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DCL n° 256, de 06 de dezembro de 2023
Portarias 511/2023
Segundo Secretário
PORTARIA-DRH Nº 511, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2023
A DIRETORA DE RECURSOS HUMANOS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo subitem 7.3 do Anexo V da Lei distrital nº 4.342/2009, e
nos termos dos arts. 12, 13 e 14 da mesma Lei, combinado com o Parecer nº 207/2009-PG, ratificado
pelo Despacho nº 20/2009, do Procurador‑Geral, aprovado pelo Gabinete da Mesa Diretora em sua 25ª
Reunião, realizada em 11/9/2009, item 4 e Ato da Mesa Diretora nº 41, de 2014, RESOLVE:
I – CONCEDER ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO – AQ ao servidor, abaixo citado, resultante
da avaliação de títulos efetuada pela Comissão instituída pela Portaria-GMD nº 222, de 15 de maio de
2023, nos percentuais obtidos no processo indicado, em razão da qualificação adicional decorrente da
participação em eventos de capacitação, desenvolvimento e educação continuada:
PERCENTUAL
DATA DE
MAT. SERVIDOR PROCESSO APRESENTAÇÃO DOS ACUMULADO
TÍTULOS (*)
HUDSON DE ARAÚJO 00001-00051301/2023-
24.430 22/11/2023 15,00%
LOPES 78
(*) Percentual máximo: 15% (Lei nº 4.342, de 2009, art. 13).
II – DETERMINAR que os efeitos financeiros decorrentes do Adicional de Qualificação incidam
a partir da data de entrega dos títulos.
III – INDEFERIR o título constante no documento 1448930 do referido processo.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Recursos Humanos
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de
Recursos Humanos, em 05/12/2023, às 17:51, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1464403 Código CRC: 6BD36B28.
DCL n° 256, de 06 de dezembro de 2023
Portarias 512/2023
Segundo Secretário
PORTARIA-DRH Nº 512, DE 5 DE DEZEMBRO DE 2023
A DIRETORA DE RECURSOS HUMANOS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo subitem 7.3 do Anexo V da Lei distrital nº 4.342/2009, e
nos termos dos arts. 12, 13 e 14 da mesma Lei, combinado com o Parecer nº 207/2009-PG, ratificado
pelo Despacho nº 20/2009, do Procurador‑Geral, aprovado pelo Gabinete da Mesa Diretora em sua 25ª
Reunião, realizada em 11/9/2009, item 4 e Ato da Mesa Diretora nº 41, de 2014, RESOLVE:
I – CONCEDER ADICIONAL DE QUALIFICAÇÃO – AQ à servidora, abaixo citada, resultante
da avaliação de títulos efetuada pela Comissão instituída pela Portaria-GMD nº 222, de 15 de maio de
2023, nos percentuais obtidos no processo indicado, em razão da qualificação adicional decorrente da
participação em eventos de capacitação, desenvolvimento e educação continuada:
PERCENTUAL
DATA DE
MAT. SERVIDOR PROCESSO APRESENTAÇÃO DOS ACUMULADO
TÍTULOS (*)
12.003 MARIZA MENDES BARBOSA 001-000452/2012 27/11/2023 15,00%
(*) Percentual máximo: 15% (Lei nº 4.342, de 2009, art. 13).
II – DETERMINAR que os efeitos financeiros decorrentes do Adicional de Qualificação incidam
a partir da data de entrega dos títulos.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Recursos Humanos
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de
Recursos Humanos, em 05/12/2023, às 17:52, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1464815 Código CRC: 4B1371FB.
DCL n° 256, de 06 de dezembro de 2023
Portarias 539/2023
Gabinete da Mesa Diretora
PORTARIA-GMD Nº 539, DE 29 DE NOVEMBRO DE 2023
O GABINETE DA MESA DIRETORA DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, em
conformidade com o Ato da Mesa Diretora nº 50, de 2011, e com o Ato da Mesa Diretora nº 46, de
2017, considerando o Despacho 1458865 e as demais razões apresentadas no Processo SEI 00001-
00045963/2023-17, RESOLVE:
Art. 1º Revogar a Portaria-GMD nº 501, de 6 de novembro de 2023.
Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
PEDRO HENRIQUE MEDEIROS DE ARAÚJO
Secretário-Geral/Presidência
JOÃO TORRACCA JUNIOR EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR
Secretário-Executivo/Vice-Presidência Secretário-Executivo/Primeira-Secretaria
ANDRÉ LUIZ PEREZ NUNES RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA
Secretário-Executivo/Segunda-Secretaria Secretário-Executivo/Terceira-Secretaria
Documento assinado eletronicamente por JOAO TORRACCA JUNIOR - Matr. 24072, Secretário(a)-
Executivo(a), em 29/11/2023, às 19:01, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por ANDRE LUIZ PEREZ NUNES - Matr. 21912, Secretário(a)-
Executivo(a), em 05/12/2023, às 01:45, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
Documento assinado eletronicamente por RUSEMBERGUE BARBOSA DE ALMEIDA - Matr.
21481, Secretário(a)-Executivo(a), em 05/12/2023, às 10:51, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por EDSON PEREIRA BUSCACIO JUNIOR - Matr.
23836, Secretário(a)-Executivo(a), em 05/12/2023, às 12:21, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente
n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de
2019.
Documento assinado eletronicamente por PEDRO HENRIQUE MEDEIROS DE ARAUJO - Matr.
24067, Secretário(a)-Geral da Mesa Diretora, em 05/12/2023, às 19:26, conforme Art. 22, do Ato do
Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1459127 Código CRC: 9E63A89A.
DCL n° 256, de 06 de dezembro de 2023
Portarias 514/2023
Segundo Secretário
PORTARIA-DRH Nº 514, DE 05 DE DEZEMBRO DE 2023
A DIRETORA DE RECURSOS HUMANOS DA CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, no
uso da competência que lhe foi delegada pelo art. 4º, § 1º do Ato da Mesa Diretora nº 67/2009; tendo
em vista o disposto no art. 20, inciso III, da Lei distrital nº 4.342/2009 c/c o art. 4º do Ato da Mesa
Diretora nº 67/2009; e ainda o que consta no Processo nº 00001-00050466/2023-22, RESOLVE:
AUTORIZAR a lotação provisória na Diretoria de Comunicação Social da servidora JULIA
KOSLOVSKI BRANCO FIGUEIREDO DE LIMA, matrícula nº 23.192, ocupante do cargo efetivo de
Consultor Técnico-Legislativo, categoria Técnico em Comunicação Social/Produtor de Multimídia, com
lotação de origem no Núcleo de Programação.
EDILAIR DA SILVA SENA
Diretora de Recursos Humanos
Documento assinado eletronicamente por EDILAIR DA SILVA SENA - Matr. 16015, Diretor(a) de
Recursos Humanos, em 05/12/2023, às 17:54, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1465971 Código CRC: 6270E616.
DCL n° 257, de 07 de dezembro de 2023
Redações Finais 726/2023
Leis
PROJETO DE LEI Nº 726, DE 2023
REDAÇÃO FINAL
Estabelece a pauta de valores venais de
veículos automotores usados registrados e
licenciados no Distrito Federal para efeito
de lançamento do Imposto sobre a
Propriedade de Veículos
Automotores – IPVA, relativamente ao
exercício de 2024, e dá outras
providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica estabelecida, na forma do Anexo Único, a pauta de valores venais dos veículos
automotores usados registrados e licenciados no Distrito Federal para efeito de lançamento do Imposto
sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA, relativamente ao exercício de 2024.
§ 1º Os valores constantes da pauta de que trata o caput não devem ser atualizados
monetariamente até a data do lançamento do imposto.
§ 2º Ato do Subsecretário da Receita pode modificar a pauta de valores de que trata esta Lei
para incluir itens ou alterar valores, desde que não os majore, sempre que as condições do mercado de
veículos, à época da ocorrência do fato gerador, assim o exigirem, sendo obrigatória a publicação da
pauta modificada no Diário Oficial do Distrito Federal.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de
janeiro de 2024.
Sala das Sessões, 5 de dezembro de 2023.
MANOEL ÁLVARO DA COSTA
Secretário Legislativo
Documento assinado eletronicamente por MANOEL ALVARO DA COSTA - Matr. 15030, Secretário(a)
Legislativo(a), em 06/12/2023, às 11:30, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1467468 Código CRC: C1591B41.
DCL n° 257, de 07 de dezembro de 2023
Redações Finais 702B/2023
Leis
ANEXO II R$ 1,00
CRÉDITO SUPLEMENTAR - SUPERÁVIT FINANCEIRO
SUPLEMENTAÇÃO
ANEXO À LEI Nº
ÓRGÃO : 24000 SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANCA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL
UNIDADE : 24201 DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO
ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
FUNC. PROGRAMÁTICA PROGRAMA/AÇÃO/SUBTÍTULO/PRODUTO R E G M U F DOTAÇÃO
E S N O S T
G F D D O E
6217 SEGURANÇA PARA TODOS 3500000
ATIVIDADES
QrlProd1
06 131 6217 8505 PUBLICIDADE E PROPAGANDA 3.500.000
06 131 6217 8505 0958 PUBLICIDADE E PROPAGANDA-UTILIDADE PÚBLICA - DETRAN/DF-DISTRITO FEDERAL 99
PUBLICIDADE E PROPAGANDA REALIZADA (UNIDADE) 30
F 3 90 0 2752.437 3.150.000
06 131 6217 8505 8749 PUBLICIDADE E PROPAGANDA-DETRAN/DF-DISTRITO FEDERAL 99
PUBLICIDADE E PROPAGANDA REALIZADA (UNIDADE) 30
F 3 90 0 2752.437 350.000
TOTAL - FISCAL 3.500.000
TOTAL - GERAL 3.500.000
(*) Prioridade LDO (**) Projeto em Andamento (***) Conservação de Patrimônio
(EP) Emendas Parlamentares ao PLOA (EPP) Emendas Parlamentares às Prioridades de PLDO (EPE) Emendas Parlamentares na Execução
Projeto de Lei AC 362 (123676509) SEI 04033-00027031/2023-02 / pg. 5
DCL n° 257, de 07 de dezembro de 2023
Redações Finais 702A/2023
Leis
ANEXO I R$ 1,00
CRÉDITO SUPLEMENTAR - ANULAÇÃO
CANCELAMENTO
ANEXO À LEI Nº
ÓRGÃO : 21000 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE
UNIDADE : 21206 AGÊNCIA REGULADORA DE ÁGUAS, ENERGIA E SANEAMENTO DO DISTRITO FEDERAL
ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
FUNC. PROGRAMÁTICA PROGRAMA/AÇÃO/SUBTÍTULO/PRODUTO R E G M U F DOTAÇÃO
E S N O S T
G F D D O E
6210 MEIO AMBIENTE 792000
ATIVIDADES
QrlProd1
24 131 6210 8505 PUBLICIDADE E PROPAGANDA 792.000
24 131 6210 8505 8691 PUBLICIDADE E PROPAGANDA-UTILIDADE PÚBLICA - ADASA DF-DF ENTORNO 95
F 3 90 0 1753.251 792.000
TOTAL - FISCAL 792.000
TOTAL - GERAL 792.000
(*) Prioridade LDO (**) Projeto em Andamento (***) Conservação de Patrimônio
(EP) Emendas Parlamentares ao PLOA (EPP) Emendas Parlamentares às Prioridades de PLDO (EPE) Emendas Parlamentares na Execução
Projeto de Lei AC 362 (123676509) SEI 04033-00027031/2023-02 / pg. 4
DCL n° 257, de 07 de dezembro de 2023
Redações Finais 702C/2023
Leis
ANEXO III R$ 1,00
CRÉDITO SUPLEMENTAR - ANULAÇÃO
SUPLEMENTAÇÃO
ANEXO À LEI Nº
ÓRGÃO : 21000 SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE
UNIDADE : 21206 AGÊNCIA REGULADORA DE ÁGUAS, ENERGIA E SANEAMENTO DO DISTRITO FEDERAL
ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE SOCIAL
FUNC. PROGRAMÁTICA PROGRAMA/AÇÃO/SUBTÍTULO/PRODUTO R E G M U F DOTAÇÃO
E S N O S T
G F D D O E
6210 MEIO AMBIENTE 792000
ATIVIDADES
QrlProd1
24 131 6210 8505 PUBLICIDADE E PROPAGANDA 792.000
24 131 6210 8505 8703 PUBLICIDADE E PROPAGANDA-INSTITUCIONAL - ADASA DF-DF ENTORNO 95
F 3 90 0 1753.251 792.000
TOTAL - FISCAL 792.000
TOTAL - GERAL 792.000
(*) Prioridade LDO (**) Projeto em Andamento (***) Conservação de Patrimônio
(EP) Emendas Parlamentares ao PLOA (EPP) Emendas Parlamentares às Prioridades de PLDO (EPE) Emendas Parlamentares na Execução
Projeto de Lei AC 362 (123676509) SEI 04033-00027031/2023-02 / pg. 6
DCL n° 258, de 22 de dezembro de 2022 - Extraordinário
Redações Finais 87/2022
Resoluções
PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 87 DE 2022
REDAÇÃO FINAL
Regulamenta o funcionamento e a estrutura do Fundo de Assistência à
Saúde dos Deputados Distritais e dos Servidores da Câmara Legislativa
do Distrito Federal – Fascal e dá outras providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL resolve:
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS
Art. 1º A assistência à saúde suplementar dos deputados distritais, dos servidores efetivos ativos e inativos, dos servidores
ocupantes de cargos de livre provimento, dos ex-servidores da Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF e dos seus respectivos
dependentes e pensionistas é prestada na forma disciplinada nesta Resolução.
Parágrafo único. A assistência à saúde suplementar compreende as ações necessárias à prevenção da doença e à recuperação,
à manutenção e à reabilitação da saúde, na forma da Lei federal nº 9.656, de 3 de junho de 1998, da Lei Complementar nº 840, de 23
de dezembro de 2011, e da legislação suplementar.
Art. 2º A assistência à saúde é proporcionada pelo Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e dos Servidores da
Câmara Legislativa do Distrito Federal – Fascal, fundo de natureza contábil criado pela Resolução nº 38, de 1991, e ratificado pela
Resolução nº 105, de 1996.
CAPÍTULO II
DO CUSTEIO
Seção I
Das Contribuições
Art. 3º Constituem receitas do Fascal:
I – dotações orçamentárias da ordem de 6%, calculadas sobre os valores constantes da lei orçamentária da CLDF para o grupo
de despesa relativo a pessoal e encargos sociais, incluídas as despesas com ressarcimento de pessoal requisitado;
II – contribuição mensal e participação nas despesas dos beneficiários titulares do Fascal e dos respectivos dependentes,
conforme valores constantes da tabela do Anexo I desta Resolução, os quais são reajustados anualmente de acordo com o percentual
atuarialmente apurado para assegurar o equilíbrio nas contas do Fascal ou, na sua ausência, pelo índice de reajuste definido pela Mesa
Diretora;
III – receitas de convênios, contratos e outros ajustes celebrados com órgãos ou entidades de direito público ou privado,
nacionais ou estrangeiros;
IV – receitas de aplicações financeiras referentes aos recursos diretamente arrecadados;
V – contribuições, doações e outros atos de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou
estrangeiras;
VI – saldos de exercícios anteriores;
VII – recuperação de despesas médico-hospitalares;
VIII – remanejamento do orçamento da CLDF;
IX – outros recursos que lhe sejam destinados.
§ 1º As contribuições referidas no inciso II do caput ficam limitadas a 12 contribuições anuais.
§ 2º Para efeitos de cálculo da contribuição estabelecida no inciso II do caput, são computados os proventos percebidos:
I – por aposentadoria de cargo público;
II – pelo órgão de origem, no caso de servidor requisitado;
III – pelo órgão cessionário, no caso de servidor cedido.
§ 3º O enquadramento nas faixas remuneratórias previstas na tabela do Anexo I considera a média das remunerações do mês
anterior.
§ 4º O fundo de reservas orçamentário-financeiro do Fascal, cujos recursos só podem ser utilizados para situações
emergenciais de sinistralidade, é composto também por receitas do orçamento da CLDF equivalentes a 2% do total do orçamento
anual destinado ao Fascal, sendo o repasse feito em uma só parcela por exercício financeiro.
Art. 4º Para cobrir despesas com a execução de contrato ou convênio com outras operadoras de planos de saúde ou
instituições de atendimento diferenciado de alto custo para ampliar a rede de atendimento, o Fascal fica autorizado a cobrar do
associado:
I – o valor per capita referente à carteira de associado e à manutenção da rede credenciada;
II – o reembolso das despesas operacionais, calculadas sobre as despesas efetuadas pelos associados, acrescido do valor
correspondente ao Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza – ISSQN a ser recolhido ao Distrito Federal;
III – a participação dos associados do Fascal nas despesas assistenciais, em percentuais diferenciados e específicos, para
cobertura de procedimentos, tratamentos e internações realizados em instituições de alto custo, a ser definida em ato da Mesa
Diretora, de acordo com os contratos ou os convênios firmados.
§ 1º Os valores de que trata este artigo são cobrados em conformidade com o contrato ou o convênio assinado pelo Fascal.
§ 2º O associado só faz jus à carteira para uso de plano de saúde conveniado ou contratado após decorridos 180 dias de sua
inscrição no Fascal.
§ 3º O prazo de 180 dias estabelecido no § 2º do caput não se aplica:
I – ao associado que tenha realizado a portabilidade de carência de internação cumprida em outro plano de assistência à saúde
suplementar;
II – ao recém-nascido, filho natural ou adotivo do beneficiário titular, ou de seu dependente, que tenha sido inscrito no CLDF
Saúde no prazo de 30 dias contados do nascimento ou da adoção.
§ 4º No uso da rede credenciada de que trata este artigo, o associado deve:
I – participar no custeio das despesas, na forma prevista nesta Resolução;
II – requerer autorização prévia para os procedimentos que assim o exijam;
III – reembolsar integralmente as despesas relativas a procedimentos não cobertos pelo Fascal ou que dependam do
cumprimento de carência.
§ 5º A cobrança feita por operadora de plano de saúde conveniado na forma deste artigo caracteriza-se como reembolso das
despesas pelo uso da rede credenciada ou pela execução do convênio, e seu pagamento, independentemente do fornecimento de
certidões, é processado pelo Fascal, na forma contratada, com recursos advindos das contribuições dos associados.
Seção II
Das Coparticipações
Art. 5º O titular participa das despesas efetuadas pelo Fascal com ele e seus dependentes, com o valor correspondente a:
I – 20% do valor da tabela do Fascal para consultas realizadas em estabelecimentos regulares e 50% da tabela do Fascal
quando realizadas em estabelecimentos de alto custo;
II – 20% do valor da tabela do Fascal para sessões de psicoterapia, psicopedagogia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e
psicomotricidade, limitadas a 50 sessões por ano, realizadas em estabelecimentos regulares e 50% da tabela do Fascal quando
realizadas em estabelecimentos de alto custo;
III – 10% do valor da tabela do Fascal para despesas não previstas nos incisos I e II realizadas em estabelecimentos regulares
e 20% da tabela do Fascal quando realizadas em estabelecimentos de alto custo, exceto para os casos do art. 39;
IV – 44% do valor da tabela odontológica do Fascal para procedimentos realizados em clínicas odontológicas credenciadas;
V – 2% das despesas decorrentes de internações, inclusive home care, e 10% da tabela do Fascal quando realizadas em
estabelecimentos de alto custo.
§ 1º A participação de que trata o inciso III do caput não incide sobre as despesas decorrentes de tratamento ambulatorial
continuado para hemodiálise, quimioterapia, radioterapia e antibioticoterapia realizadas em estabelecimentos regulares, as quais são
reembolsadas integralmente ao Fascal pela CLDF com orçamento próprio.
§ 2º O limite de sessões de que trata o inciso II do caput pode ser ampliado para 60 sessões anuais, mediante autorização da
perícia médica do Fascal, com base em relatório circunstanciado do profissional solicitante, caso em que a coparticipação é de 20% do
valor da tabela do Fascal quando realizadas em estabelecimentos regulares e 50% da tabela do Fascal quando realizadas em
estabelecimentos de alto custo.
§ 3º O limite de sessões de que trata o § 2º pode ser ampliado, no caso de tratamento de pessoas com deficiência motora,
sensorial ou mental, assim enquadradas pela perícia médica, mediante autorização do Comitê de Governança e Gestão Estratégica do
Fascal – CGFASCAL, com base em relatório circunstanciado do profissional solicitante e parecer da perícia do Fascal, matéria que pode
ser delegada ao setor de perícia.
§ 4º O percentual de participação de que trata o inciso II do caput não incide sobre as despesas relativas a sessões de
psicoterapia, psicopedagogia, fonoaudiologia, psicomotricidade, fisioterapia, terapia ocupacional e hidroterapia para tratamento
de pessoas com deficiência motora, sensorial e mental, conforme parecer da perícia médica do Fascal.
§ 5º O Fascal custeia 56% das despesas odontológicas, incluídos os tributos sobre elas incidentes, realizadas em
estabelecimentos regulares.
§ 6º No caso de procedimentos realizados em desacordo com esta Resolução, o associado deve custear integralmente o valor
do tratamento e das demais despesas que lhe sejam acrescidas.
§ 7º As despesas com coparticipação dos associados e dos dependentes são ressarcidas mensalmente ao Fascal até sua
integral liquidação, no montante correspondente a 10% da remuneração do titular.
§ 8º Para fins desta Resolução, são consideradas 2 categorias de estabelecimentos conveniados:
I – de alto custo: estabelecimentos conveniados na área de saúde considerados diferenciados para remuneração dos
serviços prestados segundo análise da perícia médica do Fascal homologada pelo CGFASCAL;
II – regulares: estabelecimentos na área de saúde conveniados cujos valores são padronizados para fins de remuneração dos
serviços prestados conforme tabela do Fascal.
CAPÍTULO III
DOS ASSOCIADOS
Seção I
Dos Associados
Art. 6º Os associados do Fascal possuem a condição de titulares ou dependentes e sua inscrição é feita mediante
preenchimento do formulário específico de cadastramento e da declaração de saúde.
§ 1º O associado titular responde por todos os atos praticados por seus dependentes na utilização do plano.
§ 2º Os valores da contribuição mensal são reajustados anualmente, de acordo com o percentual atuarialmente apurado para
assegurar o equilíbrio nas contas do Fascal ou, na sua ausência, pelo índice de reajuste definido pela Mesa Diretora, devendo o índice
de reajuste recair, preferencialmente, sobre a parcela orçamentária destinada ao Fascal.
Seção II
Dos Titulares
Art. 7º São associados titulares do Fascal:
I – os deputados distritais;
II – os servidores efetivos ativos e inativos da CLDF;
III – os servidores efetivos da CLDF licenciados, sem remuneração, aplicando-se a eles os deveres, as responsabilidades e as
sanções estabelecidos no art. 10;
IV – os ex-servidores da CLDF, na condição de optantes, observado o disposto no art. 10 desta Resolução e nos arts. 30 e 31
da Lei federal nº 9.656, de 1998, e decisões da Mesa Diretora;
V – os pensionistas de servidores efetivos da CLDF, desde que inscritos como associados do Fascal anteriormente à data do
óbito do servidor titular;
VI – os servidores ocupantes de cargos de livre provimento da CLDF.
§ 1º O servidor da CLDF em usufruto de licença sem remuneração contribui mensalmente na faixa remuneratória aferida no
mês anterior ao do seu afastamento.
§ 2º O pensionista, quando incapaz, é representado ou assistido na forma regulada pelo Código Civil.
§ 3º O pensionista de que trata o inciso V do caput pode manter na sua dependência qualquer dependente do instituidor da
pensão que não seja beneficiário de pensão, observado o seguinte:
I – o dependente do instituidor da pensão deve estar associado ao Fascal na data do óbito do titular;
II – as contribuições de que trata o art. 3º consideram o valor da pensão percebida por cada pensionista;
III – as contribuições e a participação no custeio são descontadas em folha;
IV – o dependente, se econômico, deve ter figurado com essa situação na última Declaração de Ajuste Anual do Imposto de
Renda do instituidor de pensão.
§ 4º O disposto no § 3º aplica-se à situação do pensionista temporário que tenha perdido o direito à cota da pensão e que se
enquadre na situação prevista no § 3º, IV, o qual deve contribuir para o Fascal com o montante correspondente à sua faixa etária e na
condição de dependente econômico ou não econômico.
§ 5º No caso de falecimento de titular ocupante de cargo comissionado, fica assegurado o direito de permanência dos seus
dependentes inscritos no Fascal, na condição de optantes, conforme disposições desta Resolução, em especial das previsões do art.
