, é muito importante para os nossos professores. Os professores
e o pessoal do sindicato sabem que nós defendemos a educação no sentido, principalmente, de nós
darmos dignidade aos professores e às nossas crianças. Com certeza, os senhores são os responsáveis
pela mudança de perspectiva na vida de todos os estudantes.
Então, eu quero parabenizá-los, e que esse projeto seja aprovado. A minha expectativa –
agora, a cobrança – era a de que na última sessão legislativa esse projeto tivesse sido aprovado, antes
de nós termos o nosso recesso, mas não o foi. Porém, o importante é que o governo está cumprindo o
que havia dito. Ele está cumprindo.
Hoje, há a realização disso. Parabéns por essa luta. Quero parabenizar todos os professores,
com a minha gratidão de cidadã, de brasiliense e de brasileira.
Também quero aqui me manifestar, pois foi falado da Marcha das Margaridas. Nós estamos
tendo uma manifestação pacífica de mulheres, na frente da Câmara Legislativa, pelo combate à
violência, à violência política. Nós estamos aqui reunidas com a nossa procuradora, a deputada Doutora
Jane, que tem feito um trabalho de excelência na procuradoria, tomando toda a responsabilidade e,
principalmente, priorizando a defesa das nossas mulheres.
Fica registrada nossa defesa a todas as mulheres. Nós não vamos aceitar na casa qualquer tipo
de violência, mas é importante dizer que nós também precisamos ter todas as componentes para que
possamos ter um julgamento com responsabilidade, porque nós estamos falando de um parlamento
que tem a representação da população. Isso tem que ser feito com muita responsabilidade.
Agora, eu peço, presidente, em relação a isso – eu sei que há aqui a imprensa, pessoas que
fazem divulgação de informações da casa legislativa –, que nós tenhamos muito cuidado para não
expor as denunciantes, deputado Chico Vigilante.
Já é trabalhoso para a mulher denunciar um crime. Ela já tem que superar uma situação. Se as
pessoas que têm acesso àquela denúncia expuserem o nome daquela mulher, aquela mulher ficará
mais vulnerável do que ela já estava.
Então, eu peço que os veículos de imprensa, sempre quando forem falar de uma denúncia de
violência contra a mulher, não exponham a mulher. Isso porque, depois de essa mulher exposta, ela
vai ter que dar satisfação à sociedade: a família fica exposta, os filhos ficam expostos. Assim, nós,
como sociedade, querendo proteger essa mulher, estaremos expondo-a. Que nós tenhamos esse
cuidado.
Presidente, eu quero parar, em especial, para falar de um assunto de extrema importância. Eu
vou pedir até uns minutos a mais, porque nós queremos passar um vídeo de uma situação a qual eu
venho acompanhando desde 2019. Nós não imaginávamos – e jamais queríamos que acontecesse
deste jeito – que o está acontecendo.
Nós ficamos acompanhando isso com muita responsabilidade, com muita vontade de construir,
junto com todos os entes do nosso Distrito Federal, com a sociedade, com o Poder Executivo... É
importante nós estarmos aqui, principalmente eu, como mãe de 6 filhos, uma mulher. Que olhemos
isto com muito amor e carinho.
No sábado, nós visitamos – eu tenho agenda todo sábado – a comunidade Cerâmica. Lá, nós já
tínhamos recebido essa denúncia a respeito dessa comunidade, que estava sendo contaminada. Eu
estive com essa comunidade. Eu estive com crianças, com senhoras; e nós, infelizmente, vimos essas
crianças todas cheias de erupções na pele e as mulheres com dor de cabeça, não se sentindo bem.
Isso é muito sério.
A suspeita dessa comunidade é a contaminação do rio Melchior. Nesta casa já houve, nesta
legislatura, uma audiência pública a respeito do rio Melchior. Houve alguns encaminhamentos a partir
dela. Em 2019, como deputada federal, eu mesma paguei do meu próprio bolso uma análise desse rio
Melchior feita por professores da UnB, e nós constatamos que realmente nós precisamos ter atenção.
O rio Melchior é um rio importante para o Distrito Federal e ele fica próximo ao aterro sanitário
do Distrito Federal, a uma estação da Caesb e também a uma empresa.
Então, eu quero passar esse vídeo sobre o que aconteceu no sábado e que eu não estava
esperando que acontecesse. Mas nós tivemos, vamos dizer, essa surpresa. Nós fizemos a visita aos
locais para que os senhores saibam o que está acontecendo no Distrito Federal.
Se puder, por gentileza, passá-lo, eu agradecerei.
(Apresentação de vídeo.)
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder. Sem revisão da oradora.) –
Presidente, essa foi uma denúncia veiculada. Essa comissão já a recebeu por vários meios. Vários
parlamentares a estão acompanhando, como o deputado Chico Vigilante, o deputado Fábio Félix e
outros parlamentares.
Essa é uma denúncia muito grave, porque nós estamos falando de uma comunidade que está
começando a sentir sua saúde afetada – e isso é uma responsabilidade de todos nós.
Mediante todos esses estudos e todos os protocolos que já foram feitos, nós estamos
protocolando – pedimos o apoio dos parlamentares –, hoje, agora, neste momento, um pedido de
instalação de uma CPI para investigar a contaminação e poluição do rio Melchior.
Eu peço a assinatura de todos os parlamentares – vamos deixar em bloco, à disposição de
todos os parlamentares – para que possamos verificar o que está acontecendo com esse rio, que é
fundamental para nossa cidade e, principalmente, para que nós possamos ajudar essa comunidade tão
carente, tão vulnerável, que muitas vezes não tem como chegar a um hospital, porque não tem
hospital próprio; não há ali um advogado, não há pessoas que possam representá-los. Esta casa
legislativa tem a responsabilidade de investigar o que está acontecendo com o rio Melchior.
Então, eu peço a assinatura de todos os parlamentares, para que, junto com o SLU, a Caesb, a
sociedade civil, a Secretaria do Meio Ambiente e toda a sociedade do Distrito Federal, possamos
verificar isso com muita agilidade, porque as pessoas estão adoecendo no Distrito Federal, em especial
as nossas crianças, os idosos e a população rural.
Muito grata. Que Deus nos abençoe.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, querida deputada Paula
Belmonte.
Se houver ainda algum parlamentar que não tenha registrado sua presença, que o faça, para
vermos no painel.
Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado João Cardoso.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente,
cumprimento todos os presentes: as parlamentares; os parlamentares; assessores; pessoal da
comunicação da Câmara Legislativa; também o pessoal da imprensa, que sempre está aqui nos
cobrindo muito bem.
Fico contente, presidente, de hoje nós já termos, na pauta, a votação da nossa Gaped da
Secretaria de Educação, uma conquista que a classe do magistério teve por meio do nosso competente
sindicato, o Sinpro.
O magistério precisa, sim, da incorporação da Gaped. Ele faz jus a essa função pública. Sou
professor, minha esposa é professora, e os nossos 8 filhos são estudantes de escola pública. Fico feliz
em saber que a educação está sendo valorizada. Mas também fico receoso, porque, muitas vezes,
diretora Luciana, precisamos adotar medidas que não seriam necessárias caso o governo conversasse
com o Sinpro. Tivemos que fazer uma greve, que foi muito bem coordenada. O governo se sensibilizou,
e a coisa foi resolvida.
Então, parabenizo, mais uma vez, toda a categoria e, em especial, o Sinpro e o nosso amigo,
professor e ex-diretor do Sinpro, deputado Gabriel Magno. Sempre digo que sou assessor de S.Exa.
Fico feliz pela conquista de hoje. Estão todos de parabéns.
Presidente, também estamos acompanhando o caso da carreira de PPGE e da GIC. A proposta
estava sendo encaminhada, mas, por uma questão legal e correta, foi desmembrada. O processo está
caminhando na Seplad, onde estivemos ontem eu; o presidente, deputado Wellington Luiz; a nossa
amiga deputada Dayse Amarilio; a deputada Doutora Jane; representantes do SAE; e a comissão da
carreira Assistência à Educação do Distrito Federal.
Tivemos a proposta, que está sendo trabalhada na Câmara Legislativa, de a casa ajudar com
recurso para que a GIC seja paga. Que seja mandado o projeto para cá. Logo, logo, teremos uma
resposta.
O Denivaldo, do SAE, tem coordenado muito bem as negociações. O Márcio, da comissão de
assistentes à educação também. Eu tenho ficado muito contente, porque a coordenação está sendo
feita em conjunto pela comissão e pelo SAE. Acredito que, disso, vai surgir uma união muito grande.
Sabemos que o magistério é importantíssimo, como também sabemos que a carreira
Assistência à Educação, da PPGE, também é importantíssima para a educação pública do Distrito
Federal. Essas carreiras caminham lado a lado, uma dependendo da outra.
Estou feliz por isso e por saber que a educação tem representantes e sindicato. Vocês, aqui na
Câmara Legislativa, também têm representantes, pois aqui há servidores públicos e professores da
Secretaria de Educação, como eu, o deputado Gabriel Magno, a deputada Doutora Jane – delegada que
já foi da Secretaria de Educação e excelente professora do CEF 3 – e os demais deputados. Então, fico
contente por saber que a educação tem uma representatividade muito grande aqui na Câmara
Legislativa. Por meio da educação, nós mudamos a nação.
Presidente, sobre o concurso da PPGE, profissionais de uma especialidade muito interessante
me procuraram. Refiro-me à especialidade de nutrição. A secretaria informa que atualmente há 50
nutricionistas.
Colegas, são eles que tomam conta das merendas. Fiquei meio assombrado com a notícia de
que são 50 nutricionistas ativos. Informaram-me – informalmente, claro – que eram menos
nutricionistas. Estão dizendo que são 50.
Hoje, o déficit de nutricionistas na Secretaria de Educação está em 244 servidores. Faz 12 anos
que não há concurso para nutricionista da carreira Assistência à Educação na Secretaria de Educação.
Fizeram concurso – ótimo, parabéns –, mas este previa apenas 2 vagas, presidente. Imagine! Duas
vagas e cadastro reserva, deputada Doutora Jane, de 20 nutricionistas apenas, sendo que o déficit é de
244 servidores na nutrição. Fico pasmado com isso.
Vou noticiar a Secretaria de Educação, que sempre tem me atendido muito bem, tem me
respondido muito bem, para que me mostre diretamente como está o quadro de nutricionistas no
Distrito Federal e qual é a perspectiva de chamarem os aprovados desse concurso, porque já são 100
aprovados. A perspectiva é de 2 vagas e cadastro reserva de 20 apenas, isso para 100 aprovados.
Ora, o mais lógico seria chamar o mais rápido possível os 100 aprovados, porque hoje nós
temos o Plano Nacional de Educação e sabemos que a merenda escolar, muitas vezes, tem sido alvo
em vários noticiários e, com razão, a imprensa tem noticiado isso.
Nós temos que fiscalizar. Nós precisamos de servidores públicos concursados, como temos nas
carreiras Magistério e Assistência. Precisamos desses guardiões do serviço público, os concursados,
exercendo suas funções e fazendo com que o Governo do Distrito Federal tenha um histórico, e a
educação continue tendo o histórico de que, graças a Deus, eu, minha esposa e nossos filhos
participamos.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, deputado João Cardoso.
Devolvo a presidência ao deputado Wellington Luiz.
(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputado Pastor Daniel de
Castro.
DEPUTADA DOUTORA JANE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADA DOUTORA JANE (MDB. Sem revisão da oradora.) – Presidente, obrigada.
Quero justificar a minha saída. Haverá um evento agora às 16 horas, o Mulheres do Brasil, e
estarei lá na condição de procuradora da mulher da Câmara Legislativa, tratando sobre a legislação em
defesa das mulheres de Brasília.
Aproveito a oportunidade para deixar o meu recado aos professores da Secretaria de Educação,
minha solidariedade aos seus pleitos e o meu apoio. Contem comigo incondicionalmente.
Por fim, presidente, e não menos importante, quero dizer do luto da Polícia Civil pela morte da
nossa colega Valdéria, conhecida pelos mais próximos por Val. Uma policial civil de 46 anos, vitimada
pelo companheiro. Uma mulher que trabalhava na Deam há muitos anos, atendendo centenas e
centenas de mulheres de Brasília. Ela prestava seu auxílio e acabou vitimada da mesma forma. Minha
solidariedade à família da Valdéria.
Deixo um recado para todos nós: ninguém, absolutamente ninguém está livre do feminicídio ou
está livre de ser vítima de qualquer tipo de abuso ou agressão. Isso só reforça a nossa luta e o desejo
desta casa, que já tem demonstrado o seu respeito pelas mulheres e a sua preocupação para que a
nossa luta se intensifique.
Presidente, para concluir, estive há pouco em uma manifestação fora desta casa que pedia a
presença dos parlamentares. E eu, como procuradora especial da mulher, estive na manifestação e
reafirmei a sua preocupação, senhor presidente, com a defesa intransigente das mulheres e com o
respeito às mulheres. Eu disse também que toda e qualquer demanda que chegar a esta casa será
tratada.
Fui lá, conversei com aquelas pessoas – elas ficaram satisfeitas com a resposta –, e sempre
reafirmei que o senhor, na condição de presidente; que as mulheres desta casa; e eu, como
procuradora, estamos sempre intransigentemente ao lado das mulheres e em defesa da liberdade e da
não violência.
Muito obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputada Doutora Jane.
Quero agradecer e parabenizar a lembrança, por V.Exa., da nossa colega Valdéria, que de forma muito
prematura, covarde, absurda e violenta acabou perdendo a vida. Eu gostaria de dizer que esta casa
tem tentado reagir contra isso.
Foi uma colega que tive o prazer de conhecer. Ela era uma ótima profissional, uma excelente
filha, esposa, mas que, infelizmente, não teve por parte do seu ex-companheiro o reconhecimento, o
cuidado e a proteção que uma mulher deve ter. Lamento muito, mas agradeço a V.Exa., que tão bem
tem nos representado nessa pauta. Agradeço também por V.Exa. ter ido até a manifestação. Todas as
manifestações são legitimas se forem democráticas, respeitosas – e serão bem recebidas por esta casa.
V.Exa., representando esta casa, esteve lá; e nós, como disse a senhora, adotaremos todas as
providências que se fizerem necessárias nesse e em todos os casos que chegarem ao nosso
conhecimento.
Agradeço V.Exa. por isso e lembro que, na quinta-feira, a senhora nos representará no
Ministério Público para tratar dos órfãos do feminicídio. Então, mais uma vez, muito obrigado.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
aproveitando a presença da deputada Doutora Jane, eu gostaria de sugerir que a deputada pedisse a
esta casa e a todos aqui presentes 1 minuto de silêncio em homenagem não só à Valdéria, mas a todas
as famílias vítimas de feminicídio.
Deputada Doutora Jane, eu gostaria que V.Exa. fosse a proponente desse momento.
DEPUTADA DOUTORA JANE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADA DOUTORA JANE (MDB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, foi muito
bem lembrado. É oportuno que façamos 1 minuto de silêncio em memória dos filhos do feminicídio, em
memória da Valdéria e em memória das outras 22 mulheres que tombaram, este ano, vítimas da
covardia dos seus companheiros. Que esse minuto de silêncio represente também a reafirmação do
nosso compromisso em defesa dessas mulheres.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, deputada.
Concedo um minuto de silêncio em homenagem e em respeito à policial Valdéria e a todas as
22 vítimas de feminicídio nesta cidade.
(O Plenário observa 1 minuto de silêncio.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado a todas e a todos; obrigado,
deputados; obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro, pela lembrança.
Se todos concordarem, eu gostaria de iniciar a Ordem do Dia logo após os Comunicados de
Líderes. Ficou acordado no Colégio de Líderes – o deputado Ricardo Vale foi um dos deputados que nos
solicitou isto –, que iniciássemos a Ordem do Dia votando a Gaped. O projeto de lei foi encaminhado
pelo Executivo, cabe agora à Câmara Legislativa fazer a sua parte. O acordo foi tabulado na última
reunião a pedido do deputado Gabriel Magno, do deputado Ricardo Vale e de outros colegas
deputados.
Logo após os Comunicados de Líderes, passaremos à Ordem do Dia.
Concedo a palavra ao deputado Eduardo Pedrosa.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (Bloco União Democrático. Como líder. Sem revisão do
orador.) – Senhor presidente, demais colegas parlamentares, deputados e deputadas, antes de mais
nada eu queria dizer que hoje é um dia de muita alegria.
Há aproximadamente 10 mil pessoas com síndrome de Down no Distrito Federal. No Brasil há
mais de 300 mil pessoas. Essas pessoas passam parte da sua vida buscando intervenções na área da
saúde, elas precisam da atenção dessa área. A prática esportiva, o lazer, as atividades físicas são
fundamentais para que nós consigamos trazer o bem-estar para as pessoas com síndrome de Down.
Trago hoje uma notícia muito especial. Eu fui convidado para ser padrinho do primeiro time de
futsal de pessoas com síndrome de Down do Distrito Federal. O Brasil é bicampeão mundial dessa
categoria. Hoje eu tive a alegria de ter sido convidado para ser padrinho desse time de futsal. Eu
queria transmitir isso aos deputados e deputadas desta casa para que a Câmara Legislativa abrace essa
causa, abrace esse projeto, homenageando todo o trabalho desenvolvido pelas famílias por meio das
associações.
Eu não posso deixar de citar aqui a Federação Brasileira das Associações de Síndrome de
Down, através da minha amiga Cléo Bohn, que me convidou, mãe da Gigi, que está aqui; a Silma
Sousa Costa, mãe do Pedro – Pedrinho que está aqui conosco –, ela é vice-presidente da Associação
DFDown. Também agradeço à minha querida professora Madalena, mãe do Flávio, que também está
aqui conosco; e à Teresinha, mãe do Dinho, que também está conosco. Queria falar da minha alegria e
me colocar à disposição dessa causa tão importante.
Quero convidar os deputados para que estejam presentes, no dia 19, às 9 horas, no Ginásio
Poliesportivo do Cruzeiro, onde haverá o lançamento do time de futsal com síndrome de Down do
Distrito Federal. É o futsal Down dominando a capital e, se Deus quiser, ganhando muitos títulos para o
Distrito Federal, com muita alegria e com muita paixão.
Muito obrigado a vocês pelo carinho. Muito obrigado a todos. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.
Agradeço também a todos os familiares, aos nossos jovens, às nossas crianças que aqui se encontram.
É motivo de muito orgulho tê-los aqui conosco.
Parabenizo o deputado Eduardo Pedrosa por nos trazer um momento de muita alegria como
esse.
Concedo a palavra ao deputado Pepa.
DEPUTADO PEPA (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos e a todas.
Excelentíssimo senhor presidente, deputado Wellington Luiz, eu cumprimento todos os parlamentares.
Ocupantes da galeria, hoje votaremos com certeza esse importante projeto pela incorporação
da Gaped, porque a área da educação merece toda a nossa atenção e o nosso respeito. Não às greves,
e sim à atenção devida à área da educação, conforme tem que ser.
Aos que acompanham esta sessão pelas redes sociais, aos amigos, à imprensa que aqui se
encontra, aos servidores desta casa, quero dizer que hoje eu subo a esta tribuna para externar,
presidente, a minha alegria com o que tem acontecido na região norte, na cidade de Planaltina. Como
amplamente dito aqui, estamos no mês de aniversário de Planaltina, que completa 164 anos no dia 19
de agosto. Eu poderia contar a história de Planaltina para vocês, e muitas vezes as pessoas falam que
são 164 anos, mas esse é o tempo de emancipação; a história, porém, vem desde a Missão Cruls, em
1892, com a demarcação para a capital do Distrito Federal.
Em 1922, no governo de Epitácio Pessoa, em Planaltina foi implantada a Pedra Fundamental,
que é o nosso símbolo. É uma cidade onde a cultura, o esporte, o turismo estão vigentes no seu dia a
dia. Eu poderia passar a tarde inteira falando de Planaltina, essa cidade que admiro.
Aproveito para convidar a todos os parlamentares para a sessão solene que acontecerá no
Complexo Cultural, no dia 17 de agosto, a partir das 10 horas, onde serão recepcionados por mim com
tapete vermelho para entrar em Planaltina e receberão toda atenção e carinho da nossa comunidade.
Com muito carinho receberemos vocês.
Eu quero falar também do Câmara Mais Perto de Você e do quanto tem sido importante esse
trabalho, que foi retomado por esta presidência. Quero parabenizá-lo, presidente, pela iniciativa de
V.Exa. e de todos os deputados de darem oportunidade para que a comunidade possa expressar os
seus anseios, principalmente no Câmara nas Cidades. É importante, ainda, que ela aconteça em todas
as cidades. V.Exa. não tem ideia da expectativa da população para esse Câmara nas Cidades! Muito
obrigado.
Eu gostaria de reafirmar o que aconteceu recentemente em Planaltina: a festa da uva. A Festa
Nacional da Uva e do Vinho contou com mais de 200 mil pessoas de forma ordeira, sem nenhum
incidente, com geração de emprego, empreendedorismo. É importante entender que o entretenimento
traz empreendedorismo. Precisamos saber disso!
Só para terem uma ideia, havia mais de 160 estandes com mais de 30 expositores de flores,
mais de 70 expositores de diversos segmentos, mais de 200 mil pessoas sem nenhum incidente.
Parabenizo todos os organizadores pelo apoio: a Administração Regional de Planaltina, pelo
acolhimento; o 14º batalhão e todos os órgãos do governo, inclusive a Secretaria de Turismo. Essa
festa aconteceu do dia 3 ao dia 13.
Parabéns, Planaltina, pelos 164 anos. Parabéns, Câmara nas Cidades. Juntos, de fato,
ouviremos a comunidade.
Muito obrigado a todos.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pepa. Planaltina tem a
cara de V.Exa. e V.Exa. tem a cara de Planaltina! Para nós será um prazer enorme estar lá, mais uma
vez, em uma cidade tão acolhedora como aquela. Muito obrigado mesmo, deputado.
Fiquei sabendo que o almoço será por conta de V.Exa. Então, se eu já ia, agora que vou
mesmo!
Obrigado, deputado.
Concedo a palavra ao nobre deputado Iolando. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni e, em seguida, ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente, aos meus pares e ao pessoal que se encontra presente nas galerias e aos que assistem a
nós pelo YouTube e pela TV Câmara Distrital.
Presidente, serei breve. Eu gostaria de ressaltar – como fiz ontem no Colégio de Líderes e
tenho feito ao longo das últimas semanas – a importância de um projeto de lei que tramita nesta casa,
o PL nº 466/2023. Esse projeto é de autoria do Poder Executivo, que “reduz a alíquota de ICMS sobre
o querosene de aviação”.
A população de Brasília talvez não saiba, mas o nosso aeroporto, inobstante seja um dos mais
bonitos e um dos maiores do Brasil, é pouco utilizado em face da potencialidade que ele tem. Ele é
pouco utilizado por conta da tarifa cobrada sobre a alíquota do querosene de aviação. Não
conseguimos competir com outras unidades da Federação cujas alíquotas estão zeradas e outras que
são mais baixas do que a nossa. O resultado disso é que perdemos muita movimentação aqui no
Distrito Federal. O resultado disso é que acabamos perdendo o turismo e perdendo também a
oportunidade de se tornar um hub logístico no centro do nosso país.
Brasília é uma capital muito bem localizada, nós estamos perto de tudo e às vezes deixamos de
aproveitar essa oportunidade para trazer prosperidade, riqueza, emprego e renda para a nossa
população, para os nossos jovens e para aqueles que precisam. Esse projeto, depois de ser votado e
entrar em vigor, certamente nos auxiliará.
Ontem nós fizemos uma reunião, presidente, e o deputado Eduardo Pedrosa, com muita boa
vontade, dispôs-se a votar hoje na CEOF, desde que algumas informações fossem trazidas a esta casa.
Eu conversei com S.Exa. antes do início desta sessão e ele falou que a Secretaria de Fazenda não
enviou as informações que eram necessárias. Então, além de fazer uso da palavra para falar da
importância desse projeto, eu gostaria de deixar aqui um pedido à Secretaria de Fazenda, em especial
ao secretário Maurício e ao Hugo, para que, se puderem pedir essas informações para que possamos
dar celeridade na tramitação da proposição, eu agradeceria muito.
O pessoal do Consórcio Brasil Central esteve aqui ontem. A Inframérica esteve representada
aqui ontem e nós vimos o tamanho do investimento que está sendo feito no aeroporto. A Inframérica
está portando mais de 150 milhões, acreditando que Brasília vai se transformar nesse hub, que será
fundamental para nós. Desde já agradeço ao governo pelo envio dessas informações para que
possamos votar esse projeto e colocar Brasília no centro da logística do Brasil, como ela merece, para
gerar prosperidade, riqueza e emprego aqui, presidente.
Obrigado. Esse é o posicionamento do Partido Liberal nesta tarde.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, nobre deputado Thiago
Manzoni.
Quero agradecer aos estudantes e professores do Colégio VIP, saudá-los e registrar suas
presenças, eles estão participando do Programa Conhecendo o Parlamento, sob a coordenação da
Escola do Legislativo. Sejam muito bem-vindos. Muito obrigado aos nossos alunos e professores. É um
prazer tê-los conosco.
Concedo a palavra ao nobre deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, quero falar também da importância desse projeto que nós vamos
votar daqui a pouco, o Projeto de Lei n° 470, que incorpora a Gaped dos professores e professoras do
Distrito Federal. Eu vou ler como o projeto está distribuído. São 25% na Gaped a partir de 1° de
outubro de 2023, 20% a partir de 1° de janeiro de 2024, 15% a partir de 1° de julho de 2024, 10% a
partir de janeiro de 2025 e 5% a partir de 1° de julho de 2025.
Mas é importante pontuarmos que os professores e as professoras do Distrito Federal já
tiveram os maiores e melhores salários do Brasil. E hoje os professores e as professoras do Distrito
Federal estão com a remuneração menor do que do meu querido estado do Maranhão, que é um
estado pobre, um estado que não tem o tanto de dinheiro que tem o Distrito Federal. Acho importante
o governo cavar viadutos e fazer estradas, mas, acima de tudo, é importante a preocupação com os
educadores do Distrito Federal.
Eu estava aqui, ontem, em uma sessão de homenagem à Enap e eu dizia que a profissão mais
importante é exatamente a dos professores. O médico é uma profissão muito importante, mas, antes
de ser médico, ele passou pela escola. Da mesma forma, os policiais; da mesma forma, um aviador –
se pegamos um avião, ele vai nos levando, mas antes ele passou por uma escola.
É por isso que a educação precisa, efetivamente, ser valorizada. Essa valorização não se faz só
no discurso, faz-se com gestos práticos, melhorando a remuneração.
Ainda falta mais uma coisa: o projeto de incorporação da gratificação dos auxiliares de
administração escolar não veio. É preciso que o governo também tenha a preocupação de fazer com
que esse projeto chegue a esta casa – e nós estamos cobrando –, para que possamos votá-lo também.
Dito isso, presidente, eu quero chamar a atenção da sociedade, chamar a atenção desta casa e
chamar a atenção do Brasil, especialmente das autoridades aqui no Distrito Federal. Sabe, deputado
Wellington Luiz, não dá para continuarmos convivendo com o nível de violência praticado contra as
mulheres no Distrito Federal. Não podemos achar que é normal, do dia 1º de janeiro até hoje, 23
mulheres terem sido assassinadas, com requinte de crueldade.
Eu fico imaginando, deputado Pastor Daniel de Castro, o que leva um ser humano... Não dá
para chamar de ser humano esse covarde que assassinou a policial dando 64 facadas nela. Esse cara é
a besta-fera, deve ser filho do capeta.
O que me deixa mais angustiado é verificar que, a cada dia, vai-se contabilizando as mulheres
que são assassinadas, que são espancadas, que são estupradas. Nós precisamos botar um freio nisso,
precisamos acabar com isso. Não dá para continuarmos achando que é normal a violência praticada
contra mulheres aqui no Distrito Federal. Esta é a unidade da Federação, aquilo que seria a capital da
civilidade, onde mais se espanca, mais se mata e mais se estupra mulher. É inaceitável isso!
É preciso que todos os órgãos de governo, inclusive esta Câmara Legislativa, estejam voltados
a combater esta chaga horrenda que é o feminicídio e o ataque feito às mulheres.
Fica aí a reflexão. Espero que essa sociedade se levante contra isso. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante. Suas
palavras representam o sentimento desta casa.
Hoje – eu tenho dito isto aonde eu vou – essa não é uma das principais bandeiras, não; a
principal bandeira desta casa é o combate ao feminicídio e à violência contra as mulheres. Esta casa
não se furtará a fazer o que tiver que fazer, seja contra quem for. Esse é o nosso papel. Seremos
isentos nas apurações que chegarem a esta casa. Estamos buscando os órgãos fiscalizadores. Os
parlamentares estão se manifestando. Eu até agora, deputado, não conheci nenhuma voz para tentar
desviar qualquer investigação que fosse. Pelo contrário, nós queremos que as apurações aconteçam
para que prevaleça a verdade sobretudo – isso é o mais importante – e que seja feita a justiça. Eu
estou muito tranquilo em relação a isso.
A casa, hoje, recebeu uma manifestação. A deputada Doutora Jane foi até lá nos
representando e, mais uma vez, endossou o compromisso de fazermos o que tiver que ser feito.
Agradeço a V.Exa. por nos lembrar dessa importante discussão e dizer que a principal bandeira
desta casa é o combate à violência contra a mulher e contra o feminicídio.
Muito obrigado. Agradeço a V.Exa.
Quero saudar e agradecer...
(Manifestação da galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado. Irei lá com o maior prazer tão
logo encerremos a sessão.
Quero agradecer e saudar os concursados da Defensoria Pública. Já fiz contato com o defensor
público-geral, doutor Celestino. Ele está preparando a proposta para mandar para esta casa para que
possamos discutir a criação e o aumento dos cargos. Isso já foi feito diretamente por mim e por outros
colegas deputados.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Muito obrigado, deputado.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Presidente, eu quero
parabenizar a sua fala. V.Exa. é um policial civil, representante da sociedade, presidente. Eu sou
testemunha da sua atuação em defesa das mulheres.
Quero registrar também que eu, a deputada Doutora Jane, a deputada Jaqueline Silva e a
deputada Dayse Amarilio tivemos uma reunião hoje cedo para que pudéssemos realmente estar juntas
como bancada feminina, para que possamos nos posicionar aqui. Nós estamos nesta defesa de darmos
protagonismo para mais mulheres, estarmos atentos a qualquer tipo de violência que aconteça com
qualquer outra mulher.
Estive falando mais cedo. Nós estivemos na manifestação. Várias mulheres de vários lugares do
Distrito Federal estavam nessa manifestação aqui fora. É importante que nós, como casa legislativa, os
24 parlamentares, façamos com que todos os fatos que ocorram nesta casa sejam da forma mais
transparente e mais criteriosa possível. Tenham o nosso compromisso, como bancada feminina, das 4
parlamentares e tenham certeza de que temos também o compromisso dos outros parlamentares para
que possamos, como o senhor disse, defender isso com o maior critério possível, com essa observação.
Senhor presidente, eu faço uma observação, aproveitando que o plenário está mais cheio: que
todos os órgãos de imprensa tenham cuidado na hora de divulgar qualquer denúncia de mulher e não
coloquem o nome dessas mulheres nesses órgãos de denúncia. Por quê? Porque, com a intenção de
tentar auxiliar a denunciante, estão expondo uma mulher. E, nesse sentido, nós temos denunciantes
que estão expostas à sociedade. E isso atinge a família, atinge o marido, atinge crianças, atinge filhos.
Então, pedimos encarecidamente – agradecendo a divulgação de toda a imprensa – que
preservemos o nome das mulheres que são denunciantes, para que possamos preservar a família e,
principalmente, o direito dessas mulheres.
Muito grata, senhor presidente. Que Deus nos abençoe.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, nobre deputada Paula
Belmonte.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhores e
senhoras deputadas, este uso da palavra também é para lamentar a morte da policial civil Valdéria da
Silva. É lamentável. Já é o 23º feminicídio em nossa cidade neste ano.
Quero fazer um apelo ao Governo do Distrito Federal. Já o fiz outras vezes aqui e já estive
conversando com o próprio governador, com o Gustavo, da Casa Civil, e com a vice-governadora Celina
Leão, no sentido de regulamentarmos as leis que são aprovadas aqui.
Nós temos 2 leis muito importantes. Uma de 2017, de minha autoria, que obriga o debate
sobre violência contra a mulher e valorização das mulheres nas escolas públicas. Essa lei até hoje não
entrou em vigor. Temos outra lei que pune o agressor de mulher com multa. Dependendo da agressão,
o valor vai de 500 a 500 mil reais – essa lei foi aprovada este ano. E, infelizmente, o Executivo não
regulamenta as leis, não as coloca para funcionar.
E, assim, dias e meses se passam e continuamos vendo casos de feminicídio aqui na nossa
cidade. E nós fazendo muito pouca coisa. Todo mundo vem aqui e lamenta. O governo lamenta, os
deputados lamentam, mas, concretamente, política pública não há quase nenhuma.
Vamos fazer o debate sobre feminicídio e violência contra as mulheres nas escolas
urgentemente! Se fizermos isso, logo, logo, teremos uma geração menos machista no Distrito Federal.
A geração atual, a nossa geração, é machista. Ela não respeita o direito das mulheres. Por isso tanta
violência, por isso tanto feminicídio.
Vamos preparar a geração nova! Aqui está cheio de alunos novos. Se começarmos a fazer esse
trabalho nas escolas, em pouco tempo teremos jovens, homens e mulheres que vão entender que essa
violência não pode continuar. Fica aqui o meu apelo ao Governo do Distrito Federal.
E há outras leis, viu? Este ano nós aprovamos leis interessantíssimas e importantíssimas para o
combate à violência contra a mulher, mas o Executivo não as regulamenta, não as coloca para
funcionar. Fica aqui o meu apelo.
Lamento profundamente isso e me solidarizo com todas as mulheres que são vítimas de
violência e, principalmente, com essas 23 famílias que perderam um ente querido, que perderam sua
mãe por conta da violência contra as mulheres.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputado Ricardo Vale.
Lembro que não temos a 24ª porque essa mulher conseguiu reagir em legítima defesa e acabou
tirando a vida do seu algoz. Senão, hoje nós teríamos 24 vítimas. Graças a Deus, uma conseguiu evitar
sua morte.
Convido para fazer uso da palavra o senhor deputado Robério Negreiros. (Pausa.)
Desculpe-me, deputado Rogério Morro da Cruz. Eu vi que você não havia sido chamado ainda.
Encerro os Comunicados de Líderes.
Mais uma vez questiono aos deputados se podemos passar para a Ordem do Dia. Em respeito e
homenagem aos professores que aqui se encontram, colocaremos como primeiro item de pauta,
conforme solicitado pelo deputado Chico Vigilante, o Projeto de Lei nº 470.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Presidente, só para também
registrar a nossa solidariedade a mais esse caso gravíssimo que o deputado Ricardo Vale trouxe. Mais
um caso de feminicídio. Esse é um fenômeno trágico que tem a ver com uma violência de gênero
instalada na sociedade. Isso tem a ver com uma lógica que está incrustada na cabeça da masculinidade
que domina e objetifica as mulheres, seja nas relações sociais, seja nas relações sexuais, submetendo-
as às piores formas de violência.
Em 2019, nós instauramos nesta casa a CPI do Feminicídio. Visitamos praticamente todos os
órgãos de proteção à mulher do Distrito Federal. Infelizmente, ainda não há uma porta de entrada
segura. A mulher faz a denúncia e sai com a medida protetiva de urgência no bolso e não tem
fiscalização, porque o Provid, que é o programa da Polícia Militar, não dá conta de todos os casos, não
acompanha todos os casos.
Um dos problemas para a quebra do vínculo é o vínculo econômico. Há demora, às vezes, de 1
mês, 2 meses, 3 meses, para se ter acesso a um benefício social. São várias portas de entradas, seja
na Sejus, seja na Secretaria da Mulher, seja na Secretaria de Assistência, sem resolução para o
problema, sem acompanhamento, porque o conflito começa com muitas outras violências – que podem
ter uma atuação precoce, preventiva do Estado, mas que, infelizmente, não têm.
Até hoje o próprio programa de órfãos do feminicídio, que é posterior a isso, não funciona e
não garante a dignidade desses filhos e filhas de uma tragédia como é o feminicídio. E muitos homens
ainda tratam os autores do feminicídio como maníacos, com patologias. Não são patologias, são
crimes. São criminosos, que cometeram crimes racionalmente, porque patologizá-los, chamá-los de
doentes é uma forma de relativizar o crime. E também não dá para dizer que é crime por ciúmes. Não
existe crime por ciúme. Existe o criminoso que acha que pode objetificar e dominar essas mulheres.
É inaceitável esse crime. Vimos essa tragédia que aconteceu, a mobilização da Polícia Civil do
Distrito Federal, foi um caso emblemático. Mas são muitos, dezenas de casos.
O Governo do Distrito Federal precisa parar o bonde para priorizar esse tema. Tem que haver
uma saída imediata. A mulher tem que entrar em uma delegacia e sair com benefício, sair com
proteção, sair com a medida protetiva de urgência. Temos que parar esse tipo de crime.
Como falou o deputado Ricardo Vale muito bem, a questão é preventiva. Qual tipo de
masculinidade estamos construindo? Eu sei, presidente, por eu ser um homem gay – V.Exa. sabe disso
– que está hoje na política. Homem não chora. Homem acha que é mais poderoso que os outros. Faz
brincadeira, como se aquilo que fosse da mulher fosse ruim. Absolutamente misógino. Essa
masculinidade é uma masculinidade predatória, que quer dominar, que quer violência, que quer arma,
que quer pancada.
Para concluir, presidente, essa é a masculinidade que se tem criado, essa é a masculinidade
exaltada, essa do machão, que põe o dedo na cara, que desce a pancada, que domina a mulher, que
não respeita a opinião plural. Essa é a masculinidade que, levada ao extremo, produz esse nível de
violência. Então, é preciso debater isso na escola. Homem chora, homem tem suas fragilidades. É
preciso aprender generosidade e não dominação, discutir esses papéis de gênero. Quando falamos
disso, falamos desse tipo de debate. Não à construção de uma masculinidade que sujeita, que violenta,
que humilha as mulheres. Eu acho que isso é uma questão de prevenção; então, temos que ter política
pública na escola desde o início, para termos uma nova geração que não seja essa geração da
violência.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Parabéns, em especial quando V.Exa. fala que estão querendo patologizar aquilo que é crime. É
crime mesmo, tem que ser tratado como crime. V. Exa. foi extremamente feliz, apesar de ser uma
situação tão infeliz, mas V.Exa. coloca isso com muito cuidado. Então, parabéns e muito obrigado. Esse
é o sentimento que nós cidadãos precisamos ter aqui. Então, agradeço a V.Exa. e o parabenizo pelo
perfeito pronunciamento.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Sr. presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa., depois ao
Deputado Chico Vigilante e depois ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Presidente, estou muito
ansiosa para votar o projeto dos professores, mas eu queria colocar aqui uma situação que está nos
deixando muito angustiadas, como parlamentar e como mulheres que somos.
Descemos ali, na movimentação das mulheres, que é legítima, e ali fui abordada por alguns
jornalistas, algumas pessoas de alguns blogs, perguntando o que a casa fez. Somos muito
responsáveis. Acho que, quando somos parlamentares, temos que entender, inclusive, o Regimento da
casa, os ritos da casa. Não podemos agir, inclusive, como cidadãos comuns da população porque nós
precisamos dar uma resposta.
Nós estamos muito angustiados, torcendo para que isso se resolva e para que tenhamos
acesso a essa investigação, de forma que as coisas se resolvam. Nós precisamos saber realmente! As
denúncias são graves e são veiculadas pela imprensa. Não chegaram nem aos nossos gabinetes, nem a
esta casa, formalmente, as provas. E não podemos atuar, pelo que eu entendi do Regimento, sem as
provas. Então, precisamos, realmente, de celeridade até para que possamos dar uma resposta pois isto
dói na gente: nós estamos vivendo aqui uma epidemia disso! Nós somos representantes do povo e
precisamos dar uma resposta para a população.
Então, eu queria aqui, inclusive, dizer que nós estamos soltando uma nota como bloco. Nós
identificamos já tudo que pedimos aqui. O pedido foi feito pelo senhor, foi feito pela procuradoria. Há
uma solicitação ao MP e o inquérito está sendo apurado, mas nós somos muito responsáveis.
Então, falar que nós não estamos fazendo nada é, de certa forma, leviano. É preciso tomar
cuidado com a nossa fala porque nós somos muito responsáveis pelo que nós estamos fazendo aqui.
Eu sei do papel que eu estou fazendo aqui como mulher, como legisladora e eu tenho muita
responsabilidade no que eu faço e torcemos para que isso seja apurado porque precisa ser apurado! A
bancada toda está junta.
Nós estamos muito constrangidas, comovidas e queremos a solução dessa situação! Inclusive,
vamos pedir formalmente à procuradora, deputada Doutora Jane, que também escute – foi uma ideia
da deputada Jaqueline Silva – a sociedade civil organizada para que entendamos a preocupação que
ela nos trouxe, mas nada chega formalmente; então, ficamos, muitas vezes, sem ter como agir.
Eu queria fazer este desabafo aqui, por último, dizendo que ficamos, realmente, nessa situação
que o deputado Ricardo Vale colocou: as leis existem, mas elas não são regulamentadas. Inclusive,
existe uma lei minha que foi vetada pelo governo e que é para atender essas mulheres que chegam,
muitas vezes, espancadas ao hospital num lugar mais digno.
Precisamos que alguma coisa seja feita de fato. Vamos fazer uma audiência aqui, no dia 29,
para debater isso, mas queremos debater o cerne da questão, que é muito profundo. É algo muito
preocupante, mas eu também queria que tivessem um certo cuidado conosco, principalmente com as
parlamentares mulheres. Já estamos inclusive vivendo essa dor. Então, tenham um pouco mais de
respeito com as mulheres, como a deputada Paula Belmonte falou, que estão sendo expostas pela
imprensa – acho que a imprensa faz o seu papel, sim, mas as mulheres estão sendo revitimizadas, e
nós, muitas vezes, colocadas como se não estivéssemos fazendo nada. E isso não é verdade.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Deputada, nós temos que ter a consciência tranquila de que o dever a ser cumprido está sendo
cumprido. Obviamente que vêm ataques de toda a natureza e de todos os lados. Mas temos a
consciência tranquila. Há pouco conversei com o deputado Max Maciel, com o deputado Gabriel Magno,
com o deputado Pastor Daniel de Castro, com o deputado Thiago Manzoni, com V.Exa., com a
deputada Jaqueline Silva, com a deputada Paula Belmonte. Todos nós temos a certeza e a
tranquilidade de que vamos fazer o que tiver que ser feito.
Alguns órgãos fiscalizadores, os órgãos investigadores que são responsáveis por apresentar
aquelas denúncias para que a Câmara Legislativa possa tomar as providências ainda não as
apresentaram. Não dá para você antecipar, não dá para você inverter. Não tenha dúvida de que os
fatos serão apurados com todo rigor e com toda isenção. Com relação a isso, esta casa tem
tranquilidade e fará o que tiver que ser feito.
Muito obrigado.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, deputado
Wellington Luiz, na verdade, eu vou dizer a V.Exa. qual é a angústia maior da deputada Dayse
Amarilio. É que há um elemento aí que se intitula jornalista e não é jornalista, que ataca esta casa
constantemente e os deputados e deputadas que não jogam no time dele. O nome desse elemento é
Hot Dog. Ele se intitula Hot Dog. Foi ele que desacatou há pouco a deputada Dayse Amarilio. Foi ele
que disse à deputada Dayse Amarilio que ela não vale nada e que a Câmara Legislativa também não
vale nada, ali fora agora há pouco.
Portanto, o que esta casa precisa fazer é tomar providências contra elementos desse tipo. Nós
temos que mostrar... Ele disputou a eleição, deputada Paula Belmonte, não ganhou e fica com raiva do
mundo, fica com raiva de quem foi eleito e começa a atacar as pessoas. Portanto, eu estou fazendo
aqui em forma de questão de ordem a V.Exa. um pedido para que V.Exa. encaminhe a abertura de um
procedimento investigativo para que possamos encaminhar ao Judiciário, para que esse elemento seja
punido e pare de desacatar mulheres, desacatar deputadas.
Quero dizer, deputada Dayse Amarilio, que V.Exa. tem toda a nossa solidariedade e todo o
nosso apoio. V.Exa. não está sozinha. Nós estamos aqui, homens e mulheres, irmanados com um único
objetivo: apurar a verdade, punir quem tem que ser punido, mas não vamos aceitar agressão contra as
nossas deputadas.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Exatamente, deputado Chico Vigilante. Eu vou
pedir, inclusive, que a Polícia Legislativa já adote as devidas providências contra esse moleque. Tomara
que ele esteja me ouvindo e que lá fora ele conteste a mim, porque eu estou o chamando de moleque.
Eu conheço. Foi candidato e talvez esteja buscando espaço político.
Da mesma forma que nós não vamos aceitar qualquer tipo de ataque a outras mulheres, não
aceitaremos ataque às nossas deputadas. Então, não há problema nenhum. Se ele quiser falar para
mim, é só me esperar lá fora, que eu vou ouvi-lo falar isso para mim.
Por enquanto, solicito à Polícia Legislativa que adote as devidas providências. Façamos o que
tem que ser feito. Se for o caso, inclusive, vamos proibir... Aqui é a casa do povo, mas do povo que
respeita. Não desses moleques travestidos de...
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Presidente, eu fiz um desabafo
ao deputado Chico Vigilante, que acabou trazendo a situação.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Tem que falar mesmo!
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Eu só queria deixar registrado que nós estávamos na
movimentação ali fora. Eu não o conheço. Ele me abordou já com o telefone para gravar uma fala.
Como havia mulheres, eu falei: “Eu quero ouvir as mulheres. De onde o senhor é? O senhor
pode se apresentar à assessoria que eu já atendo o senhor”. Ele falou: “Eu não falo com assessor”.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nossa! (Risos.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Eu falei: “De onde o senhor é?” Perguntei novamente: “De
onde o senhor é?” Eu não sabia quem ele era. Daí, ele, muito nervoso, falou: “Se você não quiser falar,
não precisa falar”. E generalizou: “Vocês, deputados, não sei o que estão fazendo aí porque vocês não
prestam para nada”. Falou isso de forma bem agressiva, em um tom de voz bem alto, e virou as
costas. Eu falei assim: “O senhor está me desrespeitando. Eu não vou falar mais com o senhor”. Aí, ele
saiu gesticulando.
Havia alguns policiais que chegaram perto. Eu não o conhecia. Fiquei sabendo agora quem ele
era. Não sabia quem ele era. Não sabia nem falar o nome dele, Hot não sei o quê...
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Hot Dog.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Mas a forma foi desrespeitosa.
Nós sempre atendemos todo mundo. Estávamos ali fora para ouvir as mulheres. Eu queria dar
preferência para as mulheres. Foi realmente uma maneira muito desrespeitosa de falar.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Esse é o tal do machista que é muito homem
com mulher, que é muito homem na internet, mas, frente a frente, não costuma ser macho desse
tanto, não. Tomara que ele esteja me ouvindo, para que fique o recado para ele.
(Manifestação da galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Covarde. É isso. Covarde não é homem; é
diferente. Muito obrigado.
Nós já vamos fazer, inclusive, uma moção de persona non grata para que ele não frequente
mais esta casa.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu agradeço a
V.Exa. e ao nosso nobre vice-presidente, deputado Ricardo Vale.
Hoje o dia está um pouco conturbado. Eu começo me solidarizando com a deputada Dayse
Amarilio pelo ocorrido.
Eu queria falar sobre 3 ponderações que foram feitas por parlamentares que me antecederam,
começando por V.Exa., presidente, que disse que isso não é postura de homem. Eu acho que essa é
uma delimitação muito importante que seja feita, porque existe postura de homem, no sentido de ter
hombridade, e existe postura que não é de homem. Quem tem hombridade jamais profere insultos
contra uma mulher, jamais fala dessa maneira, jamais se comporta de modo a agredi-las verbal,
psicológica ou fisicamente. Acho que essa é uma parametrização que vale para tudo na vida. Então,
fica aqui a minha solidariedade, deputada Dayse Amarilio, pelo ocorrido.
Eu gostaria de falar de outros 2 apontamentos. Primeiro, que estão tentando tornar doença
aquilo que é crime. Isso é verdade. Não é de hoje. Não é de hoje. O cara é estuprador... Por exemplo,
uma menina de 19 anos entrou em um uber, domingo, ela ia de Águas Claras para Ceilândia. O cara
desviou o caminho e estuprou a menina. Dezenove anos! Essa menina foi marcada para sempre, não
só no seu corpo, mas também nas suas emoções.
Há uma discussão para tornar isso complexo. Isso é crime. O cara é um vagabundo. Ele tem
que ser punido por isso. E há até – não é questão distrital – alguns deputados na esfera federal que
defendem a castração química: “Ah, mas não vai resolver o problema”. O desse cara resolve. O desse
cara está resolvido, ele é criminoso, ele não é doente.
E isso vale para tudo, inclusive para a pedofilia, presidente. Porque, às vezes, tergiversamos
quando o assunto é favorável a determinada corrente ideológica. Aí pode dizer que é doença, quando
não é, não é doença. É crime! É crime! Não interessa se é pedófilo, se é estuprador ou se é outro.
Criminoso é criminoso.
E a última ponderação que eu queria fazer, presidente, é sobre masculinidade, porque, ao
longo do tempo, a depender da forma como as coisas são colocadas, tem-se que a masculinidade é
algo ruim por si só. E não é. Toda criança, quando nasce, precisa, para crescer saudável
emocionalmente, tanto da figura materna, que é a figura feminina, quanto da figura paterna, que é a
figura masculina.
A masculinidade dá destino, dá segurança, oferece exemplo de caráter, outros exemplos. E ela
pode ser boa, ela não é ruim por si só. Existem alguns homens que não sabem se comportar como
homens – é verdade –, não têm hombridade. Essa masculinidade é ruim, não deve servir de exemplo,
mas nem toda masculinidade é ruim. E eu falo isso porque nós estamos diante de uma geração
carente. Carente de líderes, carente de bons exemplos, carente de homens que assumam a sua
masculinidade, respeitando as mulheres, valorizando as mulheres, colocando-as num patamar que elas
merecem e devem estar, em um patamar de honra, e não menosprezando-as e diminuindo-as.
Então, eu faço só essa ponderação, de que a masculinidade por si só não é ruim. Aqui nós
temos homens, como V.Exa., o deputado Ricardo Vale, o deputado Pastor Daniel de Castro e outros
que comprovam que a masculinidade não é ruim por si só.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Belíssimas palavras. Agradeço a V.Exa.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (Sem partido. Sem revisão do orador.) – Presidente,
uma ótima tarde a todos.
Sou totalmente solidário ao deputado. Quero dizer que política temos que fazer com muita
responsabilidade. Os desesperados têm que aguardar o processo eleitoral de 2026.
Quero dizer que eu tenho recebido várias ligações. Fui abordado por vários jornalistas aqui na
entrada da Câmara Legislativa interrogando-me sobre a situação. Eu entrei aqui com a plena convicção
de trabalhar pelo povo do Distrito Federal, de defender o trabalhador com muita responsabilidade. Eu
não vou me precipitar aqui nesta casa.
Eu estava há pouco falando com o deputado Max Maciel sobre o assunto, sobre essas
acusações que têm ocorrido, que estão sendo divulgadas pela imprensa do Distrito Federal sobre o
nosso companheiro e amigo.
Eu costumo dizer: após a apuração, se estiver errado, tem que responder. Não temos que ficar
passando a mão na cabeça de quem está errado, seja o meu filho ou quem quer que seja. Mas, por
enquanto, eu não vou me precipitar, porque eu fui eleito para trabalhar e cuidar da melhor forma da
sociedade brasiliense.
Como há uma acusação, mas não há apuração? Eu sou totalmente contra qualquer violência. A
partir do momento em que uma parlamentar, uma cidadã, é abordada dessa forma, um cidadão desses
tem que ser criminalizado.
Essas são as minhas palavras e eu estou aqui à disposição para servir, sempre servir, sempre
com a verdade. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. Encerrados os
Comunicados de Líderes.
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Conforme acordo feito, declaro encerrados os Comunicados de Parlamentares, para iniciarmos
a Ordem do Dia.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
Iniciando a Ordem do Dia, procederemos à leitura do item nº 235. Antes, porém, consulto os
líderes se há acordo para superarmos o sobrestamento dos 233 vetos da Ordem do Dia e apreciarmos
as demais matérias constantes na Ordem do Dia e os itens da extrapauta.
Não havendo manifestação em contrário, procederemos à leitura do primeiro item de pauta.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – O senhor me permite passar a tarefa de ler para o
querido vice-presidente deputado Ricardo Vale?
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Claro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Ele já estava com a bala na agulha.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Pronto, já estava com a bala na agulha, fica
mais fácil.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Por favor, nosso vice-presidente, trabalhe.
DEPUTADO RICARDO VALE – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro, sempre muito
gentil.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Item nº 235:
Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 470/2023, de autoria do Poder
Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105, de 03 de maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério
Público do Distrito Federal e dá outras providências".
Aprovado parecer favorável da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças na forma da
emenda do relator e da Comissão de Constituição e Justiça na forma da subemenda do relator. A
Comissão de Economia, Orçamento e Finanças deverá se manifestar sobre a subemenda. A Comissão
de Educação, Saúde e Cultura e a Comissão de Assuntos Sociais deverão se manifestar sobre o projeto
e emendas.
Solicito ao relator, deputado Jorge Vianna, que emita parecer da Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças sobre a matéria.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
à subemenda ao Projeto de Lei nº 470/2023, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105,
de 03 de maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e dá outras
providências”.
Senhor presidente, no âmbito da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, somos pela
admissibilidade da subemenda.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 15 deputados.
Solicito ao presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, deputado Gabriel Magno,
que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Gabriel Magno,
que emita parecer da Comissão de Educação, Saúde e Cultura sobre a matéria.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Educação, Saúde e Cultura ao
Projeto de Lei nº 470/2023, e às suas emendas, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº
5.105, de 03 de maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e dá
outras providências”.
Mais uma vez aqui eu quero saudar os professores e professoras, orientadores e orientadoras,
que arrancaram com luta, com mobilização, e com uma greve de 22 dias, este projeto de lei, ao qual
pela Comissão de Educação, Saúde e Cultura, somos favoráveis no mérito, acatando a subemenda da
Comissão de Constituição e Justiça.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado, subemendas e a
emenda.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 15 deputados.
Solicito à presidente da Comissão de Assuntos Sociais, deputada Dayse Amarilio, que designe
relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito à relatora, deputada Dayse Amarilio,
que emita parecer da Comissão de Assuntos Sociais sobre a matéria.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para emitir parecer. Sem revisão da oradora.) – Obrigada,
presidente. Vou relatar daqui para olhar a carinha de vocês, porque eu estou tão emocionada quanto
vocês.
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Assuntos Sociais
ao Projeto de Lei nº 470/2023, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105, de 03 de
maio de 2013, que “reestrutura a carreira Magistério Público do Distrito Federal e dá outras
providências".
No que tange ao mérito da proposição, entendemos que a proposta é de grande relevância,
pois está de acordo com a política de valorização dos servidores, bem como visa ao cumprimento da
Meta 17 do Plano Distrital de Educação.
Dentre os vários pensamentos de Paulo Freire, o educador afirmava: “Educação não transforma
o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Nesse processo de transformação,
o profissional da educação tem um papel fundamental, pois ele atua para transmitir, ensinar e dar
acesso ao conhecimento, sendo urgente que os servidores da educação sejam reconhecidos e
valorizados.
Temos acompanhado, nos últimos anos, as condições de trabalho precárias que envolvem a
educação. Turmas superlotadas, desmonte da EJA e do ensino especial, atrasos no repasse do PDAF.
Entendemos que ganhamos uma batalha, mas, não, a guerra. A valorização salarial é importante, mas,
como servidora pública, eu sei que também precisamos de condições dignas de trabalho. É preciso
aperfeiçoarmos o PDAF para que o desenvolvimento de projetos pedagógicos e a aquisição de
ferramentas metodológicas que auxiliam o professor possam ser mais efetivos.
Esse ajuste que houve não é o ideal, mas é uma forma de contribuir com a discrepância salarial
dos servidores diante da economia. Dessa forma, parece inegável que o projeto é extremamente
meritório, sendo fruto da pauta de negociação com o governo.
Queria dedicar este parecer a vocês e dizer que este é um dia histórico. Eu tive a oportunidade
de dar minha contribuição e entendo cada dia mais que a política é feita de divergência, convergência e
acordo. Hoje é dia de acordo, de cumprirmos um acordo.
Quero agradecer-lhes, dizer que nós temos outras lutas – muitas outras lutas – para
conquistar, inclusive com as outras categorias que fazem parte da educação, como o SAE e os
diretores, que precisam ter tratamento isonômico. Mas hoje é dia de celebrar.
Parabéns a vocês, parabéns ao Sinpro. Vamos continuar a luta.
Eu tenho certeza de que, se eu estou aqui hoje, como professora, como enfermeira e como
parlamentar, é porque milhares de professores contribuíram para isso. Então, a vocês a minha
dedicação e o meu serviço dentro dessa Câmara Legislativa.
Nós somos pela aprovação. Só para deixar bem claro nos registros: a Comissão de Assuntos
Sociais é pela aprovação, presidente, com a Emenda nº 1 da Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças, na forma da subemenda da Comissão de Constituição e Justiça.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, nobre deputada Dayse Amarilio.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 18 deputados.
Em discussão, em primeiro turno.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, boa tarde.
Faço uma saudação especial aos professores e às professoras lutadoras nesse processo
importante. Sabemos que o que estamos votando aqui hoje não é uma concessão. O que estamos
votando aqui hoje é fruto e consequência direta da luta dos professores e das professoras desta
cidade. (Palmas.)
Se a categoria não tivesse se mobilizado, talvez não estivéssemos aqui, hoje, votando este
projeto que é um pequeno passo para a melhoria da carreira docente do Distrito Federal.
Infelizmente, o Governo do Distrito Federal fala muito sobre a valorização de certos segmentos,
mas não a aplica, não a põe em prática. Nós estamos falando ainda de uma das piores carreiras de
ensino superior do Distrito Federal. Ela não recebe valorização, cuidado, nem um olhar específico do
Governo do Distrito Federal, e presta um serviço fundamental.
São mais de 670 escolas espalhadas pelo Distrito Federal. Esses professores se dedicam à
gestão, à direção, à coordenação e aos projetos pedagógicos das escolas. Eles administram as
ausências, para garantir um trabalho sério e transformador para a nossa comunidade. Ainda assim, os
professores e as professoras que estão aqui são atacados pela extrema direita, como se estivessem
ideologizando. Não! Eles são os nossos educadores, cuja autonomia e história merecem respeito. Eles
fazem toda a diferença.
Parabéns! Apesar de alguns setores da sociedade quererem que vocês façam uma educação
morna e que não fale a verdade, vocês fazem uma educação que critica, agita e problematiza. Isso faz
toda a diferença.
Agradeço o trabalho que vocês fazem. Podem contar conosco na luta para garantir a Gaped e
os outros pontos de pauta que vocês apresentaram. Contem conosco também para revogar o aumento
do plano de saúde. Não dá para o governador entregar com uma mão e retirar com a outra o aumento
que está dando aos servidores públicos do Distrito Federal.
O nosso voto é favorável ao projeto de lei.
Reafirmo a nossa luta e o nosso apoio incondicional aos professores e às professoras do
Distrito Federal.
Muito obrigado.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente, saúdo
todas e todos os professores e orientadores da educação do Distrito Federal por este passo, por esta
vitória que foi conquistada nas ruas e não neste parlamento. Este parlamento fez parte do processo
todo que se deu nas ruas, no dia a dia e na defesa de uma educação pública de qualidade.
Este avanço é mais um de tantos que estão na pauta, para a gratificação e a valorização da
gestão, para a melhoria da merenda escolar, que também é uma luta dos professores e das
professoras. Que possamos ter, de fato, um projeto de escola integralizada com a comunidade e com o
território. Isso se faz com orçamento e prioridade.
Estar aqui votando hoje, de fato, esse acordo que foi conquistado nas ruas é motivo de muito
orgulho, porque eu sou fruto da educação pública. Eu sou fruto de cada um e de cada uma de vocês.
Que possamos também zerar... Chamar todos os aprovados e concursados para incorporar
ainda mais essa educação. Que não falte nenhum professor, nenhum orientador e nenhum cargo de
assistência. Que tão logo este projeto chegue a esta casa também.
Contem de novo com o nosso apoio, não só aqui dentro desta casa, mas também nas ruas e
nas lutas.
Muito obrigado, gente. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.
Antes de passar a palavra ao nobre deputado Gabriel Magno, eu queria registrar a presença do
deputado Reginaldo Veras. Agradeço-lhe e parabenizo-o.
S.Exa. foi deputado distrital aqui. Eu tive a felicidade de ser parlamentar com ele. Hoje, é
deputado federal. Lutou intensamente também para que chegássemos a este dia.
Nossos agradecimentos, deputado Reginaldo Veras. Receba o nosso reconhecimento por tudo o
que V.Exa. fez pelos nossos professores e professoras. É sempre um prazer tê-lo na nossa casa.
Muito obrigado.
Além de ser um botafoguense de coração. Se não era, ficou sendo agora.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao Deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Obrigado,
presidente.
Quero também saudar o deputado Reginaldo Veras, que é da Força Jovem, torcida do
Botafogo. (Risos.)
Presidente, eu disse várias vezes, nesta tribuna e no carro de som, que eu estou na Secretaria
de Educação, como professor. Eu tenho muito orgulho de ser concursado da rede pública de ensino
desde 2009.
Eu entrei na rede fazendo greve. Eu tomei posse em março de 2009, e esse sindicato, tão
competente, aguerrido e lutador, chamou uma mobilização e uma greve logo em abril, porque na
época o governador Arruda não cumpriu o acordo com essa categoria.
Eu aprendi, logo de cara, que governo que não respeita professor e professora não dura na
cadeira do Buriti. É preciso respeitar essa categoria. É preciso valorizar não só os professores e
professoras, porque, ao valorizarmos professor e professora, valorizamos o conjunto da sociedade.
Infelizmente, essa foi a primeira greve, presidente, desde 2009, que eu não pude fazer na
escola, porque eu estava nesta casa, mas eu fiz mesmo assim. Participei intensamente de todas as
assembleias. Nós ficamos os 22 dias aqui nesta tribuna com adesivo no peito, para mostrar que este
parlamento não poderia funcionar normalmente enquanto a maior categoria do Distrito Federal
estivesse com as atividades paralisadas.
Foi fruto de uma grande mobilização, talvez a maior greve que esta cidade já viu. Hoje
votamos este projeto de lei que, como eu disse, é apenas uma parte do acordo. Ainda há mais, e é
preciso que o governo encaminhe isso para esta casa.
Nós não vamos parar a luta, porque há ainda um plano distrital de educação a ser cumprido. A
Meta 17 da isonomia salarial. A Meta 20 do investimento do PIB para construir escola; para contratar
professor, professora, orientador, psicólogo, carreira assistência; para equipar os laboratórios das
escolas; para cobrir as quadras; para reajustar o valor do PDAF, que está congelado desde 2012. Há
muita luta para ser feita!
Eu quero dizer, senhor presidente, que hoje eu voto por 34 mil professores e professoras, para
dizer “sim” ao Projeto de Lei n° 470 e para dizer ao Governo do Distrito Federal: respeite os
professores e as professoras!
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Gabriel Magno. V. Exa.
teve um papel fundamental nessas negociações, junto com o Sinpro. O nosso reconhecimento e o
nosso agradecimento pelo que vocês fizeram pelos nossos professores e professoras.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos e
a todas. Boa tarde, senhoras e senhores deputados, colegas da imprensa, nossos colegas servidores,
professores, educadores, todos da educação, nossos colegas do Sinpro, que tão bem fizeram essa luta
em um momento, como eu falei para eles, muito crítico. Parabéns pela coragem! Acredito que foi o
único sindicato que foi para a rua mesmo em um momento pós-pandêmico, com toda aquela
dificuldade financeira e sem saber como seria o futuro. Foram lá cobrar uma promessa do governo.
Então, hoje se concretiza essa grande vitória dos professores. Eu diria que essa é apenas uma
das vitórias que conseguiremos nesta casa ao longo dos próximos anos, viu, Sinpro?
Pessoal, eu tinha uma ideia... Nós somos de sindicato, somos servidores e tínhamos a ideia de
que professor tinha uma remuneração relativamente razoável. Mas, depois que eu tive acesso à tabela
de cargos e salários de vocês, eu vi que o professor de Brasília é um dos que ganha menos no Brasil,
por incrível que pareça.
Aquela cultura de que servidor ganha bem em Brasília, esse estigma, essa característica que
um dia já aconteceu, faz com que as pessoas imaginem que os professores, os médicos e os policiais
ganhem bem. No entanto, não ganham bem.
Quando eu tive acesso à tabela de vocês, fiquei mais preocupado ainda, porque, em um dado
momento, houve uma negociação na tabela dos professores em que ocorreu uma incorporação da
gratificação, que, para todos nós, servidores, chama-se titulação, mas que, para os professores, foi
incorporada com outro nome. Enfim, está lá no vencimento.
Foi nesse momento que eu vi a discrepância entre o salário de um professor recém-contratado
e o de um professor, por exemplo, que tem doutorado. A diferença é praticamente de 200 reais – um
professor doutor. Então, que incentivo têm os educadores em fazer uma pós-graduação, um mestrado
ou um doutorado? Nenhuma.
Acho que isso tem de ser revisto. Eu já conversei com os nossos colegas do Sinpro e todos já
estão afiados para debater essa questão. Podem contar com este deputado aqui. Tenham a certeza de
que iremos mudar essa realidade da educação em Brasília.
Senhor presidente, falando ainda em educação, eu gostaria de lembrar e ressaltar o importante
papel do Sinproep, que é o Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do
Distrito Federal. Pasmem, senhoras e senhores professores: sabem aquele horário do recreio, aquele
horário de descanso que os professores têm no intervalo das aulas? Os professores do magistério, até
o 5º ano mais ou menos, não estavam recebendo esse horário de descanso, chamado hora do
intervalo. O patrão, o dono do estabelecimento de ensino, não pagava aqueles 15 ou 20 minutos ao
professor. Aí, o Sinproep começou a entrar com ações na justiça e ganhou todas elas. Notificaram
várias escolas, o que fez com que os professores recebessem.
Parabéns ao Sinproep por ter defendido essa classe trabalhadora, esses professores da
iniciativa privada, que muitas vezes são escalpelados, muito cobrados na sua atuação e principalmente
pouco remunerados. O Sinproep, a Karina, o Rodrigo, são pessoas muito engajadas na melhoria para
professores da educação privada. Parabéns ao Sinproep e ao nosso Sinpro-DF!
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Jorge Vianna.
Agradeço aos nobres deputados pela participação.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, deputado Gabriel Magno, em um momento importante como este, é
fundamental colocarmos as coisas do jeito que elas aconteceram.
Primeiro, é fundamental dizer da importância que teve a mobilização do sindicato, uma
diretoria coesa, que fez com que a greve acontecesse. Mas também é muito importante falarmos,
senhor presidente – por isto que fiz questão de vir aqui falar –, das articulações que apoiaram a
paralisação.
Eu quero falar do papel de V.Exa., deputado Wellington Luiz, em relação ao nosso pedido; eu
quero falar dos nossos contatos, deputado Gabriel Magno e Luciana, com o chefe da Casa Civil do
Governo do Distrito Federal, o Gustavo – quantas reuniões tivemos com o Gustavo, até que a proposta
saísse? –, e quero falar sobre a firmeza que a Luciana teve ao representar, efetivamente, a categoria.
Portanto, é preciso ficar claro que o movimento de rua é muito importante, mas a articulação feita para
que as coisas aconteçam também é fundamental.
Estou satisfeito por ver aqui o professor que sempre esteve conosco nessas lutas e que hoje
vem em um momento de comemoração, o deputado Reginaldo Veras. Seja bem-vindo novamente a
sua casa!
Luciana, eu fiz questão de falar aqui para dizer do papel jogado, bem como da articulação feita
por esta casa para que isso efetivamente acontecesse. Fico feliz por ter participado disso, deputado
Ricardo Vale, porque, sem o nosso trabalho, sem a articulação política, certamente não teríamos tido
esse resultado.
Portanto, esse é o reconhecimento que eu faço a esta casa, pela sua importância neste
momento.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nobre deputado Chico Vigilante, mais uma
vez, eu lhe agradeço pelas palavras. V.Exa. também foi fundamental nisso.
Ao meu lado, encontra-se o nosso convidado, deputado federal Reginaldo Veras, que teve uma
participação fundamental nesse processo. V.Exa. participou conosco de algumas reuniões com o
governador, buscando soluções. Mais uma vez, em meu nome e em nome de todos os colegas da
Câmara Legislativa, agradeço-lhe por tudo que V.Exa. fez por essa importante categoria. Quem ganha
é Brasília com gestos como esse. Muito obrigado. Que Deus o abençoe.
A presidência vai suspender os trabalhos para ouvirmos o ex-deputado Prof. Reginaldo Veras.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 17h08min, a sessão é reaberta às 17h10min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro reaberta a sessão.
Agradeço ao nosso deputado federal Prof. Reginaldo Veras, que muito tem feito por Brasília,
em especial pelos nossos professores.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Iolando.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Deputado federal Prof.
Reginaldo Veras, seja bem-vindo a esta casa, meu amigo.
Senhor presidente, como líder do governo, neste exato momento, quero falar da tramitação do
Projeto de Lei nº 470/2023, encaminhado pelo Governo do Distrito Federal, e das tratativas do
sindicato, que, desde o primeiro momento, esteve conosco, em cada gabinete, conversando com cada
deputado – a Luciana e toda a equipe da comissão, do sindicato –, pedindo-nos para que
acordássemos o apoio junto ao governador para que ele enviasse a mensagem para a Câmara
Legislativa.
Esta casa trabalhou prontamente toda forma de diálogo, como disse o deputado Chico
Vigilante, conversando com o secretário da Casa Civil, conversando com o governador. Tivemos a
atuação maciça de todos os deputados desta casa.
Eu quero parabenizar o governador Ibaneis, porque, mesmo tendo havido a greve e a adesão
dos professores a ela, tivemos uma grande vitória, que foi a vinda desse projeto para cá, que garantiu
as gratificações. Quero parabenizar o governador Ibaneis, que cumpriu o acordo feito com o Sindicato
dos Professores e com outras categorias que vêm a esta casa procurar o apoio dos parlamentares.
Parabéns, governador Ibaneis, pelo cumprimento da sua palavra.
Sabemos que ainda há muito a ser melhorado para essa categoria, uma vez que, entre 31, 32
classes de servidores do Distrito Federal, ela está em 29º lugar, ainda está muito defasada. No Brasil
inteiro, ela está em 17º lugar. Isso é uma vergonha, de fato, mas o governador deu um grande sinal
de compromisso com essa causa, com a categoria e com os professores.
Muito obrigado a todos.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Iolando. Excelente
lembrança. É isso mesmo. Por mais que isso não seja o ideal, é o que foi acordado por esta casa, pelas
mãos e ação do governador Ibaneis e de sua equipe, aos quais quero agradecer também.
Solicito aos deputados que registrem suas presenças. Quero justificar a ausência do deputado
Robério Negreiros, que não se sentiu bem e não pôde estar presente nesta sessão.
Continua em discussão. (Pausa.)
Não havendo mais quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 18 deputados.
A matéria segue a tramitação regimental.
Item nº 236:
Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 471/2023, de autoria do Poder
Executivo, que “Altera a Lei nº 7.171, de 1 de agosto de 2022, que Dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para o exercício financeiro de 2023 e dá outras providências”.
Tramitação concluída.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 18 deputados.
A matéria segue a tramitação regimental.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, já aprovamos em
primeiro turno o Projeto de Lei nº 470/2023 e o Projeto de Lei nº 471/2023, que altera a LDO. Solicito
a V.Exa. que encerre a sessão e abra uma sessão extraordinária para votarmos, em segundo turno, os
2 projetos e sairmos daqui com as matérias já tramitadas na Câmara Legislativa, em homenagem e em
solidariedade aos professores que ainda estão presentes. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Vamos aproveitar o momento e votar os
requerimentos e as moções a pedido de vários deputados. Já aproveitaríamos isso. Pode ser? Será
muito rápido.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, meu pedido é
exatamente que votemos agora os requerimentos e as moções existentes.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado.
Passo a presidência ao deputado Ricardo Vale para eu receber o pessoal da Polícia Civil. Será
muito rápido.
(Assume a presidência o deputado Ricardo Vale.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – O deputado Pastor Daniel de Castro vai presidir a
sessão e eu vou secretariá-la. Passo a presidência para o deputado Pastor Daniel de Castro.
(Assume a presidência o deputado Pastor Daniel de Castro.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Assumo a presidência.
Convido o nobre deputado Ricardo Vale a secretariar os trabalhos da Mesa.
Consulto os senhores líderes se há acordo para votarmos os requerimentos e as moções em
bloco. (Pausa.)
Não havendo manifestação em contrário, passo à leitura dos requerimentos e das moções.
Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:
Item n° 247:
Discussão e votação, em turno único, dos seguintes requerimentos:
– Requerimento nº 692/2023, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “Requer a
realização de Audiência Pública no âmbito da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e
Controle - CFGTC, para debater se o Distrito Federal acompanhou o crescimento dos serviços públicos
essenciais, especificamente nas áreas de saúde, educação, transporte público e segurança pública”;
– Requerimento nº 703/2023, de autoria do deputado Pepa, que “Requer a realização de
Audiência Pública externa para discutir a reforma do estádio Adonir Guimarães, na Região
Administrativa de Planaltina - RA VI”;
– Requerimento nº 713/2023, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “Requer a realização
de audiência pública para debater sobre a importância da atuação dos enfermeiros e enfermeiras
obstetras no Distrito Federal, a ser realizada no dia 10 de novembro de 2023, às 10h, no Plenário desta
Casa de Leis”;
– Requerimento nº 721/2023, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “Requer a realização
de audiência pública sobre o tema: ‘Da violência de gênero ao feminicídio: novos olhares e perspectivas
de atuação’, a ser realizada no dia 29 de agosto de 2023, às 10h, no Plenário desta Casa de Leis”;
– Requerimento nº 745/2023, de autoria do deputado Martins Machado, que “Requer a
realização de Audiência Pública no dia 11 de outubro de 2023, às 9h30, no Plenário, em Comemoração
ao 45º Aniversário do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek.”;
– Requerimento nº 746/2023, de autoria do deputado Joaquim Roriz Neto, que “Requer a
realização de audiência pública para debater o Projeto de Lei nº 117/2023, que dá nova denominação
aos restaurantes comunitários do Distrito Federal”;
– Requerimento nº 749/2023, de autoria do deputado Chico Vigilante, que “Requer a realização
de Audiência Pública para debater sobre as Parcerias Público Privado - PPPs, na rodoviária do Plano
Piloto, em 25 de agosto de 2023.”;
– Requerimento nº 768/2023, de autoria do deputado Fábio Félix, que “Requer a realização de
Audiência Pública no dia 22 de agosto de 2023, às 10:00 horas, para debater a questão do despejo no
Distrito Federal – ‘por um DF sem Despejo.’”.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em turno único, dos seguintes requerimentos:
– Requerimento n° 773/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Requer a
transformação da Sessão Ordinária de 5 de outubro de 2023, em Comissão Geral destinada a debater a
Lei n° 7.293/2023, ‘que dispõe sobre a prioridade na tomada de recursos destinados ao microcrédito
pelo Governo do Distrito Federal aos grupos de mulheres que especifica e dá outras providências’”;
– Requerimento n° 774/2023, de autoria do deputado João Cardoso, que “Requer a realização
de Audiência Pública, no dia 18 de setembro de 2023, às 10h, no Plenário desta Casa de Leis, para
debater sobre a Contribuição de servidores aposentados e beneficiários de pensão ao Regime Próprio
de Previdência Social do Distrito Federal – RPPS/DF”;
– Requerimento n° 780/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Requer a
realização de Audiência Pública, no plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal, no dia 4 de
outubro de 2023, às 19 horas, para debater a Regularização Fundiária da Vila do Boa, localizada na
Região Administrativa de São Sebastião – RA XIV”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da Mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando os requerimentos; os que votarem “não”
estarão rejeitando-os.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 16 votos favoráveis. Houve 8 ausências.
Estão aprovados os requerimentos.
Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:
Item nº 248:
Discussão e votação, em bloco, em turno único, das seguintes moções:
– Moção nº 286/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta Votos de Louvor
e Aplausos para as instituições e personalidades que se dedicam à defesa dos direitos desses
trabalhadores e do meio ambiente”;
– Moção nº 287/2023, de autoria do deputado Roosevelt, que “Reconhece e apresenta votos
de louvor aos SGT F Brandão, SGT G Lourenço, CB Marcos Pádua e SD Igor Valim, todos da Polícia
Militar do DF, pelo ato de bravura praticado ao evitar um trágico incêndio com vítimas na 104 Sul no
dia 11 de março de 2023”;
– Moção nº 288/2023, de autoria do deputado Roosevelt, que “Reconhece e apresenta votos
de louvor as servidoras da SES-DF Camila Solé Ferreira Magalhães Lemes 13969 CRM-DF, Suzana da
Silva Berlim CRM 13036, Tatiana Ferreira Nunes de Oliveira Félix CREFITO 59857F e Mariane Grassi
Sampaio CREFITO 86633-F, as quais integraram a Força Nacional do SUS em emergência de saúde no
Estado do Amapá para enfrentamento de surto de síndromes gripais e aumento dramático das
internações de crianças”;
– Moção nº 289/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor e
reconhecimento aos defensores públicos do Distrito Federal, citados, pelos serviços prestados à justiça,
à população e ao Distrito Federal”;
– Moção nº 290/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Reconhece a
apresenta votos de louvor à quadrilha junina Formiga da Roça, da Região Administrativa de São
Sebastião (RA-XIV), pela conquista do XXIII Circuito de Quadrilhas Juninas do Distrito Federal e
Entorno (LINQ-DFE)”;
– Moção nº 291/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta votos de
louvor às pessoas abaixo relacionadas, integrantes da quadrilha junina Formiga da Roça, da Região
Administrativa de São Sebastião (RA-XIV), pela conquista do XXIII Circuito de Quadrilhas Juninas do
Distrito Federal e Entorno (LINQ-DFE)”;
– Moção nº 292/2023, de autoria do deputado Roosevelt, que “Manifesta Votos de Louvor e
parabeniza os Senhores José Serafim da Silva (Paraíbas das Abelhas) e Matheus Serafim da Silva
Cruzpelos relevantes serviços prestados em parceria com o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal”;
– Moção nº 293/2023, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Parabeniza e
manifesta votos de louvor à jornalista Isadora Teixeira, pelos relevantes serviços prestados à população
do Distrito Federal, em razão da comemoração ao Dia Nacional das Comunicações”;
– Moção nº 294/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta apoio
incondicional às nossas professoras e professores em virtude da sua comparação a traficantes de
drogas”;
– Moção nº 296/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta votos de
louvor e parabeniza à Doutora Maria Cecília Barbosa da Silva Conceição pela promoção ao posto de
Contra-Almirante da Marinha do Brasil”;
– Moção nº 297/2023, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que “Reconhece e apresenta
Votos de Louvor aos Policias Militares- PMDF: Comandante 1º QPPMC André Martins da Silva Gomes,
CB QPPMC Junio César Borges Barros, 1º SGT QPPMC Valderi Rodrigues Pedrosa CB QPPMC Pablo da
Silva Confortini, CB QPPMC Leonardo Vinicius Lima Dutra, CB QPPMC Miguel Pereira, SD QPPMC Lucas
Melo Costa, SD QPPMC Douglas Barbosa de Almeida, CB QPPMC Alexandre José Silva dos Santos, pelo
comprometimento, profissionalismo e dedicação, demonstrados em ‘ATO DE BRAVURA’, no fato
ocorrido no dia 04 de julho de 2023 na Ceilândia”;
– Moção nº 298/2023, de autoria do deputado Robério Negreiros, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor aos servidores da Secretaria de Saúde do Distrito Federal na ocasião da Sessão Solene
em Comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltiplas, que
acontecerá no dia 22 de agosto de 2023 às 19h”;
– Moção nº 299/2023, de autoria do deputado Robério Negreiros, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor aos funcionários, alunos e professores da Universidade Católica de Brasília por ocasião
da Sessão Solene em Comemoração da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e
Múltiplas, que será realizada no dia 22 de agosto de 2023 às 19h”;
– Moção nº 301/2023, de autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor aos cidadãos que especifica, pelos relevantes serviços prestados para a população do
Distrito Federal”;
– Moção nº 302/2023, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta votos de louvor a
Aira Karina Pereira, diretora do Centro de Ensino Fundamental - CEF 08 de Sobradinho, com vistas a
homenagear toda comunidade escolar por seus projetos pedagógicos”;
– Moção nº 303/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão
Solene externa durante a comemoração ao 18º aniversário da Cidade do Itapoã – RA-XXVIII, a
realizar-se no dia 9 de agosto de 2023, às 19h, na Quadra 61 - Área Especial - entre os Conjuntos D/E,
Condomínio Del Lago - Itapoã, Distrito Federal; às pessoas abaixo descritas, pelos relevantes serviços
prestados a esta Região Administrativa tão querida e relevante do Distrito Federal”;
– Moção nº 304/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão
Solene em comemoração e reconhecimento aos 17 anos de criação da Lei Maria da Penha, a realizar-se
no dia 7 de agosto de 2023, às 14h, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal”;
– Moção nº 305/2023, de autoria do deputado Hermeto, que “Manifesta votos de louvor e
parabeniza aos mencionadas pela valorização musical do Distrito Federal em comemoração ao
aniversário de 30 anos do Clube do Violeiro Caipira, à realiza-se dia 09 de agosto, às 09h00 no plenário
da Câmara Legislativa”;
– Moção nº 306/2023, de autoria do deputado Fábio Félix, que “Manifesta louvor às pessoas
que especifica em razão do trabalho desenvolvido em defesa da proteção da Serrinha do Paranoá”;
– Moção nº 307/2023, de autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Manifesta votos de
louvor e parabeniza o senhor Jackson Wilhans Soares Faria pelos relevantes serviços prestados à
população do Distrito Federal, durante a pandemia ocasionada pela Covid-19”;
– Moção nº 308/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, “Moção de apoio a preservação
do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), a não inclusão no teto de gastos e a mudança na
forma de sua correção prevista no texto do PLP Nº 93/2023, aprovada na Câmara dos Deputados”;
– Moção nº 309/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão
Solene externa durante a comemoração ao 18º aniversário da Cidade do Itapoã – RA-XXVIII, a
realizar-se no dia 9 de agosto de 2023, às 19h, na Quadra 61 - Área Especial - entre os Conjuntos D/E,
Condomínio Del Lago - Itapoã, Distrito Federal; às pessoas abaixo descritas, pelos relevantes serviços
prestados a esta Região Administrativa tão querida e relevante do Distrito Federal. (complemento à
Moção nº 303/2023)”;
– Moção nº 310/2023, de autoria do deputado Hermeto, que “Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos professores e alunos destaques do Colégio Militar Tiradentes em razão do aniversário de 11
anos da escola”;
– Moção nº 311/2023, de autoria da deputada Doutora Jane, “Moção de Louvor em Sessão
Solene em comemoração e reconhecimento aos 17 anos de criação da Lei Maria da Penha, a realizar-se
no dia 7 de agosto de 2023, às 14h, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal”;
– Moção nº 312/2023, de autoria do deputado Robério Negreiros, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor ao Soldado Hilquias Ponte Aguiar, pelo apoio e socorro à comunidade de Planaltina”;
– Moção nº 313/2023, de autoria do deputado Iolando, “Moção de louvor às pessoas que
especifica, da comunidade japonesa, pelo importante papel social e econômico desempenhado durante
a construção e desenvolvimento da capital brasileira”;
– Moção nº 314/2023, de autoria do deputado Iolando, “Moção de louvor aos imigrantes
japoneses pelo importante papel social e econômico desempenhado durante a construção e
desenvolvimento da capital brasileira”;
– Moção nº 315/2023, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Reconhece e
apresenta Votos de Louvor aos integrantes do Projeto Impacto Radical por ocasião de sua 90ª edição”;
– Moção nº 316/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;
– Moção nº 318/2023, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que “Reconhece e apresenta
Votos de Louvor aos Policiais Rodoviários Federais Bruno Monteiro e Osmar Cardoso Pereira, pelo
comprometimento, profissionalismo e dedicação, demonstrados em ‘ATO DE BRAVURA’, que resultou
no salvamento de um jovem da corporação que ameaçou contra a própria vida, dia 09/07/2023”;
– Moção nº 319/2023, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Parabeniza e
manifesta votos de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados ao Distrito
Federal, em ocasião da Sessão Solene em comemoração ao 37ºAniversário da Aviação de Segurança
Pública do Distrito Federal, no dia 11 de agosto de 2023, às 15h, na Divisão de Operações Aéreas da
PCDF”;
– Moção nº 320/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta apoio à
votação e aprovação imediata, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 268/2023, que ‘Altera a Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para incluir,
como temas transversais nos currículos da educação básica, a educação política e a educação
financeira”;
– Moção nº 321/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta apoio à
votação e aprovação imediata, no Congresso Nacional, do Projeto de Lei nº 4533/2019, que ‘Inclui
noções de Direito Constitucional e Teoria Geral do Estado na Base Nacional Comum Curricular referente
ao ensino médio”;
– Moção nº 322/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;
– Moção nº 323/2023, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Manifesta votos de
louvor às pessoas abaixo relacionadas, lideranças comunitárias da Região Administrativa de São
Sebastião (RA-XIV), em reconhecimento ao notável trabalho social e engajamento cidadão que
realizam com dedicação exemplar”;
Item extrapauta:
Discussão e votação, em bloco, em turno único, das seguintes moções:
– Moção nº 324/2023, de autoria do Deputado Rogerio Morro da Cruz, que “manifesta votos de
louvor às cidadãs e cidadãos abaixo relacionados, lideranças comunitárias da Região Administrativa de
São Sebastião (RA-XIV), em reconhecimento ao notável trabalho social que vêm realizando em prol da
comunidade daquela progressiva cidade”;
– Moção nº 325/2023, de autoria do Deputado Hermeto, que “reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Coordenadores pedagógicos civis e militares da seção de ensino da Academia de Polícia
Militar de Brasília, APMB”;
– Moção nº 326/2023, de autoria do Deputado Pepa, que “parabeniza e manifesta votos de
louvor e aplausos às personalidades que especifica em comemoração ao 164º aniversário da Região
Administrativa de Planaltina - DF RA VI”;
– Moção nº 327/2023, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;
– Moção nº 328/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “parabeniza e
manifesta votos de louvor aos jornalistas: Bruno Vinicius de Araújo Farias e Guilherme Roberto Gomes,
pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, em razão da comemoração ao Dia
Nacional das Comunicações”;
– Moção nº 329/2023, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor aos profissionais que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal em comemoração ao Dia do Cirurgião Vascular”;
– Moção nº 330/2023, de autoria do Deputado Pepa, que “parabeniza e manifesta votos de
louvor e aplausos às personalidades que especifica em comemoração ao 164º aniversário da Região
Administrativa de Planaltina - DF RA VI”;
– Moção nº 331/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “parabeniza e
manifesta votos de louvor aos advogados que especifica, pelos relevantes serviços prestados à
população do Distrito Federal em comemoração ao Dia do Advogado”;
– Moção nº 332/2023, de autoria do Deputado Fábio Félix, que “manifesta pesar pelo
falecimento da atriz Léa Garcia”;
– Moção nº 333/2023, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que “manifesta louvor aos
policiais civis do Distrito Federal e policiais militares de Goiás, que atuaram na elucidação do
Feminicídio que vitimou a agente da Policia Civil do Distrito Federal, Valdéria da Silva Barbosa”.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Em discussão as moções.