10.
§ 6º O servidor requisitado para a CLDF, ainda que sem designação de cargo e percepção de remuneração, pode filiar-se ao
Fascal e deve contribuir com base no valor total da sua remuneração ou subsídio no órgão de origem e na faixa etária prevista nos
anexos desta Resolução.
§ 7º A criação de novas figuras ou a extensão dos tipos de associados para outros grupos de vidas não previstos nos incisos de
I a VI do caput ficam sujeitas à verificação atuarial desse grupo de vidas e da capacidade financeira do Fascal para suportar os
encargos decorrentes da cobertura assistencial, sem prejuízo das vidas já assistidas, e devem considerar a totalidade das despesas e
das receitas em período não inferior a 1 ano.
§ 8º São ressarcidas ao Fascal pela CLDF, com recursos do orçamento próprio, as despesas com os associados optantes e seus
dependentes e as despesas de tratamentos oncológicos, órteses, próteses e materiais especiais dos associados do Fascal.
§ 9º Os valores remanescentes das contribuições ou coparticipações dos ex-associados optantes de exercícios anteriores à data
desta Resolução serão objeto de ressarcimento pela CLDF ao Fascal, com orçamento próprio, em 3 parcelas anuais, até dezembro de
2023.
Seção III
Dos Dependentes
Art. 8º Podem ser inscritos no Fascal, na condição de dependentes dos titulares:
I – o cônjuge;
II – o companheiro que comprove, mediante escritura pública declaratória de união estável, convivência duradoura, pública e
contínua, nos termos da Lei federal nº 9.278, de 10 de maio de 1996;
III – o filho ou o enteado solteiro menor de 20 anos, 11 meses e 29 dias;
IV – o filho ou o enteado solteiro entre 21 anos e 24 anos, 11 meses e 29 dias, dependente econômico, se matriculado em
curso regular reconhecido pelo Ministério da Educação – MEC, conforme declarado ao Fascal;
V – o filho ou o enteado maior de 20 anos, 11 meses e 29 dias, se portador de invalidez constatada por perícia médica do
Fascal, dependente econômico do titular;
VI – o filho ou o enteado entre 21 e 38 anos, 11 meses e 29 dias anos, solteiro e com renda de até 5 salários mínimos,
declarado junto ao Fascal, com isenção de cumprimento de carência, se desligado por força desta Resolução, desde que seja incluído
como dependente não econômico;
VII – o neto até 20 anos, 11 meses e 29 dias;
VIII – o filho maior de 21 anos, se portador de invalidez constatada por perícia médica do Fascal, dependente econômico do
titular;
IX – pai e mãe, natural ou adotivo, dependente econômico do titular;
X – irmão sob curatela do titular, se portador de invalidez;
XI – menor sob guarda.
§ 1º É vedado manter como dependente:
I – cônjuge e companheiro concomitantemente;
II – genitores naturais e adotivos concomitantemente;
III – servidor da CLDF.
§ 2º É vedada a inclusão de cônjuge ou companheiro, caso o titular tenha tido cônjuge ou companheiro como beneficiário ativo
do Fascal há menos de 6 meses.
§ 3º Para a inscrição de que trata o inciso IV do caput, o titular deve apresentar ao Fascal os seguintes documentos:
I – requerimento de inclusão acompanhado da declaração de saúde;
II – declaração da instituição de ensino que comprove matrícula e frequência;
III – cópia da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda, contendo as seguintes partes:
a) identificação do contribuinte;
b) relação de dependentes;
c) resumo da declaração e recibo de entrega.
§ 4º Para manter a inscrição na condição de que trata o inciso IV do caput, o titular deve apresentar anualmente ao Fascal os
seguintes documentos:
I – declaração da instituição de ensino que comprove matrícula e frequência, até o último dia útil dos meses de fevereiro e
agosto de cada ano;
II – cópia da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda, até 20 dias após o prazo máximo estabelecido pela Receita
Federal, contendo as seguintes partes:
a) identificação do contribuinte;
b) relação de dependentes;
c) resumo da declaração e recibo de entrega.
§ 5º Para a inscrição de que tratam os incisos VIII e X do caput, o titular deve apresentar ao Fascal os seguintes documentos:
I – requerimento de inclusão acompanhado da declaração de saúde;
II – laudo pericial da invalidez e, em sendo o caso, documento de comprovação da curatela.
§ 6º Para manter a inscrição na condição de que trata o inciso VI do caput, o titular deve apresentar ao Fascal os seguintes
documentos:
I – requerimento de inclusão acompanhado da declaração de saúde;
II – Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda do dependente, no ato de inscrição, e anualmente até 20 dias após o
prazo máximo estabelecido pela Receita Federal em cada exercício ou declaração de que o dependente está inserido nas condições
determinadas pelo referido inciso, apresentada na data de inscrição e até 20 dias após o prazo máximo estabelecido pela Receita
Federal de cada exercício.
§ 7º A documentação para a inclusão e a manutenção de associado ao Fascal é definida por ato do CGFASCAL.
Art. 9º A dependência econômica é comprovada mediante a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto de
Renda que expresse que os dependentes não possuem renda superior ao valor considerado para efeito de isenção anual fixada em
norma federal para o exercício declarado.
§ 1º O estado de dependência econômica deve ser habitual e efetivo, não se admitindo casos de dependência meramente
temporária ou eventual.
§ 2º Para manter a inscrição de dependente econômico, o titular deve apresentar, até 20 dias após o prazo máximo
estabelecido pela Receita Federal, a comprovação prevista no caput.
§ 3º É cancelada a inscrição do dependente que não comprove a relação de dependência econômica na forma prevista neste
artigo.
§ 4º A reinscrição de dependente econômico enquadrado na situação do § 3º só é efetivada após a comprovação da relação de
dependência econômica.
Seção IV
Dos Optantes
Art. 10. Podem permanecer no Fascal, na condição de titular optante, os associados que se desliguem da CLDF, desde que
contem, na data de seu desligamento, com no mínimo 24 meses de contribuição consecutiva ao Fascal e façam opção pela
permanência no prazo de 30 dias após seu desligamento.
§ 1º A contribuição mensal do titular optante e de cada dependente, a partir da data da opção, deve observar os valores
previstos para os optantes, na forma descrita na tabela do Anexo I.
§ 2º O período de permanência na condição de optante a que se refere o caput é limitado ao prazo máximo de 24 meses.
§ 3º O valor da contribuição mensal e da participação nas despesas a que se refere o art. 5º deve ser recolhido até o quinto
dia útil do mês subsequente por uma das seguintes formas:
I – débito em conta-corrente do Banco de Brasília – BRB, autorizado pelo associado titular optante, sendo que eventuais
despesas decorrentes de tarifa bancária correm por conta do associado;
II – pagamento por meio de boleto bancário emitido pelo Fascal, cuja tarifa de emissão é cobrada do associado;
III – consignação em folha de pagamento de servidores que tenham vínculo com o serviço público.
§ 4º Excepcionalmente, quando o valor devido ao Fascal pelo associado ou pelo dependente com consignações de
coparticipações for igual ou superior a R$1.000,00, o pagamento pode ser parcelado em até 36 vezes, não podendo a parcela ser
inferior a R$200,00, limitado o direito a um único parcelamento vigente, por solicitação do titular, mediante deferimento do pleito pelo
CGFASCAL.
§ 5º O ex-servidor que requeira a sua continuidade no Fascal em até 30 dias depois de seu desligamento tem aproveitadas as
carências já cumpridas para a utilização dos benefícios do Fascal.
§ 6º Em caso de atraso no pagamento da mensalidade ou da participação nas despesas, ao associado titular optante aplica-se
o seguinte:
I – suspensão imediata das carteiras ou de autorização para exame ou procedimento, até a regularização do débito;
II – perda da condição de associado, extinguindo-se a condição inicial da opção de permanência no Fascal, nos casos de:
a) atraso superior a 60 dias consecutivos, desde que comunicada a inadimplência;
b) atraso superior a 90 dias, consecutivos ou não, nos últimos 12 meses, desde que comunicada a inadimplência;
III – multa de 2% sobre o valor recolhido em atraso e atualização na forma da legislação distrital sobre a matéria.
§ 7º A permanência de que trata este artigo é extensiva a todos os dependentes inscritos anteriormente à data da exoneração
do titular.
§ 8º Em caso de óbito do titular, o direito de permanência é assegurado aos dependentes cobertos pelo plano, nos termos
dispostos neste artigo.
§ 9º Para inscrição no Fascal, os servidores, deputados distritais e os ex-servidores não podem apresentar saldo devedor com o
Fundo, podendo parcelar eventuais dívidas com valores iguais ou superiores a R$1.000,00 em até 36 parcelas, não podendo a parcela
ser inferior a R$200,00, cujos valores podem ser debitados em folha de pagamento da CLDF ou do órgão de origem do associado
mediante autorização expressa.
§ 10. O parcelamento que trata o § 9º pode ser solicitado 1 vez ao ano, ou, por decisão do CGFASCAL, até 3 vezes ao ano.
§ 11. Aplicam-se ao disposto neste artigo os índices de correção previstos no art. 20.
§ 12. Aos associados que estejam inscritos no Fascal, na data da publicação desta Resolução, são exigidos 12 meses de
contribuição para permanecerem na condição de titular optante.
Seção V
Dos Designados Especiais
Art. 11. Podem ser inscritos como designado especial do associado titular:
I – filho, enteado ou neto que não atenda às condições previstas no art. 8º;
II – genitor, natural ou adotivo, que não atenda às condições previstas no art. 8º;
III – padrasto ou madrasta;
IV – irmão;
§ 1º A inscrição observa o seguinte:
I – é feita mediante requerimento e comprovação do parentesco;
II – cada associado titular pode inscrever, no máximo, 4 designados especiais;
III – o associado titular deve declarar, expressamente, que:
a) responde solidariamente pelos atos praticados pelo designado especial;
b) ressarce ao Fascal, mediante desconto em folha, eventuais condenações judiciais decorrentes de atos praticados pelo
designado especial.
§ 2º O designado especial pode ser substituído pelo titular, mediante solicitação expressa, e o designado especial substituído
somente pode retornar novamente a essa condição depois de decorridos 18 meses de sua substituição.
§ 3º A carteira de identificação do designado especial deve ter tamanho e cor diferenciados das carteiras dos associados e dela
devem constar as condições de atendimento estabelecidas nesta Resolução.
§ 4º O designado especial pode utilizar-se, mediante livre escolha e próprio risco, da relação de conveniados do Fascal que
aceitem, espontaneamente e mediante ajuste expresso, a forma de atendimento prevista neste artigo.
§ 5º A relação estabelecida entre o designado especial e o credenciado é de natureza bilateral, civil e particular, não assumindo
o Fascal qualquer ônus dela decorrente.
§ 6º Cada designado especial custeia integralmente o valor das despesas e efetua seu pagamento, no ato do atendimento,
diretamente ao prestador de serviços, sem nenhuma intermediação ou responsabilidade financeira do Fascal perante os profissionais e
as instituições da rede credenciada, não sendo permitido que assine qualquer guia do Fascal.
§ 7º Os profissionais e as instituições da rede credenciada, mediante ajuste expresso, podem aceitar o atendimento aos
designados especiais, nas condições estabelecidas nesta Resolução.
§ 8º O Fascal não responde, em hipótese alguma, nem subsidiariamente, por ações ou decisões judiciais referentes à
inadimplência do designado especial junto à rede credenciada.
§ 9º Em caso de eventual condenação judicial transitada em julgado do Fascal, na hipótese prevista no § 8º, o associado titular
fica responsável pela dívida, na forma da lei civil.
§ 10. O Fascal, assegurado o contraditório e a ampla defesa, pode cancelar a inscrição do designado especial que infrinja
qualquer norma desta Resolução.
Seção VI
Da Cobertura Especial à Servidora Gestante
Art. 12. Em caso de exoneração de servidora gestante, a continuidade da cobertura assistencial do Fascal à titular e aos
dependentes fica condicionada à sua inscrição como optante, nos termos do disposto no art. 10, dispensado o cumprimento do prazo
mínimo de permanência de 24 meses.
Parágrafo único. À ex-servidora gestante não é permitido propor inscrição de dependente, exceto de filho nascido em
decorrência de gravidez anterior à exoneração.
CAPÍTULO IV
DA INSCRIÇÃO
Art. 13. A adesão ao Fascal é optativa, cabendo ao associado titular propor, mediante preenchimento de formulário próprio e
apresentação de declaração de saúde, a sua inscrição e a de seus dependentes, que devem satisfazer às condições estabelecidas neste
Regulamento.
§ 1º É deferida a adesão após a realização pelo titular dos exames periódicos definidos pela seção de perícia médica do Fascal,
cujos valores são ressarcidos pela CLDF ao Fascal.
§ 2º No ano em que realiza a adesão ao Fascal e os exames indicados neste artigo, o usuário não pode requerer autorização
para os exames periódicos definidos pelos Atos da Mesa Diretora nº 64, de 1994, e nº 102, de 2007.
§ 3º O usuário que já tenha realizado o exame periódico no ano em que solicita adesão ao Fascal tem aproveitados os
resultados.
§ 4º A regulamentação de exames complementares para a adesão ao Fascal é feita por meio de ato deliberativo ou normativo
do CGFASCAL.
Art. 14. O mesmo associado dependente não pode figurar como dependente de mais de um associado titular, tampouco o
associado titular pode figurar como dependente de outro.
Art. 15. Ao pensionista não é permitido propor inscrição de dependente, exceto de filho nascido em decorrência de gravidez
anterior ao óbito do cônjuge titular.
CAPÍTULO V
DAS CARÊNCIAS
Art. 16. As inscrições no Fascal só são autorizadas se cumpridos os requisitos previstos nesta Resolução e a utilização do plano
observa as seguintes carências, contadas da data de inclusão do associado titular ou dependente:
I – 30 dias para consultas eletivas, exames laboratoriais, radiografias simples, eletrocardiograma, tonometria, colposcopia e
exames de citopatologia;
II – 90 dias para fisioterapia, ultrassonografia e audiometria;
III – 180 dias para internação hospitalar e domiciliar, tratamento clínico ou cirúrgico, exercícios ortópticos, procedimentos
médico-cirúrgicos efetuados em consultório ou em ambulatório, demais exames de diagnose, psicoterapia, fonoaudiologia,
psicopedagogia, terapia ocupacional, psicomotricidade e demais auxílios e benefícios oferecidos;
IV – 300 dias para partos ou cesarianas;
V – 24 meses para doenças preexistentes e auxílio-funeral.
§ 1º Nos casos de urgência e emergência, dispensa-se o cumprimento dos prazos fixados nesta Resolução.
§ 2º Exames de tomografia computadorizada, ressonância magnética, cintilografia e outros exames com custo acima de R$
1.000,00, mesmo realizados em atendimento de urgência ou emergência, obrigam o associado à coparticipação no percentual de 50%
do valor cobrado do Fascal, exceto quando o atendimento resulte em internação, quando se aplica a coparticipação de 2%.
§ 3º A urgência médica é situação que requer assistência rápida, no menor tempo possível, a fim de evitar agravamento ou
aumento do risco à saúde.
§ 4º A emergência médica é a ocorrência imprevista de agravo à saúde que implica risco de vida ou lesão grave e irreparável
em órgão vital, exigindo tratamento médico imediato, estando a gravidade relacionada às alterações provocadas nos órgãos vitais de
forma a causar insuficiência funcional cardiovascular, respiratória, renal ou hepática ou coma.
§ 5º Enquadram-se nas circunstâncias previstas no § 4º, entre outros, os seguintes casos agudos:
I – parada cardiorrespiratória;
II – arritmia cardíaca causando comprometimento hemodinâmico;
III – choque anafilático, hipovolêmico, cardiogênico;
IV – angina instável e infarto agudo do miocárdio;
V – edema agudo de pulmão;
VI – acidente vascular cerebral com alteração da consciência;
VII – encefalopatia hipertensiva;
VIII – traumatismo grave (trauma cranioencefálico, torácico ou abdominal);
IX – choque elétrico e quase-afogamento grave;
X – intoxicação exógena grave;
XI – queimadura grave;
XII – aspiração de corpo estranho com sufocamento.
§ 6º Constatado qualquer tratamento durante o prazo de carência, inclusive para doença preexistente, o valor da despesa é
cobrado integralmente do associado.
§ 7º É admitido o aproveitamento da carência e da cobertura parcial temporária, de forma proporcional ou integral ao período
já cumprido pelo associado titular em outro plano de assistência à saúde suplementar, mediante análise prévia do Conselho de
Administração do Fascal, ouvida a perícia médica e a Seção de Orçamento, Finanças e Contabilidade do Fundo.
§ 8º É assegurada ao recém-nascido filho natural ou adotivo do titular ou do dependente a cobertura integral durante os
primeiros 30 dias após o parto e, caso seja solicitado qualquer atendimento previsto nesta Resolução em favor daquele, sua inscrição
deve ser considerada ativa, com cobrança dos valores de contribuições e coparticipações, até eventual solicitação de cancelamento
pelo associado titular.
§ 9º O recém-nascido filho natural ou adotivo do titular ou do dependente tem isenção integral de carência, desde que
providenciada a sua inscrição no prazo de 30 dias a contar do nascimento.
§ 10. O aproveitamento da carência que trata o § 7º somente é aceito pelo Fascal, tanto para titular como para dependente, se
cumpridas as regras definidas em ato da Mesa Diretora.
Art. 17. Ao associado que fique desfiliado do Fascal por mais de 30 dias corridos é obrigatório o cumprimento de nova
carência.
§ 1º O dependente inscrito posteriormente ao associado titular cumpre os prazos de carência e de preexistência, contados a
partir da data da assinatura do requerimento de inclusão do dependente.
§ 2º O associado que, no período de carência, fique desfiliado do Fascal por interstício inferior a 30 dias corridos pode retornar
cumprindo apenas o tempo restante para utilização dos serviços do Fundo.
§ 3º O servidor titular que, por força de exoneração, tenha sua inscrição cancelada e possa ser incluído como dependente de
outro servidor associado acompanha a mesma condição do titular em relação à carência, desde que o interstício entre a sua saída e a
transferência de sua inscrição seja inferior a 30 dias corridos, ficando sob responsabilidade do servidor que o absorva as inscrições dos
respectivos associados dependentes, desde que devidamente enquadrados neste Regulamento, bem como as dívidas contraídas a
cargo do titular anterior.
§ 4º O dependente inscrito por um associado titular pode ter sua carência aproveitada na transferência da dependência para
outro titular.
§ 5º As disposições deste artigo não se aplicam aos optantes que deixem de efetuar seu pedido de filiação no prazo de até 30
dias depois da exoneração, hipótese em que perdem o requisito para filiação ao Fascal.
§ 6º O deputado distrital, em caso de cassação ou perda de mandato por decisão judicial, não pode ser associado ao Fascal.
CAPÍTULO VI
DA SUSPENSÃO DE COBERTURA E DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO
Art. 18. Perdem a condição de associados do Fascal, incluindo seus dependentes:
I – o deputado distrital, em caso de cassação ou perda de mandato por decisão judicial;
II – o servidor excluído por motivo disciplinar na forma da Lei Complementar nº 840, de 2011;
III – o associado titular e os respectivos dependentes que cometam falta grave ou pratiquem qualquer ato fraudulento na
utilização do plano;
IV – o associado titular, quando solicite o cancelamento;
V – o titular, no caso de seu óbito, resguardado o direito de permanência dos dependentes na forma prevista nesta Resolução;
VI – o cônjuge, em virtude de separação ou divórcio;
VII – o companheiro, se rompida a união estável como entidade familiar;
VIII – os filhos ou os enteados, quando completam 21 anos de idade, se não estiverem estudando em estabelecimento de
ensino regular reconhecido pelo MEC;
IX – os filhos ou os enteados, quando completam 25 anos de idade, em qualquer situação, se tiverem permanecido como
associados nas condições previstas no art. 8º, IV;
X – os dependentes não econômicos, se desfeita a situação que lhes garantiu a inscrição.
§ 1º Em caso de óbito do titular ou de dependente, as contribuições mensais são devidas até a data de ocorrência do fato.
§ 2º Nos casos de perda do vínculo ou exclusão do titular em que exista dependente internado ou em tratamento, o Fascal
assegura a continuidade do tratamento ou da internação hospitalar ou domiciliar até a alta do paciente e cobra do titular o valor
integral das despesas em que incorreu.
§ 3º Na hipótese do § 2º, quando o paciente se encontre em internação domiciliar custeada pelo Fascal, é assegurada a
cobertura pelo Fascal até o prazo máximo de 30 dias contados da exclusão do titular.
§ 4º É considerada, para fins de exclusão do associado do Fascal e respectiva apuração de débitos, a data de publicação do ato
de exoneração ou perda do vínculo.
§ 5º A devolução pro rata de quaisquer valores aos associados desligados ou excluídos só é feita após verificação e quitação de
eventuais débitos junto ao Fascal.
§ 6º O reingresso do associado titular e dos respectivos dependentes excluídos do Fascal na hipótese do inciso III do caput só
é admitido após transcurso do prazo mínimo de 2 anos, contados da exclusão, mediante deliberação favorável do Conselho de
Administração do Fascal.
Art. 19. Os associados e seus dependentes perdem essa condição, temporariamente, nas seguintes situações:
I – enquanto suspensos ou licenciados sem vencimento pela CLDF, salvo se optarem pelo pagamento de suas contribuições, da
contrapartida da CLDF e da participação nas despesas diretamente na conta-corrente do Fascal relacionada aos recursos diretamente
arrecadados, mensal e integralmente;
II – enquanto suspensos na forma desta Resolução.
Parágrafo único. Durante o tempo em que o associado se encontre na condição prevista neste artigo, a sua contribuição e a de
seus dependentes é equiparada à de optante.
Art. 20. O associado, quando exonerado, deve quitar integralmente seus débitos com o Fascal, sendo a dívida deduzida
integralmente das verbas indenizatórias.
§ 1º Caso as dívidas de que trata o caput sejam superiores aos valores indenizatórios, o saldo devedor deve ser pago
integralmente com recursos próprios do devedor.
§ 2º O CGFASCAL pode conceder, quando solicitado pelo associado, o parcelamento do saldo devedor, observados os seguintes
critérios:
I – para débitos abaixo de R$ 400,00, não há parcelamento;
II – para débitos a partir de R$ 400,00, pode haver parcelamento máximo em até 60 vezes mensais, com parcelas não
inferiores a R$ 200,00;
III – o número máximo de parcelas é definido pelo CGFASCAL, obedecidas as regras do inciso II e os demais limites legais
vigentes;
IV – às parcelas são aplicadas as regras de valor nominal devido, acrescido dos juros de mora e da atualização pelo Índice
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, calculados na forma da Lei Complementar nº 435, de 27 de dezembro de 2001 (Sistema de
Índices e Indicadores Econômicos e de Atualização de Valores – Sindec – TCDF);
V – em caso de atraso superior a 90 dias de qualquer uma das parcelas, são consideradas vencidas as parcelas vincendas e
não pode ser concedido novo parcelamento, sendo o débito encaminhado para inscrição na dívida ativa do governo do Distrito
Federal.
§ 3º Os débitos de titulares do Fascal não quitados nos prazos estabelecidos são pagos de uma só vez, em valores atualizados,
como condição para restabelecimento de direitos.
§ 4º Em caso de falecimento de deputado distrital ou servidor, os débitos porventura existentes se estendem aos respectivos
sucessores.
§ 5º Excetuado o disposto no § 7º, os débitos de ex-associados não parcelados e não quitados no prazo de 90 dias, a contar
da data do recebimento das verbas indenizatórias, são encaminhados para protesto em cartório ou registro em instituições de proteção
ao crédito e, posteriormente, para inscrição na dívida ativa do governo do Distrito Federal, no prazo de até 2 anos a contar da perda da
condição de associado do Fascal.
§ 6º No caso de apuração de débitos posterior à quitação ou ao parcelamento, esgotadas as tentativas de cobrança pelo
Fascal, esses devem ser quitados ou parcelados no prazo de 90 dias, a contar da data do recebimento de carta de cobrança emitida
pelo Fascal, sob pena de inclusão do débito na dívida ativa do governo do Distrito Federal.
§ 7º Aos valores de débitos iguais ou inferiores a R$ 100,00, aplica-se o seguinte:
I – é realizada uma única cobrança;
II – não são encaminhados para inscrição na dívida ativa do governo do Distrito Federal;
III – permanecem no cadastro do Fascal pelo prazo de 5 anos e são extintos após esse prazo;
IV – são debitados de eventuais créditos que o devedor, no período do inciso III, tenha com a CLDF.
§ 8º O servidor em débito com o Fascal, inscrito ou não em dívida ativa, só pode reinscrever-se como associado após
comprovar a regularização do débito.
§ 9º O associado que obtenha parcelamento de débito junto à dívida ativa deve comprovar ao Fascal a quitação da parcela,
mensalmente, em até 20 dias após a data do seu vencimento.
§ 10. O servidor requisitado com ou sem cargo na CLDF ou cedido, ao inscrever-se no Fascal, deve subscrever autorização
irretratável para que eventuais débitos, após sua exoneração, possam ser descontados de sua folha de pagamento no órgão de
origem.
Art. 21. Cabe ao associado titular comunicar ao Fascal, de imediato, qualquer alteração de dados cadastrais próprios ou de
seus dependentes e quaisquer ocorrências que determinem a perda da condição de associado, devolvendo, neste caso, a
correspondente carteira de identificação.
Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigo pode acarretar processo disciplinar e devolução atualizada dos
valores em que o Fascal tenha indevidamente incorrido.
CAPÍTULO VII
DA COBERTURA ASSISTENCIAL
Seção I
Da Cobertura Assistencial Geral
Art. 22. A cobertura assistencial assegurada pelo Fascal compreende:
I – consultas médicas;
II – exames laboratoriais, radiológicos e outros meios de diagnose;
III – atendimento de natureza ambulatorial, inclusive pequenos atos médico-cirúrgicos;
IV – atendimento de urgências e emergências médicas;
V – assistência hospitalar para tratamento clínico, cirurgia e parto;
VI – fisioterapia e exercício ortóptico;
VII – psicoterapia, psicomotricidade, psicopedagogia, terapia ocupacional e fonoaudiologia;
VIII – assistência psiquiátrica e à dependência química;
IX – auxílio para deslocamento em UTI móvel, aérea ou terrestre;
X – auxílio para medicamento de uso crônico;
XI – auxílio para aquisição ou aluguel de órteses e próteses;
XII – auxílio-funeral;
XIII – consultas com nutricionista;
XIV – procedimentos odontológicos, conforme art. 24.
Art. 23. O auxílio para medicamento de uso crônico de que trata o art. 22, X, é pago mediante reembolso ao associado titular
de até 50% do valor constante da tabela de referência utilizada pelo Fascal, obedecidos os limites de valores mínimos e máximos nela
constantes.
§ 1º Os valores de que trata o caput são calculados com base no valor total mensal despendido e apresentado pelo associado e
reajustados anualmente na mesma data e nos mesmos índices fixados pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos –
CMED da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa ou do órgão público que oficialmente venha a sucedê-la na competência de
regular o preço de medicamentos no mercado nacional.
§ 2º Fica facultada ao Fascal a contratação de empresas para o fornecimento dos medicamentos de uso crônico de que trata
o caput, hipótese em que o Fascal contribui com 50% do valor do medicamento e o associado titular arca com o valor remanescente,
dispensando-se o reembolso nos casos de aquisição realizada pelo associado fora da rede contratada, salvo os casos em que o
medicamento não esteja disponível na rede contratada, obedecidos os limites de valores mínimos e máximos constantes da tabela de
referência utilizada pelo Fascal.
§ 3º Cabe ao CGFASCAL a apresentação de proposta para fixação e atualização, pela Mesa Diretora da CLDF, dos valores
máximos de reembolso do auxílio para medicamento.
Seção II
Da Assistência Odontológica
Art. 24. O atendimento odontológico é prestado aos associados do Fascal que o requeiram e a seus dependentes mediante
assinatura de contrato de adesão, e a cobertura odontológica abrange os procedimentos previstos nas tabelas do Fascal.
§ 1º O atendimento odontológico é preferencialmente prestado aos associados por meio da rede credenciada do Fascal, e a
participação financeira do associado, nesses casos, é de 44% do valor da tabela.
§ 2º Procedimentos que necessitem, obrigatoriamente, de realização em centro cirúrgico hospitalar, com internação e anestesia
geral, têm participação financeira do associado de 2%, estando cobertos pelo Fascal as órteses, as próteses, os materiais especiais, o
anestesista, as diárias de internação hospitalar e os honorários do profissional que realize o procedimento.
§ 3º Os procedimentos de que trata o § 2º devem ter sua realização em ambiente hospitalar autorizada previamente pela
perícia odontológica e devem se enquadrar em uma das situações abaixo:
I – procedimentos complexos que não podem ser realizados em ambiente ambulatorial, pois necessitam de anestesia geral e
ambiente hospitalar para sua realização com segurança, como as cirurgias ortognáticas, cirurgias de fratura de face e cirurgias para
tratamento de lesões orais extensas;
II – pacientes internados por outras patologias, mas que apresentem alguma situação odontológica que não possa aguardar a
alta hospitalar para sua resolução;
III – pacientes com condições sistêmicas que impossibilitem a realização do procedimento fora do ambiente hospitalar.
Art. 25. O associado pode realizar o tratamento odontológico com profissional não credenciado (livre escolha), caso em que o
custeio pelo Fascal se dá por reembolso e o valor reembolsado é parcial e limitado aos valores e procedimentos estabelecidos na tabela
odontológica adotada pelo Fascal, deduzindo-se a importância de 55% correspondente à participação financeira do associado na
despesa.
§ 1º Para o tratamento na modalidade livre escolha, o associado deve solicitar autorização à perícia do Fascal antes de iniciar o
tratamento, sendo que a solicitação deve conter:
I – o plano de tratamento com a especificação e o valor de todos os procedimentos que serão realizados;
II – o parecer do profissional assistente;
III – exames realizados no planejamento do caso.
§ 2º Ao término do tratamento, a efetivação do reembolso ocorre mediante a apresentação pelo associado de nota fiscal ou
documento com valor fiscal legível, seguindo o disposto no art. 57, II, e de relatório do profissional com os procedimentos realizados e
seus valores, sendo que a documentação é analisada pela perícia, que pode solicitar documentação complementar e comparecimento
do associado para avaliação odontológica.
§ 3º Tratamentos realizados na modalidade livre escolha por motivo de urgência odontológica ou por inexistência, atestada
pela perícia odontológica, de profissional credenciado disponível para realizar o tratamento têm a mesma participação financeira
praticada nos atendimentos da rede credenciada.
Art. 26. Para realizar qualquer tratamento odontológico, o associado deve:
I – obter, previamente, a autorização do Fascal;
II – observar os limites do que tenha sido autorizado;
III – submeter-se à perícia odontológica antes de iniciado o tratamento e depois de encerrado, salvo dispensa pelo Fascal.
§ 1º Os procedimentos restauradores só podem ser repetidos para o mesmo elemento dentário depois de transcorridos pelo
menos 24 meses do último tratamento, salvo nos casos autorizados expressamente pela perícia odontológica do Fascal.
§ 2º Nos casos de prótese total ou prótese parcial, o prazo para retratamento é de 36 meses.
§ 3º A cobertura do Fascal nos procedimentos protéticos tem como limites máximos aqueles fixados para prótese tipo coroa
metalocerâmica equivalente a 5 unidades por ano para cada associado e para cada dependente.
§ 4º Caso o associado realize o tratamento em desacordo com o disposto neste artigo, arcará com 100% dos custos.
§ 5º Após a convocação para perícia final, o associado deve comparecer em até 15 dias ou arca integralmente com os custos
do tratamento realizado.
§ 6º Ao utilizar a rede credenciada, caso ocorra falta à consulta odontológica agendada ou desmarcação em um período
inferior a 24 horas de antecedência, o associado arca com 100% do valor da falta estipulado na tabela odontológica.
§ 7º Em caso de emergência odontológica, o associado pode realizar o procedimento sem autorização prévia, porém é
necessário o envio ao Fundo de relatório do profissional assistente especificando os procedimentos realizados e justificando a
emergência.
Seção III
Dos Programas de Prevenção e Promoção à Saúde
Art. 27. Mediante ressarcimento das despesas com recursos do orçamento da CLDF, fica o Fascal autorizado a executar ações
do Programa de Promoção e Prevenção da Saúde dos Parlamentares e dos Servidores da CLDF, por meio da realização de exames
periódicos destinados aos servidores ativos, inativos, parlamentares, filiados ou não ao Fascal, além de outros programas, na forma
disciplinada pela Mesa Diretora.
§ 1º O Fascal, havendo disponibilidade orçamentária e mediante autorização do Conselho de Administração, pode promover
campanhas de vacinação para seus associados.
§ 2º O titular participa com 20% das despesas com a vacinação de que trata o § 1º.
§ 3º Mediante prévia autorização, o Fascal presta auxílio para vacinas, listadas anualmente em ato do CGFASCAL.
§ 4º O Fascal auxilia os associados em até 50% do valor de vacinas não incluídas na lista do Sistema Único de Saúde – SUS,
mediante reembolso.
§ 5º A listagem de vacinas que recebem auxílio do Fascal em cada exercício é fixada anualmente por ato do CGFASCAL.
§ 6º Os procedimentos compreendidos nos exames periódicos são definidos em ato da Mesa Diretora, incumbindo ao Fascal a
identificação dos estabelecimentos autorizados à sua realização.
§ 7º Havendo disponibilidade orçamentária, mediante ressarcimento das despesas com recursos do orçamento da CLDF, fica
o CGFASCAL autorizado a incluir estagiários e profissionais que realizem atividade laborativa no ambiente físico da CLDF, de forma a
garantir efetividade e ampliar a cobertura vacinal.
Art. 28. Havendo disponibilidade orçamentária, mediante ato específico da Mesa Diretora e ressarcimento das despesas com
recursos do orçamento da CLDF, fica o Fascal autorizado a executar ações de promoção e prevenção à saúde dos pacientes da rede
pública de saúde do Distrito Federal e apoio aos programas do calendário de saúde do Ministério da Saúde.
§ 1º As ações de promoção e prevenção devem contribuir para a ampliação do atendimento aos pacientes da rede pública de
saúde do Distrito Federal, em especial para a redução das listas de espera para realização de exames, consultas e cirurgias.
§ 2º Os pacientes devem ser atendidos de acordo com a cronologia determinada pelo Sistema de Regulação da Secretaria de
Saúde do Distrito Federal.
§ 3º O Fascal fica autorizado a firmar termo de cooperação técnica com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal ou com o
Ministério da Saúde para execução das ações previstas neste artigo.
Art. 29. Em caso de doenças ou lesões graves decorrentes de acidentes pessoais em que se comprove situação de urgência ou
emergência médica, pode ser concedido auxílio em valores que excedam àqueles das tabelas específicas do Fascal para a cobertura
das despesas médico-hospitalares necessárias ao atendimento da urgência ou emergência, quando este ocorrer em estabelecimento de
saúde não credenciado.
§ 1º Os valores de que trata o caput são aprovados pelo setor de perícia médica do Fascal e submetidos ao CGFASCAL.
§ 2º Os valores do auxílio não podem exceder a 2 vezes os valores fixados nas tabelas específicas do Fascal em relação a
honorários médicos e despesas hospitalares.
Art. 30. Nos casos em que não haja profissional credenciado pelo Fascal, é assegurado o reembolso das despesas e dos
honorários médicos, em montante que não pode exceder a 3 vezes os valores da Terminologia Unificada da Saúde Suplementar –
Tabela TUSS adotada pelo Fascal, ficando a diferença entre o valor cobrado e o efetivamente reembolsado por conta do associado
Art. 31. No caso de especialidades médicas que praticam tabelas diferenciadas para os procedimentos com cobertura
assistencial, fica autorizada ao Fascal a utilização dessas tabelas.
Parágrafo único. As despesas de deslocamento do paciente associado em UTI móvel, aérea ou terrestre, seguem os valores já
definidos em tabela específica do Fascal.
Art. 32. Somente nos casos de que tratam os arts. 29 e 30, o Fascal pode, mediante requerimento fundamentado do
associado titular ou de quem o possa representar, efetuar antecipação de recursos, por meio de suprimento de fundo, concedido pela
Mesa Diretora.
Parágrafo único. Se for concedida a antecipação de recursos, o servidor deve comprovar sua adequada utilização dentro dos
prazos regulamentares, consoante o estabelecido no Decreto nº 13.771, de 7 de fevereiro de 1992.
Art. 33. O custeio de tratamento de doenças e lesões decorrentes de acidentes de trabalho é feito pela rede credenciada no
Fascal, e os valores são ressarcidos pela CLDF, na forma da Lei Complementar nº 840, de 2011.
Art. 34. Falecendo o associado em consequência de acidente ou doença ocorridos fora do local de domicílio, o Fascal auxilia as
despesas indispensáveis ao traslado, embalsamamento e funeral, observando-se o limite máximo de 10 salários mínimos.
§ 1º As despesas necessárias ao funeral do associado são cobertas com recursos do Fascal até o limite de 5 salários mínimos.
§ 2º O auxílio-funeral não é devido nos casos em que a Lei Complementar nº 840, de 2011, garanta o mesmo benefício.
Art. 35. O custeio de cirurgia plástica, com a finalidade reconstrutora ou de recuperação funcional, justificada por meio de
relatório médico circunstanciado, depende de prévia autorização do Fascal, baseada em parecer emitido pela junta médica do Fascal.
Art. 36. O custeio de cirurgias com finalidade esterilizadora deve ser justificado por meio de relatório médico circunstanciado e
depende de prévia autorização do Fascal, observados os critérios técnicos da perícia médica do Fascal e os procedimentos éticos
pertinentes.
Art. 37. Não constituem objeto de auxílio os eventos abaixo discriminados, observado que as despesas a eles relacionadas,
cobradas a qualquer título, quer em regime de credenciamento, quer no sistema de livre escolha, são descontadas dos vencimentos do
servidor, integralmente e de uma só vez:
I – cirurgias e procedimentos não éticos ou não reconhecidos pelas autoridades competentes;
II – tratamentos relacionados à reprodução assistida (inseminação artificial, fertilização in vitro, etc.);
III – tratamentos clínicos ou cirúrgicos de natureza cosmética ou embelezadora;
IV – materiais e medicamentos do tipo: edulcorantes, suplementos alimentares, objetos e produtos de higiene, óculos e lentes,
inclusive para correção de deficiência visual;
V – reflexologia (psicotron, psicorelax, pulsotron, neurotron, hipnotron, etc.);
VI – tratamentos em estâncias hidrominerais, clínicas de idosos, de repouso, de emagrecimento, ou instituições similares, cuja
finalidade seja rejuvenescimento, repouso ou emagrecimento;
VII – extraordinários em contas hospitalares, tais como frutas, refrigerantes, cigarros, jornais, revistas, telefonemas, aluguel de
aparelho de TV, lavagem de roupas, indenização por dano ou destruição de objetos, mesmo que o tratamento tenha sido autorizado
em outros centros;
VIII – acomodação hospitalar em padrão superior àquele oferecido pelo credenciamento, sendo que quaisquer despesas
adicionais decorrentes dessa opção são de inteira responsabilidade do paciente ou do seu responsável, sem interferência do Fascal.
Art. 38. A assistência psiquiátrica contempla a cobertura do tratamento de todos os transtornos psiquiátricos codificados na
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde como CID 10.
§ 1º A assistência psiquiátrica ambulatorial compreende:
I – o atendimento às emergências, assim consideradas as situações que impliquem risco de vida ou danos físicos para o próprio
ou para terceiros (incluídas as ameaças e tentativas de suicídio e autoagressão) ou risco de danos morais e patrimoniais importantes;
II – a psicoterapia de crise, entendida como atendimento intensivo prestado por um ou mais profissionais da área de saúde
mental;
III – o tratamento básico prestado por médico, sem limite de consultas, com a cobertura de serviços de apoio diagnóstico e
demais procedimentos ambulatoriais solicitados pelo médico assistente.
§ 2º A assistência psiquiátrica hospitalar compreende:
I – o atendimento em hospital psiquiátrico ou clínica psiquiátrica, em enfermaria psiquiátrica, para portadores de transtornos
psiquiátricos em situação de crise, inclusive dependência química, limitado inicialmente a até 90 dias consecutivos;
II – tratamento em regime de hospital-dia, inicialmente por até 180 dias ao ano, para portador de transtornos psiquiátricos em
situação de crise, inclusive dependentes químicos, e para os diagnósticos de F00 a F09, F10, F14, de F20 a F29, F31 e F32, de F70 a
F79, F84 e de F90 a F98 relacionados no CID 10, em conformidade com o previsto nas resoluções da Agência Nacional de Saúde
Suplementar – ANS.
§ 3º Em casos de necessidade médica, mediante apresentação de relatório específico devidamente avalizado por perícia em
saúde do Fascal, o CGFASCAL pode autorizar o atendimento psiquiátrico de que trata o § 2º, I e II, pelo período que se faça
necessário.
§ 4º Nos casos previstos no § 3º, a autorização é renovada a cada 90 dias.
Seção IV
Dos Procedimentos Especiais
Art. 39. Os eventos abaixo discriminados têm coparticipação do associado de 10% nas 2 primeiras ocorrências anuais,
elevando-se de 10% para 50% a participação financeira do servidor ou de seus dependentes quando da repetição do exame em
qualquer órgão do corpo e no mesmo exercício financeiro, com exceção de doenças classificadas como graves, mediante relatório
médico circunstanciado e aprovado pelos peritos do Fascal:
I – tomografia computadorizada;
II – ressonância magnética;
III – cintilografia;
IV – outros exames com custo acima de R$ 1.000,00.
§ 1º Nos casos de tomografia e ressonância magnética em que a tabela TUSS preveja 2 códigos de exames (abdômen total e
aparelho urinário) para obtenção de imagem de abdômen superior e pelve, é permitido mais 1 procedimento da mesma natureza para
o usuário com a cobrança de coparticipação de apenas 10%.
§ 2º Nos casos de que trata o § 1º, pode ser autorizada pelo CGFASCAL, ouvida a perícia médica do Fundo, a realização do
terceiro exame com a cobrança da coparticipação de apenas 10%.
§ 3º Nos casos de doenças crônicas, é cobrada apenas a participação do associado titular e dependente no percentual de 10%
dos exames previstos neste artigo que estejam relacionados, comprovadamente, por avaliação da perícia do Fascal, à mencionada
enfermidade.
§ 4º Quando os procedimentos são realizados em instituições de atendimento diferenciado de alto custo, têm coparticipação do
associado de 20% nas 2 primeiras ocorrências anuais, elevando-se de 20% para 40% a participação financeira do servidor ou de seus
dependentes quando da repetição do exame em qualquer órgão do corpo e no mesmo exercício financeiro, com exceção de doenças
classificadas como graves, mediante relatório médico circunstanciado e aprovado pelos peritos do Fascal.
Art. 40. As sessões com especialistas em reeducação postural global – RPG, pilates e hidroterapia ficam limitadas a 20
sessões por ano, exceto nos casos previstos no art. 44.
Parágrafo único. Excepcionalmente, o limite das sessões previsto no caput pode ser ampliado, mediante autorização do
CGFASCAL, desde que a ampliação seja justificada em relatório circunstanciado do médico solicitante e aprovada pela perícia médica
do Fascal.
Art. 41. O Fascal custeia a aquisição de aparelhos auditivos, respeitado o percentual de 90% do preço do aparelho comprado
para utilização pelo associado titular ou dependente, limitado o valor de reembolso ao máximo de 8 salários mínimos por ouvido.
§ 1º A concessão do benefício previsto no caput fica limitada a 1 aparelho por ouvido, no prazo mínimo de 5 anos, contado da
data de aquisição do aparelho custeado pelo Fascal ou em prazo maior caso a tecnologia do aparelho seja aperfeiçoada e avaliada pela
perícia médica do Fascal como habilitada para utilização em prazo superior ao indicado neste parágrafo.
§ 2º Caso seja comprovado agravamento da deficiência auditiva, atestada pelo médico assistente do beneficiário e avaliada
pela perícia médica do Fascal, o CGFASCAL pode autorizar a aquisição do aparelho auditivo em interregno inferior ao delimitado no §
1º.
§ 3º O disposto no caput depende de perícia prévia do Fascal.
Art. 42. O Fascal custeia a despesa com locação e aquisição do aparelho para controle e tratamento da síndrome de apneia
obstrutiva do sono – CPAP e para aparelho concentrador de oxigênio utilizado para patologias que exijam o seu uso, observadas as
regras seguintes:
I – a solicitação deve estar instruída com os seguintes documentos:
a) relatório médico circunstanciado, evidenciando a necessidade imperativa do uso do aparelho;
b) laudo da polissonografia para o tratamento com CPAP;
II – o associado é submetido à avaliação da perícia médica do Fascal.
§ 1º Deferida a solicitação pelo CGFASCAL, o associado deve submeter-se a período de 3 meses para verificar sua adaptação
ao uso do aparelho.
§ 2º Durante o período de adaptação de que trata o § 1º, o Fascal custeia, mediante reembolso, as seguintes despesas:
I – 70% do aluguel do aparelho CPAP ou concentrador de oxigênio para utilização pelo associado titular ou dependente,
limitado o valor de reembolso máximo a 35% do salário mínimo vigente;
II – 50% do valor de aquisição da máscara de uso individual, limitado o valor de aquisição ao máximo de 35% do salário
mínimo vigente.
§ 3º Para o reembolso de que trata este artigo, são exigidas, no que for aplicável, as regras do art. 57.
Art. 43. Após o período de adaptação de que trata o art. 42, § 1º, o Fascal custeia, mediante reembolso, a aquisição dos
aparelhos de que trata o art. 42, observadas as regras seguintes:
I – a solicitação deve estar instruída com os seguintes documentos:
a) novo laudo do CPAP ou do exame que comprove a necessidade do uso do concentrador de oxigênio;
b) novo relatório médico circunstanciado, evidenciando a adaptação ao uso do aparelho;
II – o associado é submetido à avaliação da perícia médica do Fascal;
III – o reembolso para aquisição fica limitado a 3 salários mínimos vigentes.
§ 1º Só é permitido um único reembolso de aparelho por associado, no mínimo a cada 8 anos ou em prazo maior caso a
tecnologia do aparelho seja aperfeiçoada e avaliada pela perícia médica do Fascal como habilitada para utilização em prazo superior ao
indicado no caput.
§ 2º O associado pode adquirir nova máscara a cada 12 meses, com direito a 50% de reembolso do valor de aquisição,
limitado o valor de aquisição ao máximo de 35% do salário mínimo vigente.
§ 3º Não há outras participações do Fascal nas despesas com a manutenção e o funcionamento do aparelho.
§ 4º Para o reembolso de que trata este artigo, são exigidas, no que for aplicável, as regras do art. 57.
Art. 44. O CGFASCAL pode autorizar a realização de hidroterapia em caráter excepcional, observadas as seguintes condições:
I – pedido médico, onde deve constar a indicação do tratamento;
II – realização por fisioterapeuta em clínica especializada;
III – autorização prévia do Fascal;
IV – 10 sessões por relatório, limitadas a 40 sessões anuais;
V – autorização apenas para pacientes em pós-operatório e pacientes com sequelas neurológicas.
CAPÍTULO VIII
DO SISTEMA DE ATENDIMENTO
Seção I
Do Sistema de Atendimento
Art. 45. A assistência à saúde assegurada pelo Fascal é prestada por profissionais e estabelecimentos especializados,
observados os regimes de:
I – credenciamento;
II – livre escolha.
§ 1º É necessária autorização prévia do Fascal, tanto no regime de credenciamento quanto no regime de livre escolha, no caso
de realização dos seguintes procedimentos:
I – internações hospitalares e domiciliares;
II – cirurgias em geral;
III – exames laboratoriais e oftalmológicos;
IV – quimioterapia e radioterapia;
V – procedimentos com componente plástico-estético (cirurgia plástica);
VI – casos permitidos de laqueadura;
VII – psicoterapia, fonoaudiologia, psicomotricidade, terapia ocupacional e psicopedagogia;
VIII – acupuntura (somente se realizada por médico);
IX – tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética e cintilografia;
X – RPG e pilates;
XI – litotripsia extracorpórea;
XII – ortóptica (pedido original do oftalmologista);
XIII – hemodiálise e diálise peritoneal;
XIV – exames e procedimentos novos ou especiais não realizados pela rede credenciada pelo Fascal;
XV – fisioterapia;
XVI – procedimentos de vasectomia e implante de dispositivo intrauterino – DIU;
XVII – procedimentos odontológicos;
XVIII – procedimentos de telemedicina, cabendo ao CGFASCAL a aprovação da tabela de procedimentos aplicáveis.