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente. Eu vou
me escusar para pedir 2 destaques de moções em que eu vou votar contra. A primeira é a Moção nº
294 e a segunda é a Moção nº 302.
Ontem, no Colégio de Líderes, presidente, ao final da nossa reunião eu pedi para que nós
limpássemos a nossa pauta dessas moções porque gastamos um tempo danado discutindo moção de
cunho eminentemente partidário, perseguição por causa do sobrenome de um, do partido a que o
outro é filiado. Isso não contribui em nada, gasta o nosso tempo, gasta a nossa energia.
Então, ontem limpamos a Ordem do Dia com as moções, uma contra o Lula, outra contra o
Bolsonaro, outra contra não sei quem. Hoje, chegamos aqui e temos a mesma coisa. Por via oblíqua,
uma tentativa de ataque a determinado deputado federal que nem daqui é, porque falou não sei o quê.
Então, votarei contra essa e contra uma outra que é relacionada a um conteúdo pedagógico ao
qual eu sou contrário, que é a sexualização das nossas crianças nas escolas. Então, em relação a essas
2, eu votarei contra.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Ficam retiradas da votação em bloco
as Moções nº 294/2023 e nº 302/2023.
DEPUTADO IOLANDO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, quero pedir
destaque da Moção nº 308/2023, que também está no conjunto das moções, por favor.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Fica retirada também a Moção nº
308/2023 da votação em bloco.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente,
quero registrar o pedido para que os parlamentares entendam que uma moção de louvor é algo que,
nesta Câmara, é muito sério, no sentido de fazermos com que essas pessoas sejam referência na
população. Quando fazemos a entrega de moção de louvor, somos nós os 24 deputados fazendo essa
defesa.
Então, quero pedir também que façamos a votação em destaque da Moção nº 302/2023. A
pedagogia, nós pensamos, acreditamos e defendemos, não é a sexualização das nossas crianças.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Informo que ontem, na reunião de
líderes, foi feito um acordo para tirar de pauta todas as moções de repúdio, e elas foram retiradas,
deputado.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Já foi retirada a de V.Exa.? Ok.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Não é essa a questão. As de
ontem foram retiradas. Eu estou falando é que aí vamos encher outra vez a nossa Ordem do Dia com
novas moções – umas de louvor, outras para fazer notas de repúdio. O conteúdo é o mesmo,
puramente ideológico. E nós gastamos energia e tempo aqui debatendo essas coisas. Foi só isso o que
quis dizer. Peço desculpas se não me expliquei da maneira adequada.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Não, deputado, o senhor explicou.
Eu entendi e estou de acordo.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, vou pedir para
retirar da votação de hoje as 2 moções que tiveram pedido de destaque, em respeito aos professores,
porque queremos votar em segundo turno. Mas vou fazer só uma defesa. Eu não vou entrar no mérito
do debate aqui e estou pedindo retirada, porque não se trata desse argumento de que a moção é
ideológica. Nós estamos em uma casa política.
Eu vou explicar as 2 moções.
A primeira moção é de apoio a uma escola em Sobradinho que realizava uma palestra sobre
direitos da população LGBTQIA+ para educar e inclusive ajudar no debate dos pais com os filhos, na
relação que o pai e a mãe têm com o filho LGBT. É importante essa moção de apoio a essa escola,
porque tentaram criminalizar essa atividade, que está prevista no Currículo em Movimento, na LDB e
em todo o ordenamento jurídico legal do papel da escola.
Tentaram calar uma escola por fazer um debate essencial sobre direitos humanos, direitos da
população LGBTQIA+. E que está de acordo com o currículo. É por isso que a moção é de apoio à
escola, porque tentaram calar a escola. Tentaram impedir que a escola fizesse o debate. Mas eu vou
retirar a moção de pauta para podermos votar em segundo turno.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Ela já foi retirada da votação em
bloco.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – A segunda moção, senhor
presidente, é outra moção de apoio aos professores e professoras, que nós estamos homenageando
nesta casa pelo discurso de todos e todas de que é necessário valorizar o salário.
É uma moção de apoio aos professores porque houve um político que chamou professores de
traficantes. Tentou igualar a prática de professores e de professoras... Ele disse que professores são
piores do que traficantes. Esta é uma casa política, por isso o debate também é ideológico. Então, esta
é uma moção para reconhecer que não! Professores educam e cumprem um papel fundamental para a
sociedade.
São duas moções de apoio. Eu vou retirar do debate e da votação de hoje, porque nós
queremos muito votar o segundo turno e garantir o quórum. Mas, nós vamos trazer essa matéria para
a próxima sessão, porque esta casa precisa fazer este debate, ou achamos que os professores são
traficantes ou não.
Estou retirando a moção para votarmos o segundo turno o mais possível e ganharmos tempo.
Obrigado, Presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Por eu ser autor de algumas
moções, passo a presidência ao deputado Ricardo Vale.
(Assume a Presidência o deputado Ricardo Vale.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Em discussão as moções. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam as moções permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
As moções estão aprovadas com a presença de 18 deputados.
(Assume a Presidência o deputado Pastor Daniel de Castro.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Assumo a presidência.
DEPUTADO IOLANDO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu queria só corrigir a
minha fala com relação... Eu pedi para retirar a Moção nº 308. Eu gostaria que V.Exa. a colocasse no
pacote novamente, por favor.
Fui eu que solicitei a retirada para que votássemos em conjunto.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Ela já foi colocada, deputado
Iolando.
DEPUTADO IOLANDO – Presidente, está inclusa?
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Está inclusa.
DEPUTADO IOLANDO – Ok. Moção nº 308. Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Não. Ela foi retirada. V.Exa. pediu
para retirá-la.
DEPUTADO IOLANDO – Então, eu peço que votemos essa moção, por favor.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Então, V.Exa. quer que votemos
essa moção?
DEPUTADO IOLANDO – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Coloco em discussão a Moção nº
308.
Discussão e votação da Moção nº 308/2023, de autoria do deputado Jorge Vianna, “Moção de
apoio a preservação do Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), a não inclusão no teto de
gastos e a mudança na forma de sua correção, prevista no texto do PLP nº 93/2023, aprovada na
Câmara dos Deputados”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam a moção permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
A moção está aprovada com a presença de 18 deputados. Houve 7 ausências.
Nos termos do artigo 120 do Regimento Interno e, em atendimento ao Requerimento nº
129/2023, convoco os senhores e as senhoras deputados, para a sessão extraordinária de hoje, com o
início imediato, após esta sessão ordinária, para discussão e votação do segundo turno dos seguintes
projetos:
– Projeto de Lei nº 470, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 5.105/2013, de 03
de maio de 2013, que ‘reestrutura a carreira magistério do Distrito Federal e dá outras providências’”;
– Projeto de Lei nº 471/2023, de autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei nº 7.171/2022,
de 1 de agosto de 2022, que ‘Dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de
2023 e dá outras providências’”.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão ordinária.
(Levanta-se a sessão às 17h36min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
BRB – Banco de Brasília
Caesb – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal
CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
CEF – Centro de Ensino Fundamental
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
CFGTC – Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
CPI – Comissão Parlamentar de Inquérito
Deam – Delegacia Especial de Atendimento à Mulher
EJA – Educação de Jovens e Adultos
Enap – Escola Nacional de Administração Pública
Gaped – Gratificação de Atividade Pedagógica
Gase – Gratificação de Suporte Educacional
GIC – Gratificação de Incentivo à Carreira
Inas – Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
MP – Ministério Público
PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira
PDL – Projeto de Decreto Legislativo
PIB – Produto Interno Bruto
PPGE – Políticas Públicas e Gestão Educacional
PPP – Parceria Público-Privada
Provid – Policiamento de Prevenção Orientado à Violência Doméstica e Familiar
RA – Região Administrativa
SAE-DF – Sindicato dos Trabalhadores em Escolas Públicas no Distrito Federal
SAEE – Serviço de Atendimento Educacional Especializado
Sejus – Secretaria da Justiça
Seplad – Secretaria de Planejamento, Orçamento e Administração
Sinpro-DF – Sindicato dos Professores no Distrito Federal
Sinproep – Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal
SLU – Serviço de Limpeza Urbana
UnB – Universidade de Brasília
Documento assinado eletronicamente por ROMILDO PEREIRA - Matr. 13173, Chefe do Setor de
Taquigrafia - Substituto(a), em 16/08/2023, às 19:56, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08,
de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1300520 Código CRC: 08FDED54.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Pareceres 1/2024
CEOF
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Comissão de Economia Orçamento e Finanças
PARECER PRELIMINAR Nº , DE 2024 - CEOF
Projeto de Lei nº 1294/2024
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS - CEOF
sobre o Projeto de Lei nº 1294/2024,
que “Estima a receita e fixa a
despesa do Distrito Federal para o
exercício financeiro de 2025.”
AUTOR: Poder Executivo
RELATOR: Deputado EDUARDO
PEDROSA
I – RELATÓRIO
Chega a esta Comissão de Economia, Orçamento e Finanças – CEOF o Projeto de Lei no
1.294, de 2024 (Projeto de Lei Orçamentária Anual para o exercício financeiro de 2025 – PLOA
/2025), de autoria do Poder Executivo, encaminhado pela Mensagem no 236/2024-GAG/CJ, de
13 de setembro de 2024, e acompanhado da Exposição de Motivos nº 108/2024 – SEEC/GAB,
de 13 de setembro de 2024.
O texto do PLOA/2025 está estruturado em 12 artigos, e apresenta, nos arts. 1º ao 12, a
estimativa da receita e fixa a despesa dos Orçamentos Fiscal, da Seguridade Social e de
Investimento, no montante de R$ 41.600.640.122,00 assim fixada:
Orçamento Fiscal: R$ 25.792.139.320,00;
Orçamento da Seguridade Social: R$ 14.124.187.931,00; e
Orçamento de Investimento: R$ 1.684.312.871,00.
Os arts. 5º e 6º do PLOA/2025 tratam das autorizações de créditos orçamentários mediante ato
próprio do Poder Executivo e da Câmara Legislativa, e da movimentação de dotações atribuídas
às unidades orçamentárias.
O art. 7º trata da autorização para transposição, remanejamento e transferência de dotações de
uma unidade orçamentária para outra nos casos de transformações orgânicas na estrutura
administrativa do Governo do Distrito Federal .
Consta do art. 8º que os órgãos do Poder Legislativo do Distrito Federal e a Defensoria Pública
do Distrito Federal ficam autorizados a abrir créditos suplementares, com a finalidade de atender
a insuficiências nas dotações orçamentárias, até o limite de 15% do valor total de seus
orçamentos para atender somente a remanejamento dentro da própria unidade e mediante a
utilização de recursos provenientes da anulação parcial ou total de suas dotações orçamentárias
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.1
Consta do art. 9º autorização genérica para o órgão central do Sistema de Planejamento e
Orçamento do Poder Executivo a movimentar dotações orçamentárias.
Consta do art. 10 autorizada para o Governo do Distrito Federal promover contratação das
operações de crédito incluídas na LOA para o atendimento das despesas que, de acordo com a
legislação vigente, possam ser financiadas com essa receita, observados os limites do art. 52,
inciso V, da Constituição Federal.
Pelo teor do art. 11, integram a Lei os Anexos relacionados no art. 5° da Lei nº 7.549, de 30 de
julho de 2024 (Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025).
Por fim, o art. 12 dispõe sobre a cláusula de vigência da Lei a partir de 1° de janeiro de 2025.
O PLOA/2025 compõe-se dos seguintes módulos:
- Módulo Projeto de Lei Orçamentária Anual – Ano 2025:
Texto da Mensagem Nº 236/2024 ?GAG/CJ;
Exposição de Motivos Nº 108/2024 ?SEEC/GAB;
Nota Jurídica Nº 390/2024 - SEEC/AJL/UNOP;
Nota Técnica Nº 1/2024 - SEEC/SEFIN/SUOP/UPROMO/COGER.
- Módulo Anexos:
ANEXO I - RESUMO GERAL DA RECEITA
ANEXO II - RESUMO GERAL DA DESPESA
ANEXO III - DEMONSTRATIVO DA DESPESA, POR PODER, ÓRGÃO, FONTE E
GRUPO DE DESPESA – FISCAL E SEGURIDADE SOCIAL
ANEXO IV - DETALHAMENTO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS –
ANEXO V – DEMONSTRATIVO DA COMPATIBILIDADE COM METAS FISCAIS DA LDO
ANEXO VI - DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR ÓRGÃO E
UNIDADE
ANEXO VII - DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA/FONTE DE FINANCIAMENTO
ANEXO VIII – DETALHAMENTO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS DO ORÇAMENTO
DE INVESTIMENTO
ANEXO IX - MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS
ANEXO X - DEMONSTRATIVO DE OBRAS E SERVIÇOS COM INDÍCIOS DE
IRREGULARIDADES GRAVES
ANEXO XI - DEMONSTRATIVO DA RECEITA E DESPESA POR CATEGORIA
ECONÔMICA
- Módulo Demonstrativos Complementares:
QUADRO I - DEMONSTRATIVO GERAL DA RECEITA
QUADRO II - DEMONSTRATIVO DOS RECURSOS DO TESOURO
QUADRO III - DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS DIRETAMENTE ARRECADADAS
QUADRO IV - DEMONSTRATIVO DA RECEITA DE CONVÊNIOS COM GDF
QUADRO V – DEMONSTRATIVO DA ORIGEM E APLICAÇÃO DOS RECURSOS
OBTIDOS COM A ALIENAÇÃO DE ATIVOS
QUADRO VI - DEMONSTRATIVO DA RECEITA PARA IDENTIFICAÇÃO DO
RESULTADO PRIMÁRIO E NOMINAL
QUADRO VII - DEMONSTRATIVO DO CRITÉRIO UTILIZADO NA APURAÇÃO DO
RESULTADO PRIMÁRIO E NOMINAL
QUADRO VIII - DEMONSTRATIVO DA RECEITA CORRENTE LÍQUIDA DE 2025 A 2027
QUADRO IX - DEMONSTRATIVO DA EVOLUÇÃO DA RECEITA
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.2
QUADRO X - PROJEÇÃO DA RENÚNCIA DE RECEITAS DE ORIGEM TRIBUTÁRIA
QUADRO XI - PROJEÇÃO DA RENÚNCIA DE BENEFÍCIOS CREDITÍCIOS E
FINANCEIROS
QUADRO XII – DEMONSTRATIVO DA DESPESA
QUADRO XIII – DEMONSTRATIVO DA DESPESA POR ÓRGÃO E UNIDADE
ORÇAMENTÁRIA
QUADRO XIV – QUADRO DE DETALHAMENTO DA DESPESA – QDD
QUADRO XV - DEMONSTRATIVO DAS METAS FÍSICAS POR PROGRAMA
QUADRO XVI – DEMONSTRATIVO DA DESPESA COM PESSOAL x RCL
QUADRO XVII – DEMONSTRATIVO DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS
QUADRO XVIII - DEMONSTRATIVO DA APLICAÇÃO MÍNIMA EM EDUCAÇÃO
QUADRO XIX – DEMONSTRATIVO DA APLICAÇÃO MÍNIMA EM SAÚDE
QUADRO XX – DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS COM A CRIANÇA E O
ADOLESCENTE - OCA
QUADRO XXI - DEMONSTRATIVO DA APLICAÇÃO (FAP, FAC, FDCA E
PRECATÓRIOS)
QUADRO XXII – DEMONSTRATIVO DOS RECURSOS DESTINADOS A
INVESTIMENTOS POR ÓRGÃO
QUADRO XXIII – DEMONSTRATIVO DOS GASTOS PROGRAMADOS COM
INVESTIMENTOS E DEMAIS DESPESAS DE CAPITAL
QUADRO XXIV – DEMONSTRATIVO DO ORÇAMENTO DE INVESTIMENTO POR
ÓRGÃO, FUNÇÃO, SUBFUNÇÃO, PROGRAMA
QUADRO XXV – DEMONSTRATIVO DA PROGRAMAÇÃO DO ORÇAMENTO DE
INVESTIMENTO
QUADRO XXVI – DEMONSTRATIVO DO INÍCIO E TÉRMINO DA PROGRAMAÇÃO COM
ELEMENTO DE DESPESA 51
QUADRO XXVII – PROJEÇÃO DO SERVIÇO DA DÍVIDA FUNDADA E INGRESSO DE
OPERAÇÕES DE CRÉDITO
QUADRO XXVIII – DEMONSTRATIVO DOS PRECATÓRIOS JUDICIAIS POR FONTES
DE RECURSOS
QUADRO XXIX – DEMONSTRATIVO DE EVOLUÇÃO DA DESPESA
QUADRO XXX – DEMONSTRATIVO DA METODOLOGIA DOS PRINCIPAIS ITENS DA
DESPESA
QUADRO XXXI – DEMONSTRATIVO DAS RECEITAS OU DESPESAS DESVINCULADAS
QUADRO XXXII – DETALHAMENTO DAS FONTES DE RECURSOS
QUADRO XXXIII – DEMONSTRATIVO DA REGIONALIZAÇÃO
QUADRO XXXIV – DEMONSTRATIVO DE PROJETOS EM ANDAMENTO
QUADRO XXXV – DEMONSTRATIVO DAS AÇÕES DE CONSERVAÇÃO DO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
QUADRO XXXVI – DETALHAMENTO DO LIMITE DO FUNDO CONSTITUCIONAL
QUADRO XXXVII – ADENDO À APLICAÇÃO MÍNIMA EM EDUCAÇÃO
QUADRO XXXVIII – ADENDO À APLICAÇÃO MÍNIMA EM SAÚDE
QUADRO XXXIX – DEMONSTRATIVO DAS DESPESAS – SAÚDE E EDUCAÇÃO A
CARGO DO FCDF
De acordo com a Exposição de Motivos nº 108/2024 – SEEC/GAB, de 13 de setembro de 2024,
a Secretaria de Estado de Economia destaca que o Projeto de Lei Orçamentária Anual foi
elaborado em observância à Constituição Federal, às legislações que versam sobre finanças
públicas e às determinações e recomendações dos órgãos de controle interno e externo do
Distrito Federal. Consta que no dia 16 de julho de 2024, a Secretaria de Economia do Distrito
Federal realizou Audiência Pública Online, com o fito de apresentar os principais pontos da
elaboração do PLOA/2025 e colher da população sugestões, questionamentos e críticas ao
processo orçamentário.
Em razão das particularidades regimentais o PLOA/2025 ainda não recebeu emendas.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.3
É o Relatório.
II – VOTO DO RELATOR
Nos termos do que dispõe o art. 64, II, b, do Regimento Interno da Câmara Legislativa do
Distrito Federal – RICLDF, compete à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças – CEOF
analisar a admissibilidade quanto à adequação orçamentária e financeira e emitir parecer sobre
o mérito do projeto de lei orçamentária anual.
Ainda, de acordo com o art. 219, inciso II, alínea a , do RICLDF, compete à CEOF designar
relator para emitir o parecer preliminar ao referido projeto no prazo máximo de quinze dias após
o seu recebimento. Posteriormente, nos termos do art. 220, após a votação e publicação deste
parecer, abre-se o prazo mínimo de 10 dias para a apresentação de emendas pelos
parlamentares, as quais serão protocoladas junto à CEOF.
Assim, este Parecer Preliminar contempla uma visão geral do PLOA/2025, com a análise da
proposta orçamentária, sua compatibilidade com o projeto de Plano Plurianual, Lei nº 7.378, de
29 de dezembro de 2023, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025, Lei 7.549, de 30 de
julho de 2024, com a Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) e
outras determinações constitucionais e legais aplicáveis. Assim, o presente Parecer Preliminar
está dividido em três partes:
i. Análise comparativa entre o PLOA/2025 e a Lei Orçamentária vigente - LOA/2024 (Lei nº
7.377, de 29 de dezembro de 2023);
ii. Análise do conteúdo e da forma de apresentação do PLOA/2025, com base na legislação
pertinente; e
iii. Informações complementares que devem ser solicitadas ao Poder Executivo.
II.1 – ANÁLISE DO TEXTO DO PLOA/2025
O texto do PLOA/2025 (Projeto de Lei nº 1.294/2024) apresenta algumas modificações quando
comparado à lei orçamentária vigente, Lei no 7.377/2023 – LOA/2024, as quais são
apresentadas no Quadro II.1:
Quadro II.1 Comparação entre o texto do PLOA/2024 e da LOA/2023
Lei nº 7.377/ 2023 PLOA 2025 Observações
(LOA 2024)
Art.1º Esta Lei estima a Art. 1º Esta Lei estima a Verifica-se aumento da
receita do Distrito Federal receita do Distrito Federal estimativa da receita e
para o exercício financeiro para o exercício financeiro aumento da fixação da
de 2024, no montante de R$ de 2025, no montante de R$ despesa no PLOA 2025,
37.874.880.298,00 e fixa a 41.600.640.122,00 em comparação à LOA
despesa em igual valor, (quarenta e um bilhões, /2024, em torno de 9,84%.
compreendendo: seiscentos milhões,
seiscentos e quarenta mil
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.4
cento e vinte e dois reais) e
fixa a despesa em igual
valor, compreendendo:
I - o Orçamento Fiscal, I - o Orçamento Fiscal, Sem alteração.
referente aos Poderes do referente aos Poderes do
Distrito Federal, a seus Distrito Federal, a seus
fundos, órgãos e entidades fundos, órgãos e entidades
da administração direta e da administração direta e
indireta, inclusive fundações indireta, inclusive fundações
instituídas e mantidas pelo instituídas e mantidas pelo
poder público; poder público;
II - o Orçamento da II - o Orçamento da Sem alteração.
Seguridade Social, Seguridade Social,
abrangendo todas as abrangendo todas as
entidades e órgãos a ele entidades e órgãos a ele
vinculados, da vinculados, da
administração direta e administração direta e
indireta, bem como os indireta, bem como os
fundos e fundações fundos e fundações
instituídos ou mantidos pelo instituídos ou mantidos pelo
poder; poder;
III - o Orçamento de III - o Orçamento de Sem alteração.
Investimento das empresas Investimento das empresas
estatais não dependentes estatais não dependentes
em que o Distrito Federal, em que o Distrito Federal,
direta ou indiretamente, direta ou indiretamente,
detém a maioria do capital detém a maioria do capital
social com direito a voto. social com direito a voto
Art. 2º A receita total Art. 2º A receita total Verifica-se aumento da
estimada para os estimada para os receita do OFSS no PLOA
Orçamentos Fiscal e da Orçamentos Fiscal e da 2025, em comparação à
Seguridade Social é de R$ Seguridade Social é de R$ LOA/2024, em torno de
35.776.782.613,00. 39.916.327.251,00 (trinta e 11,57%.
nove bilhões, novecentos e
dezesseis milhões, trezentos
e vinte e sete mil duzentos e
cinquenta e um reais).
Parágrafo único. As receitas Parágrafo único. As receitas Sem alteração.
decorrentes da arrecadação decorrentes da arrecadação
de tributos, contribuições e de tributos, contribuições e
de outras receitas correntes de outras receitas correntes
e de capital, na forma da e de capital, na forma da
legislação vigente, estão legislação vigente, estão
estimadas em: estimadas em:
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.5
I – recursos do Tesouro: R$ I - recursos do Tesouro: R$ Verifica-se aumento da
28.123.992.618,00; 30.952.330.274,00 (trinta receita oriunda de recurso
bilhões, novecentos e do Tesouro no PLOA
cinquenta e dois milhões, 2025, em comparação à
trezentos e trinta mil LOA 2024, em torno de
duzentos e setenta e quatro 10,06%.
reais);
II - recursos de outras II – recursos de outras Verifica-se aumento da
fontes: R$ 7.652.789.995,00 fontes: R$ 8.963.996.977,00 receita oriunda de outras
(oito bilhões, novecentos e fontes no PLOA 2025, em
sessenta e três milhões, comparação à LOA 2024,
novecentos e noventa e seis em torno de 17,13%.
mil novecentos e setenta e
sete reais).
Art. 3º A despesa total dos Art. 3º A despesa total dos Sem alteração.
orçamentos Fiscal e da orçamentos Fiscal e da
Seguridade Social, no Seguridade Social, no
mesmo valor da receita mesmo valor da receita
orçamentária constante do orçamentária constante do
art. 2º, está detalhada por art. 2º, está detalhada por
órgãos orçamentários, nos órgãos orçamentários, nos
quadros que integram esta quadros que integram esta
Lei, assim distribuída: Lei, assim distribuída:
I - no Orçamento Fiscal, em I - no Orçamento Fiscal, em Verifica-se aumento da
R$ 24.538.430.585,00; R$ 25.792.139.320,00 (vinte despesa do OF no PLOA
e cinco bilhões, setecentos e 2025, em comparação à
noventa e dois milhões, LOA 2024, em torno de
cento e trinta e nove mil 5,11%
trezentos e vinte reais);
II - no Orçamento da II - no Orçamento da Verifica-se aumento da
Seguridade Social, em R$ Seguridade Social, em R$ despesa do OSS, no
11.238.352.028,00. 14.124.187.931,00 (quatorze PLOA 2025, em
bilhões, cento e vinte e comparação à LOA 2024,
quatro milhões, cento e em torno de em torno de
oitenta e sete mil 25,68%.
novecentos e trinta e um
reais).
Art. 4º A receita e despesa Art. 4º A receita e despesa Verifica-se a redução da
orçamentárias do orçamentárias do receita e da despesa do
Orçamento de Investimento Orçamento de Investimento OI no PLOA 2025, em
são fixadas em R$ são fixadas em R$ comparação à LOA 2024,
2.098.097.685,00, cuja 1.684.312.871,00 (um em torno de em torno de
distribuição por órgão ou bilhão, seiscentos e oitenta 19,72%.
entidade consta do Anexo VI e quatro milhões, trezentos
desta Lei. e doze mil oitocentos e
setenta e um reais), cuja
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.6
distribuição por órgão ou
entidade consta do Anexo VI
desta Lei.
Parágrafo único. As fontes Parágrafo único. As fontes
de recursos para de recursos para
financiamento do Orçamento financiamento do Orçamento
de Investimento totalizam de Investimento totalizam
R$ 2.098.097.685,00, na R$ 1.684.312.871,00 (um
forma do Anexo VII. bilhão, seiscentos e oitenta
e quatro milhões, trezentos
e doze mil oitocentos e
setenta e um reais), na
forma do Anexo VII.
Art. 5º Fica o Poder Art. 5º Fica o Poder Sem alteração.
Executivo autorizado a abrir Executivo autorizado a abrir
créditos suplementares, créditos suplementares,
mediante ato próprio: mediante ato próprio:
I - com a finalidade de I - com a finalidade de Sem alteração.
atender as insuficiências nas atender as insuficiências nas
dotações orçamentárias, até dotações orçamentárias, até
o limite de 25% do valor total o limite de 25% do valor total
de cada unidade de cada unidade
orçamentária, nos orçamentária, nos
Orçamentos Fiscal, da Orçamentos Fiscal, da
Seguridade Social e de Seguridade Social e de
Investimento das empresas Investimento das empresas
estatais, mediante a estatais, mediante a
utilização de recursos utilização de recursos
provenientes: provenientes:
a) da anulação parcial ou a) da anulação parcial ou Sem alteração.
total de dotações total de dotações
orçamentárias autorizadas orçamentárias autorizadas
por esta Lei, nos termos do por esta Lei, nos termos do
art. 43, § 1º, III, da Lei art. 43, § 1º, III, da Lei
federal nº 4.320, de 17 de federal nº 4.320, de 17 de
março de 1964; março de 1964;
b) de excesso de b) de excesso de Sem alteração.
arrecadação, nos termos do arrecadação, nos termos do
art. 43, § 1º, II, da Lei federal art. 43, § 1º, II, da Lei
nº 4.320, de 1964; federal nº 4.320, de 1964;
II - para incorporar à Lei II - para incorporar à Lei Sem alteração.
Orçamentária Anual - LOA, Orçamentária Anual - LOA,
por excesso de por excesso de
arrecadação, os recursos arrecadação, os recursos
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.7
referentes às transferências referentes às transferências
concedidas pela União, concedidas pela União,
oriundos de: oriundos de:
a) convênios; a) convênios; Sem alteração.
b) eventuais resultados de b) eventuais resultados de Sem alteração.
aplicações financeiras aplicações financeiras
vinculadas, durante o vinculadas, durante o
exercício financeiro, não exercício financeiro, não
previstos ou previstos ou
insuficientemente estimados insuficientemente estimados
no Orçamento, respeitados no Orçamento, respeitados
os valores e a destinação os valores e a destinação
programática; programática;
c) aportes ao Sistema Único c) aportes ao Sistema Único Sem alteração.
de Saúde que tenham de Saúde que tenham
destinação vinculada; destinação vinculada;
d) aportes com destinação d) aportes com destinação Sem alteração.
vinculada por lei; vinculada por lei;
e) auxílios financeiros e) auxílios financeiros Sem alteração.
concedidos ao Distrito concedidos ao Distrito
Federal; Federal.
f) emendas individuais f) emendas individuais Sem alteração.
impositivas das quais trata o impositivas das quais trata o
art. 166-A da Constituição art. 166-A da Constituição
Federal de 1988; Federal de 1988.
g) demais transferências da g) demais transferências da Sem alteração.
União e eventuais União e eventuais
remanejamentos. remanejamentos.
III - para incorporação e III - para incorporação e Sem alteração.
remanejamento de recursos remanejamento de recursos
decorrentes de: decorrentes de:
a) superávit financeiro a) superávit financeiro Sem alteração.
apurado em balanço apurado em balanço
patrimonial do exercício patrimonial do exercício
anterior, nos termos do art. anterior, nos termos do art.
43, § 1º, I, da Lei federal nº 43, § 1º, I, da Lei federal nº
4.320, de 1964, observados 4.320, de 1964, observados
os respectivos saldos os respectivos saldos
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.8
orçamentários e suas orçamentários e suas
vinculações, se houver; vinculações, se houver;
b) doações b) doações. Sem alteração.
c) operações de crédito, c) operações de crédito, Sem alteração.
internas e externas; e internas e externas;
d) excesso de arrecadação d) excesso de arrecadação Sem alteração.
destinados a pagamento de destinados a pagamento de
pessoal, encargos sociais, pessoal, encargos sociais,
concessão de benefícios e concessão de benefícios e
serviço da dívida. serviço da dívida; e
e) excesso de arrecadação O PLOA 2025 prevê uma
destinados a atender nova hipótese de abertura
despesas obrigatórias de de crédito suplementar
caráter continuado, por ato próprio do Poder
constantes do Anexo VI da Executivo.
Lei nº 7.549, de 30 de julho
de 2024 (Lei de Diretrizes
Orçamentárias de 2025).
IV – com o objetivo de IV – com o objetivo de Sem alteração.
remanejar, sem a incidência remanejar, sem a incidência
do limite de que trata o do limite de que trata o
inciso I do caput, as inciso I do caput, as
dotações: dotações:
a) para suprir insuficiências a) para suprir insuficiências Sem alteração.
nas dotações orçamentárias nas dotações orçamentárias
com pessoal e encargos com pessoal e encargos
sociais; sociais;
b) para cobrir despesas de b) para cobrir despesas de Sem alteração.
concessão de benefícios a concessão de benefícios a
servidores; servidores;
c) para atender a despesas c) para atender a despesas Sem alteração.
obrigatórias de caráter obrigatórias de caráter
continuado, constantes do continuado, constantes do
Anexo VI da Lei nº 7.313, de Anexo VI da Lei nº 7.549, de
27 de julho de 2023 (Lei de 30 de julho de 2024 (Lei de
Diretrizes Orçamentárias de Diretrizes Orçamentárias de
2024); 2025);
Sem alteração.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.9
d) da Reserva de d) da Reserva de
Contingência; Contingência;
e) constantes do Anexo I da e) constantes do Anexo I da Sem alteração.
Lei nº 7.313, de 27 de julho Lei nº 7.549, de 30 de julho
de 2023 (Lei de Diretrizes de 2024 (Lei de Diretrizes
Orçamentárias de 2024); Orçamentárias de 2025);
f) destinadas à contrapartida f) destinadas à contrapartida Sem alteração.
de convênios, operações de de convênios, operações de
crédito e congêneres crédito e congêneres;
g) para atender a despesas g) para atender a despesas Sem alteração.
do Sistema Único de Saúde do Sistema Único de Saúde
que tenham destinação que tenham destinação
vinculada. vinculada.
V - para o atendimento de V - para o atendimento de Sem alteração.
despesas com dotação despesas com dotação
mínima estabelecida em lei. mínima estabelecida em lei.
§ 1º Fica vedado o Parágrafo único. Fica Sem alteração.
cancelamento das dotações vedado o cancelamento das
consignadas às unidades dotações consignadas às
orçamentárias da Câmara unidades orçamentárias da
Legislativa do Distrito Câmara Legislativa do
Federal e do Tribunal de Distrito Federal e do
Contas do Distrito Federal, Tribunal de Contas do
bem como dos subtítulos Distrito Federal, bem como
inseridos nesta Lei por dos subtítulos inseridos
emenda parlamentar nos nesta Lei por emenda
termos do § 15 do art. 150 parlamentar nos termos do §
da Lei Orgânica do Distrito 15 do art. 150 da Lei
Federal. Orgânica do Distrito Federal.
§ 2º (VETADO) Fica vedado Trata-se de parágrafo
o cancelamento de dotações vetado na LOA 2024.
orçamentárias de ações
constantes do Anexo de
Meta e Prioridades da Lei de
Diretrizes Orçamentárias
para abertura de crédito
suplementar por ato próprio,
ressalvado o
remanejamento dentro do
mesmo Programa.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.10
§ 3º (VETADO) A proposta Trata-se de parágrafo
de alteração da Lei de vetado na LOA 2024.
Diretrizes Orçamentárias
com o objetivo de excluir o
subtítulo ou a ação do
Anexo de Metas e
Prioridades deve ser
acompanhada das
justificativa do não
cumprimento das metas e
prioridades inicialmente
previstas.
Art. 6º Fica o Poder Art. 6º Fica o Poder Sem alteração.
Executivo autorizado a abrir Executivo autorizado a abrir
créditos extraordinários, créditos extraordinários,
mediante ato próprio, para o mediante ato próprio, para o
atendimento de despesas atendimento de despesas
imprevisíveis, como imprevisíveis, como
catástrofes da natureza e catástrofes da natureza e
desastres, nos casos de desastres, nos casos de
força maior. força maior.
Art. 7º Fica autorizada a Art. 7º Fica autorizada a Sem alteração.
transposição, o transposição, o
remanejamento e a remanejamento e a
transferência de dotações transferência de dotações
de uma unidade de uma unidade
orçamentária para outra já orçamentária para outra já
existente ou que venha a ser existente ou que venha a ser
instituída, nos casos de instituída, nos casos de
transformações orgânicas transformações orgânicas
na estrutura administrativa na estrutura administrativa
do Governo do Distrito do Governo do Distrito
Federal, ficando ajustado Federal, ficando ajustado
proporcionalmente o limite proporcionalmente o limite
de que trata o inciso I do de que trata o inciso I do
artigo 5º, tanto para a artigo 5º, tanto para a
unidade de origem quanto unidade de origem quanto
para a unidade de destino. para a unidade de destino.
Art. 8º Fica a Câmara Art. 8º Fica a Câmara O PLOA 2025 reduz de
Legislativa do Distrito Legislativa do Distrito 25% para 15% o limite
Federal, mediante Ato da Federal, mediante Ato da para abertura de crédito
Mesa Diretora, a Defensoria Mesa Diretora, a Defensoria suplementar por ato
Pública do Distrito Federal, Pública do Distrito Federal, próprio da CLDF,
mediante ato da Defensoria mediante ato da Defensoria Defensoria do DF e TCDF.
Pública, o Tribunal de Pública, e o Tribunal de
Contas do Distrito Federal, Contas do Distrito Federal
mediante ato próprio, e as autorizados a abrir créditos
unidades orçamentárias suplementares, com a
ligadas a esses órgãos finalidade de atender a
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.11
autorizados a abrir créditos insuficiências nas dotações
suplementares, com a orçamentárias, até o limite
finalidade de atender a de 15% do valor total dos
insuficiências nas dotações Orçamentos Fiscal e da
orçamentárias, até o limite Seguridade Social da sua
de 25% do valor total dos unidade orçamentária ,
Orçamentos Fiscal e da para atender somente a
Seguridade Social da sua remanejamento dentro da
unidade orçamentária , própria unidade e mediante
para atender somente a a utilização de recursos
remanejamento dentro da provenientes da anulação
própria unidade e mediante parcial ou total de suas
a utilização de recursos dotações orçamentárias
provenientes da anulação autorizadas na Lei
parcial ou total de suas Orçamentária Anual (LOA),
dotações orçamentárias nos termos do art. 43, § 1º,
autorizadas na Lei III, da Lei Federal nº 4.320,
Orçamentária Anual (LOA), de 17 de março de 1964
nos termos do art. 43, § 1º,
III, da Lei Federal nº 4.320,
de 17 de março de 1964.
(Artigo Alterado(a) pelo(a)
Lei 7418 de 08/02/2024)
(Legislação Correlata - Ato
da Mesa Diretora 31 de 11
/03/2024) (Legislação
Correlata - Ato da Mesa
Diretora 52 de 29/04/2024)
(Legislação Correlata - Ato
da Mesa Diretora 61 de 09
/05/2024)
Art. 9º Fica o órgão central Art. 9º Fica o órgão central Sem alteração.
do Sistema de Planejamento do Sistema de Planejamento
e Orçamento do Poder e Orçamento do Poder
Executivo autorizado a Executivo autorizado a
movimentar as dotações movimentar as dotações
atribuídas às unidades atribuídas às unidades
orçamentárias. orçamentárias.
Art. 10 Em cumprimento ao Inclusão de autorização
disposto no art. 32, § 1°, para a contratação de
inciso I, da Lei de operação de crédito pelo
Responsabilidade Fiscal (Lei GDF.
Complementar nº 101, de 4
de maio de 2000), fica
autorizada a contratação
das operações de crédito
incluídas nesta Lei para o
atendimento das despesas
que, de acordo com a
legislação vigente, possam
ser financiadas com essa
receita, sem prejuízo do que
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.12
estabelece o art. 52, inciso
V, da Constituição, no que
se refere às operações de
crédito externas.
Art. 10 . Integram esta Lei Art. 11 . Integram esta Lei Sem alteração.
os anexos relacionados no os anexos relacionados no
art. 5º da Lei nº 7.313, de 27 art. 5º da Lei nº 7.549, de 30
de julho de 2023 (Lei de de julho de 2024 (Lei de
Diretrizes Orçamentárias de Diretrizes Orçamentárias de
2024). 2025).
Art. 11 . Esta Lei entra em Art. 12. Esta Lei entra em Sem alteração.
vigor em 1º de janeiro de vigor em 1º de janeiro de
2024. 2025
Além das necessárias mudanças anuais do texto de uma LOA para o exercício seguinte
referentes à estimativa da receita e fixação da despesa, observa-se que o PLOA/2025 traz as
seguintes inovações materiais relevantes:
a. Introduz nova hipótese de abertura de crédito suplementar por ato próprio do Poder
Executivo no caso de apuração de excesso de arrecadação desde que a destinação dos
recursos seja para atender despesas obrigatórias de caráter continuado, constantes do
Anexo VI - MARGEM DE EXPANSÃO DAS DESPESAS OBRIGATÓRIAS DE CARÁTER
CONTINUADO - da LDO 2025;
b. Reduz de 25% para 15% o limite para abertura de crédito suplementar por ato próprio da
CLDF, Defensoria do DF e TCDF; e
c. Inclui autorização para a contratação de operação de crédito pelo GDF na forma do inciso
I, do § 1º do art. 32 da LRF.
II.2 – ANÁLISE DO CONTEÚDO E DA FORMA DE APRESENTAÇÃO DO PLOA/2025
O conteúdo da lei orçamentária anual rege-se por um conjunto de normas jurídicas, tais como:
a. Constituição Federal de 1988;
b. Lei Orgânica do Distrito Federal – LODF;
c. Lei Complementar Federal nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal –LRF);
d. Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964;
e. Lei de Diretrizes Orçamentárias – Lei nº Lei 7.549, de 30 de julho de 2024 – LDO/2025; e
f. Plano Plurianual – PPA 2024-2027 – Lei n°7.378 de 29 de dezembro de 2023.
Dessa forma, a análise preliminar do PLOA/2025 será realizada com base nas determinações
constitucionais e legais aplicáveis, a seguir discriminadas.
II.2.1 – Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei Orgânica do Distrito Federal – LODF
Como a Carta Magna distrital reproduz diversos dispositivos constantes da Constituição Federal
e mantém coerência com todos os seus princípios, a análise da compatibilidade será efetuada
diretamente a partir das disposições da LODF.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.13
O Quadro II.2.1 apresenta a verificação de compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LODF.
Quadro II.2.1 Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LODF
Especificação Fundamento Verificação
Atendido
Na elaboração de seu orçamento, o Distrito Art. 148, caput
Federal destinará anualmente às Administrações
Regionais recursos orçamentários em nível
compatível, com critério a ser definido em lei,
prioritariamente para o atendimento de
despesas de custeio e de investimento,
indispensáveis a sua gestão.
Atendido
Leis de iniciativa do Poder Executivo Art. 149, III
estabelecerão os orçamentos anuais.
Atendido
A lei orçamentária, compatível com o plano Art. 149, § 4º
plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias, compreenderá:
o orçamento fiscal referente aos Poderes
do Distrito Federal, seus fundos, órgãos e
entidades da administração direta e
indireta, inclusive fundações instituídas ou
mantidas pelo Poder Público;
o orçamento de investimento das
empresas em que o Distrito Federal, direta
ou indiretamente, detenha a maioria do
capital social com direito a voto;
o orçamento de seguridade social,
abrangidas todas as entidades e órgãos a
ela vinculados, da administração direta e
indireta, bem como os fundos e fundações
instituídos ou mantidos pelo Poder Público.
Atendido
O orçamento da seguridade social Art. 149, § 5º
compreenderá receitas e despesas relativas a
saúde, previdência, assistência social e receita
de concursos de prognósticos, incluídas as
oriundas de transferências, e será elaborado
com base nos programas de trabalho dos
órgãos incumbidos de tais serviços, integrantes
da administração direta e indireta.
Integrarão o projeto de lei orçamentária Art. 149, § 7º Parcialmente Atendido
demonstrativos específicos com detalhamento
das ações governamentais, dos quais constarão: Não encontrado
demonstrativo específico
contendo objetivos, metas
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.14
objetivos, metas e prioridades, por Região e prioridades por Região
Administrativa; Administrativa.
identificação do efeito sobre as receitas e
despesas, decorrente de isenções,
anistias, remissões, subsídios e benefícios
de natureza financeira, tributária e
creditícia;
demonstrativo da situação do
endividamento, no qual se evidenciará
para cada empréstimo o saldo devedor e
respectivas projeções de amortização e
encargos financeiros correspondentes a
cada semestre do ano da proposta
orçamentária.
A lei orçamentária incluirá, obrigatoriamente, Art. 149, § 8º Atendido
previsão de recursos provenientes de
transferências, inclusive aqueles oriundos de
convênios, acordos, ajustes ou instrumentos
similares com outras esferas de governo e os
destinados a fundos.
Atendido
As despesas com publicidade do Poder Art. 149, § 9º
Legislativo e dos órgãos ou entidades da
administração direta e indireta do Poder
Executivo deverão ser objeto de dotação
orçamentária específica.
Atendido
O orçamento anual deverá ser detalhado por Art. 149, § 10
Região Administrativa e terá entre suas funções
a redução das desigualdades inter-regionais.
A lei orçamentária não conterá dispositivo Art. 149, § 11 Não Atendido
estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, excluindo-se da proibição:
a autorização para a abertura de créditos As disposições dos arts.
suplementares; 7º (autorização par
a contratação de operações de crédito, transposição,
ainda que por antecipação de receita, nos remanejamento e
termos da lei; transferência de dotações
a forma da aplicação do superávit ou o orçamentárias) e 9º
modo de cobrir o déficit. (autorização para
movimentação de
dotações orçamentárias)
não constam das
exceções ao Princípio da
Exclusividade,
estabelecidas no art. 149,
§ 11, da LODF
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.15
É vedada a realização de operações de crédito Art. 151, III Atendido
que excedam ao montante das despesas de
capital, ressalvadas as autorizadas mediante A relação entre operações
créditos suplementares ou especiais com de crédito e despesas de
finalidade precisa, aprovados pela Câmara capital é de 27,78%
Legislativa, por maioria absoluta.
É vedada a vinculação de receita de impostos a Art. 151, IV Atendido
órgão, fundo ou despesa, ressalvada a
destinação de recursos para manutenção e
desenvolvimento do ensino, bem como a
prestação de garantias às operações de crédito As receitas do Adicional
por antecipação de receita. de ICMS vinculadas ao
Fundo de Combate e
Erradicação da Pobreza
decorrem da CF/1988, art.
82 do ADCT, e da Lei
distrital nº 4.220/2008.
Atendido
É vedada a concessão ou utilização de créditos Art. 151, VII.
ilimitados.
Atendido
É vedada a concessão de subvenções ou Art. 151, X.
auxílios do Poder Público a entidades de
previdência privada.
Atendido
A despesa com pessoal ativo e inativo ficará Art. 157, caput.
sujeita aos limites estabelecidos na LRF.
II.2.2 – Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF
A Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar no 101/2000 dispõe sobre normas de
finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, e apresenta alguns
dispositivos relativos à Lei Orçamentária Anual.
O Quadro II.2.2 apresenta a verificação de compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LRF.
Quadro II.2.2 Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LRF
Especificação Fundamento Verificação
Atendido
O PLOA deverá conter, em anexo, demonstrativo Art. 5º, I
da compatibilidade da programação dos orçamentos c
om os objetivos e metas constantes do Anexo de Meta
s Fiscais da LDO para o exercício.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.16
Atendido
O PLOA deverá ser acompanhado de demonstrativo r Art. 5º, II
egionalizado do efeito, sobreas receitas e despesas, d
ecorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios
e benefícios de natureza financeira, tributária e credití
cia, bem como das medidas de compensação a renún
cias de receita e ao aumento de despesas
obrigatórias de caráter continuado.
Atendido
O PLOA conterá reserva de contingência, cuja forma Art. 5º, III, b
de utilização e montante, definido com base na
receita corrente líquida, serão estabelecidos
na lei de diretrizes orçamentárias, objetivando o atendi
mento de passivos contingentes e outros riscos e
eventos fiscais imprevistos.
Atendido
Todas as despesas relativas à dívida pública, mobiliári Art. 5º, § 1º
a ou contratual, e as receitas que as atenderão,
constarão da lei orçamentária anual.
Atendido
O refinanciamento da dívida pública Art. 5º,§ 2º
constará separadamente na lei orçamentária e nas de
crédito adicional.
É vedado consignar na lei orçamentária crédito com Art. 5º, § 4º Parcialmente
finalidade imprecisa ou com dotação ilimitada. atendido.
Identificou-se
programa de
trabalho
inespecífico na
UO 18101.
Atendido
As previsões de receita observarão as normas técnica Art. 12, caput
s e legais, considerarão os efeitos das alterações na
legislação, da variação do índice de preços, do
crescimento econômico ou de qualquer outro fator
relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução nos
últimos três anos, da projeção para os dois seguintes
àquele a que se referirem, e da metodologia de
cálculo e premissas utilizadas.
Atendido
A despesa total com pessoal não poderá exceder Art. 19, II
o percentual de 60% (sessenta por cento) da receita
corrente líquida - RCL.
Obs: no caso do DF, o limite máximo para os Poderes
Executivo e Legislativo é de, respectivamente, 49% e
3% da RCL, considerados, no último
caso, a soma dos montantes da CLDF e do TCDF.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.17
Atendido
É proibida a operação de crédito entre uma instituição Art. 36 caput
financeira estatal e o ente da
Federação que a controle, na qualidade de beneficiári
o do empréstimo.
Atendido
É vedada Art. 44, caput
a aplicação da receita de capital derivada da alienaçã
o de bens e direitos que integram o patrimônio público
para o financiamento de despesa
corrente, salvo se destinada por lei aos regimes de
previdência social, geral e próprio dos servidores
públicos.
Atendido
O PLOA só incluirá novos projetos após adequadame Art. 45, caput
nte atendidos os em andamento e contempladas as d
espesas de conservação do patrimônio público, nos
termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias.
II.2.3 - Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei nº 4.320/1964
A Lei nº 4.320/1964 estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, e possui sta
tus de lei complementar.
O Quadro II.2.3 apresenta a verificação de compatibilidade entre o PLOA/2024 e a Lei no 4.320
/1964.
Quadro II.2.3 Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a Lei nº 4.320/1964
Especificação Fundamento Verificação
Atendido
A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e Art. 2o, caput
despesa de forma a evidenciar a política econômica
financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade, universalidade e
anualidade.
Atendido
Integrarão o PLOA: Art. 2º, § 1º
Sumário geral da receita por fontes e da despesa por
funções do Governo;
Quadro demonstrativo da Receita e Despesa
segundo as Categorias Econômicas;
Quadro discriminativo da receita por fontes e
respectiva legislação;
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.18
Quadro das dotações por órgãos do Governo e da
Administração.
Atendido
Acompanharão a Lei de Orçamento: Art. 2º, § 2º
Quadros demonstrativos da receita e planos de
aplicação dos fundos especiais;
Quadros demonstrativos da despesa;
Quadro demonstrativo do programa anual de trabalho
do Governo, em termos de realização de obras e de
prestação de serviços.
A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, Art. 3º, caput Atendido
inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
Atendido
A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas Art. 4º, caput
próprias dos órgãos do Governo e da administração
centralizada, ou que, por intermédio deles se devam
realizar.
Atendido
A Lei de Orçamento não consignará dotações globais Art. 5º, caput
destinadas a atender indiferentemente a despesas de
pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou
quaisquer outras.
Atendido
Os investimentos serão discriminados na Lei de Orçamento Art. 20, caput
segundo os projetos de obras e de outras aplicações.
Atendido
A proposta orçamentária que o Poder Executivo Art. 22, caput
encaminhará ao Poder Legislativo no prazo estabelecido
na Lei Orgânica do Distrito Federal, compor-se-á de:
Mensagem, que conterá: exposição circunstanciada
da situação econômico-financeira, documentada com
demonstração da dívida fundada e flutuante, saldos
de créditos especiais, restos a pagar e outros
compromissos financeiros exigíveis; exposição e
justificação da política econômico-financeira do
Governo; justificação da receita e despesa;
Projeto de Lei de Orçamento;
Tabelas explicativas, das quais, além das estimativas
de receita e despesa, constarão: a receita arrecadada
nos três últimos exercícios anteriores àquele em que
se elaborou a proposta, a receita prevista para o
exercício em que se elabora a proposta, a receita
prevista para o exercício a que se refere a proposta,
a despesa realizada no exercício imediatamente
anterior; a despesa fixada para o exercício em que se
elabora a proposta, a despesa prevista para o
exercício a que se refere a proposta.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.19
II.2.4 – Compatibilidade do PLOA/2025 com o a Lei do Plano Plurianual 2024-2027
A lei orçamentária anual, nos termos do § 4º do art. 149 da LODF e do art. 5º da LRF, deve ser
compatível com o plano plurianual – PPA. A compatibilidade do orçamento com o PPA se dá por
meio dos programas e das iniciativas desse Plano, que estão associadas às ações constantes
do PLOA. Assim, os programas e as ações previstos no orçamento devem, necessariamente,
estar programados anteriormente no PPA.
Dessa forma, analisa-se, no presente tópico, o projeto em face da Lei nº 7.378/2023, que
“Dispõe sobre o Plano Plurianual do Distrito Federal para o quadriênio 2024-2027”.
O presente exame de compatibilidade tem como escopo identificar e comparar os dados
constantes das leis objeto de análise, considerando as suas ações e respectivas programações.
Preliminarmente, importante alertar que a Lei nº 7.378/23 impõe caráter meramente estimativo
aos valores financeiros e as metas físicas estabelecidos para as ações do Plano. In verbis:
“Art. 5º Os valores financeiros e as metas físicas estabelecidos para as
Ações do PPA 20242027 são estimativos, não constituindo limites à
programação das despesas nas Leis Orçamentárias e em seus créditos
adicionais e serão atualizados e detalhados anualmente, por meio de projeto
de lei que altera o PPA 2024-2027, quando da elaboração de cada Projeto de
Lei Orçamentária Anual na vigência deste Plano, de forma a manter a
compatibilidade entre os Instrumentos de Planejamento e Orçamento.”
Além disso, conforme disposto no art. 6º do mesmo Diploma, determina que as regionalizações
das ações orçamentárias do PPA 2024-2027 não restringem nem tampouco impedem o
estabelecimento de novas regionalizações nas leis orçamentárias anuais e em seus créditos
adicionais. Eis o dispositivo.
“ Art. 6º As regionalizações das Ações Orçamentárias constantes do PPA
2024-2027 não constituem limites ou restrições ao estabelecimento de novas
regionalizações nas leis orçamentárias anuais e em seus créditos adicionais,
quando forem especificar a localidade que será atendida, cuja regionalização
seja “99 – Distrito Federal”.
II.2.4.1– Ações Constantes do PPA 2024-2027 sem Dotação no PLOA/2025
O Relatório abaixo indica os conjuntos programa/ação com programação financeira no PPA
para o exercício de 2025 e que não receberam alocação de recursos no PLOA/2025.
Relatório das ações do PPA sem dados coincidentes na LOA
R$ 1,00
Ação: 1235 CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO
SOCIAL BÁSICA
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.20
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 200.000,00
Ação: 1474 CONSTRUÇÃO DE QUARTÉIS
Programa: 6217
SEGURAN
ÇA PARA TODOS R$ 3.000.000,00
Ação: 1482 REFORMA DE QUARTÉIS
Programa: 6217
SEGURAN
ÇA PARA TODOS R$ 2.000.000,00
Ação: 1583 REFORMA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO SOCIAL
BÁSICA
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 50.000,00
Ação: 1692 IMPLANTAÇÃO DO CENTRO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E
COMUNICAÇÃO - CeTIC
Programa: 6203
GESTÃO
PARA RESULTADOS R$ 200.000.000,00
Ação: 1731 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO E
SEGURANÇA ESCOLAR
Programa: 6221 EDUCADF R$ 10.000,00
Ação: 1754 REFORMA DE UNIDADES DE ATENDIMENTO À CRIANÇA, AO
ADOLESCENTE E SEUS FAMILIARES
Programa: 6211
DIREIT
OS HUMANOS R$ 50.000,00
Ação: 1827 EXPANSÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Programa: 6209 INFRAESTRUTURA
R$ 99.707.281,81
Ação: 1832 EXPANSÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Programa: 6209 INFRAESTRUTURA
R$ 46.609.640,59
Ação: 2319 RECUPERAÇÃO DE OBRAS DE ARTE CORRENTES - BUEIROS E
CALHAS
Programa: 6209 INFRAESTRUTURA
R$ 60.000,00
Ação: 2577 GESTÃO DO CENTRO DE EXCELÊNCIA DO CERRADO
Programa: 6210
MEIO AMBIENTE R$ 5.000,00
Ação: 2593 PROTEÇÃO ÀS VÍTIMAS, TESTEMUNHAS E SEUS FAMILIARES -
PROVITA
Programa: 6211
DIREIT
OS HUMANOS R$ 10.000,00
Ação: 2782 DESENVOLVIMENTO, INCLUSÃO E PROMOÇÃO SOCIAL
Programa: 6211
DIREIT
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.21
OS HUMANOS R$ 2.400.000,00
Ação: 2825 MODERNIZAÇÃO ORGANIZACIONAL
Programa: 8228
ASSISTÊNCIA SOCIAL - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 80.000,00
Ação: 2961 DESENVOLVIMENTO DA RCPCD
Programa: 6211
DIREIT
OS HUMANOS R$ 1.000,00
Ação: 3000 IMPLEMENTAÇÃO DA BIBLIOTECA DIGITAL DO CERRADO
Programa: 6210
MEIO AMBIENTE R$ 0,00
Ação: 3072 CONSTRUÇÃO DO CENTRO INTEGRADO DE ATENÇÃO
PSICOSSOCIAL AO PACIENTE JUDICIÁRIO
Programa: 6217
SEGURAN
ÇA PARA TODOS R$ 1.000,00
Ação: 3155 REFORMA DE UNIDADE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 506.535,23
Ação: 3163 REALIZAÇÃO DO MAPEAMENTO REMOTO DO TERRITÓRIO DO DF
Programa: 6208
TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS
R$ 10.000,00
Ação: 3180 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE INTELIGENTE - ITS
Programa: 6216
MOBILIDAD
E URBANA R$ 500.000,00
Ação: 3184 CONSTRUÇÃO DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO
SOCIAL ESPECIAL
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 2.700.000,00
Ação: 3189 REFORMA DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS DE PROTEÇÃO SOCIAL
ESPECIAL
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 50.000,00
Ação: 3195 CONSTRUÇÃO DE COZINHA COMUNITÁRIA
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 1.050.000,00
Ação: 3196 REFORMA DE RESTAURANTE COMUNITÁRIO
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 50.000,00
Ação: 3209 IMPLANTAÇÃO DE SINALIZAÇÃO ESTATIGRÁFICA
Programa: 6217
SEGURAN
ÇA PARA TODOS R$ 2.000.000,00
Ação: 3304 APOIO À AÇÕES DE PROMOÇÃO E DIFUSÃO CULTURAL
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.22
Programa: 6219
CAP
ITAL CULTURAL R$ 10.000,00
Ação: 3748 REFORMA DE NÚCLEOS DE ATENDIMENTO DA DEFENSORIA
PÚBLICA
Programa: 6211
DIREIT
OS HUMANOS R$ 40.000,00
Ação: 3933 REFORMA DE ESPAÇOS CULTURAIS
Programa: 6219
CAP
ITAL CULTURAL R$ 1.000.000,00
Ação: 3995 DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS EMPRESARIAIS
Programa: 8209
INFRAESTRUTURA - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 31.627.728,83
Ação: 4016 MELHORIA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS OFERTADOS À POPULAÇ
Programa: 6207
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO R$ 50.000,00
Ação: 4029 CONTRATAÇÃO DE ASSESSORIA
Programa: 8228
ASSISTÊNCIA SOCIAL - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 50.000,00
Ação: 4042 BOLSA DE ESTÁGIO - PROFISSIONAIS DE SAÚDE (EP)
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 10.000,00
Ação: 4070 FOMENTO ÀS ATIVIDADES DE LIMPEZA PÚBLICA
Programa: 6209 INFRAESTRUTURA
R$ 456.856,28
Ação: 4113 PRODUÇÃO DE MUDAS DA FLORA DO CERRADO
Programa: 6210
MEIO AMBIENTE R$ 10.000,00
Ação: 4142 OTIMIZAÇÃO DO PLANO DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA DE
PARCELAMENTOS
Programa: 6208
TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS
R$ 48.555,79
Ação: 4176 FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES NAS COZINHAS COMUNITÁRIAS
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 225.000,00
Ação: 4189 IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETOS JUNTO À COMUNIDADE
Programa: 6217
SEGURAN
ÇA PARA TODOS R$ 1.822.788,37
Ação: 4237 REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
Programa: 8207
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO - GESTÃO E MANUTENÇÃO R$
149,47
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.23
Ação: 4241 00FM - ASSISTÊNCIA MÉDICA E ODONTOLÓGICA ÀS POLÍCI
Programa: 8217
SEGURANÇA - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 2.999.999,99
Ação: 4242 00NR - MANUTENÇÃO DAS POLÍCIAS CIVIL E MILITAR E D
Programa: 6217
SEGURAN
ÇA PARA TODOS R$ 556.835.438,20
Ação: 4243 00NT - OUTROS BENEFÍCIOS DAS POLÍCIAS CIVIL E MILI
Programa: 8217
SEGURANÇA - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 3.107.963.843,15
Ação: 4244 00RS - AJUDA DE CUSTO PARA MORADIA OU AUXÍLIO-MORA
Programa: 8217
SEGURANÇA - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 1.928.664.112,57
Ação: 4246 009T - SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE DO DISTRITO FEDE
Programa: 8202
SAÚDE - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 7.040.068.723,12
Ação: 4247 0312 - SERVIÇOS PÚBLICOS DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO F
Programa: 8221
EDUCAÇÃO - GESTÃO E
MANUTENÇÃO R$ 6.542.920.483,88
Ação: 4251 TARIFA ZERO ESTUDANTIL (EP)
Programa: 6216
MOBILIDAD
E URBANA R$ 5.000.000,00
Ação: 4253 ACOMPANHAMENTO OFTALMOLÓGICO E AUDIOMÉTRICO NAS ES
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 500.000,00
Ação: 4254 CONSULTA E ASSISTÊNCIA PRIMÁRIA AOS ESTUDANTES DA
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 5.000.000,00
Ação: 4255 MANUTENÇÃO DE ESCOLAS CÍVICO-MILITARES (EP)
Programa: 6221 EDUCADF R$ 1.000.000,00
Ação: 4256 EDUCAR PARA O EMPREENDEDORISMO (EP)
Programa: 6221 EDUCADF R$ 1.000.000,00
Ação: 4257 ATENDIMENTO ESPECIALIZADO PARA PESSOAS COM SÍNDROM
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 1.000.000,00
Ação: 4258 IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA CONTROLE DE
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 1.000.000,00
Ação: 4259 IMPLEMENTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS DE ATRAÇÃO DE
Programa: 6207
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO R$ 1.000.000,00
Ação: 4261 CAPACITAÇÃO E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DE MULHERE
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.24
Programa: 6212
RESÍD
UOS SÓLIDOS R$ 0,00
Ação: 4263 MANUTENÇÃO DO PROGRAMA DF ACESSÍVEL
Programa: 6216
MOBILIDAD
E URBANA R$ 3.500.000,00
Ação: 5009 COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL "PROMOÇÃO DA EQUI
Programa: 6211
DIREIT
OS HUMANOS R$ 500.000,00
Ação: 5030 AMPLIAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO DE BRASÍLIA
Programa: 6209 INFRAESTRUTURA
R$ 2.243.566,36
Ação: 5039 REALIZAÇÃO DE EVENTOS RELIGIOSOS MARCHA PARA JESUS
Programa: 6211
DIREIT
OS HUMANOS R$ 1.000.000,00
Ação: 5040 IMPLANTAÇÃO DE CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (EP
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 3.000.000,00
Ação: 5041 IMPLANTAÇÃO DE CENTRO DE EDUCAÇÃO DA PRIMEIRA INFÂ
Programa: 6221 EDUCADF R$ 3.000.000,00
Ação: 5042 CONSTRUÇÃO DE UNIDADES ESPECIALIZADAS PARA PESSOAS
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 2.000.000,00
Ação: 5043 CONSTRUÇÃO DE UNIDADES ESPECIALIZADAS EM DOENÇAS R
Programa: 6202
SAÚDE EM AÇÃO R$ 2.000.000,00
Ação: 5044 REGULARIZAÇÃO FUNDÍARIA DA REGIÃO DO NOVA COLINA
Programa: 6208
TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS
R$ 4.000.000,00
Ação: 5045 REGULARIZAÇÃO FUNDÍARIA DA VILA BASEVI -SOBRADIN
Programa: 6208
TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS
R$ 4.000.000,00
Ação: 5046 REGULARIZAÇÃO FUNDÍARIA DA REGIÃO DO SETOR DE MA
Programa: 6208
TERRITÓRIO, CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS
R$ 4.000.000,00
Ação: 5762 CONSTRUÇÃO DE RESTAURANTE COMUNITÁRIO
Programa: 6228 ASSISTÊNCIA
SOCIAL
R$ 2.600.000,00
Ação: 7006 MELHORIAS NOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Programa: 6209 INFRAESTRUTURA
R$ 115.551.925,20
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.25
Ação: 7012 MELHORIAS NOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Programa: 6209 INFRAESTRUTURA
R$ 135.446.278,41
Ação: 9061 FINANCIAMENTOS VINCULADOS A INCENTIVOS CREDITÍCIOS
Programa: 6207
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO R$ 5.207.486,00
Ação: 9062 EMPRÉSTIMO ESPECIAL PARA O DESENVOLVIMENTO
Programa: 6207
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO R$ 3.830.972,17
Ação: 9099 REVISÃO GERAL DA REMUNERAÇÃO DOS SERVIDORES
Programa: 0001
PROGRAMA DE OPERAÇÕES
ESPECIAIS R$ 431.555.249,75
Ação: 9120 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA PROJETOS DE CAPACIT
Programa: 6207
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO R$ 200.000,00
Ação: 9122 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA PROJETOS DE CAPACIT
Programa: 6207
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO R$ 100.000,00
Ação: 9125 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS PARA PROJETOS EDUCACIONA
Programa: 6221 EDUCADF R$ 5.000,00
Ação: 9133 00NS - INATIVOS DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO DE B
Programa: 0001
PROGRAMA DE OPERAÇÕES
ESPECIAIS R$ 219.392.289,09
Ação: 9134 00Q2 - PENSIONISTAS DA POLÍCIA MILITAR E DO CORPO
Programa: 0001
PROGRAMA DE OPERAÇÕES
ESPECIAIS R$ 0,00
Ação: 9135 00QN - INATIVOS E PENSIONISTAS DA POLÍCIA CIVIL DO
Programa: 0001
PROGRAMA DE OPERAÇÕES
ESPECIAIS R$ 4.533.984,00
Ação: 9136 09HB - CONTRIBUIÇÃO DA UNIÃO, DE SUAS AUTARQUIAS E
FUNDAÇÕES PARA O CUSTEIO DO
Programa: 0001
PROGRAMA DE OPERAÇÕES
ESPECIAIS R$ 2.281.022,87
Ação: 9137 REAJUSTE SALARIAL AOS SERVIDORES E EMPREGADOS PÚBL
Programa: 0001
PROGRAMA DE OPERAÇÕES
ESPECIAIS R$ 10.000.000,00
Ação: 9138 TRANSFERÊNCIA DE RECURSOS A ENTIDADES PARA APOIO E
Programa: 6212
RESÍD
UOS SÓLIDOS R$ 0,00
Fonte: Banco de dados PPA/2024-2027 x PLOA/2025
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.26
O relatório apresenta 79 ações orçamentárias com programações financeiras para 2025 no
PPA, mas sem dotações orçamentárias consignadas no PLOA 2025.
Assim, considerando as incompatibilidades entre o programado no PPA para o exercício de
2025 e as dotações apresentadas no PLOA/2025, recomenda-se que o Poder Executivo
apresente justificativas individualizadas a respeito das divergências apresentadas.
É digno de nota destacar que ação orçamentária “9099 - Revisão geral da remuneração dos
servidores-concessão de reajustes a diversas carreiras - Distrito Federal”, vinculada ao
Programa “0001-Operações Especiais”, tem programação da ordem de R$ R$ 431.555.249,75
para o exercício de 2025 no bojo do PPA 2024-2027 mas não consta no PLOA 2025.
Assim, entende-se como adequado que o Poder Executivo apresente justificativas sobre a
inclusão, na proposta de orçamento, de programação não estabelecida anteriormente no PPA
vigente, nem incluída no projeto de lei que vise a sua revisão.
II.2.5 – Compatibilidade do PLOA/2025 com a Lei no 7.549/2024 – LDO/2025
O Quadro II.2.5 apresenta a verificação da compatibilidade entre o PLOA/2025 e alguns
dispositivos da LDO/2025 que orientam a elaboração da proposta orçamentária.
Quadro II.2.5. Compatibilidade entre o PLOA/2025 e a LDO/2025
Especificação 2025 Verificação
Art. 2º A elaboração, aprovação, execução e o controle do Atendido
cumprimento da Lei Orçamentária Anual devem:
I - manter o equilíbrio entre receitas e despesas;
II - visar o alcance dos objetivos e metas previstos no Plano
Plurianual – PPA 2024-2027;
III - observar o princípio da publicidade, evidenciando a
transparência na gestão fiscal por meio de sítio eletrônico na
internet com atualização periódica;
IV - observar as metas relativas a receitas, despesas, resultados
primário e nominal e montante da dívida pública estabelecidos no
Anexo II — Metas Fiscais desta Lei; e
V- assegurar os recursos necessários à execução e expansão das
despesas obrigatórias de caráter continuado, discriminadas no
Anexo VI desta Lei.
Art. 4º A mensagem que encaminhar o Projeto de Lei Atendido
Orçamentária Anual de 2025 à Câmara Legislativa do Distrito
Federal deverá demonstrar:
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.27
I – a compatibilidade das programações constantes do Projeto de
Lei Orçamentária Anual com o Anexo de Metas e Prioridades
desta Lei, acompanhadas das justificativas relativas às prioridades
não contempladas no orçamento.
II – a comparação entre o montante das receitas oriundas de
operações de crédito e o montante estimado para as despesas de
capital previstos no Projeto de Lei Orçamentária Anual, conforme
o art. 167, inciso III, da Constituição Federal;
III – os critérios adotados para a estimativa dos principais itens da
receita tributária, alienação de bens e operações de crédito;
IV – a exposição circunstanciada da situação econômico-
financeira, documentada com demonstração da dívida fundada e
flutuante, saldos de créditos especiais, restos a pagar e outros
compromissos financeiros exigíveis;
V - a exposição e justificação da política econômico-financeira do
Governo;
VI – a justificação da receita e despesa, particularmente no
tocante ao orçamento de capital, conforme art. 22, inciso I, da Lei
n° 4.320, de 17 de março de 1964.
Art. 5º O Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 é constituído Atendido
do texto da lei e dos seguintes anexos:
I – “Resumo Geral da Receita” dos orçamentos fiscal e da
seguridade social, isolada e conjuntamente, evidenciando a
categoria econômica e a origem, separados entre recursos do
Tesouro e de outras fontes;
II – “Resumo Geral da Despesa” dos orçamentos fiscal e da
seguridade social, isolada e conjuntamente, evidenciando a
categoria econômica e o grupo de despesa, separados entre
recursos do Tesouro e de outras fontes;
III – “Demonstrativo da Despesa, por Poder, Órgão, Unidade
Orçamentária, Fonte de Recursos e Grupo de Despesa” dos
orçamentos fiscal e da seguridade social, isolada e conjuntamente;
IV – “Detalhamento dos Créditos Orçamentários” dos orçamentos
fiscal e da seguridade social;
V – “Demonstrativo da Compatibilidade do Orçamento Fiscal e da
Seguridade Social com as Metas Fiscais da Lei de Diretrizes
Orçamentárias”;
VI – “Demonstrativo do Orçamento de Investimento por Órgão e
Unidade”;
VII – “Demonstrativo do Orçamento de Investimento por Unidade
Orçamentária/Fonte de Financiamento”;
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.28
VIII – “Detalhamento dos Créditos Orçamentários” do Orçamento
de Investimento;
IX – “Margem de Expansão das Despesas Obrigatórias de Caráter
Continuado”, que atualizará automaticamente, com a publicação
da Lei Orçamentária Anual de 2025, o mesmo anexo constante
desta Lei”;
X – “Demonstrativo de Obras e Serviços com Indícios de
Irregularidades Graves”, encaminhado pelo Tribunal de Contas do
Distrito Federal, evidenciando o objeto da obra ou serviço, o
número do contrato, a unidade orçamentária, o programa de
trabalho, o responsável pela execução do contrato e os indícios de
irregularidades graves;
XI – “Demonstrativo da Receita e Despesa por Categoria
Econômica” dos orçamentos fiscal e da seguridade social, isolada
e conjuntamente.
Art. 6º O Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 deve ser Atendido
acompanhado dos seguintes demonstrativos complementares,
inclusive em meio digital:
I – “Demonstrativo Geral da Receita” dos orçamentos fiscal e da
seguridade social, isolada e conjuntamente, evidenciando a
classificação da natureza de receita no menor nível de agregação,
separados entre recursos do Tesouro e de outras fontes;
II – “Demonstrativo dos Recursos do Tesouro - Diretamente
Arrecadados por Órgão/Unidade”, separados por orçamentos
fiscal e da seguridade social;
III – “Demonstrativo das Receitas Diretamente Arrecadadas por
Órgão/ Unidade”;
IV – “Demonstrativo de Receita de Convênios com Órgãos do
Distrito Federal”;
V - “Demonstrativo da Origem e Aplicação dos Recursos Obtidos
com a Alienação de Ativos”;
VI - “Detalhamento da Receita para Identificação dos Resultados
Primário e Nominal”;
VII - “Demonstrativo do Critério Utilizado na Apuração do
Resultado Primário e Nominal”;
VIII - “Demonstrativo da Receita Corrente Líquida”, dos
orçamentos fiscal e da seguridade social;
IX - “Demonstrativo da Evolução da Receita” do Tesouro e de
outras fontes, evidenciando o comportamento dos valores
realizados nos últimos três anos, por categoria econômica e
origem;
X - “Projeção da Renúncia de Receitas de Origem Tributária”;
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.29
XI - “Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios e
Financeiros”, com a identificação e a quantificação dos efeitos em
relação à receita e à despesa previstas, discriminando a
legislação de que resultam tais efeito;
XII - “Demonstrativo da Despesa” dos orçamentos fiscal e da
seguridade social, evidenciando a esfera orçamentária e a origem
dos recursos, por:
a) função;
b) subfunção;
c) programa;
d) grupo de despesa;
e) modalidade de aplicação;
f) elemento de despesa; e
g) região administrativa.
XIII - “Demonstrativo da Despesa por Órgão/Unidade
Orçamentária” dos orçamentos fiscal e seguridade social,
evidenciando a esfera orçamentária, separados entre recursos do
Tesouro e de outras fontes;
XIV - “Quadro de Detalhamento da Despesa – QDD”, evidencia a
classificação funcional e estrutura programática, a categoria
econômica, o grupo de despesa, a modalidade de aplicação, o
elemento de despesa, a fonte de recursos e o IDUSO, por unidade
orçamentária de cada órgão que integra os orçamentos fiscal, da
seguridade social e de investimento;
XV – “Demonstrativo das Metas Físicas por Programa”,
evidenciando a ação e a unidade orçamentária;
XVI – “Despesa Programada com Pessoal em relação à Receita
Corrente Líquida de 2025”, em versão sintética;
XVII - “Demonstrativo das Parcerias Público-Privadas”,
evidenciando para cada parceria, contratadas pelo Distrito Federal
e suas entidades, o saldo devedor e os respectivos valores de
pagamento, projetados para todo o período do contrato;
XVIII – “Demonstrativo da Aplicação Mínima em Educação”;
XIX – “Demonstrativo da Aplicação Mínima em Saúde”;
XX - “Demonstrativo das Despesas com a Criança e o
Adolescente – OCA”, discriminado por unidade orçamentária e
programa de trabalho;
XXI - “Demonstrativo da Aplicação Mínima de recursos”
evidenciando as alocações no que tange às seguintes despesas:
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.30
a) Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal;
b) Fundo de Apoio à Cultura;
c) Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente; e
d) Precatórios;
XXII – “Demonstrativo dos Recursos Destinados a Investimentos
por Órgão”, evidenciando a unidade e a esfera orçamentária,
separados por orçamento fiscal, da seguridade social e de
investimento;
XXIII – “Demonstrativo dos Gastos Programados com
Investimentos e Demais Despesas de Capital”, nos orçamentos
fiscal e da seguridade social, bem como sua participação no total
das despesas de cada unidade orçamentária, eliminada a dupla
contagem;
XXIV – “Demonstrativo do Orçamento de Investimento por Órgão
/Função/Subfunção/Programa”;
XXV – “Demonstrativo da Programação do Orçamento de
Investimento”, por:
a) função;
b) subfunção;
c) programa;
d) regionalização; e
e) fonte de financiamento.
XXVI – “Demonstrativo do Início e Término da Programação
contendo o Elemento de Despesa 51 – Obras e Instalações”;
XXVII – “Projeção do Serviço da Dívida Fundada e Ingresso de
Operações de Crédito”, para fins do disposto no art. 4º da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, evidenciando, para
cada empréstimo, o saldo devedor e as respectivas projeções de
pagamento de amortizações e de encargos financeiros para todo
o período de pagamento da operação de crédito;
XXVIII – “Demonstrativo dos Precatórios Judiciais por Fontes de
Recursos”;
XXIX – “Demonstrativo da Evolução da Despesa” do Tesouro e de
outras fontes, evidenciando o comportamento dos valores
realizados nos últimos três anos, por categoria econômica e grupo
de despesa;
XXX – “Demonstrativo da Metodologia dos Principais Itens da
Despesa”;
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.31
XXXI – “Demonstrativo das Receitas ou Despesas Desvinculadas,
na forma da Emenda Constitucional nº 132/2023”;
XXXII – “Detalhamento das Fontes de Recursos, dos orçamentos
fiscal e da seguridade social”, isolado e conjuntamente, por
unidade orçamentária e grupo de despesa;
XXXIII – “Demonstrativo da Regionalização”, dos orçamentos
fiscal, da seguridade social e de investimento, identificando a
despesa por região, função, programa, ação e fonte de recursos;
XXXIV – “Demonstrativo de Projetos em Andamento”;
XXXV – “Demonstrativo das Ações de Conservação do Patrimônio
Público”;
XXXVI – “Detalhamento do Limite do Fundo Constitucional do
Distrito Federal”, encaminhado ao Ministério da Fazenda,
contemplando o mesmo nível de detalhamento do Quadro de
Detalhamento da Despesa.
XXXVII – (VETADO)
XXXVIII – (VETADO)
Parágrafo único. Para efeito da verificação da aplicação mínima
em educação e saúde, os Quadros constantes dos incisos XVIII e
XIX devem estar acompanhados de adendos contendo as
seguintes informações: I – despesas detalhadas por:
a) unidade orçamentária;
b) função e subfunção;
c) programa, ação e subtítulo; e
d) natureza de despesa.
II – deduções das despesas apropriadas na manutenção e no
desenvolvimento do ensino e em ações e serviços públicos de
saúde detalhadas por:
a) unidade orçamentária;
b) função e subfunção;
c) programa, ação e subtítulo; e
d) natureza de despesa.
Art. 13. A estimativa da receita e da Receita Corrente Líquida para Atendido
o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025 deve observar as
normas técnicas e legais, considerar os efeitos da variação do
índice de preços, do crescimento econômico, das alterações na
legislação ou de qualquer outro fator relevante, e ser
acompanhada de:
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.32
I – demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos;
II – projeção para os dois anos seguintes àquele a que se
referirem;
III – metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
Art. 18. As despesas relacionadas à publicidade e propaganda do Atendido
Poder Legislativo, dos órgãos ou entidades da administração
direta ou indireta do Poder Executivo e da Defensoria Pública do
Distrito Federal devem constar de ação específica.
§ 1º As despesas previstas no caput, além de estarem
classificadas em ação específica, devem ser registradas em
subtítulos com esta finalidade, segregando-se as dotações
destinadas a despesas com publicidade institucional daquelas
destinadas a publicidade de utilidade pública.
§ 3º As despesas de que trata o caput somente podem ser
suplementadas ou criadas por meio de lei específica, exceto os
subtítulos destinados à Publicidade e Propaganda Institucional,
quando destinadas à publicação de atos oficiais, assinatura e
aquisição de periódicos, utilizando-se a Modalidade de Aplicação
91.
§ 4º Fica vedado o remanejamento de recursos das áreas de
saúde, educação e segurança para atividades de que trata este
artigo, salvo quando o remanejamento ocorrer no âmbito das
respectivas áreas.
Art. 19. A Lei Orçamentária Anual de 2025 e os créditos adicionais Atendido
somente podem incluir projetos ou subtítulos de projetos novos,
depois de contemplados:
I – as metas e prioridades;
II – os projetos e respectivos subtítulos em andamento;
III – as despesas com a conservação do patrimônio público;
IV – as despesas obrigatórias de caráter constitucional ou legal;
V – os recursos necessários para viabilizar a conclusão de uma
etapa ou de uma unidade completa de um projeto, incluindo as
contrapartidas.
§ 1º Para efeito do art. 45 da Lei Complementar nº 101, de 4 de
maio de 2000, as informações relativas a projetos em andamento
e ações de conservação do patrimônio público acompanham a Lei
Orçamentária Anual de 2025 na forma de quadros, e os subtítulos
correspondentes devem ser identificados nos Anexos de
Detalhamento dos Créditos Orçamentários.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.33
§ 2º Os investimentos financiados por meio de agências de
fomento, convênio, acordo ou outros instrumentos congêneres
devem ter preferência em relação aos demais.
§ 3º Os projetos em andamento compreenderão os subtítulos que
estejam cadastrados no Sistema de Acompanhamento
Governamental - SAG, cujas etapas tenham sido iniciadas até o
encerramento do terceiro bimestre e tenham previsão de término
posterior ao encerramento do corrente exercício, inclusive as
etapas com estágio em situação atrasada ou paralisada que a
causa não impeça a continuidade no exercício seguinte.