§ 2º Os valores das sessões de pilates são fixados em pacotes negociados diretamente com as credenciadas.
§ 3º Para fins de reembolso das sessões de que trata o § 2º, é utilizado o valor máximo de pacote fixados nas tabelas de
pacotes adotadas pelo Fascal.
Seção II
Dos Credenciamentos e dos Contratos
Art. 46. É adotado o regime de credenciamento de consultórios médicos ou psicológicos, laboratórios, hospitais e clínicas
especializadas, exigindo-se condições que assegurem ao associado do Fascal os mesmos padrões de atendimento dispensados aos
demais usuários, mediante vistoria técnica da perícia do Fascal aos estabelecimentos que se candidatem ao credenciamento.
Parágrafo único. O chefe do setor de credenciamento do Fascal deve publicar, até o dia 5 de cada mês, extrato no Diário da
Câmara Legislativa – DCL com a relação das empresas ou pessoas físicas que solicitaram credenciamento e informações da situação
quanto a análise e eventuais pendências.
Art. 47. Os credenciamentos são firmados, a critério do Fascal, no Distrito Federal e em outros estados, ajustando-se as
condições de atendimento dos associados aos mesmos padrões técnicos e de conforto material oferecidos no Distrito Federal.
Parágrafo único. O credenciamento e o respectivo contrato administrativo são realizados com pessoas físicas e jurídicas,
cabendo ao CGFASCAL regulamentar as regras de análise para o credenciamento.
Art. 48. Para análise dos pedidos de credenciamento, são exigidos os seguintes documentos:
I – contrato social e comprovante de inscrição ou registro em órgão de classe específico (pessoa jurídica) ou documentos de
identificação: identidade e comprovante de inscrição ou registro em órgão de classe específico (pessoa física);
II – licença para funcionamento (pessoa física ou jurídica);
III – alvará de funcionamento (pessoa física ou jurídica);
IV – curriculum vitae do responsável técnico (pessoa jurídica) ou curriculum vitae do profissional (pessoa física);
V – relação dos serviços prestados pelo estabelecimento ou pelo profissional (pessoa física ou jurídica);
VI – comprovante de inscrição do estabelecimento no Cadastro Geral de Contribuintes (pessoa jurídica) ou no Cadastro de
Pessoas Físicas (pessoa física);
VII – prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso (pessoa física e jurídica);
VIII – certidão negativa de falência e concordata (pessoa jurídica) ou de execução patrimonial, expedida no domicílio (pessoa
física);
IX – prova de inscrição no cadastro de contribuintes estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou sede do
prestador, pertinente ao seu ramo de atividade e compatível com o objeto contratual;
X – prova de regularidade para com a fazenda federal, estadual e municipal do domicílio ou sede do prestador, ou outra
equivalente, na forma da lei;
XI – prova de regularidade relativa à seguridade social e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS, demonstrando
situação regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos por lei;
XII – prova de inexistência de débitos inadimplidos perante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de certidão
negativa, nos termos do Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de
1943.
Parágrafo único. Devem ser obedecidas as demais exigências da Lei federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993, e suas
alterações, quanto a outras certidões negativas de débito junto a instituições públicas.
Art. 49. Os contratos administrativos de credenciamento devem conter, necessariamente, entre outras cláusulas, as que
definam:
I – o objetivo do convênio;
II – a natureza dos serviços a serem prestados;
III – as condições de atendimento dos participantes e seus beneficiários;
IV – os preços a vigorar e a forma de pagamento;
V – o prazo de duração, não superior a 60 meses.
Art. 50. Para celebração de contratos administrativos, são levados em conta:
I – instalações;
II – equipamentos;
III – localização;
IV – corpo clínico;
V – natureza dos serviços oferecidos;
VI – estrutura e porte da entidade.
Parágrafo único. Para definição dos parâmetros exigidos neste artigo, deve ser realizada vistoria técnica e administrativa a juízo
da Gerência do Fascal, previamente à assinatura do contrato.
Art. 51. As alterações na estrutura ou no funcionamento da instituição contratada, bem como o descredenciamento de clínicas
especializadas ou profissionais, devem ser comunicados com antecedência mínima de 30 dias para revisão do contrato em vigor.
Art. 52. São motivos de abertura de processo para descredenciamento ou suspensão de contratos:
I – a adoção sistemática de procedimentos onerosos para o Fascal, não praticados de modo habitual pelos demais profissionais
credenciados ou pelas instituições contratadas;
II – a prática de qualquer discriminação no atendimento dos associados do Fascal em relação aos clientes particulares,
inclusive quanto à marcação de horários;
III – a cobrança de honorários adicionais, sob qualquer forma, direta ou indiretamente;
IV – a prática de qualquer procedimento ilegal, irregular, antiético ou inconveniente, a exclusivo critério do Fascal;
V – o baixo índice de procura, apurado em levantamentos periódicos.
Art. 53. As despesas decorrentes do atendimento aos associados são pagas pelo Fascal diretamente aos credenciados,
procedendo-se posteriormente aos necessários acertos, com vistas à cobrança da participação dos associados nas despesas do Fundo.
Art. 54. Os atendimentos e serviços são registrados pelos credenciados em guia de atendimento fornecida pelo Fascal, na qual
consta declaração do associado assumindo total responsabilidade pelas despesas especificadas naquele documento, bem como
autorização do pagamento ao prestador do serviço.
Art. 55. O titular, para fins de verificação de sua responsabilidade pela realização das despesas ocorridas no atendimento,
deve efetivar a conferência dos eventos consignados na guia de atendimento e, se for o caso, mediante assinatura, manifestar sua
concordância e autorizar o pagamento.
Parágrafo único. O Fascal pode aceitar, na falta de assinatura do associado, a de parente ou acompanhante do associado,
representando tal fato responsabilidade direta do associado, nas mesmas condições previstas neste artigo.
Art. 56. A concordância expressa na forma do art. 55 representa, também, salvo manifestação em contrário:
I – pedido do auxílio correspondente e transferência do valor pecuniário em pagamento dos serviços prestados;
II – autorização para que seja descontado, de uma só vez, dos vencimentos do titular responsável o valor das despesas não
passíveis de auxílio.
Seção III
Do Regime de Livre Escolha
Art. 57. No regime de livre escolha, o associado efetua diretamente o pagamento das despesas pertinentes e solicita ao Fascal
o reembolso do valor despendido, mediante apresentação dos seguintes documentos:
I – autorização prévia do Fascal para os procedimentos listados no art. 45, § 1º;
II – nota fiscal ou documento com valor fiscal legível, original (primeira via) e sem rasuras, contendo:
a) nome do responsável pelo pagamento;
b) nome do associado assistido;
c) especificação do serviço;
d) valor e data do pagamento;
e) dados do prestador de serviço, especialmente nome, número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – CNPJ
ou no Cadastro de Pessoas Físicas – CPF e, no caso de recibo, também o número de registro no conselho profissional;
f) nome e assinatura do responsável pelo recebimento ou, no caso de nota fiscal eletrônica, indicação de endereço eletrônico
para conferência de autenticidade;
III – solicitação de exame ou procedimento médico, emitido por profissional habilitado, quando for o caso.
Parágrafo único. O reembolso de que trata o caput não pode exceder aos valores fixados nas tabelas específicas do Fascal,
salvaguardado o disposto nos arts. 29 e 30.
Art. 58. São liminarmente indeferidos os pedidos de ressarcimentos apresentados por meio dos seguintes documentos:
I – comprovantes de compra de medicamento destinado ao paciente associado que esteja fora do período de internação
hospitalar e que não esteja enquadrado no critério do auxílio-medicamento de uso crônico;
II – qualquer comprovante apresentado após 90 dias da data de emissão:
a) do comprovante de pagamento, nos casos de consultas e procedimentos simples;
b) da fatura ou da nota fiscal, nos casos de internações e procedimentos complexos respectivos;
III – qualquer comprovante de compra ou de pagamento que não seja documento original ou eletronicamente verificável
quanto à autenticidade pela rede mundial de computadores;
IV – qualquer comprovante de compra ou de pagamento que não preencha os requisitos legais como documento fiscal junto à
Secretaria da Receita Federal do Brasil e à Secretaria de Economia do Distrito Federal.
Art. 59. Os comprovantes apresentados ao Fascal para ressarcimento não podem conter rasuras ou emendas e devem
contemplar os elementos exigidos para sua perfeita caracterização e valor fiscal.
CAPÍTULO IX
DO SISTEMA DE ATENDIMENTO
Seção I
Das Disposições Gerais
Art. 60. Os valores de contribuição constantes do Anexo I devem ser atuarialmente revistos no prazo máximo de 1 ano a
contar da publicação desta Resolução, para assegurar a realização das reservas consideradas necessárias pela ANS para a continuidade
da cobertura assistencial.
Art. 61. O Fascal pode determinar realização de perícia médica para concessão de benefícios.
Parágrafo único. Na ausência de perito de saúde do Fascal especializado em determinada área, o beneficiário pode ser
encaminhado a especialista indicado pela perícia do Fundo para consulta, a fim de obter laudo ou parecer, tendo direito a reembolso
integral do valor pago nos termos desta norma.
Art. 62. Em caso de interrupção de tratamento por iniciativa própria, o associado arca com os eventuais prejuízos dela
decorrentes.
Art. 63. A autorização de ampliação de cobertura assistencial, extensão de benefícios ou renúncia de prerrogativas do Fascal
concedidas em desacordo com a orientação da perícia do Fascal ou que contrariem os termos desta Resolução sujeita o agente
responsável à restituição integral do valor despendido pelo Fascal, sem prejuízo das demais sanções administrativas pertinentes.
Art. 64. A prática de irregularidade para obtenção ou utilização de benefício sujeita o associado e seus dependentes a
suspensão ou exclusão do Fascal, na forma prevista nesta Resolução, sem prejuízo das cominações administrativas, civis e penais
cabíveis.
Parágrafo único. Os recursos dirigidos ao Conselho de Administração do Fascal devem ser instruídos com manifestação da
perícia técnica do Fascal e da Procuradoria-Geral da CLDF, quando o caso o exija.
Art. 65. Têm seus direitos suspensos os associados que deixem de liquidar, nos prazos estabelecidos, quaisquer débitos para
com o Fascal.
Parágrafo único. Os direitos de que trata o caput são restabelecidos mediante pagamento dos débitos, de uma só vez e
atualizados.
Art. 66. O CGFASCAL obedece às disposições deste artigo.
§ 1º O CGFASCAL é composto pelos servidores ocupantes dos cargos de chefia das unidades administrativas que integram o
Fascal.
§ 2º Ao CGFASCAL compete prestar assessoramento técnico ao Gestor Máximo do Fascal e decidir conforme previsões desta
Resolução.
§ 3º O CGFASCAL pode elaborar atos normativos e deliberativos para regulamentar matérias relativas às atribuições do Fascal.
Art. 67. Ficam recepcionadas no Fascal as atualizações no rol de procedimentos da ANS.
Art. 68. O Fascal adota como referência as tabelas recomendadas pela ANS e pela Anvisa ou pelos órgãos públicos que
venham a sucedê-las para o pagamento de fornecedores, conveniados credenciados, contratados e reembolsos.
Art. 69. O Fascal é obrigatoriamente comunicado das licenças médicas concedidas a seus associados pelo Setor de Assistência
à Saúde, bem como pode utilizar os laudos das juntas médicas realizadas pelas demais unidades da Diretoria de Recursos Humanos da
CLDF.
Parágrafo único. A Primeira Secretaria, por meio da Diretoria de Recursos Humanos da CLDF, deve comunicar mensalmente ao
Fascal os óbitos de servidores, bem como os processos de pensão que tramitam na Diretoria de Recursos Humanos.
Art. 70. O Fascal constitui obrigatoriamente fundo de reservas orçamentário-financeiro, cujos recursos só podem ser utilizados
mediante manifestação expressa do CGFASCAL, cientificado o Conselho de Administração do Fundo, em situações emergenciais de
sinistralidade, quando atingido o índice superior a 85% desse indicador no exercício em curso, devidamente avaliado pelo estudo
atuarial formal, fundo que é composto por aportes mensais de 1% da receita financeira no primeiro ano, sendo acrescidos de 1% a
cada ano posterior, até que se alcance o percentual de provisão de 5% da receita financeira mensal.
§ 1º Independentemente do fato que determine a utilização dos recursos mencionados no caput, o valor principal dos recursos
depositados no referido fundo deve preservar provisão superior a 20% da receita financeira anual líquida a partir do quinto exercício
posterior à sua constituição.
§ 2º Compete à CLDF, com justificativa pormenorizada da Gerência do Fascal, avaliar a concessão de recursos suplementares
para o cumprimento dos objetivos do fundo a que se refere o caput.
§ 3º São destinados pela CLDF, anualmente, recursos para a formação do fundo de reservas orçamentário-financeiro do Fascal,
equivalentes a 2% do valor total do orçamento anual do Fascal.
§ 4º O saldo orçamentário-financeiro das contas do Fascal ao final de cada exercício deve ser transferido para conta específica
do fundo de reservas, ressalvadas as rubricas para reconhecimento de dívida e restos a pagar.
Art. 71. As dívidas de associados consignadas em folha de pagamento ou pagas via boleto bancário cujo parcelamento exceda
12 meses são corrigidas anualmente pela tabela Sindec do TCDF, de acordo com a Lei Complementar nº 435, de 27 de dezembro de
2001, a Portaria TCDF nº 212, de 10 de outubro de 2002, e a Emenda Regimental nº 13, de 24 de junho de 2003.
Art. 72. É vedada a autorização de aproveitamento de carências de que trata o art. 16, § 7º, nos 6 primeiros meses de início
de cada legislatura.
Seção II
Das Disposições Transitórias
Art. 73. Fica assegurada a continuidade da permanência no Fascal aos dependentes não econômicos do titular que já
ostentavam legalmente essa condição de beneficiários assistidos pelo Fascal na data de publicação das Resoluções nº 296, de 2017, e
nº 320, de 2020.
Art. 74. Os associados optantes ou seus dependentes que se tenham inscrito no Fascal no período de 1º de novembro de
2017 até a data da aprovação desta Resolução podem permanecer no Fascal pelo prazo máximo de 24 meses, contados da data de
sua inscrição.
Art. 75. Todos os associados já inscritos no Fascal devem preencher a declaração de saúde.
Art. 76. Os valores do auxílio-medicamento de uso crônico são fixados por ato da Mesa Diretora tendo como fundamento
manifestação técnica do CGFASCAL.
Art. 77. Os parcelamentos de débitos constituídos pelos associados do Fascal, decorrentes ou não de procedimentos que
tenham participação dos associados, devem ser pagos até sua integral quitação, concomitantemente às contribuições mensais
devidas.
Art. 78. Para os efeitos desta Resolução, considera-se a expressão “por ano” como o período compreendido entre 1º de
janeiro e 31 de dezembro.
Art. 79. Ao gestor máximo do Fascal cabe a atribuição de ordenador de despesa, ficando ele responsável por:
I – assinar os contratos de credenciamento;
II – autorizar a emissão de empenho;
III – assinar as ordens bancárias para pagamento das instituições credenciadas.
Art. 80. O nome fantasia do Fascal é CLDF Saúde, o qual deve ser utilizado em todos os documentos oficiais do Fascal, nas
campanhas publicitárias e na sua identidade visual.
Art. 81. O Fascal pode realizar convênios para racionalizar os processos de gestão.
Art. 82. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 83. Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Resolução nº 320, de 2020.
Sala das Sessões, 13 de dezembro de 2022.
MANOEL ÁLVARO DA COSTA
Secretário Legislativo
ANEXO I
TABELA DE MENSALIDADES DO FASCAL - valores em reais (R$)
ANEXO II
REGULAMENTO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DO FASCAL
DA FINALIDADE
Art. 1º O Conselho de Administração do Fundo de Assistência à Saúde da Câmara Legislativa do Distrito Federal – Fascal tem
por finalidade fazer o direcionamento estratégico e fiscalizar e supervisionar o Fundo, na forma estabelecida neste Regulamento.
DA COMPOSIÇÃO
Art. 2º O Conselho de Administração do Fascal é composto pelos seguintes membros:
I – 1 representante da Presidência da Câmara Legislativa do Distrito Federal – CLDF;
II – 1 representante da Vice-Presidência;
III – 1 representante da Primeira Secretaria;
IV – 1 representante da Segunda Secretaria;
V – 1 representante da Terceira Secretaria;
VI – 1 representante do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal – Sindical;
VII – o gestor máximo do Fascal.
§ 1º Cada membro do Conselho tem 1 suplente, que o substitui em seus impedimentos ou afastamentos legais.
§ 2º A indicação de conselheiros e suplentes, realizada preferencialmente entre servidores efetivos da CLDF pelos membros da
Mesa Diretora, deve basear-se em critérios exclusivamente técnicos, comprovando-se notório conhecimento jurídico, contábil,
econômico, financeiro, de administração pública ou de assistência à saúde.
§ 3º Os conselheiros e seus suplentes são nomeados por ato da Mesa Diretora, publicado no Diário da Câmara Legislativa –
DCL.
Art. 3º O mandato dos membros do Conselho tem a mesma duração do mandato da Mesa Diretora que os nomeou.
§ 1º No início de cada legislatura, deve ser publicado ato da Mesa Diretora com a nomeação dos novos membros do Conselho
de Administração.
§ 2º A substituição de conselheiro ou suplente é excepcionalíssima, devendo ser motivada pela área responsável por sua
indicação e efetivada por meio de ato da Mesa Diretora.
Art. 4º O Conselho de Administração do Fascal tem um presidente e um vice-presidente, eleitos por maioria absoluta entre
seus membros titulares para mandato coincidente com o mandato da Mesa Diretora.
Parágrafo único. No caso de vacância da presidência e da vice-presidência do Conselho, procede-se à nova eleição para
preenchimento dos cargos, assumindo-os o membro mais velho do Conselho até cessar a vacância.
DA COMPETÊNCIA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Art. 5º Compete ao Conselho de Administração do Fascal:
I – fixar a orientação geral do Fascal, definindo sua missão, objetivos e diretrizes, bem como aprovar o plano estratégico, os
respectivos planos plurianuais e programas anuais de dispêndios e investimentos, acompanhando suas implementações;
II – dar o direcionamento estratégico e monitorar e apoiar a diretoria na implementação das ações estratégicas;
III – acompanhar a execução orçamentária, financeira e contábil do Fascal;
IV – apreciar as contas do Fascal;
V – por qualquer de seus membros, fiscalizar a gestão dos diretores, examinar, a qualquer tempo, documentos e papéis do
Fascal e solicitar informações sobre contratos celebrados ou em vias de celebração e sobre quaisquer outros atos, obtendo cópias
sempre que assim ache necessário;
VI – avaliar e monitorar, permanentemente, a diretoria do Fascal e suas decisões, bem como propor as medidas corretivas e,
em última instância, punitivas, caso necessário;
VII – propor a destituição do gestor do Fascal e dos ocupantes de chefias, por maioria absoluta de seus membros, quando
existentes indícios de malversação de recursos do Fascal demonstrada em auditoria específica;
VIII – determinar, anualmente, o valor acima do qual atos, contratos ou operações, embora de competência da diretoria,
devam ser submetidos à prévia aprovação do Conselho;
IX – definir estratégias e tomar decisões que protejam e valorizem o Fascal, inclusive com campanhas de conscientização da
utilização e de prevenção;
X – assegurar que a diretoria identifique, mitigue e monitore os riscos, bem como assegurar a integridade dos sistemas de
controle;
XI – assegurar a busca e a implementação de tecnologias e processos inovadores, atualizados às práticas de mercado e de
governança;
XII – analisar e propor alterações na rede de atendimento, em especial quanto a credenciamentos e contratações;
XIII – avaliar e decidir, com base em pareceres técnicos, questões relativas a:
a) tratamentos especiais não contemplados nesta Resolução;
b) concessão de auxílio nos casos de deslocamento para centro dotado de melhores recursos médicos, no país ou no exterior,
nos termos desta Resolução;
c) casos não previstos nesta Resolução;
XIV – apreciar recursos dos associados, com base em pareceres técnicos;
XV – determinar a contratação de especialistas e peritos para melhor instruírem as matérias sujeitas à sua deliberação;
XVI – aprovar normas sobre organização e funcionamento do Fascal;
XVII – propor à Mesa Diretora alterações nos valores das contribuições, com base em critérios técnicos, preferencialmente o
cálculo atuarial;
XVIII – aprovar a criação de novas figuras ou a extensão dos tipos de associados para outros grupos de vidas não previstos,
com base em estudos técnicos, por maioria absoluta de seus membros.
Parágrafo único. As competências do Conselho de Administração do Fascal podem ser delegadas ao seu presidente.
DAS REUNIÕES
Art. 6º O Conselho de Administração reúne-se, ordinariamente, mensalmente, e, extraordinariamente, quando convocado pelo
presidente ou por 2/3 de seus membros, titulares ou suplentes, aplicando-se, quanto ao funcionamento e às deliberações, o disposto
no art. 7º deste Regulamento.
§ 1º Nas reuniões ordinárias, a pauta com os assuntos a tratar é encaminhada aos conselheiros com 1 semana de
antecedência e, nas extraordinárias, com pelo menos 24 horas de antecedência.
§ 2º Ao início de cada reunião, o presidente apresenta a pauta dos assuntos a encaminhar.
Art. 7º O Conselho de Administração somente delibera com a presença da maioria absoluta de seus membros.
Parágrafo único. As decisões são tomadas por maioria de sufrágio, mediante votação ostensiva e nominal, cabendo ao
presidente o voto de qualidade, em caso de empate.
Art. 8º As deliberações do Conselho de Administração são registradas em ata e encaminhadas, por meio de comunicados
assinados pelo seu presidente, para publicação no DCL.
Art. 9º As deliberações do Conselho de Administração que apresentem caráter normativo são submetidas à apreciação da
Mesa Diretora para aprovação e posterior publicação de ato regulamentar.
DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE
Art. 10. São atribuições do presidente do Conselho de Administração do Fascal:
I – dirigir as sessões do Conselho, orientando os debates e tomando os votos dos representantes;
II – proferir voto de qualidade nos casos de empate;
III – proclamar os resultados das votações;
IV – encaminhar à Mesa Diretora, para apreciação, as prestações de contas e processos diversos examinados pelo Conselho e
as deliberações de que trata o art. 9º deste Regulamento;
V – designar relator para exame de matéria submetida ao Conselho;
VI – resolver as questões de ordem suscitadas nos debates;
VII – representar o Conselho perante a Mesa Diretora da CLDF e o corpo funcional da Casa;
VIII – convocar as sessões ordinárias e extraordinárias do Conselho;
IX – assinar documentos e correspondências do Conselho.
DAS ATRIBUIÇÕES DO VICE-PRESIDENTE E DOS MEMBROS
Art. 11. É atribuição do vice-presidente do Conselho de Administração do Fascal substituir o presidente do Conselho nas suas
ausências e impedimentos e sucedê-lo em caso de vacância.
Art. 12. São atribuições dos membros do Conselho de Administração do Fascal, além das atividades previstas no art. 5º deste
Regulamento, outras atividades que lhes sejam delegadas pelo presidente do Conselho.
Art. 13. O Conselho de Administração do Fascal reúne-se na sede da CLDF ou remotamente em datas e horários fixados
previamente pelo seu presidente.
Parágrafo único. As reuniões extraordinárias do Conselho realizam-se, quando convocadas, nos termos do art. 6º deste
Regulamento.
Art. 14. As reuniões são realizadas nos dias e nos horários de funcionamento da CLDF.
Parágrafo único. As atas das reuniões do Conselho de Administração, uma vez aprovadas, são assinadas pelo presidente e
pelos demais conselheiros presentes à respectiva reunião e publicadas no DCL.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 15. Os membros do Conselho de Administração do Fascal não são pessoalmente responsáveis pelas obrigações contraídas
em virtude de ato regular de gestão, mas respondem civil e criminalmente pelos prejuízos que ocorrerem quando procederem:
I – com culpa ou dolo;
II – com violação da lei ou das resoluções e dos regulamentos do Fascal e do Conselho de Administração do Fascal.
Art. 16. É vedado aos membros do Conselho usar o nome do Fascal em atos ou obrigações estranhas aos seus objetivos.
Art. 17. O presidente do Conselho determina as providências necessárias à fiel e pronta execução das deliberações.
Art. 18. Os casos omissos neste Regulamento são resolvidos pelo Conselho de Administração do Fascal.