§ 4º (VETADO)
Art. 21. A Lei Orçamentária Anual de 2025 deve discriminar em Atendido
categorias de programação específicas as dotações destinadas a:
I – concessão de benefícios: despesas com auxílio transporte,
alimentação ou refeição, assistência pré-escolar;
II - conversão de licença-prêmio em pecúnia;
III – participação em constituição ou aumento de capital de
empresas;
IV – pagamento de precatórios e de sentenças judiciais de
pequeno valor, incluindo as empresas estatais dependentes;
V – capitalização do Fundo Garantidor de Parcerias Público-
Privadas – FGP;
VI – pagamento de benefícios e pensões especiais concedidas
por legislações específicas ou outras sentenças judiciais;
VII – pagamento de despesas decorrentes de compromissos
firmados por meio de contrato de gestão entre órgãos e entidades
da administração pública e as organizações sociais;
VIII – despesas com publicidade institucional e de utilidade
pública, inclusive quando forem produzidas ou veiculadas por
órgão ou entidade integrante da administração pública;
IX – despesas de pessoal e encargos sociais decorrentes do
provimento de cargos, empregos ou funções e da concessão de
qualquer vantagem, aumento de remuneração ou alteração de
estrutura de carreiras, cujas proposições tenham iniciado sua
tramitação na Câmara Legislativa do Distrito Federal, até a
entrada em vigor desta Lei;
X – concessão de subvenções econômicas, que deve identificar a
legislação que autorizou o benefício.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.34
§ 1º Aplica-se o disposto no caput inclusive nas entidades da
administração pública distrital indireta que recebam recursos dos
orçamentos fiscal e da seguridade social, ainda que custeados,
total ou parcialmente, com recursos próprios.
§ 2º (VETADO)
§ 3º (VETADO)
§ 4º (VETADO)
Art. 22. As despesas com pagamento de Precatórios Judiciais e Atendido
Requisições de Pequeno Valor - RPV devem ser identificadas
como operações especiais, ter dotação orçamentária específica e
não podem ser canceladas por meio de decreto para abertura de
créditos adicionais com outras ações, exceto cancelamento que
atenda despesas obrigatórias constantes no Anexo VI desta Lei,
sem prejuízo do disposto na Emenda Constitucional nº 62, de 9 de
dezembro de 2009.
§ 1º Os processos relacionados ao pagamento de precatórios
judiciais e de outros débitos oriundos de decisões transitadas em
julgado, derivados de órgãos da administração direta, autárquica e
fundacional, são coordenados e controlados pela Procuradoria-
Geral do Distrito Federal e os recursos correspondentes, alocados
na Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal, onde
são efetivadas as transferências para o Tribunal de Justiça do
Distrito Federal e Territórios – TJDFT, Tribunal Regional do
Trabalho e outros Tribunais.
§ 2º Os recursos destinados ao pagamento de débitos oriundos de
decisões transitadas em julgado, derivados de empresas públicas
e sociedades de economia mista, são alocados nas próprias
unidades orçamentárias responsáveis por esses débitos.
§ 3º As dotações para RPV devem ser consignadas em subtítulo
específico na programação orçamentária da Secretaria de Estado
de Economia do Distrito Federal, quando derivadas dos órgãos da
administração direta, e, na da própria unidade, quando originárias
de autarquias e fundações.
Art. 23. Na Lei Orçamentária Anual de 2025 ou nos créditos Atendido
adicionais que a modificam, fica vedada:
I – destinação de recursos para atender despesas com:
a) início de construção, ampliação, reforma, aquisição, novas
locações ou arrendamentos de imóveis residenciais de
representação;
b) aquisição de mobiliário e equipamento para unidades
residenciais de representação funcional;
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.35
c) aquisição de aeronaves, salvo para atendimento das
necessidades da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da
Secretaria de Estado de Saúde;
d) manutenção de clubes, associações de servidores ou outras
entidades congêneres, excetuadas creches e escolas de
atendimento pré-escolar;
e) investimento em regime de execução especial, ressalvados os
casos de calamidade pública e comoção interna;
f) pagamento, a qualquer título, a servidor da administração direta
ou indireta, inclusive por serviços de consultoria ou assistência
técnica, custeados com recursos provenientes de convênios,
acordos, ajustes ou instrumentos congêneres, firmados com
órgãos ou entidades de direito público ou privado, nacionais ou
internacionais;
g) pagamento, a qualquer título, a empresas privadas que tenham
em seu quadro diretivo servidor público da ativa, empregado de
empresa pública ou de sociedade de economia mista;
h) aquisição de passagens aéreas para servidor ou membro dos
Poderes e da Defensoria Pública do Distrito Federal que não seja
exclusivamente em classe econômica;
II – inclusão de dotações a título de subvenções sociais,
ressalvadas aquelas destinadas às entidades privadas sem fins
lucrativos, de atividade continuada, que tenham atualizadas e
devidamente aprovadas as prestações de contas dos recursos
recebidos do Distrito Federal e que preencham, simultaneamente,
as seguintes condições:
a) sejam de atendimento direto ao público, de forma gratuita, nas
áreas de assistência social, saúde e educação, e possuam
certificado de utilidade pública, no âmbito do Distrito Federal;
b) atendam ao disposto nos arts. 220 e 243 da Lei Orgânica do
Distrito Federal, bem como na Lei federal nº 8.742, de 7 de
dezembro de 1993, se voltadas para as áreas de assistência
social, saúde e educação;
c) estejam enquadradas nas exigências dispostas na Lei nº 4.049,
de 4 de dezembro de 2007, e no art. 26 da Lei Complementar nº
101, de 4 de maio de 2000;
d) identifiquem o beneficiário e o valor transferido no respectivo
convênio ou no instrumento congênere;
e) contrapartida nunca inferior a 10% do montante previsto para
as transferências a título de auxílios, podendo ser em bens e
serviços;
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.36
III – inclusão de dotações, a título de subvenções econômicas,
ressalvado para entidades privadas sem fins lucrativos,
microempresa, empresa de pequeno porte e microempreendedor
individual, desde que preencham as seguintes condições:
a) observem as normas de concessão de subvenções econômicas;
b) identifiquem o beneficiário e o valor transferido no respectivo
instrumento jurídico pactual, nos termos previstos na legislação;
c) apoiem as atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação,
nos termos da Lei nº 5.869, de 24 de maio de 2018, consoante a
Lei federal nº 10.973, de 2 de dezembro de 2004, ficando
condicionada à contrapartida pelo beneficiário, na forma do
instrumento pactual;
IV - inclusão de dotações a título de auxílios e contribuições
correntes, ressalvadas aquelas destinadas às entidades privadas
sem fins lucrativos, que tenham atualizadas e devidamente
aprovadas as prestações de contas dos recursos recebidos do
Distrito Federal e que preencham as condições previstas em lei;
V – inclusão de dotações a título de contribuições de capital, salvo
quando destinada às entidades privadas sem fins lucrativos e com
autorização em lei específica, nos termos do § 6º do art. 12 da Lei
n° 4.320, de 17 de março de 1964.
§ 1º O percentual de que trata a alínea “e” do inciso II deste artigo
não se aplica aos recursos destinados a financiar os programas e
projetos do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente –
FDCA/DF, do Fundo Antidrogas do Distrito Federal – FUNPAD
/DF, e do Fundo Distrital dos Direitos do Idoso, bem como a todos
os projetos que são financiados sob a égide da Lei nº 13.019, de
31 de julho de 2014.
§ 2º (VETADO)
Art. 30. A despesa deve ser discriminada por esfera, órgão, Atendido
unidade orçamentária, classificação funcional, estrutura
programática, regionalização, grupo de despesa, modalidade de
aplicação, elemento de despesa, fonte de recursos e IDUSO.
Art. 31. A Lei Orçamentária Anual de 2025 deve conter Reserva Atendido
de Contingência com dotação orçamentária mínima de 1% da
Receita Corrente Líquida, constituída integralmente com recursos
ordinários não vinculados.
§ 1º Quando do encaminhamento do Projeto de Lei Orçamentária
Anual de 2025, a reserva referida no caput deve corresponder a
3,5% da Receita Corrente Líquida.
§ 2º A Reserva de Contingência será considerada como despesa
primária para fins de apuração do resultado fiscal.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.37
§ 3º Os recursos da Reserva de Contingência são destinados ao
atendimento de passivos contingentes, de eventos fiscais
imprevistos, conforme art. 5º, III, b, da Lei Complementar nº 101,
de 4 de maio de 2000, e de abertura de créditos adicionais nos
termos do Decreto-Lei nº 1.763, de 16 de janeiro de 1980, e do
art. 8º da Portaria Interministerial STN/SOF nº 163, de 4 de maio
de 2001.
§ 4º Serão destinados 2% da Receita Corrente Líquida para
atendimento das emendas parlamentares individuais, nos termos
do § 15 do art. 150 da Lei Orgânica do Distrito Federal.
Art. 33. Para definição dos recursos a serem transferidos, no Atendido
exercício de 2025, à Fundação de Apoio à Pesquisa e ao Fundo
de Apoio à Cultura, nas formas dispostas nos arts. 195 e 246, §
5º, da Lei Orgânica do Distrito Federal, será utilizado como base
de cálculo o valor da receita corrente líquida apurado até o
bimestre anterior ao mês de repasse, compensando as diferenças
no bimestre seguinte.
§ 1º Os valores apurados, na forma prevista no caput deste artigo,
deverão ser consignados na Lei Orçamentária Anual de 2025 às
respectivas unidades orçamentárias pelas suas totalidades.
§ 2º Ao Fundo de Apoio à Cultura é assegurada autonomia
financeira para execução dos projetos relacionados a sua
atividade-fim.
§ 3º (VETADO)
Art. 36. As unidades orçamentárias que desenvolvem ações Atendido
voltadas ao atendimento de crianças, de adolescentes e de
pessoas com deficiência devem priorizar a alocação de recursos
para essas despesas, quando da elaboração de suas propostas
orçamentárias.
Art. 40. A despesa deve ser discriminada por esfera, classificação Atendido
institucional, classificação funcional, estrutura programática,
regionalização, grupo de despesa, fonte de financiamento e
IDUSO.
Art. 84. Fica assegurada a participação dos cidadãos no processo Atendido
orçamentário para o exercício de 2025 por meio de audiências
públicas, convocadas e realizadas exclusivamente para esse fim
pelo Poder Executivo e pela Câmara Legislativa do Distrito
Federal.
§ 1º As audiências públicas devem ser convocadas com
antecedência de no mínimo 10 dias da data de sua realização.
§ 2º O Poder Executivo deve garantir a existência de canais de
participação na internet durante a elaboração da proposta
orçamentária.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.38
§ 3º (VETADO)
§ 4º (VETADO)
II.3 - ANÁLISE DA RECEITA DO PLOA/2025
O art. 1º do PLOA/2025 fixa a receita do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2024 no
montante de R$ 41.600.640.122,00 (quarenta e um bilhões, seiscentos milhões, seiscentos e
quarenta mil, cento e vinte e dois reais), para o total do orçamento, incluindo o orçamento de
Investimento das Estatais. Os arts 3º e 4º informam a seguinte distribuição para esse montante:
I – no Orçamento Fiscal: R$ 25.792.139.320,00 (vinte e cinco bilhões, setecentos e noventa e
dois milhões, cento e trinta e nove mil, trezentos e vinte reais);
II – no Orçamento da Seguridade Social: R$ 14.124.187.931,00 (catorze bilhões, cento e vinte e
quatro milhões, cento e oitenta e sete mil, novecentos e trinta e um reais);
III – no Orçamento de Investimento: R$ 1.684.312.871,00 (um bilhão, seiscentos e oitenta e
quatro milhões, trezentos e doze mil, oitocentos e setenta e um reais.).
Nos termos do Anexo I – Resumo Geral da Receita, referente aos orçamentos Fiscal e da
Seguridade, a Receita Corrente, formada pelas Receitas Tributária, de Contribuição,
Patrimonial, Agropecuária, Industrial, de Serviços, Transferências Correntes, outras Receitas
Correntes e Receitas Intraorçamentárias Correntes, foi estimada no total de R$
38.490.468.617,00 (trinta e oito bilhões, quatrocentos e noventa milhões, quatrocentos e
sessenta e oito mil, seiscentos e dezessete reais).
Por sua vez, a Receita de Capital, composta por Operações de Crédito, Alienações de Bens,
Amortizações, Transferências de Capital e Receitas Intraorçamentárias de Capital, foi estimada
em R$ 1.425.858.634,00 (um bilhão, quatrocentos e vinte e cinco milhões, oitocentos e
cinquenta e oito mil, seiscentos e trinta e quatro reais).
A Receita Corrente estimada na PLOA 2025 para o exercício de 2025 teve aumento
nominal de 11,9% em relação ao estimado na PLOA/2024 para o exercício de 2024. Em
termos reais (descontada a inflação), isso representa um aumento real de 7,7%, dado que o
IPCA projetado para 2025 é de 3,86%. A Receita de Capital teve crescimento nominal de 3,5%.
Em termos reais, porém, houve queda marginal de 0,3%. O quadro a seguir apresenta
resumidamente os valores previstos para a receita:
Quadro II.3.1. Receita prevista no PLOA/2025 x LOA/2024 - R$ milhões
VAR
VAR
ESPECIFICAÇÃO LOA 2024 PLOA 2025
2025 (-)
2025 / 2024
2024
Receitas Correntes (I) 34.399,4 38.490,5 4.091,1 11,9%
Receita Tributária 19.341,0 24.559,1 5.218,1 27,0%
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.39
Receita de Contribuições 2.556,2 2.983,4 427,2 16,7%
Receita Patrimonial 1.571,1 934,5 -636,6 -40,5%
Receita Agropecuária 0,0 0,0 0,0 0,0%
Receita Industrial 4,3 4,6 0,3 6,2%
Receita de Serviços 1.168,2 1.407,9 239,7 20,5%
Transferências Correntes 6.309,0 6.371,2 62,2 1,0%
Outras Receitas Correntes 912,8 1.499,9 587,2 64,3%
Receitas Intraorçamentárias
2.536,8 3.773,1 1.236,3 48,7%
Correntes
Deduções/Restituições da Receita 0,0 -3.043,3 -3.043,3 0,0%
Receitas De Capital (II) 1.377,4 1.425,9 48,4 3,5%
Operações de Crédito 795,0 866,7 71,7 9,0%
Alienação de Bens 20,8 93,1 72,3 348,5%
Amortizações 34,4 48,8 14,4 41,7%
Transferências de Capital 527,2 417,3 -109,9 -20,9%
Outras Receitas de Capital 0,0 0,0 0,0 0,0%
Receitas Intraorçamentárias de
0,0 0,0 0,0 0,0%
Capital
Recursos Arrecadados em
0,0 0,0 0,0 0,0%
Exercícios Anteriores (RAEA) (III)
RAEA referente aos RPPS 0,0 0,0 0,0 0,0%
TOTAL DA RECEITA (IV) = (I + II +
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.40
III) 35.776,8 39.916,3 4.139,5 11,6%
Fonte: Q9 – Quadro IX – Demonstrativo da Evolução da Receita
O principal destaque se deve à ausência de imputação dos valores de Deduções/Restituições
da receita no PLOA 2024, o que resultou na aparente dedução direta no valor da Receita
Tributária do referido ano. Para o PLOA 2025, o valor da Receita Tributária aparece em termos
brutos, sem deduções. Como efeito, o valor da receita tributária esperada em 2025 é
apresentado inflado, enquanto as deduções (valores negativos) de receitas tributárias são
dispostas isoladamente em linha própria.
Caso se considere a receita tributária líquida de deduções, o valor esperado para 2025 seria de
R$ 21.515,8 milhões, com crescimento de 11,2% frente ao valor para 2024 presente na LOA
/2024.
Para além da questão das deduções/restituições de receitas, outras três linhas de receitas
merecem atenção pelo crescimento absoluto significativo, são elas:
Receitas intraorçamentárias correntes, com avanço de R$ 1.236,3 milhões (+ 48,7%);
Outras receitas correntes, com crescimento de R$ 587,2 milhões (+ 64,3%); e
Receitas de contribuições, com expansão de R$ 427,2 milhões (+ 16,7%).
Entre os destaques negativos, destacam-se duas linhas de receitas, quais sejam:
Receita patrimonial, com queda de R$ 636,6 milhões (- 40,5%); e
Receita de transferência de capital, com recuo de R$ 109,9 milhões (- 20,9%).
Entre as receitas tributárias, principal fonte de receitas correntes, o tributo mais relevante é o
ICMS, correspondendo isoladamente por cerca de 47% da receita tributária total em 2025. Na
sequência, o imposto de renda (19%) e o ISS (14%) são os mais relevantes. Os três tributos, em
conjunto, representam 79% da arrecadação tributária do Distrito Federal.
Quadro II.3.2. Receita Tributária de 2025 a 2027 - R$ milhões
Tributo 2025 % 2026 % 2027 %
ICMS 11.426 47% 11.570 46% 11.830 46%
ISS 3.430 14% 3.548 14% 3.669 14%
IPVA 1.977 8% 2.058 8% 2.139 8%
IPTU 1.441 6% 1.501 6% 1.560 6%
ITBI 661 3% 694 3% 727 3%
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.41
ITCD 194 1% 208 1% 221 1%
TLP 0 0% 0 0% 0 0%
Imp. Renda 4.547 19% 4.718 19% 4.886 19%
Outros 53 0% 55 0% 57 0%
Taxas 821 3% 857 3% 893 3%
TOTAL 24.551 100% 25.208 100% 25.981 100%
Fonte: Anexo I – Relatório da receita realizada e prevista 2021 a 2027.
A Receita Tributária , incluindo dívida ativa, multas e juros de mora, aumentou 9,7% em
termos nominais em relação ao estimado para 2024 pelo PLOA/2024, o que representou um
aumento de 5,61% em termos reais (IPCA projetado de 3,86% para 2025). Os principais tributos
que aumentaram foram ICMS, ISS e IPVA, com altas de R$ 1.350 milhões, R$ 387 milhões e R$
128 milhões respectivamente. O IPTU apresentou queda na estimativa de receita da ordem de
R$ 68 milhões.
Quadro II.3.3. Receita Tributária da PLOA/2024 x PLOA/2025 - R$ milhões
Tributo PLOA/2024 PLOA/2025 Var. Var. %
ICMS 10.075 11.426 1.350 13,4%
ISS 3.043 3.430 387 12,7%
IPVA 1.850 1.977 128 6,9%
IPTU 1.509 1.441 -68 -4,5%
ITBI 613 661 48 7,8%
ITCD 189 194 5 2,9%
TLP 0 0 0 0,0%
Imp. Renda 4.484 4.547 64 1,4%
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.42
Simples 32 53 21 68,0%
Taxas 588 821 233 39,6%
Total 22.382 24.551 2.168 9,7%
Fonte: M12 Anexos Previsão Receita PLOA 2025.
Apresentam-se a seguir as metodologias utilizadas para a previsão das receitas tributárias para
os exercícios de 2025 a 2027. A previsão segue o que preceitua a Decisão do Tribunal de
Contas do Distrito Federal nº 2.579/2008, a qual estabeleceu que as estimativas sejam
demonstradas conforme a fórmula:
Valor da receita tributária bruta referente a fatos geradores do exercício
(-) Valor estimado da inadimplência para o exercício
(+) Valor estimado da arrecadação referente a exercícios anteriores
(-) Valor estimado da renúncia de receita
(=) Receita tributária estimada
Assim, as estimativas de receita correspondem a valores líquidos de benefícios tributários, cuja
projeção encontra-se no Estudo Técnico n.º3/2024 - SEEC/SEFAZ/SUAE/COAP/GEREN (doc.
150040959).
Assim, a receita tributária do PLOA é resultado das receitas estimadas e correspondem a
valores líquidos de benefícios tributários, cuja previsão encontra-se no documento “M12 –
Critérios adotados para estimativa dos principais itens da receita – Exercício 2025”.
Para a estimativa de dois dos principais tributos da receita tributária bruta (ICMS e ISS),
referentes aos exercícios de 2025 a 2027, a Secretaria de Estado de Economia (SEEC/DF)
utilizou a metodologia apresentada na sequência.
Foram utilizadas equações estimadas pelo método dos mínimos quadrados ordinários, tendo
como variável explicada a primeira diferença da série histórica da receita bruta nominal de cada
imposto (ICMS e ISS).
Para o ICMS, as variáveis explicativas consideradas foram a primeira diferença no momento
anterior da receita do próprio ICMS; a primeira diferença no momento atual do PIB nacional; a
primeira diferença no momento anterior do índice de receita nominal de vendas no comércio
varejista ampliado do Distrito Federal (PMC/IBGE); a primeira diferença no segundo momento
anterior do índice de receita nominal de vendas no comércio varejista ampliado do Distrito
Federal; e a primeira diferença no segundo momento anterior das venda de gasolina no Distrito
Federal.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.43
Para o ISS, foi utilizado como base o comportamento da arrecadação passada do próprio
tributo; PIB nacional; índice de base fixa da Pesquisa Mensal de Serviços do Distrito Federal
(PMS/IBGE); taxa de desemprego local; consumo comercial de energia elétrica na capital
federal; e população economicamente ativa local.
As séries históricas mensais das receitas brutas do ICMS e do ISS foram construídas,
acrescentando às séries da arrecadação efetiva as séries da inadimplência e da renúncia e
excluindo a arrecadação de exercícios anteriores. Assim, foram estimadas duas equações, uma
para o ICMS e outra para o ISS.
As estimativas de receita para o triênio 2025-2027 foram elaboradas em valores correntes,
considerando a mediana das expectativas do mercado financeiro em 21/06/2024 para o IPCA,
divulgada pelo Banco Central do Brasil (BCB), conforme a seguir
Quadro II.3.4. Previsão para o IPCA (2025-2027)
Parâmetros 2024 2025 2026 2027
IPCA (variação anual)
4,01% 3,86% 3,65% 3,50%
Fonte: BCB.
Na deflação dos valores correntes para 2024, utilizou-se como deflator o IPCA médio construído
com base nas variações anuais esperadas.
Para as variáveis explicativas PIB nacional, índice de receita nominal de vendas no comércio
varejista ampliado do Distrito Federal, vendas de gasolina no Distrito Federal, o índice de base
fixa da receita nominal de serviços do Distrito Federal, a taxa de desemprego local, o consumo
comercial de energia elétrica na capital federal e a população economicamente ativa local, foi
elaborada previsão com base na modelagem ARIMA.
Da receita bruta estimada, foram deduzidas as estimativas da inadimplência e da renúncia
tributária e acrescidas às expectativas de arrecadação relativa a exercícios anteriores,
resultando em previsões para a receita líquida.
Quanto à receita da Dívida Ativa, de Multas e Juros e de Multas e Juros da Dívida Ativa, foi
utilizada a modelagem de suavização exponencial tipo “Holt-Winters” versão aditiva, estendendo
as séries até dezembro de 2027. Foram considerados ainda os efeitos dos programas de
recuperação fiscal (REFIS).
Após a estimativa da receita tributária bruta, é feita a estimativa dos “redutores de receita” que
são a renúncia tributária, a inadimplência e alguns programas de incentivo ao contribuinte. No
grupo das renúncias estão: 1) isenções; 2) redutores de alíquota; 3) remissões; 4) redutores da
base de cálculo; 5) prorrogações de prazo. Entre os programas de incentivo aos contribuintes
estão o programa Nota Legal e o Desconto para Pagamento em Cota Única. Os redutores de
receita somam R$ 31,7 bilhões no triênio 2025-2027 , sendo que a Renúncia responde a 83%
deste total, conforme detalhado no quadro abaixo:
Quadro II.3.5. Redutores de Receita 2025-2027 - R$ mil
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.44
Tipo 2025 2026 2027 2025 a 2027
Inadimplência Estimada 1.658.773 1.709.506 1.765.145 5.133.424
Renúncia Estimada 8.614.491 8.738.071 8.938.944 26.291.506
Abatimento do Programa
0 0 0 0
Nota Legal
Desconto do Pagamento da
86.363 89.600 92.798 268.761
Cota Única
Total 10.359.627 10.537.177 10.796.887 31.693.691
Fonte: M12 – Critérios adotados para estimativa dos principais itens da receita – Exercício 2025.
Destaca-se o fato de que, em relação ao programa Nota Legal, não há estimativas de descontos
nesta tabela, pois ele deixou de ser renúncia de receita e passou a ser classificado como
despesa.
Um dos componentes dos Redutores de Receita é a Renúncia. O Quadro abaixo faz uma
comparação entre as renúncias de receita tributária previstas na LDO/2025 e as do PLOA/2025.
Verifica-se que a projeção de renúncia de receita tributária teve um aumento de R$ 109,6
milhões entre a LDO/2025 e o PLOA/2025, sendo o IPVA e ICMS os principais responsáveis,
respondendo respectivamente por R$ 56,3 milhões e R$ 48,4 milhões.
Quadro II.3.6. Renúncia de Receita - LDO/2025 X PLOA/2025 - R$ mil
TRIBUTO LDO/2025 PLOA/2025 Var. Var. %
ICMS 7.505.277 7.553.673 48.396 0,6%
ISS 468.928 473.069 4.141 0,9%
IPVA 216.218 272.481 56.263 26,0%
IPTU 199.318 199.826 508 0,3%
ITBI 18.381 18.463 82 0,4%
ITCD 77.445 77.627 182 0,2%
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.45
TLP 19.297 19.352 55 0,3%
Multas e Juros 0 0 0 0,0%
Dívida Ativa 0 0 0 0,0%
TOTAL 8.504.864 8.614.491 109.627 1,3%
Fonte: Anexos PLDO 2025 e PLOA 2025.
No quadro abaixo constata-se que as renúncias de receitas no triênio de 2024 a 2026 ficaram
no patamar de aproximadamente R$ 26,3 bilhões, uma média de aproximadamente R$ 8,8
bilhões ao ano . Ainda nesse mesmo quadro, o ICMS , como nos anos anteriores, responde
pelo maior percentual do total das renúncias tributárias do Distrito Federal, participando com
aproximadamente 88% do total em média no período.
Quadro II.3.7. Renúncia de Receita Tributária, por Tributos - R$ mil
% do % do
% do
TRIBUTO 2025 Total 2026 Total 2027
Total 2027
2025 2026
ICMS 7.553.673 88% 7.661.941 88% 7.838.265 88%
ISS 473.069 5% 476.790 5% 486.153 5%
IPVA 272.481 3% 281.596 3% 291.009 3%
IPTU 199.826 2% 199.813 2% 202.508 2%
ITBI 18.463 0% 18.987 0% 19.562 0%
ITCD 77.627 1% 79.826 1% 82.224 1%
TLP 19.352 0% 19.118 0% 19.223 0%
Multa e Juros 0 0% 0 0% 0 0%
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.46
Dívida Ativa 0 0% 0 0% 0 0%
TOTAL 8.614.491 100% 8.738.071 100% 8.938.944 100%
(*) Não inclui Taxa de Expediente, Taxa de Estabelecimentos, Taxa de Obras e Débitos não
tributários, os quais adicionariam, por exemplo, R$ 12,8 milhões à renúncia estimada em 2025.
Fonte: M12 – Critérios adotados para estimativa dos principais itens da receita – Exercício 2025.
O ICMS é o principal tributo da Receita Tributária, representado aproximadamente 47% do total.
No tocante à Renúncia de Receita Tributária, sua participação é ainda maior, ao redor de
88%. Por sua importância, vale a pena uma análise mais aprofundada.
No detalhamento das renúncias por sua natureza e por tributo, pode-se notar que, no caso da
renúncia de tributos do ICMS, de um total de 204 tipos de renúncias, 21 delas
representam 88,3% do total de renúncias (R$ 6,7 bilhões de um total de R$ 7,5 bilhões).
Essas principais renúncias de ICMS podem ser vistas no quadro abaixo. Nele é feito a
comparação dos valores de Renúncia de Receita de ICMS previstos para 2025 no PLOA
2025 e no PLOA 2024.
Quadro II.3.8. Renúncia de Receita de ICMS - R$ milhões
PLOA/2025 LOA/2024
MODALIDADE Exerc. Exerc.
DESCRIÇÃO DO CAPITULAÇÃO
DO VAR.
BENEFÍCIO LEGAL
BENEFÍCIO 2025 2025
Regime diferenciado
de tributação
aplicado aos
Outros contribuintes Lei nº 5.005/2012 1.181,6 1.209,8 -28
industriais,
atacadistas ou
distribuidores
Lei 6.421/19 e
Convênio ICMS
/CONFAZ 128
/94,
Saída interna de regulamentado
Redução de
mercadorias que no Decreto nº
Base de 972,1 308,4 664
compõem a cesta 18.955/1997
Cálculo
básica. Anexo I, caderno
II, item 11,
incluídas
alterações da Lei
nº 6.968/21
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.47
Convênio ICMS
/CONFAZ 15/81,
Saída de máquinas
Redução de regulamentado
, aparelhos, veículo
Base de no Decreto nº 704,7 0,8 704
s, móveis, motores
Cálculo 18.955/1997
e vestuário usados
Anexo I, caderno
II, item 06
As operações com Convênio ICMS
os equipamentos e /CONFAZ 01/99,
insumos da área d regulamentado
Isenção e no Decreto nº 630,4 0,7 630
saúde relacionados 18.955/1997
no Convênio ICMS Anexo I, caderno
01/99 I, item 103
Aos empreendiment
os econômicos pro
dutivos enquadrados
no Programa de Decreto nº 39.803
Incentivo Fiscal à /2019,
Crédito
Industrialização e fundamentado no 426,6 63,5 363
presumido
o desenvolvimento Convênio ICMS
sustentável do /CONFAZ 190/17
Distrito Federal
(EMPREGA -
DF)
A saída interna e
Convênio ICMS
interestadual,
/CONFAZ 44/75,
exceto a destinad
regulamentado
a à
Isenção no Decreto nº 387,6 0,0 388
industrialização, de
18.955/1997
hortícolas, em
Anexo I, caderno
estado natural e
I, item 15
ovos.
A saída
interna e interestad
ual de frutas em e
stado natural,
Convênio ICM 44
nacionais ou proven
/75,
ientes dos países
regulamentado
membros da ALAL
Isenção no Decreto nº 367,6 0,5 367
C,
18.955/1997
com exceção das
Anexo I, caderno
destinadas à indu
I, item 14
strialização, e de
amêndoas, avelãs,
castanhas, nozes,
peras e maçãs.
Programa de
Convênio ICMS
Incentivo à
116/23 e Lei
Anistia Regularização Fiscal 241,0 241,0 0
Complementar nº
do Distrito Federal -
1.025/23
REFIS-DF 2023
Fornecimento de
refeições promovido
por bares,
Convênio ICMS
restaurantes
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.48
Redução de e estabelecimentos 91/12,
Base de similares, assim homologado pelo 230,8 156,2 75
Cálculo como na saída Decreto
promovida por Legislativo nº
empresas 2.358/21
preparadoras de
refeições coletivas
Convênio ICMS
Operações com c
/CONFAZ 89/05,
arne e demais pro
Redução de regulamentado
dutos resultantes d
Base de no Decreto nº 221,9 28,2 194
o abate de aves,
Cálculo 18.955/1997
leporídeos, carne
Anexo I, caderno
bovina.
II, item 42
Convênio ICMS
As operações co
/CONFAZ 126
m os equipament
/10,
os ou acessórios
regulamentado
Isenção destinados a 191,5 0,5 191
no Decreto nº
portadores de
18.955/1997
deficiência física ou
Anexo I, caderno
auditiva
I, item 53
Operações e presta
ções de serviço de
transporte realizad
as Convênio ICMS
no âmbito das med 63/20,
idas de prevenção homologado pelo
Isenção 155,5 207,3 -52
ao contágio e de Decreto
enfrentamento à pa Legislativo nº
ndemia causada pel 2.323/21
o novo agente do
Coronavírus (SARS-
CoV-2).
Convênio ICMS
/CONFAZ 188
/17,
Redução de Operações com
regulamentado
Base de querosene de 152,9 153,1 0
no Decreto nº
Cálculo aviação (QAV)
18.955/1997
Anexo I, caderno
II, item 59
Ao contribuinte
comerciante
atacadista, na saída Decreto nº 39.753
interestadual /2019,
Crédito
que destine mercad fundamentado no 134,1 4,8 129
presumido
oria para comerciali Convênio ICMS
zação, produção ou /CONFAZ 190/17
industrialização.
Programa de Incent
Convênio ICMS
ivo à Regularização
190/21 e Lei
Remissão Fiscal do Distrito 111,5 2,3 109
Complementar nº
Federal - REFIS-DF
996/21
2021
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.49
Diferencial de
alíquota (DIFAL) nas
operações Lei nº 6.296
Isenção 105,1 105,6 0
interestaduais para /2019, art. 1º
contribuintes
Simples Nacional
Convênio ICMS
As operações inter /CONFAZ 162
nas com medicame /94,
ntos quimioterápicos regulamentado
Isenção 104,7 4,5 100
usados no no Decreto nº
tratamento de 18.955/1997
câncer. Anexo I, caderno
I, item 75
As operações realiz
adas com os fárma
cos e medicamento
s Convênio ICMS
destinados a órgã /CONFAZ 87/02,
os da Administraçã regulamentado
Isenção o Pública Direta no Decreto nº 75,4 80,2 -5
e 18.955/1997
Indireta Federal, Es Anexo I, caderno
tadual e Municipal I, item 121
e a suas fundaçõe
s
públicas.
Às empresas forn Convênio ICMS
ecedoras de 144/21,
energia elétrica, c regulamentado
Crédito
alculado sobre o no Decreto nº 72,4 72,7 0
presumido
valor do faturamento 18.955/1997,
bruto de seus Anexo I, Caderno
estabelecimentos. III item 10
Convênio ICMS
/CONFAZ 100
A saída interna d /97,
os insumos agrop regulamentado
Isenção 71,0 7,1 64
ecuários listados n no Decreto nº
o Convênio 100/97. 18.955/1997
Anexo I, caderno
I, item 82 a 92
Saída interestadual
de inseticidas, fu
ngicidas, formicidas,
herbicidas,
parasiticidas,
germicidas, Convênio ICMS
acaricidas, /CONFAZ 100
nematicidas, /97,
raticidas, desfolhant regulamentado
Redução de
es, dessecantes, es no Decreto nº
Base de 63,7 8,7 55
palhantes, adesivos, 18.955/1997
Cálculo
estimuladores e in Anexo I, caderno
ibidores de cresci
mento (reguladores)
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.50
, II, item 18 a 28,
vacinas, soros e 36,39, 41 e
medicamentos, prod 50
uzidos para uso na
agricultura e na
pecuária.
A remessa da peça
defeituosa para
o fabricante promo
vida Convênio ICMS
pelo estabelecime /CONFAZ 27/07,
nto ou pela ofic regulamentado
Isenção ina credenciada o no Decreto nº 62,7 0,2 63
u autorizada, desde 18.955/1997
que a remessa Anexo I, caderno
ocorra até trinta dias I, item 148
depois do prazo de
vencimento da
garantia.
Demais - - 888 3.395 -2.507
Total - - 7.553 6.051 1.502
Fonte: Q10.2 – Quadro X – Estimativa de Compensação – Tributária (PLOA 2024) e Q10 -
Quadro X – Projeção da Renúncia de Receitas de Origem Tributária (PLOA 2025).
Da análise do detalhamento da Renúncia do ICMS, nota-se que a maior renúncia estimada é
com o regime diferenciado de tributação aplicado aos contribuintes industriais, atacadistas ou
distribuidores (Lei nº 5.005/2012), com impacto estimado de R$ 1,2 bilhão em renúncias em
2025, segundo o PLOA 2025. Este valor representa 15,7% das renúncias totais esperadas de
ICMS.
Também é relevante apontar grandes discrepâncias de estimativa de renúncia de ICMS
percebidas para 2025 entre o PLOA 2024 e PLOA 2025 e que merecem maiores explicações.
Como exemplos, têm-se:
Redução de base de cálculo para saída de máquinas, aparelhos, veículos, móveis,
motores e vestuário usados: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,8 milhão) e PLOA
2025 (R$ 704,7 milhões) ;
Isenção para operações com os equipamentos e insumos da área de saúde relacionados
no Convênio ICMS 01/99: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,7 milhão) e PLOA 2025
(R$ 630,4 milhões) ;
Isenção para saída interna e interestadual, exceto a destinada à industrialização, de
hortícolas, em estado natural e ovos: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,03 milhão) e
PLOA 2025 (R$ 387,6 milhões) ;
Isenção para saída interna e interestadual de frutas em estado natural, nacionais ou
provenientes dos países membros da ALALC,
com exceção das destinadas à industrialização, e de amêndoas, avelãs, castanhas,
nozes, peras e maçãs: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,5 milhão) e PLOA 2025 (R$
367,6 milhões) ;
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.51
Redução de base de cálculo para operações com carne e demais produtos resultantes do
abate de aves, leporídeos, carne bovina: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 28,2
milhões) e PLOA 2025 (R$ 221,9 milhões) ;
Isenção para operações com os equipamentos ou acessórios destinados a portadores de
deficiência física ou auditiva: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 0,5 milhão) e PLOA
2025 (R$ 191,5 milhões) ;
Crédito presumido para contribuinte comerciante atacadista, na saída interestadual que
destine mercadoria para comercialização, produção ou industrialização: renúncia
estimada PLOA 2024 (R$ 4,8 milhões) e PLOA 2025 (R$ 134,1 milhões) ; e
Remissão para o Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal -
REFIS-DF 2021: renúncia estimada PLOA 2024 (R$ 2,3 milhões) e PLOA 2025 (R$
111,5 milhões) .
Conforme percebido, a reestimativa de renúncia tributária prevista para os oito benefícios
de ICMS elencados foi de R$ 37,8 milhões (PLOA 2024, para o exercício de 2025) para R$
2,75 bilhões (PLOA 2025, para o exercício de 2025), o que representa um aumento de
7.277%.
Retornando à análise do total de Renúncias de Receita Tributária, a comparação entre as
projeções para o exercício de 2025 previstas na LOA/2025 com as do PLOA/2024 (ver
quadro abaixo) demonstra que houve, em termos gerais, redução de R$ 263 milhões nas
renúncias, recuo de 3,0%.
Destaca-se, contudo, algumas divergências numéricas entre projeções de renúncia
apresentadas nos quadros e anexos do PLOA. Enquanto o arquivo “Q10.2 – Quadro X –
Estimativa de Compensação – Tributária”, que possui abertura detalhada das renúncias
apresenta valor estimado para renúncia de ICMS para 2025 da ordem de R$ 6,051 bilhões, o
arquivo “Q10.1 – Quadro X – Renúncia Tributária – Considerações” apresenta estimativa para o
mesmo ano no valor R$ 8,878 bilhões, uma diferença de R$ 2,827 bilhões.
Quadro II.3.9. Renúncia Tributária PLOA/2025 x LOA/2024, - R$ milhões
TRIBUTO
2025 na LOA 2025 na PLOA Var. Var. %
/2024 /2025
7.876 7.554 -322 -4,1%
ICMS
125 473 348 277,0%
ISS
349 272 -76 -21,9%
IPVA
228 200 -28 -12,5%
IPTU
123 18 -105 -85,0%
ITBI
158 78 -80 -50,7%
ITCD
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.52
18 19 1 5,2%
TLP
0 0 0 0,0%
Multa e Juros
0 0 0 0,0%
Dívida Ativa
8.878 8.614 -263 -3,0%
TOTAL
Fonte: Quadro X de projeção da renúncia de origem tributária (PLOA 2024 e PLOA 2025).
Do exposto acima, resumidamente os principais pontos são :
a. De 2025 a 2027 , a estimativa de Renúncia Tributária é de R$ 26,3 bilhões ;
b. Entre as estimativas para o exercício de 2025 previstas na LOA/2024 e as do PLOA/2025 h
ouve recuo de R$ 263 milhões em renúncias tributárias esperadas (- 3,0%).
c. De 2025 a 2027, a renúncia total de ICMS é de R$ 23,1 bilhões;
d. A maior renúncia esperada do ICMS para 2025 é relativa ao regime diferenciado de
tributação aplicado aos contribuintes industriais, atacadistas ou distribuidores promovidos
pela Lei nº 5.005/2012, equivalente a R$ 1,18 bilhão; e
e. Existem grandes discrepâncias de estimativa de renúncia de ICMS percebidas para 2025
entre o PLOA 2024 e PLOA 2025 e que merecem maiores explicações. Como exemplo, a
reestimativa de renúncia tributária prevista para os oito benefícios de ICMS elencados foi
de R$ 37,8 milhões (PLOA 2024, para o exercício de 2025) para R$ 2,75 bilhões (PLOA
2025, para o exercício de 2025), o que representa um aumento de 7.277%.
Além da Renúncia Tributária, outros itens fazem parte do grupo de Redutores de Receita .
Os redutores de receita são a renúncia tributária, a inadimplência e alguns programas de
incentivo ao contribuinte. No grupo das renúncias estão: 1) isenções; 2) redutores de alíquota;
3) remissões; 4) redutores da base de cálculo; 5) prorrogações de prazo.
Os redutores de receita somam R$ 31,7 bilhões no triênio 2025-2027 , sendo que, desse
total, R$ 25,1 bilhões (79%) referem-se ao ICMS , conforme detalhado no quadro abaixo:
Quadro II.3.10. Redutores de Receita em relação à Receita Bruta por Tributo – R$ milhões
TRIBUTO
2025 2026 2027 2025 2026 2027
ICMS
8.205 8.327 8.521 44% 44% 44%
Inadimplência
Estimada 652 665 683 4% 4% 3%
Renúncia Estimada
7.554 7.662 7.838 41% 40% 40%
ISS
573 581 594 15% 15% 15%
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.53
Inadimplência
Estimada 100 104 108 3% 3% 3%
Renúncia Estimada
473 477 486 13% 12% 12%
IPVA
699 724 750 30% 30% 30%
Inadimplência
Estimada 400 415 430 17% 17% 17%
Renúncia Estimada
272 282 291 12% 12% 11%
Abatimento do Nota
Legal 0% 0% 0%
Desconto do Pagto
da Cota Única 27 27 28 1% 1% 1%
IPTU
704 723 744 38% 38% 37%
Inadimplência
Estimada 444 461 477 24% 24% 24%
Renúncia Estimada
200 200 203 11% 10% 10%
Abatimento do Nota
Legal 0% 0% 0%
Desconto do Pagto
da Cota Única 60 62 64 3% 3% 3%
ITBI
21 21 22 3% 3% 3%
Inadimplência
Estimada 2 2 2 0% 0% 0%
Renúncia Estimada
18 19 20 3% 3% 3%
ITCD
91 94 97 35% 34% 33%
Inadimplência
Estimada 13 14 14 5% 5% 5%
Renúncia Estimada
78 80 82 30% 29% 28%
TLP
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.54
66 68 70 23% 22% 22%
Inadimplência
Estimada 47 49 50 16% 16% 16%
Renúncia Estimada
19 19 19 7% 6% 6%
Multa e Juros
0 0 0 0% 0% 0%
Renúncia Estimada
0% 0% 0%
Dívida Ativa
0 0 0 0% 0% 0%
Renúncia Estimada
0% 0% 0%
TOTAL 10.360 10.537 10.797 37% 36% 36%
Fonte: Q10.1 – Quadro X – Renúncia Tributária – Considerações.PDF.
Chama a atenção o alto percentual de inadimplência média do IPTU, do IPVA e da TLP no
triênio 2025-2027 (24%, 17% e 16% da estimativa da receita bruta, respectivamente) em relação
aos demais tributos (o ICMS, por exemplo, é de 4%). Na soma dos três anos, estima-se deixar
de receber por inadimplência no pagamento desses três tributos aproximadamente R$ 2,8
bilhões.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA
Relator
Este parecer consta de 3 partes distintas
Parte 1/3
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www.cl.df.gov.br - ceof@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 14/10/2024, às 13:04:52 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.55
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PL 1294/2024 - Parecer - 2 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 1/3 - (136207) pg.56
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Comissão de Economia Orçamento e Finanças
PARECER PRELIMINAR Nº , DE 2024 - CEOF
Projeto de Lei nº 1294/2024
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o
Projeto de Lei nº 1294/2024, que
“Estima a receita e fixa a despesa do
Distrito Federal para o exercício
financeiro de 2025.”
AUTOR: Poder Executivo
RELATOR: Deputado EDUARDO
PEDROSA
II.4 - ANÁLISE DA DESPESA
O PLOA/2025 compreende o Orçamento Fiscal (OF), o Orçamento de Seguridade Social (OSS)
e o Orçamento de Investimento das Empresas Estatais (OI) em que o Distrito Federal, direta ou
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto.
A despesa fixada no PLOA referente ao exercício de 2025 foi de R$ 39,9 bilhões, sendo
composta por despesas correntes (88,9%), despesas de capital (7,8%), reserva orçamentária do
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) (0,1%) e reserva de contingência (3,2%). Cabe
lembrar que este valor não considera os valores decorrentes do Fundo Constitucional do Distrito
Federal (FCDF), que são utilizados para financiar ações das áreas de segurança pública, saúde
e educação.
O valor fixado no PLOA para 2025 superou o aprovado na Lei Orçamentária Anual (LOA)
relativa a 2024 em R$ 4,3 bilhões. Portanto, houve aumento de 12,16%. Desse aumento, os
grupos de natureza de despesa Pessoal e Encargos Sociais e Outras Despesas Correntes
foram responsáveis por R$ 3,8 bilhões.
As despesas de capital sofreram pequena redução de 0,7%. A reserva orçamentária do RPPS
sofreu expressiva redução (-93,5%) e a reserva de contingência, significativo aumento (+283,
73%). No entanto, como a participação desses dois últimos no total das despesas é pequena,
pode-se afirmar que a variação de 2024 para 2025 se deveu, principalmente, ao aumento das
despesas correntes (+12,8%).
Tabela 1 – Comparativo das Despesas fixadas por Grupo
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.57
LOA 2024 PLOA 2025 Participação
PLOA/2025 Diferença Variação
DESPESAS
(R$ mil) (R$ mil) PLOA/25 e PLOA/25
(%) LOA/24 e LOA/24
(R$ mil) (%)
31.449.466 35.486.617 88,9 4.037.151 12,84
Despesas Correntes
Pessoal e Encargos 18.400.465 20.923.134 52,4 2.522.670 13,71
Sociais
Juros e Encargos da 450.784 645.330 1,6 194.546 43,16
Dívida
Outras Despesas 12.598.217 13.918.152 34,9 1.319.935 10,48
Correntes
3.141.594 3.120.145 7,8 - 21.449 - 0,68
Despesas de Capital
2.386.202 2.364.377 5,9 - 21.825 -0,91
Investimentos
53.286 77.249 0,2 23.963 44,97
Inversões Financeiras
702.106 678.518 1,7 - 23.587 -3,36
Amortização da Dívida
Reserva
Orçamentária do 667.499 43.617 0,1 - 623.881 - 93,47
RPPS
Reserva de 329.907 1.265.948 3,2 936.041 283,73
Contingência
TOTAL 35.588.465 39.916.327 100,0 4.327.862 12,16
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Em relação aos valores executados, o PLOA/2025 traz os valores referentes a 2021, 2022 e
2023. Como o exercício de 2024 ainda não findou, para se estimar o valor de execução no ano,
levantaram-se os valores liquidados até o mês de setembro a partir do Quadro Demonstrativo
da Despesa (QDD) de 2024 e calculou-se a variação média de um mês para o seguinte (+3,
72%). A partir desta, estimaram-se os valores de execução para os meses de outubro,
novembro e dezembro, apresentados na Tabela 2 .
Tabela 2 – Execução estimada para 2024
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.58
Execução da Despesa
Variação Frente ao
Mês
Mês Anterior
(R$ mil)
Janeiro 2.371.839,91 -
Fevereiro 2.430.283,96 + 2,46%
Março 2.831.328,16 + 16,50%
Abril 3.037.647,60 + 7,29%
Maio 3.266.866,08 + 7,55%
Junho 3.282.654,66 + 0,48%
Julho 3.163.614,53 - 3,63%
Agosto 3.177.515,66 + 0,44%
Setembro 3.134.639,45 - 1,35%
Outubro 3.251.193,07 + 3,72%
Novembro 3.372.080,43 + 3,72%
Dezembro 3.497.462,69 + 3,72%
Total Geral 36.817.126,20
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Após concluída a estimativa mencionada, produziu-se a tabela a seguir, que contém os valores
executados em 2021, 2022 e 2023 e a execução estimada para 2024.
Tabela 3 – Execução de 2021 a 2024
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.59
Execução
Executado Executado Executado
Estimada
2021 2022 2023
DESPESAS 2024
(R$ mil) (R$ mil) (R$ mil)
(R$ mil)
Despesas Correntes 27.966.168 31.885.404 31.539.809 34.708.250
Pessoal e Encargos Sociais 16.633.904 18.755.825 17.550.742 19.843.034
Juros e Encargos da Dívida 235.333 339.670 434.298 427.463
Outras Despesas Correntes 11.096.932 12.789.908 13.554.769 14.437.752
Despesas de Capital 1.563.280 2.061.893 2.357.335 2.108.876
Investimentos 984.733 1.450.272 1.695.473 1.422.908
Inversões Financeiras 21.855 28.302 62.703 121.873
Amortização da Dívida 556.693 583.320 599.158 564.094
Reserva Orçamentária do
- - -
RPPS
Reserva de Contingência - - -
TOTAL 29.529.448 33.947.297 33.897.144 36.817.126
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Depois de apresentados os valores fixados na LOA/2024 e no PLOA/2025 ( Tabela 1 ) e os
valores de execução de 2021 a 2024 ( Tabela 3 ), é possível proceder com análises baseadas
nas respectivas variações, estas apresentadas na Tabela 4 .
Tabela 4 – Variações entre os exercícios
2022 2023 2024 2025
DESPESAS x x x x
2021 2022 2023 2024
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.60
Despesas Correntes 14,0% - 1,1% 10,0% 2,2%
Pessoal e Encargos Sociais 12,8% - 6,4% 13,1% 5,4%
Juros e Encargos da Dívida 44,3% 27,9% - 1,6% 51,0%
Outras Despesas Correntes 15,3% 6,0% 6,5 % - 3,6%
Despesas de Capital 31,9% 14,3% - 10,5% 48,0%
Investimentos 47,3% 16,9% - 16,1% 66,2%
Inversões Financeiras 29,5% 121,6% 94,4% - 36,6%
Amortização da Dívida 4,8% 2,7% - 5,9% 20,3%
TOTAL 15,0% - 0,15% 8,6% 8,4%
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Observa-se que as variações de um ano para o outro não seguem um comportamento padrão,
e, especificamente em relação ao PLOA/2025, destacam-se alguns pontos a seguir.
As Despesas Correntes – que representam cerca de 90% do total das despesas no ano –, com
exceção de 2022 para 2023, variaram de um ano para o outro consideravelmente mais do que o
aumento estimado de 2024 para 2025. Dessa forma, acredita-se que o valor adotado para as
Despesas Correntes no PLOA/2025 pode estar subdimensionado.
Ressalta-se que as despesas com Pessoal e Encargos Sociais são responsáveis por pelo
menos 50% do total das Despesas Correntes, e o crescimento esperado de 2024 para 2025 (+5,
4%) foi inferior à metade do crescimento verificado de 2021 para 2022 (+12,8%) e de 2023 para
2024 (+13,1%).
Já as Outras Despesas Correntes compõem cerca de 40% das Despesas Correntes, e, para
elas, foi previsto decrescimento de 2024 para 2025 (-3,6%). No entanto, nos demais anos
analisados, a variação foi positiva em, pelo menos, 6,0%.
Ante o exposto, a variação prevista no PLOA/2025 para os dois grupos de despesa
mencionados parece aquém da necessária.
As Despesas de Capital, ao contrário do ocorrido com as Despesas Correntes, parecem
superdimensionadas no PLOA 2025 . Analisando-se o último exercício encerrado (2023),
verifica-se que a Despesa de Capital liquidada (R$ 1,98 bilhões) correspondeu a 60,51% da
Dotação Inicial (R$ 3,27 bilhões). Assim, ainda que a variação de 2022 para 2023 (+14,3%)
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.61
tenha sido inferior a um terço da projetada de 2024 para 2025 (+48,0%), a execução dessa
categoria econômica não foi expressiva.
No período analisado, o grupo de Investimentos correspondeu, em média, a 70% do total das
Despesas de Capital. Observa-se que a despesa fixada para este grupo no PLOA/2025 está
significativamente acima dos valores apresentados nos últimos dois anos.
Avançando na classificação qualitativa da despesa, verificou-se se a distribuição do orçamento
nas respectivas Funções estava próxima da composição do liquidado até então em 2024. A
partir dessa análise, notou-se similaridade entre os percentuais, conforme evidenciado na Tabel
a 5 .
Tabela 5 – Distribuição entre as Funções: Liquidação em 2024 x PLOA/2025
Valor PLOA/2025 % em 2024
Função Nome da Função % em 2025
(R$) Liq jan-set
1 Legislativa 1.416.952.654 4% 3%
2 102.745 0% 0%
Judiciária
3 Essencial à 633.121.228 2% 2%
Justiça
4 Administração 3.989.088.789 10% 11%
5 Defesa 0 0% 0%
Nacional
6 Segurança 1.458.009.671 4% 4%
Pública
7 Relações 0 0% 0%
Exteriores
8 Assistência 928.312.021 2% 3%
Social
9 Previdência 6.753.721.579 17% 14%
Social
10 6.249.690.644 16% 16%
Saúde
11 326.562.986 1% 1%
Trabalho
12 Educação 7.458.505.389 19% 20%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.62
13 298.558.519 1% 1%
Cultura
14 Direitos da 302.432.332 1% 1%
Cidadania
15 Urbanismo 2.385.822.330 6% 6%
16 Habitação 68.720.588 0% 0%
17 Saneamento 36.217.392 0% 0%
18 Gestão 251.715.317 1% 1%
Ambiental
19 Ciência e 142.705.494 0% 0%
Tecnologia
20 Agricultura 235.622.628 1% 1%
21 Organização 0 0% 0%
Agrária
22 0 0% 0%
Indústria
23 Comércio e 115.593.426 0% 0%
Serviços
24 Comunicações 3.750.000 0% 0%
25 93.401 0% 0%
Energia
26 Transporte 2.722.233.842 7% 9%
27 Desporto e 234.197.363 1% 0%
Lazer
28 Encargos 2.595.038.697 7% 8%
Especiais
99 1.309.558.216 3% 0%
Reserva de Contingência
Total 39.916.327.251 100% 100%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.63
Fonte: Quadro XXIX – Demonstrativo de Evolução da Despesa – PLOA/2025 e QDD de 2024.
Posteriormente, analisaram-se os Programas, que representam o conjunto coordenado de
ações governamentais financiadas por recursos orçamentários e não orçamentários visando à
concretização de objetivos estabelecidos, ou seja, espelham as prioridades do governo. Podem
ser classificados em Finalísticos, que são aqueles dedicados a enfrentar um problema da
sociedade, gerando produtos para ela, e de Gestão e Manutenção, que são aqueles voltados
para as despesas com manutenção e funcionamento administrativo.
Constata-se que, dos 35 Programas, oito participam com 5% ou mais da dotação estabelecida
no PLOA/2025 e, juntos, representam 70% do total (valores sinalizados na coluna “% PLOA
2025” da Tabela 6 ). Destaca-se que o “Programa de Operações Especiais” corresponde a 24%
do PLOA/2025 e o Programa de Gestão e Manutenção voltado para a educação, 13%. O
Programa Finalístico com maior participação no PLOA/2025 é o destinado à saúde (7%).
Tabela 6 – Análise por Programa
PLOA
Empenho Liquidação %
2025
Nome do 2023 Estimada 2024 PLOA 2025
Programa 2025 x
Programa x 2023
2024
(R$ mil) (R$ mil) 2025
(R$ mil)
Programa
de
9.573.21
1 Operaçõe 7.667.078 8.082.536 24% 18% 25%
8
s
Especiais
Agronegó
cio e
6201 Desenvol 19.105 21.411 6.148 0% - 71 % - 68%
vimento
Rural
Saúde 2.779.38
6202 2.385.100 2.407.190 7% 15% 17%
em Ação 5
Gestão
para 1.998.37
6203 1.235.433 1.721.069 5% 16% 62%
Resultad 9
os
Atuação
6204 3.425 2.852 5.802 0% 103% 69%
Legislativa
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.64
Esporte 238.56
6206 162.566 254.562 1% -6% 47%
e Lazer 0
Desenvol
446.17
6207 vimento 466.687 425.362 1% 5% -4%
4
Econômico
Território,
Cidades
e
178.21
6208 Comunid 193.625 204.593 0% -13% -8%
0
ades
Sustentáv
eis
Infraestru 1.587.13
6209 1.630.236 1.629.267 4% -3% -3%
tura 9
Meio
6210 33.866 35.731 52.417 0% 47% 55%
Ambiente
Direitos 149.70
6211 119.737 112.742 0% 33% 25%
Humanos 6
Mobilidad 1.876.13
6216 2.432.514 2.566.717 5% -27% -23%
e Urbana 7
Seguranç
598.55
6217 a para 675.360 565.327 1% 6% -11%
2
Todos
Capital 182.53
6219 227.587 228.940 0% -20% -20%
Cultural 9
2.261.24
6221 EducaDF 1.792.222 1.902.828 6% 19% 26%
8
Assistênc 596.60
6228 745.571 710.053 1% -16% -20%
ia Social 4
Controle 1
6231 – 99 0% 417 % -
Externo 9
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.65
Agricultur
a – 226.81
8201 200.464 200.761 1% 13% 13%
Gestão e 2
Manutenç
ão
Saúde –
Gestão e 2.259.67
8202 2.016.315 2.168.423 6% 4% 12%
Manutenç 6
ão
Gestão
Para
Resultad
1.979.86
8203 os – 1.896.291 2.024.545 5% -2% 4%
5
Gestão e
Manutenç
ão
Legislativ
o –
882.98
8204 Gestão e 685.542 729.681 2% 21% 29%
7
Manutenç
ão
Regional
– Gestão
267.61
8205 e 224.154 251.451 1% 6% 19%
0
Manutenç
ão
Esporte
e Lazer –
8206 Gestão e 23.849 25.670 41.757 0% 63% 75%
Manutenç
ão
Desenvol
vimento
Econômic
152.28
8207 o – 113.715 112.383 0% 36% 34%
7
Gestão e
Manutenç
ão
Desenvol
vimento
Urbano – 397.14
8208 321.957 341.415 1% 16% 23%
Gestão e 1
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.66
Manutenç
ão
Infraestru
tura –
598.24
8209 Gestão e 569.759 583.999 1% 2% 5%
4
Manutenç
ão
Meio
Ambiente
– Gestão 236.48
8210 189.503 207.344 1% 14% 25%
e 4
Manutenç
ão
Direitos
Humanos
– Gestão 1.016.41
8211 860.678 958.501 3% 6% 18%
e 3
Manutenç
ão
Mobilidad
e Urbana
– Gestão 835.60
8216 679.933 696.872 2% 20% 23%
e 0
Manutenç
ão
Seguranç
a –
994.20
8217 Gestão e 866.109 1.009.624 2% -2% 15%
2
Manutenç
ão
Cultura –
Gestão e 86.57 83.91 123.24
8219 0% 47% 42%
Manutenç 9 0 6
ão
Educação
– Gestão
4.672.60 5.757.90 5.169.05
8221 e 13% -10% 11%
5 0 1
Manutenç
ão
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.67
338.63
Assistênc
1
ia Social
8228 300.361 362.286 1% -7% 13%
– Gestão
e
Manutenç
ão
Controle
Externo
– Gestão 600.06
8231 399.219 431.160 2% 39% 50%
e 2
Manutenç
ão
Reserva
de 1.265.94
9999 – – 3% – –
Contingê 1
ncia
Total 33.897.144 36.817.126 39.916.327 100% 8% 18%
Fonte: Elaboração própria, 2024.
A partir da Tabela 6 , é possível verificar a variação de 2023 para 2025 e de 2024 para 2025.
Ratifica-se que, para 2023, consideraram-se os valores empenhados; para 2024, a estimativa
de execução baseada nos valores liquidados de janeiro a setembro; e, para 2025, o PLOA/2025.
Assim, pode-se observar que houve decrescimento em vários Programas. Em termos
percentuais , o maior foi relativo ao Programa “ Agronegócio e Desenvolvimento Rural”
(-71% de 2024 para 2025 e -68% de 2023 para 2025), seguido pelo “Mobilidade Urbana” (-27%
e -23%, respectivamente). Em termos absolutos , o Programa “Mobilidade Urbana” teve o
maior decréscimo tanto de 2023 para 2025 (-R$ 556 milhões), quanto de 2024 para 2025 (-R$
691 milhões). No que tange aos Programas Finalísticos , a segunda maior redução ocorreu no
Programa “ Assistência Social” , tanto de 2023 para 2025 (-R$ 149 milhões), quanto de 2024
para 2025 (-R$ 113 milhões).
Com relação ao crescimento , a maior variação percentual ocorreu no Programa “Controle
Externo” (+417% de 2024 para 2025 e, em 2023, não houve empenho). Fora este Programa,
ainda em termos percentuais , de 2023 para 2025, a maior variação ocorreu no Programa “Esp
orte e Lazer – Gestão e Manutenção ” (+75%); e, de 2024 para 2025, “Atuação Legislativa”
(+103%). Em termos absolutos , tanto de 2023 para 2025 quanto de 2024 para 2025, a maior
variação ocorreu no “ Programa de Operações Especiais” (+R$ 1,9 bilhão e +R$ 1,5 bilhão,
respectivamente). No que tange aos Programas Finalísticos , o maior aumento de 2023 para
2025 ocorreu no Programa “Gestão para Resultados” (+R$ 763 milhões); e, de 2024 para
2025, no “Saúde em Ação” (+R$ 372 milhões).
Analisando a despesa pela ótica da Unidade Orçamentária (UO), percebe-se que apenas cinco
destas respondem por mais de 5% do orçamento estabelecido no PLOA/2025. São elas:
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.68
Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF) (17%), Fundo de Saúde do
Distrito Federal (FSDF) (13%), Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF)
(11%), Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal (SEEC) (9%), Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) (8%). Juntas, essas cinco UOs respondem por 57% do orçamento estimado
para 2025.
De 2023 para 2025, houve aumento no orçamento previsto para SEEDF (+9%), Fundeb (+15%),
Iprev-DF (+52%) e FSDF (+14%), enquanto o orçamento da SEEC registrou uma queda de 7%.
Já entre 2024 e 2025, observou-se crescimento nos orçamentos do Iprev-DF (+32%) e FSDF
(+12%), e redução nos da SEEDF (-2%), do Fundeb (-6%) e da SEEC (-11%). Destaca-se,
nesse período, a variação significativa no orçamento do Iprev-DF . Os dados relativos a
estas e às demais UOs podem ser observados na Tabela 7 .
Tabela 7 – Análise por UO
Liquidaçã
Empenho o PLOA
% 2025
2023 Estimada 2025 2025
UO Descrição da UO PLOA x
2024 x 2024
2025 2023
(R$ mil) (R$ mil)
(R$ mil)
CÂMARA
LEGISLATIVA DO
01101 635.370 709.748 858.078 2% 21% 35%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
ASSISTÊNCIA À
SAÚDE DOS
DEPUTADOS
DISTRITAIS E
01901 78.596 50.794 74.211 0% 46% -6%
SERVIDORES DA
CÂMARA
LEGISLATIVA DO
DISTRITO
FEDERAL
TRIBUNAL DE
CONTAS DO 502.45
02101 475.758 654.412 2% 30% 38%
DISTRITO 9
FEDERAL
CASA CIVIL DO 105.54
09101 101.840 110.075 0% 4% 8%
DISTRITO 2
FEDERAL
ARQUIVO PÚBLICO 5.57
09102 5.187 6.128 0% 10% 18%
DO DISTRITO 8
FEDERAL
09103 ADM. REG. DO 18.508 15.539 13.007 0% -16% -30%
PLANO PILOTO
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.69
09104 ADM. REG. DO 15.276 13.977 16.440 0% 18% 8%
GAMA
09105 ADM. REG. DE 20.264 19.146 20.673 0% 8% 2%
TAGUATINGA
09106 ADM. REG. DE 15.145 19.861 15.809 0% -20% 4%
BRAZLÂNDIA
09107 ADM. REG. DE 12.945 13.400 11.673 0% -13% -10%
SOBRADINHO
09108 ADM. REG. DE 11.853 13.023 9.963 0% -23% -16%
PLANALTINA
09109 ADM. REG. DO 6.339 5.211 6.363 0% 22% 0%
PARANOÁ
ADM. REG. DO
09110 NÚCLEO 8.060 7.718 10.411 0% 35% 29%
BANDEIRANTE
09111 ADM. REG. DE 16.715 16.970 15.627 0% -8% -7%
CEILÂNDIA
09112 ADM. REG. DO 13.504 12.526 15.698 0% 25% 16%
GUARÁ
09113 ADM. REG. DO 6.558 7.447 8.084 0% 9% 23%
CRUZEIRO
09114 ADM. REG. DE 12.616 12.167 13.332 0% 10% 6%
SAMAMBAIA
09115 ADM. REG. DE 13.203 14.017 18.388 0% 31% 39%
SANTA MARIA
09116 ADM. REG. DE SÃO 12.653 7.050 6.951 0% -1% -45%
SEBASTIÃO
ADM. REG. DO
09117 RECANTO DAS 8.235 8.768 7.034 0% -20% -15%
EMAS
09118 ADM. REG. DO 5.560 5.838 7.240 0% 24% 30%
LAGO SUL
09119 ADM. REG. DO 8.142 8.646 9.448 0% 9% 16%
RIACHO FUNDO
09120 ADM. REG. DO 6.458 6.590 7.142 0% 8% 11%
LAGO NORTE
09121 ADM. REG. DA 6.623 5.769 7.642 0% 32% 15%
CANDANGOLÂNDIA
09122 ADM. REG. DE 12.207 13.383 13.914 0% 4% 14%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.70
ÁGUAS CLARAS
09123 ADM. REG. DO 5.459 5.505 6.592 0% 20% 21%
RIACHO FUNDO II
ADM. REG. DO
09124 SUDOESTE 5.887 5.833 6.289 0% 8% 7%
/OCTOGONAL
09125 ADM. REG. DO 2.731 2.892 3.268 0% 13% 20%
VARJÃO
09126 ADM. REG. DO PARK 4.984 6.204 6.964 0% 12% 40%
WAY
09127 ADM. REG. DO 4.089 4.419 4.482 0% 1% 10%
SCIA
09128 ADM. REG. DE 7.050 4.947 5.964 0% 21% -15%
SOBRADINHO II
09129 ADM. REG. DO 8.454 8.394 9.431 0% 12% 12%
JARDIM BOTÂNICO
09130 ADM. REG. DO 4.291 4.737 5.067 0% 7% 18%
ITAPOÃ
09131 4.878 4.330 5.837 0% 35% 20%
ADM. REG. DO SIA
09133 ADM. REG. DE 7.096 7.557 8.444 0% 12% 19%
VICENTE PIRES
09135 ADM. REG. DA 5.298 4.255 5.552 0% 30% 5%
FERCAL
ADM. REG. DO SOL
09136 NASCENTE/PÔR DO - - 3.017 0% - -
SOL
ADMINISTRAÇÃO
REGIONAL DE
09137 4.123 5.942 5.834 0% -2% 42%
ARNIQUEIRA – RA
XXXIII
ADMINISTRAÇÃO
REGIONAL DE
09138 - - 4.907 0%
ARAPOANGA – RA - -
XXXIV
ADMINISTRAÇÃO 2.6
09139 - - 0% - -
REGIONAL DE ÁGUA 72
QUENTE – RA XXXV
10101 GABINETE DO VICE- 30.051 41.487 46.136 0% 11% 54%
GOVERNADOR
11101 SECRETARIA DE 21.706 22.810 24.473 0% 7% 13%
GOVERNO
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.71
PROCURADORIA-
GERAL DO
12101 195.051 239.391 232.175 1% -3% 19%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DA
PROCURADORIA-
12901 GERAL DO 31.949 25.476 52.630 0% 107% 65%
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA
DE ESTADO DA
AGRICULTURA,
ABASTECIMENTO E
14101 88.069 92.106 84.131 0% -9% -4%
DESENVOLVIMENTO
RURAL DO
DISTRITO
FEDERAL
EMPRESA DE
ASSISTÊNCIA
TÉCNICA E
14203 141.095 146.626 164.890 0% 12% 17%
EXTENSÃO RURAL
DO DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DISTRITAL
14903 DE SANIDADE 55 - 200 0% - 264%
ANIMAL
FUNDO DISTRITAL
DE
14904 2.124 1.551 3.310 0% 113% 56%
DESENVOLVIMENTO
RURAL – FDR
SECRETARIA DE
ESTADO DE
15101 COMUNICAÇÃO DO 188.090 158.201 244.454 1% 55% 30%
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
CULTURA E
16101 ECONOMIA 226.219 287.464 216.096 1% -25% -4%
CRIATIVA DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE APOIO À
CULTURA DO
16903 79.939 14.908 78.710 0% 428% -2%
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
DESENVOLVIMENTO
17101 745.824 778.794 731.970 2% -6% -2%
SOCIAL DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
ASSISTÊNCIA
SOCIAL DO
17902 0% -30% -38%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.72
DISTRITO
FEDERAL 182.5 162.1 114.0
70 77 68
FUNDO DE
COMBATE E 119.8 126.8 83.6
17906 0% -34% -30%
ERRADICAÇÃO DA 83 29 99
POBREZA
SECRETARIA DE
ESTADO DE
18101 EDUCAÇÃO DO 3.952.319 4.383.220 4.290.408 11% -2% 9%
DISTRITO
FEDERAL
UNIVERSIDADE DO
DISTRITO FEDERAL
6%
18203 PROFESSOR JORGE 12.011 18.681 19.875 0% 65%
AMAURY MAIA
NUNES
FUNDO DE
MANUTENÇÃO E
DESENVOLVIMENTO
DA EDUCAÇÃO
18903 2.704.632 3.299.924 3.104.978 8% -6% 15%
BÁSICA E DE
VALORIZAÇÃO DOS
PROFISSIONAIS DA
EDUCAÇÃO
FUNDO DA
UNIVERSIDADE DO
18904 - 1.702 75.956 0% 4362% -
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
3.939.5 4.110.7 3.663.4
19101 ECONOMIA DO 9% -11% -7%
51 29 24
DISTRITO
FEDERAL
COMPANHIA DE
PLANEJAMENTO DO
19211 1.436 1.330 1.733 0% 30% 21%
DISTRITO
FEDERAL
INSTITUTO DE
ASSISTÊNCIA À
SAÚDE DOS
19212 727.442 1.102.880 1.165.245 3% 6% 60%
SERVIDORES DO
DISTRITO
FEDERAL
INSTITUTO DE
PREVIDÊNCIA DOS
19213 SERVIDORES DO 4.431.374 5.109.097 6.756.281 17% 32% 52%
DISTRITO
FEDERAL
SOCIEDADE DE
19214 ABASTECIMENTO 20.235 21.142 22.897 0% 8% 13%
DE BRASÍLIA
INSTITUTO DE
PESQUISA E
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.73
19219 ESTATÍSTICA DO 110.353 115.597 126.121 0% 9% 14%
DISTRITO FEDERAL
–IPEDF CODEPLAN
FUNDO DE
MODERNIZAÇÃO E
19902 REPARELHAMENTO 4.227 10.280 19.085 0% 86% 352%
DA ADMINISTRAÇÃO
FAZENDÁRIA
FUNDO DE
19905 MELHORIA DA 2.437 3.250 7.877 0% 142% 223%
GESTÃO PÚBLICA
FUNDO DA RECEITA
TRIBUTÁRIA DO
19911 78.220 94.311 105.451 0% 12% 35%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
APRIMORAMENTO
DO CONTROLE
19912 70.719 83.189 137.870 0% 66% 95%
INTERNO DO
DISTRITO
FEDERAL
JUNTA COMERCIAL,
INDUSTRIAL E
20204 SERVIÇOS DO 8.738 9.487 25.287 0% 167% 189%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
DESENVOLVIMENTO
20902 4.038 4.308 27.528 0% 539% 582%
DO DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
21101 ESTADO DO MEIO 29.400 33.394 38.627 0% 16% 31%
AMBIENTE
21106 JARDIM BOTÂNICO 6.890 7.574 10.807 0% 43% 57%
DE BRASÍLIA
AGÊNCIA
REGULADORA DE
ÁGUAS, ENERGIA E
21206 58.219 60.915 90.343 0% 48% 55%
SANEAMENTO DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDAÇÃO JARDIM
21207 ZOOLÓGICO DE 26.962 27.841 27.743 0% -0% 3%
BRASÍLIA
INSTITUTO DO MEIO
AMBIENTE E DOS
RECURSOS
21208 109.298 117.562 131.419 0% 12% 20%
HÍDRICOS DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO ÚNICO DE
MEIO AMBIENTE DO
21901 477 502 11.421 0% 2175% 2292%
DISTRITO
FEDERAL
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.74
SECRETARIA DE
ESTADO DE OBRAS
E
22101 583.487 542.961 704.306 2% 30% 21%
INFRAESTRUTURA
DO DISTRITO
FEDERAL
COMPANHIA
22201 URBANIZADORA DA 1.028.913 983.348 932.433 2% -5% -9%
NOVA CAPITAL
22214 SERVIÇO DE 834.444 869.318 758.010 2% -13% -9%
LIMPEZA URBANA
FUNDAÇÃO
23202 HEMOCENTRO DE 26.188 25.036 62.214 0% 149% 138%
BRASÍLIA
FUNDAÇÃO DE
ENSINO E
23203 PESQUISA EM 17.385 18.213 28.266 0% 55% 63%
CIÊNCIAS DA
SAÚDE
FUNDO DE SAÚDE
23901 DO DISTRITO 4.446.486 4.563.216 5.089.290 13% 12% 14%
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
SEGURANÇA
24101 64.235 70.074 72.269 0% 3% 13%
PÚBLICA DO
DISTRITO
FEDERAL
POLÍCIA MILITAR DO
24103 DISTRITO 123.091 90.246 108.168 0% 20% -12%
FEDERAL
CORPO DE
BOMBEIROS
24104 MILITAR DO 37.204 22.511 24.368 0% 8% -35%
DISTRITO
FEDERAL
POLÍCIA CIVIL DO
24105 DISTRITO 161.969 147.870 160.434 0% 8% -1%
FEDERAL
24201 DEPARTAMENTO DE 589.423 539.273 584.536 1% 8% -1%
TRÂNSITO
24901 FUNDO DE SAÚDE 2.029 - 431 0% - -79%
DA POLÍCIA MILITAR
FUNDO DE
MODERNIZAÇÃO,
MANUTENÇÃO E
24904 REEQUIPAMENTO 33 9.553 12.070 0% 26% 36303%
DA POLÍCIA MILITAR
DO DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
MODERNIZAÇÃO,
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.75
MANUTENÇÃO E
REEQUIPAMENTO
24905 3.179 5.691 910 0% -84% -71%
DO CORPO DE
BOMBEIROS
MILITAR DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
MODERNIZAÇÃO,
MANUTENÇÃO E
24906 REEQUIPAMENTO 591 - 1.890 0% - 220%
DA POLÍCIA CIVIL
DO
DISTRITO FEDERAL
FUNDO DE
SEGURANÇA
24909 PÚBLICA DO 25.623 32.962 52.743 0% 60% 106%
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO,
25101 287.413 235.314 267.214 1% 14% -7%
TRABALHO E
RENDA DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO PARA
GERAÇÃO DE
25902 9.838 10.428 23.547 0% 126% 139%
EMPREGO E
RENDA
FUNDO DO
TRABALHO DO
25907 245 35.133 8.984 0% -74% 3567%
DISTRITO FEDERAL
– FTDF
SECRETARIA DE
ESTADO DE
TRANSPORTE E
26101 1.753.482 2.004.680 1.022.756 3% -49% -42%
MOBILIDADE DO
DISTRITO
FEDERAL
SOCIEDADE DE
TRANSPORTES
26201 25.749 26.248 25.091 0% -4% -3%
COLETIVOS DE
BRASÍLIA
DEPARTAMENTO DE
26205 ESTRADAS DE 746.798 649.696 1.041.536 3% 60% 39%
RODAGEM
COMPANHIA DO
METROPOLITANO
26206 507.239 559.819 666.061 2% 19% 31%
DO DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
TURISMO DO
27101 88.140 127.136 85.373 0% -33% -3%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.76
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
FOMENTO À
27901 - - 20 0% - -
INDÚSTRIA DO
TURISMO
SECRETARIA DE
ESTADO DE
DESENVOLVIMENTO
28101 URBANO E 73.511 75.251 83.411 0% 11% 13%
HABITAÇÃO DO
DISTRITO
FEDERAL
COMPANHIA DE
DESENVOLVIMENTO
28209 HABITACIONAL DO 104.820 111.922 80.751 0% -28% -23%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
DESENVOLVIMENTO
28901 URBANO DO 4.437 11.892 20.394 0% 71% 360%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DISTRITAL
28905 DE HABITAÇÃO DE - - 419 0% - -
INTERESSE SOCIAL
SECRETARIA DE
ESTADO DO
34101 ESPORTE E LAZER 125.098 198.290 223.357 1% 13% 79%
DO DISTRITO
FEDERAL
34902 FUNDO DE APOIO 50.592 74.317 46.965 0% -37% -7%
AO ESPORTE
SECRETARIA DE
ESTADO DE
CIÊNCIA,
40101 TECNOLOGIA E 33.322 41.982 29.726 0% -29% -11%
INOVAÇÃO DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDAÇÃO DE
APOIO À PESQUISA
40201 164.837 83.413 135.602 0% 63% -18%
DO DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE APOIO À
40901 PESQUISA DO - - 8 0% - -
DISTRITO FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
44101 601.337 615.034 649.228 2% 6% 8%
JUSTIÇA E
CIDADANIA
FUNDAÇÃO DE
44201 AMPARO AO 44.578 53.482 74.046 0% 38% 66%
TRABALHADOR
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.77
INSTITUTO DE
DEFESA DO
5%
44202 CONSUMIDOR DO 17.943 19.909 20.858 0% 16%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE DEFESA
44902 DOS DIREITOS DO 600 758 3.866 0% 410% 544%
CONSUMIDOR
FUNDO DOS
DIREITOS DO IDOSO
44904 26 - 10 0% - -61%
DO DISTRITO
FEDERAL
FUNDO
ANTIDROGAS DO
44906 3.485 1.447 1.042 0% -28% -70%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DOS
DIREITOS DA
44908 11.796 20.588 53.384 0% 159% 353%
CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
CONTROLADORIA-
GERAL DO
45101 78.970 92.640 99.633 0% 8% 26%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DISTRITAL
45901 DE COMBATE À 13 250 700 0% 180% 5369%
CORRUPÇÃO
DEFENSORIA
PÚBLICA DO
48101 316.700 355.513 366.714 1% 3% 16%
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE APOIO E
APARELHAMENTO
48901 403 1.670 7.751 0% 364% 1823%
DA DEFENSORIA
PÚBLICA
SECRETARIA DE
ESTADO DA
-8%
57101 MULHER DO 53.788 73.641 67.421 0% 25%
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DA FAMÍLIA
60101 E JUVENTUDE DO 221 - - 0% - -100%
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
ATENDIMENTO À
61101 10.660 9.797 11.540 0% 18% 8%
COMUNIDADE DO
DISTRITO
FEDERAL
SECRETARIA DE
ESTADO DE
PROTEÇÃO DA
63101 ORDEM 243.934 256.618 309.278 1% 21% 27%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.78
URBANÍSTICA DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO DE
MODERNIZAÇÃO,
MANUTENÇÃO E
REAPARELHAMENT
O DOS ÓRGÃOS DE
AUDITORIA DE
63901 114.201 118.352 107.870 0% -9% -6%
ATIVIDADES
URBANAS E DE
FISCALIZAÇÃO E
INSPEÇÃO DE
ATIVIDADES
URBANAS
SECRETARIA DE
ESTADO DE
ADMINISTRAÇÃO
64101 529.943 642.562 563.441 1% -12% 6%
PENITENCIÁRIA DO
DISTRITO
FEDERAL
FUNDO
PENITENCIÁRIO DO
64901 5.188 8.154 677 0% -92% -87%
DISTRITO
FEDERAL
90101 - - 1.265.941 3% -
RESERVA DE -
CONTINGÊNCIA
Total Geral 33.897.144 36.817.126 39.916.327 100% 8% 18%
Fonte: Elaboração própria, 2024.
II.5 - BENEFÍCIOS CREDITÍCIOS E FINANCEIROS
Além dos Redutores de Receita (ex: isenções, anistias, remissões), o § 6º do art. 165 da CF
estabelece que o Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de demonstrativo
regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, de subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia. Adicionalmente, o § 1º do art. 14 da LRF dispõe
que a “ renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, concessão de
isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que
correspondam a tratamento diferenciado .”.
Assim, enquanto a parte relativa aos Redutores de Receita foi tratada no mesmo capítulo
referente a Receitas, a parte referente aos principais benefícios financeiros e creditícios
adotados no DF serão tratados abaixo.
Até o ano de 2017, o Distrito Federal não possuía normativo próprio dispondo sobre a
conceituação, a metodologia de cálculo e as orientações gerais acerca da forma de apuração
dos benefícios de natureza creditícia e financeira regionalizados. Utilizava, assim, como base
normativa as instruções contidas na Portaria nº 379, de 13 de novembro de 2006, do Ministério
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.79
da Fazenda, com as devidas adaptações associadas à realidade do Distrito Federal. Em 05/05
/2017, foi publicado, então, o Decreto nº 38.174/2017 , no qual foram estabelecidos novos
conceitos de benefícios financeiros, creditícios e sociais a serem adotados pelos órgãos e
entidades do Governo do Distrito Federal, para fins de avaliação do custo e benefício da
renúncia de receita não tributária. O artigo 2° do Decreto supra conceitua:
“I - benefícios financeiros: são os benefícios de caráter não geral que incorrem em reduções
nas receitas a receber, pelo Tesouro do Distrito Federal, decorrentes de equalização, isenção,
redução ou desconto em preços, taxas não tributárias ou tarifas públicas , implementados
com vistas a gerar impactos sociais, econômicos, operacionais ou outros;
II - benefícios creditícios: são os benefícios de caráter não geral que incorrem em reduções
nas receitas a receber, pelo Tesouro do Distrito Federal, decorrentes de equalização de juros,
implementados com vistas a gerar impactos sociais, econômicos ou outros. São
operacionalizados por meio da concessão de empréstimos, financiamentos ou garantias
com taxas de juros inferiores às taxas de rentabilidade a que os recursos concedidos
estariam aplicados ; e
III - benefícios sociais: são os benefícios de caráter não geral que não incorrem em
reduções nas receitas a receber. São caracterizados por desembolsos efetivos ,
realizados por meio dos programas de governo, destinados a atender ações de assistência
social, educacional, desportiva, cultural, tecnológica, de pesquisa, dentre outras, cujos valores
constam do orçamento do Distrito Federal.”
Os gastos com benefícios creditícios têm origem em quatro fundos:
a. Fundo Distrital de Sanidade Animal – FDS: vinculado à Secretaria de Estado de
Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SEAPA-DF, é a unidade responsável por
conceder indenização pelo abate ou sacrifício sanitário de animais suspeitos ou atingidos
por doenças infectocontagiosas. Segundo definições do Grupo de Trabalho criado
pelo Decreto nº 37.531/2016 não se caracteriza como renúncia de receitas, não se
enquadrando no que preceitua o art. 13, do Decreto 32.598/2010 (Decreto 38.174/2017
contém os critérios)
b. Fundo de Aval do Distrito Federal – FADF : vinculado à Secretaria de Estado de
Agricultura e Desenvolvimento Rural, é a unidade responsável pela concessão de
garantias complementares necessárias à contratação de financiamentos junto a
instituições financeiras e aos fundos governamentais do Distrito Federal para os
produtores rurais, assentados da reforma agrária ou suas cooperativas no Distrito Federal
e na Região Integrada de Desenvolvimento Econômico do Distrito Federal e Entorno –
RIDE. A taxa de concessão de aval nas operações do FADF é de meio por cento do valor
da garantia ofertada e pode ser alterada por ato do Conselho Administrativo e Gestor.
c. Fundo de Desenvolvimento Rural – FDR : vinculado à Secretaria de Estado de
Agricultura e Desenvolvimento Rural, é a Unidade responsável por financiar despesas com
investimentos e custeio, com juros subsidiados para a área rural do Distrito Federal e da
RIDE. O benefício é destinado a projetos enquadrados no Plano de Desenvolvimento
Rural do Distrito Federal - PRÓ-RURAL/DF-RIDE. O FDR-Social, que tem caráter não-
reembolsável, foi caracterizado como Benefício Social pelo Grupo de Trabalho criado pelo
Decreto nº 37.531/2016, não se caracterizando como renúncia de receita . O FDR-
Crédito, por oferecer taxas de juros subsidiadas caracterizou-se como renúncia creditícia.
d. Fundo de Geração de Emprego e Renda do Distrito Federal – FUNGER : vinculado à
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda é a Unidade
responsável por conceder apoio e financiamentos a empreendedores econômicos que
possam incrementar os níveis de emprego e renda no Distrito Federal.
e. Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal – FUNDEFE : vinculado à Secretaria de
Estado de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda, disciplina os incentivos
creditícios, previstos na Lei nº 409, de 16 de janeiro de 1993. Tem por objetivo promover o
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.80
e.
desenvolvimento econômico e social do Distrito Federal, mediante apoio financeiro a
projetos públicos ou privados selecionados. O programa utiliza a estrutura do Banco de
Brasília como agente financeiro. Com a edição das Leis nºs 5.017 e 5.018, ambas de 18
de janeiro de 2013, a atuação do FUNDEFE deverá ser ampliada, pois as citadas Leis
instituirão o “Financiamento Industrial para o Desenvolvimento Econômico Sustentável –
IDEAS INDUSTRIAL” e o “Financiamento de Comércio e Serviços para o Desenvolvimento
Econômico Sustentável – IDEAS COMÉRCIO E SERVIÇOS”; e do Programa de Apoio ao
Empreendimento Produtivo do Distrito Federal – Pro-DF II instituído pela Lei nº 3.196
/2003.
Os benefícios fiscais e creditícios são oferecidos com o principal objetivo de gerar e/ou manter
empregos. O quadro a seguir mostra a estimativa de os empregos gerados e mantidos, bem
como os respectivos valores dos benefícios.
Quadro II.5.1. Benefícios Creditícios e Empregos Gerados
UNIDADES EMPREGOS GERADOS E GASTO ANUAL POR EMPREGO
MANTIDOS GERADO (R$ 1,00)*
2025 2026 2027 2025 2026 2027
FUNDO DE
DESENVOLVIMENT 113 110 100 R$ 24.694 R$ 24.644 R$ 24.752
O RURAL DO DF - F
DR
FUNDO DE
GERAÇÃO 1.429 1.429 1.429 R$ 14.371 R$ 14.371 R$ 14.371
EMPREGO E
RENDA DO DF - FU
NGER
FUNDO DE
DESENVOLVIMENT ND ND ND ND ND ND
O DO DF – FUNDE
FE(**)
T O T A I S 1.542 1.539 1.529 R$ 165.638 R$ R$ 146.334
155.353
Fonte: Q11 - Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios Financeiros
(*) Considera o valor a ser emprestado no exercício (gasto orçamentário) e não o apenas
diferencial de alíquota entre o valor emprestado e o a ser pago. O custo anual dependeria das
taxas cobras e do custo de oportunidade em cada exercício, bem como do horizonte temporal
dos empréstimos. Para se considerar os custos do diferencial, teria que se considerar não
apenas diferencial do que irá ser emprestado no exercício, mas todo o saldo, bem como seus
efeitos cumulativos ao longo do tempo, devido ao efeito cumulativo dos juros e dos seus
diferenciais.
(**) não há informações no Q11 - Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios
Financeiros.
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.81
Analisando-se os dados estimados para o período é possível notar que o custo por emprego
gerado por ano foi em média próximo de R$ 155 mil no período, considerando-se todos
os benefícios. A média foi alta por conta dos elevados valores do FUNDEFE. Esse custo é, em
grande medida, influenciado pelo FUNDEFE, com gasto médio de R$ 216 milhões por ano e
pela ausência de informações de empregos gerados e mantidos. O FDR e FUNGER tiveram
gastos médios de que R$ 24,7 mil e R$ 14,4 mil por ano por emprego gerado e mantido,
respectivamente .
Em anos anteriores, o Fundo de Sanidade Animal do DF – FDS e o Fundo de Aval do DF –
FADF eram analisados com os demais fundos. Entretanto, o FDS não se enquadra mais na
definição de benefícios de Natureza Creditícia . Em relação ao FADF, que foi convertido em
FDR-Aval, como nunca houve a necessidade de ser utilizado o aval concedido, não foram
feitas estimativas para renúncia de receita no período de 2025-2027.
Quadro II.5.3. Divergências entre os Benefícios Creditícios e Financeiros
VALOR DO BENEFÍCIO
Variação
Fundos UG QDD R$ Quadro XI R$ (QDD - Quadro
XI) R$
FUNDO DE
210.902
DESENVOLVIMENTO 2.176.114 2.790.389 - 614.275
e 210.904
RURAL DO DF - FDR
FUNDO DE GERAÇÃO
EMPREGO E RENDA DO 250.902 22.426.619 20.535.555 1.891.064
DF - FUNGER
FUNDO DE
DESENVOLVIMENTO 130.901 27.528.394 232.088.362 - 204.559.968
DO DF - FUNDEFE
TOTAIS 52.131.127 255.414.305 - 203.283.178
Fontes: Q14.1 - Quadro XIV - Quadro de Detalhamento da Despesa - QDD - OF e OSS e Q11 -
Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios Financeiros
Basicamente, a diferença é em quase sua totalidade no FUNDEFE.
Os valores que constam do QDD, e que de fato estão incluídos na lei orçamentária, são
inferiores ao informado no Quadro XI, que fornece o detalhamento . Enquanto no QDD e no
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.82
PLOA estão estimados em R$ 27,5 milhões, no Quadro XI constam R$ 232,1 milhões, o que
representa uma diferença a menor no QDD de R$ 204,6 milhões.
Pelos comentários à página 55 do “Q11 – Quadro XI – Projeção dos Benefícios Creditícios e
Financeiros “, o que se aduz é que tal divergência se dá em função do sobrestamento da
concessão de novos benefícios, determinadas pela Decisão nº 5458/2017. A divergência entre
os valores projetados no citado quadro (R$ 232,1 milhões) e os valores que constam do
orçamento (R$ 27,5 milhões), é que no primeiro caso as projeções são feitas tomando por
“base os valores que se encontram emprestados (financiamentos de ICMS) considerando as
deduções ocorridas por meio das baixas dos pagamentos, ou seja, saldos de contratos ativos”,
enquanto que no segundo caso (valores que constam no orçamento em si) são valores
“decorrentes de passivos dos programas sobrestados”.
Mais abaixo serão feitos comentários sobre os Achados dos relatórios do TCDF sobre o
programa do FUNDEFE, que embasou a Decisão nº 5458/2017, que sustou o programa.
Divergências como essa já ocorreram em exercícios anteriores. Em alguns casos, ao longo dos
exercícios, os recursos previstos eram parcialmente suplementados com recursos da Fonte 100
– Recursos Não Vinculados (recurso livre para uso, sem destinação específica). Assim, uma
eventual dotação no QDD a menor não indica baixa execução. Isso vem ocorrendo pelo menos
desde o exercício de 2017, quando dotações das fontes do Tesouro de outras unidades são
canceladas em outros programas de trabalho para suplementação no FUNDEFE. Por exemplo,
a LOA/2019 tinha previsão inicial de R$ 10,9 milhões, sendo que não constavam recursos da
Fonte 100. As dotações previstas na LOA inicial eram aproximadamente metade oriunda de
dividendos das estatais e a outra metade de amortização de empréstimos. Nesse mesmo ano,
dos R$ 33,0 milhões empenhados ao longo do ano, R$ 29,6 milhões foram empenhados com
recursos da Fonte 100. Em 2020, não houve empenho com a Fonte 100. Para 2021 e 2022 não
houve empenho. Em dezembro de 2023, houve empenhos no valor de R$ 4,0 milhões, para
apenas cinco empresas. Em 2024, em fevereiro, houve empenho de R$ 4,3 milhões para seis
empresa, não havendo mais novas despesas até setembro.
Em maio do corrente exercício foi publicada a Portaria Conjunta nº 22, de 05 de abril de 2022,
que criou o Grupo de Trabalho para “elaborar proposta de anteprojeto de lei, com o objetivo de
disciplinar o rito de extinção das obrigações cedulares, contratuais e fidejussórias, e a baixa dos
créditos públicos, integrantes do patrimônio do Fundo de Desenvolvimento do Distrito Federal –
FUNDEFE” (DODF 24/05/2022, pag 9). Tal portaria visa atender Parecer Jurídico nº 634/2020 -
PGDF/PGCONS, de outubro de 2020. Provavelmente, a execução orçamentária do FUNDEFE
esteja aguardando a regulamentação por meio de lei, conforme recomendado pelo citado
parecer.
Quanto aos tipos de fonte nas despesas do FUNDEFE, desde 2010, já foram empenhados R$
995,5 milhões. Desse total, somente 18% são de recursos de amortização de empréstimos
(Fonte 123 e 323). De pagamento de dividendos das estatais (Fonte 161 e 361) vieram 23% (R$
224,7 milhões) e da Fonte 100 vieram quase metade (46,7% ou R$ 464,8 milhões) e o restante
de aproximadamente 12% de outras fontes.
O FUNDEFE concentra aproximadamente 92% dos recursos de benefícios creditícios e
financeiros no PLOA/2025, conforme o Quadro XI, e 55% pelo Quadro de Detalhamento da
Despesa – QDD, dos fundos geridos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Econômico, Trabalho e Renda.
Apesar de não ter havido empenho em alguns exercícios (2015, 2016, 2021 e 2022), diante de
sua relevância, é importante destacar que os valores empenhados desde o exercício 2010
ficaram restritos a poucas empresas, assim como já apontado em pareceres preliminares de
outras LDO’s e LOA’s.
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.83
De 2010 a setembro de 2024, R$ 995,5 milhões em empréstimos já foram concedidos,
sendo que 2 empresas obtiveram valores superiores a R$ 10 milhões, o que representou
83% dos recursos nesses anos.
As 10 empresas que mais tiveram recursos, juntas, somaram R$ 649,4 milhões, ou 66%
do total dos recursos do FUNDEFE, conforme pode ser visto no quadro abaixo.
Quadro II.5.5. Recursos do FUNDEFE de 2010 a 2023 (set)
Credores (CNPJ e Nome) do FUNDEFE
Total % %
Empenhado Acum
até set/2024
1 1612795000151 - BRASAL REFRIGERANTES S.
A 192.527.028 19% 19%
2 76535764032690 - OI S/A
111.069.549 11% 30%
3 57507378000608 - EMS S/A
82.766.848 8% 39%
4 60665981000703 - UNIÃO QUÍMICA
FARMACEUTICA NACIONAL S/A 71.260.579 7% 46%
5 57240000122 - CIPLAN - CIMENTO PLANALTO
S/A 65.601.410 7% 53%
6 29506474002569 - REXAM BEVERAGE CAN
SOUTH AMÉRICA S/A 48.565.199 5% 57%
7 4175027000338 - GLOBALBEV BEBIDAS E
ALIMENTOS LTDA 22.988.941 2% 60%
8 5423963000979 - BRASIL TELECOM CELULAR
S/A 21.598.125 2% 62%
9 50929710000330 - MEDLEY S.A. INDÚSTRIA
FARMACÊUTICA 20.949.722 2% 64%
10 26487744000176 - GRAVIA INDUSTRIA DE
PERFILADOS DE ACO LTDA 20.117.195 2% 66%
11 44865657000600 - R.CERVELLINI
REVESTIMENTO LTDA 19.064.277 2% 68%
12 37259223000269 - NOVA AMAZONAS IND. E
COM. IMP. DE ALIMENTOS LTDA 19.005.452 2% 70%
13 2808708005915 - COMPANHIA DE BEBIDAS
DAS AMÉRICAS-AMBEV 17.829.303 2% 72%
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14 740696000192 - PMH-PRODUTOS MEDICOS 13.530.281 1% 73%
HOSPITALARES LTDA.
15 37977691000783 - ESPAÇO & FORMA MÓVEIS
E DIVISÓRIAS LTDA 13.282.873 1% 74%
16 53162095002150 - BIOSINTÉTICA
FARMACÊUTICA LTDA 12.851.481 1% 76%
17 7358761005713 - GERDAU AÇOS LONGOS S.A.
12.216.012 1% 77%
18 37056132000145 - BRASSOL - BRASILIA
ALIMENTOS E SORVETES LTDA 11.902.783 1% 78%
19 43214055005923 - MARTINS COMÉRCIO E
SERVIÇOS DE DISTRIBUIÇÃO LTDA 10.945.523 1% 79%
20 2808708006059 - CIA DE BEBIDAS DAS
AMÉRICAS - AMBEV - CDD 10.677.166 1% 80%
21 7837561000199 - ÁGUIA ATACADISTA DA
CONSTRUÇAO LTDA 10.546.060 1% 81%
22 736546000105 - INDUSTRIAS ROSSI
ELETROMECÂNICA LTDA 10.361.924 1% 82%
23 3420926001104 - Global Village Telecom S.A.
10.353.724 1% 83%
24- DEMAIS
113 165.451.750 17% 100%
TOTAL
995.463.206
Fonte: Siggo e Discoverer
Em Leis Orçamentárias Anuais mais antigas – LOA’s e Lei de Diretrizes Orçamentárias –
LDO’s anteriores constava uma nota explicativa de que não havia sido desenvolvida
metodologia para avaliação dos benefícios creditícios . Já nas leis mais recente, não há
qualquer informação quanto à avaliação do programa, sendo meramente informativo dos gastos
e custos financeiros.
Sobre essa questão da falta de avaliação, o TCDF suspendeu, desde de novembro de 2017,
todos os processos administrativos de concessão de novos benefícios, “tendo em vista que os
resultados por ele alcançados não justificam os elevados investimentos públicos realizados.”.
O Relatório de Auditoria do TCDF que trazia conclusões de que os programas do
FUNDEFE não eram bem avaliados . Publicado em março/2016 [1] , em sua página 119, traz
conclusões bastante negativas sobre os programas do FUNDEFE que podem ser assim
resumidas:
1.
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.85
1. Não existe planejamento estratégico e definição de diretrizes e objetivos de curto, médio
e longo prazos para nortear as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento econômico
local;
2. não há na Secretaria de Estado de Economia e Desenvolvimento Sustentável do Distrito
Federal instrumentos de gestão hábeis a permitir a aferição de custos e resultados, a
avaliação e o aprimoramento sistemático dos programas de incentivo ao
desenvolvimento econômico distritais;
3. A seleção de projetos é desvinculada de critérios técnicos e objetivos que permitam
a escolha dos empreendimentos com maior potencial de retorno. As metas
estabelecidas para as empresas beneficiadas não expressam todos os objetivos do
PRÓ-DF II e IDEAS Industrial.
4. PRÓ-DF II, as amostras estatísticas analisadas evidenciam o não cumprimento de seus
objetivos. A geração de empregos das empresas beneficiadas é baixa e
inconsistente . Os empreendimentos apresentam reduzido incremento em seu
faturamento e arrecadação tributária , os quais, além disso, apresentam nítida
tendência de queda nos últimos anos;
5. O programa não é sustentável e apenas 12% das empresas estão funcionando nos
moldes previstos no Projeto de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira;
6. Os custos com o programa são evidentemente desproporcionais em relação a seus
resultados. O desempenho das empresas beneficiadas foi muito inferior ao
experimentado pela economia distrital , em todas as perspectivas avaliadas;
7. Para cada R$ 1,00 investido, houve retorno de apenas R$ 0,51 em arrecadação
tributária ;
8. Conclui-se, portanto, que os números apurados na auditoria denotam o pleno
fracasso do Programa de Apoio ao Empreendimento Produtivo do Distrito Federal.
Ainda no Relatório de Auditoria do TCDF, em sua Matriz de Achados , foram feitas uma
série de observações que merecem atenção. Algumas delas foram destacadas e relacionadas
abaixo:
a. O conteúdo de suas decisões carece de fundamentação e motivação. Por vezes, decisões
foram tomadas em desacordo com as conclusões dos pareceres técnicos da SEDS,
sem a apresentação de justificativa; (pag. 2)
b. Verificou-se a falta de critérios técnicos e objetivos fixando exigências mínimas de
contrapartida das empresas de modo proporcional ao benefício que poderiam receber;
(pag. 4)
c. A maioria das ADEs foi criada sem o estabelecimento de uma atividade econômica
prioritária e específica. (pag. 4)
d. Concessão de financiamentos e liberação de recursos antes da aprovação dos
respectivos PVTEFs, violando a legislação vigente (pag. 4)
e. Os incentivos foram aprovados sem que os itens a serem financiados tivessem sido
minimamente especificados. Houve inclusive o caso de uma empresa que recusou o valor
do financiamento autorizado (mais de 250 milhões de reais), uma vez que a política interna
da empresa não permitia que ela firmasse um compromisso financeiro nesse montante;
(pag. 4)
f. Foi concedido benefício a indústria localizada fora do DF ; (pag. 4)
g. Não existe avaliação do custo-benefício, eficiência e efetividade do PRÓ-DF II ; (pag.
5)
h. Verificou-se que logo após a emissão do AID a quantidade de empregos reduz
significantemente ; (pag. 8)
i. Durante o período de 2006 a 2014, a arrecadação tributária das beneficiárias caiu
significativamente, quando o esperado era o crescimento a arrecadação em relação aos
anos anteriores ou, pelo menos, que o crescimento da arrecadação fosse compatível com
o crescimento médio da economia (no DF, o crescimento foi contínuo); (pag. 8)
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.86
Ou seja, do que foi apontado, o PRO-DF II não só não atingiu os objetivos pretendidos
como o aumento da arrecadação e aumento dos empregos, como foi no sentido
diametralmente oposto: ambos reduziram . Além disso, a falta de zelo e probidade com os
recursos públicos ficaram evidentes.
Assim, conforme já citado anteriormente, diante de tais resultados, em 09/11/2017, o TCDF
emitiu a Decisão nº 5.458/2017, que em seu item II ordena o sobrestamento de todos os
processos administrativos relacionados à concessão de novos benefícios decorrentes do
PRÓ-DF II e IDEAS Industrial até a completa reformulação desses programas, avaliando a
conveniência de estender a medida aos demais programas congêneres, caso padeçam dos
mesmos vícios.
Faz-se necessário destacar que a ausência ou precariedade na avaliação está em
desacordo com alguns preceitos legais , como a Lei Orgânica do Distrito Federal - LODF, a
Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e a Lei nº 5.422/2014.
Abaixo segue transcrito o estabelecido no art. 80 da Lei Orgânica do Distrito Federal , cujo
trecho está transcrito abaixo:
“Art. 80. Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada,
sistema de controle interno com a finalidade de:
(...)
II – comprovar a legalidade e avaliar os resultados quanto à eficácia e
eficiência da gestão orçamentária, financeira , contábil e patrimonial nos
órgãos e entidades da administração do Distrito Federal, e quanto à da
aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado;
(...)
V – avaliar a relação de custo e benefício das renúncias de receitas e
dos incentivos, remissões, parcelamentos de dívidas, anistias,
isenções, subsídios, benefícios e afins de natureza financeira, tributária,
creditícia e outros ;”
Tal política de crédito também vai contra o preceituado no art. 75 da Lei nº
7.313/2023, Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2024 , §1º, que dispõe se
um dos critérios relevantes a geração de empregos, conforme transcrição
abaixo:
‘Art. 78. O projeto de lei que conceda ou amplie benefícios ou incentivos de
natureza tributária deve atender às exigências:
(...)
§ 1º A concessão de incentivo ou benefício de natureza tributária deve
observar o disposto na Lei nº 5.422 , de 24 de novembro de 2014, e
favorecer os setores produtivos no sentido de fomentar o desenvolvimento
econômico da região e a geração de empregos , respeitados os princípios
constitucionais do Sistema Tributário Nacional.’
Adicionalmente, a necessidade de análise de avaliação de relação de custo e benefício é
reafirmada pela Lei nº 5.422/2014 , de autoria dos Deputados Agaciel Maia e Wasny de Roure,
que exige estudos econômicos que avaliem e mensurem o impacto econômico de tais políticas
de benefícios creditícios, conforme transcrito abaixo:
‘Art. 1º Os projetos de lei relativos a políticas fiscais, tributárias ou
creditícias favorecidas que ampliem ou concedam incentivos ou
benefícios a setores da atividade econômica e impliquem renúncia da
receita ou aumento da despesa pública devem ser acompanhados de
estudo econômico que mensure seus impactos : (Caput com a redação
da Lei nº 6.578, de 20/5/2020.)
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.87
I – na economia do Distrito Federal, em termos de geração de empregos e
renda;
II – nas metas fiscais do Governo do Distrito Federal, discriminando-se os
impactos na despesa pública e na renúncia de receitas;
III – nos benefícios para os consumidores;
IV – no setor da atividade econômica beneficiada;
V – na economia da Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito
Federal e Entorno – RIDE, se for o caso.
§ 1º A renúncia de receitas públicas compreende anistia, remissão,
subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter não
geral, alteração de alíquota ou modificação de base de cálculo que
implique redução discriminada de tributos ou contribuições e outros
benefícios que correspondam a tratamento diferenciado .
§ 2º Para fins desta Lei, políticas creditícias favorecidas são as
concessões de financiamentos com taxas de juros que, agregadas ao
índice de atualização monetária , são inferiores ao indicador oficial do
Governo Federal para a taxa de inflação ou não cubram o custo de captação
ou de remuneração dos recursos. ’
A Lei nº 5.422/2014, no início de 2020, passou por alterações propostas pelo Poder Executivo
(Lei nº 6.578/2020). A principal alteração foi a substituição do termo “lei” por “projeto de lei”. Ou
seja, passaria a exigir somente para as novas leis, ficando os benefícios concedidos pelo
FUNDEFE fora da exigência da Lei nº 5.422/2014. Entretanto, é importante destacar que o
disposto no art. 80, inciso V, da LODF ainda está em vigor, exigindo a avaliação dos recursos
dispendidos.
O FUNDEFE em relação à questão do custo e benefício para a sociedade tem destaque
negativo até mesmo em relação aos demais fundos de financiamento creditício.
Abaixo segue um quadro com os principais indicadores das políticas de fomento dos fundos
FDR, FUNGER e FUNDEFE nos quesitos de montante destinado pelo governo do DF, prazo de
financiamento, taxa de juros cobrada, empregos gerados e custo por emprego.
Quadro II.5.9. Comparação dos Fundos de Fomento
Prazo
Máximo Juro
2023- 2024-Dot (inc. Empreg R$ / s
Fundo 2025-PLOA
Empenho Inicial Carênci os/ano Emprego Máxi
a) em mos
meses
FDR R$ 2.123.558 R$ 3.581.275 R$ 2.790.389 120 113 R$ 24.694 3,0%
R$
FUNGER R$ 9.837.662 R$ 20.535.555 60 1.429 R$ 14.371 8,9%
26.094.488
R$
FUNDEFER$ 4.037.759 R$ 9.538.743 360 nd nd 1,6%
232.088.362
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.88
R$ R$ R$ R$
TOTAL 1.542
15.998.979 39.214.506 255.414.305 165.638
Fonte: Q11 - Quadro XI - Projeção da Renúncia de Benefícios Creditícios Financeiros
Como pode ser visto no quadro acima, enquanto o FUNDEFE concentra a destinação de 92%
das dotações, cobrando uma taxa de juros bem abaixo da do FUNGER (quatro vezes
menor), e com prazo de financiamento máximo 6 (seis) vezes superior (30 anos x 5 anos).
Quando ao custo de manter ou gerar empregos do FUNDEFE, não foi possível calcular
por falta de informações.
Há que se ressaltar, ainda, que 70% dos R$ 995,5 milhões de 2010 a set/2024 foram para 12
grandes empresas, com porte e atuação tanto no âmbito nacional quanto internacional,
conforme quadro a seguir.
Quadro II.5.12. - Credores Fundefe
Credores (CNPJ e Nome) do FUNDEFE
Total % %
Empenhado Acum
até set/2024
1612795000151 - BRASAL
1 REFRIGERANTES S.A 192.527.028 19% 19%
76535764032690 - OI S/A
2 111.069.549 11% 30%
57507378000608 - EMS S/A
3 82.766.848 8% 39%
60665981000703 - UNIÃO QUÍMICA
4 FARMACEUTICA NACIONAL S/A 71.260.579 7% 46%
57240000122 - CIPLAN - CIMENTO
5 PLANALTO S/A 65.601.410 7% 53%
29506474002569 - REXAM BEVERAGE CAN
6 SOUTH AMÉRICA S/A 48.565.199 5% 57%
4175027000338 - GLOBALBEV BEBIDAS E
7 ALIMENTOS LTDA 22.988.941 2% 60%
5423963000979 - BRASIL TELECOM
8 CELULAR S/A 21.598.125 2% 62%
50929710000330 - MEDLEY S.A.
9 INDÚSTRIA FARMACÊUTICA 20.949.722 2% 64%
26487744000176 - GRAVIA INDUSTRIA DE
10
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.89
PERFILADOS DE ACO LTDA 20.117.195 2% 66%
44865657000600 - R.CERVELLINI
11 REVESTIMENTO LTDA 19.064.277 2% 68%
37259223000269 - NOVA AMAZONAS IND.
12 E COM. IMP. DE ALIMENTOS LTDA 19.005.452 2% 70%
DEMAIS
13 a 299.948.883 30% 100%
113
Total
995.463.206
Todos esses recursos emprestado ao setor privado tem um custo de oportunidade para a
sociedade, visto que se tivesse aplicado em bancos geraria rendimentos.
Para calcular custo de oportunidade em relação aos valores dos valores desembolsados
pelo FUNDEFE , utilizou-se como taxa de referência a taxa do Certificado de Depósito
Interbancário (CDI). Essa escolha é razoável tendo em vista que o CDI acompanha de perto o
custo de oportunidade dos títulos governo federal (SELIC) e indexa as despesas com juros de
vários contratos de dívida do governo distrital. Os R$ 995,5 milhões emprestados de 2010 a
2024 se fossem aplicados ao CDI, teriam gerado um montante de R$ 2,5 bilhões (coluna E da
tabela abaixo). O valor corrigido da dívida das empresas com o FUNDEFE seria de R$ 1,0
bilhão (coluna F da tabela abaixo ). A diferença de ambos é o custo de oportunidade do
Tesouro do Distrito Federal que foi de R$ 1,4 bilhão (coluna G da tabela abaixo).
Quadro II.5.11. - Transferência de Recursos da Sociedade para os Beneficiários do
FUNDEFE desde 2010 a set/2024
Taxa Valor Emprestimo Taxa Acum.
Concessão Taxa Acum. Capitali s até set/2024 Custo de
CDI até set zado Corrigidos Oportunidade
/2024 (**)
( D ) = ( E ) = ( F ) = D x ( D ) = C
( B ) C D x A Juros do acumulado ( G ) = E - F
acumul Emprest. set/2024
ado set até set/2024
/2024
2010
110.482.975 9,75% 9,3% 3,26878 361.144.656 120.159.433 240.985.224
2011
168.893.446 11,59% 11,0% 2,99167 505.273.315 181.495.714 323.777.601
2012
103.529.456 8,40% 8,0% 2,69484 278.995.188 109.928.064 169.067.124
2013
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.90
223.607.720 8,06% 7,7% 2,49575 558.069.256 234.597.031 323.472.225
2014
236.280.023 10,81% 10,3% 2,31817 547.736.235 244.936.661 302.799.575
2015
0 13,24% 12,6% 2,10221 0 0 0
2016
0 14,00% 13,3% 1,86736 0 0 0
2017
28.184.716 9,93% 9,4% 1,64818 46.453.480 28.184.716 18.268.764
2018
77.750.605 6,42% 6,1% 1,50617 117.105.402 76.823.634 40.281.768
2019
32.984.600 5,95% 5,6% 1,41958 46.824.115 32.202.779 14.621.335
2020
5.411.090 2,75% 2,6% 1,34368 7.270.749 5.219.849 2.050.900
2021
0 4,44% 4,2% 1,30942 0 0 0
2022
0 12,43% 11,8% 1,25647 0 0 0
2023
4.037.759 13,03% 12,4% 1,12377 4.537.505 3.757.395 780.110
2024
4.308.409 8,00% 7,6% 1,00000 4.308.409 3.961.452 346.957
Total
995.470.797 2.477.718.311 1.041.266.72 1.436.451.58
9 3
(*) Custo Oport. = 95% do CDI
(**) Custo do Empréstimo = 0,1% ao mês ou 1,2% ao ano
II.6 - ANÁLISE DA DÍVIDA PÚBLICA
O PLOA/2025 traz o Quadro XXVII – Projeção do Serviço da Dívida Fundada e Ingresso de
Operações de Crédito entre seus documentos complementares. Este quadro evidencia, para
cada contrato, a projeção do valor de amortização e de encargos de 2025 a 2030.
A Dívida Consolidada (DC) do DF é composta por Dívida Contratual, Precatórios posteriores a 5
/5/2000 e outras dívidas, pois o DF não possui dívida mobiliária.
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.91
A estimativa da DC no PLOA/2025 foi de R$ 15,1 bilhões, equivalente a 41,7% da
respectiva Receita Corrente Líquida (RCL) projetada. No último Relatório de Gestão Final
(RGF) publicado, correspondente ao segundo quadrimestre de 2024, o saldo de DC foi de
R$ 14,6 bilhões (40,6% da RCL Ajustada). Dessa forma, estima-se um aumento de R$
513,9 milhões no saldo de DC no PLOA/2025.
O gráfico a seguir mostra a composição da DC ao longo da série histórica de 2017 a 2023. Nota-
se que, enquanto a dívida contratual cresceu 25,3% de 2017 a 2023, os precatórios
posteriores a 5/5/2000 cresceram 224,2%. Destaque para o ano de 2023, em que se
constatou, do ano anterior para este ano, um crescimento de R$ 2,2 bilhões em precatórios
(+35%).
Gráfico 1 – Composição da Dívida Consolidada
R$ 1.000,00
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Após deduções (disponibilidades de caixa, aplicações financeiras e demais haveres
financeiros), chega-se à Dívida Consolidada Líquida (DCL). A DCL no PLOA/2025 foi
estimada em R$ 9,2 bilhões (25,4% da RCL), enquanto, no último RGF publicado (segundo
semestre de 2024), o saldo foi de R$ 7,2 bilhões (20,13% da RCL Ajustada). Portando, no
PLOA/2025, prevê-se um aumento de R$ 2,0 bilhões no saldo da DCL do DF.
Importante enfatizar que o percentual de DC e de DCL no RGF foi calculado com base na RCL,
enquanto o do PLOA, na RCL sem ajuste.
Percebe-se, pela análise do Gráfico 2 , que a DCL cresceu ao longo da série histórica, sofrendo
redução expressiva apenas em 2021 e contração discreta em 2023. Importante salientar que as
deduções da dívida vêm sofrendo considerável aumento, tendo sido este de cerca de 600% de
2017 para 2023.
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.92
Gráfico 2 – Dívida Consolidada Líquida (DCL)
R$ 1.000,00
Fonte: Elaboração própria, 2024.
O Gráfico 3 mostra a evolução da DC e da DCL com relação à RCL Ajustada de 2017 até
agosto de 2024. Nele, nota-se que, em comparação a 2017, o percentual atingido pela DC em
2024 aumentou, enquanto o alcançado pela DCL diminuiu consideravelmente. Percebe-se ainda
que, de 2020 para 2021, houve queda abrupta de ambas e que a DCL está em uma tendência
de queda nos últimos anos.
Gráfico 3 – Evolução DC e DCL frente à RCL Ajustada
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.93
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Em se tratando do serviço da dívida, percebe-se, conforme demonstra o Gráfico 4 , que sua
relação com a Dívida Contratual mais que dobrou ao longo da série histórica, realçando um
risco nas contas públicas. De 2017 a 2023, em termos nominais, a dívida contratual aumentou
25,3%; os juros e encargos da dívida, 98,0%; a amortização da dívida, 157,0%.
Gráfico 4 – Juros e Encargos da Dívida
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Com relação às Receitas de Capital, que contribuem para aumentar o endividamento, constata-
se que sua previsão é usualmente superestimada e que a realização de maior peso desta
categoria econômica é advinda de operações de crédito. No PLOA/2025, foram previstos R$
866,7 milhões para Operações de Crédito. Na tabela a seguir, são apresentados os valores
previstos nas respectivas LOAs, bem como os valores e percentuais realizados.
Tabela 11 – Operações de Créditos: Previsão e Realização
R$ 1.000,00
RECEITAS 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024
Operaçõe
s de
517.215 561.821 347.543 218.265 129.298 709.892 640.293 97.383
Crédito
Realizadas
LOA 1.582.526 1.473.228 788.310 512.702 392.767 707.110 831.538 794.994
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.94
% de 32,7% 38,1% 44,1% 42,6% 32,9% 100,4% 77,0% 12,2%
Execução
Fonte: Elaboração própria, 2024.
II.7 - COMPATIBILIZAÇÃO DO ANEXO DE METAS FISCAIS – LDO/2025 COM O PLOA/2025
A Lei Complementar Federal n. 101, de 4 de maio de 2000, conhecida como Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), ampliou o escopo da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO),
que passou a determinar as condicionantes da programação fiscal do orçamento, como o
equilíbrio entre receitas e despesas, metas fiscais, riscos fiscais, critérios e forma de limitação
de empenho, caso não se alcancem as metas fiscais ou se ultrapasse o limite da DC, entre
outras.
As metas fiscais anuais, em valores correntes e constantes, são apresentadas na LDO e
atualizadas na LOA. Previsões são feitas para receitas, despesas, resultados nominal e primário
e montante da dívida pública.
Da análise dos componentes da política fiscal do governo podemos tirar conclusões acerca do
impacto econômico e da sustentabilidade de longo prazo da política governamental.
Os resultados fiscais, nominal e primário, resumem o equilíbrio (planejado) das contas públicas,
que tem exatamente a função estratégica de permitir o investimento público e o crescimento
econômico.
O Resultado Primário visa a demonstrar a capacidade de o Estado honrar o pagamento do
serviço de sua dívida. Por meio dele, demonstra-se o grau de autonomia do DF para que,
utilizando suas receitas próprias e transferências constitucionais e legais, possa honrar os
pagamentos de parte de suas despesas correntes (pessoal e custeio) e de parte das suas
despesas de capital (investimentos) e, ainda, gerar poupança para atender ao serviço da dívida.
É, portanto, um indicador de saúde financeira e sustentabilidade em médio e longo prazos do
governo, pois sinaliza consistência entre as metas de política macroeconômica e a
sustentabilidade da dívida.
Já o Resultado Nominal pode ser calculado pela variação da DCL em dado período (critério
“abaixo da linha”) ou a partir da soma da conta de juros (diferença entre juros ativos e passivos)
ao Resultado Primário (critério “acima da linha”). Ressalta-se que o valor a ser considerado para
avaliação do cumprimento da meta de Resultado Nominal deve ser o apurado pela metodologia
“abaixo da linha”.
O financiamento de déficits fiscais (despesas excedendo receitas) gera endividamento público.
Uma análise das projeções para o montante da dívida pública consolidada (obrigações
financeiras decorrentes de emissão de títulos públicos e contratos de empréstimos) e dívida
líquida (dívida total menos ativo disponível e haveres financeiros), permite avaliar a
sustentabilidade da política fiscal. Por exemplo, empréstimos usados para financiar
investimentos favorecem o aumento das taxas de crescimento econômico, que, por sua vez,
colaboram para o aumento da arrecadação de tributos, que acaba por financiar os custos do
empréstimo. Por outro lado, dívidas públicas crescentes exigem superávits primários futuros
para financiar seus custos e seu resgate.
Ao longo do tempo, ocorreram mudanças em algumas metodologias. Destacam-se algumas a
seguir.
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.95
A partir de 2015, houve alteração de metodologia para o FCDF, decorrente do Acórdão n.
2.891/2015, proferido pelo Tribunal de Contas da União, em que se determinou a
execução orçamentária e financeira de todos os recursos do FCDF diretamente no Siafi da
União;
A partir de 2017, para se chegar ao Resultado Primário, subtraem-se os valores pagos das
despesas, dos Restos a Pagar Processados (RPP) e dos Restos a Pagar Não
Processados (RPnP). Anteriormente, subtraíam-se das receitas realizadas os valores
empenhados da despesa;
A partir de 2023, passou-se a segregar os valores relativos ao Regime Próprio de
Previdência Social (RPPS), no que tange ao Resultado Primário e ao Nominal.
A Portaria STN n. 1.447, de 14 de junho de 2022, aprovou a 13ª edição do Manual de
Demonstrativos Fiscais (MDF), que trouxe significativas mudanças relativas aos parâmetros e
às metodologias para fins de cálculo do resultado primário e nominal, as quais foram mantidas
pela 14ª edição do MDF . A Tabela 12 , a seguir, consolida algumas das alterações.
Tabela 12 – Mudanças no Cálculo do Resultado Primário
Resultado Primário Resultado Nominal
Exclui receitas e despesas cuja fonte seja do RP
PS Passa a ser realizado pelo critério "abaixo
Considera receitas e despesas intraorçamentár da linha" (diferença da DCL de um exercício
ias (anteriormente excluídas, conforme MDF – para o outro)
12ª edição)
Cálculo do resultado com e sem o resultado do
Na avaliação do cumprimento da meta,
RPPS
considera-se o resultado nominal apurado
Na avaliação do cumprimento da meta no
pelo critério "abaixo da linha" (até 2022 a
Relatório Resumido de Execução Orçamentária
meta era definida e acompanhada pela
(RREO), considera-se o resultado primário
metodologia “acima da linha”)
apurado sem o impacto do RPPS
Fonte: Anexo II – Considerações sobre Metas Fiscais – PLDO/2025.
No Anexo V – Demonstrativo da Compatibilidade com Metas LDO do PLOA/2025, os valores
são apresentados em preços correntes e constantes, sendo que os constantes foram obtidos a
partir da conversão dos valores correntes por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) calculado para o DF, trazendo os valores das metas anuais para valores
praticados no ano anterior ao ano de referência da LDO.
Confrontam-se, na Tabela 13 , as metas fiscais propostas no PLOA/2025 e as definidas na LDO
/2025, bem como os respectivos valores da dívida pública.
Tabela 13 – Comparativo das Metas estabelecidas na LDO/2025 e PLOA/2025
Valor Corrente
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.96
(R$ mil) PLOA/2025 em relação
ESPECIFICAÇÃO à LDO/2025
LDO PLOA
R$ mil %
/2025 /2025
32.080. 33.294.
1.214.018 4%
872 890
Receita Total (EXCETO FONTES RPPS)
30.798. 31.800.
1.001.960 3%
Receitas Primárias (EXCETO FONTES 365 325
RPPS) (I)
30.458. 31.289.
831.764 3%
180 944
Receitas Primárias Correntes
21.077. 21.837.
760.656 4%
229 884
Impostos, Taxas e Contribuições de Melhoria
6.627.9 6.091.1
-536.760 -8%
13 53
Transferências Correntes
2.753.0 3.360.9
607.868 22%
38 07
Demais Receitas Primárias Correntes
340.18
510.381 170.197 50%
5
Receitas Primárias de Capital
32.080. 32.028.
-51.930 -0%
872 942
Despesa Total (EXCETO FONTES RPPS)
31.360. 31.264.
-96.241 -0%
Despesas Primárias (EXCETO FONTES 939 698
RPPS) (II)
27.854. 27.257.
-596.224 -2%
185 961
Despesas Primárias Correntes
14.118. 13.985.
-133.615 -1%
620 005
Pessoal e Encargos Sociais
13.735. 13.272.
-462.608 -3%
565 956
Outras Despesas Correntes
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.97
1.327.7 1.827.7
499.982 38%
50 32
Despesas Primárias de Capital
2.179.0 2.179.0
0 0%
Pagamento de Restos a Pagar de Despesas 04 04
Primárias
-562.57
535.627 1.098.202 195%
Resultado Primário (SEM RPPS) – Acima 4
da Linha (III) = (I – II)
15.514. 15.089.
-425.176 -3%
964 789
Dívida Pública Consolidada (DC)
10.029. 9.172.8
-856.738 -9%
582 44
Dívida Consolidada Líquida (DCL)
-849.08 -744.19
104.890 12%
Resultado Nominal (SEM RPPS) – Abaixo 0 0
da linha
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Da análise da tabela anterior, ressalta-se a meta de Resultado Primário, pois, na LDO/2025,
havia sido definida uma meta negativa (-R$ 562,6 milhões), enquanto, na LOA/2025, foi
estabelecida uma meta de Resultado Primário positiva (R$ 535,7 milhões). Portanto, houve
aumento de R$ 1,1 bilhão. Esta variação positiva é devida, principalmente, pelo valor previsto
para as Receitas Primárias no PLOA/2025 (R$ 31,8 bilhões), que aumentou em R$ 1,0 bilhão
em relação à LDO/2025 (R$ 30,8 bilhões).
A meta de Resultado Primário estabelecida no Anexo de Metas Fiscais (AMF) da LDO, há anos,
é negativa. Utilizando 2017 como marco temporal, pelas mudanças de metodologia já citadas, e
consultando o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) relativo ao sexto
bimestre de cada ano, percebe-se que, em 2017, 2018 e 2022, foi apurado Resultado Primário
negativo. Porém, apenas em 2022, o resultado apurado foi inferior à meta estabelecida,
conforme gráfico a seguir.
Convém destacar em 2020 como fator importante para a formação do superávit, as receitas de
transferências correntes, que superaram em R$ 1,6 bilhão a estimativa inicial. Outro ponto
importante nesse ano foi a contenção de despesas em função da expectativa de queda de
arrecadação devido a pandemia de Covid-19. Já em 2021, o resultado positivo se deu devido ao
aumento da receita em relação à estimativa inicial, de uma forma quase que generalizada, com
destaque para o aumento na arrecadação de impostos, devido a recuperação econômica e
inflação, aumento expressivo das receitas de transferências correntes e volume significativo de
ingresso de receitas patrimoniais.
Por outro lado, em 2022, um dos principais fatores para a inversão do superávit para um déficit
foi a frustração com a receita de impostos ocorrida no segundo semestre do ano devido a
diminuição do montante arrecado com o ICMS a partir da mudança do cálculo do ICMS sobre os
combustíveis.
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.98
Gráfico 5 – Resultado Primário
R$ 1.000,00
Fonte: Elaboração própria, 2024.
Do gráfico anterior, também se destaca o aumento expressivo ocorrido em 2023, em que se
apurou resultado primário de R$ 1,8 bilhão, quando a meta de Resultado Primário era negativa
em R$ 897,7 milhões. Assim, houve cumprimento da meta estimada com folga de R$ 2,7
bilhões, explicada pela variação positiva de 8,4% das receitas primárias (exceto RPPS) e pela
variação negativa de 1,6% das despesas primárias (exceto RPPS), quando comparados os
valores realizados com os estimados para 2023.
Com relação a 2024, exercício ainda não findo, a meta de Resultado Primário estabelecida foi
negativa em R$ 971,1 milhões. Consultando o RREO referente ao quarto bimestre de 2024,
verifica-se que o Resultado Primário apurado até agosto foi de R$ 547,0 milhões, valor
consideravelmente acima do estabelecido na LDO.
Com relação ao Resultado Nominal, tendo em vista que a meta é apurada pela metodologia
“abaixo da linha”, ou seja, pela variação da DCL em dado período, percebe-se, a partir da Tabel
a 13 , que a meta permaneceu negativa (-R$ 744,2 milhões) no PLOA/2025, porém, maior do
que a definida na LDO/2025 (-R$ 849,1 milhões), isto porque a DCL estimada para 2025
diminuiu R$ 856,7 milhões da LDO/2025 para o PLOA/2025.
Outro indicador importante no que tange às Metas Fiscais é a Receita Corrente Líquida (RCL),
que é utilizada como parâmetro para diversos indicadores fiscais.
A tabela a seguir mostra a evolução da RCL desde 2007 e é possível notar que a tendência de
crescimento, da ordem de 12%, caiu para patamares inferiores a 10% de 2015 a 2019. Já em
2020 e 2021, observa-se crescimento acima de 10%. Para 2022, por sua vez, o patamar de
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.99
crescimento caiu para menos de 5%. Em 2023 houve um salto de 12,74%, em grande medida
devido ao crescimento do valor recebido de FCDF, que passou de R$ 2,4 bilhões, em 2022,
para R$ 4,1 bilhões, em 2023. Isto ocorreu como efeito do fim do regime de teto de gastos da
União (EC 95/2016), que possibilitou a volta da sistemática de correção do valor com base na
evolução da RCL da União (Lei Federal 10.633/2002). Em 2024 a estimativa é de que a RCL do
GDF avance 2,45%, enquanto para 2025 a expectativa é de crescimento de 6,29%, com
destaque positivo tanto do FCDF quanto das receitas de impostos, taxas e contribuições de
melhoria.
Tabela 14 – Receita Corrente Líquida – R$ bilhões
Ano RCL Cresc. %
2007 8,2
2008 9,6 17,9%
2009 10,3 6,5%
2010 11,5 12,0%
2011 12,9 12,0%
2012 14,3 11,3%
2013 15,8 10,5%
2014 17,5 10,7%
2015 18,5 5,5%
2016 19,9 7,7%
2017 20,7 4,2%
2018 21,7 4,8%
2019 22,3 2,9%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.100
2020 24,9 11,6%
2021 28,3 13,4%
2022 29,5 4,2%
2023 33,2 12,74%
2024 (*) 34,0 2,45%
2025 (**) 36,2 6,29%
(PLOA/25)
(*) Receita prevista em 2024 conforme valores constantes no SIGGo/DF e SIAFI/UNIÃO no mês
de agosto de 2024.
(**) Quadro VIII demonstrativo da Receita Corrente Líquida - PLOA 2025
Destaca-se que, a partir de 2018, passou-se a adotar o conceito de RCL Ajustada para fins do
limite de gastos com pessoal, o qual exclui recursos transferidos ao DF provenientes de
Emendas Parlamentares Individuais (EPI) ao orçamento federal. E, a partir de 2019, o conceito
de RCL Ajustada passou a considerar um cálculo para limite de endividamento (excluindo-se
somente as EPI) e outro cálculo para limite de despesa com pessoal (excluindo-se as emendas
parlamentares de bancada, além das individuais). Estes limites baseados na RCL Ajustada são
apresentados na tabela a seguir.
Tabela 15 – Limites Baseados na RCL Ajustada
INDICADOR FISCAL % da RCL
Limite máximo:
49,00%
Despesa de Pessoal para Fins de Apuração Limite Prudencial:
de Limite 46,55%
Limite de Alerta:
44,10%
Dívida Consolidada Líquida 200,00%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.101
Garantias Concedidas 22,00%
Operações de Crédito 16,00%
Fonte: Elaboração própria, 2024.
O PLOA/2025 traz em seus documentos complementares o Quadro VIII – Demonstrativo da
Receita Corrente Líquida de 2025, em que constam o valor de RCL realizado em 2022 e 2023,
previsto para 2024 e projetado para 2025 a 2027.
Tabela 16 – Valores RCL
R$ 1.000.000,00
Realizad Realizad Prevista Projetad Projetad Projetad
ESPECIFICAÇÃO
a 2022 a 2023 2024 a 2025 a 2026 a 2027
RCL 29.460 33.214 34.029 36.170 37.364 38.606
Fonte: Quadro VIII – Demonstrativo da Receita Corrente Líquida de 2025.
Destaca-se que a RCL para 2024 foi prevista no PLOA/2025, conforme valores executados até
agosto de 2024. No PLOA/2024, o valor previsto para RCL de 2024 foi de R$ 32,4 bilhões,
portanto, R$ 1,6 bilhão menor.
A partir da Tabela 16 , pode-se verificar que houve crescimento de 12,7% da RCL de 2022 para
2023. Após esse período, as variações são bem menores: de 2023 para 2024, +2,5%; de 2024
para 2025, +6,3%; de 2025 para 2026, +3,3% e de 2026 para 2027, +3,3%.
Tendo em vista que 2024 ainda não findou, segue análise contemplando o período de 2017 a
2023 da RCL e dos indicadores fiscais mencionados na Tabela 15 , a fim de tornar a análise
mais robusta.
Deflacionando os valores de RCL a partir do IPCA acumulado calculado para o DF, constata-se
que, no período considerado, a RCL teve um crescimento real de 18,3%. Com relação ao
crescimento nominal, a RCL cresceu da seguinte forma: +4,9%, de 2017 para 2018; +3,5%, de
2018 para 2019; +11,4%, de 2019 para 2020; +12,8%, de 2020 para 2021; +4,2%, de 2021 para
2022; e 12,7%, de 2022 para 2023. Os respectivos valores de RCL são mostrados no gráfico a
seguir.
Gráfico 6 – RCL: Preços Correntes x Preços Constantes
R$ 1.000,00
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.102
Fonte: Elaboração Própria, 2024.
Com relação à Despesa de Pessoal, o cumprimento do limite é verificado pela relação entre a
Despesa Líquida de Pessoal (DLP) e a RCL ajustada. No gráfico a seguir, exibem-se os valores
de DLP e RCL de 2017 a 2023.
Gráfico 7 – Despesa de Pessoal x RCL
R$ 1.000,00
Fonte: Elaboração própria, 2024.
A despesa do Poder Executivo deve obedecer ao limite de 49% da RCL ajustada, sendo o limite
de alerta 90% dele, e o prudencial, 95%. O crescimento nominal da RCL ajustada foi menor
que o da DLP em 2019 e 2022. Em 2017, extrapolou-se o limite de alerta, situação que voltou a
acontecer em 2022. Em 2023, nota-se que houve uma redução bastante relevante do
percentual, impactada pela ocorrência simultânea de aumento da RCL ajustada (12,6%) e
de redução da DLP (-11,3%).
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.103
Gráfico 8 – Limites Despesa de Pessoal
Fonte: Elaboração própria, 2024.
O principal fator a explicar o desempenho da RCL em 2023 compreende as transferências ao
FCDF, pois os recursos do FCDF não utilizados para custeio de despesas com pessoal
compõem o cálculo da RCL. Neste ano , houve crescimento de 70,8% destes valores em
relação a 2022 . Ratifica-se que os valores repassados ao FCDF em 2023 foram calculados
com base na taxa de crescimento da RCL do Governo Federal entre julho de 2021 e junho de
2022 em relação ao mesmo período de 12 meses referentes aos anos de 2020 e 2021. Assim,
esse crescimento extraordinário da RCL reflete um período de retomada da economia após a
pandemia e, muito provavelmente, não se repetirá.
O limite máximo da DCL em relação à RCL ajustada é de 200%, fixado pelo Senado Federal em
Resolução. Ao longo de toda série de 2017 a 2023, o percentual máximo foi de 36,1% , que
ocorreu em 2019.
O limite fixado pelo Senado Federal para as garantias concedidas é de 22% da RCL ajustada .
Conforme o Gráfico 9 , pode-se perceber que o DF ficou notadamente abaixo deste limite ao
longo de toda série , apesar de ter ocorrido aumento considerável (87%) das garantias
concedidas de 2019 para 2020.
Gráfico 9 – Garantias Concedidas x RCL
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.104
Fonte: Elaboração própria, 2024.
O limite estabelecido pelo Senado Federal para as Operações de Crédito (internas e externas) é
de 16% da RCL ajustada . Nota-se, no gráfico a seguir, que o DF ficou consideravelmente
abaixo do limite máximo em toda série histórica, alcançando, no máximo, 2,6% em 2018.
Gráfico 10 – Operações de Crédito
Fonte: Elaboração própria, 2024.
II.8 – ANÁLISE DO FUNDO CONSTITUCIONAL – FCDF
II.8.1 – Avaliação da Execução do FCDF
O quadro a seguir demonstra os valores nominais de execução orçamentária e financeira entre
o exercício de 2003 e 2024.
Quadro II.8.1. Execução Orçamentária FCDF – Valores Nominais
R$ 1.000,00
ANO I.DOTAÇÃO II. III. IV. V.
INICIAL AUTORIZADOEMPENHADOLIQUIDADO VAR%
ANO
ANTERI
OR
2003 3.364.040 3.391.358 3.356.001 3.356.001 -
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.105
2004 3.755.716 3.999.487 3.975.701 3.975.701 17,93%
2005 4.449.279 4.449.279 4.447.467 4.447.467 11,25%
2006 5.258.515 5.258.515 5.257.653 5.257.653 18,19%
2007 6.001.414 6.054.980 6.054.954 6.054.954 15,15%
2008 6.538.913 6.597.284 6.595.047 6.595.047 8,96%
2009 7.844.958 7.844.958 7.603.293 7.603.293 18,91%
2010 7.686.171 7.686.171 7.685.378 7.685.378 -2,02%
2011 8.748.272 8.748.272 8.745.868 8.745.868 13,82%
2012 9.967.887 9.967.887 9.951.681 9.700.104 13,94%
2013 10.694.936 10.694.936 10.694.879 10.573.232 7,29%
2014 11.664.812 11.664.812 11.664.245 11.538.526 9,07%
2015 12.399.541 12.399.541 12.398.266 12.264.670 6,30%
2016 12.018.201 12.018.201 12.015.761 11.899.209 -3,08%
2017 13.189.780 13.218.604 13.216.438 13.045.241 9,99%
2018 13.696.992 13.691.018 13.690.679 13.461.625 3,57%
2019 14.295.476 14.302.080 14.301.236 14.086.064 4,46%
2020 15.737.622 15.697.985 15.697.275 15.497.505 9,76%
2021 15.846.179 15.887.493 15.856.971 15.590.648 1,21%
2022 16.281.254 16.269.356 12.619.212 11.951.207 2,40%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.106
2023 22.971.652 23.015.755 16.974.698 15.760.407 41,47%
2024 23.272.461 23.374.416 16.303.701 15.226.582 1,56%
2025* 25.078.223
Fonte: Siga Brasil – Senado Federal
* Previsão PLOA da União para 2025 – PL 26/24
Houve variação positiva no período compreendido entre 2003 e 2022 da ordem de 589,23% na
dotação autorizada, em valores nominais, do Fundo Constitucional do Distrito Federal. Como
parâmetro de comparação, a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo –
IPCA em igual período foi da ordem de 244,08%, demonstrando-se, assim, aumento real dos
recursos destinados ao Fundo.
II.8.2 – Da Fixação da Despesa para 2025
II.8.2.1 – Da Correta Projeção da CEOF para o FCDF - LDO/2025
A base de cálculo inicial do FCDF, bem como a regra para atualização dos valores entre os
exercícios, é determinada pelo art. 2º da lei nº 10.633/02, in verbis:
“Art. 2º A partir de 2003, inclusive, o aporte anual de recursos orçamentários
destinados ao FCDF será de R$ 2.900.000.000,00 (dois bilhões e novecentos
milhões de reais), corrigido anualmente pela variação da receita corrente
líquida – RCL da União .
§ 1 o Para efeito do cálculo da variação de que trata o caput deste artigo,
será considerada a razão entre a RCL realizada:
I – no período de doze meses encerrado em junho do exercício anterior
ao do repasse do aporte anual de recursos; e
II – no período de doze meses encerrado em junho do exercício anterior
ao referido no inciso I .
§ 2 o O cálculo da RCL para efeito da correção do valor a ser aportado ao
FCDF no ano de 2003 levará em conta a razão entre a receita acumulada
realizada entre julho de 2001 e junho de 2002, e a receita acumulada
realizada entre julho de 2000 e junho de 2001.” (grifamos)
De acordo com essa metodologia de cálculo as dotações do FCDF para 2025 devem
acompanhar o índice de variação da RCL nos 12 meses compreendidos entre julho de 2023 e
junho de 2024, índice este que foi apurado em 7,88%. Verifica-se que a correção do aporte
anual de recursos orçamentários destinados ao FCDF para 2025 foi corrigido em 7,76%, o que
equivale, em valores absolutos, a um crescimento abaixo do índice legal implicando em
dotação de aproximadamente R$ 109.833,915,60 inferior ao previsto.
Para 2025, na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2025 – Lei nº 7.549/2024 houve previsão de
aporte de recursos orçamentários previstos para o FCDF da ordem R$ 24.508.179.459,00 (Vinte
e quatro bilhões, quinhentos e oito milhões, cento e setenta e nove mil, quatrocentos e
cinquenta e nove reais). Na proposição em comento os valores previstos para o FCDF totalizam
R$ 25.078.223.161,00 (Vinte e cinco bilhões, setenta e oito milhões, duzentos e vinte e três mil,
cento e sessenta e um reais) o que implica em variação positiva de cerca de 2.32% em relação
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.107
à previsão contida naquela LDO 2025. Repise-se que a despeito deste incremento há uma
ligeira defasagem em relação ao valor que deveria ser aportado aplicando-se o índice de
correção da RCL conforme detalhado no parágrafo anterior.
A destinação dos recursos do FDC para as áreas de saúde, educação e segurança guarda
correspondência com a distribuição dos anos anteriores. À Saúde serão destinados 32,4%, à
Educação 21,7% e à Segurança Pública 45,8%.
Ademais, destaca-se que, por determinação do Tribunal de Contas da União, em seu Acórdão
2.891/2015, os valores do FCDF não integram o Orçamento do Distrito Federal, devendo ser
executados integralmente no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo
Federal - SIAFI. No caso da despesa de pessoal do Poder Legislativo do Tribunal de Contas do
Distrito Federal – TCDF e da Defensoria Pública do Distrito Federal, foi utilizada a mesma
metodologia de cálculo aplicada para o Poder Executivo.
II.8.2.2 – Da Execução Orçamentária do FCDF - 2024
R$ 1.000,00
VI. %
EMP.
/AUT.
II. DOT. III. % III. IV.
I. DOT. V.
ÁREA AUTORIZ AUT EMPEN LIQUID
INICIAL PAGO
ADA /TOTAL HADO ADO (III/II
x100%)
SEGURA 6.928.5
10.746.068 10.848.022 46,40% 8.043.5476.939.579 74,10%
NÇA 38
1.678.4
CBMDF 2.430.956 2.456.773 10,50% 1.938.5101.683.670 78,90%
67
PESSOA
L E
1.344.0
ENCARG 1.832.446 1.860.520 8,00% 1.504.1481.344.017 80,80%
17
OS
SOCIAIS
OUTRAS
DESP.
529.131 532.946 2,30% 416.368 336.575 331.401 78,10%
CORREN
TES
INVESTI
69.380 63.307 0,30% 17.994 3.077 3.049 28,40%
MENTOS
1.965.5
PCDF 3.089.475 3.127.477 13,40% 2.265.6561.966.937 72,40%
37
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.108
PESSOA
L E
1.696.6
ENCARG 2.650.211 2.687.752 11,50% 1.904.5141.696.605 70,90%
05
OS
SOCIAIS
OUTRAS
DESP.
379.265 379.725 1,60% 304.254 250.161 248.768 80,10%
CORREN
TES
INVESTI
60.000 60.000 0,30% 56.887 20.171 20.164 94,80%
MENTOS
3.284.5
PMDF 5.225.636 5.263.772 22,50% 3.839.3813.288.972 72,90%
33
PESSOA
L E
2.633.2
ENCARG 4.044.311 4.078.610 17,40% 2.953.2782.633.292 72,40%
83
OS
SOCIAIS
OUTRAS
DESP.
1.111.325 1.115.162 4,80% 844.918 654.498 650.099 75,80%
CORREN
TES
INVESTI
70.000 70.000 0,30% 41.185 1.183 1.151 58,80%
MENTOS
SAÚDE +
EDUCAÇ 12.526.394 12.526.394 53,60% 8.680.6748.314.7238.287.927 69,30%
ÃO
5.191.1
SAÚDE 7.026.394 7.500.394 32,10% 5.404.6535.200.137 72,10%
47
PESSOA
L E
4.265.2
ENCARG 6.300.000 6.300.000 27,00% 4.272.6494.272.649 67,80%
51
OS
SOCIAIS
OUTRAS
DESP.
726.394 1.200.394 5,10% 1.132.004 927.488 925.895 94,30%
CORREN
TES
EDUCAÇ 3.096.7
5.500.000 5.026.000 21,50% 3.276.0213.114.586 65,20%
ÃO 80
PESSOA
L E
2.527.2
ENCARG 4.600.000 4.126.000 17,70% 2.545.0142.545.014 61,70%
09
OS
SOCIAIS
OUTRAS
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.109
DESP. 900.000 900.000 3,90% 731.007 569.572 569.572 81,20%
CORREN
TES
TOTAL 16.724.2 15.254.3 15.216.4
23.272.461 23.374.416 100,00% 71,50%
GERAL 20 01 65
Fonte: Siga Brasil - Senado
Federal - Extração em 27/09/2024.
II.8.2.3 – Dos Comparativos por Área 2025/2024
A Tabela a seguir apresenta os comparativos por área (corporação) e natureza da despesa
entre os exercícios 2025 e 2024.
Quadro II.8.2.3 - LOA 2024 x PLOA 2025
R$ 1.000,00
2024 2025
CORPORAÇÃO II. % IV. % V.
I. DOTAÇÃO III. PLOA
GERAL GERAL VAR.%
AUTORIZADA 2025
AUT. INICIAL 25/24
CBMDF 2.456.773 10,51% 2.704.964 10,79% 10,10%
PESSOAL E
1.860.520 7,96% 2.077.009 8,28% 11,64%
ENCARGOS
CUSTEIO 532.946 2,28% 567.954 2,26% 6,57%
INVESTIMENTO 63.307 0,27% 60.000 0,24% -5,22%
PCDF 3.127.477 13,38% 3.184.426 12,70% 1,82%
PESSOAL E
2.687.752 11,50% 2.687.295 10,72% -0,02%
ENCARGOS
CUSTEIO 379.724 1,62% 437.131 1,74% 15,12%
INVESTIMENTO 60.000 0,26% 60.000 0,24% 0,00%
PMDF 5.263.772 22,52% 5.605.843 22,35% 6,50%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.110
PESSOAL E
4.078.609 17,45% 4.331.168 17,27% 6,19%
ENCARGOS
CUSTEIO 1.115.162 4,77% 1.195.295 4,77% 7,19%
INVESTIMENTO 70.000 0,30% 79.380 0,32% 13,40%
TOTAL
10.848.022 46,41% 11.495.233 45,84% 5,97%
SEGURANÇA
CBMDF 2.456.773 10,51% 2.704.964 10,79% 10,10%
PESSOAL E
1.860.520 7,96% 2.077.009 8,28% 11,64%
ENCARGOS
CUSTEIO 532.946 2,28% 567.954 2,26% 6,57%
INVESTIMENTO 63.307 0,27% 60.000 0,24% -5,22%
PCDF 3.127.477 13,38% 3.184.426 12,70% 1,82%
PESSOAL E
2.687.752 11,50% 2.687.295 10,72% -0,02%
ENCARGOS
CUSTEIO 379.724 1,62% 437.131 1,74% 15,12%
INVESTIMENTO 60.000 0,26% 60.000 0,24% 0,00%
PMDF 5.263.772 22,52% 5.605.843 22,35% 6,50%
PESSOAL E
4.078.609 17,45% 4.331.168 17,27% 6,19%
ENCARGOS
CUSTEIO 1.115.162 4,77% 1.195.295 4,77% 7,19%
INVESTIMENTO 70.000 0,30% 79.380 0,32% 13,40%
TOTAL
10.848.022 46,41% 11.495.234 45,84% 5,97%
SEGURANÇA
TOTAL GERAL 23.374.416 100,00% 25.078.223 100,00% 7,29%
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.111
Fonte: Siga Brasil - Senado Federal - Extração em 27/09/2024.
II.8.2.4 – Dos Riscos de Perda de Recursos FCDF – TCU/STF
O Tribunal de Contas da União, por meio do item 9.4 do Acordão 2.938/2018-Plenário,
determinou ao Distrito Federal que “a partir do exercício de 2019, na execução do orçamento do
FCDF, providenciem os ajustes necessários para que o empenho, a liquidação e o pagamento
das despesas respeitem as dotações do próprio exercício, em conformidade com o princípio da
anualidade e o regime de competência, em atendimento ao que dispõe o art. 165, inciso III, da
Constituição Federal de 1988 c/c o arts. 2º e 35, inciso II, da Lei 4.320/1964”.
Em sede de recurso, o TCU postergou tal exigência descrita no 9.4 do Acórdão 2.938/2018-
Plenário para o exercício financeiro de 2021, a saber: “Ora, por meio de recurso apresentado
perante a Corte de Contas, o Distrito Federal obteve prazo dilatado para regularização da
execução orçamentária dos recursos do FCDF. Nesse sentido, ciente do estado de calamidade
relacionado à pandemia causada pela COVID-19 e sensível às suas graves consequências, o
TCU postergou a correção das irregularidades para o exercício financeiro de 2021”.
Assim, o Distrito Federal ajuizou Ação Cível Originária junto ao Supremo Tribunal Federal
pleiteando, dentre outras questões, a autonomia financeira entre exercícios, baseado no
entendimento legal de que o FCDF enquadrar-se-ia como fundo especial, passível, inclusive, de
abertura de superávit financeiro de exercícios anteriores.
Em 30/06/2021, o ministro Gilmar Mendes julgou parcialmente procedentes os pedidos do DF
para conceder prazo adicional de 12 (doze) meses, contados do fim do interregno temporal
fixado pelo TCU, ou seja, prazo dies a quo em 90 (noventa) dias após o término da situação de
calamidade pública aprovada pela CLDF (31 de dezembro de 2021). Considerando a contagem
de prazo regimental da Corte de Contas, e data de publicação do Acordão nº 1.245/20 no Diário
Oficial a União (01 de agosto de 2020), que prorrogou por 90(noventa dias) a contagem inicial, o
prazo dies ad quem encerrar-se-ia em 04 de abril de 2023.
Antes de o Supremo julgar definitivamente a ACO nº 3.414/2020, a Secretaria de Estado de
Economia manifestou-se acerca do risco fiscal capaz de desequilibrar as finanças do DF nos
seguintes termos: “caso a decisão do STF não seja reformada, os efeitos se dariam no
transcorrer do exercício de 2022, uma vez que seriam necessários ajustes extremos de modo a
não utilizar recursos de janeiro de 2023 do FCDF para pagar despesas da folha dos servidores
públicos referente a dezembro de 2022. Assim, esse montante, que de 2020 para 2021, foi de
R$ 517 milhões , teria que ser absorvido pelo Orçamento do Distrito Federal ”.
Em dezembro de 2021, o Plenário do Supremo denegou Agravo Interno à citada Ação, assim
ementado:
Agravo interno na ação cível originária. 2. Constitucional e administrativo. 3. Fundo
Constitucional do Distrito Federal (FCDF). 4. Fundo de natureza contábil, nos termos do art. 1º
da Lei 10.633/2002. 5. Uso de recursos do FCDF para o pagamento de despesas do exercício
anterior ao do orçamento vigente. Impossibilidade. 6. Ofensa aos arts. 165, III, XIV, c/c art. 167,
II, ambos da CF e ao princípio da anualidade orçamentária , conforme decidido pelo TCU. 7.
Solicitação de criação de regime de transição por sessenta meses. Inviabilidade . Mantido pra
zo de doze meses após o marco fixado pelo TCU, como estabelecido na decisão monocrática.
8. Agravo interno desprovido. 9. Majoração dos honorários advocatícios a cargo do Distrito
Federal (art. 85, § 11, do CPC).
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.112
Nesse sentido, após essa data, a execução financeira dos recursos orçamentários inscritos em
restos a pagar do exercício de 2022, e exercícios anteriores, restaria impossibilitada,
acarretando em perda real ao DF.
Dessa forma, e considerando a série histórica de elevado descompasso entre as autorizações
orçamentárias e dispêndios financeiros do FCDF, comprovado pela elevada inscrição em restos
a pagar nos exercícios anteriores, a falta de medidas de acompanhamento e controle da
situação descrita foi considerada, no passado, capaz de desestabilizar as finanças distritais,
com real e concreto risco fiscal para os próximos exercícios.
No exercício de 2023 foram inscritos R$ 1.459.723.967 em restos a pagar no FCDF, conforme
quadro abaixo.
Quadro II.8.2.4 – Execução Restos a Pagar FCDF (27/09/2024)
IV. SALDO RP
III. RP
ÁREA I. RP INSCRITO II. RP PAGO
CANCELADO
(I-II-III)
727.673.235 627.985.654 2.191.332 97.496.249
SEGURANÇA
141.584.361 120.682.601 269.204 20.632.556
CBMDF
PESSOAL E 8.929.601 8.743.854 0 185.747
ENCARGOS SOCIAIS
OUTRAS DESP. 97.481.456 95.544.468 255.161 1.681.828
CORRENTES
35.173.304 16.394.280 14.043 18.764.981
INVESTIMENTOS
168.255.214 126.782.795 378.759 41.093.660
PCDF
PESSOAL E 64.543.916 64.364.775 179.141 0
ENCARGOS SOCIAIS
OUTRAS DESP. 36.001.625 34.889.045 199.618 912.963
CORRENTES
67.709.672 27.528.975 0 40.180.698
INVESTIMENTOS
417.833.661 380.520.259 1.543.369 35.770.033
PMDF
PESSOAL E 120.832.228 119.337.043 0 1.495.185
ENCARGOS SOCIAIS
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.113
OUTRAS DESP. 270.206.818 235.857.549 1.507.464 32.841.805
CORRENTES
26.794.615 25.325.666 35.905 1.433.044
INVESTIMENTOS
732.050.732 719.538.531 4.612.540 7.899.660
SAÚDE + EDUCAÇÃO
450.775.442 438.661.073 4.612.540 7.501.828
SAÚDE
PESSOAL E 305.750.781 305.750.781 0 0
ENCARGOS SOCIAIS
OUTRAS DESP. 145.024.660 132.910.292 4.612.540 7.501.828
CORRENTES
281.275.290 280.877.458 0 397.832
EDUCAÇÃO
PESSOAL E 217.097.589 217.041.700 0 55.889
ENCARGOS SOCIAIS
OUTRAS DESP. 64.177.701 63.835.758 0 341.943
CORRENTES
TOTAL GERAL 1.459.723.967 1.347.524.186 6.803.872 105.395.909
Fonte: Siga Brasil - Senado Federal - Extração em 27/09/2024.
II.8.2.5 – Da demonstração do Custeio do FCDF – nas áreas de Saúde e Educação
Foram encaminhados a esta Casa de leis como documentos complementares ao PLOA/2025 o
Quadro XXXVI – Detalhamento do Limite do Fundo Constitucional do Distrito Federal e o
Quadro XXXIX – Demonstrativo das Despesas – Saúde e Educação a cargo do FCDF, quadros
estes que espelham a correta demonstração do custeio das áreas de Saúde e Educação às
custas do FCDF.
Quadro II.8.2.5 – Custeio FCDF – Saúde e Educação
R$ 1,00
ÁREA I.QUADRO XXVI II.QUADRO XXXIX III. DIF. (II-I)
EDUCAÇÃO 950.000.000 950.000.000 -
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.114
SAÚDE 1.450.000.000 1.450.000.000 -
TOTAL 2.400.000.000 2.400.000.000
Fonte: PLOA/2025
II.9 – ANÁLISE DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA A ÁREA DE EDUCAÇÃO
A Constituição Federal, no art. 212, dispõe que o DF deve aplicar, anualmente, no mínimo, 25%
da receita resultante de impostos , compreendida a proveniente de transferências, na manute
nção e desenvolvimento do ensino (MDE) . A Carta Magna estabelece, ainda, no art. 212-A,
que o DF deve destinar parte desses recursos à manutenção e ao desenvolvimento do ensino
na educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais, por meio do Fundeb.
A Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996, estabelece as diretrizes e bases da educação
nacional. Em seu art. 70, define que as despesas realizadas com vistas à consecução dos
objetivos básicos das instituições educacionais de todos os níveis são consideradas como de
MDE. Além de listar as que são consideradas no art. 70, também lista as despesas que não são
computadas no art. 71.
A Lei n. 14.113, de 25 de dezembro de 2020, regulamenta o Fundeb e determina, no art. 25,
que os Recursos do Fundo, incluindo aqueles oriundos de complementação da União, devem
ser utilizados em ações consideradas de MDE para a educação básica pública, conforme
definido na lei já mencionada. Além disso, no art. 26, estabelece que, no mínimo, 70% dos
recursos anuais totais do Fundo devem ser destinados ao pagamento, em cada rede de
ensino, da remuneração dos profissionais da educação básica em efetivo exercício .
As Decisões do TCDF n. 2.495/2003, 8.187/2008 e 2.859/2018, também versaram sobre o tema
e trataram dos critérios para verificação do cumprimento pelo DF dos limites mínimos de
aplicação em ensino.
O PLOA/2025, no Quadro XVIII – Demonstrativo da Aplicação Mínima em Educação, apresenta
o cálculo do montante de recursos orçamentários que deverão ser aplicados na área de
educação.
Conforme mencionado, do total das Receitas previstas resultantes de Impostos (R$ 23,7
bilhões) e de Transferências Constitucionais e Legais (R$ 1,6 bilhão), 25%, no mínimo, deve ser
aplicado em MDE, que totalizou, portanto, R$ 6,3 bilhões. Desse montante R$ 3,0 bilhões são
destinados ao Fundeb.
Fora os R$ 3,0 bilhões destinados ao Fundeb provenientes da Receita de Impostos e de
Transferências Constitucionais e Legais, somam-se os rendimentos de aplicação financeira (R$
31,9 milhões) e de complementação da União (R$ 29,8 milhões), chegando-se ao total de
recursos disponíveis do Fundeb de R$ 3,1 bilhões.
Tendo em vista a dotação inicial no PLOA/2025 em MDE de R$ 6,5 bilhões, o percentual
aplicado (25,7%) superou o exigido (25%). Além disso, considerando a dotação inicial
para pagamento da remuneração dos profissionais da educação básica de R$ 2,8 bilhões
no PLOA/2025, o percentual aplicado (90,0%) também superou o exigido (70%).
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.115
Remuneração do
MDE (% da Base
Limite / Dotação FUNDEB (R$) Magistério (% da Base
de Cálculo)
de Cálculo)
Limite Mínimo 25% 3.043.261.880 70%
Dotação PLOA/2025 25,70% 2.768.706.016 90%
Fonte: Quadro I-Demonstrativo Geral de Receita e Quadro XVIII Demonstrativo de Aplicação
Mínima em Educação - PLOA/2025
Verifica-se que a aplicação mínima de recursos orçamentários para a MDE, FUNDEB e
remuneração do magistério foi cumprida.
II.10 – ANÁLISE DA DESTINAÇÃO DE RECURSOS PARA A ÁREA DE SAÚDE
A Lei Complementar n. 141, de 13 de janeiro de 2012, regulamenta o artigo 198 da Constituição
Federal e dispõe sobre os valores mínimos a serem aplicados anualmente pelo Distrito Federal
em ações e serviços públicos de saúde (ASPS). Em resumo, o DF deve aplicar, no mínimo:
12% da arrecadação de impostos de competência estadual ( art. 155 , art. 157 , art. 159,
I, a, e II, da Constituição Federal ), deduzidas as parcelas que, nos Estados, seriam
destinadas a Municípios;
15% da arrecadação de impostos de competência municipal (art. 156, art. 158, art. 159, I,
b, e § 3º, da Constituição Federal);
12% do produto da arrecadação direta dos impostos que não possam ser segregados em
base estadual e em base municipal.
O PLOA/2025, no Quadro XIX – Demonstrativo da Aplicação Mínima em Saúde, apresenta o
cálculo do montante de recursos orçamentários que deverão ser aplicados na área de saúde.
A previsão de Receitas resultantes de Impostos e de Transferências Constitucionais e
Legais de competência estadual totalizou R$ 15,5 bilhões no PLOA/2025. Já as de
competência municipal, R$ 9,8 bilhões. A partir dessa previsão, a despesa mínima a ser
aplicada em ASPS em 2025 é de R$ 3,3 bilhões. Considerando a dotação inicial de R$ 3,6
bilhões para ASPS no PLOA/2025, entende-se cumprido o limite mínimo, com superávit
de R$ 258,2 milhões.
Mínimo Exigido Despesas Diferença (superávit)
Valor (R$) 3.328.452.167 3.586.618.223 258.166.056
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.116
Fonte: Quadros I e XIX - PLOA/2025
De acordo com a previsão constante do Quadro XIX, o total fixado para a área de Saúde supera
o mínimo legalmente exigido, indicando um investimento nessa área R$ 258.166.056,00.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA
Relator
Este parecer consta de 3 partes distintas
Parte 2/3
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 1º Andar, Sala 1.43 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8680
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Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 14/10/2024, às 13:04:52 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 136210 , Código CRC: 7975b96c
PL 1294/2024 - Parecer - 3 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 2/3 - (136210) pg.117
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Comissão de Economia Orçamento e Finanças
PARECER PRELIMINAR Nº , DE 2024 - CEOF
Projeto de Lei nº 1294/2024
Da COMISSÃO DE ECONOMIA,
ORÇAMENTO E FINANÇAS sobre o
Projeto de Lei nº 1294/2024, que
“Estima a receita e fixa a despesa do
Distrito Federal para o exercício
financeiro de 2025.”
AUTOR: Poder Executivo
RELATOR: Deputado EDUARDO
PEDROSA
II.11 – ANÁLISE DO FAP, FUNDDF, FAC, FDCA E PRECATÓRIOS
A Fundação de Apoio à Pesquisa – FAP/DF, criada pela Lei Distrital no. 347/1992, visa a
estimular o desenvolvimento técnico, científico e tecnológico no DF, e, de acordo com o art. 195
da LODF, deve possuir para o exercício de 2023 em diante a dotação mínima de 0,5% da
Receita Corrente Líquida do Distrito Federal.
O quadro a seguir apresenta a dotação fixada no PLOA/2025 para essa unidade orçamentária:
Quadro II.11.1. Aplicação na FAP/DF - 2024
FAP - FUNDAÇÃO DE APOIO À
VALORES (R$)
PESQUISA
BASE DE CÁLCULO
36.169.951.002
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL
APLICAÇÃO MÍNIMA - FAP (0,5% DA
180.849.755
RCL) - ANTES DA DREM
DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA
54.254.927
CONSTITUCIONAL N.º 132/23
APLICAÇÃO MÍNIMA - FAP (0,5% DA
126.594.829
RCL) - APÓS A DREM
DESPESA TOTAL – FAP 135.602.330
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.118
SUPERÁVIT/DÉFICIT 9.007.501
Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025
Pelo quadro acima verifica-se que a dotação destinada à FAP/DF corresponde a um valor
ligeiramente acima do mínimo exigido na Lei Orgânica do Distrito Federal, correspondente a
0,5% da Receita Corrente Líquida – após a DREM – EC nº 132/2023 - projetada para o próximo
exercício.
A Lei Orgânica do Distrito Federal também estabelece dotação mínima de 0,3% da Receita
Corrente Líquida para O Fundo da Universidade Aberta do Distrito Federal – FUNDF e para o
Fundo de Apoio à Cultura – FAC. O limite fixado para o Fundo dos Direitos da Criança e do
Adolescente – FDCA é de 0,3% da Receita Tributária Líquida para. O PLOA/2025 destina
recursos para estes fundos nos montantes detalhados nos quadros a seguir:
Quadro II.11.2. Aplicação no FUNDDF, FAC e FDCA
FUNDF - FUNDO DA UNIVERSIDADE ABERTA DO DF VALORES (R$)
APLICAÇÃO MÍNIMA - FUDF (0,3% DA RCL) - ANTES DA
108.509.853
DREM
DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA
32.552.956
CONSTITUCIONAL N.º 132/23
APLICAÇÃO MÍNIMA - FUDF (0,3% DA RCL) - APÓS A
75.956.897
DREM
DESPESA TOTAL - FUNDF 75.956.897
SUPERÁVIT/DÉFICIT (0)
Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025
FAC - FUNDO DE APOIO À CULTURA VALORES (R$)
BASE DE CÁLCULO
36.169.951.002
RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – RCL
APLICAÇÃO MÍNIMA - FAC (0,3% DA RCL) - ANTES DA
108.509.853
DREM
DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA
32.552.956
CONSTITUCIONAL N.º 132/23
APLICAÇÃO MÍNIMA - FAC (0,3% DA RCL) - APÓS A
75.956.897
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.119
DREM
DESPESA TOTAL - FAC 78.710.152
SUPERÁVIT/DÉFICIT 2.753.255
Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025
FDCA - FUNDO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE VALORES (R$)
RECEITA TRIBUTÁRIA LÍQUIDA 21.837.863.765
APLICAÇÃO MÍNIMA - FDCA (0,3% DA RTL) - ANTES DA
65.513.591
DREM
DESVINCULAÇÃO CONFORME EMENDA
19.654.077
CONSTITUCIONAL N.º 132/23
APLICAÇÃO MÍNIMA - FDCA (0,3% DA RTL) - APÓS A
45.859.514
DREM
DESPESA TOTAL - FDCA 53.383.584
SUPERÁVIT/DÉFICIT 7.524.070
Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025
Cabe ressaltar que a imposição legal se restringe, na peça orçamentária, à indicação de
recursos para as respectivas dotações. Não é devida, neste momento, qualquer análise sobre a
efetiva execução dos recursos. Sendo assim, reforça-se que os mandamentos da lei foram
devidamente cumpridos, especialmente considerada a EC nº 132/2023 – DREM.
Em relação aos precatórios, observa-se que a dotação para pagamento consta em montante
bem aquém do mínimo legal de 1,5% da RCL, como se nota:
Quadro II.11.3. Dotação destinada a Precatórios
PRECATÓRIOS VALORES (R$)
APLICAÇÃO MÍNIMA – PRECATÓRIOS (1,5% DA RCL) 542.549.265
DESPESA TOTAL - PRECATÓRIOS 80.955.935
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.120
SUPERÁVIT/DÉFICIT -461.593.330
Fonte: Quadro XXI do PLOA/2025
II.12 – PROJETOS EM ANDAMENTO
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece o seguinte princípio em relação aos projetos em
andamento:
‘Art. 45. Observado o disposto no § 5° do art. 5°, a lei orçamentária e as de
créditos adicionais só incluirão novos projetos após adequadamente
atendidos os em andamento e contempladas as despesas de conservação
do patrimônio público, nos termos em que dispuser a lei de diretrizes
orçamentárias.’
O relatório dos projetos em andamento, enviado junto ao PLOA/2025 (Quadro XXXIV), mostra
que existem 40 projetos que ultrapassam o exercício de 2024, 36 com andamento normal, 2
com andamento atrasado e 2 outros paralisados.
Observa-se que no PLOA/2024 existiam 47 projetos que ultrapassam o exercício de 2023,
sendo 45 em estágio de progresso classificado como normal e 2 em estágio atrasado.
Por fim, ressalta-se que foi juntado, no Anexo X – Demonstrativo de Obras e Serviços com
Indícios de Irregularidades Graves, o Ofício nº 021/2024 – Segedam (Ref. Processo TCDF nº
00600-00002556/2024-48) do qual consta o que se segue:
“Informo que no âmbito administrativo desta Corte de Contas inexistem
obras ou serviços com indícios de irregularidades graves.”
III – CONCLUSÕES
A análise do PLOA/2025 foi efetuada de modo a verificar se o conteúdo e a forma de
apresentação do projeto atendem plenamente às disposições constitucionais e legais
pertinentes. Deve-se destacar que eventuais análises não compreendidas nesse parecer ficarão
a cargo do relator geral em sua respectiva apreciação do Parecer Geral.
Após este trabalho de avaliação do PLOA/2025, não somente dos aspectos legais, mas
daqueles que dizem respeito ao mérito do projeto, verifica-se a necessidade de que o Poder
Executivo esclareça ou complemente algumas questões sobre o orçamento em análise.
No que tange aos aspectos do PLOA/2025 que suscitaram a necessidade de maiores
informações pelo Poder Executivo, a Lei Orgânica do DF dispõe, no art. 155, dispõe que “ ao
Poder Legislativo é assegurado amplo e irrestrito acesso, de forma direta e rápida, a qualquer
informação, detalhada ou agregada, sobre a administração pública do Distrito Federal ”.
Nesse sentido, visando ao esclarecimento ou complementação sobre os aspectos do projeto de
lei orçamentária para o exercício de 2025, fazemos a seguinte solicitação de informações ao
Poder Executivo.
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.121
III.1 – INFORMAÇÕES E ESCLARECIMENTOS COMPLEMENTARES AO PLOA/2025
1) Identifica-se que o PLOA/2025 contempla um crescimento nominal médio de 9,8% em
relação à dotação inicial da LOA/2024 mas projeta um crescimento de 25,7% para o Orçamento
da Seguridade Social e em contrapartida projeta redução de 19,7% para o Orçamento de
Investimentos. Indaga-se:
Quais as justificativas para o crescimento do orçamento da seguridade em níveis muito
superiores ao conjunto do orçamento?
Qual o fenômeno econômico que levou o governo a prever redução do orçamento das
estatais em 19,7%?
2) De acordo com os art. 7º do PLOA/2025 fica autorizada a transposição, o remanejamento e a
transferência de dotações de uma unidade orçamentária para outra já existente ou que venha a
ser instituída. Por sua vez consta do art. 9º que o órgão central do Sistema de Planejamento e
Orçamento do Poder Executivo autorizado a movimentar as dotações atribuídas às unidades
orçamentárias. Pergunta-se:
O conteúdo desses dois dispositivos não fere o deveria ser veiculado por leis específicas
conforme necessidade ao longo do exercício financeiro?