Art. 19. As disposições deste Regulamento só são modificadas mediante proposta do Conselho de Administração do Fascal
submetida à deliberação da Mesa Diretora da CLDF.
ANEXO III
PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO, FINANÇAS, PATRIMÔNIO E CONTABILIDADE DO FUNDO DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
DOS DEPUTADOS DISTRITAIS E SERVIDORES DA CLDF – FASCAL
Art. 1º As despesas de exercícios anteriores oriundas de regular contratação devem ser pagas, nos termos do art. 37 da Lei
federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, pela dotação orçamentária constante do elemento de despesa “92 – Despesas de Exercícios
Anteriores”, consignado às programações das respectivas unidades originárias da obrigação, desde que apurado o direito adquirido
pelo credor e devidamente reconhecida a dívida.
§ 1º O processo de autorização para pagamento de despesas de exercícios anteriores é instruído com a documentação
necessária à comprovação da despesa e:
a) a manifestação do ordenador de despesa com identificação do requerente, importância a ser paga e disponibilidade
orçamentária ou pedido de alteração orçamentária para quitação da despesa;
b) a análise da Unidade de Controle Interno (UCI) ou equivalente da unidade orçamentária, ressalvados os processos que
totalizem valores inferiores a R$ 100.000,00;
c) o atestado de regularidade da despesa assinado pelo atual ordenador de despesa e pelo titular do órgão;
d) a declaração do requerente, emitida sob as penas da lei, de desistência de propositura de ação judicial ou de ação judicial
proposta que tenha por objeto a constituição de crédito administrativo, informando o número do respectivo processo;
e) a publicação do ato de reconhecimento de dívida.
Documento assinado eletronicamente por MANOEL ALVARO DA COSTA - Matr. 15030, Secretário(a)
Legislativo(a), em 21/12/2022, às 09:54, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
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DCL n° 033, de 15 de fevereiro de 2024 - Suplemento
Expedientes Lidos em Plenário 4/2024
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Pastor Daniel de Castro - Gab 07
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Pastor Daniel de Castro)
Institui e inclui no Calendário Oficial
de Eventos do Distrito Federal o Dia
do Atleta Paralímpico.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituído e incluído no Calendário Oficial de Eventos do Distrito Federal o
Dia do Atleta Paralímpico , a ser comemorado anualmente no dia 22 de setembro.
Parágrafo único. As atividades culturais e educativas de promoção e valorização do
atleta paralímpico podem ser realizadas ao longo de todo o mês de setembro.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 3º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
O esporte paralímpico representa não apenas uma esfera de competição atlética, mas
também um importante meio de inclusão social, superação de barreiras e celebração da
diversidade humana e da resiliência. Os atletas paralímpicos, através de seu empenho,
dedicação e conquistas, inspiram indivíduos em todo o mundo, desafiando percepções sobre
a deficiência e demonstrando o poder do espírito humano. Instituir o Dia do Atleta Paralímpico
também no calendário oficial de eventos do Distrito Federal é uma forma de reconhecer e
valorizar esses atletas, promovendo a conscientização e o respeito pela diversidade e
inclusão.
A inclusão do Dia do Atleta Paralímpico no calendário oficial do Distrito Federal visa
promover um maior entendimento e respeito pelas capacidades de todas as pessoas,
independentemente de suas limitações físicas ou mentais. Este dia serviria como uma
plataforma para educar o público sobre o esporte paralímpico e as histórias de superação dos
atletas, contribuindo para a desmistificação de estigmas associados à deficiência. Ademais
este Projeto de Lei está em consonância com a Lei Federal nº 12.622 de 8 de maio de 2012,
que instituiu no calendário nacional o Dia do Atleta Paralímpico, a ser comemorado
anualmente em 22 de setembro.
Ao reconhecer oficialmente o Dia do Atleta Paralímpico, o Distrito Federal estaria
estimulando o desenvolvimento do esporte paralímpico na região. Isso poderia se traduzir em
mais investimentos em programas de treinamento, infraestrutura acessível e oportunidades de
competição para atletas com deficiência, fortalecendo o esporte paralímpico local e nacional.
Também, os atletas paralímpicos frequentemente enfrentam desafios adicionais em
sua jornada esportiva, incluindo barreiras físicas, sociais e financeiras. Instituir um dia
PL 904/2024 - Projeto de Lei - 904/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro - (109620) pg.1
dedicado a esses atletas é uma forma de reconhecer oficialmente suas conquistas e
contribuições, valorizando seu esforço e determinação. Isso não apenas eleva o moral dos
atletas, mas também serve como inspiração para outros indivíduos com deficiência.
A instituição do Dia do Atleta Paralímpico no calendário oficial de eventos do Distrito
Federal representa um passo significativo em direção à valorização da diversidade, inclusão e
superação humana. Este ato não apenas honra os atletas paralímpicos, mas também
promove valores essenciais para a construção de uma sociedade mais justa, igualitária e
solidária.
Portanto, a aprovação deste Projeto de Lei será um reconhecimento da importância
do esporte paralímpico e de seus atletas, contribuindo para o desenvolvimento social, cultural
e econômico do Distrito Federal.
Sala das Sessões, em …
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 7 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488072
www.cl.df.gov.br - dep.pastordanieldecastro@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. Nº 00160, Deputado(a)
Distrital, em 06/02/2024, às 16:08:29 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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PL 904/2024 - Projeto de Lei - 904/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro - (109620) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Rogério Morro da Cruz - Gab 05
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Rogério Morro da Cruz)
Dispõe sobre o piso salarial do
farmacêutico empregado privado no
âmbito do Distrito Federal.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º O piso salarial do farmacêutico empregado privado, no Distrito Federal, rege-
se por esta Lei.
Art. 2º O piso salarial do farmacêutico empregado privado é de:
I – R$ 3.000,00 mensais, para jornada de até 4 horas diárias ou 20 horas semanais;
II - R$ 4.500,00 mensais, para jornada de até 6 horas diárias ou 30 horas semanais;
III – R$ 6.000,00 mensais, para jornada de até 8 horas diárias ou 40 horas semanais.
§1º Para o farmacêutico responsável técnico, o salário-base será acrescido do
adicional de Responsabilidade Técnica no valor correspondente a 20% do piso.
§2º O farmacêutico substituto e o farmacêutico feirista receberão o mesmo salário do
farmacêutico responsável técnico.
Art. 3º O piso salarial de que trata esta Lei é reajustado anualmente pela variação
acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, sempre no dia 1º de janeiro do ano
subsequente.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
O presente Projeto de Lei objetiva instituir o piso salarial para o farmacêutico
empregado privado no Distrito Federal, assegurando uma remuneração justa e adequada aos
profissionais da área farmacêutica em estabelecimentos privados. Esta iniciativa reconhece a
importância e a complexidade das funções desempenhadas por estes profissionais,
essenciais na manutenção da saúde pública, na segurança dos medicamentos e na promoção
do uso racional dos fármacos.
Para reforçar essa compreensão, é fundamental destacar que o estabelecimento de
um piso salarial específico para os farmacêuticos empregados privados no Distrito Federal
busca garantir uma remuneração digna, proporcional às suas qualificações e
responsabilidades. Esta medida visa não apenas prevenir a desvalorização profissional, mas
também assegurar a motivação destes profissionais, essencial para a elevação da qualidade
dos serviços de saúde disponibilizados à população.
O piso salarial justo transcende o benefício individual dos profissionais farmacêuticos,
alinhando-se à Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de 1789, que preconiza o
direito a uma remuneração adequada que assegure a dignidade humana. Esta premissa é
PL 905/2024 - Projeto de Lei - 905/2024 - Deputado Rogério Morro da Cruz - (109612) pg.1
ainda mais pertinente diante do elevado custo de vida na capital do país. Segundo o Índice
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação da capital em 2023 acumulou
alta de 5,50%, acima da média nacional de 4,62%, representando o maior índice entre os
municípios e regiões metropolitanas pesquisadas no país. Assim, a valorização salarial
emerge como uma necessidade premente, capaz de aliviar a pressão econômica sobre as
famílias, ampliando sua capacidade de poupança e investimento em qualidade de vida.
Além disso, este Projeto de Lei busca equilibrar as distorções salariais entre os
farmacêuticos regidos pela CLT e os farmacêuticos estatutários da Secretaria de Estado de
Saúde, que já possuem plano de cargos e salários, cargo Especialista em Saúde, em vigência
na Lei nº 6.903, de 16 de julho de 2021.
Quanto ao aspecto legal da propositura, é necessário destacar que o Supremo
Tribunal Federal (v.g. ADI 4432/PR, julgada em 28/4/2011, Relator Min. Dias Toffoli, Tribunal
Pleno, DJE de 5/9/2011) já reconheceu que projetos dessa natureza são constitucionais, a
exemplo do piso dos professores, em vigor no ordenamento pátrio. Além disso, a Lei
Complementar nº 103, de 14 de julho de 2020, autoriza os Estados, Distrito Federal e
municípios a instituir piso salarial de que trata o inciso V do art. 7º da Constituição Federal
para empregados que não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo
coletivo de trabalho.
No caso dos farmacêuticos que atuam no setor privado do Distrito Federal, o mais
recente acordo coletivo foi estabelecido em 2017. Desde então, esses profissionais
encontram-se sem o suporte desse mecanismo de proteção laboral.
Por fim e com o objetivo de fazer justiça, informamos que a presente matéria se
baseia em diploma legal em vigor no Estado do Piauí, a Lei Estadual nº 7.374, de 27 de
janeiro de 2020, e também no Projeto de Lei nº 1559/2021, em tramitação na Câmara dos
Deputados. Inclusive, é valido citar que esta Casa de Leis já aprovou uma matéria da rede
privada com teor semelhante, a Lei nº 5.368, de 9/7/2014, que dispõe sobre o piso salarial do
advogado empregado privado no âmbito do Distrito Federal.
Sendo assim, concluímos que, ao considerarmos a importância vital dos
farmacêuticos no ecossistema da saúde, a equidade e a valorização salarial emerge como um
fator indispensável à sustentabilidade do setor.
Diante disso, apelo aos Nobres Pares para que reconheçam a importância deste
Projeto de Lei, aprovando-o, não apenas como um ato de justiça para com os profissionais
farmacêuticos, mas como um passo fundamental na direção de uma sociedade mais justa,
equilibrada e saudável.
Sala das Sessões, em...................................
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ
Autor
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 5 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488052
www.cl.df.gov.br - dep.rogeriomorrodacruz@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por BERNARDO ROGERIO MATA DE ARAUJO JUNIOR - Matr.
Nº 00173, Deputado(a) Distrital, em 06/02/2024, às 16:11:57 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembo de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109612 , Código CRC: 279e67c5
PL 905/2024 - Projeto de Lei - 905/2024 - Deputado Rogério Morro da Cruz - (109612) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Proíbe a nomeação de condenados
por prática de racismo em cargos
públicos no Distrito Federal e dá
outras providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica proibida a nomeação de pessoas condenadas por decisão judicial transitada em
julgado por crimes de racismo ou injúria racial, nos termos da Lei Federal nº 7.716/1989 e do
artigo 140, parágrafo 3.º do Código Penal, para cargos, empregos e funções públicas na
administração direta e indireta do Distrito Federal.
Art. 2º O candidato a cargos públicos no Distrito Federal deverá apresentar certidão negativa de
condenação por crime de racismo ou injúria racial como requisito para sua nomeação ou posse.
Art. 3º O não cumprimento desta lei acarretará a nulidade do ato de nomeação ou posse do
condenado, além de medidas administrativas cabíveis, incluindo advertências, multas e a
exoneração do cargo público ocupado indevidamente.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto de lei visa estabelecer a proibição da nomeação de pessoas condenadas por
prática de racismo ou injúria racial em cargos públicos no Distrito Federal. A promoção da
igualdade racial e a eliminação da discriminação racial são princípios fundamentais consagrados
na Constituição Federal de 1988, assim como na legislação infraconstitucional vigente.
O racismo é uma das mais sérias violações dos direitos humanos, causando danos não apenas
às vítimas diretas, mas também à sociedade como um todo. O Brasil possui um passado
histórico de desigualdade racial e discriminação que persiste até os dias atuais. Portanto, é
imperativo que o Estado adote medidas efetivas para combater o racismo e suas manifestações,
garantindo que os princípios constitucionais da igualdade e da não discriminação sejam
efetivamente aplicados.
A adoção dessa legislação pelo Distrito Federal é coerente com a tendência nacional, onde
diversos estados já aprovaram leis semelhantes, incluindo Bahia, Rio de Janeiro, Paraíba, Rio
Grande do Norte, Pernambuco e Mato Grosso do Sul. Essas leis têm demonstrado ser
instrumentos importantes para reforçar o compromisso do poder público com a igualdade racial
e a promoção de um ambiente de trabalho livre de discriminação.
Além disso, o crescimento dos registros de racismo no Brasil nos últimos anos, como
evidenciado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública, mostra a urgência de ações
concretas para coibir esse tipo de crime e suas implicações sociais. Embora as condenações
PL 906/2024 - Projeto de Lei - 906/2024 - Deputado Iolando - (108917) pg.1
por racismo ou injúria racial sejam raras, é essencial que o Estado tome medidas preventivas
para garantir que aqueles que cometeram tais crimes não ocupem cargos públicos, onde podem
influenciar políticas e decisões importantes.
Portanto, este projeto de lei representa um passo significativo no sentido de combater o racismo
e promover a igualdade racial no Distrito Federal, contribuindo para a construção de uma
sociedade mais justa e inclusiva.
Diante do exposto, conto com o apoio dos nobres colegas para a aprovação desta importante
iniciativa legislativa.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 17/01/2024, às 11:15:41 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Dispõe sobre a criação do Programa
de Combate aos Afastamentos do
Trabalho por Transtornos de Discos
Lombares e Outros Discos
Intervertebrais com Radiculopatia
(Hérnia de Disco) entre os
servidores públicos, estendido para
a comunidade do Distrito Federal na
forma que especifica, e dá outras
providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituído o Programa de Combate aos Afastamentos do Trabalho por Transtornos
de Discos Lombares e Outros Discos Intervertebrais com Radiculopatia (Hérnia de Disco) entre
os servidores públicos do Distrito Federal.
Art. 2º O objetivo principal do Programa é a prevenção, o diagnóstico precoce, o tratamento
adequado e a reabilitação dos servidores públicos, visando a redução dos afastamentos do
trabalho por essa causa.
§ 1º A prevenção será realizada por meio de campanhas educativas, treinamentos para a
promoção de ergonomia no ambiente de trabalho e a realização de exercícios físicos regulares
orientados para fortalecimento da musculatura lombar e abdominal.
§ 2º O diagnóstico precoce será incentivado através de parcerias com serviços de saúde
ocupacional, para a realização de avaliações periódicas e a detecção precoce de sintomas que
possam sugerir transtornos discos intervertebrais e será feito por meio de exames de imagem,
como raios-X, tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), podem ser
usados para confirmar o diagnóstico e identificar a causa da compressão da raiz nervosa.
§ 3º O tratamento será garantido por meio do acesso com especialistas, fisioterapeutas,
profissionais de educação física, médicos e outros especialistas nos Transtornos do
Disco Intervertebral, intervenções médicas quando necessárias e disponibilização de
medicamentos conforme prescrição médica.
§ 4º A reabilitação será focada em programas de educação postural com profissionais de
educação física, fisioterapeutas e médicos, bem como readaptação funcional com
acompanhamento de profissionais qualificados e suporte para adaptações no local de trabalho,
se necessário.
Art. 3º A Secretaria competente na área de Saúde do Distrito Federal será o órgão gestor
responsável pela coordenação e execução das ações do Programa, com apoio dos órgãos
competentes nas áreas de esporte e educação.
PL 907/2024 - Projeto de Lei - 907/2024 - Deputado Iolando - (108954) pg.1
Art. 4º O Programa poderá ser estendido para a comunidade do Distrito Federal, sendo suas
ações executadas pelas unidades de saúde competentes, com suporte das estruturas físicas e
apoio dos profissionais especialistas dos órgãos de esporte e educação, quando solicitados.
Art. 5º O Poder Executivo instituirá Grupo de Trabalho, visando a implantação do Programa de
Combate aos Afastamentos do Trabalho por Transtornos de Discos Lombares e Outros Discos
Intervertebrais com Radiculopatia (Hérnia de Disco), garantindo-se a participação permanente
de representantes de órgãos vinculados ao esporte e educação.
Art. 6º O Poder Executivo garantirá os recursos orçamentários necessários para a execução do
Programa, os quais serão alocados no orçamento no órgão competente de Saúde do Distrito
Federal.
Art. 7º O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de até 90 (noventa) dias, contado da
data de sua publicação, para a definição das diretrizes específicas e para o estabelecimento das
normas necessárias à implementação e funcionamento do Programa.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
A presente Lei visa instituir um programa específico para o combate aos transtornos de discos
lombares e de outros discos intervertebrais com radiculopatia, condição que se destaca como a
principal causa de afastamento do trabalho entre os servidores públicos do Distrito Federal,
conforme dados recentes divulgados pelo Jornal Correio Braziliense em 2023, que registrou um
alarmante número de 51.543 afastamentos causados por Transtornos de Discos Lombares e
Outros Discos Intervertebrais com Radiculopatia (Hérnia de Disco). Além disso, no mesmo ano,
houve 46.964 afastamentos por dor lombar baixa.
Esta iniciativa se faz necessária não apenas para a melhoria da qualidade de vida dos
servidores, mas também para a redução de custos relacionados a afastamentos e tratamentos
de longa duração, conforme evidenciado pelos números alarmantes de afastamentos
registrados. Os transtornos que afetam os discos intervertebrais e lombares, especialmente a
hérnia de disco, geram impactos significativos na capacidade laboral dos indivíduos, além de
representarem um custo elevado para a administração pública, tanto pelo afastamento dos
profissionais de suas funções quanto pelos tratamentos muitas vezes prolongados e complexos.
É importante ressaltar que a necessidade de combater essas condições se alinha aos princípios
da administração pública eficiente, na medida em que busca implementar medidas preventivas,
de promoção da saúde e de intervenções terapêuticas mais eficazes. Além disso, ao estender o
programa para a comunidade, amplia-se o benefício para a população do Distrito Federal,
promovendo saúde pública e bem-estar social.
Vale destacar que a iniciativa deste projeto de lei tem raízes na Portaria Conjunta Nº 11, de 22
de Fevereiro de 2021, firmada pelos integrantes da Secretaria de Estado de Economia do
Distrito Federal, a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e o Instituto de
Assistência à Saúde dos Servidores do Distrito Federal, que previu a criação do programa,
então denominado à época como Programa de Educação Postural dos Servidores Públicos do
Governo do Distrito Federal – PEP/GDF.
Este programa teve como precursora a professora Elaine Wetler, especialista em Educação
Física da SEEDF, que desenvolveu o programa como parte de seu trabalho de mestrado em
Hérnia de Disco na FS-UNB. Ela integra os quadros da Secretaria de Estado de Educação -
Coordenação Regional de Ensino do Plano Piloto demonstrando seu compromisso em buscar
PL 907/2024 - Projeto de Lei - 907/2024 - Deputado Iolando - (108954) pg.2
soluções eficazes para combater os transtornos de discos lombares e outros discos
intervertebrais com radiculopatia, beneficiando não apenas os servidores públicos, mas toda a
comunidade. Ademais, o Programa desenvolvido pela Profa. Elaine Wetler, servirá como
embrião e poderá ser ampliado pelos demais profissionais envolvidos nessas ações, graças aos
resultados exitosos demonstrados por meio de exames de imagens.
A garantia de recursos orçamentários por parte do Poder Executivo é fundamental para
assegurar a viabilidade e a continuidade do Programa, evitando interrupções que possam
comprometer os resultados alcançados. A proposição deste projeto de lei representa um passo
importante para a promoção da saúde dos servidores públicos e da população em geral do
Distrito Federal, contribuindo para um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Diante do exposto, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação deste importante
projeto de lei.
Sala das Sessões
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 18/01/2024, às 15:23:27 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Proíbe a retenção de documentos de
caráter informativo sobre a vida
escolar do aluno da rede pública ou
privada de ensino, para fins de
transferência ou matrícula em outra
instituição, e estabelece sanções
pelo descumprimento.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica proibida a retenção de documentos ou informações de caráter informativo sobre a
vida escolar do aluno, tais como boletins, históricos, certificados, declarações, e quaisquer
outros documentos similares, por parte de instituições de ensino, sejam elas públicas ou
privadas, localizadas no Distrito Federal, com o propósito de dificultar ou impedir a transferência
ou matrícula do aluno em outra instituição.
Parágrafo único. A proibição estabelecida neste artigo não se aplica quando houver justificativa
legal para a retenção dos documentos, como por exemplo, em casos de processos disciplinares
em andamento.
Art. 2º É vedada a utilização da existência de débitos referentes ao aluno como justificativa para
a retenção de documentos ou informações mencionadas no artigo anterior.
Art. 3º Em caso de descumprimento desta lei, as instituições de ensino mencionadas no art. 1º
ficam a Multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a ser aplicada ao estabelecimento de ensino, por
cada documento retido indevidamente, a ser revertida para o Fundo de Educação do Distrito
Federal.
Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICATIVA
A presente proposição visa assegurar o direito à educação e à mobilidade escolar dos alunos,
garantindo que não haja obstáculos injustificados para sua transferência ou matrícula em outra
instituição de ensino. A retenção de documentos escolares é uma prática que prejudica os
estudantes e suas famílias, podendo causar transtornos desnecessários e limitar o acesso à
educação de qualidade.
Ademais, a proibição da utilização de débitos como justificativa para a retenção de documentos
busca evitar que os alunos sejam prejudicados por questões financeiras que não deveriam
interferir em seu direito à educação.
PL 908/2024 - Projeto de Lei - 908/2024 - Deputado Iolando - (108882) pg.1
Por fim, as sanções previstas têm o intuito de garantir o cumprimento da lei e desencorajar
práticas que vão contra os princípios da educação inclusiva e da liberdade de escolha
educacional.
Diante do exposto, conto com o apoio dos nobres colegas parlamentares para a aprovação
deste importante projeto de lei.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 13/01/2024, às 17:24:56 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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PL 908/2024 - Projeto de Lei - 908/2024 - Deputado Iolando - (108882) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Dispõe sobre a garantia de
atendimento prioritário e
acessibilidade para pessoas com
obesidade severa ou obesidade
mórbida em estabelecimentos
comerciais, bancários, órgãos
públicos, concessionárias de
serviço público e outros que exijam
permanência em filas ou métodos
similares de atendimento no Distrito
Federal e dá outras providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL , decreta:
Art. 1º Fica assegurado o atendimento prioritário e a acessibilidade para pessoas com
obesidade severa ou obesidade mórbida em estabelecimentos comerciais, bancários, órgãos
públicos, concessionárias de serviço público e outros que utilizem filas, senhas ou métodos
similares de atendimento.
§ 1º Consideram-se pessoas com obesidade severa aquelas que possuem um Índice de Massa
Corporal (IMC) entre 35 e 39,9 Kg/m2.
§ 2º Consideram-se pessoas com obesidade mórbida aquelas que possuem um Índice de
Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 40 Kg/m2.
Art. 2º Os estabelecimentos mencionados no artigo 1º desta Lei deverão criar senhas prioritárias
e procedimentos de atendimento especiais, visando minimizar o deslocamento e a permanência
em pé das pessoas com obesidade severa ou obesidade mórbida.
Art. 3º Em todos os prédios públicos ou privados no Distrito Federal, que estejam equipados
com roletas ou catracas para controle de acesso, deverá ser disponibilizado acesso especial
para as pessoas com obesidade severa ou obesidade mórbida.
Parágrafo único. Nos estabelecimentos em que não for possível cumprir o disposto no caput
deste artigo, aplicar-se-á o procedimento previsto no artigo 2º, relativo ao atendimento especial.
Art. 4º Fica vedada qualquer forma de discriminação, seja ela direta ou indireta, em relação às
pessoas com obesidade severa ou obesidade mórbida, em todos os estabelecimentos
mencionados no artigo 1º desta Lei.
Art. 5º Caberá ao Poder Executivo do Distrito Federal regulamentar esta Lei, estabelecendo as
diretrizes e normas necessárias para sua efetiva implementação, bem como para a promoção
da inclusão e conscientização da sociedade acerca das necessidades específicas das pessoas
com obesidade severa ou obesidade mórbida.