3) O PLOA 2025 não foi instruído com o demonstrativo complementar exigido pelo inciso XVII
do art. 6º da LDO/2025 - “DEMONSTRATIVO DAS PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS” .
Solicita-se a elaboração e encaminhamento deste demonstrativo antes da aprovação dos
pareceres parciais, ou seja, até o dia 12 de novembro do corrente ano.
4) Quais as justificativas para as constatações obtidas da análise de compatibilidade entre o
PPA 2024-2027 e o PLOA/2025 elencadas no item II.2.4.1– Ações Constantes do PPA 2024-
2027 sem Dotação no PLOA/2025 deste parecer?
5) Identifica-se na proposição em comento que as dotações destinadas ao pagamento das
despesas decorrentes do Passe Livre Estudantil, diferentemente da LOA 2024, integram o
orçamento da Secretaria de Estado de Educação do DF – SEDUC e não mais as da Secretaria
de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana do DF - SEMOB. Considerando que a inserção
das despesas com o a concessão do Passe Livre Estudantil no orçamento da SEDUC, e na
função 12 tem o condão de impactar os mínimos constitucionais relativos às despesas com
educação. Questiona-se:
Qual o fundamento técnico e legal para tal modificação?
Há algum mecanismo de controle que permita apurar o custo do PLE a ser imputado aos
limites de aplicação na educação seja exclusivamente aqueles referentes aos custos
decorrentes dos deslocamentos dos estudantes nos trajetos casa-escola e escola-casa
expurgando-se os demais dos limites da educação?
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.122
6) Consta do PPA 2024-2027 previsão da ordem de R$ 431.555.249,75 para o exercício de
2025, destinada à ação orçamentária “9099 - Revisão Geral da Remuneração dos
Servidores” mas não há correspondente previsão orçamentária na PLOA 2025. Ante ao
exposto questiona-se: não se considera promover recomposição salarial dos servidores do DF?
7) Identifica-se que há previsão de decréscimo de 4,7% no total da arrecadação do IPTU. Qual
a razão do decréscimo previsto?
8) Destacou-se neste parecer que chama a atenção o alto percentual de inadimplência média do
IPTU, do IPVA e da TLP no triênio 2025-2027 (24%, 17% e 16% da estimativa da receita bruta,
respectivamente) em relação aos demais tributos (o ICMS, por exemplo, é de 4%). Na soma dos
três anos, estima-se deixar de receber por inadimplência no pagamento desses três tributos
aproximadamente R$ 2,8 bilhões. Quais as justificativas para se ter previsão de inadimplência
tão elevada para IPTU, IPVA e TLP?
9) Verifica-se que no Quadro XXI - Demonstrativo de Aplicação Mínima FAP, FAC, FDCA,
PRECATÓRIOS E FUNDF não se fez constar o limite mínimo para pagamento de precatórios e
que a dotação alocada para esta despesa é de R$ 88,9 milhões. Identifica-se no RGF do 2º
quadrimestre de 2024, no “Demonstrativo da Dívida Consolidada Líquida Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social” que estão contabilizados R$ 9,5 bilhões relativos a ”
Precatórios Posteriores a 05/05/2000 (inclusive) - Vencidos e não pagos” . Diante disto
indaga-se:
Qual a razão para não estar explicitado o limite mínimo para pagamento de precatórios
nos demonstrativos da LOA/2025, especialmente em face de que em 2024 para essa
mesma despesa já foi empenhado, até 10/10 R$ 436,21 milhões?
Qual o estoque atual de precatórios pendentes da administração direta e indireta do DF?
Qual a razão de a dotação prevista para 2025 ser significativa menor do que o montante
pago em 2024?
Qual montante de recursos depositados junto ao TJDFT para fins de pagamento de
precatórios?
10) Identifica-se, ainda com relação às dotações de custeio do PLE que foram criados diversos
programas de trabalho para cada nível de ensino e tipo de beneficiário. Pergunta-se:
Foi criado um programa de trabalho denominado “Concessão de Passe Livre - PLE -
Outros – Distrito-Federal” , com dotação prevista de R$ 132 milhões. A quais
beneficiários se destina a despesa contemplada no referido subtítulo?
Não previsão de pagamento de passe livre estudantil para alunos do ensino superior?
Caso haja indaga-se o valor previsto para 2025 bem como o programa de trabalho a ser
utilização para fazer face a tal despesa.
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.123
11) No tocante às Despesas com Pessoal e Encargos Sociais, evidencia-se que o crescimento
esperado de 2024 para 2025 (+5,4%) é inferior à metade do crescimento verificado de 2021
para 2022 (+12,8%) e do apurado de 2023 para 2024 (+13,1%). Neste sentido questiona-se: o
valor adotado está adequadamente dimensionado?
12) Em relação às “Outras Despesas Correntes”, que representam cerca de 40% da categoria
econômica das Despesas Correntes, observa-se uma redução do valor fixado de 2024 para
2025 (-3,6%). Todavia, nos anos anteriores analisados, a variação foi positiva em, pelo menos,
6,0%. Desta forma indaga-se: não se está adotando valores subestimados para o referido
grupo?
13) Em contraste com a tendência observada nas Despesas Correntes, observa-se um
aumento expressivo de 48,0% nas Despesas de Capital. Considerando a variação demonstrada
nesta categoria econômica entre 2022 e 2023, de 14,3%, questiona-se: esse incremento não
representa um possível superdimensionamento das despesas previstas?
14) A Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025 (LDO/2025), Lei nº 7.549/2024, contém o Anexo
VI-Margem de Expansão, referente a Margem de Expansão das Despesas de Caráter
Obrigatório, conforme exigido pelo art. 4º, inciso V, da LRF. No citado anexo, são listadas 20
despesas obrigatórias do Distrito Federal, com estimativas para o exercício de 2024 bem como
a previsão para 2025. Analisando-se cada um desses 20 itens da LDO/2025 e comparando-se
os valores constantes PLOA/2025, é possível notar diversas diferenças que chamam atenção.
Por exemplo, no item 2 sobre “Complementação do Programa Bolsa Família” constava R$ 287,9
milhões (coluna G) previstos para 2025 na LDO/2025, mas na PLOA/2025 R$ 125,7 milhões
(coluna L), com uma diferença a menor de R$ 162,2 milhões (coluna M), ficando mesmo abaixo
dos valores empenhados em 2023 (coluna J) e dos estimados para 2024 (coluna K), com base
em valores projetados pró-rata com base na execução orçamentária até set/2024. Caso similar
ocorre com o item 10 de Sentenças Judiciais que na LDO/2025 tinha previsão de R$ 1,0 bilhão
(coluna G), mas na PLOA/2025 tem apenas R$ 238,1 milhões, ficando R$ 813,2 milhões abaixo
do PLOA e R$ 664,8 da estimativa pró-rata para 2024. Por outro lado, o item 12 de Serviço da
Dívida, tinha previsão na LDO/2025 de R$ 286,9 milhões (coluna G) e na PLOA/2025 tem um
valor estimado de R$ 1,3 bilhão (coluna L) ficando R$ 1,0 bilhão acima do inicialmente previsto
na LDO/2025. Então, pergunta-se, quais os motivos para desvios tão grandes para os itens 2, 3,
5, 8, 9, 10, 11, 12, 14, 17 e 19?
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15) Em razão à compatibilização do Anexo de Metas Fiscais (AMF) da LDO 2025 com o PLOA
2025, nota-se que a meta de Resultado Primário estabelecida no AMF da LDO vem sendo
negativa há vários anos. Na comparação entre o PLOA 2025 e a LDO 2025, verifica-se que as
Receitas Primárias Correntes (exceto FONTES RPPS) (I) apresentam um valor superior de
831,7 milhões no PLOA, enquanto as Despesas Primárias (exceto FONTES RPPS) (II) são
inferiores em 96,2 milhões no PLOA. Diante disso, questiona-se se a metodologia utilizada para
a elaboração do AMF da LDO não carece de revisão, dado o descompasso contínuo entre
esses números e os registrados nos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO).
Caso não seja essa a questão solicita-se sejam detalhados os fatores específicos contribuíram
de forma mais significativa para a discrepância observada para o ano de 2025.
16) Em decorrência da análise da receita, especialmente considerando o contido no Quadro II.
3.8. Renúncia de Receita de ICMS apurou-se que a reestimativa de renúncia tributária prevista
para oito benefícios de ICMS foi de R$ 37,8 milhões (PLOA 2024, para o exercício de 2025)
para R$ 2,75 bilhões (PLOA 2025, para o exercício de 2025), o que representa um aumento de
7.277%. Pergunta-se: a que se deve essa expressiva elevação?
III.2 – PARTE CONCLUSIVA DO VOTO
Por fim, considerando que o Projeto de Lei nº 1.294, de 2024, que “Estima a Receita e fixa a
Despesa do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2025”, tramita regularmente na forma
do Regimento Interno da Câmara Legislativa, voto pela APROVAÇÃO deste Parecer
Preliminar e da solicitação das informações complementares ao Poder Executivo, cujas
respostas espera-se sejam apresentadas a esta CEOF até o dia 06 de novembro, na Audiência
Pública de apreciação da PLOA 2025.
Sala das Comissões, em ___ de ___ ______ de 2024.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA
Relator
Este parecer consta de 3 partes distintas
Parte 3/3
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 1º Andar, Sala 1.43 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8680
www.cl.df.gov.br - ceof@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 14/10/2024, às 13:04:53 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.132
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 136230 , Código CRC: 3ac4d346
PL 1294/2024 - Parecer - 4 - CEOF - Aprovado(a) - Parecer Preliminar Parte 3/3 - (136230) pg.133
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 87/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 87ª
(OCTOGÉSIMA SÉTIMA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL
PARA DEBATER AS POLÍTICAS DE PROTEÇÃO
ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES E O
ATENDIMENTO DOS EGRESSOS DOS SERVIÇOS DE ACOLHIMENTO,
DE 10 DE OUTUBRO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H04MIN TÉRMINO ÀS 19H17MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Declaro aberta a presente sessão ordinária.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Pastor Daniel de Castro a secretariar os trabalhos da mesa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Boa tarde, presidente, boa tarde a todos que
assistem a nós pela TV Câmara Distrital, nossos assessores.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 85ª Sessão Ordinária;
– Ata Sucinta da 36ª Sessão Extraordinária.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem
observações as atas mencionadas.
Em razão da aprovação do Requerimento nº 1.638/2024, de minha autoria, a sessão ordinária
de hoje será transformada em comissão geral para debater as políticas de proteção às crianças e
adolescentes e o atendimento dos egressos dos serviços de acolhimento.
(A sessão transforma-se em comissão geral.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Está suspensa a presente comissão geral.
(Suspensa às 15h08min, a comissão geral é reaberta às 15h26min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Declaro reaberta a comissão geral para debater
as políticas de proteção às crianças e adolescentes e o atendimento dos egressos dos serviços de
acolhimento no Distrito Federal.
A ideia desta comissão geral surgiu do diálogo junto à Fiocruz e da conversa com os
adolescentes do projeto Territórios da Construção de Si.
Em primeiro lugar, quero agradecer demais à Fiocruz e aos adolescentes que vieram aqui hoje.
Agradeço também às diversas secretarias do GDF que convidamos e estão presentes. Isso é muito
importante.
Eu queria fazer um combinado um pouco fora do roteiro normal com vocês. Toda vez que há
audiência pública ou comissão geral no plenário, o protocolo estabelece que as autoridades se sentem
à mesa e, depois, abrimos a fala aos participantes. Eu queria inverter a ordem e convidar os
adolescentes para compor a mesa para que eles falem sobre as suas experiências, as suas questões; e
a nossa mesa estendida vai ficar aí embaixo com as representações das secretarias, que falarão depois.
Podemos combinar assim? Agradeço pela compreensão.
Acho que será um dia bonito, importante e com muitas emoções. Mas também esperamos sair
daqui com combinados e encaminhamentos, pensando em como podemos construir juntos esse
processo.
Neste momento, convido para fazer parte da nossa mesa os nossos protagonistas de hoje.
Convido o Aleksandro Leandro de Souza; o David Alcides dos Santos... Eles ainda estão lá fora se
preparando? (Pausa.)
Como eles estão se preparando, eu vou chamar, para também dividir a mesa conosco, a
diretora da Fiocruz, Fabiana Damásio. Obrigado, Fabiana. (Palmas.)
A Fabiana coordenou esse projeto tão legal, o Territórios da Construção de Si, que ficamos
muito felizes de conhecer. Gostaria que a senhora falasse um pouco do projeto e da parceria da
Fiocruz.
Nós tentamos passar um vídeo institucional que conta um pouco desse processo, mas hoje é
um dia de dificuldades tecnológicas. O SEI do GDF está fora do ar hoje e não conseguimos mandar
nenhum ofício para o GDF. Parecia um dia de folga, um dia em que não conseguimos encaminhar
ofícios. Está suspenso o barramento do sistema eletrônico. E a internet da Câmara Legislativa também
está meio instável.
Eu e o deputado Fábio Félix, presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos,
Cidadania e Legislação Participativa, até realizamos uma audiência pública pela manhã, Fabiana, sobre
a questão do uso celular nas escolas. Fizemos um debate sobre proibir ou não o uso de celular nas
escolas, sobre como organizar isso, sobre a necessidade das tecnologias. E, no dia em que a internet
não funciona bem, vemos como ficamos tão reféns desse negócio. Não conseguimos viver. Ficamos
agoniados. Não funciona nada.
Os adolescentes chegaram. Então, gostaria de convidar para compor a nossa mesa o
Aleksandro Leandro de Souza; o David Alcides dos Santos; a Tainá Elisângela Nascimento Sousa e o
Estênio Eduardo da Silva Santos. (Palmas.)
Neste momento, gostaria de fazer o registro – agradeço mais uma vez – da presença do Diego
Moreno, subsecretário de políticas públicas para crianças e adolescentes, representante da Secretaria
de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal. Muito obrigado, Diego. O Diego tem sido muito
presente nos debates desta casa, ele é sempre muito solicito. A Sejus está presente na presença do
subsecretário. (Palmas.)
Diego, vou pedir para você levantar a mão, para a TV Câmara Distrital conseguir focar em
você, de modo que quem está assistindo a nós saiba quem é você e para que quem está aqui possa
direcionar os questionamentos.
Agradeço a presença da Aline Pereira, da Gerência de Serviço de Acolhimento de Crianças,
Adolescentes e Jovens da Sedes, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social. Aline, muito
obrigado pela sua presença e por representar a nossa Sedes, que tem a tarefa tão importante de
articular e coordenar o nosso Suas. (Palmas.)
Agradeço a presença da Patrícia Souza Melo, diretora de Serviços de Apoio à Aprendizagem,
Direitos Humanos e Diversidade, representando a Secretaria de Estado de Educação do Distrito
Federal. A educação é a minha casa. Tenho muito orgulho de ser servidor da Secretaria de Educação.
(Palmas.)
Convido para compor a mesa o Aleksandro Leandro de Souza e o Estênio Eduardo da Silva
Santos. (Palmas.)
Com todo o respeito aos secretários, às secretárias, hoje a nossa mesa está muito mais bonita,
muito mais legal.
Agradeço a presença da Valdete Andrade, que representa a Companhia de Desenvolvimento
Habitacional do Distrito Federal, a nossa Codhab. (Palmas.) É importante pensarmos juntos sobre
políticas de habitação, inclusive para jovens egressos do sistema, que saem da política pública de
acolhimento. É fundamental que haja uma política habitacional para eles.
Agradeço a presença de uma pessoa muito parceira, que sempre está presente em nossos
debates, Fernanda Falcomer, diretora de Saúde Mental da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito
Federal, nossa Dissam. (Palmas.) Fernanda, hoje, dia 10 de outubro, é o Dia Mundial da Saúde Mental.
Este é um debate muito presente não só nesta pauta, mas no dia de hoje. É preciso reforçar que,
segunda-feira, estivemos juntos para discutir a política de saúde mental no Distrito Federal; como
podemos superar essa lógica, não só no Distrito Federal, mas também no Brasil e no mundo todo, de
uma agenda muito manicomial quando falamos de saúde mental; e como podemos avançar na
consolidação da reforma psiquiátrica.
Agradeço a presença da Carine de Cássia Souza, diretora de Estratégia Saúde da Família, da
Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal. (Palmas.)
O Ministério Público também está presente, na pessoa da Luisa de Marillac, nossa promotora
de justiça de Defesa da Infância e da Juventude do Ministério Público do Distrito Federal. Ela tem sido
uma grande aliada das diversas lutas desta cidade. (Palmas.)
Convidamos para participar desta comissão a promotora Rosana Viegas, da promotoria de
Defesa dos Direitos Individuais, Difusos e Coletivos da Infância e da Juventude do Ministério Público.
Ela já está a caminho.
A pedido deles e delas, convidamos a Secretaria de Estado do Trabalho. Até agora não chegou
um representante. Peço para a nossa assessoria avisar, assim que ele chegar, para anunciar a
presença dele e o trazermos para a mesa.
Primeiro, vamos ouvir a mesa, nessa inversão. Vamos começar com a Fabiana, que vai
apresentar um pouco do projeto, do programa. Depois, nós vamos passar a palavra para vocês, que
podem ficar à vontade, podem falar daí ou usar a tribuna. Usar a tribuna é bom, porque vamos nos
preparando para um dia estar aqui também, pois precisamos de mais pessoas como nós nesta casa.
Então, já vamos fazer esse exercício como teste. Fiquem à vontade, se quiserem falar daqui sentados,
ou se quiserem falar da tribuna. Depois da fala dos 5, passaremos para as nossas autoridades que
também, gentilmente, entenderam essa composição – e eu lhes agradeço mais uma vez.
Se alguém quiser fazer uma nova manifestação, procurem a nossa turma no plenário. Eu vou
identificar o Magno e a Bia, que estão ali sentados. Quem quiser fazer uso da palavra, ou também se
identificar para anunciarmos a presença, podem chamá-los que eles vão anotar o nome de vocês e
trarão para a nossa mesa.
Concedo a palavra à Fabiana Damásio, da nossa queridíssima Fiocruz.
FABIANA DAMÁSIO – Boa tarde a todas as pessoas presentes.
Fico muito feliz de estar nesta casa hoje, deputado Gabriel Magno, nosso parceiro. Que bom
que você fez essa inversão, trazendo os nossos meninos para a mesa para participarem desta
audiência tão importante, hoje, no Dia Mundial da Saúde Mental. Para mim, esse é um grande exercício
de cidadania e de reconhecimento dos direitos dos jovens.
Em uma legislação tão recente, digamos assim... Se formos pensar, a Política Nacional de
Juventude é de 2013, portanto, o jovem, como sujeito de direitos, ainda tem uma caminhada para
conseguir realmente sustentar e garantir esses direitos.
Quero saudar todas as autoridades, as representações institucionais presentes e dizer o quanto
é importante vocês estarem nesta casa hoje para a promoção desse diálogo com os jovens.
Faço uma saudação especial a todos os nossos jovens que vêm trabalhando conosco como
pesquisadores e que têm feito um trabalho brilhante no exercício de cidadania, ocupando as
conferências, ocupando vários espaços como este.
Contando um pouco da história, eu não poderia começar sem registrar que as palavras aqui por
mim ditas hoje, deputado, representam o nosso coletivo. Registro a Fernanda Severo, a Lorena Padilha
e o André Guerreiro, que são do Núcleo de Saúde Mental Álcool e Outras Drogas, que vêm fazendo
esse trabalho, por meio da Fiocruz, no território do Distrito Federal, por uma provocação do Ministério
Público do Distrito Federal e Territórios – não é, doutora Luisa? Hoje, vemos o quanto é importante
realizarmos essa atividade intersetorial em parceria com o ministério. Então, eu diria que as palavras
aqui ditas me representam e sinto-me à vontade de dizer isso com a nossa equipe, que representa o
nosso coletivo.
Hoje, dia 10 de outubro, Dia Mundial da Saúde Mental, convergindo também com essa
perspectiva, o Ministério da Saúde está realizando, por esses 2 dias, uma defesa da saúde mental dos
jovens, organizada pela doutora Sônia Barros. E, aí, quero destacar um ponto que foi discutido hoje de
manhã, que é algo sobre o qual precisamos refletir, aproveitando que estamos em uma mesa com
jovens. Todos os anos há um tema e, neste ano, é Saúde Mental e Trabalho.
Então, em uma mesa de jovens, farei 2 comentários. Um é que chega de trabalho infantil! Que
nenhum trabalho infantil seja permitido, porque sabemos o quanto isso é adoecedor. O outro diz
respeito à condição que precisamos dar aos jovens para que eles tenham uma inserção digna no
mundo do trabalho e, a partir daí, possam construir um futuro promissor, um futuro realmente digno,
como eles merecem.
Então, hoje, relativo ao tema Saúde Mental e Trabalho, a primeira questão que eu deixo
registrada é esta: que possamos ter esse olhar atento, para que, realmente, possamos criar condições
possíveis para os nossos jovens se inserirem no mundo do trabalho e poderem ter direito a um futuro.
Vejo que, se nós estamos falando de direito, de exercício de cidadania, que eles tenham o direito de ter
futuro.
Eu vou falar rapidamente aqui, pois acho que o que nos interessa é ouvirmos os jovens. A
pesquisa Territórios da Construção de Si, construída com o Ministério Público do Distrito Federal e
Territórios, permitiu-nos aprofundar na compreensão das experiências e desafios enfrentados pelos
jovens no DF. Para nós, ela representa um marco importante na saúde mental em situações de
vulnerabilidade social. Com isso, conseguimos ampliar as nossas perspectivas sobre a participação e o
controle social junto com os jovens.
Eles estão aqui com a camisa laranja, estavam todos na 17ª Conferência Nacional de Saúde,
marcando presença, colocando seus direitos e se afirmando como sujeitos de direitos que fazem
escolhas e que precisam estar inseridos em todos os debates que lhes dizem respeito. A pesquisa foi
realizada exatamente para sustentarmos o protagonismo juvenil. Essa é a perspectiva com a qual a
Fiocruz vem trabalhando, por meio da agenda Jovem Fiocruz, em nível nacional. Esse trabalho se soma
a um conjunto de trabalhos realizados em nível nacional, com essa direcionalidade da pesquisa. Eu
gostaria de reforçar esse ponto.
O que observamos, o que construímos com os jovens nos permite dizer que pensamos da
mesma forma como o deputado Gabriel Magno se posicionou, colocando todos os jovens aqui
sentados. Esta foi a nossa perspectiva, como instituição de ciência e tecnologia: como poderíamos
também legitimar o lugar dos jovens como de jovens pesquisadores. Então, foi a partir daí que não só
uma pesquisa foi realizada, mas também uma formação de toda a turma jovem que está aqui como
jovens pesquisadores que conseguem construir perguntas e que são instigados e provocados para
construir estratégias de investigação.
Nós íamos passar um vídeo, mas, como o deputado Gabriel Magno disse, houve um problema.
Eles desenvolveram entrevistas com profissionais de saúde mental, com outros jovens, e, a
partir daí, foram construindo essa agenda, seja na 17ª, seja na 5ª Conferência Nacional de Saúde
Mental, que também foi uma grande conquista para todos nós. Nós reconhecemos que, a partir dos
resultados da pesquisa, estabeleceu-se um cenário de complexidade em torno da experiência de
desinstitucionalização.
Quando há todas essas representações presentes, é fundamental que consigamos expandir os
serviços de apoio para uma transição para a vida adulta, fortalecendo as redes intersetoriais, investindo
em moradia assistida, em oficinas de profissionalização, acesso ao trabalho assistido e tantas outras
modalidades de inserção social nas quais podemos pensar juntos, com acompanhamento social e
psicológico, para que consigamos trabalhar nos jovens a questão da autonomia.
Hoje eles estão participando desse espaço de cidadania, e vou, portanto, finalizar a minha fala
me dirigindo a vocês, jovens. Em nome da Fiocruz, quero dizer que somos nós que aprendemos com
vocês, todos os dias, fazendo esse exercício. Vocês são protagonistas de uma transformação
significativa não só da vida de vocês, mas das nossas. Nós também estamos aprendendo.
Eu vejo que este momento é histórico. Muitos jovens, ou todos – não vou saber dizer –, talvez
nunca tenham tido essa oportunidade de estar nesse espaço, conversando com autoridades e sendo
legitimados na Câmara Legislativa. Vejo que só o fato de estarmos aqui, conversando e construindo
uma agenda, já é um grande passo.
Agradeço a vocês, que depositaram confiança em nós, e seguimos construindo um
conhecimento sobre o território a partir das experiências pessoais. Nós sabemos que conseguimos, a
partir dessa interação com vocês, valorizar também o saber local e que podemos seguir adiante,
encarando de forma coletiva as dificuldades e os desafios presentes, para que vocês possam ser
sujeitos de direitos e exercer plenamente a cidadania.
Eu me lembrei de uma música do Milton Nascimento que diz: “Porque se chamavam homens,
também se chamavam sonhos, e os sonhos não envelhecem”. Que esse espaço seja usado,
principalmente, para reforçar o direito dos jovens de sonhar!
Muito obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Fabiana.
Concedo a palavra ao Estênio Eduardo da Silva Santos.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Boa tarde, pessoal. Boa tarde a todos os que estão
aqui. Boa tarde, adolescentes presentes nesta plenária.
Meu nome é Estênio Eduardo, como o deputado disse. Eu tenho 18 anos. Ainda estou em
acolhimento. Tenho 2 irmãos em situação de acolhimento, o Rian Eduardo e o Kailan Eduardo, que
também estão presentes aqui.
Viemos aqui hoje para mostrar para vocês a realidade, mostrar um pouquinho do que
queremos, do que precisamos e do que temos sede.
É isso. Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Estênio.
Concedo a palavra para a Tainá Elisângela.
TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Boa tarde a todos.
Meu nome é Tainá Elisângela. Tenho 17 anos. Não estou mais em serviço de acolhimento, pois
fui adotada. Sou mãe. O meu filho tem 2 anos e 3 dias, está comigo e foi adotado junto comigo.
É isso. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá.
Concedo a palavra ao David.
DAVID ALCIDES DOS SANTOS CUNHA – Boa tarde.
Meu nome é David Alcides dos Santos Cunha. Eu tenho 18 anos. Sou morador do DF mesmo,
venho do Itapoã. Tenho 9 irmãs, mulheres. Sou o décimo filho homem da minha família.
Como o meu companheiro Edu disse, estamos aqui hoje para conversar um pouco sobre as
coisas que queremos. Queremos ser ouvidos para que se tome um rumo na mudança.
É isso. Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Concedo a palavra ao Aleksandro Leandro de
Souza.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Olá a todos.
Vejo que aqui há poucos jovens, mas já é de grande importância a presença deles, apesar de
eu achar que deveria haver mais presentes.
Como o deputado falou, sou Aleksandro Leandro de Souza. Sou paulista, nasci em Mauá, São
Paulo, mas moro atualmente aqui – sinceramente, moro mais aqui, pois só nasci lá. Eu tenho 18 anos.
Já fui de serviço de acolhimento – já estive em 2 deles, um que se localizava em Goiás, Anápolis, e o
outro que se localiza aqui em Brasília, que é a Casa de Ismael. Eu tenho morado em serviço de
acolhimento quase a minha vida toda, mais de 10 anos.
Viemos aqui e esperamos que não seja a primeira e única vez. Que esta oportunidade ocorra
mais vezes não somente para nós, mas para mais jovens.
Hoje temos a oportunidade de representar pessoas e trazer realidades de quem, muitas vezes,
não tem o direito de fala. Hoje temos esse direito e é isso que queremos. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aleksandro.
Agora que se apresentaram, devolverei a bola para que vocês comecem a expor as suas
demandas. Vou tentar dividir a abordagem em 2 eixos mais gerais.
O primeiro deles é quanto aos desafios do serviço do acolhimento, enquanto eles estão lá. Há
desafios e dificuldades deste momento do acolhimento, propriamente dito, quanto à relação, à
sociabilização, à saída da casa para a escola, para as dinâmicas, para as oportunidades; quanto à
autonomia, porque estar sob cuidados de uma entidade que presta um serviço complementar, no caso,
do Estado, não significa perder a identidade, perder a autonomia, perder a própria dinâmica de
construção da sua vida e perder o acesso aos serviços públicos a que todos têm direito, seja a
educação, seja o direito à cidade, o direito de ir e vir, de se locomover, seja o direito à alegria, à
felicidade, à cultura, à festa, à sociabilização. Então, o primeiro eixo diz respeito aos desafios, quando
os adolescentes estão sob este cuidado, ao chegar às entidades, enfim, nos serviços que o Estado
oferece, sejam conveniados ou não, mas no serviço de acolhimento.
Talvez, também nesse mesmo eixo, abordar o desafio de como atender toda a demanda. Esse
é um problema e um desafio. Sabemos que é preciso expandir este serviço. Nunca podemos tratar
direito como favor. Quando um jovem, um adolescente, uma criança estão acolhidos numa dessas
casas, a relação não é de favor. Não devemos pensar: “Agora que você está aqui, agradeça por isso”.
Não! Eles têm o direito de estar ali e têm outros direitos a serem garantidos, os quais são
potencializados nesse processo.
O segundo eixo dos nossos desafios é quanto à saída. Alguns aqui já são egressos do sistema.
São os desafios depois que saem do sistema – o Estênio Eduardo estava contando sobre a sua
situação, ele está neste processo de saída. As pessoas continuam existindo, mesmo depois que passam
por algum serviço do Estado, e este tem responsabilidade sobre elas. Sair do serviço de acolhimento é
algo que acontece, geralmente, do dia para a noite. Amanhã, acabou o prazo. Abre-se a porta e vem a
pergunta: “O que eu vou fazer?” A pessoa continua existindo, com suas demandas e necessidades.
Como pensamos isso?
Agradeço a presença de todos e todas vocês aqui, porque vamos precisar pensar uma política
intersetorial neste caso. É preciso conectar uma série de áreas. Como o SUS pode garantir o
acompanhamento deste processo? Muitos vão precisar, Fernanda, de um Caps, de um
acompanhamento mais específico. Como podemos garantir, na política do Suas, no caso sob o âmbito
da Secretaria de Desenvolvimento Social, também um processo de acompanhamento, não só pela
garantia de benefícios continuados mesmo após estarem fora das unidades, como também da
segurança alimentar e nutricional? Como conseguimos garantir que essas pessoas tenham acesso ao
conjunto dos direitos plenos para a manutenção da sua vida?
Como pensamos, juntamente com a Codhab, sobre moradia? Nós estamos falando, inclusive,
sobre isso nesse processo: você tem uma casa e, de repente, não a tem mais. Como esses processos
se relacionam? Há a possibilidade de, por exemplo, se pensar em residências coletivas de jovens. Há
instrumentos e experiências para isso. Podemos pensar e articular um programa habitacional de
moradia específico com esse recorte. Recentemente, nós vimos o Minha Casa Minha Vida, por exemplo,
isentando das prestações quem está no Cadastro Único. Por que nós não podemos pensar em algo
nesse sentido também, aqui no Distrito Federal, para esses jovens acessarem uma unidade
habitacional com essas condições?
Na área de educação, como podemos pensar que o sistema educacional continue
acompanhando e acolhendo, mesmo que na educação básica? Se você terminar o ensino médio, quais
são as condições para continuar os estudos, para entrar, seja no ensino superior, seja numa
preparação técnica ou de qualificação profissional para o mundo do trabalho? Além disso, como
podemos pensar em uma política de geração de emprego e renda? Uma política com esse recorte
específico precisa ser pensada para essa turma. É possível o Estado pensar em uma política voltada às
crianças e adolescentes que saem do sistema de acolhimento e o Estado acolhê-los com um programa
de geração de emprego e renda, com estágios remunerados ou com bolsas remuneradas para também
desenvolverem a sua própria autonomia, pensando-se até em reservas de vagas, se necessário for, no
mercado de trabalho ou de parceiras?
Eu tenho questionado muito nesta casa, meninas e meninos, ao olhar para o orçamento público
do Distrito Federal, o tanto que nós estamos gastando o nosso orçamento – que é nosso, é dinheiro do
conjunto da sociedade – com benefício fiscal, por exemplo, para os empresários da cidade, o chamado
setor produtivo da cidade. Este ano foram 9 bilhões de reais de renúncia fiscal que o Estado colocou no
orçamento para essas empresas. Qual é a contrapartida desses 9 bilhões de reais? Não é a geração de
emprego e renda? Nós não podemos, então, cobrar e ter uma política específica, já que o Estado está
gastando tanto? Nove bilhões de reais são quase o orçamento inteiro da saúde, são quase todo o
orçamento da educação. Talvez seja maior que o orçamento de várias secretarias presentes, hoje. Não
é possível, então, que pensemos numa contrapartida devido a esses 9 bilhões que nós estamos
deixando de arrecadar das empresas, que essas empresas tenham que ser obrigadas a contratar esses
jovens, por exemplo? Podemos pensar em instrumentos como esses, que são, obviamente, possíveis;
diante da realidade do cenário atual, eu acho que são, inclusive, contrapartidas necessárias.
Eu quero abrir a discussão com essas questões, para pensarmos, talvez, em uma maneira de
organizá-las e devolver para vocês. Podemos debater essas questões até de maneira menos
organizada, pode ser na mesma ordem, para abordar essas realidades e esses desafios que vocês
viveram e estão vivendo. Depois, devolveremos a bola para as nossas secretarias.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Entendi. Nós nos organizamos para termos um bate-
papo, para conversar com vocês de uma maneira menos formal, e levar para vocês quais são as nossas
demandas.
Nós iremos começar com assuntos importantes, abordados em conferências, reuniões. Em
todos os assuntos que falarmos aqui, não estaremos representando somente a nós aqui da frente, mas
estaremos representando os adolescentes de todas as casas de acolhimento do Distrito Federal. Aqui,
eu não vou representar só o Estênio, minha fala não vai ser só para o Estênio, mas para todos os
adolescentes que estão presentes e todos os adolescentes que não estão presentes.
Agora eu passo a fala para o meu colega Aleksandro, para começarmos um bate-papo.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Como o Estênio acabou de falar, trabalhamos muito
nesses tópicos. São assuntos bem importantes. Trabalhamos em reuniões. Na verdade, estamos juntos
aqui nesse grupo há quase 2 anos. São reuniões que podem ter ocorrido neste ano, podem ter ocorrido
no ano passado. Houve também reuniões importantes, principalmente com jovens, em conferências,
em lugares importantes que, muitas vezes, não tínhamos acesso, mas tivemos. Foram assuntos
estudados com cuidado e debatidos. O que trazemos podem ser problemas, mas podem ser soluções
também. Foram assuntos também disponibilizados pela Fiocruz, juntamente com o Ministério Público.
Então é isso. Vamos debater e queremos a solução.
TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Agora eu vou ler o primeiro tópico que
escolhemos.
Condições de vida dos egressos e das unidades de acolhimento, moradia, trabalho e renda.
1. Despreparo para a vida financeira.
Mesmo que não seja com todos os acolhidos, muitos adolescentes não acessam parte do
dinheiro dos seus estágios. Unidades dizem que é para juntar dinheiro e ser gasto na saída do
acolhimento. Porém, adolescentes não conseguem ter independência para comprar itens básicos: tênis,
roupa, ir ao cinema etc. Muitos dizem da autonomia do adolescente, mas não dão meios para ele se
sentir independente.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Sobre esse tópico que trouxemos, a maioria de nós
adolescentes que estamos dentro do acolhimento fazemos parte do programa Jovem Aprendiz. Trago,
de novo, que essas falas aqui não são exatamente sobre mim, podem ser sobre outra pessoa que está
aqui, podem ser sobre outro adolescente... Adolescentes trouxeram pontos que vamos discutir.
O adolescente recebe seu dinheiro e não está sendo passado para ele. Ok, eu entendo. Está
sendo guardado. Mas o adolescente, enquanto trabalhador, enquanto jovem aprendiz, vai querer fazer
o quê? Ele vai querer, no final de semana, usar o seu dinheiro para ir ao shopping, para comprar uma
coisa de que ele precisa, como uma roupa, vai querer sair, se divertir. Afinal, querendo ou não, somos
adolescentes. E nós adolescentes gostamos de lazer – nós temos direito ao nosso lazer! É isso o que
quero dizer. Agora vou passar a palavra para o meu colega Aleksandro.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Existem, sim, meios nos serviços de acolhimento, mas
acho que não são todos que têm aquela proteção. Muitas vezes, os egressos começam a trabalhar com
14, 15 ou 16 anos, quando têm oportunidade. No entanto, em alguns casos, o acolhimento não nos dá
essa oportunidade. Existem regras: quando o acolhido começa a trabalhar, ele pode, sim, gastar o seu
dinheiro; mas, muitas vezes, ele é estimulado a guardar para ter uma proteção, principalmente quando
sair do acolhimento.
Nós trabalhamos e nossos contratos geralmente vão de 1 a 2 anos com as empresas. Nós
ganhamos o nosso dinheiro ali, o que é bem legal. Mas, quando recebemos o nosso dinheiro do mês,
como funciona? Nós podemos pegar 30%, ou até uma quantia maior, mas, na maioria das vezes,
somos privados de pegar o dinheiro. Existem essas regras do acolhimento, que prioriza que esse
dinheiro seja guardado para que, quando sairmos, tenhamos uma quantia para nos ajudar.
Mas há adolescentes que pensam assim, gente: “Nossa, é a primeira vez que tenho dinheiro,
cara! Eu comecei a trabalhar e recebi o dinheirinho que trabalhei suado para ganhar.” Nós trabalhamos
e ficamos felizes de receber aquele dinheiro. Nós queremos ter um momento de lazer. Então, nós
recebemos o dinheiro e queremos gastá-lo! Quem não gasta dinheiro é porque é besta – ou é muito
rico. Não querem emprestar um pouquinho para nós? (Risos.)
Então, muitas vezes nós não temos acesso a esse dinheiro, o que nos deixa muito triste. Isso
pode causar estresse nos adolescentes, pode causar até um desprezo pelo acolhimento. Nós queremos
gastar o nosso dinheiro! Pode existir a proteção, o desejo de que tenhamos autonomia, mas muitas
vezes não temos acesso a como gastar. Quem vai explicar um pouco melhor isso é meu amigo David.
DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Esse tópico, para mim, é importante hoje em dia, porque eu já
saí da guia de acolhimento. Como meus companheiros de equipe disseram, gastar é maravilhoso, todo
mundo gosta. O problema é que nos falta a coisa mais importante, que é o dinheiro. (Risos.)
Quando eu era mais novo, meu técnico da guia de acolhimento ficava no meu pé: “Tem que
guardar para quando você precisar, ao sair”. Só que, como eles disseram, somos fissurados no gosto
de gastar! Nós adoramos a sensação de gastar, de luxar, de ter o celular que desejamos, a roupa que
desejamos, o tênis de que precisamos no momento e tal.
É importante guardar uma porcentagem? É. Só que falar para um adolescente que ele tem de
guardar uma coisa que, na mão dele, some que nem água, em questão de milésimos, é um pouco
complicado. Para aquele jovem que começou a trabalhar com 14 anos, não entra muito fácil na cabeça
algo assim: “Guarde isso, que você vai precisar quando fizer 18”. Não entra! Falar é fácil; difícil é ele
conseguir isso. Alguns conseguem? Sim. Há os que saem da guia de acolhimento com uma renda alta e
conseguem se sustentar por um tempo até arrumar outro emprego e tudo mais. Só que outros não
conseguem, gostam realmente de extrapolar.
Na minha opinião, como eles disseram, seria ótimo, seria maravilhoso se fosse ensinado, nos
acolhimentos, sobre a vida financeira, a como gastar o dinheiro, para que isso seja aprendido lá. Já
que estamos temporariamente naquele lugar, eles deveriam nos ensinar a como gastar, no que gastar,
como guardar uma porcentagem, como investir uma porcentagem, enquanto estivéssemos passando o
tempo lá. Daí, quando saíssemos, nós teríamos uma renda acima do que a aprendizagem nos dá, já
que o jovem aprendiz não recebe muito. Eu recebo menos do que 1 salário-mínimo. Então, as contas
não batem.
Do meu ponto de vista, seria uma ótima oportunidade se, na guia de acolhimento, fosse
ensinado aos jovens condição financeira, a como lidar com o dinheiro. Isso seria muito importante para
nós.
É isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Muito bem.
Vou sugerir uma dinâmica. Vamos combinar isso juntos.
Vi que eles estão organizados, com tópicos. Há o tópico 1, o tópico 2... Pelo que entendi, vocês
chamaram o tópico 1 de “Despreparo para a vida financeira”. Sugiro que a apresentação fosse feita
tópico por tópico. Daí, se alguma secretaria quiser, já pode responder, para que não se apresente tudo
de uma vez, para evitar o acúmulo de respostas importantes. Podemos fazer assim? Acho que, dessa
forma, vamos dialogar com a turma ali. Sei que propus isso de última hora, mas...
Com relação a esse tópico da questão financeira, da bolsa que vocês recebem, que uma parte
dela fica, e a outra não fica; com relação a esses desafios, sugiro dialogarmos esse tema. Vamos fazer
um bate-bola. A secretaria que tiver mais capacidade para dar uma resposta poderá falar. Há um
botãozinho aí na frente. É só apertar o botão. Pode ser assim? Podemos combinar assim a dinâmica?
Acho que fica interativo.
Para vocês aqui da mesa, o microfone ficará sempre aberto.
ALINE PEREIRA – Eles estão tentando organizar a dinâmica, mas, assim que puder, posso
começar a responder.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Já pode.
Concedo a palavra à Aline Pereira, da Sedes, só para deixar registrado.
ALINE PEREIRA – Primeiramente, boa tarde a todas as pessoas presentes. Saúdo essa mesa
maravilhosa. Eu sou também especialista em adolescência e juventude, e algo que sempre debatíamos
era a importância do protagonismo.
Esse primeiro tema que trazido é algo que já discutimos dentro do acolhimento. Estamos sendo
provocados pelo MP, inclusive, sobre como conduzir isso. É superimportante provocar e dialogar isso
com os próprios adolescentes e jovens, no caso.
Como é meu primeiro momento também, é importante falar que estou representando a
gerência de acolhimento da Sedes.
Hoje, está havendo um evento muito importante para nós, que é a construção do PIA, que é o
Plano Individual de Atendimento. A ideia é que consigamos, em nível do DF, ter um PIA estruturado.
Todos os órgãos de proteção estão neste momento lá na vara da infância discutindo isso. A minha
chefe, que é a gerente mesmo, a diretora e o próprio subsecretário Coracy estão nesse evento, porque
é um evento que já vinha sendo construído.
Fico grata de poder estar presente, porque estou, de fato, na ponta. Até julho, eu era gerente
de uma unidade de acolhimento. E vou dizer que sofri bastante com esse negócio de cuidar de
dinheiro, até que cheguei um dia, quase que um combinado com a minha psiquiatra, e falei: “Eu vou
dar o dinheiro desses meninos, porque eu não aguento mais”. Isso é muito importante.
A fala da Tainá me provocou muito, porque ela colocou a questão: “Vocês querem falar de
autonomia e independência sem permitir que exerçamos isso ainda”.
Em termo de gestão, o que é importante colocar? Temos hoje mais de 41 unidades de
acolhimento vinculadas à Sedes. Isso de maneira de execução direta e indireta. A maior parte é de
execução indireta, ou seja, OSCs, como a citada por eles: a Casa de Ismael; o Irmão Áureo, que esteve
também presente no projeto especificamente. Hoje só temos uma unidade de execução direta, que é
com os servidores da Sedes. Todas as outras são parceiras.
Cada unidade tem o seu próprio projeto político pedagógico e autonomia para definir como vai
gerenciar, junto com os acolhidos, a questão financeira. Não há uma regra básica de como lidar com
isso. Depende muito da unidade e depende muito do adolescente também, porque, a partir dessa
construção do projeto de atendimento, vão sendo trabalhadas as questões educacionais, vão sendo
trabalhadas as questões de saúde e as questões, também, voltadas à autonomia financeira.
E não há como estabelecermos isso. Há adolescentes, como um dos meninos colocou, que já
vêm de uma trajetória de vários anos de acolhimento. Apesar de o acolhimento ser uma medida
protetiva excepcional, e que tem de ter uma durabilidade máxima de 2 anos, como diz o ECA, há
jovens que passam a vida inteira lá. Ele possui uma dinâmica com o acolhimento de muito
estreitamento. São possíveis diversos acordos. No entanto, há adolescentes que chegam com 14, 15
anos e nunca passaram por isso. Eles já vêm de famílias desestruturadas. Quando têm a opção de
receber o dinheiro, milésimos de segundo podem virar problema para eles e para o acolhimento.
É muito interessante estarmos numa mesa tratando sobre saúde mental. Infelizmente, a
autonomia financeira está estritamente vinculada ao uso abusivo de drogas. Já cansei de combinar com
o acolhido a compra de tênis, e esse tênis nunca chega. O tênis sempre viram alguma coisa. O menino
some por 3 dias e, na segunda-feira, é trazido pelo conselho tutelar. Ele evadiu da medida, usou o
dinheiro para outras coisas etc.
Então, de fato, é um desafio no qual precisamos pensar.
Nós adultos ficamos muito preocupados com a instituição e em como protegê-la da entrada da
droga, que pode ser pela maneira como o menino vai usar o dinheiro. Mas, muitas vezes, eles estão
corretos quando falam que confiamos pouco na autonomia, por conta desse histórico. Acho importante
registrar essas 2 coisas.
É fato: sempre que os meninos saem, ficamos muito preocupados. A partir do momento que
eles são desligados do acolhimento, não somos mais nós da alta complexidade que os acompanhamos.
Quando eles se tornam adultos, passam a ser responsabilidade da média complexidade. Os Creas e os
Cras passam a acompanhá-los. E sabemos a demanda gigantesca dessas instituições e, muitas vezes,
os nossos meninos não têm prioridade. Até o Creas da região onde o menino vai morar conseguir
acompanhá-lo, já houve um lapso. Pensamos em como foram usados aqueles 100 reais.
Um menino quase me bateu, literalmente, porque queria uma corrente. Queria porque queria
uma corrente de prata. Sabemos o que isso representa na dinâmica dos adolescentes. Pensamos:
“Querendo ou não, isso é um botijão de gás de cozinha, quando ele fizer 18 anos, e não estaremos lá
para comprar”. Então, muitas vezes, esse cuidado é proteção. São dinâmicas pelas quais, imagino, as
famílias passam. É a mesma coisa entre mim, meus sobrinhos e minha irmã. Falamos: “Você tem que
poupar e não gastar agora”. É uma dinâmica pela qual as famílias brasileiras passam.
Vou encerrar para não monopolizar muito o tempo.
O deputado Gabriel Magno também faz parte de uma iniciativa que acompanha o
superendividamento de servidores do GDF. Vocês não se preocupem, porque servidor adulto também
gosta muito de gastar e gasta mais do que tem. Esse é um desafio para todo mundo. Estamos todos
endividados, porque também adoramos gastar, mas chega um momento em que temos que fazer
opções de proteção. Muitas vezes, tomamos atitudes pensando na proteção mesmo.
Vou levar para a nossa diretoria o desafio de inserir educação financeira no PPP para que,
assim que os meninos entrarem, sejam iniciados nisso.
É importante um detalhe: não temos nenhuma bolsa específica para jovens de acolhimento. As
bolsas são somente para aqueles que estão inseridos em estágio ou alguma coisa. Geralmente, são
meninos que já estão estudando. É cobrado que eles estudem e isso é utilizado. Se o menino não está
querendo estudar, está querendo faltar, nós dizemos: “Olha, se você faltar, você vai receber menos na
sua mesada do mês”. Existe todo um jogo educativo e pedagógico para que ele faça o
acompanhamento no Caps, para que ele faça o acompanhamento escolar, para que ele conduza a vida
dele no acolhimento de forma que seja realmente produtiva, para que ele possa superar essa situação
de vulnerabilidade.
Obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aline.
Eu vou deixar aberto o microfone. Eu só pedi ao Aleksandro para fazer um comentário.
A Rosana, a nossa promotora do Ministério Público, já chegou. Obrigado pela presença,
Rosana.
Vou deixar o microfone aberto para vocês 2. Tanto a Rosana quanto a Luisa também podem
participar.
Nós transformamos uma comissão geral em uma roda de conversa, em um bate-papo.
Portanto, o microfone ficará aberto também para responderem e dar sugestões.
Vou passar a palavra para o Aleksandro. Depois, para a Fernanda.
Agora vamos fazer as inscrições.
ROSANA VIEGAS E CARVALHO – Eu gostaria de falar sobre esse ponto bem rapidamente.
Boa tarde a todas as pessoas presentes, a esses meninos lindos e meninas lindas.
Eu achei interessante nesta discussão que nós estamos falando sobre autonomia, sobre os
jovens aprenderem a lidar com o próprio dinheiro e o papel do serviço nesse apoio e no trabalho de
autonomia.
Porém, neste momento, na Vara da Infância, está acontecendo um evento grande para a
construção daquele PIA, Plano Individual de Atendimento, que se constrói logo depois da guia. Vocês o
conhecem. Vocês são ouvidos no PIA. Pelo menos, era para serem ouvidos, porque as orientações
técnicas ainda de 2009 já dizem que o PIA deve ser construído em conjunto com os adolescentes e em
conjunto com as famílias.
Neste momento, está havendo um evento na Vara da Infância, e eu não tenho notícia de que
haja adolescentes e jovens lá para serem ouvidos sobre a construção do PIA.
Eu sugiro que vocês, que estão dando um show de autonomia, de capacidade de se expressar,
de levar as necessidades de vocês, já façam algo a respeito disso e peçam para encaminhar isto para o
juiz: que vocês gostariam de estar presentes na construção do PIA.
Era essa a ponderação que eu queria fazer.
Vamos continuar.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Eu peço desculpa, mas você falou que nós conhecemos
esse PIA? Gente, eu não sei nem o que é isso. Não sei do que se trata. Estão vendo, gente, o que é
desinformação? Às vezes, existem direitos que nós nem sabemos que poderíamos ter e só ficamos
sabendo agora, graças à Fiocruz que está nos dando a oportunidade de saber. Cara, ela falou sobre
isso e eu pensei: “Que coisa é essa? Como é que funciona isso que eu não estava sabendo?” Estão
vendo? Muitas vezes, o jovem não sabe nem onde ele pode falar. Eu acho isso um absurdo.
Com relação ao que a Aline estava falando, muitas vezes, é isso o que nós estávamos
querendo dizer. Sim, existem acolhidos que, se receberem dinheiro, não têm um pingo de capacidade
de lidar com ele e acolhidos que usam drogas e entorpecentes. Isso não é desculpa. Por exemplo, eu
cheguei ao acolhimento com 6 anos, e não aprendi nada. Onde eu morava, em Anápolis, Goiás, eles
não me ensinaram quase nada sobre como eu deveria usar o meu dinheiro. Não importa a idade que o
adolescente chega ao acolhimento. Desde a hora em que ele entra no acolhimento, isso tem que ser
trabalhado. No começo vai ser sempre chato. O adolescente vai dizer: “Eu quero gastar meu dinheiro”.
Porém, você precisa explicar para ele por que ele deve guardar o dinheiro. Se ele falar que vai comprar
entorpecente ou drogas, você tem que explicar para ele por que ele não pode fazer isso. Às vezes, não
é bom falar “não” ou “sim”, mas, primeiramente, explicar para ele. É preciso explicar desde quando o
acolhido chega, mesmo que seja com 1 ano de idade, desde que ele possa aprender – com 1 ano de
idade não dá para aprender. Ele pode começar a trabalhar aos 14 anos. Quando começamos a
trabalhar, falamos: “Vou trabalhar e conseguir comprar meu celular” ou “Vou conseguir comprar minha
droga”. Ele quer gastar o dinheiro dele, não importa com o quê, mas você precisa explicar isso para
ele. Queremos sempre ensiná-lo, criando projetos em escolas, ou até mesmo no serviço de
acolhimento. Técnicos profissionais podem ensiná-lo quando ele começar a trabalhar: “Você pode
guardar dinheiro, pode criar um plano para conseguir ter seu lazer e ainda proteger o seu futuro”.
Sinceramente, eu não colocaria 1 real na mão de alguns acolhidos, porque eles iriam fazer merda. Eles
não têm conhecimento nem cabeça para isso. Se dermos dinheiro para eles, eles vão fazer merda.
Temos de ensinar isso a eles. Isso não é desculpa.
Podemos criar projetos e colocar na cabeça do acolhido que ele tem capacidade de usar o
dinheiro de forma certa, mesmo que ele não tenha cabeça para nada. Somos jovens, aprendemos as
coisas. Isso pode ser difícil. Há pessoas que odeiam matemática, mas, em algum momento, elas vão
aprender. Em algum momento também vamos aprender a usar nosso dinheiro. Esse processo leva
tempo. Quero que isso seja trabalhado.
DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Só quero complementar o que o Aleksandro e a Aline
acabaram de falar. Há casos e casos, há acolhidos e acolhidos, há casas e casas. Se eu colocar o
dinheiro na mão de um acolhido x, ele vai usar o dinheiro para alguma coisa boa ou ruim,
independentemente de como ele vai gastar o dinheiro.
Ela citou um acolhido que quase a agrediu por causa de uma corrente. Na guia de acolhimento
onde eu estava, o meu técnico queria me dar 150 reais para eu comprar 1 tênis, 1 calça e 1 blusa. Eu
não sei em qual mundo ele vivia, em que 150 reais dariam para comprar isso tudo. Na minha opinião,
com 150 reais, hoje em dia, no Itapoã, não é possível comprar um tênis dos mais vagabundos.
Sinto muito por falar assim, mas a realidade é essa. Eu falei assim: “não há como eu fazer a
compra. Eu preciso pelo menos de uma quantia mais alta para comprar o tênis” – e ele não queria me
dá-la.
Então, eu tive a brilhante ideia de sequestrar o meu próprio cartão de dinheiro, e gastei o meu
dinheiro todinho em roupa, em sapato, em coisas de que eu estava precisando. Eu estava precisando
de roupa íntima, e não tinha condições de comprá-la. Ele não queria liberar o próprio dinheiro para eu
comprar coisas pessoais, coisas íntimas.
Então, há casos e casos. É claro que uma parte do dinheiro foi gasta em besteira. Mas a
maioria do dinheiro foi gasta em coisas de que, realmente, eu estava precisando, coisas que realmente
estavam fazendo falta, que eram necessidade de qualquer ser humano.
Então, é isso. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Gente, estão inscritas para usar da palavra a
Fernanda e a Luisa. Então, quero combinar de tentarmos fechar os tópicos. Na verdade, daria para
fazer uma audiência para cada tópico. Há muito assunto só com 1 tópico, mas há os outros tópicos
também. Então, vamos avançar e, depois, podemos voltar no final dos encaminhamentos.
Então, passarei a palavra para a Fernanda e, logo após a sua fala, usará da palavra a Luisa,
para já fecharmos esse primeiro tópico e irmos para o segundo. Mas eu queria fazer uma proposta
para os encaminhamos no final.
Há uma demanda que foi apresentada aqui, e já houve, Luisa, uma lei no Distrito Federal, que
instituiu o programa DF Sem Miséria. Agora, a lei foi revogada e apresentado o novo programa. Nesse
caso das bolsas para os jovens na situação de acolhimento, havia uma divisão delas. Iam 200 reais
diretamente para o jovem na hora e 100 reais iam para a poupança. Houve alteração da lei, do
programa e do projeto, que colocou os 200 reais para a poupança e não mais para serem repassados
diretamente ao jovem.
Então, nessa construção, que é uma reivindicação que foi apresentada, eu queria já sugerir
como encaminhamento para repensarmos o limite, uma atualização da lei a partir de uma experiência
de correção disso – como já ocorreu –, mas com a possibilidade, novamente, de haver essa divisão do
valor. Uma parte iria para a conta direta desses adolescentes, para o bolso, para fazerem aquilo que
têm que fazer, e uma parte seria guardada.
Óbvio, depois, haveria outras dinâmicas de capacitação, de organização. Mas acho que já dá
para pularmos os tópicos, mas tentarei amarrá-los um pouco com alguns encaminhamentos e ideias.
Neste momento, concedo a palavra à Fernanda. Logo após a sua fala, usará da palavra a Luisa.
FERNANDA FALCOMER – Boa tarde a todas as pessoas. Eu gostaria de agradecer a
oportunidade e o convite de estar aqui ouvindo vocês. Eu achei uma lindeza a fala dos 2, o meu
coração ficou até tranquilo.
A minha contribuição é bem rapidinha. Na verdade, eu queria propor para nós da mesa, que
estamos do lado de cá, que pudéssemos atender o pedido dos meninos, que é trazer soluções.
Sabemos que os problemas existem, mas eu acho que, se formos justificar os problemas, iremos
perder bastante tempo, deputado.
Eu acho que poderíamos tentar falar assim: vamos escutar o problema e já pensar nele. Então,
a solução para o problema é essa.
Eu estou até com 2 folhas aqui. Em uma eu anoto o problema e, na outra, eu estou com a
solução, para tentar ajudá-los e para sairmos daqui com muitas tarefas.
O entendimento que há da nossa parte sobre o pedido de vocês é que nós precisamos de
educação financeira para trabalharmos a autonomia econômica. Precisamos de recursos e de saber
como gerir os gastos. Isso pode estar no PIA e no PTS, para quem frequenta o Caps nessas condições.
Talvez possa haver algo estruturado como política pública. Se falta norma, vamos criar uma para todos
os lugares onde haja adolescente, que incluamos isso nos programas, nas escolas, em tudo. Eu sei que
nas escolas há alguns programas de educação financeira, mas precisamos sair da educação financeira
e trabalhar na perspectiva da autonomia econômica, que envolve a gestão da renda que se recebe.
Essa era e a minha contribuição.
Eu sou da área de saúde mental, mas seria uma boa solução realizarmos essa construção
coletiva.
Do que eu mais gostei da fala de vocês foi a garantia do direito à autonomia e de poder
escolher com o que gastar o dinheiro. Esperamos desenvolver com vocês autonomia e protagonismo
nas políticas. Isso está anotado aqui. Vou passar para os Caps, onde há adolescentes, incluindo os PTS,
a tarefa sobre a geração e a autonomia econômica.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Fernanda.
A ministra Nísia – quando falamos disso também estamos em um debate –, anunciou nesta
semana que os Caps ficarão à disposição para os problemas com as apostas, com as bets, que também
viraram outro grande problema no Brasil. É obvio que haverá demandas, como a Carine lembrou aqui:
há necessidade de pessoal, de estrutura, de articular essas políticas.
Concedo a palavra à Luisa.
LUISA DE MARILLAC XAVIER DOS PASSOS – Em primeiro lugar, eu quero falar da felicidade e
da alegria de estar nesta comissão geral, com esta mesa lindíssima, com as meninas e com os meninos
participando, tendo voz, fala e reivindicações, exercendo, de fato, a sua cidadania. Esse primeiro ponto
trazido por eles é extremamente importante.
Deputado Gabriel Magno, quero agradecer-lhe pela disponibilidade e pela oportunidade de abrir
esta casa, mais uma vez, para que essas meninas e esses meninos possam estar, entrar nela e, de
fato, construírem a sua história como sujeitos.
A questão da educação financeira trazida passa pelo consumismo, não é só uma educação
financeira, mas uma ampla educação que questione a sociedade consumista, a demanda consumista. É
preciso que tudo isso seja trabalhado com os adolescentes. Na verdade, temos dado soluções muito
simplistas para isso. Qual é a solução simplista? O serviço de acolhimento restringe uma parte do
dinheiro – isso causa conflitos homéricos. O deputado trouxe a ideia de o salário ter uma parte
destinada para a poupança e outra para o adolescente. Isso tira a intermediação do serviço de
acolhimento, já resolve e alivia um monte de problema para o serviço, que se sente na obrigação de
fazer o controle e a gestão econômica desses valores.
Eu queria trazer uma sugestão também concreta para adicionar aqui: que o próprio programa
Jovem Aprendiz tenha, dentro do seu programa, essa responsabilidade de construir com os
adolescentes essa educação financeira com base nesses pressupostos mesmo, de um consumo
consciente, ajudando os meninos a fazerem essa gestão com o consumo consciente, e que possamos,
a partir do programa resolver isso. O que acontece no Distrito Federal? Grande parte dos meninos
acolhidos ingressam no mercado, fazem a profissionalização por meio desse programa Jovem Aprendiz,
que tem sido o programa que tem o maior número de vagas atendido com esses adolescentes.
Eu acho que o próprio programa deveria ter, na sua matriz de execução, essa educação
financeira, esse auxílio para a gestão. Se pensarmos, há uma lei, que era a antiga Conexão Cidadã, que
depois foi modificada, mas me parece que ainda não foi implementado o dispositivo que destina uma
bolsa para todos os adolescentes acolhidos. Isso não é uma bolsa de profissionalização, é uma bolsa
devida à vulnerabilidade, uma contribuição por essa situação de vulnerabilidade. Essa lei existe, mas
ainda não está implementada. Ela precisa ser implementada com relação a isso. Então, deixo aqui
esses 2 pontos pragmaticamente.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Luisa.
Vou passar a palavra novamente para o Estênio Eduardo.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Estou amando isso, vamos continuar.
Então, vamos ao segundo tópico, sobre a precarização do trabalho. Adolescentes, quando saem
do abrigo, ainda estão vinculados ou não vinculados a programas como o Jovem Aprendiz. Vocês
acham que dá para viver com um valor desses? Pagar todas as contas? Para sobreviver, nós aceitamos
o emprego que aparece. São empregos ruins, de certa forma, onde não conseguimos continuar com os
estudos por conta da sobrecarga do horário de trabalho. Largamos os estudos para poder pagar as
contas.
Como eu falei, eu ainda não saí do acolhimento, estou trabalhando isso ainda e tenho colegas
aqui que já saíram. Foram esses colegas que me passaram um pouco de como está sendo tudo isso.
Esses colegas me trouxeram esse dado, que a destituição está sendo muito difícil. Realmente é muito
difícil sair do abrigo. Permanecer no Jovem Aprendiz não dá, porque o salário não dá para fazer uma
compra do mês!
Vou passar a palavra para os meus colegas que já saíram do acolhimento.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – É uma situação precária, não é, gente? O tópico que
acabou de sair, trabalhamos com ele. O acolhimento trabalha com o objetivo de guardar o nosso
dinheiro e dar aquela juntada! Mas é como o que falei: há empresas que dão o contrato de até 2 anos.
Nunca vi uma empresa que dê o contrato de 3 anos, quando começamos a trabalhar como menor
aprendiz. Às vezes, começamos com 14 anos. O Banco do Brasil dá a oportunidade com 15 anos, só
que precisam estar em um grau mais alto na escola. Acho que eu já havia comentado: para trabalhar
de menor aprendiz, a própria empresa cobra que o adolescente esteja estudando. Mas isso não vem ao
caso.
Vou falar sobre mim. Eu saí do acolhimento no dia 18 de julho e consegui juntar uma quantia
muito boa. Eu tive que comprar os móveis de casa e procurar um local onde morar. Sobradinho é o
local onde estou morando sozinho. Vocês não vão achar, mesmo que seja uma quitinete, acessível!
Posso achar um barraco em um lugar onde não há nenhuma proteção, mas eu não vou querer morar lá
e ninguém vai querer morar lá! Se temos a oportunidade e o direito à moradia, não vamos querer uma
moradia dessa. Não é necessário que a moradia seja um luxo. Queremos um lugar onde haja proteção.
Eu o achei em Sobradinho, mas quero dizer que não vai dar, porque o único menor aprendiz que ganha
1 salário mínimo é o que trabalha no Banco do Brasil. Os outros ganham 500 reais, 600 e poucos, 700
reais e vai só descendo. Esse é o Menor Aprendiz. Há também a carga horária de 4 horas, que é a
menor. Por isso, não deveria receber um valor a mais, porque está com tudo aquilo vinculado.
Mas é isso, gente. Eu consegui juntar uma quantia boa, mas tive que comprar móveis da casa
e fazer compras, mesmo morando sozinho, e dizem: “Não, você vai morar sozinho e não precisa juntar
esse dinheiro”. Eu vou falar o valor que eu juntei: consegui juntar 15 mil reais. Eu tive que sair e
comprar tudo: móveis de casa... Vocês já sabem, porque dá para fazer a conta de cabeça! Mesmo
sendo usados, são caros: geladeira, fogão, cama e talheres. O meu dinheiro foi embora como água. Eu
ainda tenho dinheiro, mas achei impressionante como o dinheiro voou. Estou morando lá há 3 meses e
ainda tenho que pagar o aluguel. Graças a Deus, eu consegui, pelo Creas, o benefício de receber
auxílio-aluguel. Isso me ajudou demais. Não é o valor que eu pago, mas está me ajudando. Eu, por
exemplo, consegui, mas há casos que eu conheço em que não tiveram a oportunidade de receber esse
auxílio. É uma situação muito difícil. Eu estou com problemas de saúde mental e tenho de ter paciência
para conseguir o meu emprego. São casos e casos. Pode haver casos piores que o meu, em que o
acolhido não conseguiu juntar nada, nem 5 mil reais. O que ele vai fazer? Eu saí com uma quantia um
pouco melhor, mas o dinheiro já está acabando. Não tenho mais o que falar. É uma situação crítica.
DAVID ALCIDES DOS SANTOS – No meu caso, depois que eu fiz a maluquice de gastar todo o
meu dinheiro dentro do abrigo, eu ainda consegui juntar uma certa quantia antes de sair de lá, mas
não foi 15 mil reais.
Antes de sairmos da guia de acolhimento, nós temos, literalmente, outra visão, porque nós
passamos a nossa infância e a adolescência naquele mundinho, naquele quadrado. Quando saímos, é
totalmente um novo campo de visão, parece que renascemos. É uma experiência totalmente nova.
Porém, depois nos deparamos realmente com a realidade que, infelizmente, estamos vivendo. Depois
de um certo tempo – experiência própria –, refletimos no sofá da sua sala, à noite, e dizemos: “Não vai
dar. Não há como”. Há momentos em que o calo aperta, e choramos. No meu caso, eu recebo 614
reais da Renapsi, onde eu sou jovem aprendiz, mas meu contrato já está quase acabando. O aluguel
da minha casa custa 800 reais. Eu recebo 614 reais, e dá para ver que as contas não batem, e falta
ainda um monte de coisa. Eu moro com a minha irmã, e dá para dividirmos as contas. Mas às vezes
aperta de um jeito que só nós e Deus sabemos o momento por que estamos passando.
Eu já saí do abrigo e, na minha opinião, quando o jovem sai do abrigo, ele não quer morar
numa casa chique de 2 andares e receber um salário de 40 mil reais. Ele não quer isso. Nós queremos
um canto onde possamos encostar a nossa cabeça à noite e saber que não precisamos nos preocupar
que os problemas de fora entrem na nossa casa. Não vou generalizar. Nós queremos um lugar bacana,
um espaço para podermos convidar alguém, e a pessoa não ter de sentar na sua sala olhando para o
banheiro, ou que não tenha um espaço entre a cozinha e o banheiro, ou um espaço entre a pia de
cozinha, onde se faz comida, e a área de lavar roupa. Nós só queremos um espaço adequado. Acho
que todo ser humano necessita de um espaço bom. Precisamos de um salário, ou pelo menos uma
renda, que sustente as despesas do mês. Às vezes, quando chega metade do mês, a sua geladeira está
mais vazia do que estava do início do mês. O mês já está virando, mas nós jovens – porque eu só
tenho 18 anos e vou fazer 19 agora – vamos viver nessa situação de olhar a geladeira na metade do
mês e pensar: “Não vou comer hoje, porque eu já jantei. Mesmo com fome, eu já jantei. Então, eu vou
deixar para o café da manhã. Se eu como agora, mais tarde não haverá algo para eu comer”.
Entendem? Até quando os jovens, adolescentes que saíram ou que ainda estão dentro do abrigo vão
ficar se preocupando com isso? Isso já está chato e muito inconveniente.
Saúde mental já está difícil mesmo para aqueles que estão numa vida mais ou menos boa,
imagina para aqueles que precisam matar a cada dia 5 leões. Eu não estou falando que ninguém tem
problema. Todos têm os seus problemas, as suas dificuldades e sabem onde o calo aperta. Mas eu vejo
muita gente brigando, falando dos jovens. Porém, eu não vejo muitas pessoas escutando os jovens ou
tomando atitudes por eles. Eu acho que já deu a hora de começar a tomarem uma reação e uma
atitude por nós. Isso seria bacana.
É isso, gente. (Palmas.)
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Então, antes de completarmos 18 anos, é como se
estivéssemos dormindo e alguém nos acordasse e falasse: “Vai lá. Faz isso” – e não sabermos fazer.
Para mim, é essa mesma vibe, porque passamos esse período no acolhimento e, nisso, estamos lá.
Porém, quando completamos os 18 anos – falo isso com relação à lei, porque diante da lei, quando
completamos 18 anos, devemos sair do abrigo, porque não podemos mais ficar mais institucionalizados
– é como se nós tivéssemos, do dia para a noite, essa capacidade de se virar, ir lá, fazer tal coisa.
Graças a Deus que existem adolescentes que já saíram para fazer estágio, porque há
adolescente que sai que nem trabalhando está. Assim, ele vai fazer o quê? Ele vai para o mundo das
drogas, vai fazer coisa errada, vai roubar. Depois, quando ele faz coisa errada e vai roubar, as pessoas
o criticam e não sabem o porquê de tudo. Então, o que temos de começar a fazer? Temos de começar
a pensar sobre isso, porque é muito desesperador para nós não termos para onde ir, sem uma renda
para, ao final do mês, pagarmos aluguel, comprarmos um sofá, comprarmos as coisas da casa. É muito
desesperador. E, para nós que estamos saindo do acolhimento, é desesperador. Falo sinceramente
isso.
O meu colega estava falando ali, e eu estava me emocionando aqui, porque nós queremos,
realmente, um lugar para ficarmos, um lugar em que possamos morar com dignidade e um emprego
bom para trabalharmos.
Nós somente queremos o nosso lugarzinho e sermos felizes.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Eu só vou pedir um favor para todos ajudarem
a taquigrafia, mesmo que seja repetitivamente. Quando for falar, pode falar o nome, porque ajuda
muito a taquigrafia. Como nós viramos essa audiência de cabeça para baixo – e é legal que seja assim
mesmo –, por exemplo, quando o Aleksandro falar agora, ele fala: “Aleksandro” e começa seu discurso.
A Aline fala: “Aline” e começa seu discurso. Assim, peço que, antes da sua fala, diga o nome, porque
acho que ajuda aí embaixo, não ajuda?
A mesa estendida, se quiser dialogar, eu vou só apertar o botão.
Concedo a palavra ao Aleksandro Leandro de Souza.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Aleksandro.
Eu quero trazer um exemplo de um acolhido que eu conheço que teve uma situação bem ruim.
Mas eu quero trazer a questão até vocês, eu acho que até para o adulto tem este fato de naquele dia
se sentar no sofá e falar: “O que eu vou fazer? Eu tenho conta para pagar.” Vocês que trabalham, mas
há adulto que não trabalha. É feio, mas há gente que trabalha e recebe um salário mínimo: “Olha, ele
recebe um salário mínimo.” Eu acho que o salário mínimo hoje em dia é de R$1.400,00 e alguma coisa.
Ainda há os julhos do Cris, que tem 2 trabalhos, ajuda também, mas até vocês e até eles, há dia que:
“Nossa, eu tenho uma dívida. Eu tenho que pagar neste mês.” – e ainda fica devendo. “Nossa, eu
tenho esta quantia. Eu tenho que pagar o meu aluguel.” Eu acho que há muita gente que mora de
aluguel, há muita gente que não teve aquela oportunidade ainda de ter sua casa própria, eu acho que
é o sonho de todo mundo até hoje em dia. Ter a própria casa já ajudaria demais.
Como eu falei, uma quitinete não se vai achar por menos de 500 reais. Uma quitinete é um
quarto com banheiro, talvez uma sala de serviço e cozinha americana, que falam quando a cozinha é
junto com a sala. Ainda é uma quitinete boa, de luxo. (Risos.) A sala junto com a cozinha, e, às vezes,
é um cômodo que eu acho que é menor que este espaço aqui. Eu acho que é menos que a metade
daqui, para vocês terem uma ideia.
Assim, o adulto que às vezes vai ter uma família, ter uma esposa, tem que ter uma casa um
pouco maior. Gente, eu tenho contato com alguns familiares que têm uma casa, e não é aquela casa
toda, e o aluguel é de 2 mil reais. Ao juntar com água e luz... É como eu falo: há o valor da quitinete e
há água e luz. Mesmo morando sozinho, eu fico aliviado que isso é mais barato, mas imaginem vocês,
trazendo o exemplo de vocês também, para vocês pegarem um pouquinho da nossa ideia. Vocês
recebem uma quantia boa e mesmo assim ficam: “Nossa, o que eu vou fazer?” É isso.
Eu vou trazer o exemplo de um jovem – eu acho que há muitos ainda – que sai, tem que
comprar os móveis e... acabou o dinheiro. O jovem não está trabalhando ainda, ele não saiu. Eu saí,
estava trabalhando no Banco do Brasil, e não tenho trabalho. Como ele falou, ele ainda trabalha,
mesmo assim a quantia é pouca. Ele saiu, não tinha nem uma capacidade, no caso ele usava drogas,
há uns que saem e usam drogas, e têm muito problema com isso. Isso atrapalha muito, porque, às
vezes, pode sair, e sair com uma quantia como eu, e se ele não tem cabeça, ele vai gastar tudo,
mesmo tendo um acompanhamento. “Ah, comprei esses móveis.”, “Ah, ele achou tudinho.”, às vezes
nem acha. O acolhimento nem dá a oportunidade de o acolhido achar o lugar e comprar seus móveis.
Às vezes, ele dá os móveis de mão beijada e pronto. São casos e casos.
O acolhido saiu e comprou os móveis, tudo certinho. Naquele momento, ele estava
estabilizado. Chegou um momento, gente, que ele teve que vender os móveis dele, ele teve que sair.
Hoje em dia ele mora na rua. Ele teve que vender todos os móveis dele, gente – todos os móveis. Eu
não vou dizer o que ele teve que vender ou quanto dinheiro ele tinha. Para vocês verem, ele teve que
morar na rua.
Eu acho que existem muitos casos assim. Eu estou citando 1. Eu estou citando 1, gente. Se
vocês pesquisarem, vão achar. O que há de jovens que, às vezes, nem tiveram a oportunidade de
entrar num abrigo e estão morando na rua... É uma situação de arrepiar, de chorar, porque é uma
situação que...
Nós sabemos que eles têm direito, mas é isso. Cadê o direito? O direito é só uma fala: “Você
tem direito.” E aí? Qual é o meu direito? Eu posso estar ali, buscando... E posso chegar à Câmara
Legislativa, sei lá, a um local e falar: “Eu quero isso” ou “Eu vou ter aquilo”. É o direito que falam que
nós temos, não é? Mas, e aí? Temos mesmo?
Existem casos e casos, gente. Isso é só um dos que eu tenho para falar, só para vocês
pensarem.
É isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aleksandro.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Posso?
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Pode.
A Aline está inscrita para, depois, responder.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Com tudo isso, automaticamente nós passamos para
o outro tópico do qual vamos falar: dificuldades, logística e moradia, de que estávamos falando.
Voltando à precarização do trabalho, pode haver programas governamentais e leis que
estimulem as empresas a contratarem os que estão saindo dessa instituição. Eu acho que seria uma
boa ideia para resolvermos isso.
Falando sobre dificuldades, logística e moradia, nós já discutimos isso junto com outro tópico,
mas temos que falar sobre as repúblicas.
Primeiro, não há república suficiente. Segundo, já passamos anos dentro do acolhimento, anos
depois do acolhimento, anos dentro do acolhimento, e nós não queremos isso. O que nós queremos?
Queremos o nosso lugar, queremos viver fora de tudo isso por que passamos por anos. Queremos ter
nossa independência, e eu acho que a república não é o caso para nós. Eu acho que um aluguel social
seria legal. Um aluguel social seria uma boa ideia para resolver tal fato.
Agora, nós vamos passar para o outro tópico.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Deixem a Aline responder. Pode ser? Apenas
para sistematizar. O David também quer fazer um comentário.
Só para organizarmos os encaminhamentos, eu vou juntar esses 2, trabalho e moradia.
Acho que poderíamos pensar, com o Poder Executivo, com o Ministério Público, com outras
entidades do poder público, em programas, em projetos de lei nesta casa, que reservem, por exemplo,
vagas de contratação nesses órgãos para egressos do sistema. Sabemos que, quando o poder público
também atua nessa contratação, muitas vezes, o valor é melhor e há benefício que é acumulado. Às
vezes o salário, como é estágio, não é tão alto, mas há outro benefício, um auxílio que é acumulado. O
poder público tem capacidade para fazer isso.
Falamos inicialmente sobre a possibilidade de usar instrumentos como os benefícios fiscais para
essas empresas que recebem os egressos. Aqui está o Athayde, representando a Fecomércio. Esse
setor dialoga com o setor produtivo e empresarial da cidade. Talvez essas empresas, Athayde, que
recebem benefícios fiscais do governo – justos muitas vezes para a geração de emprego e renda –,
possam, como contrapartida, contratar um percentual específico dos jovens egressos dos sistemas.
Acho que podemos articular esse processo.
Sobre o aluguel, é o que o Estênio acabou de falar. Pode-se pensar com a Sedes se fazemos
programa de aluguel social para os egressos, se conseguimos conectar o atendimento do Cras e do
Creas direto nas unidades de acolhimento. Aqui foi dito várias vezes que a pessoa sai da casa e às
vezes tem dificuldade na fila. Sabemos que a fila dos Suas é enorme. Não se trata de passar na frente,
não é nada disso. Mas, para esse recorte, existe a capacidade de já identificar o público e otimizar esse
processo de relação com o assistente social para fazer essa transição. Acho que essas são ideias em
que podemos pensar.
Eu sou um entusiasta. Eu acho que o debate da educação financeira para jovens e
adolescentes é correto, mas eu tenho a tese de que a melhor educação financeira que existe é salário
digno. Não há educação financeira que sustente o que foi dito aqui: uma bolsa de 600 reais para pagar
um aluguel de 800. Não existe educação financeira que dê conta dessa matemática. A conta não fecha.
(Palmas.) Não adianta eu saber poupar se as minhas despesas básicas são maiores do que aquilo que
eu recebo. Eu não acho que haja dicotomia entre as 2 coisas. Foi dito aqui várias vezes que a educação
financeira é importante. Nós estamos vendo essa questão das bets, das apostas, do descontrole, do
superendividamento, mas, para mim, a melhor resposta para isso é pagarmos salários decentes para as
pessoas poderem ter acesso a todos os bens, direitos e serviços. Acho que podemos pensar um pouco
nesses encaminhamentos.
Concedo a palavra à Aline.
ALINE PEREIRA – Vou tentar sistematizar aqui.
Vou começar dando a boa notícia a respeito do Conexão Cidadã. Consultando a chefia, fui
informada de que ele foi alterado para Incentiva DF. O que foi dito é que ele já está todo pronto para
ser implementado, só falta a metodologia. Ele está no planejamento para o ano que vem. Então,
respondendo a promotora Luisa e o deputado, a perspectiva é que o Incentiva DF seja implementado
no ano que vem, no âmbito do acolhimento. Essa bolsa é para todos os acolhidos. Uma colega
perguntou sobre isso. Muito do que os meninos estão relatando são experiências em que eles
trabalham, têm recursos próprios, mas esses recursos são geridos pelas instituições de acolhimento.
Nesse caso, quem não trabalha não tem, como muitos deles disseram. Porém, nem todos conseguem
ser inseridos no mercado de trabalho, porque não há vaga para todo mundo, porque há exigência de
determinados perfis etc.
Recentemente, nós nos deparamos com uma política da Renapsi. Nós encaminhamos alguns
jovens para lá, mas eles não aceitam jovens que já cumpriram medida socioeducativa. Boa parte dos
meninos de acolhimento já cumpriram medida socioeducativa. Nós achamos isso um absurdo. Deixo
aqui uma provocação: como podemos discutir essa questão, especialmente no que diz respeito aos
programas de jovem aprendiz que criam esses mecanismos? Isso vai além da política de assistência, já
que nosso papel é apenas encaminhar o adolescente. Essa decisão da Renapsi nos causou muito
espanto, porque exclui muitos dos nossos jovens.
Quando os meninos falaram de empregabilidade e moradia, eu fiquei aguardando, porque isso
também está além da nossa atuação. Fiquei imaginando se haveria alguém da Secretaria do Trabalho
ou da Codhab nesta audiência, porque acho que eles seriam os melhores para responder isso. Nós, da
assistência, muitas vezes nos debruçamos sobre essa questão para entender qual é o limite da
assistência e qual é o papel da Codhab – não só para crianças e adolescentes, mas para o público em
geral. Nós discutimos muito isso com relação à população de rua. A população de rua tem acessado
muito o benefício comumente chamado de Auxílio Aluguel, mas que originalmente não tinha essa
perspectiva. O que se debate é que temos que garantir moradia digna. Esse benefício dura no máximo
6 meses e tem um limite de 600 reais. Então, ele não vai resolver o problema de moradia. Em alguns
casos, como o do jovem que falou anteriormente, principalmente para quem é egresso de acolhimento,
ele acaba sendo um suporte, mas não é suficiente. Nós entendemos que a assistência social não tem
que garantir moradia, porque isso concerne à política habitacional.
Com relação à república, é importante registrar que existe, hoje, uma república dentro da
execução direta, mas ela é somente para meninas. Existe uma demanda muito grande de república
para meninos, mas nos falta estrutura. Então, deixo registrada essa provocação. Não estou querendo
me justificar, como foi dito, mas entendo que estamos em uma roda de conversa, uma audiência
pública para a construção de políticas. Então, como o Poder Legislativo e o Poder Judiciário podem
atuar conosco para a construção disso? Uma vez que se faz essa provocação e que a construção de
repúblicas masculinas foi demandada em audiência pública, isso se torna prioridade dentro da gestão.
Nós temos total interesse em executar o serviço, mas isso tem que ser prioridade da gestão. Para
tanto, é preciso haver recursos. É neste momento que devem atuar o Judiciário e o Legislativo.
Outro aspecto é a alimentação. Existe o restaurante comunitário, o programa Cartão Prato
Cheio e outros programas voltados à segurança alimentar, os quais esses jovens podem acessar.
Então, é importante deixar isso registrado nesta audiência pública, porque isso está sendo transmitido,
que esses jovens egressos podem solicitar o programa Prato Cheio no Saica. Geralmente, quando o
menino é desligado, já fazemos essa solicitação, justamente para que ele não dependa de outros
equipamentos. Então, ele já sai com a solicitação de inclusão no Prato Cheio. São 9 parcelas de 230
reais que eles podem utilizar em ambientes de alimentação. Além disso, em último caso, eles podem
acessar gratuitamente os restaurantes comunitários. É só procurar um equipamento da assistência que
isso é articulado.
Há algo que registrei e acho que podemos trabalhar em conjunto nisto: o aluguel social para
egressos. Isso entraria como uma política afirmativa, uma política específica. Acho que podemos
trabalhar na construção disso. Fico com o dever de casa de levar para a Diretoria de Acolhimento e
para a Subsecretaria de Assistência essa tarefa. Vamos construir isso juntamente com o Legislativo,
que é de onde saem os recursos. Acho que isso seria fundamental, porque deixaríamos de depender de
outros equipamentos. A própria alta poderia solicitar isso, a partir do momento em que o menino
estiver saindo dela e enquanto ele estiver sendo inserido na média complexidade.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aline. Isso é importante. Vamos só
deixar isso bem registrado: o Incentiva DF deixa esse compromisso para ser construído; o pagamento
para toda a rede vai começar no ano que vem; a articulação com o atendimento específico e com o
Prato Cheio. Depois, vamos constituindo o grupo de trabalho para acompanhar esse processo.
Concedo a palavra para o Diego Moreno, da Sejus.
Depois, vou passar a palavra para a promotora Rosana. Em seguida, voltamos para cá, para o
tópico da escola.
DIEGO MORENO – Boa tarde, deputado.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Diego, desculpe-me.
DIEGO MORENO – Claro. Fique à vontade.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Quero só registrar que a deputada federal Erika
Kokay chegou. Deputada, fique completamente à vontade. Sei que vossa excelência gosta de ficar no
plenário, mas se quiser compor a mesa, fique à vontade. (Palmas.)
A nossa audiência está um pouco diferente. Estamos fazendo um bate-bola.
Obrigado, Diego.
DIEGO MORENO – Sem problemas, deputado. Quero saudar o senhor. Quero saudar também a
deputada federal Erika Kokay – nós estivemos juntos em outra audiência na semana passada. Quero
saudar os presentes na mesa.
Vou me apresentar. Sou Diego Moreno. Estou subsecretário de políticas para crianças e
adolescentes do DF. É um nome grande, não é? Vou tentar não só ser objetivo, mas também não
represar a minha fala nas siglas.
A secretaria a que estamos ligados é a Sejus, Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do
Distrito Federal. Considerando a última fala, eu gostaria de trazer como encaminhamento essa questão
da empregabilidade. Quero deixar, deputado, até para que os nossos colegas possam nos auxiliar neste
debate, 2 propostas bem interessantes que fizemos, no âmbito na Secretaria de Justiça.
No primeiro momento, apresento o Decreto nº 40.910/2020. Tivemos a oportunidade de fazer
o desenho desse decreto e levá-lo à outra gestão para a aprovação e, posteriormente, publicação. O
decreto reserva vagas de estágios para jovens negros e negras. Nessa construção, conseguimos
colocar também aquele público chamado de PcD, que é um público que sabemos que tem a
necessidade de buscar ações afirmativas para se encaixar no ambiente de trabalho. Nesse caso
específico do decreto, o nosso desejo é trazer esses estágios para dentro da administração pública. A
ideia é que os interessados e as interessadas ingressem dentro das secretarias do DF como um todo,
para que entendam que, futuramente, poderão ocupar aquele espaço.
Talvez, nesse primeiro momento, o nosso compromisso seria tentar revisitar esse decreto e
ampliar a faixa de atuação, não só para negros, negras e adolescentes que são PcDs, mas também
trazer esse grau de vulnerabilidade como um dos fatores a serem apresentados. Que as secretarias e a
administração pública distrital direta, indireta e autarquias pudessem entrar nessa caminhada e
contribuir, assim como os outros entes do DF.
Num outro momento, já pensando após os 18 anos – nesta ocasião, temos a oportunidade de
ouvir vocês e também entender o grande desafio que é não só se pensar que, completada a
maioridade civil, ou seja, feitos os 18 anos, a situação está resolvida, mas pelo contrário –, poderíamos
tentar uma reserva legal de vagas.
Trago uma iniciativa nossa, que é o Decreto nº 43.182/2022, que reserva vagas das empresas
que participam de contratos e licitações no Distrito Federal, para que reservem um percentual de vagas
para a população em situação de rua.
Fica a minha observação, justamente para que possamos internamente entender um pouco
melhor essa situação e como conseguimos amadurecer essa proposta, permitindo que esses jovens,
que uma vez que saiam desses equipamentos, possam também ingressar nessas vagas de empregos
formais, com carteira assinada, com a garantia dos direitos trabalhistas e com outros benefícios que
essas empresas possam ofertar. Gosto de algumas iniciativas que, como Executivo, temos.
Por fim, quero deixar aberto o próprio conselho, que é o famoso CDCA-DF, que é o Conselho
dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal. Hoje, estamos com o edital em curso para
que 15 outras instituições possam ser escolhidas a fim de que tenham assento nesse conselho.
Também deixo à disposição de vocês as comissões que há dentro do conselho, para que possam
participar delas, possam ter voz, não somente nas conferências, mas também em todas as reuniões,
embates; que possam, dentro dessa perspectiva, inclusive financeira, entender um pouco como
funciona o conselho e como podem ser aplicados esses recursos para parte do que está sendo pensado
e discutido hoje.
Basicamente são esses encaminhamentos. Eu tentei ser muito breve para não ficar me
apegando ao juridiquês e a essa fala mais institucional. Trago para vocês 2 iniciativas: uma, de fato,
para se revisitar o decreto de estágios para jovens, incluindo-se essa questão da vulnerabilidade social;
e a outra também para essa questão dos que já estão com a maioridade atingida possam entrar nessa
reserva de vagas para as empresas que fazem contratação direta com o GDF.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Excelente. Obrigado, Diego.
Também quero mandar a nossa saudação para a secretária Marcela. Muito bom. Saímos daqui
com a disposição de ajudar na composição na construção desse processo.
Registro a presença de Athayde, representante da Fecomércio – agradeço a presença; o
Athayde já colocou a Fecomércio à disposição para podermos pensar junto com o conjunto do setor
produtivo processos para fortalecer e ampliar esses direitos –; Maria da Penha, coordenadora da
entidade Aconchego; Elizete, diretora do Instituto Epuranios; Ana Paula, presidenta do Instituto
Epuranios; Jéssica Alves, articuladora institucional do Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente
Ameaçados de Morte, do Ministério de Direitos Humanos; Mônica Geovanini, coordenadora de
assessoria parlamentar da Fiocruz; Fernanda Severo, pesquisadora e coordenadora do projeto
Territórios da Construção de Si; Márcia Caldas, assessora da Promotoria de Infância e Juventude do
Ministério Público – obrigado, Márcia, pela presença –; Carine, do Conselho Regional de Serviço Social
e do Movimento de Saúde Mental; Cleidson, do Movimento Nacional da População em Situação de Rua,
e Rosângela Camapun, da Fiocruz.
A Rosângela era minha assessora neste mandato. Nós a perdemos para a Fiocruz. Faço este
protesto. (Risos.)
A Rosângela é grande parceira e está contribuindo muito na Fiocruz.
Rosângela, é sempre um prazer tê-la aqui. Obrigado. Não a perdemos, nós a ganhamos.
Concedo a palavra à Rosana Viegas.
ROSANA VIEGAS E CARVALHO – Ainda sobre a autonomia desses meninos, infelizmente, temos
que reconhecer a incapacidade do Estado brasileiro em garantir direitos. Muitas vezes, o próprio Estado
é o perpetuador das violências e injustiças.
Essa bolsa foi criada pelo Programa Conexão Cidadã, em 2011, mas mudou de nome, virou
outra coisa e, até hoje, não foi implementada. O mesmo ocorre com as creches, que não temos até
hoje. Temos uma ação civil pública desde 1993 – estou me lembrando desse fato, porque estávamos
tratando disso no edifício sede do Ministério Público. Então, está em curso uma ação civil pública desde
a década de 1990, para implantar uma política pública de saúde mental para adolescentes, e os nossos
governantes não fazem nada. Temos muitas dificuldades, mesmo.
A riqueza da pesquisa A Sentença de Saúde Mental é de 2006 e, até hoje, estamos na luta para
implementar uma política mínima de saúde mental para crianças e adolescentes.
Com as creches, é a mesma coisa.
O benefício existe desde 2011 e, até hoje, não foi implementado.
Por outro lado, estamos tendo uma grande oportunidade, que é essa pesquisa, com uma
grande parceria que temos com a Fiocruz, que está dando voz a esses meninos, porque eles são
pesquisadores sociais.
Houve um período em que eles ganharam uma bolsa da própria pesquisa, do próprio projeto.
No momento, o projeto está sem condições de dar essa bolsa.
Eu gostaria, então, de fazer um apelo aqui para as urgências, porque nós estamos falando de
política pública e eu fiz essa digressão para mostrar a dificuldade que é a implantação de uma política
pública a longo prazo. Mas os meninos estão aqui trabalhando.
Eu queria, neste momento, sensibilizar o deputado Gabriel Magno. Quem sabe se o deputado
agora, com o protagonismo que o Poder Legislativo tem tido com as emendas, não pode destinar
algum recurso ao projeto, para que os jovens continuem sua pesquisa e possam ser pesquisadores.
Eles têm uma importância muito grande. Nós os estamos ouvindo aqui. Eles é que sabem dos
problemas deles. Nós não sabemos. Nós ficamos aqui falando sobre eles.
Queremos parabenizar o deputado por esta grande iniciativa de colocá-los no protagonismo
aqui, para que nós possamos ouvi-los. Mas, para que possam estar aqui, eles precisam comer, pagar o
aluguel.
Era esse o apelo que eu gostaria de fazer neste momento. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Rosana.
Já fica aqui um compromisso. Nós anotaremos todos os encaminhamentos.
Nós não temos a competência de encaminhar o recurso diretamente à Fiocruz, via emenda
parlamentar, por causa do pacto federativo brasileiro, da distribuição e separação dos poderes,
também, das unidades federativas.
Nós nos organizamos com as emendas parlamentares no orçamento do DF, mas há
mecanismos para pensarmos em parcerias ou em algumas das secretarias que podem se conveniar a
esses processos, ou com a própria FAP, que é o Fundo de Apoio à Pesquisa no Distrito Federal.
Enfim, saímos daqui com esse compromisso de tentar constituir esses mecanismos, para que
possamos também utilizar da nossa cota – vou chamar assim – das emendas parlamentares individuais
a que todos os deputados têm direito.
Fazemos esse compromisso, no nosso mandato, de continuar o projeto e pensar depois no
formato mais adequado para executá-lo.
Esse é mais um encaminhamento importante, Rosana.
Está atendido o pedido, que é fundamental.
Quero parabenizar também o Ministério Público pela brilhante atuação.
Concedo a palavra à promotora Liz-Elainne.
LIZ-ELAINNE MENDES – Boa tarde a todas e todos.
Agradeço ao deputado Gabriel Magno a oportunidade de um diálogo tão profícuo e franco com
os jovens, que são as pessoas mais importantes do nosso trabalho lá na promotoria de justiça, na área
cível.
Nós observamos que há a reprodução de um discurso um pouco ambivalente na nossa
sociedade porque os jovens, muitas vezes, são olhados sob a perspectiva de que são muito
autônomos, podem responder pelos atos infracionais, podem receber medidas socioeducativas muito
duras que têm pouca reeducação e mais disciplina e, ao mesmo tempo, eles não são vistos como
capazes de exercer um poder de agência, de escolher como vão gastar o seu dinheiro ou como vão
guardá-lo. Então, precisamos refletir como pessoas adultas, gestoras, em todos os nossos espaços de
trabalho, a respeito dessa ambivalência porque, com 18 anos, eles estão sujeitos aos benefícios e às
agruras da maioridade. É nosso compromisso prepará-los para a vida adulta.
Pelo que foi falado aqui, há uma dificuldade muito grande com a fragmentação das políticas e a
falta de diálogo. Acho que seria um bom encaminhamento dialogar de forma mais próxima com as
secretarias de governo.
Foi falado muito do projeto Jovem Aprendiz, que está em outra secretaria de Estado, a da
Família e Juventude. Esse já é um complicador porque a política de acolhimento é executada pela
Sedes e, ao mesmo tempo, a Subsecretaria de Políticas para Crianças e Adolescentes está na Sejus.
Precisamos azeitar esse diálogo, senão não vai haver audiência pública suficiente para soluções breves
e eficazes.
Eu queria chamar a atenção para o Renova DF, que, como foi falado pelo doutor Diego
Moreno, tem privilegiado vários públicos vulneráveis. Acredito que poderíamos também lançar mão
desse programa para os jovens acolhidos como prioridade porque criança e adolescente é prioridade
absoluta. Isso está previsto na Constituição federal, não somos nós que estamos dizendo.
Além de educação em finanças, também precisamos falar de educação em direitos. A Aline
trouxe vários benefícios sociais e o deputado Gabriel Magno não fazia ideia de que poderia pleitear o...
(Falha na gravação.) Precisamos prepará-los para os direitos, não só para a educação financeira. Que o
Cras vá aos acolhimentos, que os profissionais dialoguem com esses jovens, que eles tenham a
oportunidade de entender de qual carta de benefício eles podem usufruir na saída do acolhimento.
Nosso encaminhamento para o Ministério Público e para a Sedes é que há uma reclamação
muito grande das unidades de acolhimento sobre a falta de incentivo financeiro para que eles possam
fazer o acompanhamento dos egressos, como está estabelecido no art. 94 do ECA. Depois que o jovem
sai do acolhimento, a instituição não recebe mais por ele. Como ela vai saber como que ele está se
alimentando, onde ele está morando, como ele está se vestindo, onde ele estuda, se ele trabalha ou
não? Como esse é o trabalho do acompanhamento de egressos, se ele fez 18 anos, não basta chamar
o conselho tutelar, porque ele já tem 18 anos e o conselho tutelar não vai atuar nesse caso. A
instituição deveria acompanhá-lo por um prazo razoável, pelo menos de 6 meses a 1 ano, para saber
como ele está se desenvolvendo como um jovem adulto que o Estado retirou da família de origem, por
estar sofrendo violência, e depois, com 18 anos, o jogou de novo na sociedade sem qualquer
acompanhamento.
Então, eu acho que esse é um trabalho nosso, do Ministério Público também, em diálogo com a
Sedes, para que haja um maior incentivo para as unidades de acolhimento, para elas fazerem um
trabalho de acompanhamento dos egressos realmente mais efetivo.
Era só isso que eu gostaria de pontuar.
Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Liz.
Eu vou devolver a palavra à nossa mesa. Já são 17 horas e 30 minutos. Acho que podemos
debater até 18 horas e 30 minutos. Pode ser? Podemos tentar? Seria mais 1 hora de debate. Sei que
há muito assunto, mas podemos tentar fazer o debate nesse tempo.
Vamos falar agora de escola e preconceito. Já vou dar um spoiler. Falaremos sobre
adolescentes grávidas, regras nas unidades, lazer, sistema de justiça, saúde integral e cidadania.
Vamos tentar organizar isso nesta última hora, para haver o máximo de encaminhamentos
possível. Obviamente, já há o encaminhamento de que a discussão não termina hoje. Saímos daqui
com muita tarefa para continuarmos nesse processo.
Então, neste momento, concedo a palavra ao Estênio. Logo após, usará da palavra a Tainá.
Eles estão organizando a nossa pauta.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Vamos para o próximo tópico, que é escola e
preconceito.
Nós sabemos que existe muito preconceito conosco por sermos de instituições e isso tem
aumentado – bullying, transtorno de imagem, entre outros. Podemos perceber que a maioria dos
meninos da escola que fazem esse tipo de bullying com as crianças e adolescentes de instituição não
conhecem o que é uma instituição de acolhimento. Vemos e afirmamos isso. Esses dias, na instituição
de acolhimento onde estou, houve a visita de alunos de uma escola para conhecerem como é o
acolhimento. Viram onde dormimos, onde moramos, como é o nosso quarto, como é nossa casa e
saíram de lá com uma visão totalmente diferente daquela com que entraram.
Então, eu acho que está faltando isto: as pessoas conhecerem o que é o acolhimento. Está na
hora de as pessoas conhecerem o que é isso. Dentro da escola, tem como ser evitado o preconceito.
Podemos perceber que dentro da escola não há muito acolhimento para essas pessoas que sofrem
esse tipo de preconceito tampouco para aquelas que agem com esse tipo de preconceito – porque
acho que tem que se tratar um lado e o outro.
Nós sofremos preconceito não só nas escolas, mas também onde moramos. Houve até abaixo-
assinado para a instituição de acolhimento sair de onde ela está. Os vizinhos fizeram um abaixo-
assinado para a instituição sair de onde ela está. Vejam o problema e a amplitude disso tudo.
As pessoas não conhecem o que realmente é uma instituição de acolhimento.
Automaticamente, há um preconceito por trás disso, há o preconceito de procurar, de ir atrás, de doar.
Enquanto essas pessoas perdem tempo fazendo críticas, tacando coisas no acolhimento, se eles
usassem esse tempo para nos ajudar, o mundo seria bem melhor e estaria bem mais à frente.
Precisamos trazer essas questões para as escolas, precisamos, sim, falar sobre acolhimento nas
escolas, precisamos mostrar para eles que o acolhimento existe. Estamos nele não porque queremos,
não porque fizemos algo errado, estamos lá para sermos acolhidos. Nós precisamos de acolhimento,
precisamos ser acolhidos.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Passo a palavra à Tainá.
TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Eu vou falar do tópico adolescentes grávidas.
Sendo bem sincera, esse é um tópico muito sensível para algumas adolescentes que são mães. A
primeira coisa em que pensamos quando descobrimos que estamos grávidas é como cuidaremos dessa
criança. Não dá para julgar essa pessoa por ela ter engravidado, por não ter se cuidado.
Muitas adolescentes que são mães têm depressão pós-parto, algumas não têm condições de
cuidar da criança e a deixa jogada. Nem todas as adolescentes têm um lugar onde possam ser
escutadas, ouvidas e receber ajuda. Isso é muito forte. Muitos adultos não acreditam no potencial de
uma mãe adolescente. Se não confiarem nela, ela nunca terá como cuidar do filho e mostrar que
realmente pode fazer isso. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá.
Passarei a palavra à Patrícia, representante da Secretaria de Educação.
Patrícia, sugiro que a secretaria pense num programa de educação sexual, de proteção de
crianças e adolescentes contra a violência, inclusive para cumprir uma decisão do Supremo Tribunal
Federal, que determina que a educação sexual nas escolas não só deve acontecer, mas é uma
obrigação. Não só pode, como deve acontecer. É preciso pensar nesse processo que dialoga não só
com quem está nas unidades, mas com uma política institucional mais geral.
Fernanda, eu sei que a sua área é saúde mental. Convido também a Secretaria de Saúde a
atuar nesse processo de direitos sexuais e reprodutivos dessas jovens mulheres.
PATRÍCIA SOUZA MELO – Boa tarde a todos e a todas.
Primeiramente, eu vou me apresentar. Eu me chamo Patrícia Melo. Estou à frente da Diretoria
de Serviços de Apoio à Aprendizagem, Direitos Humanos e Diversidade, que fica na Subsecretaria de
Educação Inclusiva Integral, na Secretaria de Estado de Educação.
Já conheço alguns dos meninos da mesa, por meio do CDCA, da conferência nacional. Nós
estivemos juntos.
Antes de iniciar a minha fala e responder as perguntas que os meninos fizeram, eu queria
parabenizá-lo, de coração, deputado. Às vezes, temos a oportunidade de estar em alguns espaços que
nos modificam como pessoas. Por trás de cada servidor aqui, representando as suas subsecretarias, há
pessoas muito envolvidas – conheço algumas delas aqui – com essa causa. Tenho certeza disso.
Da parte da Secretaria de Educação, por trás desta servidora, há uma mãe de uma menina de
15 anos de idade. Na fala de vocês, muitas vezes eu me emocionei bastante, porque vocês têm
sonhos, têm direitos – toda criança e todo adolescente têm por garantia –, mas, infelizmente e
diariamente, o Estado viola os direitos de muitas dessas crianças e adolescentes.
Com relação à Secretaria de Estado de Educação, eu vou começar pela questão que o Estênio
levantou: sobre o bullying e sobre saúde mental. Essa tem sido uma discussão muito forte na
Secretaria de Estado de Educação. A Diretoria de Direitos Humanos fez uma publicação, no final do ano
passado, de um guia de valorização da vida que traz orientações sobre prevenção ao bullying, à
automutilação e ao suicídio. Trabalhamos ao longo de todo este ano em cima da divulgação desse guia
e da formação continuada dos nossos profissionais.
Esse guia de valorização da vida aborda as várias causas do adoecimento mental dentro das
unidades escolares, não só dos estudantes, mas também dos profissionais. Esse guia é um diálogo, é
uma conversa com os profissionais de educação, que perpassam essas questões voltadas às
desigualdades sociais, ao enfrentamento de violências, às questões de gênero, de raça, de cor.
Portanto, é um guia que foi amplamente trabalhado com as unidades escolares. Muitas questões que
os meninos trouxeram aqui foram debatidas com os profissionais; também temos feito a formação
continuada, bem como levado essa discussão para dentro das escolas.
Na Diretoria de Direitos Humanos, nós trabalhamos com vários eixos e vimos todas essas
interseccionalidades que estão representadas na mesa. Nós temos que trabalhar para que os nossos
profissionais estejam cada vez mais atentos e sensibilizados a essas questões.
Fizemos este ano o mapeamento dos projetos pedagógicos dentro da rede, e eu acho
importante ressaltar a quantidade de projetos na área de direitos humanos. Quando nós falamos de
educação, nós precisamos realmente falar desses eixos de educação em/para os direitos humanos,
educação para a cidadania. Muitas das questões que os meninos trouxeram e tivemos a oportunidade
de ouvir perpassam esses 2 eixos.
A Secretaria de Educação, no ano passado, fez um levantamento: nas 850 escolas, contando
com as instituições educacionais parceiras, há apenas 290 projetos voltados para os direitos humanos.
Esse dado nos chocou. Trabalhamos na Diretoria de Direitos Humanos por todo este ano, para
melhorar, incentivar, fomentar isso, para que todas as escolas tenham, no seu PPP, pelo menos 1
projeto voltado a um dos eixos dos direitos humanos e diversidade. Esse dado aumentou
consideravelmente e, hoje, nós temos mais de 890 projetos de direitos humanos. Em 1 ano,
aumentamos...
Finalizando, eu me comprometo com 2 encaminhamentos que podemos fazer na educação. Um
deles diz respeito a vários cadernos pedagógicos, na nossa diretoria, voltados ao enfrentamento à
violência contra meninas e mulheres. Há também um caderno que foi produzido no agosto lilás. Nós
temos também para a população indígena e para a população migrante. Mas, de fato, não tínhamos...
Um de vocês – não sei se foi o Aleksandro ou se foi o Davi – falou que precisamos falar de acolhimento
institucional dentro das unidades escolares, exatamente para evitar questões de preconceito e
de bullying. Essa é uma realidade que muitos estudantes não conhecem. Por isso, é muito importante
levarmos esse conhecimento aos profissionais e aos estudantes.
Então, a minha diretoria se compromete a produzir um caderno voltado a essa orientação. Há
na secretaria uma legislação sobre isso e há também a Portaria nº 46, que fala de toda a instituição do
acolhimento a vocês. Nós iremos levar um caderno com os dados de quantos estudantes estão nessa
situação e onde eles estão por regional de ensino, com dados que falem sobre esse acolhimento,
levando essa informação a todos. Com isso nós nos comprometemos e também com a formação dos
nossos profissionais.
Nós fazemos parte de várias redes de proteção da criança e do adolescente, ao PPCAM e ao
CDCA. Nós estamos sempre em parceria com a Sejus e com o Ministério Público.
Estamos à disposição para auxiliá-los. Podem contar conosco!
Obrigada, deputado.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Patrícia. Agradeço demais o
encaminhamento desse caderno dentro de 1 mês. Sairemos com esse compromisso e ficaremos à
disposição para pensarmos juntos. Depois teremos que trocar alguns contatos.
A Aline se inscreveu, mas antes de passar a palavra a ela, concedo a palavra ao Aleksandro,
que também quer fazer um comentário sobre o bullying. Depois devolveremos a palavra para a Sedes.
Posso combinar com vocês sobre as regras também das casas, porque já é direcionado muito à Sedes.
Deputada Erika Kokay, quando quiser fazer o uso da palavra, fique à vontade.
Concedo a palavra ao Aleksandro.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Eu gostaria de fazer um complemento. Como o Estênio
falou, conheço gente que não sabe nem o que é um serviço de acolhimento. Às vezes, digo que preciso
de alguma coisa e que moro em um serviço de acolhimento. As pessoas perguntam: “O que é isso?”
Tenho que explicar tudo.
A Aline comentou sobre o fato de a Enap ter aquele assunto de não contratar egressos do
centro de acolhimento. Então, não há somente escolas, mas há empresas que não contratam quem
está em serviço de acolhimento. Não sei se é por preconceito, não sei se é porque eles ouvem que os
acolhidos têm um grau de estresse maior e, por isso, é mais difícil de lidar com eles e não querem
contratá-los.
Quero ressaltar que não são só as escolas. Às vezes é difícil conseguirmos um emprego
justamente porque estamos num abrigo.
É só isso.
DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Muito bullying e preconceito acontecem com os jovens dentro
do ambiente de trabalho. Eu já vi jovem sendo vaiado e humilhado por ele vir de guia de acolhimento.
Muitos não aguentam e pedem demissão.
ALEXSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Outra coisa que irrita é quando falam que os acolhidos
são coitadinhos. Acho irritante quando falam: “É um coitadinho, ele não tem família, ele não tem pai e
mãe, a mãe o excluiu e o jogou lá”, como se fôssemos objeto ou um lixo que está no abrigo. Nem sei o
que falar porque é um assunto estressante.
Às vezes comparam o abrigo com o programa das Chiquititas. Não tem nada a ver. Quem dera
se o abrigo fosse igual às Chiquititas. Quem dera. Não tem nada a ver. É um assunto engraçado, mas
estressante, principalmente para mim, que já fui um acolhido. Eu tive que escutar isso ao pensarem
que era um lugar de diversão ou onde só há jovens com problemas psicológicos. Nós temos problemas,
mas não é assim que se fala. É preciso estar lá dentro para saber. É só isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Vou fazer um combinado desses tópicos para
pensarmos juntos sobre a questão da gravidez na adolescência, porque há uma questão que é de
nossa responsabilidade como poder público – como o parlamento ajuda e como o Poder Executivo e o
Ministério Público atuam.
Ao se falar em gravidez na adolescência, há um recorte importante nisso, porque, muitas
vezes, isso acontece com meninas de 14 anos, o que configura em crime, em estupro de vulnerável, de
acordo com a legislação penal brasileira. Tem que haver responsabilidades, inclusive pactuadas: como
o Estado cobra das unidades de acolhimento e das instituições. É preciso construir um pacto desse
processo porque não podemos naturalizar isso. Eu gostaria de pontuar isso, chamando à
responsabilidade coletiva o poder público para evitar que esse tipo de coisa aconteça.
Então, há uma dimensão anterior que acho fundamental e não podemos deixar de comentar
sobre isso.
Deputada Federal Erika Kokay, mais uma vez, obrigado pela presença em todas as lutas da
cidade.
Concedo a palavra à deputada federal Erika Kokay.
ERIKA KOKAY – Há um poeta que diz que o correr da vida às vezes embrulha tudo, e a vida
exige de nós coragem. E essa vida que, às vezes, embrulha tudo – vemos muitas coisas que não
queríamos ter visto e vivemos muitas coisas que não queríamos ter vivido – possibilitou a mim
conhecer vocês num seminário sobre orfandade, aqui na Câmara Legislativa. Eu acho que o seminário
foi de iniciativa do deputado Fábio Félix, se não me falha a memória.
A partir dali, alertou a mim que nós precisamos falar da situação das pessoas, dos jovens, das
crianças e dos adolescentes que estão em situação de abrigamento institucional, mas,
fundamentalmente, escutá-los. Precisamos escutar o que vocês trazem das suas vivências, porque,
quando se escuta, estabelecemos espaços de escuta, construímos as soluções a partir de vocês
mesmos, porque vocês têm e carregam a vivência de um abrigamento institucional.
Será lançado agora o Plano Nacional de Promoção e Defesa do Direito de Crianças e
Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária. É fundamental que nós possamos trazer a
discussão sobre os egressos do abrigamento institucional no plano.
E, para além disso, devemos trabalhar, sempre, na intersetorialidade, porque as políticas são
fragmentadas. São muito fragmentadas. As políticas, muitas vezes, não dialogam umas com as outras.
Não há diálogo da saúde com a educação. Não há diálogo com a assistência e vamos fragmentando as
políticas e elas perdem o seu próprio potencial.
Eu penso que nós temos direitos. Direitos são enganchados uns nos outros. Não podemos
separar os direitos. O direito de falar, o direito de alimentação, de educação são enganchados. E se os
direitos são enganchados, as políticas públicas que asseguram os direitos também precisam ser
enganchadas. Se não forem enganchadas ou se não forem articuladas, elas perdem a sua
potencialidade de transformação, de consecução, de assegurar o direito e de reparar o direito violado.
Portanto, nós precisamos de uma multissetorialidade para executarmos políticas que deixem de
lado a fragmentação. Às vezes, nós temos fragmentação de políticas dentro da própria escola. Dentro
da própria escola há várias atividades que também são fragmentadas. Então, uma única política pública
e um único espaço carregam uma fragmentação muito grande na implementação dessas políticas.
Então, penso ser importante fazermos a implementação dessas políticas a partir das
necessidades que vocês estão trazendo. Vocês estão trazendo a necessidade de moradia, de educação,
de educação sem bullying, porque a escola não pode ser um local de sofrimento. E, muitas vezes, a
escola é um local de sofrimento. Vocês estão trazendo necessidade de moradia, de trabalho, de justiça
e cidadania.
Vocês estão pontuando, também, a discussão da gravidez na adolescência. O Brasil tem muita
gravidez na adolescência e isso precisa ser enfrentado de várias formas a se assegurar, inclusive, o
direito das adolescentes a terem filhos se assim o quiserem. E é óbvio que nós estamos aqui falando
do recorte que foi dado pelo deputado Gabriel Magno.
Uma das coisas que mais me provocou indignação foi Cavalcante. Cavalcante registrou várias
denúncias de violência sexual contra meninas quilombolas. Meninas calungas saíam do seu canto, iam
trabalhar em casas de família e eram vítimas de violência sexual. Eu fico me perguntando, doutora
Luisa de Marillac, como é que há meninas grávidas de 12 anos, de 13 anos, e nada é feito? Porque ali a
violência é presumida, ou seja, é estupro de vulnerável e deveria haver uma ação do próprio poder
público, do Ministério Público, dos poderes constituídos para que fosse rompido esse processo de
violência sexual.
É necessário assegurar às meninas que são mães adolescentes o direito à escola. É importante
elas terem espaços para deixar o seu próprio menino, a sua menina, para que a sua vida não seja
modificada a partir da gravidez. Portanto, são diversos os temas que vocês trazem. Isso nós temos que
transformar em uma política pública.
Eu penso, deputado Gabriel Magno, que tínhamos que fazer na Câmara Legislativa e na
Câmara dos Deputados uma política para assegurar os direitos da juventude que está em situação de
abrigamento. Aí nós vamos falar de trabalho, mas não o trabalho precarizado ou o trabalho em que se
busca fazer arremedos.
Eu sei que há políticas para toda a sociedade. Aqui já foi falado do Prato Cheio e de outras
políticas, mas precisa haver recorte a partir do lugar em que vocês estão, do espaço de fala e de
escuta. Não é só dizer: “Ah, nós temos políticas que estão postas”. Políticas que muitas vezes não
atendem como deveriam atender o conjunto da população, e nós as ofertamos como se fosse um
cardápio. Não! Nós temos que pensar políticas a partir da fala, da vivência, políticas que possam ser
enganchadas umas nas outras.
Nós temos que falar de educação, nós temos que falar de saúde, moradia. Aqui há a situação
dos egressos que queremos colocar na discussão da política nacional de convivência familiar e
comunitária. Temos que falar dos egressos, porque parece que aos 18 anos... Há experiências de
Portugal, Fernanda contava, em que se ampliou a idade para 25 anos, porque há fases de transição
para se construir a autonomia, para que a pessoa possa trabalhar com repúblicas e de outras formas
em fases de transição, para que ela possa, enfim, fazer a construção da verdadeira autonomia.
Por isso penso que deveríamos apresentar esta proposição e discuti-la com vocês, mas a partir
do que vocês trouxeram hoje.
Acho muito legal este formato que o deputado Gabriel Magno está dando a esta comissão
geral. Falamos aqui, vocês falam daí, vocês fazem a discussão e temos as respostas. Isso é
protagonismo. Se trabalharmos a partir desses elementos e dos vários tópicos que vocês trouxeram,
trabalharemos uma proposição legislativa para levar para a Câmara dos Deputados e para a Câmara
Legislativa.
Este projeto da Fiocruz, que é uma emenda de nossa autoria... Eu costumo dizer que a Fiocruz
é fio de luz. Eu também tenho mania de querer fazer rap, essas coisas, de vez em quando. Não sou
muito boa nisso, não, mas enfim. O Brasil tem um fio de luz que é a Fiocruz, cujo projeto está
interrompido agora porque estão questionando as emendas em conjunto, as emendas impositivas.
Esse projeto vai desenrolar. Significa fazer uma pesquisa que não é a pesquisa que os
acadêmicos ou a instituição faz com os dados que vocês têm, porque não há dados no país. O Brasil
viveu um apagão de dados. É preciso recompor os dados. É necessário, eu diria, uma pesquisa-ação,
não é nem uma pesquisa, mas uma pesquisa-ação, porque é uma pesquisa em ação, construindo os
caminhos para o protagonismo, para a condição de sujeito.
A nossa legislação, o ECA, diz: são sujeitos e sujeitos de direitos. Não são objetos. São sujeitos
de direitos, com um número imenso de direitos que precisam ser assegurados.
A emenda vai deslanchar. Eu acho que é importante essa pesquisa-ação, porque nós
precisamos de dados. Para fazer políticas públicas de qualidade, temos que saber dos dados.
Ao mesmo tempo, nós vamos renovar, no próximo ano, a emenda da Fiocruz, para que
possamos ampliar o número de bolsas, usando essa pesquisa-ação. Vocês estão fazendo uma pesquisa
que diz respeito ao que vocês acham e a como vocês estão. A partir daí vocês constroem os
instrumentos para superar o que é doído e para reafirmar o que é alegria, o que é riso.
Eu costumo repetir uma fala que eu escutei de um jovem numa conferência livre da saúde,
preparando a Conferência Distrital de Saúde. Ele dizia o seguinte: “A gente não quer mais falar pelas
nossas cicatrizes”. Como eu sou um pouco ousada e gosto, também, de poetar, eu disse que nós
queremos falar pelos nossos risos; nós queremos falar pelo que colocamos, na nossa pele, de adorno;
nós queremos falar com a pele preta como traje de gala, com a tinta do urucum e do jenipapo, que
ornamenta o corpo das mulheres e dos homens indígenas que lutam por seus direitos. É assim que nós
queremos falar.
Encerro dizendo que nós vamos renovar a emenda no próximo ano e, ao mesmo tempo, vamos
tentar ampliá-la para conseguirmos mais bolsas. Vamos apresentar essa proposição.
Na audiência que faremos na Câmara dos Deputados para discutir o plano nacional, nós
queremos a presença de vocês. Eu já falei com a Fernanda para que vocês estejam à mesa para
fazermos a discussão do plano a partir do que vocês vivenciam. É convivência comunitária e familiar, e
nada substitui os laços e as tranças que nós fazemos. Vocês estão cheios de tranças, tranças uns com
os outros, para construírem um mundo diferente.
Por isso, sigamos adiante nas nossas tranças, nas nossas alegrias, nos nossos fios de luz, na
nossa construção de uma sociedade em que caibam todos, todas as pessoas da forma como nós
somos. Nós somos diversos e temos histórias diferenciadas. O que aconteceu nas nossas vidas nós não
mudamos, mas mudamos a forma como vemos o que aconteceu conosco.
Já dizia Sartre, um grande filósofo, que o que resta não é apenas constatarmos o que
aconteceu nas nossas vidas, na vida de todas as pessoas que aqui estão, mas o que nós vamos fazer
com o que fizeram conosco.
Nós vamos fazer muito porque nós somos fios de luz. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Muito bem, Erika. Obrigado.
Há mais alguns encaminhamentos. Fica a tarefa de desenharmos essa política, de pensarmos
numa proposição legislativa que contemple as várias dimensões.
Vocês vão ao Congresso Nacional, ao plenário do Congresso Nacional, vamos ganhando
espaço.
Quero dar uma resposta para a Rosana, que fez esse pedido de emenda para ajudá-los. A
deputada federal Erika Kokay reforçou esse ponto, ano que vem vai haver e nos comprometemos a
pensar em como ajudar com mais recursos.
Faltam esses 4 últimos eixos. Eu queria que apresentássemos todos em bloco. Eu acho que é
possível em 10 ou 15 minutos apresentá-los, e haverá uns 10 ou 15 minutos para as respostas. Pode
ser esse encaminhamento? Então, serão: regras nas unidades, lazer, sistema de justiça e saúde.
Passo a palavra para a nossa turma, para a Tainá, para o Estênio e para o Aleksandro.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Agora o nosso tópico é regras nas unidades de
acolhimento. Então, vamos começar a falar sobre isso.
Há uma regra na unidade. Como eu falei, nós estudamos e pesquisamos, fizemos conferências,
reuniões com outros acolhidos que participam também da nossa pesquisa com a Fiocruz. Esses dados
de que vamos falar agora são de pessoas, acolhidos que passam por essa situação.
Se não chegarmos em casa no horário do jantar, ficamos sem comida. Se não chegar no
horário, fica sem comida, fica sem comer, fica com fome. É uma coisa muito triste de se falar: se não
chegarmos no horário, ficamos sem comida. É uma situação que foi passada para nós e estamos aqui
para discutir sobre ela. Não pode existir isto: se não chegar no horário, fica sem comida. Não pode
existir.
Há outra: se não chegarmos em casa no horário estipulado, corremos o risco de dormir na rua,
se não procurarmos o conselho tutelar. Na minha opinião, o conselho tutelar acha que nós, em
acolhimento, já não precisamos mais dele, mas precisamos, sim, precisamos de todo o apoio possível.
Como assim: se não chegar no horário, fica na rua? Esse ambiente é a casa dele, é a casa onde ele
tem que ser acolhido. Não é um local a que ele tem que chegar até um certo horário senão vai dormir
na rua.
Você quer falar sobre esse ponto ou eu posso continuar? Se, meninos, quiserem falar sobre
isso, eu passo a fala para vocês, está bem? Podem ficar à vontade.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Vamos combinar de apresentarem todos em
conjunto. Mas podem ir comentando. Ele comenta, depois volta e vai passando.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Entendi.
Para terminar o terceiro, quando um descumpre a regra, acaba sobrando para todos. Eu acho
que eles estavam querendo que isso fosse falado aqui. Se alguém chegar atrasado até um certo
momento, no dia seguinte, outro não pode sair por conta daquele que chegou atrasado. Temos que
mediar isso, de maneira que funcione para as 2 partes, sem ferir direitos, como foi falado.
Uma ideia que apresentamos é que em cada unidade haja um grupo de adolescentes
representantes. Esses adolescentes terão acesso, periodicamente, à direção do acolhimento para
conversar sobre as diversas situações e para tentar mediar fatos, conflitos e outras coisas que venham
a acontecer mais à frente.
Agora vamos ao próximo tópico. Nós já falamos sobre regras nas unidades de acolhimento. Há
várias outras. Nós trouxemos algumas que ferem nossos direitos e que ferem aquilo que deve ser feito
para apresentar para vocês.
Vou passar a palavra para a minha colega Tainá.
TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Agora vamos falar sobre lazer. Muitos acolhidos
têm dificuldade de acessar momentos de lazer quando estão no acolhimento por questões financeiras,
como a retenção da renda dos estágios. Quando saímos do acolhimento, o lazer é inexistente, só há
tempo para trabalhar e tentar pagar as contas. Quase não se estuda e pior ainda é o lazer.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – O próximo tópico que queremos tratar é o sistema de
justiça e cidadania. Nós não conhecemos o juiz, o promotor nem o defensor dos nossos processos. Nós
só fomos conhecer algumas dessas pessoas por causa da pesquisa. Existem instituições de acolhimento
em que os acolhidos simplesmente não conhecem as pessoas que estão por trás de seus processos,
como o juiz e os servidores da vara da infância. Pode ser que a instituição já tenha visitado a vara da
infância, como é o meu caso. Eu já visitei a vara da infância, mas só fui conhecer melhor os
promotores quando comecei a participar dos projetos da Fiocruz. Foi só então que os conheci melhor,
que falei melhor com eles. Falta isso. Eu não conheço o juiz que ficou responsável pelo meu caso, não
sei quem é, não sei nem o nome. Assim fica difícil!
Os acolhimentos fazem eventos com as autoridades, mas nós nunca conseguimos falar com
elas. Trazemos nessa pesquisa, nessa informação que adquirimos com o tempo, que os acolhidos não
conseguem falar com as autoridades quando elas visitam a casa de acolhimento. Fica uma coisa muito
complicada, não é? Por que o acolhido não pode conversar com o juiz, não pode conhecer o juiz, não
pode conhecer um pouco do juiz? Trouxemos isso baseados na fala de uma pessoa: passamos a vida
acolhidos, e não conhecemos quem cuida dos nossos processos.
Então, a ideia que queremos deixar aqui é a seguinte: quando houver visitas nas unidades de
acolhimento, seja de juiz, seja de promotor, que elas sejam acompanhadas por um grupo de
adolescentes – aquele grupo que mencionamos lá atrás. Na escola, existe um grupo responsável por
representar os alunos. Por que não um grupo responsável por representar os acolhidos? Esse grupo
pode levar ao juiz, ao promotor a demanda de um acolhido. Esse grupo pode existir. Esse grupo tem
que existir. Essa é uma forma de o juiz estar mais perto, é uma forma de o promotor estar mais perto.
Querendo ou não, nós reconhecemos que existem muitos acolhimentos que o juiz e o promotor têm
que acompanhar. Há várias demandas. Acho que esse grupo traria representatividade para o
acolhimento. Acho que, se esse grupo chegasse mais perto dos promotores e dos juízes, essa seria
uma maneira de fazermos acontecer, de fazermos brilhar. (Palmas.)
TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Vamos ao último tópico: saúde integral e
cidadania.
Unidades de acolhimento precisam receber prioridade de atendimentos nos locais de saúde.
Precisamos entender mais sobre os medicamentos que estamos tomando. Alguns deles não nos fazem
bem.
Sobre o programa de acompanhamento para egressos, quem estiver prestes a sair do
acolhimento precisa ter acompanhamento diferente. Quando completamos 15 anos, começamos a ficar
ansiosos, porque, aos 18 anos, precisamos sair do acolhimento. E o que vamos fazer da vida?
(Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá e Estênio.
Eu vou passar a palavra para o David e para o Aleksandro, a fim de que eles possam comentar
esse tópico – esse é o nosso objetivo. Depois, passaremos a palavra para vocês dos equipamentos
públicos para fecharmos os nossos encaminhamentos.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Eu quase chorei quando ela estava falando.
Isso, para nós, é uma grande realização. Nós estamos nesse processo, tentando buscar os
direitos que sabemos que temos. Estamos ocupando os espaços de pouquinho em pouquinho, mas os
estamos ocupando.
Quando falamos de jovens, pensam que é só diversão e tal. Nós estamos tendo essa
oportunidade e vemos que está valendo a pena. Estamos vendo que está igual ao que falei, pois acho
que em muitas reuniões em que eu estive, com muita gente importante, eu falo e repito: “Queremos
ação, gente!” Estamos falando aqui, vocês estão falando, mas vejo que vocês falaram e trouxeram a
solução. Muitas vezes temos só a fala: “Ah, eu vou resolver”. Igual ao que a promotora de justiça
falou, que há assuntos, que há coisas... Sobre a data que ela falou, eu não era nem nascido, gente.
(Risos.)
Coisas que falaram que iam resolver. Ela falava: “Mil novecentos e bolinha”, porque isso não
importa, o que quero falar é que só falaram. E estamos vendo essa realização que está tendo.
Podemos estar falando, mas está havendo ação, entendeu? Estão tomando providências, estão
trazendo ideias, estão falando de ideias. Mesmo falando de ideias, acho que mesmo assim não tem
ação, não é? Porque falam: “Ah, vou fazer uma ideia”. Não é uma ação, não é? Não tomaram
providências, não os vimos fazendo o que queríamos que fizessem.
E agora vou comentar do sistema de justiça. Eu acho que ele comentou também: gente, há
gente que mora em abrigo, aí falam assim: “É, às vezes, alguns juízes vão lá para visitar a casa”. Eu
fico impressionado, porque é como se fossem reis, não é? Só faltam jogar o tapete vermelho para eles.
Às vezes, não os conhecemos. Até tomamos algumas broncas pelo fato de ele ir lá e o nosso quarto
estar bagunçado. É o que acontece, não é? Somos jovens e, às vezes, somos molambentos,
desorganizados. Faz parte, gente, pois, às vezes, temos preguiça, mas isso não vem ao caso.
Só queria falar que, às vezes, não os conhecemos. Eu estou tendo a oportunidade de conhecer
bastante gente que achava que nunca ia conhecer. Às vezes, não conhecemos o juiz. Quando vamos
mudar de abrigo – às vezes, pedimos para mudar de abrigo; já ocorreu comigo de eu querer mudar –,
eles falam: “Tem que passar por um certo juiz para autorizar você a ir” ou: “Tem que falar com o dono
do acolhimento que tem a coordenação”. Só que nunca nem vimos o cara. A nossa vida está sendo
decidida por uma pessoa que nunca vimos.
São coisas sem noção. Não que temos a obrigação de conhecer. Não sei, mas acho que deveria
haver a obrigação de conhecer, porque, querendo ou não, são demandas que estão sendo tomadas por
ele e que não temos nenhuma opção de falar não ou sim.
Sobre o lazer, eu só queria comentar... É só uma ideia, pois no acolhimento onde eu estava,
havia algumas coisas que faziam para tentar agradar os acolhidos. Eu não sei o que aconteceu, mas
depois de um tempo foi desligado. Eu acho que eles recebiam uma renda para tentar dar uma alegria
aos adolescentes. Não aconteceu. Este é só um comentário.
Sobre as regras de acolhimento. Como o Estênio falou, acho que, antes de criarem qualquer
regra de acolhimento, deveriam passá-la para a supervisão de um adolescente, ou de um grupo.
Algumas regras são tomadas sem ao menos o técnico ou mãe social saberem. Fazem as regras, e elas
não passam pelo acolhido. Isso nos chateia muito. Aí, queremos bagunçar mesmo. Criam uma regra
sem o nosso consentimento e sem um debate. Deveriam ter uma conversa conosco, antes de criarem a
regra. Isso é muito bagunçado. Peço que trabalhem nisso também.
Era só isso. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Concedo a palavra ao David.
DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Eu queria só falar um pouquinho sobre as regras no
acolhimento.
Eles nos retiram de um lugar. Na visão deles, a nossa situação, integridade, saúde mental e o
nosso cuidado estão num lugar precário. Se tiraram a criança ou o adolescente da sua família de
sangue, é porque o ambiente não estava agradável para eles.
Vamos supor que o adolescente atrase uns 10 minutinhos para chegar à sua guia de
acolhimento. O funcionário tem a capacidade de falar: “Hoje, você não entra porque chegou atrasado”.
Se fosse para eu ficar na rua, eu ficaria com a minha família. Se fosse para eu ficar sem alimentação
porque eu cheguei atrasado à guia de acolhimento, eu continuaria com a minha família. Assim, não
existe por que eu ir para um lugar que, para eles, é bom.
Eles nos tiraram de um lugar ruim que, na opinião de alguns, é bom. Só o jovem ou a criança
sabe o que acontece em casa. Quem está sentado numa cadeirinha de couro, na sua casa, faz um
evento e dá um presente, uma vez na vida, outra na morte, não vê realmente o que está acontecendo
física e mentalmente com o jovem. As pessoas não sabem o que passamos psicológica e
emocionalmente.
São coisas simples e fáceis de se resolver. Tenho certeza de que cada um aqui, com o poder
que tem, pode melhorar muito, muito, muito a guia de acolhimento e a vida daqueles que saírem dela.
Sobre o lazer, eu gostaria de reforçar uma coisa. Se todos estes jovens estivessem pedindo
coisas impossíveis para vocês, eu até entenderia e falaria: “vocês estão querendo demais, é palhaçada,
é patifaria!”, mas nós não queremos nada demais. Nós só queremos um lugar digno para morar. Nós
só queremos uma renda fixa e sustentável para vivermos e um lugar em que estejamos bem, sem
precisarmos nos preocupar com o dia de amanhã ou com coisas tão simples como tomar o café da
manhã, almoçar ou ter pelo menos uma sandália para usar.
Era isso, gente.
Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, David.
Eu vou pedir um pouquinho de paciência a vocês.
Agradeço muito vocês terem topado estar aqui até agora, escutando e tentando responder aos
questionamentos.
Pergunto se alguma das meninas ainda quer falar. Se não quiserem, não há problema; mas, se
alguém quiser, por favor, sinalize, porque o espaço hoje é de vocês. Estamos aqui para ouvi-las.
Se alguém quiser falar, é só apertar o botão aí na frente.
Peço 5 minutos a mais de paciência dos presentes para ouvi-las.
Por favor, diga o seu nome antes de começar.
REGIANE – Meu nome é Regiane. Sou da instituição Casa de Ismael. Mais uma vez, eu queria
falar sobre a nossa realidade lá.
Como eles falaram, há várias ocasiões em que ficamos para o lado de fora de casa. O que
adianta nos tirarem das nossas famílias e nos colocarem em um lugar onde vamos ficar fora de casa,
num lugar onde ficamos sem comida se chegamos depois do horário? O que adianta nos tirarem das
nossas famílias, dizendo que vão trazer algo melhor para nós e termos de passar por tudo isso?
Aliás, sem poder conversar com ninguém, porque ninguém nos dá ouvido. Tentamos conversar
com uma pessoa, ela fala, promete que vai nos ajudar e nunca ajuda.
Se tentamos por outros meios buscar ajuda de outras pessoas, simplesmente podemos ser
transferidos de local, podem colocar coisas que não são verdades sobre nós em nossos relatórios sem
que tenhamos acesso a eles.
Quem já passou pelo serviço de acolhimento sabe que o que estou falando é verdade. Eu moro
lá faz 1 ano e sempre passei por isso.
Eles querem porque querem nos obrigar a fazer coisas que não queremos. Eu moro lá por
escolha minha. Eles querem me obrigar a morar com o meu pai, mas eu não quero. Eu nunca tive um
pingo de convivência com ele. Não há motivo para eu morar com uma pessoa com quem só converso
por telefone. Seria a mesma coisa de eu morar em um vizinho.
Eles têm pouca empatia por nós. Eles fazem pouco caso de nós. Eles só estão lá pelo dinheiro e
pelo trabalho. Não por nós. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Regiane.
Eu vou devolver a palavra para as nossas secretarias e para o Ministério Público.
Peço para apertarem o botão para que eu identifique quem vai falar.
Vamos sistematizar alguns combinados.
Pensarmos, junto com a Sedes, que tem uma relação direta com as entidades, essa questão de
haver uma representação dos adolescentes em cada unidade para mediar essa relação na definição das
regras e dos conflitos. Aqui surgiram apenas alguns, mas sabemos que há outros, e é preciso combinar
essa mediação.
No debate do lazer e do direito à cidade, podemos pensar como poder público, governo e
Legislativo na expansão do passe-livre. Acessar os equipamentos da cidade é muito importante.
Podemos pensar nas entradas em eventos e em agendas culturais. Hoje há meia-entrada na educação,
mas podemos pensar em mecanismos de incentivo e acesso a esses espaços. Podemos oficiar a
Secretaria de Cultura sobre editais de fomento à cultura, do FAC, porque eles querem acessar e
também porque há pessoas que produzem cultura. Como garantir esse acesso a eles? Isso pode ser,
inclusive, fonte de renda, trabalho e emprego por meio do setor cultural.
Quanto à questão do sistema de justiça, o Ministério Público pode ajudar muito nesse processo
e nessa mediação. Hoje vocês reclamaram que não conhecem os promotores e os juízes; as
promotoras vocês conheceram hoje. Vamos ajudá-los nesses processos. Se há uma visita institucional
do sistema de justiça, do Ministério Público, dos órgãos de controle, vamos escutá-los, visitá-los, ouvir
a demanda de quem está ali. Esse é um bom e possível encaminhamento.
Do ponto de vista da saúde integral, Fernanda, trago esse desafio porque há muita coisa com
relação à saúde mental e aos medicamentos: como isso é tratado, como isso é ofertado, quais as
condições. Isso é fundamental porque sabemos que essa lógica insiste e perdura. Vamos mediar esses
problemas e fazer esse acompanhamento na entrada e na saída. Sabemos da dinâmica do SUS, das
regulações e dos desafios existentes. Como podemos pensar em linhas de cuidado e protocolos
específicos para esses processos?
Eu queria minimamente combinar alguns encaminhamentos desses eixos ouvindo vocês.
Agradeço demais a presença de todos.
Vou passar a palavra à Luisa e, em seguida, à Rosana.
LUISA DE MARILLAC XAVIER DOS PASSOS – Primeiro eu queria falar com o Estênio e com a
Regiane que o Ministério Público vem, há muito tempo, tentando um canal de escuta com as crianças e
os adolescentes, sempre mediados pelos próprios serviços. Percebemos que não adianta só fazer a
visita, estar lá, ser mediado pelos próprios serviços, para construir uma confiança que permita a vocês
realmente se expressarem e trazerem os problemas reais que vivem no cotidiano.
Então, não é só a existência de um canal para que vocês possam reivindicar os seus direitos,
mas também de uma metodologia, porque, quando falamos de adolescentes, especialmente de
adolescentes afastados de suas famílias, que estão acolhidos dentro de instituições, o canal não basta.
Precisamos ter a metodologia.
Eu queria agradecer muito a essa equipe de pesquisa da Fiocruz, que tem possibilitado essa
construção de uma fala autônoma, independente e com essa confiança que permite que questões tão
graves sejam trazidas por vocês. As questões que vocês estão trazendo não são questões, não são
meras limitações, são violações. São violações gravíssimas de direitos.
Eu acho que o Ministério Público – queria aqui falar por mim, pela Rosana, pela Liz, mas
também por Leslie, também por Brenda, também por Renato – estamos comprometidos com vocês a
apurar essas responsabilidades. Nós precisamos apurar essas responsabilidades. E precisamos estar
comprometidos com vocês. E vem uma delicadeza... E eu peço muita confiança da Sedes, da Secretaria
de Justiça e dos outros serviços, porque precisamos trabalhar com isso, protegendo os adolescentes
que estão no serviço.
Em relação a Estênio, o Estênio trouxe uma vocalização de fatos que ele ouviu de vários
acolhidos do projeto. A Regiane trouxe uma situação que ela está vivendo. E me preocupa que ela
possa ser retaliada por isso.
Então, eu acho que todos nós precisamos estar comprometidos em protegê-la, em proteger
esses meninos que estão trazendo essas situações tão graves para nós, como autoridades. E nós
precisamos nos comprometer em protegê-los. Nós precisamos nos comprometer para que nunca mais
esses meninos passem por violação de direitos, porque não chegar no horário pode gerar uma punição
disciplinar dentro de um serviço de acolhimento, mas essa punição disciplinar nunca pode ser a
privação de um direito fundamental, nunca pode ser a privação de um direito fundamental. Nunca pode
haver privação de alimento, privação de casa, privação de lugar para dormir, privação do seu direito
fundamental. Isso não pode!
Nós precisamos estar aqui juntos e comprometidos para que isso se modifique. Só para ser
mais pontual, eu queria que pudéssemos nos comprometer, nessa construção, porque as orientações
técnicas para o serviço de acolhimento já falam das assembleias de acolhidos desde 2009. A nossa
fiscalização do Ministério Público cobra essas assembleias de acolhidos. No entanto, as nossas
fiscalizações não são suficientes, por quê? Claro, quando o promotor chega no serviço de acolhimento,
ele está o tempo todo mediado pelos próprios profissionais de serviço. Então, os meninos não têm um
canal de conversa direta e, mesmo que tivessem, que essa conversa fosse pontual, não adiantaria,
realmente essa metodologia de construção de confiança teria de existir para que essas coisas
pudessem vir à tona.
Agradeço à Fiocruz. Nessa política junto aos acolhidos, nós precisamos pensar em ouvidorias e
em instâncias mediadoras. Que eles não passem só pelos serviços que executam o programa. Essa é a
execução de uma política muito delicada, ela precisa de um controle diferenciado. Nós precisamos
encontrar uma sistemática eficaz para isso.
Vocês nos trouxeram fatos graves, como a questão da medicalização, sem saber o porquê, sem
saber que remédios são esses que tomamos. Aqui há uma dinâmica de controle de comportamento, de
controle de subjetividades, que é intolerável numa democracia.
Era o que eu tinha a dizer.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, doutora promotora Luisa de Marillac.
Contamos com o Ministério Público. Sairemos daqui com alguns pactos feitos para melhor
desenharmos esse processo. Mais uma vez parabenizo o papel do Ministério Público.
Passo a palavra Rosana Viegas, promotora dos direitos da criança e adolescente.
ROSANA VIEGAS E CARVALHO – Em sua fala, a Luisa já nos representou. Nós temos que nos
comprometer em criar essa metodologia, essa forma de atuação.
Eu gostaria de dizer que nós fiscalizamos os abrigos devido a uma resolução do CNMP. Essa
resolução passou por uma transformação e trouxe agora a obrigação da escuta dos adolescentes e das
crianças. Nós estamos pensando na criação de uma metodologia de escuta onde eles possam se
manifestar livremente.
Eu quero trazer uma outra questão, a qual eu acredito que conseguiremos resolver. Se não for
possível resolvê-la, pelo menos olhar para ela: a questão do direito à saúde. Em razão das dificuldades
do SUS, há filas de regulação, assim como há fila para creche. Do início do ano para cá nós fizemos um
belíssimo trabalho. Colocamos pontuações de vulnerabilidades no manual de ingresso às creches para
que houvesse equidade nessa fila. Eu acho que nós precisamos construir esse mesmo processo junto à
Secretaria de Saúde, para garantir não só a fila já existente, mas a sua equidade. Os jovens e as
crianças do acolhimento encontram-se numa enorme situação de desigualdade. Nós precisamos trazer
instrumentos para nivelar e trazer equidade a ela.
Neste momento eu me comprometo... Não sei em que hora, mas precisamos arranjar um
tempo para trabalharmos nessas filas de regulação. Não é possível que um menino que precisa entrar
no Adolescentro entre numa fila comum e fique sem atendimento, acabando por ser atendido por um
profissional voluntário, que lhe receita um monte de medicamento, sem ninguém saber que
medicamento é esse, deixando os meninos desatendidos. Então, também precisamos nos comprometer
a criar essa pontuação na regulação e dar o atendimento prioritário para quem mais precisa. É isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Rosana.
Concedo a palavra à Aline, da Sedes.
ALINE PEREIRA – Oi, gente, eu teria muitas coisas para falar, mas já passamos do tempo.
Então, quero encaminhar uma sugestão para o pessoal da Fiocruz. Eu posso falar de algo que
talvez a minha chefia já saiba, já faça, mas eu não tenho conhecimento de nenhuma agenda da Sedes,
principalmente da Diretoria de Acolhimento, com a Fiocruz. Seria interessante realizarmos um encontro,
mesmo que apenas uma oficina, para ouvirmos com calma isso que os meninos estão trazendo. Aqui
há diversas políticas, há coisas que nós podemos responder, mas há coisas para as quais precisamos
encontrar soluções mesmo e eu acho que num outro espaço conseguiríamos fazer isso melhor. Deixo
aqui a proposta para que tenhamos um momento específico de diálogo com os meninos.
Aproveito também para responder algo que foi trazido mais cedo sobre a construção do PIA. O
que me foi passado é que os cronogramas estão sendo pensados. O que está acontecendo agora é
uma discussão teórica, então, não caberia o que foi pedido. Amanhã ainda haverá uma atividade e
todos estão convidados – apesar de a inscrição já ter passado – a participar de uma parte do evento.
Caso haja interesse de alguma instituição específica em participar, podemos reabrir as inscrições para
participar da construção do PIA. Na própria construção do Plano de Acompanhamento Individual, virão
muitas das soluções que os meninos trouxeram.
Sobre propostas quanto à questão da empregabilidade, acho que nenhum colega do trabalho
se manifestou, mas na Sedes há reserva de vagas do Renova. Acho que a promotora falou sobre o
Renova. Nós encaminhamos pessoas em situação de rua, por meio da cota do Renova, para
qualificação profissional. Eu acho que podemos fazer a provocação para que haja reserva de vagas
para os egressos, porque isso já existe para a população de rua. Então, nessa cota incluiríamos
oficialmente os meninos. Não poderiam ser tantos meninos assim, mas acho que é algo que poderia
ser ajustado na política. Nós não podemos interferir em outra política pública, mas podemos sair daqui
com uma recomendação para o Renova. Isso nos ajudaria muito, porque para nós também é um
desafio inserir esses meninos no mercado de trabalho após os 18 anos. Lembro que o Renova só
atende pessoas após elas completarem 18 anos.
Por fim, eu queria abrir um diálogo com a Secretaria de Educação. Os meninos trouxeram a
questão do bullying, mas há muita dificuldade em conseguir fazer os meninos assumirem a vaga na
escola. A vaga é estabelecida, mas às vezes, quando vem o processo sobre menino de acolhimento,
uma vaga que conseguiríamos em uma semana, demora 1 mês para ser garantida. Depois,
conseguimos a vaga na escola, só que vamos para a permanência. E eu vou dizer: estamos com muita
dificuldade, muita dificuldade, principalmente com os adolescentes da execução direta. Isso acontece
porque eles acabam fazendo a indicação de reserva e não priorizam o local mais próximo, priorizam a
faixa etária. Então, começamos a enfrentar o problema do transporte para os meninos. Nem todos os
acolhimentos têm meios para garantir o transporte e, até conseguirmos o passe livre, os meninos já
perderam 3 meses de aula.
Os meninos trouxeram um assunto sobre o qual devemos fazer um debate depois. Eu até
gostaria de saber a visão das promotoras sobre isso. O fato de o menino estar no acolhimento,
teoricamente, não pode ser publicizado. Então, estranhei o que falaram sobre os alunos terem visitado
a unidade de acolhimento. Isso, até onde eu sei, é algo que não pode acontecer. Isso estigmatiza o
acolhido. Nós trabalhamos para que ele seja tratado como qualquer outro educando na escola e, não,
como menino do acolhimento. Há vários relatos de estudantes que vão para a escola regular e voltam
dizendo que já ouviram de professores que meninos como eles não eram para estar naquela escola,
que a escola não era do nível deles, que meninos de abrigo são Chiquititas. Muitas vezes fazem
confusão e os chamam de infratores, confundem o Suas com o Sinase. Então, percebemos que a
educação não compreende mesmo o papel da assistência e acaba confundindo os meninos com
aqueles que estão cumprindo medidas socioeducativas. São 2 públicos diferentes. Os meninos sofrem
muito preconceito na escola.
Precisamos reforçar o que a promotora trouxe agora no final. Não conseguimos fazer
acompanhamento nos Caps com os meninos de acolhimento, porque é muito difícil! Todos eles vêm
com algum processo de transtorno, de ansiedade, de TDAH e de outras coisas da própria família.
Fazemos o acolhimento de porta aberta e o menino só conseguirá vaga para 6 meses ou 7 meses
depois. Muitas vezes esse menino se evadiu do acolhimento e não conseguimos garantir o acesso à
saúde. Então, nós do acolhimento temos muita dificuldade com a inserção dos meninos na política de
saúde. Eu acho importante essa proposta da promotora de que haja na regulação um sistema
prioritário para que consigamos fazer o acompanhamento desses jovens do acolhimento. Afeta muito a
saúde mental deles dentro do acolhimento o fato de não conseguirmos vaga no COMPP, no
Adolescentro e no Capsi.
Fico à disposição para que possamos, em outro momento, responder às dúvidas e abordar
outras questões, como as que a Rejane trouxe. Eu acho que são temas sensíveis de que podemos
tratar em outro espaço, mas já está registrado.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aline.
Iremos ouvir quem quiser fazer a sua manifestação. Depois voltaremos à mesa para as últimas
considerações e para encerrar esta sessão.
Concedo a palavra à Patrícia.
PATRÍCIA SOUZA MELO – Imagina, nós que agradecemos a oportunidade de estar aqui.
Sobre o acesso à escolarização, além das leis que já assistem a esses estudantes, como a Lei
nº 12.010/2009, além do ECA, além da Constituição federal e além de toda a legislação que já os
assiste, como eu falei na minha primeira intervenção, há uma portaria específica dentro da Secretaria
de Educação, que é a Portaria nº 46, de 7 de março de 2013. Essa portaria institui, no âmbito da
Secretaria de Educação, a política de inclusão educacional e o acompanhamento de escolarização de
crianças e adolescentes em acompanhamento institucional, com igualdade de condições e
oportunidades para o acesso e a permanência nas unidades escolares.
Essa portaria regula todo o atendimento dentro da secretaria e aborda nos artigos todos os
direitos do estudante, com igualdade de condições a acesso e permanência na unidade escolar. Se
houver algum fato que esteja fugindo dessa portaria, se houver um descumprimento da lei, das
normativas legais federais e da própria instituição, isso precisa ser levado à Diretoria de Direitos
Humanos. Podem entrar em contato conosco para apurarmos a situação.
Como eu disse também na minha primeira fala, nós nos comprometemos a dar maior
visibilidade a esse caderno pedagógico para que os profissionais estejam reiteradamente discutindo e
trazendo acolhimento a esses estudantes de forma mais clara. Esse papel pedagógico é nossa função,
nossa obrigação, e nos comprometemos a reforçar essa portaria que já existe, mas entendemos que os
profissionais da educação precisam ter conhecimento dela e fazer cumprir o que está na portaria.
Aproveito este momento para encerrar a minha fala e agradecer mais uma vez a oportunidade
de estar nesta casa. Para mim, foi uma aula de educação e de cidadania. Meninos, eu dirijo a minha
fala final a cada um de vocês. Aleksandro, David, Estênio, Tainá e Regiane, que falou por último, vocês
são brilhantes. Eu já havia tido a oportunidade de escutar o Aleksandro e o Estênio na conferência.
Quanto potencial vocês têm! Como vocês são inteligentes, como vocês têm futuro pela frente!
Nós estamos aqui, como poder público, para garantir os direitos de vocês. Eu tenho certeza de
que todo mundo sairá daqui com a cabecinha fervendo de ideias e de possibilidades para que
trabalhemos ainda mais, inclusive, intersetorialmente. Eu estava comentando com a promotora que nós
já trabalhamos intersetorialmente e somos muito próximos da Sejus; do MPDFT, na pessoa da doutora
Liz Elainne; da Secretaria da Mulher e de outras secretarias com as quais estamos sempre nos falando
e articulando, numa proximidade maior.
Que possamos sair daqui, realmente, com essas tarefas de casa e esses encaminhamentos que
foram apontados. Você colocou muito bem, Aleksandro: que não fique apenas nas ideias, mas que
realmente aconteça algo. Acreditem no potencial de vocês e não deixem que ninguém diga que vocês
não têm o talento e a possibilidade que mostraram para nós. O que vocês viveram até hoje já foi
superado. Isso é realmente uma lição de vida para cada um de nós.
Eu encerro a minha fala dizendo que aprendi muito no CDCA, no Comitê Consultivo de
Adolescentes. Há uma frase deles que diz que eles não precisam que nós, adultos, demos voz a eles,
porque eles já a têm; eles precisam ser ouvidos por nós. Essa iniciativa hoje do deputado, de colocar
vocês à frente dessa questão, reforça esse protagonismo de vocês.
Parabéns pela audiência.
Esse momento foi importante para que voltemos para as nossas secretarias com mais afinco e
determinação para cuidar de vocês da melhor forma possível.
Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Patrícia.
SIMONE RODRIGUES TORRES – Eu só quero agradecer. Esta audiência foi, realmente, como a
Patrícia falou, uma aprendizagem. Eu sou a professora Simone. Estou fazendo parte da equipe de
socioeducação na Diretoria de Modalidades Especiais.
Eu ouvi todos e estou um tanto quanto chocada, porque estive à frente da seção de direitos
humanos e diversidade. Trabalhei durante 12 anos com todo o público infanto-juvenil. Eu sei que
existem essas ilegalidades, vamos chamar assim, mas o que eu ouvi hoje de vocês é tortura. Como
comentamos, é um crime sério.
Eu agradeço a oportunidade de ter ouvido isso. O que estiver ao nosso alcance, como
secretaria, podem ter certeza de que será feito.
Dentro da socioeducação, já era algo que vinha sendo pensado, porque nós estamos
atualizando as diretrizes. Há um caderno orientador também, que vai fortalecer esse trabalho.
Ser acolhido, por qualquer que seja o problema, não desmerece a figura de ser um cidadão, de
ter direitos e ser respeitado. O que está acontecendo? Um ser não pode ser privado, como bem
disseram as nossas colegas, de direitos básicos. Isso é crime, gente! Eu não estou nem raciocinando
direito, mas parabenizo todos vocês, adolescentes e jovens que aqui estão.
Tenho certeza de que tudo o que foi colocado vai ter realmente uma solução e bem rápida.
Agradeço a oportunidade de estar pela primeira vez nesta casa, participando com vocês. É um
aprendizado. Levo cada colocação dentro do coração e vou tentar articular algo com a Patrícia para
resolvermos da melhor forma possível.
Em resposta a você, Aline, na Secretaria de Educação temos projetos dentro das escolas que
dizem respeito à sexualidade. Isso é lei. Nós esbarramos numas situações que fogem à compreensão.
Devem ser trabalhados tanto sexualidade, como doenças DSTs, como bullying, como preconceito. Há
uma gama enorme de direitos humanos previstos em lei, e eles têm que ser cumpridos. Inclusive, isso
consta dentro de alguns projetos políticos pedagógicos. Se não são desenvolvidos, então é preto no
branco.
Quanto ao trabalho desenvolvido, é um trabalho em rede, porque, sozinha, a educação não dá
conta; não temos pernas para isso.
Eu agradeço esta oportunidade, que, para mim, está sendo fantástica.
Obrigada, deputado Gabriel Magno. Agradeço a nossa secretária o fato de, por ela não ter
podido comparecer, nós termos vindo no lugar dela. E, aos meninos, obrigada por conhecê-los.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Simone.
Concedo a palavra à Fernanda Falcomer, da Dissam, Diretoria de Saúde Mental, Secretaria de
Saúde.
Obrigado, Fernanda, pela presença.
FERNANDA FALCOMER – Obrigada.
Eu vou ser breve. Repito a fala das colegas sobre a importância desta oportunidade de ouvir
cada um de vocês, que são porta-vozes de tantos outros.
Quero agradecer a coragem. Ao vê-la falar ao meu lado, eu pensei: “Que menina corajosa de
falar de forma tão firme em relação a isso!” É ouvindo que podemos ajudar a proteger e a rever,
mesmo, os nossos processos, porque, de fato, temos processos que precisam ser melhorados.
Então, agradeço-lhes muito a coragem, parabenizo-os por isso e coloco-me à disposição.
Eu fiz uma anotação – eu prometi –, são 3 folhas de anotações. Vou levá-la para a equipe, a
fim de entendermos onde está havendo barreiras de acesso. Temos nos aproximado muito da Sedes no
processo de desinstitucionalização que a política de saúde mental está fazendo aqui no Distrito Federal,
em um primeiro momento com adultos que saem de hospitais psiquiátricos, e temos discutido a
questão com as equipes de acolhimento de adultos. Eu levo isso para a comissão de desinche, a fim de
aprimorarmos os processos e de estarmos mais junto dessas unidades de acolhimento e, assim,
verificarmos qual é a barreira.
Relativamente à ideia do índice de vulnerabilidade, a secretaria aprovou e publicou
recentemente uma nota técnica da atenção primária, para trabalhar com tal índice. A Carine, que
estava aqui, é uma das responsáveis, e eu acabei de falar com ela para incluirmos um índice que possa
garantir prioridade. Nós trabalhamos, no âmbito da gestão das filas, com um processo de sofrimento
psíquico. Estamos lançando agora a nova nota técnica e fazendo uma gestão na ação civil do COMPP,
do Adolescentro, para tentar diminuir isso e garantir o atendimento. Mas, desta informação dos
voluntários, realmente nós não tínhamos conhecimento. Eu vou verificar e acionar os conselhos de
classe para, junto com a Sedes, Aline, termos acesso à lista desses profissionais de saúde e fazermos
um trabalho integrado e protetivo.
A nossa posição é contra a institucionalização, contra a medicalização excessiva. Então,
precisamos atuar juntos para garantirmos o acesso.
Sobre os direitos sexuais e reprodutivos, isso é um direito no âmbito do SUS. Há uma atuação
ativa para proteção e ação em relação à violação de direitos sexuais. Essas notificações das gravidezes
são um indicador. Sobre a gravidez na adolescência, também anotei aqui, para levar para as meninas e
trabalhar isso do ponto de vista do gênero – também trabalhar com os meninos. Os meninos também
têm responsabilidade neste processo de compreender um pouco mais sobre os direitos sexuais e
reprodutivos. Muitas vezes isso fica só em cima das meninas. As meninas é que têm que se proteger e
não engravidar. Tentaremos ampliar isso um pouco mais e fazer esse debate.
Unidades de saúde. Meninos e adolescentes, todas as unidades de saúde da SES, diante de
uma situação de violação de direito, de violência, mesmo violência institucional, devem notificar os
órgãos competentes. Nos atendimentos, não existe sigilo para violação de direito no âmbito do SUS.
Então, sintam-se à vontade nas consultas que vocês conseguirem, nos Caps ou onde vocês estiverem.
Se for no âmbito do SUS, qualquer tipo de violação, nós também somos porta aberta para acionar a
rede de proteção e para viabilizar a proteção integral. Nós nos colocamos à disposição.
Acho que hoje é só um momento mesmo. Nós estamos com vocês, com um plano para
desenvolver essa política tão importante.
Muito obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Muito obrigado, Fernanda. (Palmas.)
Você tem sido muito parceira. Nós sairemos daqui com um monte de tarefas.
O Edson pediu para usar a palavra.
Edson, eu vou pedir que o faça por 2 minutinhos, porque nós já estamos muito atrasados. Eu
vou liberar, mas peço para ficarmos nos 2 minutos, para encerrarmos a nossa comissão geral.
EDSON FERREIRA CAMPOS – Eu sou Edson Ferreira Campos. Sou diretor das obras sociais do
Centro Espírita Irmão Áureo. Nós mantemos 2 unidades de acolhimento, uma em Brazlândia e a outra
em Taguatinga.
Primeiro, quero agradecer a esses adolescentes que vieram tocar nesses pontos. Às vezes, nós
temos dificuldade de enxergar tudo isso, mas eles vêm e abrem os nossos olhos.
Outra coisa – bem rapidinho – é com relação aos egressos. O maior sofrimento da direção de
uma casa de acolhimento é não poder acompanhá-los após os 18 anos.
Nós já tomamos algumas iniciativas para melhorar isso lá na nossa casa. Só queremos
acrescentar uma sugestão, para que fique anotada: que se faça algum projeto para que o jovem da
casa de acolhimento, a partir dos 17 anos, seja recebido, em um estágio, por uma empresa que possa,
depois desse estágio, dar-lhe um emprego quando ele sair do acolhimento, casando essas coisas.
Eu queria me manifestar com relação à gravidez na adolescência e fazer um alerta quanto a 2
posições que são muito importantes: que haja a prevenção, que se possa discutir, botar as cartas na
mesa, para que não aconteça. É uma obrigação nossa garantir esses direitos.
Depois que a adolescente está grávida, a visão tem que ser outra. Tem que haver carinho,
orientação e acolhimento, para que não ocorra mais um trauma. Aí, é viver a maternidade, é construir
o seu futuro.
Nós agradecemos a todos que estão aqui a oportunidade...
(Soa a campainha.)
EDSON FERREIRA CAMPOS – ... lembrando que, toda vez que falarmos de acolhimento, vamos
lembrar, também, que a instituição de acolhimento é uma garantidora dos direitos da criança. Aqui,
todos estamos do mesmo lado.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Edson.
Eu devolvo a palavra para os meninos, para a Tainá, para, se quiserem, fazerem as últimas
considerações antes de encerrarmos esta reunião.
ESTÊNIO EDUARDO DA SILVA SANTOS – Vamos lá.
Foi muito bom estarmos aqui, foi muito bom discutir com vocês sobre essas demandas e foi
muito bom trazer demandas dos nossos colegas que não puderam estar aqui.
Estamos representando vários colegas nossos, mas quero pontuar uma questão: quando
acontecer esse tipo de reunião envolvendo adolescentes de instituição, acho que todos os adolescentes
da instituição têm que estar presentes.
Eu vejo, se eu não me engano, 2 instituições presentes: Casa de Ismael e Lar de Eurípedes.
Está faltando mais adolescente aqui. Está faltando mais ocupação neste ambiente. Tem que haver
divulgação e apoio, porque é muito importante mostrar para os adolescentes os seus direitos, mostrar
que eles podem vir aqui, à frente, falar daquilo que está ferindo seus direitos.
Primeiramente, a próxima comissão que houver, tem que estar cheia. Os adolescentes têm que
estar presentes e as instituições têm que estar presentes, têm que trazer os seus acolhidos. É muito
triste ver que só há 2 instituições presentes neste ambiente.
Eu quero falar sobre a questão de as escolas não poderem visitar o acolhimento. Se queremos
combater o bullying, como podemos fazer isso? Mostrando o que realmente é. Por que queremos
esconder isso? Acho errado, sim, não poder haver visitação. Se queremos combater o preconceito, não
podemos nos esconder.
Muito obrigado, gente. Muito obrigado por terem nos ouvido e vindo até esta plenária. Muito
obrigado por tudo.
Antes de passar a palavra aos meus amigos, quero falar um pouco sobre saúde mental, porque
hoje é o Dia Internacional da Saúde Mental. A saúde mental, infelizmente, está precária em todos os
locais: no ambiente escolar, dentro do lar, em todos os ambientes que envolvem a adolescência.
Nós adolescentes estamos aqui também para lutar pela saúde mental, pois tudo que discutimos
hoje envolve saúde mental. Se nada aqui acontecer, isso vai ferir nossa saúde mental. Sair do abrigo e
faltar emprego, por exemplo, querendo ou não, vai afetar a nossa saúde mental.
O pensamento que quero trazer hoje é: como está a saúde mental dos adolescentes em
situação de acolhimento? Como está sendo o cuidado da saúde mental desses adolescentes e como
eles estão sendo acompanhados?
Muito obrigado, gente. Tenham uma boa noite. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Estênio.
Eu queria só observar uma coisa: vocês viram como eles terminaram suas falas? Começaram
todos tímidos, e estão terminando encaminhando tudo. Nem preciso mais ficar aqui, porque eles
resolvem os encaminhamentos. É um negócio impressionante. Parabéns!
Concedo a palavra à Tainá.
TAINÁ ELISÂNGELA NASCIMENTO SOUSA – Quero agradecer a oportunidade que vocês estão
nos dando para sermos ouvidos e podermos realmente melhorar o futuro próximo.
O que estamos tentando fazer é não deixar aqueles que estão vindo passar pelo que nós
passamos.
Muito obrigada. Agradeço muito a vocês. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Tainá.
Concedo a palavra ao David.
DAVID ALCIDES DOS SANTOS – Boa noite. Eu queria agradecer este momento tão digno e tão
importante. É gratificante a presença de todos vocês. É uma honra estar na Câmara Legislativa. Nem
todos imaginam estar sentados em um lugar tão importante, ao lado de pessoas tão importantes, com
pessoas tão importantes os ouvindo. Agora temos – não vou falar um pingo – um pouco de expectativa
de mudança.
Um tempo atrás, quando começou o projeto com a Fiocruz, eu não imaginava que hoje, depois
de completar 18 anos, eu estaria aqui. Muito tempo atrás, eu pensava que nunca pisaria aqui. A
Fiocruz nos ajudou a chegar a lugares importantes, a ter outros campos de visão, a ter uma
mentalidade diferente. Ela não nos ajuda somente a desenvolver diálogos, mas também a desenvolver
nosso autoconhecimento e pensamento crítico.
A Fiocruz nos ajudou muito. Para todos os jovens que estão no projeto – não só os que estão
vestindo a camisa laranja hoje, mas todos aqueles que já participaram e que estão participando do
projeto –, a Fiocruz é muito importante, porque nos ajudou bastante em todos os pontos, até na saúde
mental. Às vezes ela nos ajuda a conversar assuntos que não conversamos com amigos nem mesmo
com psicólogos. Lá, nós nos sentimos livres para falar, sentimos liberdade para chegar às pessoas e
conversar assuntos que não conversamos com qualquer um. Quero agradecer este momento e,
principalmente, agradecer à Fiocruz. Obrigado, gente! (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, David.
Concedo a palavra ao Aleksandro.
ALEKSANDRO LEANDRO DE SOUZA – Boa noite. Quero fazer um comentário sobre saúde
mental. Acho este um assunto bem importante, até porque essa é uma das coisas com as quais tenho
mais problema.
Eu acho que a base de tudo é a mente. Tudo depende da nossa mente, gente! Isso é uma
coisa tão profunda, não é? Como o David falou, há coisas que não falamos para ninguém, que ficam se
debatendo em nossa cabeça. Até com vocês pode ter acontecido isso – com certeza aconteceu. E
aconteceu ainda mais conosco, que passamos por muita coisa. Agora que estamos saindo do
acolhimento, a saúde mental é superimportante para nós.
Agradeço por estar aqui e espero estar novamente, com mais jovens. Fiquei um pouco
decepcionado, porque estávamos sob grande pressão lá fora, imaginando que este lugar estaria lotado,
pensando o que falaríamos. Sério, eu pensei que aqui estaria cheio de gente, pensei até que o plenário
era maior. Umas pessoas me falaram que aqui era grande, mas eu achei meio pequeno. Não
apareceram tantos jovens, como eu esperava. Eu pensava que haveria até pessoas de escolas. É que
são assuntos que nos dizem respeito. A presença dos jovens é importante.
É importante também a presença de vocês que estão nos ouvindo, mas, como falei, não é só a
fala que eu quero; não é só a fala que nós queremos. Estávamos comentando que parece que, do
pouquinho do que falamos, algumas coisas vão acontecer. É isso o que queremos.
Ficamos felizes. Nós agradecemos. É isso. Agradeço demais a oportunidade; demais, demais
mesmo.
Gente, se vocês me conhecessem há 5 anos, vocês nunca imaginariam que eu me
transformaria na pessoa que sou hoje. Sou totalmente diferente!
Eu queria agradecer a uma pessoa específica: a Lorena. (Palmas.)
Agradeço não só a ela. É que ela é a cabeça do nosso grupo. Agradeço a essas 2 aqui também.
Elas merecem uma salva de palmas também. (Palmas.)
Agradeço ao Janjão. Ele é o nosso fiel escudeiro nas gravações. Se vocês virem qualquer
gravação do nosso grupo, é aquele cara lá que faz. Aquele cara é foda! Ele é foda demais! (Palmas.)
Agradeço a vocês também. Uma salva de palmas para vocês. Esperamos que vocês tragam
soluções de verdade para nós.
É isso. Agradeço. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Obrigado, Aleksandro.
Concedo a palavra à Fabiana Damásio.
FABIANA DAMÁSIO – Estamos aqui às 19 horas e 10 minutos. Continuamos aqui porque
sabemos o tamanho da responsabilidade que temos com todos esses jovens, com o futuro dos jovens
que estão aqui, com o futuro dos jovens, como eles falaram.
Para mim, o maior aprendizado é saber que eles podem falar aqui por eles e falar pelo coletivo.
Eu também, aqui, hoje, sou só agradecimento. Agradeço ao deputado Gabriel Magno, que,
desde o primeiro momento em que conversamos com ele, foi não só sensível, mas também
comprometido e dedicado. O deputado assumiu toda a agenda.
Como Fiocruz, sempre falamos de ciência cidadã. O que, hoje, vivemos aqui no plenário é um
exemplo de ciência cidadã, de ciência construída com vocês, de ciência construída para que realmente
uma realidade seja modificada.
Hoje, eu saio daqui emocionada. Saio daqui com muita esperança.
Eu também sou mãe de adolescente. Essa escuta ativa que foi feita hoje aqui, para mim, é o
que precisamos fazer todos os dias. Todo o tempo é pouco para conseguirmos mudar uma realidade.
Então, que sigamos fazendo, cada vez mais, uma escuta ativa! Ver vocês aqui e ver essa possibilidade
de poder trabalhar em conjunto é gratificante.
Contem com a Fiocruz, porque o nosso compromisso é fazer com que a ciência, a tecnologia e
a educação estejam a serviço da comunidade e possam estar ao lado dela.
Muito obrigada. Que bom termos feito isso no Dia da Saúde Mental, porque é um dia de luta,
um dia de afirmação. E é um dia em que, cada vez mais, precisamos fazer com que esses jovens
tenham o direito de existir.
Então, é isso. Gente, muito obrigada! Muito obrigada, deputado Gabriel Magno, pela parceria,
por tudo. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Para encerrarmos, eu queria só reforçar alguns
pontos. Obviamente, nós saímos daqui muito emocionados, acho que nós esperávamos isso. Todas as
vezes que conversamos, nós escutávamos.
Aqui, nós já aprovamos leis; já concedemos títulos de cidadãos honorários de Brasília para
presidentes de tribunais superiores; já fizemos eventos nesta casa em que compareceram 1.500
pessoas.
Se alguém me perguntasse hoje, na minha trajetória parlamentar, qual foi a atividade que mais
me marcou como parlamentar, eu, sem dúvida nenhuma, diria que foi esta comissão geral do dia de
hoje. Mas eu quero também registrar, Fabiana, meninos, meninas e todo mundo que aqui compareceu,
que nós temos muitos compromissos que foram firmados aqui e muita responsabilidade. Houve não só
denúncias, que nós vamos precisar encaminhar. Precisamos conversar, apurar, tomar ações
importantes e precisamos também tirar do papel muitas das coisas com as quais nos comprometemos
e que nos foram pedidas.