PL 909/2024 - Projeto de Lei - 909/2024 - Deputado Iolando - (108881) pg.1
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
Este Projeto de Lei visa garantir o atendimento prioritário e a acessibilidade em
estabelecimentos comerciais, bancários, órgãos públicos, concessionárias de serviço público e
outros que utilizem filas, senhas ou métodos similares de atendimento no Distrito Federal, com o
objetivo de promover a inclusão de pessoas com obesidade severa ou obesidade mórbida.
A obesidade severa e a obesidade mórbida são condições de saúde que podem acarretar
dificuldades significativas de locomoção e mobilidade, tornando a permanência em filas uma
tarefa desafiadora e muitas vezes constrangedora para essas pessoas.
Portanto, é fundamental que o Distrito Federal promova a inclusão e a acessibilidade dessas
pessoas, garantindo-lhes atendimento prioritário e procedimentos especiais que facilitem sua
experiência em locais públicos e privados. Além disso, a proibição de qualquer forma de
discriminação contribui para a construção de uma sociedade mais inclusiva e consciente das
necessidades específicas das pessoas com obesidade severa ou obesidade mórbida.
Espero contar com o apoio dos meus colegas parlamentares para a aprovação deste projeto,
que visa melhorar a qualidade de vida e a inclusão das pessoas com obesidade severa ou
obesidade mórbida no Distrito Federal.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 13/01/2024, às 16:50:32 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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PL 909/2024 - Projeto de Lei - 909/2024 - Deputado Iolando - (108881) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Dispõe sobre a criação de
mecanismos destinados a estimular
a oferta de vagas de emprego, por
empresas prestadoras de serviços
contratadas pelo Governo do
Distrito Federal, a mulheres vítimas
de violência, inclusive por meio da
contratação de mulheres
cadastradas na Agência do
Trabalhador do Distrito Federal.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL , decreta:
Art. 1º Fica instituída a obrigatoriedade de empresas prestadoras de serviços contratadas pelo
Governo do Distrito Federal disponibilizarem vagas de emprego para mulheres vítimas de
violência, com o objetivo de promover a inclusão e a reinserção dessas mulheres no mercado
de trabalho.
Art. 2º As empresas prestadoras de serviços deverão reservar no mínimo 10% das vagas
oferecidas para contratação de mulheres vítimas de violência.
Art. 3º As empresas prestadoras de serviços deverão firmar convênios com a Agência do
Trabalhador do órgão competente de Trabalho do Distrito Federal para facilitar o acesso das
mulheres cadastradas a essas vagas de emprego.
Art. 4º O governo do Distrito Federal, por meio do órgão competente de Trabalho, poderá
promover campanhas de conscientização e capacitação de empresas contratadas quanto à
importância da contratação de mulheres vítimas de violência.
Art. 5º As empresas prestadoras de serviços que não cumprirem com a obrigação estabelecida
por esta lei estarão sujeitas a sanções administrativas, que podem incluir multas e a rescisão do
contrato de prestação de serviços.
Art. 6º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
A violência contra as mulheres é um problema sério e persistente em nossa sociedade. Muitas
mulheres vítimas de violência enfrentam dificuldades em encontrar emprego e se tornar
independentes financeiramente. Este projeto de lei visa criar mecanismos para auxiliar essas
mulheres a se reintegrarem no mercado de trabalho, promovendo assim a sua independência
econômica e contribuindo para a sua recuperação e empoderamento.
PL 910/2024 - Projeto de Lei - 910/2024 - Deputado Iolando - (108880) pg.1
A contratação de mulheres vítimas de violência por empresas prestadoras de serviços
contratadas pelo Governo do Distrito Federal não apenas ajuda essas mulheres a se
recuperarem, mas também envia uma mensagem clara de repúdio à violência de gênero e de
compromisso com a inclusão e igualdade de oportunidades.
Além disso, a parceria com a Agência do Trabalhador da Secretaria de Trabalho do Distrito
Federal facilitará o processo de identificação e encaminhamento das mulheres cadastradas para
as vagas de emprego disponibilizadas pelas empresas.
Por essas razões, solicito o apoio dos nobres Deputados para a aprovação deste projeto de lei,
que representa um passo importante na luta contra a violência de gênero e na promoção da
inclusão das mulheres no mercado de trabalho.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 13/01/2024, às 13:07:02 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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PL 910/2024 - Projeto de Lei - 910/2024 - Deputado Iolando - (108880) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Dispõe sobre o direito das pessoas
com deficiência e/ou diagnosticada
com sofrimentos psíquicos de se
fazerem acompanhar por animais de
assistência emocional nos
estabelecimentos públicos, privados
e meios de transporte do Distrito
Federal e dá outras providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL , decreta:
Art. 1º Fica assegurado às pessoas com deficiência e/ou diagnosticada com sofrimentos
psíquicos o direito de ingressar e permanecer acompanhadas por animais de assistência
emocional nos estabelecimentos públicos, privados e meios de transporte do Distrito Federal.
Parágrafo único. O direito ao acompanhamento por animal de assistência emocional nos
estabelecimentos públicos se aplica a todas as áreas de acesso ao público, incluindo edifícios
governamentais, espaços de lazer, saúde e educação.
Art. 2º Para fazer uso desse direito, a pessoa com deficiência e/ou diagnosticada com
sofrimentos psíquicos deverá apresentar uma declaração médica que ateste sua condição e a
necessidade de acompanhamento por animal de assistência emocional, especificando qual é o
animal que desempenha essa função.
Art. 3º O animal de assistência emocional deverá estar devidamente identificado de modo que
seja possível relacioná-lo com a declaração médica.
Art. 4º Os estabelecimentos públicos, privados e meios de transporte do Distrito Federal são
obrigados a permitir o ingresso e a permanência dos animais de assistência emocional,
garantindo a segurança e o bem-estar de todos os frequentadores.
Art. 5º Fica vedada qualquer cobrança de taxa ou tarifa adicional pelo ingresso do animal de
assistência emocional nos estabelecimentos públicos, privados e meios de transporte.
Art. 6º O descumprimento ao disposto nesta Lei acarretará ao estabelecimento público, e meios
de transporte a imposição de multa no valor a ser estabelecida em regulamento, a ser graduada
de acordo com a gravidade da infração, o porte econômico do infrator, a conduta e o resultado
produzido.
Art. 7º O Poder Executivo do Distrito Federal expedirá os regulamentos necessários para a fiel
execução desta Lei.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 9º Revogam-se as disposições em contrário.
PL 911/2024 - Projeto de Lei - 911/2024 - Deputado Iolando - (108879) pg.1
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto de lei tem por objetivo assegurar o pleno exercício dos direitos das pessoas
com deficiência, conforme estabelecido no Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei Federal nº
13.146/2015), bem como promover a igualdade de oportunidades e a inclusão social dessas
pessoas no Distrito Federal.
O Estatuto da Pessoa com Deficiência estabelece direitos fundamentais que devem ser
garantidos a todas as pessoas com deficiência, incluindo o acesso à educação, saúde, trabalho,
lazer, mobilidade e, principalmente, a eliminação de qualquer forma de discriminação. O projeto
de lei em questão está alinhado com os princípios e diretrizes desse estatuto, uma vez que
busca eliminar obstáculos e barreiras que possam dificultar o pleno acesso das pessoas com
deficiência aos serviços públicos e espaços de convívio social.
A presença de animais de assistência emocional desempenha um papel crucial na promoção da
autonomia e independência das pessoas com deficiência, auxiliando-as na superação de
desafios emocionais e psicológicos. Portanto, ao garantir o direito das pessoas com deficiência
de se fazerem acompanhar por esses animais nos estabelecimentos públicos do Distrito
Federal, estamos não apenas respeitando suas necessidades individuais, mas também
cumprindo com as obrigações estabelecidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Ressaltamos que o projeto de lei não apenas atende ao Estatuto da Pessoa com Deficiência,
mas também está em conformidade com as convenções internacionais das quais o Brasil é
signatário, como a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU. Essas
convenções enfatizam a importância de garantir a igualdade de oportunidades e o pleno
exercício dos direitos humanos para todas as pessoas, independentemente de sua condição.
Dessa forma, contamos com o apoio dos nobres Deputados para a aprovação deste projeto de
lei, que visa não apenas respeitar os direitos das pessoas com deficiência, mas também
contribuir para uma sociedade mais inclusiva e igualitária no Distrito Federal.
Sala das Sessões
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 13/01/2024, às 12:36:36 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Dispõe sobre o direito de reembolso
de valores pagos em duplicidade
nas faturas de energia elétrica e
estabelece procedimentos para sua
efetivação.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL, decreta:
Art. 1º Fica garantido ao usuário de energia elétrica o direito ao reembolso dos valores pagos
em duplicidade em suas faturas de energia elétrica, seja em espécie ou por meio de depósito
bancário.
Parágrafo único. O usuário que efetuar o pagamento duplicado poderá solicitar o reembolso
diretamente à concessionária de energia elétrica, de forma presencial, por telefone ou via
internet, utilizando os canais disponibilizados pela concessionária, registrando a data e o horário
da solicitação.
Art. 2º A concessionária de energia elétrica deverá realizar o reembolso ao usuário no prazo
máximo de 10 (dez) dias úteis, a contar da data da solicitação.
Parágrafo único. Caso o usuário não faça a solicitação de reembolso, a concessionária efetuará
a compensação do valor excedente nas próximas faturas.
Art. 3º O descumprimento das disposições desta Lei por parte das concessionárias de energia
elétrica acarretará a aplicação de multa, cujo valor será estabelecido pelo competente, dobrando
a cada período de 30 (trinta) dias após o vencimento do prazo previsto no artigo 2º.
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto de lei tem por finalidade estabelecer procedimentos claros e ágeis para
garantir o direito dos consumidores de energia elétrica que pagarem suas faturas em
duplicidade, assegurando o reembolso dos valores excedentes. A duplicidade no pagamento de
faturas de energia elétrica pode ocorrer por diversos motivos, incluindo falhas nos sistemas de
pagamento, enganos humanos, entre outros.
Atualmente, a ausência de uma regulamentação específica para essa situação pode resultar em
dificuldades para os consumidores na obtenção do reembolso do valor pago em excesso.
Portanto, este projeto de lei visa proteger os interesses dos consumidores, estabelecendo
diretrizes claras para as concessionárias de energia elétrica realizarem o reembolso de forma
eficaz e dentro de prazos razoáveis.
PL 912/2024 - Projeto de Lei - 912/2024 - Deputado Iolando - (108878) pg.1
Além disso, a imposição de sanções às concessionárias que descumprirem a legislação visa
assegurar o cumprimento das disposições desta Lei e garantir a proteção dos direitos dos
consumidores de energia elétrica.
Assim, a aprovação deste projeto de lei é de extrema importância para aprimorar as relações
entre as concessionárias de energia elétrica e os consumidores, proporcionando maior
segurança e transparência no processo de reembolso em casos de pagamento duplicado de
faturas.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 13/01/2024, às 11:44:27 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Institui o Programa "Inclusão Autista
nas Empresas", define seus
propósitos e cria o selo de
reconhecimento "Empresa Amiga da
Pessoa Autista."
A CAMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta :
Art. 1º Fica instituído no Distrito Federal o Programa "Inclusão Autista nas Empresas," com o
propósito de:
I. promover a inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no mercado de
trabalho, garantindo-lhes oportunidades de emprego e crescimento profissional.
II. reconhecer e valorizar as empresas que adotam práticas inclusivas e contribuem para a
inclusão de pessoas com TEA.
Art. 2º Para os fins deste programa, considera-se pessoa com TEA aquela definida nos incisos I
e II do § 1º do art. 1º da Lei Federal nº 12.764, de 27 de dezembro de 2012, que institui a
Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.
Art. 3º As empresas que aderirem ao Programa "Inclusão Autista nas Empresas" deverão
implementar políticas internas de inclusão, que incluam a reserva de postos de trabalho
específicos para pessoas com TEA, a capacitação para funções de maior remuneração e o
apoio a eventos culturais voltados para esse segmento, entre outras medidas pertinentes.
Art. 4º Fica criado o selo de reconhecimento "Empresa Amiga da Pessoa Autista," que será
concedido às empresas que demonstrarem comprometimento com a inclusão de pessoas com
TEA.
Parágrafo único. Este selo poderá ser utilizado nos produtos, serviços, materiais de divulgação e
publicitários das empresas, evidenciando o seu apoio à inclusão autista e como um diferencial
para imagens de sua empresa.
Art. 5º Ficará a cargo do órgão competente do Governo do Distrito Federal para o segmento das
pessoas com deficiência, a gestão da presente lei.
Art. 6º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.
Art. 7º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
Este projeto de lei visa à promoção da inclusão de pessoas com Transtorno do Espectro Autista
(TEA) no mercado de trabalho do Distrito Federal. A inclusão é um direito fundamental que deve
ser assegurado a todas as pessoas, independentemente de suas condições. A criação do
PL 913/2024 - Projeto de Lei - 913/2024 - Deputado Iolando - (108877) pg.1
Programa "Inclusão Autista nas Empresas" e do selo "Empresa Amiga da Pessoa Autista"
representa um passo importante na luta pela igualdade de oportunidades.
É essencial que as empresas também assumam um papel ativo na promoção da inclusão e na
construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ao adotar políticas internas de apoio, as
empresas não apenas beneficiarão os indivíduos com TEA, mas também enriquecerão sua
força de trabalho com diversidade de talentos e habilidades.
Assim, este projeto de lei é fundamental para garantir que as pessoas com TEA tenham acesso
ao mercado de trabalho e para incentivar as empresas a desempenharem um papel ativo na
construção de uma sociedade mais inclusiva e solidária.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 13/01/2024, às 11:04:34 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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PL 913/2024 - Projeto de Lei - 913/2024 - Deputado Iolando - (108877) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Estabelece diretrizes para a
promoção da inclusão e suporte a
estudantes com deficiência nas
instituições de ensino superior do
Distrito Federal.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Este projeto de lei tem por objetivo implementar medidas para garantir a inclusão e
suporte adequado a estudantes com deficiência em instituições de ensino superior do Distrito
Federal.
Art. 2º As instituições de ensino superior deverão:
I. desenvolver adaptações curriculares que atendam às necessidades específicas de estudantes
com deficiência;
II. assegurar a adequação das instalações físicas e disponibilizar tecnologias assistivas;
III. promover programas de capacitação para professores e funcionários.
Art. 3º Serão estabelecidos programas de mentoria e suporte psicossocial para auxiliar
estudantes com deficiência.
§ 1º Os programas de mentoria serão desenvolvidos para fornecer orientação acadêmica, social
e profissional aos estudantes com deficiência, facilitando sua integração na vida universitária e
no campo profissional.
§ 2º Mentores, que serão profissionais capacitados ou estudantes de anos mais avançados,
receberão treinamento específico para entender as necessidades particulares de seus
mentorados, promovendo um ambiente de apoio e inclusão.
§ 3º O suporte psicossocial incluirá serviços de aconselhamento e terapia, disponíveis dentro do
campus, para ajudar os estudantes com deficiência a lidar com desafios emocionais, sociais e
acadêmicos.
§ 4º O suporte psicossocial também abrangerá a criação de grupos de suporte e a realização de
workshops sobre temas relevantes, como gestão do estresse e desenvolvimento de habilidades
sociais.
§ 5º As instituições deverão garantir a acessibilidade desses serviços, tanto em termos físicos,
quanto na comunicação, assegurando que todas as necessidades dos estudantes sejam
atendidas.
Art. 4º Serão desenvolvidas políticas inclusivas que promovam a participação plena de
estudantes com deficiência.
PL 914/2024 - Projeto de Lei - 914/2024 - Deputado Iolando - (108847) pg.1
§ 1º As instituições deverão estabelecer comitês ou departamentos dedicados à inclusão, com o
objetivo de monitorar, avaliar e implementar políticas inclusivas.
§ 2º Estes comitês trabalharão na adaptação contínua de infraestruturas e recursos didáticos
para garantir acessibilidade total em ambientes físicos e digitais.
§ 3º Será incentivada a participação de estudantes com deficiência na governança e na tomada
de decisões relacionadas à vida universitária, assegurando que suas vozes sejam ouvidas e
suas necessidades, consideradas.
§ 4º As políticas deverão incluir a promoção de campanhas de conscientização e educação
sobre deficiência para toda a comunidade acadêmica, visando reduzir o estigma e promover a
compreensão e o respeito pela diversidade.
§ 5º Será garantido que todos os serviços e atividades extracurriculares sejam plenamente
acessíveis, oferecendo igualdade de oportunidades em todas as áreas da experiência
universitária.
Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 6º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
Este projeto de lei visa abordar as lacunas significativas na educação superior para estudantes
com deficiência. Conforme destacado em vários estudos acadêmicos, esses estudantes
enfrentam desafios únicos que vão desde a acessibilidade física e tecnológica até a
necessidade de adaptações curriculares e suporte psicossocial. A implementação deste projeto
é um passo crucial para garantir que as instituições de ensino superior sejam ambientes de
aprendizado verdadeiramente inclusivos e acessíveis. Além disso, a capacitação de professores
e funcionários para lidar com as necessidades desses estudantes é fundamental para promover
uma educação equitativa e de qualidade. Este projeto de lei não apenas atende aos direitos
desses estudantes, mas também promove a diversidade e a inclusão no ambiente educacional,
preparando profissionais mais capacitados e sensíveis às questões de acessibilidade e inclusão.
A adoção dessas medidas representa um avanço significativo nas políticas educacionais e na
prática, alinhando-se com princípios de igualdade e direitos humanos.
Essas políticas e medidas visam criar um ambiente educacional mais acolhedor, inclusivo e
equitativo, fomentando uma cultura de respeito, diversidade e inclusão na educação superior,
além de promover o sucesso acadêmico e pessoal de estudantes com deficiência.
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 11/01/2024, às 09:47:30 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Doutora Jane)
Institui a Campanha Permanente de
Combate ao mosquito Aedes
Aegypti, como meio de prevenção a
Dengue e dá outras providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituída, no âmbito do Distrito Federal, a Campanha permanente de
combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zica Vírus.
Parágrafo único. A campanha de que trata esta Lei será realizada preferencialmente
nos meses de novembro de um ano até março do ano subsequente.
Art. 2º A Campanha tem por objetivo:
I – a mobilização da população sobre a forma de prevenir e eliminar os focos do
mosquito;
II – oferecer informações sobre as doenças transmitidas pelo mosquito, seus sintomas
e riscos;
III – a realização de mutirões e visitas às residências, escolas, órgãos públicos e
outros, para localização e extermínio dos criadouros do mosquito;
IV – a divulgação de informações por meio de material gráfico, redes sociais e
propaganda na mídia, e também através de ações educativas, como eventos, palestras e
outros recursos informativos;
V – a disponibilização de meios, telefone ou internet, para a população tirar dúvidas
ou receber denúncias sobre a existência de possíveis focos ou da proliferação do mosquito;
Art. 3º O Poder Executivo poderá firmar parcerias com instituições públicas ou
privadas com vistas a viabilizar a campanha instituída por esta Lei.
Art. 4º As despesas com a execução desta Lei correrão à conta de dotações
financeiras próprias, consignadas no orçamento vigente.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação
JUSTIFICAÇÃO
O Projeto de Lei visa instituir da Campanha Permanente de Combate ao mosquito
Aedes Aegypti no Distrito Federal por meio deste projeto de lei é fundamental para a proteção
PL 915/2024 - Projeto de Lei - 915/2024 - Deputada Doutora Jane - (109085) pg.1
da população contra as doenças transmitidas por esse vetor, como Dengue, Chikungunya e
Zika Vírus. A justificação para a implementação desta campanha pode ser fundamentada em
diversos aspectos, tais como:
Prevenção de Epidemias: Ações contínuas de combate ao Aedes Aegypti são
essenciais para prevenir surtos e epidemias das doenças transmitidas pelo mosquito. A
campanha permanente visa criar uma consciência constante na população sobre a
importância da prevenção.
Proteção da Saúde Pública: As doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti podem
causar impactos significativos na saúde pública, resultando em aumento da demanda nos
serviços de saúde e sobrecarga do sistema. A campanha busca proteger a saúde da
população, reduzindo a incidência dessas doenças.
Mobilização Social: A criação de uma campanha permanente permite a mobilização
constante da população, incentivando-a a participar ativamente do combate ao mosquito. Isso
cria uma cultura de responsabilidade coletiva na prevenção dessas doenças.
Informação e Conscientização: A campanha propõe a divulgação de informações
sobre as doenças, seus sintomas e riscos, aumentando o nível de conscientização da
população. Informações claras e acessíveis são essenciais para a adoção de práticas
preventivas.
Ações Concretas no Combate ao Mosquito: A realização de mutirões, visitas a
residências, escolas e órgãos públicos para identificação e eliminação de criadouros do
mosquito são ações práticas que visam reduzir a reprodução do Aedes Aegypti.
Meios de Comunicação e Educação Continuada: A utilização de diversos meios de
comunicação, como material gráfico, redes sociais e propaganda na mídia, assim como a
realização de eventos, palestras e outras ações educativas, contribui para manter a
população informada de maneira contínua.
Participação Popular e Denúncias: A disponibilização de meios, como telefone ou
internet, para que a população tire dúvidas ou faça denúncias sobre possíveis focos do
mosquito, incentiva a participação ativa da comunidade na identificação de áreas críticas.
Parcerias para Eficiência: A possibilidade de firmar parcerias com instituições
públicas ou privadas fortalece a efetividade da campanha, permitindo o uso de recursos e
conhecimentos adicionais.
A entrada em vigor imediata da Lei mostra o comprometimento das autoridades em
enfrentar o problema de forma rápida e eficaz, garantindo a segurança e o bem-estar da
população do Distrito Federal.
**Em 2024, até o momento, o Distrito Federal registrou um total de 16.628 casos
prováveis de dengue, o que representa um aumento de 646,5% , em comparação com o
mesmo período de 2023, quando foram registrados 2.154 casos da doença. Nas três
primeiras semanas do ano, três pessoas morreram de dengue , sendo uma criança. Além
destes, outros 15 óbitos estão em investigação e também podem ter sido causados pela
doença.
** https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2024/01/6792856-distrito-federal-esta-em-
situacao-de-emergencia-para-combater-o-aedes.html#google_vignette
Sala das Sessões, em …
DEPUTADA DOUTORA JANE
PL 915/2024 - Projeto de Lei - 915/2024 - Deputada Doutora Jane - (109085) pg.2
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 23 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488232
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Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 26/01/2024, às 15:52:42 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Doutora Jane)
Institui o “Dia de Combate às
Violações das Prerrogativas da
Advocacia no âmbito do Distrito
Federal”, o qual passa a integrar o
calendário oficial de eventos do
Distrito Federal.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituído o Dia de Combate às Violações das Prerrogativas da
Advocacia no âmbito do Distrito Federal, a ser comemorado anualmente em 24 de outubro.
Art. 2º A data fica incluída no calendário oficial do Distrito Federal para efeito de
comemoração.
Art. 3 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A ínclita Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional do Distrito Federal , por
intermédio do Ofício nº 21 / 2024-CP, instou este Gabinete Parlamentar, por meio da sua
Diretoria de Prerrogativas - que tem o papel institucional de zelar, salvaguardar e preservar as
prerrogativas profissionais da advocacia e os direitos de toda sociedade - acerca da
viabilidade de ser instituído o “ Dia de Combate às Violações das Prerrogativas da Advocacia
no âmbito do Distrito Federa l”, por meio de proposição legislativa.
Com efeito, sobredita demanda se mostra necessária e oportuna.
A data de 24 de outubro remete a um episódio marcante na história da Ordem dos
Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal (OAB/DF), a invasão de sua sede ocorrida
em 1983 pelo então regime político à época. Esse lamentável acontecimento representa não
apenas uma agressão física ao local sagrado da advocacia, mas também uma afronta às
prerrogativas dos advogados e advogadas que, ao longo da história, têm desempenhado
papel fundamental na garantia dos direitos e na promoção da justiça.
PL 916/2024 - Projeto de Lei - 916/2024 - Deputada Doutora Jane - (109195) pg.1
A invasão da OAB/DF em 24 de outubro de 1983 foi um atentado não somente contra
a instituição, mas contra o próprio Estado Democrático de Direito. Nesse contexto, é crucial
ressaltar o papel desempenhado por figuras como o saudoso jurista Maurício Corrêa, então
presidente da OAB/DF, que, com coragem e determinação, liderou a resistência em defesa
das prerrogativas da advocacia e da democracia.
Maurício Corrêa, ao enfrentar os desafios daquele momento crítico, tornou-se um
símbolo da luta pela preservação das prerrogativas da advocacia e pelo fortalecimento das
instituições democráticas. Sua atuação exemplar serve de inspiração para as gerações
futuras de advogados e advogadas, reforçando a importância da defesa intransigente do
Estado de Direito.