Os meninos falaram isso, a Tainá falou isso, a Regiane falou isso. Às vezes, cansa, se alguém
fala conosco e cria uma esperança, mas não vemos as coisas acontecerem. Então, acho que nós
saímos daqui com o compromisso de tentar devolver o mais rápido possível o conjunto dos
encaminhamentos que – eu não vou relê-los – nós fomos firmando ao longo da audiência.
Nós nos comprometemos a encaminhar para cada secretaria, para o próprio Ministério Público,
não só o documento que eles produziram – produziu-se isso com esse roteirozinho, porque fomos
combinando, mudando, passando tudo no improviso –, como também o conjunto das propostas, o
conjunto do que nós falamos aqui. Precisamos fazer isso para podermos acompanhar cada item
pactuado aqui.
E precisamos de um calendário. Acho que um calendário, daqui para a frente, sobre novas
questões que forem aparecendo, sobre o que não conseguimos dizer aqui hoje por diversas razões –
devido ao tempo... Enfim, há coisas que também vão precisar que possamos acompanhar muito de
perto.
Eu quero agradecer demais a presença de todos vocês, de todas vocês. Quero agradecer aos
servidores desta casa: a Maria, do cerimonial, que ficou nos ajudando; a Mayara; o Felipe e o Matheus,
da Copol, a polícia legislativa; a Sarah e a Rose, da copa, que nos serviram; o Marinho e o Eduardo, do
Serviço de Apoio ao Plenário; o Carlos Roberto, o Murilo, o Wanderson, o Sancler, o Valdir, o José Vítor
e o Aricelio, da TV Câmara Distrital, que permitiram a transmissão desta audiência hoje.
Esta audiência ficará gravada e está no YouTube. Então, depois, quem quiser procurar,
revisitar, ela estará lá.
Agradeço a toda a turma da Taquigrafia, que se revezou e está trabalhando no plenário e lá em
cima, para deixar registrado também nas notas taquigráficas tudo o que foi dito. Agradeço ao nosso
mandato; a toda a equipe da Fiocruz e das secretarias. Agradeço demais a presença de vocês.
Declaro encerrada a sessão ordinária que originou esta comissão geral às 19 horas e 17
minutos.
(Levanta-se a sessão às 19h17min.)
Observação: Nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo
com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de
cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.
Siglas com ocorrência neste evento:
Caps – Centro de Atenção Psicossocial
Capsi – Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil
CDCA – Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente
CDCA-DF – Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal
CNMP – Conselho Nacional do Ministério Público
Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal
Codhab-DF – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal
COMPP – Centro de Orientação Médico-Psicopedagógica
Copol – Coordenadoria de Polícia Legislativa
Cras – Centro de Referência de Assistência Social
Creas – Centro de Referência Especializado de Assistência Social
Dissam – Diretoria de Serviços de Saúde Mental
DST – Doenças Sexualmente Transmissíveis
ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente
Enap – Escola Nacional de Administração Pública
FAC – Fundo de Apoio à Cultura
FAP-DF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
Fecomércio-DF – Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Distrito Federal
Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz
GDF – Governo do Distrito Federal
MPDFT – Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
OSC – Organização da Sociedade Civil
PcD – Pessoa com Deficiência
PIA – Plano Individual de Atendimento
PPCAM – Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte
PPP – Projeto Político-Pedagógico
PTS – Projeto Terapêutico Singular
Renapsi – Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração
Saica – Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes
Sedes – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social
Sedes-DF – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social do Distrito Federal
SEI – Sistema Eletrônico de Informações
Sejus – Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania
Sejus-DF – Secretaria de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal
SES – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
Sinase – Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo
Suas – Sistema Único de Assistência Social
SUS – Sistema Único de Saúde
TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 14/10/2024, às 14:40, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1861503 Código CRC: B9634EBF.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 86/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 86ª
(OCTOGÉSIMA SEXTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 9 DE OUTUBRO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 17H21MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está aberta a sessão.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Pepa a secretariar os trabalhos da mesa.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
A presidência vai suspender os trabalhos por alguns minutos.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h06min, a sessão é reaberta às 15h17min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro reaberta a presente sessão ordinária.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante e aproveito para parabenizar sua excelência
pela Semana do Idoso. O deputado Chico Vigilante está dando um show. Parabéns, deputado Chico
Vigilante, vossa excelência nos enche de orgulho. Eu tive a felicidade de estar na abertura do evento e
tenho a felicidade de ver a Câmara Legislativa lotada todos os dias. É uma pauta extremamente
importante para todos nós.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, boa tarde.
Presidente, a Semana do Idoso realmente está sendo um sucesso absoluto. Eu quero convidar
vossa excelência para o encerramento amanhã à tarde, quando nós teremos novamente um grande
número de idosos do Distrito Federal presentes aqui nesta atividade.
Nós temos atividades culturais; atividades de saúde; serviços prestados pela Defensoria Pública
do Distrito Federal; serviços prestados pela Polícia Civil do Distrito Federal, com a renovação das
identidades das pessoas idosas. Também está aí o pessoal da Codhab, prestando informações; o
pessoal do BRB; o pessoal da Secretaria de Saúde. Nós montamos uma verdadeira UBS ali no foyer do
auditório, onde as pessoas estão completando as suas vacinas.
Portanto, está sendo realmente um momento muito interessante, um momento muito
importante para esta casa e para os idosos de todos os cantos do Distrito Federal.
Vossa excelência foi fundamental, presidente, no apoio à realização dessa atividade. Eu só
tenho a agradecê-lo por isso. Nós vamos prosseguir amanhã.
Já despontaram algumas reivindicações que nós estamos encampando e pelas quais
certamente lutaremos para que sejam implementadas.
A principal reivindicação que surgiu até agora foi a criação das academias de saúde nas UBS do
Distrito Federal, para que os idosos tenham acesso a elas e possam efetivamente ser atendidos,
porque hoje o atendimento, muitas vezes, é feito com toda a boa vontade, com todo profissionalismo,
com toda a coragem dos profissionais de saúde, mas não há estrutura necessária. As tendas são velhas
e já estão rasgando. As pessoas precisam de locais decentes. Vamos lutar para que essas academias
de saúde sejam implementadas e para que a população idosa possa ser bem-atendida no Distrito
Federal. É considerado idoso o cidadão a partir dos 60 anos. A cada dia cresce mais o número de
idosos no Distrito Federal. Vamos buscar o Governo do Distrito Federal para que ele atenda essa que é
a principal reivindicação, fruto da Semana do Idoso que estamos realizando na Câmara Legislativa do
Distrito Federal.
Presidente, encerrada essa fala, quero fazer um apelo à vossa excelência. O senhor acredita
que essa empresinha que presta serviço a esta casa atrasou o pagamento das copeiras de novo? As
meninas que servem café e água para nós, em todos os andares, estão de novo sem pagamento, e a
empresa não dá nenhuma explicação a respeito do pagamento delas! Portanto, sugiro a vossa
excelência que tome providências imediatas. Se esta empresa não tem condição de continuar
prestando serviço e pagando o salário dessas trabalhadoras e desses trabalhadores – há garçons
também –, vamos chamar outra empresa que será obrigada a contratar as copeiras e os garçons para
tirá-los do sufoco que eles estão vivendo.
É esse o apelo que faço à vossa excelência.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Já estou conversando com os deputados da Mesa Diretora – deputado Pastor Daniel de Castro
e deputado Roosevelt. O deputado Roosevelt é o responsável por isso e vai tomar providências. Não
vamos admitir este tipo de situação na Câmara Legislativa. A Câmara Legislativa precisa ser exemplo e
referência. Vamos reagir. Da mesma maneira que, se atrasar o pagamento dos nossos salários, nós
pulamos, não podemos permitir que isso seja feito. Então, já fica o nosso compromisso público, com
esses servidores que tão bem nos servem, de que vamos tomar providências.
Concedo a palavra ao deputado Roosevelt.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Deputado Chico Vigilante, nobres
colegas, infelizmente, tenho que dar boas-vindas à burocracia do Estado.
Não é a primeira vez, deputado Chico Vigilante, que esta empresa descumpre obrigações com
seus colaboradores, o que não tem ocorrido por parte da Câmara Legislativa com a empresa. A Câmara
Legislativa sempre tem cumprido com suas obrigações, ou seja, seus pagamentos e repasses. Já foram
tomadas todas as providências no sentido de rescindir o contrato com essa empresa. Porém, é como
falei: sejam bem-vindos à burocracia do Estado. Isso não é feito de um dia para o outro, é preciso
seguir um rito. Paralelamente ao rompimento do contrato e às inevitáveis multas e sanções à empresa,
estamos contratando uma nova empresa.
Já que estamos falando de questões internas à Câmara Legislativa, informo que também
finalizamos o contrato de reforma, ampliação e modernização dos elevadores. Assim que a Câmara
Legislativa entrar de recesso, será iniciada a obra dos elevadores. Todos os elevadores serão trocados,
modernizados, aumentando a sua capacidade de velocidade, para que possamos receber a população
do DF de uma forma mais digna nesta casa. E, em fevereiro, quando retornarmos do recesso, esses
elevadores principais já estarão operando, e será iniciada a obra daqueles outros elevadores do final do
corredor também.
Então, essas questões estão sendo verificadas.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Agradeço ao nobre deputado Roosevelt. Acho
extremamente importante que haja esse gesto por parte da Câmara Legislativa. Nós temos que ter
muito orgulho dos nossos funcionários que se dedicam ao trabalho, mas nem tanto da empresa. Então,
é uma pena que isso aconteça.
Deputado Chico Vigilante, mais uma vez, nós agradecemos esse cuidado que vossa excelência
tem com os funcionários. O deputado Chico Vigilante é o primeiro a levantar a voz em favor deles, mas
todos nós o acompanhamos.
Muito obrigado.
Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)
Concedo a palavra deputado Pastor Daniel de Castro. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado João Cardoso. (Pausa.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu vi o
deputado Max Maciel entrando no plenário, eu não sei se ele ainda está presente. Há um projeto de
concessão de título de cidadão honorário de Brasília ao Endrick, que foi proposto por ele. Eu pedi ao
deputado Max Maciel que eu pudesse assinar o projeto junto com ele, e ele permitiu.
Nós precisamos muito que esse título seja apreciado hoje, porque o Endrick estará em Brasília
na semana que vem, por ocasião do jogo da Seleção Brasileira.
Há 11 deputados em plenário, com o deputado Max Maciel, que está aqui fora, há 12
deputados presentes. Eu gostaria de pedir a vossa excelência que, se em algum momento da tarde de
hoje nós chegarmos a 13 deputados presentes, possamos inverter a ordem da pauta de votação e
abrirmos a votação só desse PDL para que possamos fazer a entrega do título na próxima semana.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Thiago Manzoni, com a presença de
12 deputados não é possível?
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, eu acho que são necessários 13
deputados... São 12 deputados mais 1 deputado.
Então, se pudermos, em havendo quórum, invertermos a ordem, eu agradeço muito.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está ouvindo, deputado Thiago Manzoni, o
deputado Gabriel Magno está dizendo que o senhor quer só se for com 13 deputados.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Não, eu não tenho nada em especial com o número 13. É um
número que está quase esquecido pelo Brasil inteiro. Não sou eu que vou ficar me lembrando dele.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Thiago Manzoni, o senhor é mal-
educado, não é? (Risos.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, eu fui provocado. (Risos.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Thiago Manzoni, o senhor não
rezou um Pai Nosso antes de entrar na sessão?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Ricardo Vale, o senhor levantou a
bola, começou o Lula contra o Bolsonaro. Agora, é o deputado Ricardo Vale.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu só gostaria
de dizer que eu apoio essa iniciativa. O Endrick foi jogador do Palmeiras, do meu Palmeiras. Inclusive,
ele fez aquela virada com o seu Botafogo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu me lembro daquela palhaçada.
DEPUTADO RICARDO VALE – Então, nada mais justo. O Endrick e o Palmeiras merecem.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – E ainda mais com 13 votos, não é? (Risos.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, já que
estamos nesse clima amistoso, vamos apreciar a concessão do título ao Xandão.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu concordo.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Ele mostrou para o mundo que este país não é uma
republiqueta de bananas.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Tanto o Alexandre de Moraes quanto o
Nikolas terão o meu voto.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – O Xandão mostrou que o Elon Musk teve que se render à
legislação brasileira.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra ao deputado João Cardoso.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente,
cumprimento todos os parlamentares presentes, a assessoria e todos aqueles que nos acompanham
pela TV Câmara Distrital.
Hoje, dia 9 de outubro, estou aqui para falar com o pessoal da carreira PPGE da Secretaria de
Educação. Eu estive agora numa reunião com a associação deles, na qual vários assuntos de interesse
dessa carreira foram tratados. Já dei encaminhamento a várias situações.
Uma das pautas bastante pedida pelo pessoal dessa carreira foi em relação às matrículas na
rede pública do Distrito Federal. Ela estava prevista para iniciar no dia 2 de janeiro de 2025, o que
atrapalharia o recesso do Natal e do Ano Novo. Eu entrei em contato com o secretário Isaías – mais
uma vez agradeço à secretária Hélvia, ao secretário Isaías e à Ana Paula, da Sugep, por sempre nos
atenderem –, e eles me disseram que o calendário estava pronto. Explicamos para eles que o dia 2
será numa quinta-feira e que não haveria problema se prolongássemos um pouquinho a data para o
dia 6, segunda-feira. O secretário Isaías conversou com o pessoal da Suplav, e eles resolveram fazer
essa alteração. As matrículas serão feitas a partir do dia 6 de janeiro no Distrito Federal. Essa data não
atrapalhará o recesso do Natal nem do Ano Novo dos servidores da PPGE, carreira de assistência à
educação do Distrito Federal.
Mais uma vez, muito obrigado à secretária Hélvia, ao secretário Isaías, à Ana Paula e a todos
que fazem parte da gestão da Secretaria de Educação. Agradeço também ao pessoal da carreira PPGE
por nos trazer essa situação.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
(Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, boa tarde. Espero que o seu Botafogo tenha êxito nas próximas semanas.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – É de coração esse desejo?
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – É de coração, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Se é de coração, eu recebo.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Nós queremos enfrentar o Botafogo na final da Libertadores.
Temos muito carinho.
Presidente, boa tarde a todas as pessoas. Eu só quero dizer que o meu tempo já começou com
2 minutos. Então, vai se tocar a campainha de maneira equivocada; por conta do Botafogo, o meu
tempo caiu e precisa ser restabelecido no painel.
Presidente, o que me traz aqui são alguns assuntos. O primeiro é que amanhã, dia 10 de
outubro, comemoraremos o Dia Mundial da Saúde Mental. Essa é uma data importante, deputado João
Cardoso, porque é preciso também se pensar em políticas públicas para a saúde mental no Distrito
Federal e no Brasil.
Apresentamos, nessa segunda-feira, presidente, um relatório feito a partir de uma fiscalização
do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. Fiscalizaram o Hospital São Vicente de
Paulo, aqui no Distrito Federal, e a comunidade terapêutica Salve a Si, e identificaram, nessa inspeção,
denúncias, vestígios e provas de tortura, de violação dos direitos humanos, de restrição e privação de
liberdade dos pacientes, o que é completamente ilegal, sob todos os pontos de vista, dos direitos
humanos, da legislação.
Há hoje uma legislação que proíbe e diz...
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Se quiserem votar, depois eu falo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu acho que dá para concluir.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Ok.
Então, presidente, eu quero fazer esse registro. É preciso, urgentemente, que avancemos em
uma política antimanicomial no Distrito Federal, fechemos o São Vicente de Paulo e não permitamos
mais que recursos públicos financiem as comunidades terapêuticas que praticam esse tipo de abuso, de
crimes e de violências. É preciso fortalecer a Raps, a Rede de Apoio Psicossocial; construir mais Caps;
nomear servidores públicos.
Faço esse registro em função do dia 10 de outubro, amanhã, Dia Mundial da Saúde Mental.
Presidente, lamentavelmente, ontem nós vimos nesta tribuna alguns parlamentares da extrema
direita que, corriqueiramente, utilizam-se do mecanismo da mentira, das fake news, para tentar fazer
disputa política. Primeiro que nós não vimos aqui, ontem, ninguém acusar a urna eletrônica. Parece
que, na eleição municipal, eles descobriram e acharam o código-fonte. Tiveram acesso a ele e a urna
eletrônica agora é uma coisa maravilhosa, que funciona muito bem. Disseram que o Lula perdeu as
eleições. Eu acho que falta entender que, na última eleição de que o Lula participou, em 2022, ele
ganhou, e, aí, eles disseram que a urna não funcionou.
Para concluir, eu quero desmentir a mentira. Foi dito nesta tribuna... Aliás, tem sido dito pelo
ex-presidente inelegível Bolsonaro, bem como por outras lideranças e parlamentares da extrema
direita... Aquele episódio, que não aconteceu, mas que eles insistem em trazer para tentar fazer uma
demarcação, de que o Lula disse que as pessoas, ou algumas pessoas, roubam o celular para tomar
uma cerveja. Vou desmentir, porque isso, presidente, já é público.
O que houve foi uma entrevista que o presidente Lula deu, ao vivo, no Facebook, no dia 25 de
agosto de 2017. E esse trecho, essa fala diz respeito a um vídeo editado, em que pegam 2 falas do
presidente Lula para transformá-las em fake news e na mentira que foi dita ontem. Eu vou ler os 2
trechos, para deixar nítida a verdade e não prevalecer a mentira como a prática política de alguns
setores.
A primeira resposta do Lula diz respeito a uma pergunta sobre as causas de violência. Ele fala:
“É uma coisa que está intimamente ligada à violência, aos casos de violência e também à questão
social. Ou seja, o cidadão teve acesso a um bem material, a uma casinha, a um emprego e de repente
perde tudo. Então, vira uma indústria de roubar celular. Para que roubam o celular? Para vender, para
ganhar um dinheiro. Eu penso que essa violência que está em Pernambuco é causada pela
desesperança.”
Logo após, ele comenta sobre o ódio que tomou o país e faz uma comparação com time de
futebol: “É preciso distensionar para a sociedade perceber que a torcida do Santa Cruz e do Sport não
são inimigas, são adversárias durante o jogo. Depois vão para o bar tomar cerveja juntos... e ainda
deixa o pessoal do Náutico batendo palmas de lado”. Essa é a verdadeira fala, na entrevista do
presidente Lula, que a extrema direita pegou, editou, falsificou e continua divulgando a mentira para
tentar colocar na boca do presidente da República uma frase que ele nunca disse.
Essa tem sido a prática, deputado Ricardo Vale, dessa turma, que não respeita a democracia,
que perdeu as eleições em 2022. Aliás, no Entorno... Comemoraram aqui ontem, mas perderam no
Entorno, perderam nas principais cidades. Em Valparaíso, por exemplo, houve até carreata com a
presença da ex-primeira-dama, da turma toda...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – E perderam.
Então, fica aqui registrada a verdade, presidente, da fala do presidente Lula, a verdade sobre o
processo político-eleitoral. Nós saímos das urnas municipais, nesse final de semana, de fato, com
grandes questões para o Brasil, com grandes desafios, mas com a democracia e o sistema eleitoral
brasileiro funcionando, inclusive com a integridade das urnas eletrônicas, que elegeram também todos
nós e o atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
Obrigado, presidente.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, agradeço. É só para,
aproveitando que há quórum, votarmos os 3 projetos de decreto legislativo que eu havia pedido. O
projeto de decreto legislativo de título de cidadão benemérito do Endrick e do Kaká, respectivamente
os Projetos de Decreto Legislativo nºs 202 e 204/2024; e também do Robert Renan, de nº 138/2024.
São esses 3 projetos de decreto legislativo. Agradeço muito se pudermos votá-los.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Da minha parte, concordo e manifesto acordo.
Indago se todos os deputados estão de acordo. (Pausa.)
Todos estão de acordo. Vamos encerrar os Comunicados de Líderes e iniciar a Ordem do Dia.
Antes, porém, concederei a palavra ao deputado João Cardoso, para falar a respeito de uma
matéria do nosso interesse. Depois passaremos ao processo de votação.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, vou falar
aqui sobre a Lei nº 1.332/2024, aprovada na Câmara Legislativa, de autoria do Executivo, que altera a
Lei nº 6.448, de 23 de dezembro de 2019, que “dispõe sobre a carreira Planejamento Urbano e
Infraestrutura do Distrito Federal”, e altera a Lei nº 5.195, de 26 de setembro de 2013, que “dispõe
sobre a carreira Planejamento e Gestão Urbana e Regional do Distrito Federal e dá outras
providências”.
Essa lei veio para a Câmara Legislativa e recebeu uma emenda parlamentar, de autoria de
vossa excelência. O art. 4º dispôs que a carreira Planejamento Urbano e Infraestrutura do Distrito
Federal exerce o poder de polícia administrativa no Distrito Federal. Rapidamente, as pessoas notaram
que essa emenda está totalmente contrária àquilo que já existia no Distrito Federal, porque a polícia
administrativa, pelo conceito, atua de forma preventiva, buscando evitar situações que possam
comprometer o interesse coletivo.
Alguns exemplos de atuação da polícia administrativa seriam a fiscalização do trânsito, com os
auditores fiscais de atividades urbanas, fiscalização de transporte; o controle sanitário, com a carreira
de especialidade de auditores de vigilância sanitária. Sobre a questão dos estabelecimentos comerciais,
no DF Legal, há a especialidade de atividades econômicas, que já fiscaliza isso; a regulação do uso do
solo urbano, os auditores de obras fazem fiscalização, assim como aqueles da inspeção, da carreira de
auditor fiscal de atividades de resíduos sólidos, da qual o deputado Pepa faz parte. Há, ainda, a
proteção ambiental, que, no caso, é feita pela fiscalização dos auditores de controle ambiental.
Ou seja, a Emenda nº 4 diz que a polícia administrativa pode aplicar medidas repressivas,
como multas, apreensão de mercadoria e interdição de estabelecimentos nas sanções que estão
sempre relacionadas a infrações de natureza administrativa.
O que estou querendo dizer é que o art. 4º é totalmente contrário, porque já há a carreira de
atividades urbanas, que já exerce todas essas atribuições.
A lei já foi votada, já há redação final, mas vai para o Buriti. Conversamos com o secretário
Mangueira, com a Chris, presidente do Sindafis, e com o presidente deputado Wellington Luiz, autor da
emenda. Ficou acertado solicitar ao governador Ibaneis Rocha que o art. 4º seja vetado, com o acordo
de futuramente não derrubarmos esse veto para não haver uma sobreposição de atividades. Já temos
uma carreira muito bem estruturada, que é a carreira de atividades urbanas da auditoria fiscal.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso. Ratifico
publicamente a minha posição de apoio ao encaminhamento de vossa excelência para que não haja
qualquer tipo de questionamento. Vou me reunir com as carreiras interessadas e informá-las da
situação. Se houver alguma outra saída que não seja essa da sobreposição, como bem colocou vossa
excelência, nós estaremos à disposição.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO – Presidente, aproveito para agradecer ao senhor, que, além de
comandar esta casa muito bem durante esses primeiros 2 anos – ainda haverá mais 2 anos pela frente
–, tem sido muito parceiro de todos os parlamentares, entendendo a questão legal e a questão das
carreiras, que muito agradecem a sua intervenção na casa, e ajudando todos os servidores públicos do
Distrito Federal.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso. O pleito é
extremamente justo, mas vou ser sincero: estou fazendo isso por medo de vossa excelência, que botou
uma pressão muito grande. Os senhores não conhecem o Joãozinho bravo, não. (Risos.)
Brincadeiras à parte, o que o deputado João Cardoso traz é extremamente coerente, justo. A
nossa tentativa é sempre a de atender às carreiras; mas, quando há um equívoco – e foi o caso,
reconhecidamente –, nós recuamos para que haja, de fato, um entendimento melhor. O deputado João
Cardoso, com o cuidado e o respeito de sempre, trouxe-me isso e não tenho dificuldade alguma em
apoiá-lo na sua decisão, que passa a ser nossa.
Obrigado, deputado João Cardoso.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
DEPUTADA JAQUELINE SILVA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA JAQUELINE SILVA (MDB. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, presidente. Eu
quero somente pedir a inclusão do item nº 217, um projeto de decreto legislativo que diz respeito à
senhora Meire e que já está com a tramitação concluída.
Para quem não a conhece, a doutora Meire Mota é presidente da Associação Brasileira das
Mulheres Advogadas.
Peço essa inclusão e o apoio de todos os deputados.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – A Meire possui uma história muito bacana.
Parabéns pela escolha, deputada Jaqueline Silva.
Nós estamos pedindo, deputado Thiago Manzoni, para apreciarmos os itens que são
consensuais em bloco. Não há problema votarmos os 3 itens. O da deputada Jaqueline Silva já foi
acolhido.
Os meninos já estão preparando os itens para a votação.
O deputado Ricardo Vale está pedindo... pelo Nikolas ou é pelo Xandão?
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Não, presidente. Só pedi a palavra
para mandar um recado aos trabalhadores do Eixão do Lazer, ao pessoal da cultura, aos moradores da
Asa Sul e da Asa Norte.
Muitas pessoas estão me ligando para cobrar aquele plano de ocupação e uso do Eixão do
Lazer, questão que tenho acompanhado. Vossa excelência, inclusive, me ajudou quando eu e o
deputado Chico Vigilante propusemos uma audiência pública para discutirmos a questão do Eixão.
Desde então, temos acompanhado e discutido com o DER – o Fauzi tem conversado muito comigo – e
com a Secretaria de Governo, na pessoa do doutor José Humberto. Hoje mais cedo, conversei com o
secretário Gustavo Rocha, da Casa Civil. Portanto, quero dar uma posição para as pessoas que lá
trabalham, principalmente aos ambulantes e ao pessoal dos food trucks.
O DER já cumpriu a parte dele no projeto, que já foi para a Secretaria de Governo, a qual fez
observações. Agora o projeto está na Casa Civil, onde serão analisadas questões jurídicas. O secretário
Gustavo Rocha falou que o projeto requer certo cuidado e paciência. A parte jurídica pede esse
cuidado.
Felizmente, o projeto está caminhando muito bem pelas informações que eu obtive. Então,
aproveito este momento para dizer à comunidade, aos usuários, aos ambulantes, aos trabalhadores da
cultura, que a coisa está andando bem, graças a Deus.
Esta casa teve uma importância muito grande no processo de resistência. Eu quero parabenizar
o deputado Fábio Félix, o deputado Gabriel Magno, o deputado Max Maciel, o deputado Chico Vigilante,
a deputada Dayse Amarilio, que foram solidários principalmente com os trabalhadores e agiram de
forma rápida, no sentido de evitar que o Eixão do Lazer fosse interrompido. Aliás, com o trabalho que
temos feito, a tendência é que as coisas melhorem por ali. É este o nosso desejo.
Fica o registro. Quero dizer aos trabalhadores que as coisas estão andando bem. Como me
parece que isso ainda não será resolvido esta semana, o processo continua o mesmo. Então, os
trabalhadores podem continuar trabalhando lá aos finais de semana. O plano que o governo está
elaborando ainda não está finalizado. Mas eu quero fazer este registro e agradecer aos secretários por
terem passado estas informações importantes sobre o Eixão do Lazer.
Era isso, presidente. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Ricardo Vale. Parabéns
pelo encaminhamento, a matéria é muito cara para todos nós. Esta casa, como bem colocou o
deputado, assumiu o protagonismo novamente para resolver um problema importante para nós. Quero
publicamente parabenizar o deputado Ricardo Vale, que tem cuidado tão bem disso. Obrigado.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
primeiramente, boa tarde a todos, eu preciso fazer um pronunciamento.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado, faça-o no Grande Expediente. Eu
consultei os deputados e todos concordaram, deputado Rogério Morro da Cruz, que nós iríamos votar
somente os títulos de cidadão honorários, aqueles mais tranquilos: Alexandre de Moraes, Nikolas,
Bolsonaro, Michelle... uma coisa mais tranquila. O primeiro a usar a palavra depois será vossa
excelência.
Prestem atenção aos itens consensuais.
Pergunto aos líderes se há acordo para superarmos o sobrestamento decorrente dos 126 vetos
e apreciarmos as demais matérias constantes na Ordem do Dia e os itens da extrapauta. (Pausa.)
Não houve manifestação em contrário.
Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:
Item nº 208:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de
autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador
Robert Renan Alves Barbosa”.
Item nº 209:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 155/2024, de
autoria do deputado Jorge Vianna, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora
Luiza Helena Trajano”.
Item nº 210:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, de autoria
do deputado Wellington Luiz, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao Arcebispo
Ordinário Militar do Brasil Dom Marcony Vinícius Ferreira”.
Item nº 211:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de
autoria da deputada Paula Belmonte, que “Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à
Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”.
Item nº 212:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 112/2024, de
autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao
senhor Ney Ferraz Júnior”.
Item nº 213:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de
autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à
senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”.
Item nº 214:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de
autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à
Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”.
Item nº 215:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de
autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor
Edson Alfredo Martins Smaniotto”.
Item nº 216:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de
autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao
Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”.
Item nº 217:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 266/2022, de
autoria do ex-deputado Agaciel Maia, que “Concede Título de Cidadã Honorária de Brasília a senhora
Meire Lúcia Gomes Monteiro Mota Coelho”.
Item nº 218:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de
autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo
Marra”.
Item nº 219:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de
autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador
Endrick Felipe Moreira de Sousa”.
Item nº 220:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de
autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao
senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”.
Item nº 221:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de
autoria do deputado Iolando, que “Concede o título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora
Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”.
Item nº 222:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de
autoria do deputado Iolando, que “Fica concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora
Ezenete Rodrigues”.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024, de
autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Benemérito de Brasília ao Senhor Diego
Marques Araújo”.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, de todos os que
foram lidos, há apenas 1 que não estava no acordo, acho que foi por engano. É o item nº 209 da
pauta. Esse eu preciso votar contra. Poderia destacá-lo?
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – De quem é esse? Luiza Helena Trajano. De
quem é esse item?
DEPUTADO THIAGO MANZONI – É do deputado Jorge Vianna. Eu só preciso votar contrário. Se
quiser votar hoje, não há problema.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Então, vamos destacar esse item? Vamos
destacá-lo. Está retirado.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, há um
entendimento nesta casa, e vossa excelência é testemunha disso, de que só votamos proposição de
deputados que estão presentes. O deputado Jorge Vianna não está presente. Então, tem que retirar da
pauta.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Reforço a retirada, deputado Chico Vigilante.
Eu já havia retirado. Como o deputado não se encontra, vossa excelência tem razão.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Retira da pauta sem necessidade de destacar.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está retirado.
O deputado Max Maciel ainda quer falar? (Pausa.)
Vou passar a presidência ao deputado João Cardoso e a relatoria dos itens para a deputada
Dayse Amarilio.
(Assume a presidência o deputado João Cardoso.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Pergunto aos líderes se há acordo para votação
em bloco dos projetos de decreto legislativo não polêmicos. (Pausa.)
Não havendo manifestação em contrário, faremos a votação dos projetos lidos. Se algum
deputado desejar votar em separado, que solicite o destaque.
Procederemos à apreciação em bloco dos pareceres da CAS e da CCJ.
A Presidência designa a deputada Dayse Amarilio para emitir parecer sobre as matérias.
Solicita à relatora, deputada Dayse Amarilio, que emita parecer da Comissão de Assuntos
Sociais sobre os itens nºs 208, 210, 211, 213, 214, 215, 216, 218, 219, 220, 221, 222, e o item
extrapauta, o Projeto Decreto Legislativo nº 186/2024, de autoria do deputado Pepa.
A palavra está com a relatora deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu
sei que fizemos acordo para não votarmos projetos de decreto legislativo de deputado ausente, mas há
um aqui que é importante, porque é de uma pessoa muito querida que compôs esta casa, o ex-
deputado Agaciel Maia. Ele já não é mais deputado, mas foi ele que apresentou o item nº 217,
presidente. Eu gostaria de ver a possibilidade de esta casa aproveitar para incluir esse projeto, que não
é polêmico, na votação.
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Não leu, não, o item nº 217.
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Acabou de pular ali agora, então. Precisa ratificar,
então, porque não leu agora. Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Deputado Pastor Daniel de Castro, isso
aconteceu porque este projeto já tem parecer da CAS. Mas o item nº 217 já foi chamado, sim.
Solicito à relatora, deputada Dayse Amarilio, que emita parecer da Comissão de Assuntos
Sociais sobre a matéria.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para emitir parecer. Sem revisão da oradora.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Assuntos Sociais às seguintes
proposições:
– Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de autoria do deputado Max Maciel, que
“Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador Robert Renan Alves Barbosa”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, de autoria do deputado Wellington Luiz, que
“Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao Arcebispo Ordinário Militar do Brasil Dom
Marcony Vinícius Ferreira”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de autoria da deputada Paula Belmonte, que
“Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que
“Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que
“Concede o Título de Cidadã Honorária De Brasília à Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de autoria do deputado Wellington Luiz, que
“Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Edson Alfredo Martins Smaniotto”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de autoria do deputado Wellington Luiz, que
“Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de autoria do deputado Pepa, que “Concede
título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo Marra”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de autoria do deputado Max Maciel, que
“Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador Endrick Felipe Moreira de Sousa”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de autoria do deputado Thiago Manzoni, que
“Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite –
Kaká”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de autoria do deputado Iolando, que “Concede o
título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de autoria do deputado Iolando, que “Fica
concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora Ezenete Rodrigues”;
– Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024, de autoria do deputado Pepa, que “Concede
título de cidadão Benemérito de Brasília ao Senhor Diego Marques Araújo”.
Verifica-se que os homenageados preenchem os requisitos da Resolução nº 334/2023, razão
pela qual manifestamos voto pela aprovação dos seguintes projetos: Projeto de Decreto Legislativo nº
138/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, com a emenda da CCJ; Projeto de Decreto
Legislativo nº 178/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº
125/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024;
Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024; Projeto de
Decreto Legislativo nº 204/2024; Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024; Projeto de Decreto
Legislativo nº 205/2024; e Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam os pareceres permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
Os pareceres estão aprovados com a presença de 17 deputados.
Solicito ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Thiago Manzoni, que
designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, na medida em que sou proponente de um
dos títulos, designo o deputado Chico Vigilante, vice-presidente da CCJ.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Solicito ao relator, deputado Chico Vigilante, que
emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre os itens nºs 208, 211, 213, 214, 215, 216,
218, 219, 220, 221, 222 e o item extrapauta.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ (MDB. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, é só para
avisar ao deputado Rogério Morro da Cruz que, tão logo se encerre a votação desse bloco de projetos
de decreto legislativo, daremos prosseguimento à votação do projeto do deputado. Houve o pedido,
mas, como ele foi intempestivo, poderia prejudicar os demais. Mas não vamos deixar de votá-lo hoje.
Falo isso para o conhecimento do deputado.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Solicito ao relator, deputado Chico Vigilante, que
emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre a matéria.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Constituição e Justiça aos
projetos de decreto legislativo constantes dos itens que vou enumerar a partir de agora:
– Item nº 208:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de
autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador
Robert Renan Alves Barbosa”;
– Item nº 210:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 59/2023, de autoria
do deputado Wellington Luiz, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao Arcebispo
Ordinário Militar do Brasil Dom Marcony Vinícius Ferreira” – com emenda na CCJ;
– Item nº 211:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de
autoria da deputada Paula Belmonte, que “Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à
Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”;
– Item º 213:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de
autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à
senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”;
– Item nº 214:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de
autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária De Brasília à
Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”;
– Item nº 215:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de
autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor
Edson Alfredo Martins Smaniotto”;
– Item nº 216:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de
autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao
Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”;
– Item nº 218:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de
autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo
Marra”;
– Item nº 219:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de
autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador
Endrick Felipe Moreira de Sousa”;
– Item nº 220:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de
autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao
senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”;
– Item nº 221:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de
autoria do deputado Iolando, que “Concede o título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora
Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”;
– Item nº 222:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de
autoria do deputado Iolando, que “Fica concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora
Ezenete Rodrigues”;
– Item nº 207:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 158/2024, de
autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao
senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”;
– Item nº 208:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de
autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador
Robert Renan Alves Barbosa”;
– Item nº 209:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 155/2024, de
autoria do deputado Jorge Vianna, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora
Luiza Helena Trajano”.
Senhor presidente, retifico o parecer da Comissão de Constituição e Justiça.
Parecer da Comissão de Constituição e Justiça aos projetos de decreto legislativo constantes
dos itens que vou enumerar a partir de agora:
– Item nº 208:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 138/2024, de
autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador
Robert Renan Alves Barbosa”;
– Item nº 211:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 178/2024, de
autoria da deputada Paula Belmonte, que “Concede o Título de Cidadã Benemérita de Brasília à
Senhora Ana Cláudia Badra Cotait”;
– Item º 213:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 123/2024, de
autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária de Brasília à
senhora Maria Angela Marini Vieira Ferreira”;
– Item nº 214:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 125/2024, de
autoria do deputado Eduardo Pedrosa, que “Concede o Título de Cidadã Honorária De Brasília à
Senhora Maria Teresinha de Oliveira Cardoso”;
– Item nº 215:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 129/2024, de
autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor
Edson Alfredo Martins Smaniotto”;
– Item nº 216:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 130/2024, de
autoria do deputado Wellington Luiz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao
Desembargador Sérgio Xavier de Souza Rocha”;
– Item nº 218:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 185/2024, de
autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Hélio Camilo
Marra”;
– Item nº 219:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 202/2024, de
autoria do deputado Max Maciel, que “Concede o título de Cidadão Benemérito de Brasília ao jogador
Endrick Felipe Moreira de Sousa”;
– Item nº 220:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 204/2024, de
autoria do deputado Thiago Manzoni, que “Concede o Título de Cidadão Benemérito de Brasília ao
senhor Ricardo Izecson dos Santos Leite – Kaká”;
– Item nº 221:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 198/2024, de
autoria do deputado Iolando, que “Concede o título de Cidadã Honorária de Brasília à Senhora
Desembargadora Nilsoni de Freitas Custódio”;
– Item nº 222:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 205/2024, de
autoria do deputado Iolando, que “Fica concedido o título de Cidadã Honorária de Brasília à Pastora
Ezenete Rodrigues”;
– Item extrapauta:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 186/2024, de
autoria do deputado Pepa, que “Concede título de cidadão Benemérito de Brasília ao Senhor Diego
Marques Araújo”.
O parecer da Comissão de Constituição e Justiça é para considerar admissíveis todos os
projetos de decreto legislativo que foram mencionados aqui. Se alguém aparecer com alguma coisa
que não tiver sido lida, isso não constará na votação seguinte.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 14 deputados.
Em discussão os projetos de decreto legislativo, em turno único. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando os projetos; os que votarem “não” estarão
rejeitando-os.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: os Projetos de Decreto Legislativo nºs
138/2024, 178/2024, 123/2024, 125/2024, 129/2024, 59/2023, 130/2024, 135/2024, 202/2024,
204/2024, 198/2024, 205/2024 e 186/2024 receberam 15 votos favoráveis. Houve 9 ausências.
Estão aprovados.
Devolvo a presidência ao nobre deputado Wellington Luiz.
(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Incluo na pauta o Projeto de Decreto
Legislativo nº 75/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz.
Discussão e votação, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024, de autoria
do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Concede o Título de Cidadão Honorário de Brasília ao senhor
Fernando Antônio Rodriguez”.
A proposição não recebeu parecer das comissões.
A presidência designa o deputado João Cardoso para emitir parecer sobre a matéria.
Solicito ao relator, deputado João Cardoso, que emita parecer da Comissão de Assuntos Sociais
sobre a matéria.
DEPUTADO JOÃO CARDOSO (AVANTE. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Assuntos Sociais ao Projeto de
Decreto Legislativo nº 75/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Concede o Título
de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Fernando Antônio Rodriguez”.
O parecer é pela admissibilidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado João Cardoso.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 13 deputados.
A presidência designa o deputado Thiago Manzoni para emitir parecer sobre a matéria.
Solicito ao relator, deputado Thiago Manzoni, que emita parecer da Comissão de Constituição e
Justiça sobre a matéria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Constituição e Justiça ao Projeto
de Decreto Legislativo nº 75/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Concede o
Título de Cidadão Honorário de Brasília ao Senhor Fernando Antônio Rodriguez”.
O parecer é pela admissibilidade do Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 13 deputados.
Em discussão o Projeto de Decreto Legislativo nº 75/2024, em turno único. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 13 votos favoráveis.
Está aprovado.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovadas as redações finais de todos
os projetos de decretos legislativos.
Os projetos de decreto legislativo vão a promulgação.
Acolho a solicitação do deputado Martins Machado e incluo na pauta os projetos de decreto
legislativo de concessão de títulos de cidadã honorária de Brasília a Damares e de cidadão honorário de
Brasília a Bolsonaro, Alexandre de Moraes, embaixador do Líbano, embaixador da Palestina e
embaixador de Israel. (Pausa.)
Está encerrada a Ordem do Dia.
Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE.
Concedo a palavra ao deputado Rogério Morro da Cruz.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente, senhoras e senhores deputados.
Todos nós parlamentares desta casa chegamos aqui depois de enfrentarmos uma forte batalha
eleitoral no pleito passado, tanto os de primeiro mandato quanto os outros, que enfrentaram pelejas
difíceis não só em 2022 mas também em pleitos anteriores.
O exercício dos nossos mandatos não é oriundo da escolha ou da indicação do governador,
desse ou daquele padrinho político. Aqui nos encontramos por vontade do nosso patrão maior, a quem
devemos satisfação de nossas atividades neste parlamento, qual seja, o povo do Distrito Federal, que,
democraticamente, nos elegeu para representá-lo nesta Câmara Legislativa.
Há nesta casa um conjunto de parlamentares que integra a base do governo Ibaneis Rocha,
entre os quais eu me incluo, e outro conjunto que atua na oposição a esse mesmo governo, o que é
legítimo e democrático. Somos adversários políticos. Jamais inimigos, pois compreendemos nossas
diferenças ideológicas e as bandeiras delas originárias.
O nosso confronto – quando há – é de ideias e nunca em razão de causas pessoais ou de
interesses ilegítimos. Cada um de nós, abraçados aos seus ideais, sabe o caminho que deve seguir sem
jamais deixar de respeitar quem nos escolheu nas urnas de 2022.
Os nossos mandatos não podem nos ser tirados por meio de uma assinatura eletrônica no SEI.
Temos a legitimidade do voto. Isso fica claro, porque somente o voto popular pode nos reconduzir ou
não ao exercício de um novo mandato a partir do 1º de janeiro de 2027.
Faço essas considerações para afirmar que os membros que compõem a estrutura de gestão
de governo, embora sejam de grande relevância para a administração pública, não possuem a
legitimidade pelo voto. Não foram eleitos para ser secretário; diretor de estatal, de autarquia;
administrador regional e assim por diante. Não foram escolhidos nas urnas como os deputados
distritais, que formam o colegiado democrático da Câmara Legislativa.
Entretanto, senhor presidente, alguns deles se acham no direito de tratar os membros deste
parlamento de forma menor, como se eles tivessem o poder conferido pelas urnas para escolher quem
devem ou não atender.
Nós, que somos legitimados pelo voto popular, recebemos e tratamos todos aqueles que nos
procuram com respeito e atenção. Por que, então, os que se acham “eleitos pela assinatura eletrônica”
não adotam a mesma postura? Executivo e Legislativo deve caminhar juntos, não submissos um ao
outro, em defesa de interesses maiores da população do Distrito Federal.
Digo isso, senhoras e senhores deputados, para esclarecer que, no período chuvoso, São
Sebastião, devido a sua topografia, é impiedosamente castigada pelas chuvas. Ruas são alagadas,
casas são tomadas pelas águas, o trânsito fica caótico, o acesso ao serviço público se torna
praticamente impossível e assim por diante.
Tenho, ao longo do mandato, solicitado ao Poder Executivo a realização de obras definitivas
que levem solução para esses problemas, mas sabem o que foi feito nesses quase 2 anos? Nada.
Membros do governo vão ao local, fazem cara de surpresa, mas nada fazem a não ser promessas que
nunca são cumpridas. Isso é revoltante. As obras que têm sido realizadas em São Sebastião, nesses
quase 2 anos, devem-se ao aporte de recursos oriundos de emendas de nossa autoria.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Destinei 38 milhões para esse fim, embora a Agência
Brasília, quando da divulgação das realizações do governo na cidade, desconheça esse fato e,
diferentemente do que faz com outras cidades, credita os feitos exclusivamente ao Poder Executivo, o
que não é verdade.
As obras realizadas não estavam previstas no decreto de orçamento encaminhado pelo GDF a
esta casa. Emendas de nossa autoria é o que garantiu os recursos para que elas fossem feitas. Ser
base do governo apenas para levar pancadas ou, muitas vezes, defender propostas espinhosas neste
parlamento não é ser base. Isso pode ser qualquer outra coisa, mas base não é.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Fui eleito para defender os interesses da sociedade.
Tive mais de 15 mil votos apenas em São Sebastião e não vou trair a minha cidade em razão de
interesse deste ou de qualquer outro governo. Estou aqui para somar e ajudar o governo no que for
possível.
Tenho feito isso com a máxima lealdade no curso do meu mandato, mas exijo que este mesmo
governo trate de encaminhar as demandas de São Sebastião. Não sei como ficará a cidade com as
próximas chuvas. Rogo a Deus que nos proteja visto que nada foi feito pelo governo para prevenir as
possíveis tragédias. Que elas não aconteçam!
Entretanto, senhor presidente, é incompreensível que este ou aquele auxiliar do governador
escolha quem ele quer ou não atender, qual pauta ele deve levar em conta e quando recebe aqueles
que lhe solicitam espaço na agenda.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ – Nós parlamentares legitimados pelo voto – faço
questão de frisar esse fato – estamos todos os dias nas ruas ouvindo a população, ou seja, sabemos
quais são as reivindicações oriundas das ruas, e muitas delas devem ser levadas ao Poder Executivo,
mas para isso necessitamos ser atendidos.
É inaceitável que auxiliares do governador levem mais de 1 mês para responder a um pedido
de agenda e, quando o fazem, exigem que informemos quais os assuntos que deverão ser tratados.
Vejam a que ponto chegamos.
Há uns dias, a minha assessoria encaminhou a um diretor de uma estatal assuntos que eu
pretendia tratar com a companhia, e ele simplesmente respondeu as pautas de forma totalmente
equivocada pelo WhatsApp. E o pior foi que deu por encerrada a solicitação de agenda. Logicamente
que eu não aceitei esse absurdo, esse desrespeito, e me dirigi à empresa para ser atendido. Como não
havia outro jeito, mesmo a contragosto, eles me atenderam.
É óbvio que não podemos generalizar. Alguns auxiliares do governo, quando solicitamos uma
reunião, nos respondem com celeridade e nos atendem com a maior atenção possível. Até quando não
podem atender uma outra demanda, eles nos justificam de maneira fundamentada tecnicamente e
educada, o que é atitude louvável.
Rogo ao nosso presidente, deputado Wellington Luiz, e ao líder de governo nesta casa,
deputado Robério Negreiros, que intercedam junto ao Poder Executivo para que isso não continue
acontecendo, ou seja, para que os auxiliares que sempre colocaram dificuldade em nos atender
possam mudar de postura e tenham em mente que os temas que levamos até eles são oriundos dos
mais legítimos anseios da população.
Finalizo dizendo que todos sabem que sou de origem humilde, sou um piauiense que veio para
o Distrito Federal para escapar das dificuldades com as quais estava obrigado a conviver dia após dia
no Nordeste. Moro com a minha família em São Sebastião, cidade amada que necessita que
trabalhemos muito para que ela tenha dias melhores.
Porém, esclareço àqueles não sabem do fato que fui porteiro e não idiota; que fui vigilante e
não idiota; que fui frentista e não idiota; que fui líder comunitário e não idiota. Sou deputado distrital e
cheguei aqui como todos os senhores e as senhoras e não sou idiota.
Portanto, respeitem as nossas demandas e as tratem com a atenção que elas merecem. São
Sebastião não é uma cidade qualquer e, sim, um polo de desenvolvimento econômico e social. É
habitada por pessoas de bem, ordeiras e trabalhadoras.
Quando as águas chegarem, e se elas levarem destruição a São Sebastião, não tenha dúvida,
senhor presidente, que virei a esta tribuna quantas vezes for preciso para dizer quem realmente são os
culpados.
Muito obrigado.
(Assume a presidência o deputado João Cardoso.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Deputado Rogério Morro da Cruz, eu imagino
que não seja fácil para vossa excelência ser o representante de São Sebastião e passar por toda essa
dificuldade. Normalmente as pessoas depositam no parlamentar da sua região a solução para tudo.
Mas a solução não é o Legislativo, e, sim, o Executivo. Vossa excelência tem todo o meu apoio em suas
solicitações. Se as providências não forem tomadas, quem sofrerá realmente será a grande população
de São Sebastião.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente desta sessão,
deputado João Cardoso; nobres pares presentes no plenário; pessoal que nos acompanha pela TV
Câmara Distrital; infelizmente no dia de ontem novamente aconteceu uma situação já pontuada aqui
por nós no mês de setembro, o qual elencamos como o mês da mobilidade.
Há pouco mais de 1 mês, a Polícia Civil prendeu um agressor, um violentador de mulheres,
deputado Fábio Félix, na região que atende a EPNB e o Riacho Fundo I. Ontem, mais uma vez, uma
jovem moradora do Sol Nascente, uma adolescente, sofreu violência sexual ao descer uma passarela,
só que dessa vez isso aconteceu na EPTG.
Nós já elencamos que esse é um problema da sociedade, um problema da violência, sim; mas
é também um problema causado pelo modelo que nós escolhemos para tratarmos a mobilidade de
uma maneira geral. Muita gente acha que discutir mobilidade urbana – pode ser 20 anos, 30 anos, se
elegendo ou não – é apenas tratar sobre a renovação dos ônibus, se os trabalhadores estão sendo
pagos e se a linha chega ou não.
A mobilidade é muito maior que isso. Passam pela questão da mobilidade urbana os trilhos e os
pneus, mas também a compreensão do pedestre, presidente. É inadmissível que as mulheres e o
pedestre tenham receio e medo de andar por esta cidade porque não há um pensamento adequado!
Eu quero utilizar esta fala para trazer dados, terríveis dados, mas reais: 97% das mulheres
brasileiras têm medo de sofrer algum tipo de violência quando se deslocam pela cidade; 80% dessas
mulheres sentem medo de sofrer estupro, importunação sexual, agressão física, preconceito ou
discriminação por qualquer característica sua – e esse medo dobra quando falamos de andar pela
cidade, ainda mais se essa pessoa for PCD. Além disso, 71% das mulheres brasileiras já sofreram
algum tipo de violência durante o deslocamento pela cidade, ou seja, 7 em cada 10 mulheres já
vivenciaram uma situação de violência transitando pelas cidades. Quando falamos de mulheres negras,
LBTs, esse número sobe para 82 e 24, respectivamente.
As falhas no transporte, a falta de iluminação pública, ruas vazias, espaços públicos
abandonados, ausência de policiamento em horário de deslocamento aumentam a sensação de
insegurança durante o trajeto dessas pessoas pela cidade.
A maioria das mulheres sai de casa pelo menos 5 vezes por semana. É importante dizer que a
maneira como elas se locomovem é diferente de como os homens se locomovem pela cidade. Na sua
maioria, os homens cumprem um destino com início e fim: vão para o trabalho e vão para casa; vão
para um determinado local e voltam. Com as mulheres é diferente, já existe pesquisa que constata
isso. As mulheres deixam o filho na creche, na escola; vão para o hospital; procuram um serviço de
saúde; vão a outros serviços; vão para o trabalho e vêm para casa: utilizam a cidade de forma
diferente. Essas são as mulheres que estão expostas às violências nas nossas cidades, inclusive no
Distrito Federal.
E, quando nós pegamos um recorte de raça, as mulheres negras e pobres utilizam cada vez
mais os ônibus e andam a pé, em detrimento das outras que têm a oportunidade de ter o transporte
individual. Então, nós sabemos quais são as mulheres que sofrem mais violência quando há um recorte
sobre raça no desenho da cidade: 73% das mulheres que sofreram violência estavam a pé; destas,
76% receberam olhares insistentes ou cantadas inconvenientes e 69% sofreram violência sexual; 45%
das mulheres que sofreram violência estavam nos ônibus, 59% sofreram importunação sexual e 47%
sofrem racismo.
A maioria das mulheres mudou os hábitos depois de sofrer a violência. Mais da metade se
sentiu abalada psicologicamente, e apenas 23% receberam algum tipo de ajuda quando procuraram.
Apenas 31% das mulheres entrevistadas se sentem verdadeiramente seguras perto de casa. Como
média de segurança individual, 97% evitam passar em locais desertos escuros, 90% escolhem lugares
em que vão se sentar no transporte coletivo, 89% evitam sair à noite, 82% escolhem caminhos mais
longos e demorados quando se sentem mais seguras. Ou seja, tudo o que nós pensamos sobre
mobilidade as pessoas acham que se restringe apenas a um veículo novo com ar-condicionado, mas
não ao desenho da cidade toda. Pensamos na onda verde do carro, para que o carro siga direto, mas
não pensamos na onda do pedestre.
As paradas não são iluminadas, não são seguras; essas passarelas não fazem sentido nenhum
quando a travessia poderia ser em nível; e, quando acontece uma violência, nós vamos buscar um
culpado. Colocam a culpa de forma geral: “Não vai haver polícia para todo mundo” – nós não estamos
pedindo polícia para todo mundo. Estamos pedindo segurança no trajeto dessas pessoas para viver a
cidade.
Como é que existem paradas de ônibus em que ainda não há pontos iluminados? Como há
passarelas onde o mato em volta está alto? Estivemos no Itapoã Parque e vimos que colocaram as
paradas novas – atrás das paradas há um matagal com quase 1 metro e meio de altura. Qualquer
pessoa no Itapoã Parque, por exemplo, não fica em uma parada de ônibus daquela.
Mais uma vez, com dados, nós estamos mostrando que as mulheres é que sofrem mais. Vamos
repudiar todo tipo de violência contra a mulher, ainda mais quando essa mulher está saindo da sua
casa para cumprir sua função de trabalho, atravessa uma passarela e sofre uma violência. Passarelas
que – já pontuamos aqui – cadeirante não sobe, quem anda de bicicleta não sobe; e essa pessoa que
se sente insegura em andar numa passarela dessa vai arriscar passar pela pista, concorrendo com os
carros que estão a 80 quilômetros por hora.
Eu não sei que tesão é esse que nós temos em colocar via a 80 quilômetros por hora para o
carro se sentir o máximo nesta cidade – uma cidade pensada por rodoviaristas, projetada por
rodoviaristas, onde todos os empreiteiros se sentem confortáveis, que você pode sair desfilando por
qualquer via. Mas se você for mulher e andar a pé, você correrá o risco de sofrer sérias violências: seja
no Eixão, onde você precisa passar por baixo ou correr por cima; seja em qualquer outro lugar. Somos
obrigados, por causa do vandalismo, a trocar ponto de ônibus na Ceilândia por concreto mesmo
sabendo que a parada de vidro é muito mais segura para as mulheres, porque elas conseguem saber
quem está se aproximando dali ou não.
Agora a TCB vai assumir o CSO; e nós não conseguimos ainda – é uma luta nossa e da
comissão –, com a plena tecnologia na palma da mão das pessoas, saber a que horas o meu ônibus
está chegando para eu ter menos exposição a uma parada de ônibus, deputado Fábio Félix; para eu
conseguir fazer a travessia na passarela e calcular o tempo para eu atingir o final dela no momento de
eu embarcar no meu transporte.
As pessoas acham que isso é milagre, mas não é! Isso é possível com inteligência. Provamos
isso quando fomos à cidade de São Caetano do Sul e vimos que toda inteligência de trânsito é possível
de ser feita. Mas, para isso, presidente, deputado João Cardoso, sabe do que iremos precisar? De uma
secretaria de mobilidade que cumpra o papel de ser gestora da mobilidade.
Nós ligamos a televisão, e o secretário de Obras falará como é o BRT. O secretário de Obras
tem de cumprir o papel de fazer a obra, mas quem dirá como o BRT funcionará e por onde ele passará
é a Secretaria de Transporte e Mobilidade. Se haverá uma intercorrência numa via para algum tipo de
obra, quem tem de definir a prioridade da mobilidade é a Secretaria de Transporte e Mobilidade, e não
o órgão que está fazendo a obra.
Aqui, o DER fecha o corredor de ônibus exclusivo e avisa para a imprensa, e o secretário quase
não sabe. Aprovamos um crédito de 2 milhões de reais para pontos de ônibus para o Zoológico, e o
secretário não sabia de nada. A secretaria é apenas uma autarquia que, enfim, está ali tentando
cumprir o seu papel. A nossa crítica é que a Secretaria de Transporte e Mobilidade tem de gestar a
mobilidade, pensar a mobilidade e gerir a mobilidade, inclusive o tráfego das pessoas e dos veículos
pela cidade. É assim que as cidades do primeiro mundo fazem e é assim que as cidades estão se
desenvolvendo como cidades inteligentes.
Votamos ontem a nossa emenda do EIV, porque nós estamos tentando inovar todas as políticas
do Governo do Distrito Federal que não incluem a atualização do Estatuto do Pedestre, da nossa
mobilidade a pé, e também a Política Nacional de Mobilidade.
Nós apresentamos uma emenda para que houvesse um estudo de impacto de trânsito e
mobilidade nos lugares que estão se desenvolvendo. Precisamos pedir para colocar isso? Sim, porque,
senão, acontece o que aconteceu lá no Crixá, em São Sebastião, e no próprio Itapoã Parque, onde há
15 mil pessoas e não há ônibus.
Daqui a pouco teremos de criar “meu helicóptero, minha vida” ou “meu drone, minha vida” ou
qualquer coisa para as pessoas se locomoverem nesta cidade. A escolha das cidades serem afastadas e
a escolha das cidades se desenvolverem como são não é da população, é a escolha do governo.
Nós não temos um projeto de governo que pense a mobilidade como prioridade. Fazer corredor
de ônibus sem pensar convergência da população gera esse monte de caos que estamos vendo
historicamente. Quando acontece um engarrafamento, quem gere o sistema semafórico? Quem fará
com que o semáforo fique mais de 10 minutos, 5 segundos a mais ou 10 segundos a mais? Não temos
isso, porque na capital do país inovada não há um sistema semafórico inteligente em que há um
gráfico pelo qual que conseguimos pontuar, deputado Fábio Félix, qual semáforo que está mudando e
qual não está. E quando pedimos isso, deputado, dizem que quanto mais tecnologia, se houver algum
problema, queimará tudo. É. Teremos de pensar num sistema eficiente mesmo, com caixa
estabelecida.
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO MAX MACIEL – É, pode ser, deputado Thiago Manzoni, ficar atrasado e, com isso,
haverá um custo, pois os carros estão cada vez mais...
Para encerrar, senhoras e senhores, estamos debatendo um sentido de futuro que não vai
bater...
Quero reforçar que falar sobre mobilidade não é falar sobre ônibus ou sobre trilhos. Falar sobre
mobilidade é falar sobre as pessoas conseguirem chegar a seu destino, deputado Gabriel Magno.
Em Samambaia, deputado Fábio Félix, há quadras com grande incidência de pessoas com
deficiência que usam cadeira de rodas. Por quê? Porque houve uma campanha habitacional, há época,
que priorizou as pessoas com deficiência que usam cadeira de rodas para que ganhassem uma unidade
habitacional naquele lugar. Mas não fizeram calçada para a pessoa chegar até a parada. As paradas
sequer são niveladas com o ônibus, que baixa o elevador para a cadeira.
Nós fizemos uma indicação – não sei se vocês sabem – para que a Secretaria de Mobilidade
inclua na ordem de serviço das garagens – seu pai foi rodoviário, deputado João Cardoso – a lavagem,
o abastecimento e a manutenção da parte hidráulica do elevador dos ônibus, se não ela estraga. Mas,
infelizmente, ninguém usa o elevador; e, quando alguém precisa usar, o hidráulico estraga, a porta fica
aberta, e tem de descer todo mundo do ônibus para ele ser recolhido para a garagem, porque não
fizeram o básico: testar o elevador na garagem todos os dias ou uma vez por semana.
Por que existe o elevador? Porque nós escolhemos uma carroceria alta e não um ônibus de piso
baixo, nivelado com plataforma de terminais. Se não houvesse esse problema, o motorista não
precisaria descer do ônibus para baixar o elevador, as pessoas não ficariam agoniadas pelo atraso
gerado por isso, não haveria caos. As pessoas não se atrasariam e haveria mais sensibilidade com a
pessoa com deficiência ou com o idoso ao entrarem no ônibus.
Isso é uma escolha, deputado João Cardoso, de uma cidade de 64 anos, que vai completar 12
anos com esse sistema pelo qual optamos num chamamento de transporte e que tem exposto as
mulheres à violência.
Encerro dizendo que 86% das mulheres acreditam em iniciativas de reparação de instituições
públicas ou privadas, como protocolo de atendimento para assédio e apoio psicológico para as vítimas
de violências.
Todos esses dados que nós apresentamos são do Instituto Patrícia Galvão e do Locomotiva
Instituto de Pesquisa, que encararam quão violento é o Estado brasileiro para as mulheres. É
importante fortalecer e implementar, de fato, políticas públicas que já existem para intensificar a
proteção integral das mulheres.
Eu tenho uma filha de 10 anos de idade e outra de 22 anos. Quando elas precisam sair para
algum lugar, nós ficamos em dúvida se confiamos ou não no uso de um sistema desse. Ela vai para a
parada e não sabemos se o ônibus vai passar ou se já passou. Ao desembarcar, não sabemos se o
trajeto da parada para casa é caminhável e seguro. Toda a iluminação da cidade – nós estamos com a
Neoenergia – é de rodovia, com aquele suporte alto. Sabem onde há iluminação de pedestre? Na
Esplanada, mas nas nossas cidades, não. O pedestre que se vire. Se estiver escuro, ligue a lanterna do
celular ou aproveite a luz de um carro que estiver passando.
Quando propusemos isso, as pessoas falaram: “Para que fazer iluminação para pedestre em
toda cidade?” Porque nós somos uma cidade que privilegia o carro.
O carro é mais importante que um cidadão que paga imposto. Carro tem todos os benefícios:
ele para onde quiser; estaciona aqui e, se quiser, pode retirar daqui a 1 mês. Eu quero ver o que
acontece se, em qualquer lugar do mundo, alguém parar um carro num lugar e voltar para pegar
depois de 1 mês.
O carro tem isenção de imposto e é o maior poluente desta cidade e do mundo. Não adianta
falar de eletrificação de automóveis se também não pensarmos em infraestrutura para isso. Estamos
eletrificando-os, e vai ser feito o quê com esses carros elétricos?
Daqui a 10 anos vamos renovar a frota de ônibus. Há um debate que ocorreu ontem e será o
debate da COP30: transição energética. Todo mundo sabe disso. O governo Lula votou, inclusive, mais
uma vez, o combustível de renovação para transição energética. E nós estamos fazendo um corredor, e
ninguém está pensando na transição energética. Vocês sabem o que vai acontecer daqui a 10 anos?
Vamos incluir ônibus elétrico e eu pergunto: como é que vamos carregar esses ônibus? “Ah, o ônibus
roda 200 quilômetros com bateria”. Mas você já viu como são as distâncias aqui em Brasília?
Nós não fizemos a preparação dessas malhas para carregamento por indução. Sabe o que vai
ter que acontecer, deputado Thiago Manzoni, deputado Gabriel Magno e deputado Fábio Félix? Vamos
ter que rasgar tudo de novo para fazer isso. Sabem de onde vai sair o dinheiro? Do povo, que, mais
uma vez, ficará para depois.
Não crescemos 1 quilômetro do metrô! A estação do HRAN era para estar pronta e o metrô
chegar até lá, mas não fizeram. O projeto em Samambaia está aí, a empresa assumiu em janeiro,
contudo o projeto não saiu.
E não adianta pegar crédito de financiamento. Não adianta aprovar empréstimo com o BNDES
se isso não for prioridade de governo e de Estado quando falamos sobre transporte público.
Cada um pensa do seu jeito. Se todos nós ou todos os governos que passaram aqui
priorizassem o metrô, hoje ele iria até o final da Asa Norte, e a etapa de Samambaia e de Ceilândia já
estariam concluídas.
Mas hoje em dia vai ser difícil. Esse governo não conseguirá entregar mais nada, porque faltam
2 anos para ele acabar. Só para sair o processo de licença foi 1 ano e meio. E não adianta comprar
trem novo se não mudarmos a nossa matriz de energia.
O sistema metroviário não suporta a energia que nós compramos. É deficitário. Você vai ter
ônibus novo, metrô novo, mas não vai ter capacidade de botar os trens rodando simultaneamente,
porque o sistema não dará conta, deputado João Cardoso. Cai energia como caía o disjuntor de casa
antiga quando ligávamos 2 chuveiros ao mesmo tempo. É simples. A matemática funciona assim. Se
você não colocar disjuntor, que no nosso caso chama-se subestação e criar uma estação central para
comprar direto de Furnas – que eu posso subestabelecer para o meu sistema –, você pode botar 15
trens novos, zero bala, zerados e com ar-condicionado que o sistema não dará conta.
Então, nós não podemos fazer só propagandismo. Nós estamos apontando a solução.
E eu encerro repudiando e me solidarizando com a vítima, triste esse caso. Mais uma vez são
as mulheres sofrendo com esta cidade que, mais uma vez, não pensa nas pessoas.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Max Maciel.
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Boa tarde, presidente João
Cardoso. Cumprimento os deputados que ainda estão aqui presentes, as equipes de assessoria e você
que assiste a nós pelo YouTube e pela TV Câmara Distrital.
Algumas vezes, eu fico feliz por ouvir alguns discursos que apontam para os problemas que o
Estado gera na vida das pessoas. E falo isso, deputado Max Maciel, sem nenhuma ironia. Não é o
primeiro discurso que vossa excelência faz aqui com o qual eu concordo com alguma parte. E esses
problemas que o Estado causa no dia a dia das pessoas se repetem em quase todas as unidades da
Federação. No final das contas, o que se percebe é que o cidadão sofre as agruras de um Estado que é
ineficiente e que fica com grande parte do dinheiro que a população produziu.
O trabalhador médio brasileiro fica com aproximadamente 50% do que ganha, o resto vai para
o Estado, que causa esses problemas à vida das pessoas, esses problemas que acabaram de ser
narrados aqui detalhadamente. Ou nós mudamos a forma de pensar e entendemos que o Estado não
vai solucionar tudo ou então vamos estar sempre repetindo os mesmos problemas, com pouca
expectativa de solução.
Eu digo sempre que eu não tenho compromisso com o erro, Arthur, servidor desta casa, e não
tenho mesmo. E havia trazido, antes do deputado do PT que me antecedeu, as aspas do atual
presidente da República a respeito daquela história de roubar um celular: “Então vira uma indústria de
roubar celular. Para que rouba celular? Para vender, para ganhar um dinheirinho.”
A pessoa que pensa isso não pode ser a mesma que ocupa hoje a presidência da República.
Mas não é só. Ele em outra ocasião havia dito que fica triste ao ver um jovem de 14, 15 anos
assaltando e sendo violentado, assassinado pela polícia – “as vezes inocente, ou às vezes porque
roubou um celular”. Essa frase tem a típica distorção cognitiva e a inversão de valores que faz o eleitor
votar na direita hoje. Ele ao mesmo tempo inocenta o assaltante e criminaliza o policial. Na mesma
frase, ele inocentou o assaltante, tratou o policial como bandido e falou que não aguenta mais ver isso.
Acontece que o pai de família sai todo dia para trabalhar pedindo a Deus para a polícia
protegê-lo. As mulheres, então, nem se fala! O deputado Max Maciel acabou de mencionar o caso da
menina que foi violentada, coitada. O cara que fez isso é que é o vagabundo, não é o policial que o
prende. O policial que o prende tinha que ser aplaudido.
As nossas forças de segurança, a nossa polícia são heroicas, porque seus agentes saem de
casa todos os dias para colocarem sua própria vida em risco e oferecerem segurança para uma
sociedade cujos valores estão completamente deturpados e na qual alguém acha que pode tomar o
celular de outro alguém que trabalhou o tempo que tenha sido para ter um celular. O cara acha que,
só porque ele não tem dinheiro, ele pode roubar o celular, porque ele precisa ter um dinheirinho. Esse
tipo de mentalidade não é mais tolerada pela população brasileira. Esse tempo acabou. A população
não aguenta mais viver refém de criminoso.
Então, realmente, o sujeito que hoje ocupa a presidência da República não falou que o roubo
do celular era para tomar uma cervejinha, era para ter um dinheirinho. E eu faço a correção. Isso
muda o que ele pensa? Não. Isso muda o fato de que a esquerda detesta a polícia? Não, não muda.
Isso muda o fato de que na campanha ele estava no Complexo do Alemão com um boné CPX? Não.
Isso muda o fato de que, apesar de tentarem reescrever a história, o Partido dos Trabalhadores
entregou para o Brasil e para o mundo o maior escândalo de corrupção do mundo ocidental chamado
Petrolão? Não.
Pode anular as provas, fingir que não aconteceu, devolver o dinheiro de quem roubou. É isso
que está acontecendo. O pessoal devolveu o dinheiro roubado nas delações premiadas, nos acordos de
leniência, nos acordos de delação etc. Agora, por meio da anulação das provas, o dinheiro vai ser
devolvido para quem o tinha roubado.
O fato de anular as provas faz com que não tenham acontecido os fatos? É óbvio que não. O
suposto erro de CEP no julgamento do senhor Luiz Inácio faz com que tudo o que existia nos processos
relacionados ao Petrolão deixe de existir? Não. Pode ter anulado tudo, pode, depois, ter dito que
prescreveu, não tem problema. Nós sabemos que aconteceu. Aconteceu.
Reescrever a história é algo impossível hoje, porque há a internet, que mostra para todo
mundo tudo o que aconteceu. Aliás, é por isso que se quer tanto acabar com a internet e com a
liberdade das redes sociais, porque as redes sociais rememoram à população aquilo que aconteceu.
Tendo dito isso, eu gostaria de agradecer aos professores de Samambaia, que me receberam
hoje de manhã. Professores de diferentes escolas me receberam, hoje pela manhã, para conversar
sobre a educação do Distrito Federal. As escolas do Distrito Federal precisam de atenção
urgentemente. Dói-me o coração.
O pessoal está perguntando se voltou o X. Voltou o X. E não sei se devemos celebrar. Está
tudo em paz. O X nunca deveria ter saído do ar. O direito de 21 milhões de brasileiros que utilizavam
aquela rede social foi cerceado, mas isso eu discuto em outro dia.
O fato é que a educação do Distrito Federal precisa de atenção urgentemente. As salas de aula
são precárias. Faz um calor enorme na cidade, e os professores e os alunos não têm ar-condicionado,
porque, na maioria das escolas, a rede de energia não suporta ar-condicionado, deputado João
Cardoso. Se ligam o ar-condicionado, cai a energia da escola. A situação é precária em quase todas as
escolas. Da merenda não precisamos falar, nós sabemos como é. Quanto aos uniformes, nós sabemos
da dificuldade que existe.
Agora há mais uma dificuldade, que é a recomendação do Ministério Público, deputado Gabriel
Magno, a respeito do PDAF. Muitos deputados – eu, inclusive – ajudamos as escolas por meio do PDAF
para fazerem pequenas obras e, agora, isso sofre uma limitação também.
Hoje eu estive lá em Samambaia, e uma das demandas da escola era: “Nós precisamos de uma
obra para fazer a cobertura da quadra. Os professores de educação física não querem nem mais dar
aula no sol porque é insalubre para eles e para os alunos.” Eu falei: “Olha, dificilmente essa emenda
vai ser executada. Eu posso até destiná-la, mas, dificilmente, ela vai ser executada, porque há uma
recomendação do Ministério Público para que não se utilize a emenda de PDAF para fazer esse tipo de
obra.” Isso dificulta demais o trabalho, e esse trabalho é o trabalho que vai marcar a próxima geração.
Eu estava numa palestra semana passada, deputado João Cardoso, e um ex-ministro da
Educação falou que 82% dos estudantes brasileiros – 82% dos estudantes brasileiros! – terminam o
ensino médio sem conseguir ler e interpretar um texto. São 82%, ou seja, dentro de muito pouco
tempo, teremos um país de analfabetos funcionais.
A situação é mais grave quando a disciplina analisada é matemática. Esse número chega a
mais de 85%. Os nossos alunos não têm conhecimento nem de português nem de matemática.
Português e matemática são as 2 disciplinas que possibilitam ao aluno aprender todas as demais. Onde
vamos acabar? Como um país desse se desenvolve? Como um país desse vai produzir? Como um país
desse vai se encaixar num mundo que é cada vez mais tecnológico, mais digital? Se os nossos alunos
não sabem português, como vão saber programar? Se eles não sabem matemática, como vão saber
programar? É impossível! É impossível!
Parece que caminhamos a passos largos para sermos, cada vez mais, um país subdesenvolvido.
Se conseguíssemos reverter isso hoje, talvez em 2 décadas, 3 décadas, vivêssemos num país melhor –
é o exemplo da Coreia do Sul. Para isso, é necessário que comecemos agora e é necessário que as
nossas escolas voltem a escolarizar e respeitem os pais. Há de haver uma conexão entre as famílias e
as escolas. As famílias ensinam ética, moral, religião. É o que prescreve o Pacto de São José da Costa
Rica, que diz que é dos pais o direito e o dever de ensinar ética, moral e religião para os filhos, ou seja,
quem forma o caráter é o pai e a mãe. A escola deve escolarizar as crianças para que elas possam, ao
se tornar jovens, produzir, ter emprego, ter sustento. Isso é tudo o que não acontece hoje em Brasília
e no Brasil, infelizmente.
Então, eu me volto aos professores que me receberam hoje e reafirmo aqui o compromisso que
fiz com vocês de Samambaia, estendendo esse compromisso para todos os professores do Distrito
Federal. Eu tenho o compromisso de lutar pela valorização de vocês, não só pela valorização salarial,
mas pelo respeito que se deve aos professores, que são aqueles que formam todas as outras
profissões, professor deputado João Cardoso. Todas as outras profissões passam pelas salas de aula e
têm, nos professores, aqueles que possibilitam o exercício de uma profissão no futuro.
Vocês, professores, sempre terão todo o meu apoio, o meu respeito e a minha luta para
valorizar o trabalho de vocês e para que seu trabalho seja respeitado, não só pela classe política, mas
pelos alunos e pelos pais de alunos.
Faço também um compromisso com os alunos do Distrito Federal. Nós não pararemos de
trabalhar para que vocês tenham condições melhores de aprendizagem, para que a sala de aula seja
melhor, para que o conteúdo a que estão expostos seja um conteúdo melhor, para que tenham meios
de aprender mais e melhor, para que tenham lazer, para que as aulas de educação física sejam
melhores, para que aprendam disciplinas que façam sentido no futuro, para que aprendam a
programar, para que aprendam sobre inteligência artificial e sobre tudo aquilo que precisam para se
inserir no mercado de trabalho.
Eu me dirijo também aos diretores das escolas. Eu continuarei enviando, destinando emendas
parlamentares para vocês. Eu me dirijo novamente aos diretores das escolas: eu continuarei
destinando emendas parlamentares para que vocês tenham dignidade e possibilidade de trabalhar. A
educação talvez seja a única ferramenta que temos para mudar a realidade de Brasília e do Brasil, e eu
estou imbuído do propósito de trabalhar nesse sentido. Era o que eu tinha a dizer, senhor presidente.
Agradeço-lhe e agradeço aos parlamentares que estão no plenário até o final da sessão.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhores
deputados, obrigado.
Primeiro, quero parabenizar o deputado Thiago Manzoni pelo pronunciamento e por não ter
compromisso com o erro. Todos nós estamos sujeitos a isso, e o reconhecimento do erro é importante.
Saúdo o deputado Thiago Manzoni e parabenizo-o pela fala, apesar das divergências ideológicas e
políticas que vamos manter. Quero tratar um pouco disso, senhor presidente, e falar desse assunto.
A tragédia social que nós estamos vivendo no país, principalmente no Distrito Federal, se dá
justamente pela ausência do Estado, pela ausência da política pública, e não pelo Estado em si. O
deputado Thiago Manzoni deu vários exemplos que comprovam essa tese. O problema do atendimento
em educação hoje é o subfinanciamento. O problema elencado da alimentação escolar, por exemplo,
está condicionado à opção que o Estado, o GDF, fez de terceirizar a alimentação escolar. O problema
das denúncias de corrupção no uniforme escolar é fruto da ausência do Estado, da opção política deste
governo de terceirizar o fornecimento do uniforme escolar. O problema não é o Estado, o Estado está
pagando uma empresa – e é a empresa que não entrega.
A tragédia social que nós vivemos hoje no DF é devida à ausência do Estado. Presidente, o
Estado não repassou recursos para as entidades da assistência social. Agora elas estão com dificuldade
de pagar salário por um serviço de atendimento que o Estado não dá conta de fazer, e ele precisa das
entidades da sociedade civil.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios acabou de ajuizar uma ação pública contra
o GDF sobre a questão da saúde. Nela, alega-se que hoje há um colapso no sistema de saúde do
Distrito Federal e recomenda-se contratação de servidores públicos.
Na ação, deputado João Cardoso, o MP ressalta que hoje há um déficit de 929 servidores
enfermeiros, 1.278 servidores técnicos de enfermagem, 470 servidores médicos, 247 servidores
pediatras e solicita que se abram urgentemente leitos – o déficit de leitos é de 1.660; 584 da clínica
geral e 357 da pediatria. O MP requer, ainda, que se aumente, urgentemente, a estrutura física da
rede.
Está faltando Estado, está faltando mais Estado. E qual é a opção do Governo do Distrito
Federal? Iges. Está aqui no PLOA: mais quase 500 milhões de reais. Esta é a tragédia social que nós
vivemos: a opção de alguns governos de abrirem mão de governar, de oferecerem serviços públicos de
qualidade, que precisam ser feitos com servidores públicos.
O deputado Max Maciel nos trouxe uma questão fundamental da nossa cidade. Infelizmente,
deputado Max Maciel, o Distrito Federal, hoje, não é para todas as pessoas. Nem todas as pessoas têm
o direito à cidade, aos equipamentos públicos, às infraestruturas importantes de saúde, educação,
cultura. Elas não têm direito à segurança, não têm direito à mobilidade, não têm direito à alegria, não
têm direito à participação, não têm direito à democracia.
Para alguns setores, esse direito é ainda mais negado: para as mulheres; para os negros e
negras; para a população LGBTQIA+, que sofrem mais ainda com essa tragédia e com a ausência do
Estado para garantir algo fundamental: direitos que o deputado que me antecedeu citou.
A convenção de São José é um documento importante. A convenção de São José é o acordo e
o tratado para a garantia dos direitos humanos das américas. Falo disso, porque usam esta tribuna o
tempo inteiro para atacar os direitos humanos, para atacar os direitos sociais.
Não se pode usar os direitos humanos e os direitos sociais picados, parcelados, só para se
justificar um discurso. É preciso que eles sejam garantidos na íntegra. É isso que a Constituição de
1988 preconiza.
Precisamos, deputado João Cardoso, de mais Estado, de mais governo para quem precisa. O
DF vive uma tragédia, porque o governo Ibaneis e o governo Celina não têm compromisso com o
serviço público, com as pessoas. Nós estamos vivenciando isso há 6 anos. Este governo tem
compromisso com o negócio. Há mais um agora: concessão da Rodoviária.
O governo publicou, há 1 mês mais ou menos, o edital e o resultado da concessão. Ganhou um
consórcio de empresas. A justificativa foi a de que as outras 2 empresas que concorreram não tinham a
menor condição de ofertar, de oferecer o serviço e gerir a Rodoviária. Pois bem, essa semana
mudaram de ideia. Agora, não é mais a primeira; é a segunda. O que mudou de uma semana para cá?
Não há transparência nos processos que este governo faz. Isso, obviamente, levanta dúvidas.
Qual é a motivação? É preciso apresentar isso para a sociedade, é preciso haver transparência ou é
preciso atender o interesse privado, mais uma vez?
O cronograma foi mantido. Neste ano, vão começar a cobrar estacionamento no centro da
cidade. Isto foi publicado: 5 reais por hora. Aqueles que não têm direito à cidade, à mobilidade, ao
acesso aos bens públicos, agora, também vão precisar pagar para acessar o centro da cidade.
Não sou contra a política de mobilidade que cobra estacionamento, mas ela precisa estar
articulada, ela precisa ser pensada com outros meios de locomoção na cidade. Isso o governo não está
fazendo. É negócio, é enriquecer alguém, é ganhar ainda mais dinheiro.
Voltando para o orçamento, é isso que o orçamento do ano que vem e os orçamentos do
governo Ibaneis têm mostrado. Quem tem ganhado a grande fatia do bolo do orçamento do Distrito
Federal, que é dinheiro público, como alguns gostam de dizer, dos pagadores de impostos? São os
empresários, alguns pequenos grupos ou grandes grupos econômicos.
Deputado João Cardoso, em 2019, o primeiro ano do desastroso governo Ibaneis, o orçamento
de renúncia fiscal para empresário foi de R$1.800.000.000,00. Sabem quanto foi o deste ano? O deste
ano foi de 9 bilhões de reais. Só no governo Ibaneis, os empresários saíram de um benefício fiscal de
R$1.800.000.000,00 para 9 bilhões de reais! É o maior aumento do orçamento! Foi mais de 4 vezes,
mais de 400% de aumento. Essa é a prioridade do governador Ibaneis e da vice-governadora Celina. O
orçamento é importante por isso. No discurso, cabe tudo.
A educação é prioridade na época da eleição, a saúde é prioridade na época da eleição, mas é
no orçamento que nós vemos qual é a prioridade, e a prioridade deste governo não é com a educação,
não é com a saúde, não é com a assistência social, não é com a segurança das pessoas. A prioridade
deste governo é com interesses privados, é com negócio. É isso que o governador Ibaneis gosta de
fazer e muito. Aliás, nisso ele é bom. Isso, nós precisamos admitir. O governador sabe fazer negócio.
Eu quero encerrar, presidente, trazendo 2 questões.
Primeiro, é preciso, de novo, dizer a verdade. O PT foi o governo e o partido que mais valorizou
as forças de segurança. O governo Lula e o governo Dilma foram aqueles responsáveis pelos maiores
reajustes, por contratações, estrutura física e garantia de autonomia da Polícia Federal e da Polícia
Rodoviária Federal, diferentemente do governo passado, do inelegível, que capturou a PRF para fazer
política. Inclusive, foi nos governos do PT que elas tiveram autonomia, salário e reconhecimento. Aliás,
foi nos governos do PT que as forças de segurança do Distrito Federal, que são financiadas também
pelo Fundo Constitucional, tiveram os maiores reajustes e os maiores investimentos.
Então, não adianta virem aqui com mentira, dizendo que o PT, que a esquerda não gosta da
polícia. Não é esse o debate da segurança pública que queremos fazer.
É preciso mudar a concepção, porque fato é fato. De fato, a polícia no Brasil tem matado muita
gente, e tem morrido, também, muito policial. É por isso que é fundamental mudar a lógica, mas é
importante esclarecer as coisas.
Quero aqui, presidente, denunciar o que aconteceu na CCJ, no Congresso Nacional, nesta
semana. A CCJ foi capturada pela extrema-direita. Foi feita uma manobra para se colocar uma agenda
que é de interesse da extrema-direita, que é votar anistia para golpista, anistia para aqueles e para
aquelas que tentaram um golpe contra a democracia.
Alguns da extrema-direita, nesta semana, estão celebrando, dizendo que está tudo bem. Com
manobra regimental, eles passaram 2 meses tentando impedir que processos da CCJ fossem votados.
Agora estão lá, em um acordo e em uma manobra, tentando aprovar anistia para golpista. Isso é de se
repudiar. Isso é rir da cara do povo brasileiro.
A CCJ é uma comissão de fundamental importância no Congresso Nacional e não pode estar
atrelada e vinculada aos interesses daqueles que atacam a democracia.
Eu encerro, presidente, lembrando que, nesta semana, o dia 7 de outubro marcou 1 ano do
genocídio contra o povo palestino que vivia na Faixa de Gaza. Marca-se 1 ano dos ataques
completamente absurdos, sem nenhuma justificativa, organizados e capitaneados pelo Estado terrorista
de Israel. Há 1 ano, no dia 7 de outubro, o mundo assistiu, arrepiado, ao ataque promovido pelo
senhor Netanyahu contra o povo palestino, atacando inocentes e matando mulheres e crianças.
Famílias que estavam na fila de ajuda humanitária para pegar comida foram bombardeadas pelo
Estado de Israel.
Infelizmente, a ONU e os organismos internacionais, que deveriam coibir essa prática, não o
fizeram, e nós estamos pagando um preço muito caro. Agora, Israel está atacando o Líbano e outros
países da região. É preciso, urgentemente, que a ONU assuma o seu papel institucional em defesa não
só do povo palestino, mas da paz naquela região. É preciso parar o sanguinário Netanyahu, que
continua promovendo um genocídio naquela região.
Então, quero rememorar o último ano para que o que aconteceu não seja esquecido e nunca
mais se repita. É fundamental que o mundo se mobilize e se organize para parar o genocídio que,
infelizmente, ainda está em curso naquela região.
Presidente, muito obrigado pela paciência e pelo tempo.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Gabriel Magno. Vossa
excelência ainda tinha 3 minutos.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix, por 20 minutos.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhores
deputados, obrigado.
Boa tarde, deputado João Cardoso, deputado Max Maciel e deputado Gabriel Magno, que ainda
estão no plenário da Câmara Legislativa, servidores e servidoras da casa e quem nos acompanha pela
TV Câmara Distrital.
Eu resolvi subir à tribuna neste grande expediente, que raramente acontece e que é o
momento dos grandes pronunciamentos, para fazer um pequeno comentário com relação à fala
acertada do deputado Max Maciel sobre a mobilidade urbana e, especialmente, sobre as mulheres.
Deputado Max Maciel, em 2019, nesta casa, fizemos uma luta – que vossa excelência
acompanhou – pela CPI do Feminicídio. Essa luta teve 2 personagens muito tristes. Duas histórias
muito tristes nesta cidade pautaram a luta pela CPI do Feminicídio. Uma delas foi a de Letícia Curado, e
a outra foi a de Pedrolina Silva.
A Letícia Curado foi assassinada em um transporte pirata em Planaltina, depois de não
conseguir acessar o sistema de transporte público. A Pedrolina Silva foi abordada em uma parada de
ônibus sem proteção, sem iluminação e sem condições mínimas de segurança para as mulheres, no
início da L2 Sul. Ela estava indo com amigos para um clube, para se divertir. A Pedrolina foi aluna
minha na Universidade Católica, quando eu era professor naquela instituição. Inclusive, o TCC dela foi
sobre violência contra a mulher.
Então, foi uma história muito, muito triste, que mexeu muito conosco, à época, na luta por
uma CPI para investigar um fenômeno tão trágico como é o fenômeno do feminicídio e da violência
contra a mulher.
Agora, surge esse caso horroroso na passarela. Repudio esse caso e peço que a Polícia Civil
atue nele. Mais do que isso: que pensemos o sistema de transporte público de mobilidade ativa,
mesmo que seja ela a pé, na perspectiva do enfrentamento à violência contra a mulher e o machismo.
Então, venho a esta tribuna para que o poder público, especialmente o Governo do Distrito
Federal, retome as 80 recomendações que esta casa fez com relação à CPI do Feminicídio. Que ele
retome uma série de legislações que foram aprovadas nesta casa e que não foram sequer
regulamentadas, para que elas sejam aplicadas no enfrentamento da violência contra a mulher de
forma preventiva. Isso é muito importante.
Uma tragédia como essa não pode acontecer, e nós nos silenciarmos, não entendermos a
gravidade do que é as mulheres não se sentirem seguras nos espaços públicos da cidade.
Isso não cabe a um deputado do partido x ou y. Cabe a todos nós que estamos aqui entender
que cidade é esta em que se comete esse tipo de violência contra as mulheres. Nós não podemos
naturalizar isso.
É muito importante que falemos isso hoje. Eu queria me somar, inicialmente, à fala do
deputado Max Maciel, que é o presidente da nossa Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana.
Presidente, antes de encerrar minha fala, quero dizer que muitos balanços da campanha
eleitoral de 2024 foram feitos nesta casa ontem, hoje, e estamos elaborando um pensamento sobre as
discussões. Ontem, tive oportunidade de falar um pouco sobre isso.
Eu queria só fazer uma segmentação, elogiar as nossas candidaturas LGBTs nas eleições
municipais. Houve um crescimento de 400% de pessoas LGBTs eleitas nas câmaras municipais do país.
Essa representatividade para nós é uma novidade, porque, até poucos anos atrás, não
tínhamos coragem de falar sobre a nossa vida, sobre o nosso afeto, sobre o nosso amor. Não era
porque não tínhamos coragem ou porque não queríamos, mas porque infelizmente nós sofríamos muito
mais violência.
Nós justamente estamos ocupando as instituições públicas e os espaços legislativos para dizer:
nós existimos, nós estamos aqui e nós queremos ser respeitados, respeitadas. Queremos a nossa
cidadania respeitada. Queremos que o Estado e o poder público olhem para políticas públicas
direcionadas à população LGBT. Queremos que haja delegacias especializadas para combater a
violência contra a população LGBT. Queremos empregabilidade para a população trans, direito a
emprego, que é o básico.
Eu não sei se os parlamentares sabem, mas há hoje 90% das mulheres travestis e transexuais
na prostituição compulsória, obrigatória, porque não há alternativa. Ninguém as emprega. Elas estão
na prostituição. Esses são os dados da Antra.
Então, é preciso que haja políticas públicas para que essas pessoas sejam incluídas no seu
direito a emprego, a trabalho, a renda, a dignidade. Isso é algo importante.
É preciso que haja acesso à saúde pública, para que as pessoas tenham tratamento e
acolhimento; acesso à saúde mental, para que as pessoas tenham acolhimento e tratamento. Esses são
temas fundamentais para nós. Portanto, haver mais LGBTs nos espaços de poder é muito significativo
para nós.
Quero elogiar todas as candidaturas que foram eleitas e fazer esse balanço. A nossa
representatividade veio para ficar na política institucional.
Entre todos os balanços feitos, lembrem-se de que, a partir do ano que vem, haverá 400% a
mais de pessoas LGBTs assumidas, fora do armário, orgulhosas da sua orientação sexual e que lutam
por dignidade da população LGBT nas câmaras municipais deste país.
Estou muito feliz com esse resultado, e vamos avançar ainda mais.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JOÃO CARDOSO) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Esta presidência informa que, em razão da aprovação do Requerimento nº 1.638/2024, de
autoria do deputado Gabriel Magno, do Partido dos Trabalhadores, a sessão ordinária de amanhã,
quinta-feira, dia 10 de outubro de 2024, será transformada em comissão geral para debater as políticas
de proteção às crianças e aos adolescentes e o atendimento dos egressos dos serviços de acolhimento.
Encerrado o Grande Expediente.
Obrigado.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a sessão ordinária, às 17 horas e 21 minutos.
(Levanta-se a sessão às 17h21min.)
Observação: Nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo
com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de
cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.
Siglas com ocorrência neste evento:
Antra – Associação Nacional de Travestis e Transexuais
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Caps – Centro de Atenção Psicossocial
CAS – Comissão de Assuntos Sociais
CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
Codhab – Companhia de Desenvolvimento Habitacional do Distrito Federal
COP30 – 30ª Conferência da Organizaçã das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas
CPX – Complexo
CSO – Centro de Supervisão Operacional
DER-DF – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal
EIV – Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança
EPNB – Estrada Parque Núcleo Bandeirante
EPTG – Estrada Parque Taguatinga
GDF – Governo do Distrito Federal
HRAN – Hospital da Asa Norte
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
MP – Ministério Público
ONU – Organização das Nações Unidas
PCD – Pessoa com Deficiência
PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira
PDL – Projeto de Decreto Legislativo
PLOA – Projeto de Lei Orçamentária Anual
PPGE – Políticas Públicas e Gestão Educacional
PRF – Polícia Rodoviária Federal
Raps – Rede de Apoio Psicossocial
SEI – Sistema Eletrônico de Informações
Sindafis-DF – Sindicato dos Servidores Integrantes da Carreira de Fiscalização de Atividades Urbanas do Distrito Federal
Sugep – Subsecretaria de Gestão de Pessoas
Suplav – Subsecretaria de Planejamento, Acompanhamento e Avaliação
TCB – Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília Ltda.
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
UBS – Unidade Básica de Saúde
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 10/10/2024, às 23:06, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1858434 Código CRC: 7D6186E5.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Atos 530/2024
Presidente
ATO DO PRESIDENTE Nº 530, DE 2024
O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições
regimentais e nos termos da Lei distrital nº 4.342/2009, RESOLVE:
1. EXONERAR, a pedido, GUILHERME DE VASCONCELOS DE MORAIS, matrícula nº
24.222, do Cargo de Natureza Especial, CNE-01, do gabinete parlamentar do deputado Wellington Luiz.
(LP).
2. NOMEAR LUCIANO CHAVES PEREIRA para exercer o Cargo Especial de Gabinete, CL-12,
no gabinete parlamentar da deputada Dayse Amarilio. (LP).
3. EXONERAR JAIR JUNIOR LOPES DIAS, matrícula nº 24.488, do Cargo Especial de
Gabinete, CL-01, do gabinete parlamentar do deputado Roosevelt, bem como NOMEÁ-LO para exercer
o Cargo Especial de Gabinete, CL-13, no referido gabinete. (LP).
Brasília, 15 de outubro de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 15/10/2024, às 18:39, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1866502 Código CRC: 3495A24F.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 85a/2024
Relatório de Presenças por Reunião
Reunião : 85ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 9ª Legislatura Dia : 08/10/2024
__________________________________________________________________________________________________
Nº Nome Parlamentar Partido Hora Modo
01 CHICO VIGILANTE PT 15:41:06 Biometria
02 DANIEL DONIZET PL 16:36:26 Biometria
03 DAYSE AMARILIO PSB 16:16:30 Biometria
04 DOUTORA JANE MDB 16:27:40 Biometria
05 EDUARDO PEDROSA UNIÃO 15:02:15 Biometria
06 FÁBIO FELIX PSOL 15:29:27 Biometria
07 GABRIEL MAGNO PT 15:52:44 Biometria
08 HERMETO MDB 17:08:28 Biometria
09 IOLANDO MDB 16:41:40 Biometria
10 JAQUELINE SILVA MDB 16:41:40 Biometria
11 JOÃO CARDOSO AVANTE 15:16:50 Biometria
12 JOAQUIM RORIZ NETO PL 15:44:23 Biometria
13 JORGE VIANNA PSD 15:58:32 Biometria
14 MARTINS MACHADO REPUBLI 16:50:41 Biometria
15 MAX MACIEL PSOL 15:03:38 Biometria
16 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP 15:02:01 Biometria
17 PAULA BELMONTE CIDADAN 15:36:03 Biometria
18 PEPA PP 15:33:41 Biometria
19 RICARDO VALE PT 15:37:06 Biometria
20 ROBÉRIO NEGREIROS PSD 15:00:17 Biometria
21 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD 15:35:45 Biometria
22 ROOSEVELT PL 17:23:24 Biometria
23 THIAGO MANZONI PL 15:14:50 Biometria
24 WELLINGTON LUIZ MDB 15:01:51 Biometria
Ausências :
Nome Parlamentar Partido
Justificados :
Nome Parlamentar Partido Texto
Totalização
Presentes : 24 Ausentes : 0 Justificativas : 0
_____________________________
Presidente
08/10/2024 18:19 1 Administrador
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Convocações 3/2024
CFGTC
CONVOCAÇÃO - CFGTC
De ordem da Presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle,
Deputada Paula Belmonte, convoco as Senhoras e os Senhores deputados membros desta Comissão
para a 3ª Reunião Ordinária, a realizar-se no dia 17 de outubro de 2024 (quinta-feira), às
11h, na Sala de Reuniões das Comissões.
Solicita ainda a Presidente que, na impossibilidade de comparecimento do(a) titular, seja
providenciada a presença do(a) respectivo(a) suplente.
Brasília, 14 de outubro de 2024.
MARCELO HERBERT DE LIMA
Secretário da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
Documento assinado eletronicamente por MARCELO HERBERT DE LIMA - Matr. 22527, Secretário(a) de
Comissão, em 15/10/2024, às 16:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1732656 Código CRC: 98BC0439.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Extratos - CLDF - Saúde 5/2024
EXTRATO DE TERMO ADITIVO
Brasília, 11 de outubro de 2024.
Processo nº SEI 00001-00000145/2023-87. Segundo Termo Aditivo ao Termo de Credenciamento
nº 08/2023, firmado entre o Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores da Câmara
Legislativa do Distrito Federal – FASCAL e o HOSPITAL PACINI LTDA. Objeto: Pacote de Terapia
Antiangiogênica com uso de EYLIA por Olho/Aplicação, no rol de procedimentos dos serviços prestados pela
Credenciada. Vigência: a partir da publicação deste extrato de Termo Aditivo no Diário Oficial do Distrito
Federal - DODF. Legislação: art. 124, II, da Lei n° 14.133/2021. Partes: pelo FASCAL, Sr. Geovane de
Freitas Oliveira e pela Credenciada, Sra. Natália Pacini Lycurgo Leite.
Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)
do Fascal, em 15/10/2024, às 11:17, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1861640 Código CRC: 75D73E9D.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 85d/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA 85ª (OCTOGÉSIMA QUINTA) SESSÃO ORDINÁRIA
Ata considerada lida e aprovada na 87ª (OCTOGÉSIMA SÉTIMA) Sessão Ordinária, em 10 de OUTUBRO
de 2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 10/10/2024, às 15:10, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1859740 Código CRC: 2C5581B9.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 85/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 85ª (OCTOGÉSIMA QUINTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
EM 8 DE OUTUBRO DE 2024
SÚMULA
PRESIDÊNCIA: Deputados Wellington Luiz, Eduardo Pedrosa, João Cardoso, Robério Negreiros e
Ricardo Vale
SECRETARIA: Deputados Robério Negreiros e Ricardo Vale
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 15 horas e 1 minuto
TÉRMINO: 17 horas e 57 minutos
Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.
1 ABERTURA
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara aberta a sessão.
1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE
– Os Deputados Robério Negreiros e Ricardo Vale procedem à leitura do expediente sobre a mesa.
1.2 LEITURA DE ATA
– Dispensada a leitura, o presidente da sessão considera aprovadas, sem observações, as Atas das 83ª
e 84ª Sessões Ordinárias.
2 PEQUENO EXPEDIENTE
2.1 COMUNICADOS DE LÍDERES
Deputado Max Maciel
– Acusa prestadora terceirizada de serviços ao Metrô-DF de desrespeitar leis trabalhistas e informa que
intimou o órgão para esclarecer se a empresa está cumprindo o contrato.
– Discorre sobre a estiagem que assolou o Distrito Federal em 2024 e estudo da Universidade de Brasília
– UnB que alertou sobre as mudanças climáticas na região, bem como seu impacto em áreas de
vulnerabilidade e risco ambiental.
– Comunica ter solicitado à Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – NOVACAP informações
sobre as providências adotadas pelo Governo para mitigar possíveis danos ambientais nas áreas
passíveis de alagamento.
– Enfatiza a necessidade de alteração da matriz de nossas cidades e de adoção de política ambiental que
garanta o crescimento sustentável do Distrito Federal.
– Cita medidas necessárias para evitar nova proliferação da dengue.
Deputado Eduardo Pedrosa
– Reconhece o valor do trabalho dos profissionais da enfermagem.
– Refere-se a diligências junto às Secretarias de Economia e de Planejamento em defesa dos pleitos dos
servidores do Departamento de Trânsito – DETRAN-DF e da Polícia Penal e acrescenta que foi discutida
a criação de centros de referência de atendimento às pessoas com autismo.
– Divulga que foi aprovado na CEOF convênio para a isenção dos custos de medicamentos para o
tratamento das pessoas com câncer e menciona a proposta de construção de hospital oncológico no DF.
Deputado Gabriel Magno
– Alude à visita da CESC à UPA do Gama e elenca irregularidades, bem como a ausência de profissionais
e de material básico.
– Reprova o envolvimento do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal – IGESDF em
esquemas de corrupção, noticiado pelos meios de comunicação.
– Reclama da demora na entrega de escolas públicas no Jardim Mangueiral e critica o GDF por firmar
contratos milionários para expandir o número de salas de aula em vez de construir escolas e nomear
servidores da educação.
– Denuncia esquema de venda de posição nas filas de atendimento do Sistema Único de Assistência
Social – SUAS.
Deputado Iolando
– Parabeniza o Governador Ibaneis Rocha por atender as demandas dos servidores desde 2019.
– Propõe que os empregados do Metrô-DF e outras categorias de trabalhadores do GDF sejam inseridos
no Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal – INAS.
Deputado Pastor Daniel de Castro
– Avalia o resultado do 1º turno das eleições municipais deste ano e afirma que o avanço da direita foi
demonstração clara da insatisfação popular com o Governo Lula, especialmente com a condução das
contas públicas.
– Critica os governos de esquerda no mundo e cita ações que praticam em detrimento da população de
seus países.
Deputado João Cardoso
– Salienta que não houve regulamentação do Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília –
PPCUB, de modo que o GDF enfrenta dificuldade para emitir a viabilidade de localização e a licença de
funcionamento, em prejuízo aos empreendedores, e comunica que solicitou ao Governo a iniciativa de
lei complementar para sanar a lacuna.
– Apoia a reestruturação das carreiras de auditor fiscal e da Procuradoria-Geral do Distrito Federal.
– Convida todos para sessão solene em homenagem à padroeira do Brasil, dia 10 de outubro, às 9
horas.
– Agradece à CAF a aprovação do projeto de lei de sua autoria que cria o Polo Gastronômico da Vila
Planalto.
– Enaltece a importância da carreira Gestão e Assistência Pública à Saúde, cujos profissionais são
fundamentais para o funcionamento dos serviços de saúde, e defende a negociações do GDF com a
categoria.
Deputado Jorge Vianna
– Manifesta gratidão aos pares e ao Governador pelo apoio ao projeto que trata da reestruturação
salarial dos técnicos de enfermagem, que será votado na presente sessão.
– Realça que outras categorias de nível médio também devem ter seu pleito atendido.
– Parabeniza o Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem no Distrito Federal
– SINDATE-DF pela força de mobilização e de articulação nas negociações.
Deputado Thiago Manzoni
– Anuncia mudança de mentalidade da população brasileira ao declarar a vitória da maioria de
candidatos de orientação ideológica de direita nas eleições municipais, o que considera uma nova
tendência do País.
– Congratula o povo brasileiro pelo voto que elegeu esses ideais.
Deputado Chico Vigilante
– Convida todos para o I Seminário em Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Câmara Legislativa do
Distrito Federal e parabeniza as entidades que trouxeram participantes ao evento.
– Opina que os reajustes salariais de órgãos devem contemplar todos os servidores, não apenas o alto
escalão, e advoga a necessidade de mesa permanente de negociação entre servidores públicos e
Governo.
– Sublinha as vitórias eleitorais do Partido dos Trabalhadores nas eleições municipais.
2.2 COMUNICADOS DE PARLAMENTARES
Deputado Rogério Morro da Cruz
– Alegra-se com a inauguração de base da Neoenergia para atender São Sebastião e Jardim Botânico e
espera a instalação de novos equipamentos para contemplar os bairros próximos, carentes de
infraestrutura.
– Reconhece o bom trabalho do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal – SLU e informa que
destinou recursos para a instalação de 800 lixeiras em São Sebastião e no Jardim Botânico.
– Noticia que destinou verba para a construção de posto da Defensoria Pública em São Sebastião.
Deputado Pepa
– Destaca que, nesta tarde, será votada a proposição dos técnicos de enfermagem e discorre sobre a
necessidade de atenção às demais carreiras.
– Divulga que hoje é comemorado o Dia do Nordestino.
Deputada Dayse Amarilio
– Celebra sucesso do projeto que oferece oportunidades de emprego para enfermeiros e técnicos de
enfermagem, bem como a conquista da reestruturação para a categoria.
– Agradece ao GDF pelas negociações e sugere aos deputados a criação da bancada da saúde em
defesa do Sistema Único de Saúde – SUS.
Deputada Doutora Jane
– Reconhece a luta dos aprovados no concurso da Polícia Civil, e rememora seu empenho e do
Deputado Wellington Luiz para garantir as nomeações.
– Felicita o Governador por seu compromisso com a segurança pública do Distrito Federal.
– Expressa voto favorável ao projeto de lei que reestrutura a carreira dos técnicos de enfermagem do
Distrito Federal e relata sua atuação e de seus familiares na área.
3 ORDEM DO DIA
Observação: As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia
disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.
(1º) ITEM 142: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 1.347, de 2024, de autoria
do Poder Executivo, que “dispõe sobre a reestruturação da carreira Técnica em Enfermagem do Distrito
Federal e dá outras providências”.
– Parecer do relator da CESC, Deputado Jorge Vianna, favorável à proposição. APROVADO por votação
em processo simbólico (22 deputados presentes).
– Parecer do relator da CAS, Deputada Dayse Amarilio, favorável à proposição. APROVADO por votação
em processo simbólico (20 deputados presentes).
– Parecer do relator da CEOF, Deputado Jorge Vianna, favorável à proposição. APROVADO por votação
em processo simbólico (20 deputados presentes).
– Parecer do relator da CCJ, Deputado Thiago Manzoni, favorável à proposição. APROVADO por
votação em processo simbólico (20 deputados presentes).
– Votação da proposição em 1º turno. APROVADA por votação em processo nominal, com 22 votos
favoráveis. Houve 2 ausências.
(2º) ITEM 127: Apreciação do Parecer da Comissão de Desenvolvimento, Econômico
Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo sobre a indicação do nome do
Senhor Fernando Martins de Freitas para ocupar o cargo de Ouvidor da Agência Reguladora de Águas,
Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA, com mandato de três anos (Processo nº
24/24- Mens. nº 235/24 – GAG).
– Parecer do relator da CDESCTMAT, Deputado Daniel Donizet, favorável à indicação do Senhor
Fernando Martins de Freitas para ocupar o cargo de Ouvidor da Agência Reguladora de Águas, Energia e
Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA. APROVADO por votação em processo nominal, com
23 votos favoráveis. Houve 1 ausência.
(3º) ITEM 139: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 1.239, de 2024, de autoria
do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 6.744, de 7 de dezembro de 2020, que ‘dispõe sobre a
aplicação do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV no Distrito Federal e dá outras providências’”.
– Parecer do relator da CAF, Deputado Hermeto, acatando as Emendas nos 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as
os os
Emendas n 7, 8 e 10. Informa que as Emendas n 2 e 6 foram canceladas. APROVADO por votação
em processo simbólico (24 deputados presentes). Houve 5 votos contrários.
– Parecer do relator da CDESCTMAT, Deputado Daniel Donizet, favorável à proposição, acatando as
os os os
Emendas n 1, 3, 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as Emendas n 7, 8 e 10. Informa que as Emendas n 2 e
6 foram canceladas. APROVADO por votação em processo simbólico (24 deputados presentes). Houve
5 votos contrários.
– Parecer do relator da CEOF, Deputado Eduardo Pedrosa, favorável à proposição, acatando as Emendas
os os
n 1, 3, 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as Emendas n 7, 8 e 10. APROVADO por votação em processo
simbólico (24 deputados presentes). Houve 5 votos contrários.
– Parecer do relator da CCJ, Deputado Thiago Manzoni, favorável à proposição, acatando as Emendas
os os
n 1, 3, 4, 5, 9 e 11, e rejeitando as Emendas n 7 e 8. Informa que a Emenda nº 10 foi destacada
os
para votação em separado e as Emendas n 2 e 6 foram canceladas. APROVADO por votação em
processo simbólico (24 deputados presentes). Houve 5 votos contrários.
– Votação da proposição em 1º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (24 deputados
presentes). Houve 5 votos contrários.
– Destaque para votação em separado da Emenda nº 10. EMENDA REJEITADA por votação em
processo nominal, com 17 votos contrários, 6 votos favoráveis. Houve 1 ausência.
(4º) Apreciação, em bloco, dos seguintes itens:
ITEM 225: Discussão e votação, em bloco, em turno único, das seguintes moções:
Moção nº 1.006, de 2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor aos cidadãos que especifica, pelos relevantes serviços prestados no desenvolvimento
sustentável do Distrito Federal”.
Moção nº 1.007, de 2024, de autoria da Deputada Doutora Jane, que concede “moção de Louvor em
homenagem e reconhecimento ao Agente da Policial Civil do Distrito Federal por ter recebido o prêmio
de Melhor Dissertação de Mestrado no 19º Congresso Brasileiro de Gestão do Conhecimento - KM Brasil
2024, o qual especifica”.
Moção nº 1.008, de 2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor ao Primeiro Sargento da Reserva Remunerada da Polícia Militar do Distrito Federal, Sgt.
Wellington Thomas Sant'ana, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal”.
Moção nº 1.009, de 2024, de autoria do Deputado Chico Vigilante, que concede “moção de Louvor
pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal junto ao Mestre Woo, aos agraciados
abaixo descritos, a serem entregues durante a solenidade em reconhecimento ao meio século do
movimento Being Tao no DF”.
Moção nº 1.010, de 2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “manifesta Votos de Louvor e
Aplausos às pessoas que especifica”.
Moção nº 1.011, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor
e homenageia professores de atividades desenvolvidas para os idosos do Varjão, que especifica, em
razão do Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade”.
Moção nº 1.012, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor
e homenageia colaboradores de atividades desenvolvidas para os idosos do Varjão, que especifica, em
razão do Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade”.
Moção nº 1.013, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor
e homenageia misses simpatia da 3ª idade do Varjão, que especifica, em razão do Dia Nacional do Idoso
e Dia Internacional da Terceira Idade”.
Moção nº 1.014, de 2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal
em ocasião da Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional”.
Moção nº 1.015, de 2024, de autoria dos Deputados Doutora Jane, João Cardoso, Ricardo Vale e
Eduardo Pedrosa, que concede “moção de Louvor em Sessão Solene em comemoração ao aniversário da
Região Administrativa de Sobradinho II, a realizar-se no dia 9 de outubro de 2024, às 19h, na Quadra
Coberta do Centro de Ensino Fundamental – CEF 08 de Sobradinho II – RA XXVI, às pessoas que
especifica”.
ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em turno único, das seguintes moções:
Moção nº 1.016, de 2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal
em ocasião da Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Fisioterapeuta e Terapeuta Ocupacional”.
Moção nº 1.017, de 2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor aos cidadãos que especifica, pelos relevantes serviços prestados à Engenharia
Agronômica do Distrito Federal”.
Moção nº 1.018, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de Louvor
e homenageia parceiros do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, em Comemoração ao seu 46º
Aniversário”.
Moção nº 1.019, de 2024, de autoria dos Deputados Doutora Jane, Eduardo Pedrosa, João Cardoso e
Ricardo Vale, que apresenta “moção de Louvor em Sessão Solene em comemoração ao aniversário da
Região Administrativa de Sobradinho II, a realizar-se no dia 9 de outubro de 2024, às 19h, na Quadra
Coberta do Centro de Ensino Fundamental – CEF 08 de Sobradinho II – RA XXVI, às pessoas que
especifica. (COMPLEMENTO”).
Moção nº 1.020, de 2024, de autoria do Deputado Eduardo Pedrosa, que “manifesta votos de louvor
e parabeniza o 3º Sargento da Polícia Militar do Distrito Federal, Mário Junio da Silva Mangueira,
matrícula nº 732641/6, lotado no Grupo Tático Operacional do 9º Batalhão (GTOP 29), pelo Ato de
Bravura ao capturar assaltantes, mesmo estando de folga no momento da ocorrência”.
Moção nº 1.021, de 2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de louvor
e homenageia parceiros do Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek, em Comemoração ao seu 46º
Aniversário”.
Moção nº 1.022, de 2024, de autoria dos Deputados Ricardo Vale, Eduardo Pedrosa, Doutora Jane e
João Cardoso, que “manifesta louvor às pessoas adiante nominadas a ser entregue na sessão solene do
aniversário de Sobradinho II”.
Moção nº 1.023, de 2024, de autoria do Deputado Hermeto, que “reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Policiais Militares do 9º BPM, pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação
demostrados em atendimento de ocorrência, quando prenderam em flagrante um homem por agressão
a sua companheira”.
Moção nº 1.024, de 2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “parabeniza e
manifesta votos de louvor as pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal”.
ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em turno único, do Requerimento nº 1.667, de 2024,
de autoria dos Deputados Fábio Félix, que “requer a transformação da Sessão Ordinária do dia 17 de
outubro de 2024 em Comissão Geral para debater a ‘Utilização das câmeras corporais pela Polícia Militar
do Distrito Federal (PMDF)’”.
– Votação das proposições em turno único. APROVADAS por votação em processo simbólico (24
deputados presentes).
4 COMUNICADOS DA PRESIDÊNCIA
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Cumprimenta o Sr. Daniel Rito, Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Urbano e Habitação do DF – SEDUH-DF e presidente do Conselho de Habitação do DF.
– Registra e agradece a presença do Sr. Marcelo Vaz, Secretário da SEDUH-DF, e do Sr. Wallison Couto
de Oliveira, diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília.
5 ENCERRAMENTO
Presidente (Deputado Ricardo Vale)
– Convoca os deputados para sessão extraordinária a realizar-se em seguida.
– Declara encerrada a sessão.
Observação: O relatório de presença, o relatório de presença por recomposição de quórum e as folhas
de votação nominal, encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão
anexos a esta ata.
Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Primeiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 09/10/2024, às 15:51, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1856484 Código CRC: A662BA08.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Portarias 226/2024
Secretário-Geral
PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 226, DE 11 DE OUTUBRO DE 2024
O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO
FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, do
Ato do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, RESOLVE:
Art. 1º DESIGNAR os Fiscais da Contratação Direta por Inexigibilidade de Licitação nº 26/2024, por
meio das Notas de Empenho 2024NE00700, e 2024NE00701, firmada entre a Câmara Legislativa do
Distrito Federal e a empresa ELITE SOLUCOES EMPRESARIAIS LTDA., CNPJ 37.262.133/0001-46, cujo
objeto Aquisição de suprimentos para impressão de crachás para garantir a manutenção corrente dos
serviços de cadastramento e impressão dos cartões eletromagnéticos de identificação funcional dos
servidores da CLDF. Processo nº 00001-00025659/2024-26.
Art. 2º Os Fiscais indicados por esta Portaria são os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as
atribuições previstas na Lei nº 14.133/2021:
NOME FUNÇÃO LOTAÇÃO MATRÍCULA
MARCOS VINICIUS GUEDES DOS REIS Fiscal SPCS 24.545
JONIE CARLO DE OLIVEIRA MAZO Fiscal Substituta SPCS 24.539
Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1863056 Código CRC: 1BED47D2.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Extratos - CLDF - Saúde 4/2024
EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO
Brasília, 15 de outubro de 2024.
Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:
Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:
pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme
competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.
Processo SEI n.º 00001-00040084/2024-71. Contratada: CENTRO MEDICO MATSUMOTO
LTDA, CNPJ: 09.519.464/0001-83 Objeto: prestação de serviços médico hospitalares conforme Laudo
Técnico de Vistoria para Credenciamento nº SEI 1846208 e despacho da perícia médica do FASCAL nº
SEI 1864729.
Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de que
trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais.
Publique-se para as providências complementares.
GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA
Diretor do FASCAL
Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)
do Fascal, em 15/10/2024, às 11:17, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Extratos - CLDF - Saúde 1/2024
EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO
Brasília, 14 de outubro de 2024.
Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:
Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:
pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme
competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.
Processo SEI n.º 00001-00039760/2024-64. Contratada: FISIOTERAPIA CORPO ATIVO STYLLUS
LTDA., CNPJ: 54.584.181/0001-70. Objeto: prestação de serviços de fisioterapia conforme Laudo
Técnico de Vistoria para Credenciamento nº SEI 1842493 e despacho da perícia médica do FASCAL nº
SEI 1863874.
Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de
que trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos
processuais. Publique-se para as providências complementares.
GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA
Diretor do Fascal
Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)
do Fascal, em 14/10/2024, às 14:38, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Atas - Comissões 9/2024
CEOF
ATA DE REUNIÃO
ATA DA 9ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE ECONOMIA, ORÇAMENTO E FINANÇAS,
DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA, DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO
FEDERAL, REALIZADA EM 08/10/2024.
Aos oito dias do mês de outubro de dois mil e vinte e quatro, às catorze horas e trinta minutos, na Sala
de Reunião das Comissões, foi aberta pelo Senhor Presidente da Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças, Deputado Eduardo Pedrosa, a nona reunião ordinária da Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças, com a presença do Deputado Joaquim Roriz Neto e da Deputada Jaqueline Silva. Item I -
Dos Comunicados - Não havendo comunicados, passa-se ao Item II - Matérias para discussão e
votação: 01) Leitura e aprovação das Atas: - Ata da 8ª Reunião Ordinária, de 06/08/2024
(1769295); - Ata da Reunião Pública de Avaliação do PPA 2020-2023 (Ano Base 2023), de 12/08/2024
(1779023). Resultado: Aprovadas com três votos favoráveis e duas ausências. Para a votação de itens
de sua relatoria, o Deputado Eduardo Pedrosa passa a presidência ao Deputado Joaquim Roriz
Neto. 02) - Parecer do PLC Nº 51/2024 Ementa: Altera a Lei Complementar nº 833, de 27 de maio
de 2011, que dispõe sobre o parcelamento dos créditos de natureza tributária e não tributária de
titularidade do Distrito Federal. Autoria: Poder Executivo Relatoria: Deputado Eduardo
Pedrosa Parecer: Pela admissibilidade e aprovação, com acatamento de emenda aditiva apresentada
por este relator. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas ausências. 03) - Parecer do
PL Nº 1111/2024 Ementa: Dispõe sobre a transformação das parcelas remuneratórias decorrentes
do Plano Bresser (26,06%), Plano Verão/URP-89 (26,05%) e Planos Bresser/Verão (58,90%) em
Vantagem Pessoal Nominalmente Identificável. Autoria: Poder Executivo Relatoria: Deputado Eduardo
Pedrosa Parecer: Pela aprovação e admissibilidade Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e
duas ausências. 04) - Parecer do PROC Nº 19/2024 Ementa: Homologa os Convênios ICMS nº
132/21, nº 101/2023 e nº 146/2023. Autoria: Poder Executivo Relatoria: Deputado Eduardo
Pedrosa Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas
ausências. Reassume a presidência o Deputado Eduardo Pedrosa. 05) - Parecer do PL Nº
666/2023 Ementa: Reconhece o Esporte de Surdos (Surdodesporto) como de relevante interesse
desportivo e social, no âmbito Distrito Federal. Autoria: Deputado Rogério Morro da
Cruz Relatoria: Deputada Jaqueline Silva Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Aprovado com
três votos favoráveis e duas ausências. 06) - Parecer do PL Nº 340/2023 Ementa: Altera o Capítulo
IV da Lei nº 5.106, de 3 de maio de 2013, que “Dispõe sobre a carreira Assistência à Educação do
Distrito Federal e dá outras providências”, para incluir o artigo 7º-B, que trata da lotação, exercício e
remanejamento dos servidores da Carreira. Autoria: Deputado João Cardoso Professor
Auditor Relatoria: Deputado Jorge Vianna Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Não foi votado
devido à ausência do Relator. 07) - Parecer do PLC Nº 3/2023 Ementa: Altera o art. 61 da Lei
Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011, que “Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores
públicos civis do Distrito Federal, das autarquias e das fundações públicas distritais”. Autoria: Deputada
Jaqueline Silva Relatoria: Deputado Jorge Vianna Parecer: Pela
admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas ausências. 08) - Parecer do
PL Nº 2540/2022 Ementa: Institui o Política Distrital de Educação Preventiva contra a Hanseníase e
de Combate ao Preconceito no Distrito Federal. Autoria: Deputado Robério
Negreiros Relatoria: Deputado Jorge Vianna Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Não foi
votado devido à ausência do Relator. 09) - Parecer do PL Nº 33/2023 Ementa: Dispõe sobre a
determinação do uso de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) neonatais e pediátricas da rede
privada de saúde pela rede pública de saúde do Distrito Federal e dá outras
providências. Autoria: Deputado Pastor Daniel de Castro Relatoria: Deputado Jorge
Vianna Parecer: Pela admissibilidade, com a aprovação das emendas nº 1 e nº 2. Resultado: Não foi
votado devido à ausência do Relator. 10) - Parecer do PL Nº 968/2020 Ementa: Dispõe sobre o
plantio de semente de árvores em virtude dos nascimentos ocorridos nas Unidades de Saúde das redes
pública e privada no Distrito Federal. Autoria: Deputado Jorge Vianna Relatoria: Deputado Joaquim
Roriz Neto Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas
ausências. 11) - Parecer do PL Nº 1460/2020 Ementa: Institui o Programa de Operação e Registro
de Instrumentos Representativos dos Ativos de Natureza Intangível, denominado Tesouro Verde, no
âmbito do Distrito Federal e dá outras providências. Autoria: Ex-Deputado
Delmasso Relatoria: Deputada Paula Belmonte Parecer: Pela admissibilidade. Resultado: Não foi
votado devido à ausência da Relatora. 12) - Parecer do PL Nº 449/2023 Ementa: Estabelece as
diretrizes para a implantação do sistema de jardins filtrantes no Distrito Federal. Autoria: Deputado
Joaquim Roriz Neto Relatoria: Deputada Paula Belmonte Parecer: Pela
admissibilidade. Resultado: Aprovado com três votos favoráveis e duas ausências. 13) - Parecer do
PL Nº 1317/2020 Ementa: Dispõe sobre a divulgação de dados de contribuintes na dívida ativa do
Distrito Federal, e dá outras providências. Autoria: Deputado Chico Vigilante Relatoria: Deputada
Paula Belmonte Parecer: Pela admissibilidade e aprovação. Resultado: Não foi votado devido à
ausência da Relatora. 14) - Parecer do PL Nº 44/2023 Ementa: Altera a Lei nº 4.462, de 13 de
janeiro de 2010, que dispõe sobre o Passe Livre Estudantil nas modalidades de transporte público
coletivo. Autoria: Deputado Ricardo Vale Relatoria: Deputada Paula Belmonte Parecer: Pela
admissibilidade. Resultado: Não foi votado devido à ausência da Relatora. Tendo cumprido a pauta e
nada mais havendo a tratar, o Presidente agradece a presença, a participação e o empenho dos
deputados e, às catorze horas e quarenta e cinco minutos declara encerrada a nona reunião ordinária da
Comissão de Economia, Orçamento e Finanças. Eu, Paulo Eloi Nappo, Secretário desta Comissão, lavro a
presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada pelo Sr. Presidente e demais parlamentares
participantes e enviada à publicação.
Documento assinado eletronicamente por PAULO ELOI NAPPO - Matr. 12118, Secretário(a) de
Comissão, em 08/10/2024, às 15:02, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JOAQUIM DOMINGOS RORIZ NETO - Matr.
00167, Deputado(a) Distrital, em 08/10/2024, às 15:15, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n°
08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. 00158, Deputado(a)
Distrital, em 08/10/2024, às 15:59, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. 00145, Deputado(a)
Distrital, em 09/10/2024, às 08:55, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 36/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 36ª (TRIGÉSIMA SEXTA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
EM 8 DE OUTUBRO DE 2024
SÚMULA
PRESIDÊNCIA: Deputados Ricardo Vale e Wellington Luiz
SECRETARIA: Deputados Robério Negreiros e Ricardo Vale
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 17 horas e 58 minutos
TÉRMINO: 18 horas e 38 minutos
Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.
1 ABERTURA
Presidente (Deputado Ricardo Vale)
– Declara aberta a sessão.
2 ORDEM DO DIA
Observação: As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia
disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.
(1º) ITEM 1: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.347, de 2024, de autoria do
Poder Executivo, que “dispõe sobre a reestruturação da carreira Técnica em Enfermagem do Distrito
Federal e dá outras providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (23 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(2º) ITEM 139: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.239, de 2024, de autoria
do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 6.744, de 07 de dezembro de 2020, que dispõe sobre a
aplicação do Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV no Distrito Federal e dá outras providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (23 deputados
presentes). Houve 6 votos contrários.
– Apreciação da redação final. APROVADA.
3 ENCERRAMENTO
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara encerrada a sessão.
Observação: O relatório de presença e o relatório de presença por recomposição de quórum,
encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão anexos a esta ata.
Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Primeiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 09/10/2024, às 15:51, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1856512 Código CRC: 30CDFE8F.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Extratos - CLDF - Saúde 2/2024
EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO
Brasília, 15 de outubro de 2024.
Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:
Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:
pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme
competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.
Processo SEI n.º 00001-00042113/2024-30 Contratada: OTOCENTRO - CLÍNICA DE
OTORRINOLARINGOLOGIA LTDA, CNPJ: 12.306.840/0001-66 Objeto: prestação de serviços
de Otorrinolaringologia e Fonoaudiologia conforme Laudo Técnico de Vistoria para Credenciamento nº
SEI 1861957 e despacho da perícia médica do FASCAL nº SEI 1865988
Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de que
trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais.
Publique-se para as providências complementares.
GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA
Diretor do FASCAL
Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)
do Fascal, em 15/10/2024, às 15:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1866250 Código CRC: 9D8FB32C.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 36a/2024
0 8
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Atos 531/2024
Presidente
ATO DO PRESIDENTE Nº 531, DE 2024
O PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas atribuições
regimentais e do que dispõe o art. 44 da Lei Complementar nº 840/2011 e o art. 9º da Resolução nº
232/2007, RESOLVE:
1. DISPENSAR CARLA MARIA MARTINS GOMES, matrícula nº 13.098, dos encargos de
substituta do cargo de Chefe de Núcleo, CL-03, do Núcleo de Processos de Licitação e Contratos - PG.
(CC).
2. DESIGNAR DANIEL AUGUSTO SILVA LANDIM RESENDE, matrícula nº 24.586, ocupante
do cargo efetivo de Procurador Legislativo, para responder pelos encargos de substituto do cargo de
Chefe de Núcleo, CL-03, no Núcleo de Processos de Licitação e Contratos - PG, nas ausências e
impedimentos legais do titular. (CC).
Brasília, 15 de outubro de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 15/10/2024, às 18:39, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1866552 Código CRC: 5BB2A876.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Pautas 3a/2024
CFGTC
PAUTA - CFGTC
Anexo I da Pauta da 3ª Reunião Ordinária
da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
da 2ª Sessão Legislativa da 9ª Legislatura
ENTIDADE/
RELATÓRIOS/DECISÕES/ PROCESSO
EXPEDIENTE/Nº ÓRGÃO OBJETO PERÍODO
REQUERIMENTOS SEI
RESPONSÁVEL
Encaminha o Relatório
do Desempenho da
Estratégia referente ao
exercício de 2023,
diante da aprovação,
Decisão nº 07/2024 -
pelo Conselho de
CONAD; 00111-
Ofício Nº 1115/2024 - Administração da 4º Trimestre
TERRACAP 00005443/2024-
TERRACAP/PRESI/GABIN Companhia Imobiliária de 2023
Relatório do Desempenho da 61
de Brasília, conforme
Estratégia
Decisão 07/2024-
CONAD, para ciência da
Câmara Legislativa do
DF, em atendimento à
Lei 13.303 de 2016.
Apresenta a Prestação
de Contas da
Relatório de Prestação de Companhia do
00097-
Contas da Companhia do Ofício Nº 515/2024 - Metropolitano do Ano-base
METRÔ-DF 00006734/2024-
Metropolitano do Distrito METRO-DF/PRE/GAB Distrito Federal - 2023
65
Federal - METRÔ-DF METRÔ-DF, ano-base
2023, em atendimento
à Lei 13.303/2016.
Encaminha o Relatório
de Atendimento de
Metas e Resultados do
Plano de Negócios
2023-2027 (exercício
2023), da CEB Lajeado
S.A. e informa que o
Conselho de
Decisão n.º 4/2024 - CEB- Administração analisou
L/CA Ofício Nº 1/2024 - CEB - o referido Relatório e
L/CA concluiu que os 00117-
CEB Lajeado Exercício
Relatório de Cumprimento resultados estão 00000034/2024-
S.A. 2023
de Metas e Resultados do Ofício Nº 180/2024 - compatíveis com as 17
Plano de Negócios 2023- CEB-H/PR metas de gestão,
2027, da CEB Lajeado S.A. regulatória, comercial e
econômico-financeiras
da CEB Lajeado S.A.,
aprovando-o por
unanimidade, conforme
registros da Ata de sua
25ª Reunião
Extraordinária, de
10.05.2024.
Encaminha o Relatório
Quadrimestral - OS 1º
Quadrimestre 2024,
referente ao contrato
de gestão firmado entre
Secretaria de
Relatório das Organizações o Governo do Distrito 1º 04044-
Ofício Nº 3994/2024 - Estado de
Sociais - Contratos de Federal e a Organização Quadrimestre 00012329/2024-
SEEC/GAB Economia do
Gestão Social: Instituto do de 2024 25
Distrito Federal
Câncer Infantil e
Pediatria Especializada
(ICIPE), único vigente
nesta categoria.
Encaminha os autos
para ciência do
Relatório Consolidado
dos Resultados da
Avaliação de
Desempenho - Exercício
Relatório Consolidado dos 00111-
Ofício Nº 1507/2024 - 2023, bem como da Exercício
Resultados de Avaliação de TERRACAP 00006733/2024-
TERRACAP/PRESI/GABIN Apresentação do 2023
Desempenho 21
Relatório da Avaliação
de Desempenho,
conforme preconiza o
art. 23, § 2º, da lei
13.303, de 30 de junho
de 2016.
Comunica que o
Tribunal exarou a
Decisão nº 19/2024, na
Sessão Administrativa
nº 1181, realizada em
06/03/2024, ao apreciar
o Processo nº 00600-
00013344/2023-13-e,
que disciplina o controle 00001-
Ofício-Circular nº
Decisão nº 19/2024 TCDF e a fiscalização da 00028517/2024-
5/2024-GP
etapa de planejamento 11
dos projetos de
Concessões Comuns,
das Parcerias Público-
Privadas - PPPs e das
Privatizações, a serem
exercidos pelo TCDF,
em substituição à
Resolução nº 290/2016.
Comunica que o
TCDF proferiu a Decisão
nº 2557/2024, na
Sessão Ordinária nº
5386, realizada em
10/07/2024, quando
apreciou o Processo nº
00600-00005005/2022-
74-e, que teve por
objeto a Auditoria de
00600-
Regularidade realizada
Decisão nº 2557/2024 Ofício nº 5482/2024-GP TCDF 00008479/2024-
no âmbito da Sociedade
30
de Transportes
Coletivos de Brasília
(TCB), no período de
agosto de 2022 a julho
de 2023, com o objetivo
de examinar a
regularidade dos
contratos de transporte
escolar celebrados pela
empresa.
Comunica que o TCDF
proferiu a Decisão nº
2575/2024, na Sessão
Ordinária nº 5386,
realizada em
10/07/2024, quando
apreciou o Processo nº
00600-00012892/2023-
18-e, que trata do 00600-
Decisão nº 2575/2024 Ofício nº 5541/2024-GP TCDF Relatório de Ação de 00008482/2024-
Fiscalização e Controle 53
n.º 1/2023,
apresentado pela
Comissão de
Fiscalização,
Governança,
Transparência e
Controle - CFGTC
da CLDF.
Comunica que o TCDF
proferiu a Decisão nº
2447/2024, na Sessão
Ordinária nº 5386,
realizada em
10/07/2024, quando
apreciou o Processo nº
00600-00008864/2023-
04-e, com o objetivo de
promover a realização
de levantamento,
modalidade de 00600-
Decisão nº 2447/2024 Ofício nº 5378/2024-GP TCDF fiscalização prevista no 00008397/2024-
art. 231 do RITCDF, 95
visando colher
informações acerca das
iniciativas contempladas
no Plano de Governo,
documento apresentado
como requisito para
registro de candidatura
às eleições de 2022,
pelo então candidato
Sr. Ibaneis Rocha
Barros Júnior.
Comunica que o TCDF
proferiu a Decisão nº
70/2024, na Sessão
Administrativa nº 1198,
realizada em
07/08/2024, quando
apreciou o Processo nº
00600-00004804/2024-
Decisão Nº 70/2024 95-e, que teve como
objeto o Relatório de
Atividades do Tribunal 00600-
2º Trimestre
Relatório de Atividades do Ofício nº 6382/2024-GP TCDF de Contas do DF, 00009487/2024-
de 2024
Tribunal de Contas do referente ao 2º 01
Distrito Federal - 2º trimestre de 2024, a ser
Trimestre de 2024 remetido à Câmara
Legislativa do Distrito
Federal - CLDF, em
cumprimento ao § 3º
do art. 78 da Lei
Orgânica do Distrito
Federal, c/c o art. 82 da
Lei Complementar nº
1/94.
Encaminha o Relatório
de Atendimento de
Metas e Resultados do
Plano de Negócios
2023-2027 (exercício
2023) da Companhia
Energética de Brasília -
CEB e Informa que
o Conselho de
Decisão n.º 5/2024 - CEB-
Administração da
H/CA
Companhia deliberou
Ofício Nº 4/2024 - CEB-
sobre as conclusões do
Relatório de Atendimento de H/CA 00093-
CEB S.A. - colegiado em relação ao Exercício
Metas e Resultados do Plano 00000516/2024-
Holding referido Relatório em 2023
de Negócios 2023-2027 Ofício Nº 259/2024 - 20
sua 642ª Reunião
(exercício 2023) da CEB-H/PR
Ordinária, realizada no
Companhia Energética de
dia 27 de junho 2024,
Brasília - CEB.
conforme Decisão n.º
5/2024 -CEB-H/CA.
Informa também que
o Relatório foi
endereçado ao Tribunal
de Contas do Distrito
Federal - TCDF por
meio da Ofício n.º
5/2023 - CEB/CA.
Comunica que o TCDF
proferiu a Decisão nº
3126/2024, na Sessão
Ordinária nº 5392,
realizada em
21/08/2024, quando
apreciou o Processo nº
00600- 00011159/2023-
86-e, que teve como
objeto o Requerimento
n.º 693/2023, oriundo
da Câmara Legislativa
do Distrito Federal –
CLDF, de autoria da
Comissão de
00600-
Fiscalização,
Decisão nº 3126/2024 Ofício nº 7073/2024-GP TCDF 00010330/2024-
Governança,
11
Transparência e
Controle, solicitando
que o Tribunal realize
auditoria para verificar
inconsistências na
apresentação do
“Relatório Detalhado:
Acompanhamento do
Contrato de Gestão,
Ações e
Atividades/2022” pelo
Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde do
Distrito Federal –
IGESDF.
Comunica que o TCDF
proferiu a Decisão nº
3359/2024, na Sessão
Ordinária nº 5394,
realizada em
04/09/2024, quando
apreciou o Processo nº
00600-00001463/2023-
15-e, que teve como
objeto o Relatório Final
da Auditoria
Operacional realizada
com o objetivo de
avaliar a implementação
do Plano Distrital de
Educação (PDE), com
ênfase na educação
básica obrigatória, no
período de janeiro de
2020 a abril de 2023,
em que se verificou os
aspectos da
universalização do 00600-
Decisão nº 3359/2024 Ofício nº 7507/2024-GP TCDF ensino e de 00010832/2024-
infraestrutura, o 41
monitoramento e a
avaliação do PDE pelas
instâncias responsáveis,
a meta de ampliação do
investimento na
educação pública
distrital e a adoção de
políticas educacionais
relevantes, identificadas
em análise de risco.
Na Decisão, foi
determinado que a
Câmara tomasse
conhecimento do
Relatório Final de
Auditoria, do
Relatório/Voto e da
Matriz de Achados, e
também foram
realizadas sugestões e
recomendações a esta
Casa de Leis.
Comunica que o TCDF,
na Sessão Ordinária nº
5394, realizada em
04/09/2024, exarou a
Decisão nº 3360/2024,
ao apreciar o Processo
nº 00600-
00012588/2023-71-e,
que trata de
representação
formulada pelo
MPjTCDF acerca de
suposto
descumprimento, por
00600-
Ofício-Circular nº diversos órgãos do
Decisão nº 3360/2024 TCDF 00011457/2024-
7/2024-GP Governo do Distrito
57
Federal - GDF, das
exigências de
publicidade e
transparência previstas
na Lei Federal nº
13.019/2014 (Marco
Regulatório das
Organizações da
Sociedade
Civil – MROSC) e no
Decreto Distrital nº
37.843/2016, que a
regulamentou no
âmbito distrital.
Comunica que o TCDF
proferiu a Decisão nº
3588/2024, na Sessão
Ordinária nº 5396,
realizada em
18/09/2024, quando
apreciou o Processo nº
00600-00004779/2023-
69-e, que tem por
objeto o Relatório Final
de Auditoria
Operacional, realizada
no âmbito do Serviço de
Limpeza Urbana do
Distrito Federal - SLU,
00600-
da Secretaria de Estado
Decisão nº 3588/2024 Ofício nº 8094/2024-GP TCDF 00011790/2024-
de Proteção da Ordem
66
Urbanística do Distrito
Federal - DF Legal e da
Secretaria de Estado do
Meio Ambiente e
Proteção Animal do
Distrito Federal -
SEMA/DF, em
cumprimento ao Plano
de Ação para o
exercício de 2023,
aprovado pela Decisão
nº 85/2022, e ao Plano
Geral de Fiscalização,
aprovado pela Decisão
nº 36/2023.
Encaminha o Relatório
Quadrimestral - OS 2°
Quadrimestre 2024,
referente ao contrato
Secretaria de de gestão firmado entre
Relatório das Organizações 2º 04044-
Ofício Nº 7254/2024 - Estado de o Governo do Distrito
Sociais - Contratos de Quadrimestre 00012329/2024-
SEEC/GAB Economia do Federal e a Organização
Gestão de 2024 25
Distrito Federal Social: Instituto do
Câncer Infantil e
Pediatria Especializada,
único vigente nesta
categoria.
Brasília, 14 de outubro de 2024.
MARCELO HERBERT DE LIMA
Secretário da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
Documento assinado eletronicamente por MARCELO HERBERT DE LIMA - Matr. 22527, Secretário(a) de
Comissão, em 15/10/2024, às 16:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Atos 147/2024
Mesa Diretora
ATO DA MESA DIRETORA Nº 147, DE 2024 (*)
Autoriza a participação de parlamentar em
evento externo.
A MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no uso de suas
atribuições regimentais, nos termos do Ato da Mesa Diretora nº 73, de 2024, considerando o
Memorando 86 (1803164) e as demais razões apresentadas no Processo SEI nº 00001-
00034536/2024-86, RESOLVE:
Art. 1º Conceder licença ao Deputado Joaquim Roriz Neto a fim de que participe dos
eventos International Conference on Environment, Biotechnology and Bioengineering
Applications e International Conference on Distance Education and Educational Technology, nos dias 21
e 22 de novembro, e 25 e 26 de novembro, na cidade de Las Vegas / Estados Unidos da América, sem
prejuízo de seu subsídio.
Art. 2º A participação será com custeio pela CLDF de 3 diárias e meia e do seguro
internacional de viagem.
Art. 3º Fica autorizado o ressarcimento do pagamento das inscrições dos eventos, nos termos
dos Despachos do Núcleo de Assessoramento à Mesa Diretora (1847957) e do Setor de Execução
Orçamentária (1852813).
Art. 4º Fica autorizada a alteração do período do afastamento para efeito de concessão de
diárias, licença parlamentar, e emissão de passagens para o primeiro dia anterior ao início ou para o
subsequente ao término do evento, em caso de indisponibilidade de passagem ou quando os horários
disponíveis se demonstrarem inconvenientes em função tanto da saída na origem, em horário anterior
às 7 horas, quanto da chegada ao destino, após às 22 horas, conforme § 1º, art. 6º do Ato da Mesa nº
73, de 2024.
Art. 5º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Sala de Reuniões, 9 de outubro de 2024.
DEPUTADO WELLINGTON LUIZ
Presidente
DEPUTADO RICARDO VALE DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Vice-Presidente Primeiro-Secretário
DEPUTADO ROOSEVELT DEPUTADO MARTINS MACHADO
Segundo-Secretário Terceiro-Secretário
__________
(*) Republicado por conter, no texto publicado no DCL nº 223, de 11/10/2024, p. 36-37, incorreção no art. 2º.
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 14/10/2024, às 16:36, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr.
00142, Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 14/10/2024, às 18:45, conforme Art.
22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº
214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por ROOSEVELT VILELA PIRES - Matr. 00141, Secretário(a)-
Executivo(a), em 15/10/2024, às 08:40, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. 00155, Terceiro(a)-
Secretário(a), em 15/10/2024, às 13:29, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. 00132, Vice-Presidente da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, em 15/10/2024, às 17:11, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Avisos - Contratos 1/2024
APOSTILAMENTO
Brasília, 12 de outubro de 2024.
AVISO DE APOSTILAMENTO
O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO
FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XI, do art. 1º, do Ato
do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, torna público que, de acordo
com a CLÁUSULA SÉTIMA do Contrato-PG nº 26/2023-NPLC, celebrado entre a Câmara Legislativa do
Distrito Federal e a empresa MAZIMU'S SERVICOS ESPECIALIZADOS LTDA., inscrita no CNPJ/MF sob o
nº 21.416.819/0001-04., e com o art. 25, §7º, c/c art. 92, V, da Lei 14.133/2021, o valor do contrato
fica reajustado para R$ 9.300,32 (nove mil e trezentos reais e trinta e dois centavos). O valor majorado
passa a produzir efeitos financeiros a partir de 09 de agosto de 2024. JOÃO MONTEIRO NETO –
Secretário-Geral / Ordenador de Despesa.
Valor total anual sem reajuste R$ 8.900,00
Percentual acumulado IPCA - AGO/23 a JUL/24 4,498250%
Demonstrativo dos Valores Atual e Reajustado
Valor total anual reajustado R$ 9.300,32
Valor majorado R$ 400,32
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Ordenador de Despesa
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Extratos - CLDF - Saúde 3/2024
EXTRATO DE RATIFICAÇÃO INEXIGIBILIDADE LICITAÇÃO
Brasília, 15 de outubro de 2024.
Fundamento Legal: Inciso IV, do art. 74, da Lei 14.133 de 1º de abril de 2021 e alterações. Justificativa:
Objetos que devam ou possam ser contratados por meio de credenciamento. Autorização da despesa:
pelo Ordenador de Despesa, Geovane de Freitas Oliveira. Ratificação: pelo Diretor do FASCAL, conforme
competência delegada pelo Presidente da CLDF, por meio do Ato do Presidente nº 255/2024, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 102, em 15 de maio de 2024.
Processo SEI n.º 00001-00042091/2024-16. Contratada: VIVA MULTICLINICA E TREINAMENTOS
LTDA, CNPJ: 31.358.298/0001-11 Objeto: prestação de serviços de Psicologia conforme Laudo Técnico de
Vistoria para Credenciamento nº SEI 1861691 e despacho da perícia médica do FASCAL nº SEI 1864756.
Ratifico, nos termos do artigo 74 da Lei 14.133, de 1º de abril de 2021, a inexigibilidade de licitação de que
trata o referido processo, tendo em vista as justificativas constantes dos respectivos autos processuais.
Publique-se para as providências complementares.
GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA
Diretor do FASCAL
Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Diretor(a)
do Fascal, em 15/10/2024, às 15:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
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DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Resultado de Pautas 3/2024
CS
RESULTADO DE PAUTA - CS
RESULTADO DE PAUTA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA COMISSÃO DE SEGURANÇA DA 2ª
SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Local: Sala de Reunião das Comissões
Data: Realizada em 15 de outubro de 2024, (terça-feira) às 14h.
I – EXPEDIENTES
1. Leitura e votação da Ata da 2ª Reunião Ordinária, realizada em: 11/06/2024.
Resultado: Aprovada
III- MATÉRIAS PARA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
1. PROJETO DE LEI Nº 347/2019, de autoria do Deputado Iolando, que “Altera o art. 5º da Lei nº
1.732. de 27 de outubro de 1997, que ‘institui a taxa de segurança para eventos’.”
Relator (a): Deputado Hermeto
Parecer: Favorável à Aprovação do Projeto.
Resultado: Retirado de Pauta
2. PROJETO DE LEI Nº 498/2019, de autoria do Deputado Roosevelt Vilela, que, “Denomina ‘Enseada
Rachel de Queiroz’, a área adjacente à Unidade de Grupamento de Fuzileiros Navais de Brasília, da Marinha
do Brasil.”
Relator (a): Deputado Iolando
Parecer: Pela Aprovação do Projeto.
Resultado: Aprovado
3. PROJETO DE LEI Nº 301/2023, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que, “Altera a Lei nº
6.418, de 9 de dezembro de 2019, que estabelece a aplicação de multa administrativa pelo acionamento
indevido dos serviços telefônicos de atendimento a emergência e combate a incêndios ou ocorrências
policiais, e dá outras providências.”
Relator (a): Deputado Iolando
Parecer: Pela Aprovação do Projeto.
Resultado: Aprovado
4. PROJETO DE LEI Nº 551/2023, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que, “Dispõe sobre a
garantia de prioridade de tramitação dos procedimentos investigatórios que visem à apuração e
responsabilização de crimes dolosos e culposos que tenham como vítimas crianças e adolescentes, no âmbito
do Distrito Federal.”
Relator (a): Deputado Iolando
Parecer: Pela Aprovação do Projeto, na forma do Substitutivo anexo.
Resultado: Aprovado
5. PROJETO DE LEI Nº 1453/2020, de autoria do Deputado Roosevelt Vilela, que, inclui o §3º ao art.
9º da Lei n° 41, de 13 de setembro de 1989, que “dispõe sobre a Política Ambiental o Distrito Federal, e dá
outras providências.”
Relator (a): Deputado Pastor Daniel de Castro
Parecer: Pela Admissibilidade do Projeto.
Resultado: Aprovado
6. PROJETO DE LEI Nº 209/2023, de autoria do Deputado Rogério Morro da Cruz, que, “Introduz
alterações na Lei nº 3.212, de 30 de outubro de 2003, que ‘Torna obrigatória a afixação de avisos nas portas
externas dos elevadores instalados nas edificações públicas e particulares do Distrito Federal e dá outras
providências.”
Relator (a): Deputado Pastor Daniel de Castro
Parecer: Pela Aprovação do Projeto, na forma do Substitutivo 02 apresentado na CCJ.
Resultado: Aprovado
7. PROJETO DE LEI Nº 346/2023, de autoria do Deputado Ricardo Vale, que, “Institui mecanismo
tributário de estímulo ao desarmamento no Distrito Federal, e dá outras providências.”
Relator (a): Deputado Pastor Daniel de Castro
Parecer: Pela Rejeição do Projeto.
Resultado: Retirado de Pauta
8. PROJETO DE LEI Nº 2947/2022, de autoria do Deputado Roosevelt, que, “Altera a Lei nº 4.087, de
28 de janeiro de 2008, que “Institui seguro de vida e de acidentes pessoais para os integrantes da Polícia
Civil, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.”
Relator (a): Deputado Hermeto
Parecer: Pela Aprovação do Projeto.
Resultado: Aprovado
9. PROJETO DE LEI Nº 672/2023, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Altera a Lei
nº 6.381, de 23 de setembro de 2019, que dispõe sobre a possibilidade de os órgãos de segurança pública
alienarem, por venda direta a seus integrantes, as armas de fogo de porte por eles utilizadas quando em
serviço ativo, por ocasião de sua aposentadoria ou transferência para a inatividade.”
Relator (a): Deputado Hermeto
Parecer: Pela Aprovação do Projeto.
Resultado: Aprovado
10. PROJETO DE LEI Nº 863/2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Assegura
às vítimas de violência doméstica e familiar o direito à comunicação prévia quando do relaxamento de medida
de privação de liberdade ou de medida protetiva de urgência aplicada contra quem deu causa à violência e dá
outras providências.”
Relator (a): Deputado Hermeto
Parecer: Pela Aprovação do Projeto.
Resultado: Aprovado
11. PROJETO DE LEI Nº 1037/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Dispõe sobre
o aproveitamento do excesso de contingente do serviço militar obrigatório na prestação de serviço para as
forças de segurança pública do Distrito Federal.”
Relator (a): Deputado Hermeto
Parecer: Pela Aprovação do Projeto.
Resultado: Aprovado
12. PROJETO DE LEI Nº 1044/2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “Dispõe
sobre a gratificação dos servidores de segurança pública do Distrito Federal que efetuarem prisões em
flagrante, intervirem contra ações criminosas ou em favor de terceiros, durante seus dias de folga, e dá
outras providências.”
Relator (a): Deputado Hermeto
Parecer: Pela Aprovação do Projeto.
Resultado: Aprovado
13. Indicação nº 5209/2024, de autoria do Deputado Iolando, que “Sugere ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Distrito Federal a transformação do Posto Policial do Núcleo Urbano INCRA-8 em uma Base
Integrada de Segurança Pública Comunitária.”
Resultado: Aprovada
14. Indicação nº 5317/2024, de autoria do Deputado Iolando, que “Sugere ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Distrito Federal, a reforma geral e ampliação do Posto Policial do Rodeador para abrigar a
Base do Policiamento Rural Oeste, na região de Brazlândia.”
Resultado: Aprovada
15. Indicação nº 5319/2024, de autoria do Deputado Iolando, que “Sugere ao Excelentíssimo Senhor
Governador do Distrito Federal, a reforma geral e ampliação do Posto Policial do Rodeador para abrigar a
Base do Policiamento Rural Oeste e a extensão do Centro de treinamento e especialização da PM e da Força
de Segurança do DF, na região de Brazlândia.”
Resultado: Aprovada
16. Indicação nº 5618/2024, de autoria da Deputada Doutora Jane, que “Sugere ao Governo do
Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, bem como do Comando Geral
da Polícia Militar – PMDF, o estudo para a instituição de um Grupamento Tático de Combate à Violência
Doméstica e Familiar.”
Resultado: Aprovada
17. Indicação nº 5650/2024, de autoria da Deputada Doutora Jane, que “Sugere ao Governo do
Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública, a realização de um estudo de
viabilidade para a instalação de câmeras de monitoramento em todo o complexo da Feira de Artesanato da
Torre de TV, Região Administrativa do Plano Piloto.”
Resultado: Aprovada
18. Indicação nº 5925/2024, de autoria do Deputado Hermeto, que “Sugere ao Poder Executivo a
construção de uma pista de cooper no 10º Batalhão da Policia Militar, localizado em Ceilândia.”
Resultado: Aprovada
19. Indicação nº 5274/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
do Distrito Federal, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o
aumento do policiamento nas quadras QNL e QNJ, na Região Administrativa de Taguatinga – RA III.”
Resultado: Aprovada
20. Indicação nº 5277/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o
aumento do policiamento no Paranoá Parque, quadra 3, conjunto E, na Região Administrativa do Paranoá –
RA VII.”
Resultado: Aprovada
21. Indicação nº 5309/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o
aumento do policiamento na Quadra 303, conjunto 09, na Região Administrativa do Recanto das Emas – RA
XV.”
Resultado: Aprovada
22. Indicação nº 5581/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o
aumento do policiamento na Quadra 518/517, na Região Administrativa de Santa Maria – RA XIII.”
Resultado: Aprovada
23. Indicação nº 5583/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
que, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública – SSP/DF promova a implantação de um
Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar no Setor Tororó, na Região Administrativa do Jardim Botânico – RA-
XXVII.”
Resultado: Aprovada
24. Indicação nº 5587/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o
aumento do policiamento na Quadra 201, na Região Administrativa de Santa Maria – RA XIII.”
Resultado: Aprovada
25. Indicação nº 5612/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o
aumento do policiamento na QC 2, na Região Administrativa de Santa Maria – RA XIII.”
Resultado: Aprovada
26. Indicação nº 5784/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
que, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública – SSP/DF promova a implantação de uma
Delegacia de Polícia no Setor Tororó, na Região administrativa do Jardim Botânico – RA-XXVII.”
Resultado: Aprovada
27. Indicação nº 6014/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
do Distrito Federal, por intermédio Da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova o
aumento do policiamento nas imediações do Centro de Ensino Médio 404, na Região Administrativa de Santa
Maria – RA XIII.”
Resultado: Aprovada
28. Indicação nº 6015/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que “Sugere ao Poder Executivo
que, por intermédio da Secretaria de Estado de Segurança Pública - SSP-DF, promova a instalação de
câmeras de monitoramento próximo ao Centro de Ensino Médio 404, na Região Administrativa de Santa Maria
– RA XIII.”
Resultado: Aprovada
29. Indicação nº 5323/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo o aprimoramento da segurança pública no Centros de Educação da Primeira Infância - CEPI Onça
Pintada, na QR 309 de Samambaia.”
Resultado: Aprovada
30. Indicação nº 5454/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova melhorias na segurança pública, com policiamento ostensivo e incremento de rondas,
em Taguatinga.”
Resultado: Aprovada
31. Indicação nº 5509/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova a implantação de posto policial na Água Quente.”
Resultado: Aprovada
32. Indicação nº 5527/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova mais policiamento, em especial no período noturno, nas imediações das estações do
metrô em Samambaia.”
Resultado: Aprovada
33. Indicação nº 5556/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova mais policiamento nas CNBs e QNBs, em Taguatinga.”
Resultado: Aprovada
34. Indicação nº 5634/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova melhorias na segurança pública, com aprimoramento do policiamento na QR 833,
especialmente nas imediações do novo restaurante comunitário, em Samambaia.”
Resultado: Aprovada
35. Indicação nº 5649/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo o aprimoramento da segurança pública nas paradas de ônibus de Samambaia.”
Resultado: Aprovada
36. Indicação nº 5665/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo o aprimoramento da segurança pública nas QRs 501 e 503, em Samambaia.”
Resultado: Aprovada
37. Indicação nº 5749/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo a implantação de sistema para aparelhar as viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal com
telefone celular funcional, para receber diretamente as ocorrências da população.”
Resultado: Aprovada
38. Indicação nº 6036/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo a instalação de câmeras de monitoramento em toda a orla do Lago Veredinha, em Brazlândia.”
Resultado: Aprovada
39. Indicação nº 6055/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova mais policiamento em Taguatinga, em especial na CSB 03.”
Resultado: Aprovada
40. Indicação nº 6280/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova melhorias na segurança pública, com policiamento ostensivo e incremento de rondas,
no Gama.”
Resultado: Aprovada
41. Indicação nº 6291/2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto, que “Sugere ao Poder
Executivo que promova melhorias na segurança pública, com aprimoramento do policiamento no Parque Sul,
na Rua Arariba, em Águas Claras.”
Resultado: Aprovada
42. Indicação nº 6263/2024, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que “Sugere ao Poder
Executivo a instalação de câmeras de vigilância na região das entrequadras da QR 508 e QR 510 de
Samambaia.”
Resultado: Aprovada
43. Indicação nº 6318/2024, de autoria do Deputado Rogério Morro da Cruz, “Sugere providências à
Excelentíssima Senhora Comandante-Geral da Polícia Militar do Distrito Federal, no sentido de encaminhar as
medidas tendentes à implantação de posto do Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPV) nas imediações da
rodovia DF-463, mais precisamente na localidade que especifica.”
Resultado: Aprovada
Brasília, 15 de outubro de 2024.
ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA
Secretária da Comissão de Segurança
Documento assinado eletronicamente por ELAINE CRISTINA ALVES DA SILVA - Matr.
22652, Secretário(a) de Comissão, em 15/10/2024, às 16:39, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
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http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1866492 Código CRC: BE8FAB25.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Pautas 3/2024
CFGTC
PAUTA - CFGTC
PAUTA DA 3ª REUNIÃO ORDINÁRIA
DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Local: Sala de Reuniões das Comissões
Data: a ser realizada no dia 17 de outubro de 2024, às 11h
I – COMUNICADOS
1. Da Presidente da Comissão;
2. De Membros da Comissão.
II – MATÉRIAS PARA CONHECIMENTO
Comunicamos o recebimento, nesta Comissão, de ofícios informando da celebração de
convênios pelo GDF, assim como liberações de recursos federais ao Distrito Federal.
Esses comunicados são encaminhados à CLDF, em conformidade com o que prevê o art. 116
da Lei nº 8.666/1993 e o art. 1º da Lei Federal nº 9.452/1997 e distribuídos à CFGTC, nos termos do
art. 69-C, I, f, do Regimento Interno da CLDF, e serão agrupados e publicados no DCL.
Comunicamos, ainda, o recebimento de expedientes, relatórios, decisões e outros documentos
na Comissão, conforme apresentado no anexo I desta pauta (SEI - 1732658).
III – EXPEDIENTES
1. Leitura e aprovação da Ata da 2ª Reunião Ordinária, realizada em 20/06/2024;
IV – MATÉRIAS PARA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO
1. Projeto de Lei nº 766/2023, de autoria do Deputado Wellington Luiz, que "Altera a Lei nº
6.242, de 20 de dezembro de 2018, que “Cria o Fundo de Segurança Pública do Distrito Federal -
FUSPDF e dá outras providências”, e dá outras providências.”.
Relator: Deputado Ricardo Vale
Parecer: Pela Aprovação
2. Requerimento nº 1684/2024, de autoria da Comissão de Fiscalização, Governança,
Transparência e Controle, que "Requer a realização de Audiência Pública, no âmbito da
Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle, com a finalidade de apresentar o
relatório de diagnóstico da situação computacional do Governo do Distrito Federal (GDF).";
3. Requerimento nº 1685/2024, de autoria da Comissão de Fiscalização, Governança,
Transparência e Controle, que "Requer a realização de Audiência Pública, no âmbito da
Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle, com a finalidade de apresentar o
relatório de diagnóstico da situação do Programa de Alimentação Escolar do Distrito Federal (PAE-
DF).";
Brasília, 15 de outubro de 2024.
MARCELO HERBERT DE LIMA
Secretário da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle
Documento assinado eletronicamente por MARCELO HERBERT DE LIMA - Matr. 22527, Secretário(a) de
Comissão, em 15/10/2024, às 16:57, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1732657 Código CRC: 66B212D7.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Portarias 509/2024
Diretoria de Gestão de Pessoas
PORTARIA-DGP Nº 509, DE 15 DE OUTUBRO DE 2024
A DIRETORA DE GESTÃO DE PESSOAS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 1º, inciso III, da Portaria nº 32/2005 do Gabinete da
Mesa Diretora; com base nos artigos 166, inciso I, e 167 da Lei Complementar nº 840/2011; no art.
101 da Lei Complementar nº 769/2008; e no que consta no Processo nº 00001-00038470/2024-01,
RESOLVE:
AVERBAR o tempo de serviço/contribuição, não concomitante com o período laborado nesta
Casa e averbações anteriores, prestado pelo servidor LUIZ MARINO KULLER, matrícula nº 23.932-14,
ocupante do cargo efetivo de Consultor Técnico-legislativo, categoria Arquiteto, da seguinte forma: 419
dias, de 16/11/2021 a 8/1/2023, à ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO RIO GRANDE DO SUL, para efeitos
de aposentadoria e disponibilidade, correspondentes a 1 (um) ano, 1 (um) mês e 23 (vinte e três) dias,
conforme certidão emitida pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Gestão de Pessoas
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de Gestão
de Pessoas, em 15/10/2024, às 11:31, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado
no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1865533 Código CRC: DA9E712C.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 85b/2024
Relatório de Presença por Recomposição : 85ª Sessão Ordinária, da 2ª Sessão Legis
Data: 08/10/2024
__________________________________________________________________________________________________
Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 17:05:40
Estavam Presentes
1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD
2 WELLINGTON LUIZ MDB
3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
5 MAX MACIEL PSOL
6 THIAGO MANZONI PL
7 JOÃO CARDOSO AVANTE
8 FÁBIO FELIX PSOL
9 PEPA PP
10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
11 PAULA BELMONTE CIDADANIA
12 RICARDO VALE PT
13 CHICO VIGILANTE PT
14 JOAQUIM RORIZ NETO PL
15 GABRIEL MAGNO PT
16 JORGE VIANNA PSD
17 DAYSE AMARILIO PSB
18 DOUTORA JANE MDB
19 DANIEL DONIZET MDB
20 JAQUELINE SILVA MDB
21 IOLANDO MDB
22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
Estavam Ausentes
1 HERMETO MDB
2 ROOSEVELT PL
08/10/2024 18:20 1 Administrador
Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 17:10:17
Estavam Presentes
1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD
2 WELLINGTON LUIZ MDB
3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
5 MAX MACIEL PSOL
6 THIAGO MANZONI PL
7 JOÃO CARDOSO AVANTE
8 FÁBIO FELIX PSOL
9 PEPA PP
10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
11 PAULA BELMONTE CIDADANIA
12 RICARDO VALE PT
13 CHICO VIGILANTE PT
14 JOAQUIM RORIZ NETO PL
15 GABRIEL MAGNO PT
16 JORGE VIANNA PSD
17 DAYSE AMARILIO PSB
18 DOUTORA JANE MDB
19 DANIEL DONIZET MDB
20 JAQUELINE SILVA MDB
21 IOLANDO MDB
22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
23 HERMETO MDB
Estavam Ausentes
1 ROOSEVELT PL
08/10/2024 18:20 2 Administrador
Quando da Recomposição Parcial de Quorum às 17:44:21
Estavam Presentes
1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD
2 WELLINGTON LUIZ MDB
3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
5 MAX MACIEL PSOL
6 THIAGO MANZONI PL
7 JOÃO CARDOSO AVANTE
8 FÁBIO FELIX PSOL
9 PEPA PP
10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
11 PAULA BELMONTE CIDADANIA
12 RICARDO VALE PT
13 CHICO VIGILANTE PT
14 JOAQUIM RORIZ NETO PL
15 GABRIEL MAGNO PT
16 JORGE VIANNA PSD
17 DAYSE AMARILIO PSB
18 DOUTORA JANE MDB
19 DANIEL DONIZET MDB
20 JAQUELINE SILVA MDB
21 IOLANDO MDB
22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
23 HERMETO MDB
24 ROOSEVELT PL
08/10/2024 18:20 3 Administrador
Término da Reunião às 17:57:52
Estavam Presentes
1 ROBÉRIO NEGREIROS PSD
2 WELLINGTON LUIZ MDB
3 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
4 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
5 MAX MACIEL PSOL
6 THIAGO MANZONI PL
7 JOÃO CARDOSO AVANTE
8 FÁBIO FELIX PSOL
9 PEPA PP
10 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD
11 PAULA BELMONTE CIDADANIA
12 RICARDO VALE PT
13 CHICO VIGILANTE PT
14 JOAQUIM RORIZ NETO PL
15 GABRIEL MAGNO PT
16 JORGE VIANNA PSD
17 DAYSE AMARILIO PSB
18 DOUTORA JANE MDB
19 DANIEL DONIZET MDB
20 JAQUELINE SILVA MDB
21 IOLANDO MDB
22 MARTINS MACHADO REPUBLICAN
23 HERMETO MDB
24 ROOSEVELT PL
_____________________________
Presidente
08/10/2024 18:20 4 Administrador
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Extratos - Contratos 1/2024
EXTRATO DE TERMO ADITIVO
Brasília, 11 de outubro de 2024.
EXTRATO DE CONTRATO (5º TERMO ADITIVO)
Processo n.º 00001-00021190/2020-22. CONTRATO-PG Nº 46/2020-NPLC, firmado entre a Câmara
Legislativa do Distrito Federal e a empresa GESTEMAQ COMÉRCIO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA LTDA.,
CNPJ nº 03.624.962/0001-00. Objeto do Contrato: Prestação de serviços de manutenção corretiva e
preventiva, com fornecimento de peças aos equipamentos gráficos situados na Seção de Produção
Gráfica. Objeto do Termo Aditivo: prorrogação do período de vigência do Contrato nº 46/2020-PG/CLDF,
firmado entre as partes, pelo período de 12 (doze) meses, o qual passa a ter vigência de 15 de
dezembro de 2024 a 14 de dezembro de 2025, nos termos da Lei nº 8.666/93 e suas atualizações. Valor
total após acréscimo: R$ 79.796,70. Programa de trabalho: 01.126.8204.2557; Subtítulo: 2627;
Natureza da Despesa: 3390-40; Nota de Empenho: 2024NE00613, com valor de R$ 15.030,89, emitida
em 02/09/2024. Legislação: Lei nº 8.666/93 e suas alterações. Partes: Pela Contratante, JOÃO
MONTEIRO NETO - Secretário-Geral, em 11/10/2024, e, pela Contratada, SALOMÃO ASSIS DA ROCHA
CAVALCANTE - Representante legal, em 10/10/2024.
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1863150 Código CRC: C5CC2290.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Atas de Reuniões 14/2024
Fascal
ATA DA 14ª REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DO ANO DE 2024 DO COMITÊ DE GOVERNANÇA E
GESTÃO ESTRATÉGICA DO FUNDO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS DEPUTADOS DISTRITAIS
E DOS SERVIDORES DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL - CLDF SAÚDE
(FASCAL)
No dia onze de outubro do ano de dois mil e vinte e quatro, às dez horas, reuniram-se os senhores
servidores membros do Comitê de Governança e Gestão Estratégica do CLDF Saúde (Fascal): Geovane
de Freitas Oliveira - Diretor do Fascal, Gina Rúbia de Oliveira Alves - Chefe do SECREF, Lauro Musumeci
Alves Velho - Chefe do SECRE, Leonardo Teixeira Rodrigues Lira - Chefe do SACPRO Substituto, Mário
Noleto Oliveira do Carmo - Chefe do SOFC e Ricardo Ribeiro de Queiroz - Chefe do SAM. Aberta a
reunião, os membros do Comitê discutiram sobre os seguintes itens:
Item 1) Processo SEI - 00001-00020320/2024-33 - Melhoria do plano de credenciada.
- Deliberação: Aprovada. Os membros sugeriram encaminhar o tema para ciência do CAF. Item
2) Processo SEI - 00001-00039226/2024-58 - Requerimento de Associado. - Deliberação: Os
membros decidiram pela elaboração de minuta de Ato Normativo para regulamentar o § 2º do Art. 4º da
Resolução nº 347 de 2024. Item 3) Processo SEI - 00001-00042090/2024-63 - Requerimento de
Associado. - Deliberação: Aprovado.
Documento assinado eletronicamente por GINA RUBIA DE OLIVEIRA ALVES - Matr. 12043, Membro do
Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em
11/10/2024, às 12:36, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da
Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por MARIO NOLETO OLIVEIRA DO CARMO - Matr.
11439, Membro do Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados
Distritais e Servidores, em 11/10/2024, às 17:16, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de
2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO RIBEIRO DE QUEIROZ - Matr. 12069, Membro do
Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em
11/10/2024, às 17:22, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da
Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por LEONARDO TEIXEIRA RODRIGUES LIRA - Matr.
23980, Membro do Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados
Distritais e Servidores, em 11/10/2024, às 17:33, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de
2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por LAURO MUSUMECI ALVES VELHO - Matr. 23582, Membro do
Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em
14/10/2024, às 14:01, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da
Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por GEOVANE DE FREITAS OLIVEIRA - Matr. 24088, Membro do
Comitê de Governança do Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores, em
14/10/2024, às 14:19, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da
Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1859897 Código CRC: 21DF10E0.
DCL n° 227, de 16 de outubro de 2024
Portarias 225/2024
Secretário-Geral
PORTARIA DO SECRETÁRIO-GERAL Nº 225, DE 12 DE OUTUBRO DE 2024
O SECRETÁRIO-GERAL DO GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO
FEDERAL, no uso da atribuição que lhe foi delegada por meio do disposto no inciso XII, do art. 1º, do
Ato do Presidente nº 255, de 2023, publicado no DCL nº 87, de 25/04/2023, RESOLVE:
Art. 1º DESIGNAR os Fiscais da Ata de Registro de Preços nº 06/2024, bem como dos contratos dela
decorrentes, firmada entre a Câmara Legislativa do Distrito Federal e a empresa SHV INDUSTRIA E
COMERCIO DE MOVEIS LTDA, CNPJ: 01.002.812/0001-39, cujo objeto é o fornecimento de mobiliário
padrão para a Câmara Legislativa do Distrito Federal. Processo nº 00001-00012449/2023- 97.
Art. 2º Os gestores indicados por esta Portaria são os seguintes servidores, aos quais cabe exercer as
atribuições previstas na Lei nº 14.133/2021:
NOME FUNÇÃO LOTAÇÃO MATRÍCULA
Rodrigo Bernardino Loiola Gestor NUPLAC 23.408
Marcus Vinícius de Oliveira Gestor Substituto SEMAP 23.402
Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
JOÃO MONTEIRO NETO
Secretário-Geral/Presidência
Documento assinado eletronicamente por JOAO MONTEIRO NETO - Matr. 24064, Secretário(a)-Geral da
Mesa Diretora, em 14/10/2024, às 09:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1863322 Código CRC: 9EA03D73.