Dessa forma, a instituição do "Dia de Combate às Violações das Prerrogativas da
Advocacia no âmbito do Distrito Federal" não apenas homenageia o legado de Maurício
Corrêa e de tantos outros defensores da justiça, mas também reforça o compromisso do
Distrito Federal com a manutenção dos princípios fundamentais que regem nossa
sociedade.
Este projeto de lei não se limita a uma celebração simbólica, mas visa, sobretudo, co
nscientizar a sociedade sobre a importância da advocacia na preservação do Estado
Democrático de Direito e na proteção dos direitos individuais. Ao instituir essa data,
pretendemos fomentar o debate sobre as prerrogativas da advocacia, promovendo uma
cultura de respeito à atuação dos advogados e à essencialidade de sua função para a justiça
e a cidadania.
Portanto, conto com o apoio dos pares desta Casa Legislativa para a aprovação deste
Projeto de Lei, que representa um passo significativo na consolidação dos valores
democráticos e no reconhecimento da importância da advocacia para a construção de uma
sociedade justa e equitativa, tal como verberado pela zelosa e distinta Ordem dos Advogados
do Brasil - Seccional do Distrito Federal (OAB/DF).
Sala das Sessões, em …
DEPUTADA DOUTORA JANE
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 23 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488232
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Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 01/02/2024, às 11:33:58 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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PL 916/2024 - Projeto de Lei - 916/2024 - Deputada Doutora Jane - (109195) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Doutora Jane)
Dispõe sobre a obrigatoriedade de
divulgação dos diversos sites e
sistemas para consulta de
antecedentes criminais de terceiros
pelas instituições e órgãos de
execução da política de proteção e
promoção dos direitos da mulher, e
dá outras providências.
Art. 1º As instituições públicas e privadas direcionadas à assistência e ao acompanhamento às
mulheres e os órgãos de execução da política de proteção e promoção dos direitos da mulher
deverão promover em seus espaços, e por qualquer meio, a divulgação dos sites, sistemas e
demais locais de consulta sobre antecedentes criminais de terceiros.
Art. 2º As medidas adotadas deverão incluir campanhas e ações diversas com o intuito de
alertar e incentivar condutas de segurança entre as mulheres, incentivando-as a buscar
informações sobre o histórico de eventuais agressões ou condutas agressivas de seus
companheiros, namorados e demais relacionamentos, ainda que transitórios, para que se
protejam de qualquer tipo de violência.
§ 1º. As consultas sobre antecedentes criminais de terceiros, para efeito desta lei, deverão se
restringir a crimes ou contravenções praticados no contexto de violência doméstica e familiar e
crimes praticados com violência contra a pessoa ou grave ameaça.
§2º. Os órgãos detentores das informações sobre antecedentes criminais deverão implementar
e viabilizar o acesso e as consultas solicitadas, nos termos do § 1º.
Art. 3º Para a implementação e promoção dos objetivos desta lei, consideram-se ações
eficazes, sem prejuízo de outras atividades, as seguintes medidas:
I - propagandas, por qualquer meio, sobre a importância de condutas de proteção contra a
violência contra a mulher e o feminicídio, entre elas a consulta dos antecedentes criminais dos
seus parceiros, divulgando-se, nestas oportunidades, sites e demais locais em que possam ser
obtidas as respectivas certidões;
II - divulgação nos materiais de circulação entre a sociedade do endereço dos sites e locais
onde os antecedentes criminais de terceiros podem ser consultados;
III - realização de eventos e campanhas de informação da comunidade e combate da violência
contra a mulher, bem como as formas, locais e contatos para denúncia.
Art. 4º Esta lei entra em vigor 60 (sessenta) dias após sua publicação.
PL 917/2024 - Projeto de Lei - 917/2024 - Deputada Doutora Jane - (108978) pg.1
JUSTIFICAÇÃO
O Distrito Federal tem enfrentado uma preocupante e crescente incidência de casos de
feminicídio, um fenômeno que demanda atenção imediata e ações efetivas por parte dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Os números alarmantes demonstram uma realidade
sombria e inaceitável, exigindo uma resposta contundente para proteger a vida e a integridade
das mulheres.
Os dados estatísticos revelam que o Distrito Federal teve um aumento de 250% no número de
feminicídios na comparação entre o primeiro semestre de 2022 e o mesmo período de 2023,
segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Só em janeiro de 2024 já foram noticiados mais 3 (três) casos. Diante do resultado, o DF se
tornou a unidade da federação com o maior número de mortes por questões de gênero. Cada
número representa uma vida perdida, uma família devastada e uma comunidade impactada pela
tragédia.
É imperativo reconhecer que o feminicídio não é apenas um crime individual; é um reflexo de
uma sociedade que, em muitos casos, tolera ou minimiza a violência contra as mulheres. A
desigualdade de gênero, a cultura do machismo e a falta de mecanismos efetivos de prevenção
e proteção contribuem para esse cenário lamentável.
Diante desse contexto, este projeto de lei se apresenta como medida necessária e urgente.
Busca-se não apenas incluir campanhas e ações diversas com o intuito de alertar e incentivar
condutas de segurança entre as mulheres, mas também incentivá-las a buscar informações
sobre o histórico de eventuais agressões ou condutas agressivas de seus companheiros,
namorados e demais relacionamentos, ainda que transitórios, para que se protejam de
qualquer tipo de violência . A sociedade precisa enfrentar de frente a cultura que perpetua a
violência contra as mulheres, promovendo a igualdade, o respeito e a conscientização.
A legislação deve ser um instrumento eficaz na luta contra o feminicídio, proporcionando não
apenas penalidades mais rigorosas, mas também ferramentas para a prevenção e
conscientização. É crucial garantir que as instituições e órgãos competentes estejam equipados
e capacitados para lidar com essas situações de maneira eficaz, promovendo a segurança e a
justiça para todas as mulheres do Distrito Federal.
Assim, este projeto de lei se propõe a ser um passo significativo na construção de uma
sociedade mais justa e segura para as mulheres, onde o feminicídio seja não apenas punido,
mas erradicado. É hora de agir coletivamente para interromper esse ciclo de violência.
Seguindo esta linha de intelecção, solicito aos meus nobres pares o apoio na aprovação do
presente Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em …
DEPUTADA DOUTORA JANE
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 23 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488232
PL 917/2024 - Projeto de Lei - 917/2024 - Deputada Doutora Jane - (108978) pg.2
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Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 18/01/2024, às 22:41:39 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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PL 917/2024 - Projeto de Lei - 917/2024 - Deputada Doutora Jane - (108978) pg.3
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Doutora Jane)
Institui o “Programa Rotas Rurais e
Endereçamento Digital (PRORRED)”
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
SEÇÃO I
Das Disposições Gerais
Art. 1º Fica instituído o Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital (PRORRED),
como endereço oficial de todo e qualquer imóvel em áreas rurais do Distrito Federal, com
intuito de oferecer, facilitar e ampliar o acesso a serviços públicos essenciais de pessoas que
residem, trabalham e transitam na zona rural e promover políticas públicas intersetoriais
voltadas à melhoria da qualidade de vida do campo.
Parágrafo único - Entende-se como Programa Rotas Rurais e Endereçamento
Digital (PRORRED), ferramenta capaz de localizar, com precisão, a entrada de cada
propriedade ou estabelecimento rural, sendo que, a partir do (PRORRED), pode-se traçar
qualquer rota com uso de sistemas abertos de roteamento ou navegação, ligando a
propriedade rural a qualquer via ou local.
SEÇÃO II
Dos Objetivos
Art. 2º A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural, fica incumbida pela disponibilização dos endereços rurais digitais das propriedades
rurais do Distrito Federal mediante parcerias que têm como objetivos:
I - facilitar e ampliar o acesso a serviços públicos essenciais de pessoas que residem
e trabalham em áreas rurais do Distrito Federal;
II - apoiar a implantação do endereço rural digital objetivando a identificação de vias
de acesso aos estabelecimentos rurais;
III - realizar parcerias com as Administrações Regionais para que encaminhem
informações oficiais relativas às vias, logradouros e correspondentes localizações dos
estabelecimentos rurais situados em seus respectivos limites territoriais, bem como para que
encaminhem dados de atividade agropecuária, turismo rural e novos empreendimentos na
zona rural, a fim de subsidiar um repositório de informações do agronegócio do Distrito
Federal;
PL 918/2024 - Projeto de Lei - 918/2024 - Deputada Doutora Jane - (109110) pg.1
IV - realizar treinamentos e capacitar servidores indicados pelas Administrações;
V - promover políticas públicas intersetoriais com as demais secretarias;
VI - utilizar o endereçamento rural digital como uma forma oficial de identificação de
estabelecimentos rurais.
Parágrafo único – O Poder Executivo regulamentará a presente lei, e poderá incluir
outros objetivos não previstos neste artigo, visando à melhoria da qualidade de vida no
campo.
SEÇÃO III
Das Parcerias
Art. 3º A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural poderá representar o Governo do Distrito Federal na celebração de convênios e
parcerias que tenham por objeto a implementação das atividades de que trata esta lei.
§ 1° - Para a consecução dos objetivos desta lei, a Secretaria de Estado da
Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural promoverá a assistência técnica, voltada
para a execução, em regime de colaboração, de programas e de ações que visem à melhoria
da qualidade de vida no campo.
§ 2° - O Poder Executivo regulamentará a execução das atividades previstas nesta
lei, notadamente para disciplinar a participação das Administrações Regionais e para detalhar
os requisitos a que se refere este artigo.
§ 3° - A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural
poderá celebrar parcerias com entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras,
para a troca de experiências de políticas públicas e tecnologia, com o objetivo de expandir e
trazer melhorias aos programas vinculados à tecnologia do Endereçamento Rural Digital.
SEÇÃO IV
Das Ações
Art. 4º A implementação do Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital
(PRORRED), dentre outras ações, dar-se-á através da adoção das seguintes medidas:
I - indicação, por parte da Administração Regional, de um Gestor das informações de
endereçamento fornecidas;
II - oferta de assessoria técnica destinada à capacitação de gestores regionais para a
utilização das ferramentas disponibilizadas pela Secretaria de Estado da Agricultura,
Abastecimento e Desenvolvimento Rural;
III - fornecimento de suporte técnico e informações, conforme limites estabelecidos na
Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), às Administrações por meio de órgãos do Distrito
Federal;
IV - indicação, às Administrações Regionais, de medidas técnicas e administrativas
para a utilização do Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital (PRORRED) nos
processos da administração pública, em especial na vinculação ao pagamento de tributos;
V - realização de eventos, em parceria com as Administrações Regionais, para
divulgação dos impactos e ganhos advindos da implantação do Programa Rotas Rurais e
Endereçamento Digital;
VI - promoção do debate entre os vários interlocutores envolvidos na implantação
do Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital (PRORRED), incluindo os entes públicos
federais, estaduais, distritais e municipais, os empreendedores da indústria agropecuária e as
entidades representativas dos setores;
PL 918/2024 - Projeto de Lei - 918/2024 - Deputada Doutora Jane - (109110) pg.2
VII - vinculação digital do Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital ao
Cadastro Ambiental Rural (CAR) e demais processos administrativos no Distrito Federal,
inclusive para a utilização, quando possível, do (PRORRED) como endereço fiscal;
SEÇÃO V
Das Disposições Finais
Art. 5º Eventuais despesas necessárias à execução desta lei correrão à conta das
dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.
Art. 6º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O "Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital (PRORRED)” objetiva atualizar a
área rural do Distrito Federal e levar tecnologias de informação e de geolocalização para
promover a integração entre diversos setores, oferecendo serviços mais eficientes à
população do campo, através de uma plataforma de acesso remoto compartilhado com todo
DF. As aplicações envolvem a atribuição de endereço codificado, disponibilização de mapas
logísticos e roteadores interativos que permitem a rápida localização da propriedade rural e
suas rotas de acesso, promovendo a mobilidade, conectividade, segurança, educação saúde,
serviços públicos e privados, políticas públicas mais eficientes e transformação social.
O acesso a serviços públicos essenciais nas áreas rurais do Distrito Federal muitas
vezes enfrenta desafios devido à ausência de um sistema eficiente de endereçamento e
localização. Reconhecendo a necessidade de melhorar a qualidade de vida no campo e
facilitar o acesso a serviços, este projeto de lei propõe a criação do "Programa Rotas Rurais e
Endereçamento Digital (PRORRED)".
Bem sabemos, que as comunidades rurais desempenham um papel vital no
desenvolvimento econômico e cultural, mas muitas enfrentam dificuldades no acesso a
serviços públicos essenciais devido à falta de infraestrutura de endereçamento. A criação de
um sistema digital de localização é crucial para superar essas barreiras e promover uma
melhor qualidade de vida para os residentes rurais.
Ademais, podemos ressaltar outros objetivos da proposição:
Facilitação do Acesso a Serviços Públicos:
Implementar um sistema de endereçamento digital que permita a localização precisa
de propriedades e estabelecimentos rurais, facilitando a entrega de serviços públicos, como
saúde, educação e segurança.
Integração de Políticas Públicas:
Fomentar a colaboração entre diferentes órgãos governamentais para desenvolver
políticas intersetoriais destinadas a melhorar a qualidade de vida nas áreas rurais do Distrito
Federal.
Integrar dados sobre localização e infraestrutura rural para orientar iniciativas de
desenvolvimento sustentável.
Conectividade e Desenvolvimento Econômico:
Proporcionar conectividade digital nas áreas rurais, permitindo o acesso a sistemas
abertos de roteamento e navegação.
Estimular o desenvolvimento econômico local, facilitando a chegada de insumos e a
distribuição de produtos agrícolas.
Segurança e Resposta a Emergências:
PL 918/2024 - Projeto de Lei - 918/2024 - Deputada Doutora Jane - (109110) pg.3
Melhorar a capacidade de resposta a emergências, permitindo que serviços de
socorro localizem propriedades rurais com rapidez e precisão.
Aprimorar a segurança pública nas áreas rurais por meio de um sistema de
endereçamento eficaz.
Cumpre salientar, ainda, que o presente projeto de lei reflete a necessidade de
levarmos melhoria de acesso a serviços públicos essenciais nas áreas rurais do Distrito
Federal , promovendo a inclusão digital, desenvolvimento sustentável e qualidade de vida nas
comunidades rurais, transformando o "Programa Rotas Rurais e Endereçamento Digital
(PRORRED)" em uma ferramenta essencial para a construção de um futuro mais próspero e
conectado no campo.
Seguindo esta linha de intelecção, solicito aos meus nobres pares a aprovação do
presente Projeto de Lei.
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DOUTORA JANE
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Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 07/02/2024, às 10:24:53 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembo de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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PL 918/2024 - Projeto de Lei - 918/2024 - Deputada Doutora Jane - (109110) pg.4
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Doutora Jane)
Institui a "Semana Distrital de
Competições de Robótica"
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituída a "Semana Distrital de Competições de Robótica", a ser
comemorada, anualmente, nos dias 07 a 14 de abril.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A robótica é uma área interdisciplinar que combina ciência, tecnologia, engenharia e
matemática, desempenhando um papel crucial no desenvolvimento educacional e
tecnológico. Reconhecendo a importância de incentivar o interesse pela robótica e tecnologia
entre os jovens, este projeto de lei propõe a criação da "Semana Distrital de Competições de
Robótica" a ser comemorada, anualmente, nos dias 07 a 14 de abril, no Distrito Federal.
O avanço tecnológico acelerado exige uma preparação adequada da próxima geração
para enfrentar os desafios do futuro. A robótica não apenas desenvolve habilidades técnicas,
mas também promove a criatividade, o trabalho em equipe e a resolução de problemas,
competências essenciais no mundo contemporâneo.
Em destaque alguns dos objetivos desta proposição:
Estímulo à Educação em Ciência e Tecnologia:
Promover o interesse dos estudantes do Distrito Federal nas áreas de ciência,
tecnologia, engenharia e matemática, por meio de competições de robótica.
Incentivar a participação ativa de escolas públicas e privadas em atividades
relacionadas à robótica.
Fomento à Inovação e Criatividade:
Proporcionar um ambiente propício para o desenvolvimento da criatividade e
inovação, incentivando os participantes a buscar soluções inovadoras para os desafios
propostos nas competições.
Estimular o pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas por meio
de projetos robóticos.
Integração de Conhecimentos Teóricos e Práticos:
Integrar os conhecimentos adquiridos em sala de aula com a prática por meio da
construção e programação de robôs.
Fortalecer a conexão entre o aprendizado acadêmico e as aplicações práticas nas
áreas.
PL 919/2024 - Projeto de Lei - 919/2024 - Deputada Doutora Jane - (108803) pg.1
Inclusão e Diversidade:
Promover a participação inclusiva de estudantes de diferentes idades, gêneros e
origens, visando à diversidade e igualdade de oportunidades.
Incentivar a formação de equipes multidisciplinares, refletindo a diversidade de
habilidades necessárias na robótica.
Cumpre salientar, que o presente projeto de lei reflete a necessidade de estímulo ao
interesse de estudantes nas áreas específicas, desde uma idade precoce, bem como o
desenvolvimento de habilidades técnicas, criativas e de resolução de problemas. E ainda,
promover a inclusão e diversidade na participação em competições de robótica.
Seguindo esta linha de intelecção, solicito aos meus nobres pares a aprovação do
presente Projeto de Lei.
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DOUTORA JANE
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00165, Deputado(a) Distrital, em 15/01/2024, às 15:53:07 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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PL 919/2024 - Projeto de Lei - 919/2024 - Deputada Doutora Jane - (108803) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Doutora Jane)
Institui a “Semana em Prol da Saúde
Mental Policial”, no âmbito do
Distrito Federal.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituída a "Semana em Prol da Saúde Mental Policial", a ser celebrada,
anualmente, na primeira semana do mês de janeiro, passando a integrar o Calendário Oficial.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
Os profissionais de segurança pública, em especial os policiais, enfrentam
diariamente desafios únicos que podem impactar significativamente sua saúde mental.
Reconhecendo a importância de promover o bem-estar psicológico desses profissionais, este
projeto de lei propõe a criação da "Semana em Prol da Saúde Mental Policial" no âmbito do
Distrito Federal.
Por desempenharem um papel crucial na manutenção da ordem e segurança da
sociedade, os policiais enfrentam situações de alto estresse, violência e pressão psicológica.
No entanto, as questões relacionadas à saúde mental frequentemente não recebem a
atenção devida, resultando em problemas como estresse pós-traumático, ansiedade e
depressão.
Dentre os objetivos do projeto, podemos destacar:
Conscientização e Desmistificação:
Promover a conscientização sobre questões de saúde mental entre os policiais,
desmistificando estigmas associados à busca de ajuda psicológica.
Implementar campanhas educativas que destaquem a importância da saúde mental e
os recursos disponíveis para apoio.
Capacitação e Prevenção:
Oferecer treinamentos regulares em técnicas de gestão de estresse, resiliência
emocional e prevenção do esgotamento profissional.
Estabelecer programas de suporte psicológico preventivo para auxiliar os policiais a
lidar com situações de alto risco e traumáticas.
Acesso a Serviços de Saúde Mental:
Facilitar o acesso a serviços de saúde mental especializados para policiais,
garantindo que tenham suporte profissional quando necessário.
PL 920/2024 - Projeto de Lei - 920/2024 - Deputada Doutora Jane - (108802) pg.1
Estabelecer parcerias com profissionais de saúde mental para oferecer
aconselhamento e terapia de forma confidencial.
Incentivo à Comunicação e Solidariedade:
Fomentar a criação de espaços de diálogo e apoio entre os colegas policiais,
incentivando a comunicação aberta sobre questões relacionadas à saúde mental.
Implementar ações que promovam um ambiente de trabalho solidário, onde os
policiais sintam-se à vontade para buscar ajuda sem receio de represálias.
Cumpre salientar, que o presente projeto de lei reflete a necessidade de melhoria no
bem-estar psicológico dos policiais, contribuindo para um desempenho profissional mais
eficaz, reduzindo casos de estresse pós-traumático, ansiedade e depressão entre os
profissionais de segurança pública, bem como o fortalecimento da comunidade policial,
incentivando o suporte mútuo e a busca proativa por cuidados de saúde mental.
Seguindo esta linha de intelecção, solicito aos meus nobres pares a aprovação do
presente Projeto de Lei.
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00165, Deputado(a) Distrital, em 14/01/2024, às 18:02:03 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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PL 920/2024 - Projeto de Lei - 920/2024 - Deputada Doutora Jane - (108802) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Doutora Jane)
Estabelece que o laudo médico que
atesta o diabetes mellitus tipo 1
(DM1) tenha prazo de validade
indeterminado, no âmbito do Distrito
Federal.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica estabelecido que o laudo médico que ateste o diabetes mellitus tipo 1
(DM1) passa a ter prazo de validade indeterminado, para todos os efeitos legais.
Parágrafo único - O laudo de que trata esta lei poderá ser emitido por profissional da
rede de saúde pública ou privada, observados os demais requisitos para a sua emissão
estabelecidos na legislação pertinente.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O Diabetes Mellitus Tipo 1 (DM1) é uma condição de saúde crônica que requer
acompanhamento médico contínuo, tratamento adequado e suporte para garantir a qualidade
de vida dos indivíduos afetados. Considerando a natureza permanente da doença e os
desafios enfrentados por quem convive com ela, este projeto de lei propõe que o laudo
médico que atesta o DM1 tenha prazo de validade indeterminado no âmbito do Distrito
Federal.
Pacientes com DM1 enfrentam uma jornada desafiadora, necessitando de cuidados
constantes e ajustes na medicação conforme as condições de saúde evoluem. Estabelecer
um prazo de validade para o laudo médico, que muitas vezes é utilizado para garantir
benefícios e direitos, pode gerar ônus desnecessário aos pacientes, obrigando-os a renovar
documentos frequentemente.
Dentre os objetivos do projeto, podemos destacar:
Facilitação do Acesso a Benefícios e Direitos:
Eliminar a necessidade de renovação periódica do laudo médico para pacientes com
DM1, facilitando o acesso a benefícios previdenciários, isenções fiscais, e outros direitos
assegurados por lei.
Redução da Burocracia e Custos para Pacientes:
Minimizar a burocracia associada à renovação de laudos médicos, reduzindo os
custos financeiros e de tempo para os pacientes e suas famílias.
Proporcionar maior autonomia aos pacientes, evitando que tenham que se deslocar
repetidamente para obter laudos atualizados.
PL 921/2024 - Projeto de Lei - 921/2024 - Deputada Doutora Jane - (108801) pg.1
Estímulo ao Autocuidado:
Encorajar os pacientes com DM1 a adotarem uma abordagem proativa em relação ao
seu autocuidado, promovendo a consciência sobre a importância do tratamento contínuo e da
gestão eficaz da doença.
Adaptação à Realidade Clínica da DM1:
Reconhecer a natureza crônica da DM1, que requer acompanhamento médico
vitalício, alinhando a legislação às práticas clínicas e às recomendações de organizações
médicas especializadas.
Cumpre salientar, que o presente projeto de lei reflete a necessidade de facilitar o
acesso a benefícios previdenciários e direitos garantidos por lei para pacientes com DM1,
reduzindo a burocracia e os custos associados à renovação de laudos médicos. Estimulando,
assim, o autocuidado e à conscientização sobre a gestão contínua da DM1.
Seguindo esta linha de intelecção, solicito aos meus nobres pares a aprovação do
presente Projeto de Lei.
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DOUTORA JANE
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00165, Deputado(a) Distrital, em 15/01/2024, às 16:00:38 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Doutora Jane)
Institui a “Semana de
Conscientização sobre a
Esquizofrenia, no âmbito do Distrito
Federal”.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituída a “Semana de Conscientização sobre a Esquizofrenia, no
âmbito do Distrito Federal”, a ser celebrada, anualmente, na semana do dia 24 de maio.
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
A esquizofrenia é uma condição de saúde mental complexa e muitas vezes
estigmatizada, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Reconhecendo a importância
de aumentar a conscientização sobre esta doença e promover a compreensão, este projeto
de lei propõe a criação da “Semana de Conscientização sobre a Esquizofrenia, no âmbito do
Distrito Federal”.
Por se tratar de uma condição neuropsiquiátrica que impacta não apenas a vida dos
indivíduos afetados, mas também de suas famílias e da sociedade como um todo. Muitas
vezes, a falta de informação leva a estigmas prejudiciais e barreiras no acesso ao tratamento
adequado. Este projeto visa preencher essa lacuna, proporcionando uma semana dedicada à
conscientização, educação e desestigmatização da esquizofrenia.
Dentre os objetivos do projeto, podemos destacar:
Conscientização Pública:
Promover atividades educativas em escolas, comunidades e locais de trabalho para
informar o público sobre a esquizofrenia, seus sintomas e tratamentos disponíveis.
Utilizar campanhas de mídia social, eventos públicos e material informativo para
disseminar informações precisas e desmistificar concepções equivocadas.
Apoio às Famílias:
Oferecer recursos e orientações às famílias de indivíduos com esquizofrenia,
abordando questões emocionais, sociais e práticas relacionadas ao convívio com a condição.
Facilitar a criação de redes de apoio comunitário para que as famílias compartilhem
experiências e estratégias de enfrentamento.
Treinamento Profissional:
PL 922/2024 - Projeto de Lei - 922/2024 - Deputada Doutora Jane - (108799) pg.1
Implementar programas de treinamento para profissionais de saúde, educadores e
membros de forças de segurança para melhor compreensão e manejo adequado de situações
envolvendo indivíduos com esquizofrenia.
Estimular a inclusão de conteúdo sobre saúde mental nos currículos educacionais,
promovendo uma sociedade mais informada e empática.
Acesso a Serviços de Saúde Mental:
Incentivar a criação de centros de atendimento especializados em saúde mental, com
foco na esquizofrenia, para garantir um tratamento acessível e de qualidade.
Promover parcerias com organizações não governamentais e profissionais de saúde
mental para ampliar o suporte disponível àqueles que enfrentam a esquizofrenia.
Cumpre salientar, que o presente projeto de lei reflete a necessidade de reduzir o
estigma associado à esquizofrenia, promovendo uma sociedade mais inclusiva e
compreensiva, bem como a melhoria no acesso a tratamentos e serviços de saúde mental
para indivíduos com esquizofrenia. Fortalecendo, assim, a rede de apoio social, envolvendo
famílias, comunidades e profissionais de saúde.
Seguindo esta linha de intelecção, solicito aos meus nobres pares a aprovação do
presente Projeto de Lei.
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Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Doutora Jane)
Dispõe sobre a criação do Programa
de Internet Acessível nas Áreas
Rurais no Distrito Federal.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituído o “Programa de Internet Acessível nas Áreas Rurais no Distrito
Federal” com o objetivo de promover o acesso à internet de qualidade nas áreas rurais,
contribuindo para a inclusão digital e o desenvolvimento sustentável dessas regiões.
Art. 2º O programa descrito nessa lei abrangerá a implementação de infraestrutura de
redes de internet, incluindo fibra óptica e tecnologias sem fio, visando atender de maneira
eficiente as demandas das comunidades rurais.
Art. 3º Poderão ser estabelecidas parcerias para a instalação e manutenção da
infraestrutura necessária, buscando otimizar recursos e garantir a expansão eficaz do
programa.
Art. 4º O Poder Executivo, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação
e órgãos competentes, será responsável por regulamentar as diretrizes do “Programa de
Internet Acessível nas Áreas Rurais no Distrito Federal”.
Art. 5º O programa instituído nessa lei integrará outros programas governamentais
voltados para o desenvolvimento rural, promovendo a conectividade como instrumento de
fortalecimento econômico e social.
Art. 6º Caberá ao Poder Executivo promover campanhas de conscientização sobre a
importância do acesso à internet nas áreas rurais, envolvendo a população local.
Art. 7º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das
dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário.
Art. 8º Esta Lei entra em vigor nos dados de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O Projeto de Lei que versa sobre a criação do “Programa de Internet Acessível nas
Áreas Rurais no Distrito Federal” apresenta-se como uma resposta fundamental à demanda
urgente por inclusão digital e desenvolvimento sustentável em nossas comunidades rurais .
Esta proposição fundamenta-se em diversos aspectos cruciais para o progresso social,
econômico e educacional dessas regiões.
Dentre os quais, destacamos:
1. Inclusão Digital e Desenvolvimento Socioeconômico: A conectividade é essencial
para integrar as áreas rurais ao mundo digital, proporcionando acesso a informações, serviços
públicos, oportunidades de negócios e desenvolvimento educacional.
PL 923/2024 - Projeto de Lei - 923/2024 - Deputada Doutora Jane - (108782) pg.1
2. Acesso à Educação e Informação: A falta de acesso à internet nas áreas rurais limita
significativamente o desenvolvimento educacional, prejudicando estudantes, educadores e
famílias. Esta iniciativa visa reduzir essa lacuna, proporcionando acesso a recursos educativos
online e estimulando o aprendizado.
3. Potencialização da Agricultura Familiar: A conectividade pode impulsionar a
agricultura familiar ao permitir o acesso a informações sobre práticas agrícolas modernas,
mercados e tendências, aumentando a eficiência e a competitividade desses produtores.
4. Estímulo ao Empreendedorismo Local: O acesso à internet viabiliza oportunidades
para o empreendedorismo local, permitindo que os residentes rurais explorem novos negócios,
divulguem seus produtos e serviços e acessem plataformas de comercialização online.
5. Telemedicina e Saúde Preventiva: A disponibilidade de internet nas áreas rurais é
crucial para facilitar o acesso a serviços de telemedicina, promovendo a saúde preventiva e
proporcionando melhores condições de vida para os habitantes dessas regiões.
6. Fomento à Inovação e Sustentabilidade: A conectividade nas áreas rurais estimula a
inovação, possibilitando o uso de tecnologias sustentáveis, gestão eficiente dos recursos
naturais e a participação ativa nas discussões sobre desenvolvimento sustentável.
7. Parcerias Público-Privadas para Eficiência na Implementação: A proposta de
parcerias público-privadas para a implementação busca otimizar recursos, compartilhar
conhecimentos e garantir uma infraestrutura eficiente e sustentável.
8. Atendimento a Demandas Emergentes: A pandemia de COVID-19 ressaltou a
importância da conectividade para o trabalho remoto, ensino à distância e acesso a serviços
essenciais. Esta iniciativa contribuirá para a resiliência dessas comunidades em situações
emergenciais.
Destarte, o presente projeto de lei reflete a necessidade de proporcionar condições
equitativas de acesso à internet, promovendo o desenvolvimento integrado e sustentável das
áreas rurais do Distrito Federal. Acreditamos que esta iniciativa é essencial para construir um
futuro mais conectado, inclusivo e próspero para todos os cidadãos do nosso estado.
Seguindo esta linha de intelecção, solicito aos meus nobres pares a aprovação do
presente Projeto de Lei.
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Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 15/01/2024, às 16:24:34 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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PL 923/2024 - Projeto de Lei - 923/2024 - Deputada Doutora Jane - (108782) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Doutora Jane)
Dispõe sobre a instituição do "Mês
do Bem-Estar e Qualidade de Vida
no Ambiente de Trabalho" no
Distrito Federal, e dá outras
providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Capítulo I - Da Instituição do Mês do Bem-Estar e Qualidade de Vida
Art. 1º Fica instituído o mês de maio como o "Mês do Bem-Estar e Qualidade de Vida
no Ambiente de Trabalho" no Distrito Federal.
Art. 2º Durante o mês de maio, poderão ser realizados programas, palestras,
workshops e atividades culturais voltados à promoção do bem-estar e qualidade de vida nas
organizações públicas e privadas do Distrito Federal.
Art. 3º As ações previstas no art. 2º poderão ser coordenadas por um comitê
composto por representantes do poder público, entidades da sociedade civil e instituições
especializadas no tema.
Capítulo II - Das Ações de Promoção do Bem-Estar e Qualidade de Vida no Ambiente de
Trabalho
Art. 4º As palestras e programas desenvolvidos abordarão temas como gestão do
estresse, gestão do tempo, prevenção do burnout, promoção do equilíbrio trabalho e vida
pessoal, comunicação não violenta, mediação de conflitos, atividades físicas e terapias, bem
como outras questões relevantes para a harmonia no ambiente de trabalho.
Art. 5º Serão estabelecidos critérios para reconhecimento e premiação das
organizações que se destacarem na promoção do bem-estar e qualidade de vida, visando
incentivar boas práticas.
Capítulo III - Dos Incentivos Fiscais e Benefícios para Empresas Comprometidas com o
Bem-Estar e Qualidade de Vida
Art. 6º O Poder Executivo poderá criar incentivos fiscais para as empresas que
implementarem programas internos de promoção do bem-estar e qualidade de vida,
demonstrando comprometimento com os seus colaboradores.
PL 924/2024 - Projeto de Lei - 924/2024 - Deputada Doutora Jane - (109108) pg.1
Art. 7º Será criado um selo de "Empresa Amiga do Bem-Estar e Qualidade de Vida" a
ser concedido às organizações que alcançarem padrões exemplares na promoção do bem-
estar e qualidade de vida no ambiente de trabalho.
Capítulo IV - Disposições Finais
Art. 8º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTIFICAÇÃO
O Projeto de Lei que propõe a instituição do "Mês do Bem-Estar e Qualidade de
Vida no Ambiente de Trabalho " no Distrito Federal surge da necessidade premente de
promover um ambiente laboral mais saudável e propício ao desenvolvimento integral dos
trabalhadores. Vivemos em uma sociedade em constante evolução, onde a valorização do
bem-estar no ambiente de trabalho torna-se uma prioridade não apenas para a saúde física e
mental dos colaboradores, mas também para a produtividade e eficiência das organizações.
O ambiente de trabalho exerce influência direta na qualidade de vida dos indivíduos,
impactando sua saúde física e mental, suas relações interpessoais e, por conseguinte, sua
performance profissional. Considerando a importância do Distrito Federal como polo
administrativo do país, é imperativo que adotemos medidas concretas para promover a saúde
e o equilíbrio nos locais de trabalho.
A proposta de instituir o "Mês do Bem-Estar e Qualidade de Vida no Ambiente de
Trabalho" busca consolidar uma cultura organizacional mais humanizada, que valorize o
respeito mútuo, a promoção da saúde mental, a prevenção do estresse laboral e a busca pela
qualidade de vida. Através de ações educativas, palestras, atividades físicas e práticas que
estimulem o autocuidado, pretendemos fomentar a criação de ambientes laborais mais
saudáveis e felizes.
Além disso, a iniciativa visa fortalecer a consciência coletiva sobre a importância do
bem-estar no trabalho, incentivando empresas e órgãos públicos a implementarem políticas
internas que promovam a qualidade de vida dos colaboradores. O resultado esperado é um
aumento na satisfação e no comprometimento dos profissionais, refletindo positivamente na
produtividade e na imagem das organizações.
Ademais, a proposição deste projeto alinha-se com as diretrizes nacionais de
promoção da saúde e bem-estar, reforçando o compromisso do Distrito Federal com a
construção de uma sociedade mais justa, equitativa e comprometida com o desenvolvimento
das relações interpessoais.
Dessa forma, a instituição do "Mês do Bem-Estar e Qualidade de Vida no Ambiente
de Trabalho" no Distrito Federal representa um passo significativo na busca por uma cultura
organizacional mais humanizada e voltada para o cuidado integral dos trabalhadores,
contribuindo para a construção de um ambiente laboral mais saudável, produtivo e
harmonioso.
Seguindo esta linha de Intelecção, e ainda, por se tratar de justo pleito, solicito o
apoio dos meus nobres pares no sentido de aprovarmos o presente Projeto de Lei.
Sala das Sessões, em …
PL 924/2024 - Projeto de Lei - 924/2024 - Deputada Doutora Jane - (109108) pg.2
DOUTORA JANE
DEPUTADA DISTRITAL
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 23 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488232
www.cl.df.gov.br - dep.doutorajane@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 26/01/2024, às 16:23:00 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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PL 924/2024 - Projeto de Lei - 924/2024 - Deputada Doutora Jane - (109108) pg.3
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Iolando - Gab 21
PROJETO DE LEI Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Iolando)
Institui o Dia das Igrejas Evangélicas
no Distrito Federal e dá outras
providências.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica instituído o Dia das Igrejas Evangélicas no Distrito Federal, a ser comemorado
anualmente no dia 10 de março.
Art. 2º O Dia das Igrejas Evangélicas será incluído no calendário de eventos oficiais do Distrito
Federal.
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º Revogam-se as disposições em contrário.
JUSTIFICAÇÃO
O presente projeto de lei tem como objetivo instituir o Dia das Igrejas Evangélicas no Distrito
Federal, a ser celebrado anualmente em 10 de março. Esta data foi escolhida em
reconhecimento ao marco histórico do primeiro culto protestante realizado no Brasil, em 10 de
março de 1557, na Ilha de Villegaignon, Rio de Janeiro. Este culto, organizado por missionários
e pastores franceses huguenotes sob a liderança do reverendo Pierre Richier, representou um
momento significativo na história do protestantismo no Brasil e na América Latina.
Essa data é emblemática, pois marca a chegada do protestantismo ao Novo Mundo e sua
subsequente expansão na América Latina. Realizado em francês e seguindo os ritos da Igreja
Reformada de Genebra, o culto atraiu a atenção de muitos, incluindo indígenas locais, e
estabeleceu um precedente para a diversidade religiosa no país.
Além disso, é importante destacar a contribuição significativa das igrejas evangélicas para a
formação social, cultural e religiosa do Distrito Federal. Desde a fundação da Primeira Igreja
Evangélica Congregacional de Brasília em 1960, no ano de inauguração da cidade, a presença
evangélica tem sido um pilar na estrutura social e espiritual de Brasília.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Distrito Federal abriga
uma grande e diversificada comunidade evangélica, com aproximadamente 30,8% da população
identificando-se como evangélica, o que equivale a mais de 930 mil pessoas. Esta comunidade
é servida por um número estimado de 2.500 igrejas de várias denominações, incluindo
pentecostais, batistas, metodistas e outras, que desempenham um papel crucial na oferta de
serviços religiosos, educacionais e sociais.
Portanto, a instituição do Dia das Igrejas Evangélicas no Distrito Federal não apenas reconhece
o legado histórico do protestantismo no Brasil, mas também valoriza a contribuição contínua das
igrejas evangélicas para o enriquecimento da diversidade cultural e espiritual da capital do país.
PL 925/2024 - Projeto de Lei - 925/2024 - Deputado Iolando - (108963) pg.1
Sala das Sessões,
Deputado IOLANDO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 21 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8212
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Documento assinado eletronicamente por IOLANDO ALMEIDA DE SOUZA - Matr. Nº 00149, Deputado
(a) Distrital, em 18/01/2024, às 17:15:59 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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PL 925/2024 - Projeto de Lei - 925/2024 - Deputado Iolando - (108963) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Martins Machado - Gab 10
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº DE 2023
(Do Senhor Deputado Martins Machado)
Concede o Título de Cidadã
Honorária de Brasília a Senhora
Damares Regina Alves.
A CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL decreta:
Art. 1º Fica concedido o Título de Cidadã Honorário de Brasília a Senhora Damares
Regina Alves.
Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.
JUSTICAÇÃO
O presente Projeto de Decreto Legislativo tem por objetivo, conceder o Título de
Cidadã Honorária de Brasília a Senhora Damares Regina Alves.
Damares Regina Alves, nasceu no dia 11 de março de 1964, em Paranaguá (PR).
Cursou Direito e, posteriormente, Pedagogia. Após anos de estudo e dedicação, formou-se
advogada pela Faculdade de Direito de São Carlos, e educadora pela Faculdade Pio Décimo.
Em meados da década de 80, tornou-se uma das fundadoras do Comitê Estadual de
Sergipe do Movimento Nacional Meninas e Meninos em Sergipe, que tem como principal
função social a proteção de crianças em situação de rua. Atuou, ainda, no final da década de
80, na defesa dos direitos das mulheres pescadoras e trabalhadoras do campo.
Damares também participou do movimento pró-vida e atuou no Congresso Nacional
durante mais de 20 anos como assessora parlamentar.
Considerada referência no combate à pedofilia e na proteção da infância, a ministra
deu protagonismo a voz de milhares de crianças com deficiência vítimas do infanticídio
indígena. Além disso, ela advogou voluntariamente por muitos anos para mulheres e crianças
em situação de vulnerabilidade social e violência doméstica.
Foi com essa experiência na bagagem que há mais de dois anos Damares chegou ao
Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
Por meio de políticas públicas efetivas e ações estruturantes, o trabalho em prol dos
direitos de mulheres, crianças, adolescentes, jovens, idosos, pessoas com deficiência, povos
e comunidades tradicionais e da família vem sendo realizado.
Nos dois anos de gestão, o trabalho focou no fortalecimento da rede de proteção de
direitos em todo o país. Foram equipados 559 conselhos tutelares do país. Ao todo, nesses
dois anos, foram destinados R$ 69,4 milhões para a iniciativa. Também foram equipados 56
conselhos de direitos da pessoa idosa com investimento de R$ 5,6 milhões.
PDL 77/2024 - Projeto de Decreto Legislativo - 77/2024 - Deputado Martins Machado - (10734p5g).1
Ainda foi reformulada e ampliada a implementação da Casa da Mulher Brasileira, uma
ferramenta que reúne em um só lugar diversos serviços de atendimento e acolhimento a
mulheres em situação de violência. Só em 2020, R$ 80 milhões foram destinados para essa
iniciativa.
Sob seu comando, o Disque 100 e o Ligue 180 ampliaram as plataformas para
denúncias de violação de direitos humanos. Agora, os serviços estão disponíveis em site e
aplicativo, com atendimento por videochamadas em Libras, além de ser possível utilizar os
canais no Telegram e no WhatsApp.
Filiou-se ao Republicanos em março de 2022. No mesmo ano, se licenciou da pasta
para concorrer a uma vaga ao Senado pelo DF. Foi eleita para o primeiro mandato,
conquistando 714.562 votos.
Em 24 de abril de 2023, assumiu o cargo de secretária nacional do Mulheres
Republicanas.
Dados aos relevantes serviços prestados à população brasiliense. conto com o apoio
dos Nobres Parlamentares para a aprovação deste Projeto de Decreto Legislativo ora
apresentado.
Sala das Sessões, em …
MARTINS MACHADO
DEPUTADO DISTRITAL
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 3º Andar, Gab 10 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8102
www.cl.df.gov.br - dep.martinsmachado@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. Nº 00155, Deputado
(a) Distrital, em 13/12/2023, às 15:47:26 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
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PDL 77/2024 - Projeto de Decreto Legislativo - 77/2024 - Deputado Martins Machado - (10734p5g).2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
REQUERIMENTO Nº DE 2024
( Da Sra. Deputada Doutora Jane )
Requer a retirada de tramitação e
arquivamento do Projeto Lei n.º 829
/2023, que “Dispõe sobre a
instituição do Mês do Bem-estar e
Saúde Mental no Ambiente de
Trabalho" no Distrito Federal, e dá
outras providências”.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Venho, cordialmente, solicitar à Vossa Excelência, nos termos do artigo 145, VII do
Regimento Interno, que seja retirado de tramitação e arquivamento do Projeto Lei n.º 829
/2023, que “Dispõe sobre a instituição do Mês do Bem-estar e Saúde Mental no Ambiente de
Trabalho" no Distrito Federal, e dá outras providências”.
JUSTIFICAÇÃO
Por motivos da existência de proposição correlata/análoga.
Destarte, agradeço pela disponibilidade, compreensão e apoio de sempre.
Sala das Sessões, em …
DOUTORA JANE
Deputada distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 23 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488232
www.cl.df.gov.br - dep.doutorajane@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 15/01/2024, às 15:05:15 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
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REQ 1100/2024 - Requerimento - 1100/2024 - Deputada Doutora Jane - (108727) pg.1
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Doutora Jane - Gab 23
REQUERIMENTO Nº DE 2024
(Da Senhora Deputada Doutora Jane)
Requer a realização de Sessão
Solene em Defesa das Prerrogativas
da Advocacia do Distrito Federal, a
realizar-se no dia 28 de fevereiro de
2024, das 19:00 horas às 22:00
horas, no Plenário da CLDF.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Requeiro, nos termos dos arts. 124, e 135, I e 145, V, do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, a realização de Sessão Solene em Defesa das
Prerrogativas da Advocacia do Distrito Federal, a realizar-se no dia 28 de fevereiro de 2024,
das 19:00 horas às 22:00 horas, no Plenário da CLDF.
JUSTIFICAÇÃO
A advocacia desempenha um papel fundamental na sociedade, sendo um pilar
essencial para a manutenção do Estado de Direito e a garantia dos direitos individuais e
coletivos. Nesse contexto, torna-se imperativo reconhecer e valorizar as prerrogativas dos
advogados, que são essenciais para o pleno exercício da profissão e para a efetiva
administração da justiça.
O Distrito Federal, como ente federativo, possui uma comunidade jurídica atuante e
comprometida com a defesa dos direitos dos cidadãos. A Sessão Solene proposta tem como
objetivo enaltecer o papel da advocacia no contexto local, destacando a importância do
respeito às prerrogativas dos advogados como condição sine qua non para a promoção da
justiça e o fortalecimento do Estado Democrático de Direito.
Além disso, a realização desta Sessão Solene proporcionará um espaço de reflexão e
diálogo sobre os desafios enfrentados pelos profissionais da advocacia no Distrito Federal,
bem como sobre as medidas necessárias para assegurar um ambiente propício ao pleno
exercício de suas funções.
As prerrogativas da advocacia representam não apenas a garantia do pleno exercício
da profissão, mas também a defesa dos direitos fundamentais dos cidadãos. O advogado
desempenha um papel essencial na preservação da justiça e na proteção dos direitos
individuais e coletivos. No entanto, é inegável que, em diversos contextos, essas
prerrogativas são desafiadas, desrespeitadas ou mesmo ignoradas.
REQ 1101/2024 - Requerimento - 1101/2024 - Deputada Doutora Jane, Deputado Jorge Viannpag,. 1Deputado Rogério Morro da Cruz - (109525)
Nesse sentido, a Sessão Solene proposta não apenas busca destacar a importância
dessas prerrogativas, mas também visa sensibilizar as autoridades competentes e a
sociedade como um todo sobre a necessidade de sua proteção e promoção. Será uma
oportunidade para debatermos os desafios enfrentados pelos advogados no exercício de sua
profissão, os casos de desrespeito às suas prerrogativas e as medidas necessárias para
garantir sua efetiva observância.
Além disso, a realização desta Sessão Solene demonstrará o compromisso desta
Casa Legislativa com os valores democráticos e o Estado de Direito, reafirmando nosso apoio
irrestrito à advocacia e ao seu papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa
e igualitária.
Assim, rogo pela aprovação deste requerimento, certos de que a Sessão Solene em
Defesa das Prerrogativas da Advocacia do Distrito Federal será um marco significativo na
valorização da advocacia e na promoção da justiça em nossa região.
Sala das Sessões, em …
DOUTORA JANE
Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 23 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488232
www.cl.df.gov.br - dep.doutorajane@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JANE KLEBIA DO NASCIMENTO SILVA REIS - Matr. Nº
00165, Deputado(a) Distrital, em 06/02/2024, às 14:19:26 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembo de 2020.
Documento assinado eletronicamente por JORGE VIANNA DE SOUSA - Matr. Nº 00151, Deputado(a)
Distrital, em 06/02/2024, às 15:02:24 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
Documento assinado eletronicamente por BERNARDO ROGERIO MATA DE ARAUJO JUNIOR - Matr.
Nº 00173, Deputado(a) Distrital, em 06/02/2024, às 18:32:59 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembo de 2020.
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Código Verificador: 109525 , Código CRC: a9642a0c
REQ 1101/2024 - Requerimento - 1101/2024 - Deputada Doutora Jane, Deputado Jorge Viannpag,. 2Deputado Rogério Morro da Cruz - (109525)
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Paula Belmonte - Gab 22
REQUERIMENTO Nº , DE 2023
( Da Senhora Deputada PAULA BELMONTE – CIDADANIA/DF )
Requer a realização de Audiência
Pública no âmbito da Comissão de
Fiscalização, Governança,
Transparência e Controle - CFGTC,
para debater o déficit de pessoal
(servidores) nas áreas da Saúde,
Educação e Segurança Pública do
Distrito Federal.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Requeiro, nos termos dos artigos 85 e 239 do Regimento Interno da Câmara
Legislativa do Distrito Federal - RICLDF, a realização de Audiência Pública no âmbito da
Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle - CFGTC, para debater o
déficit de pessoal (servidores) nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Pública do
Distrito Federal .
JUSTIFICAÇÃO
O presente Requerimento de Audiência Pública visa debater, no âmbito da Comissão
de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle - CFGTC, o déficit de pessoal
(servidores) nos quadros da Secretaria de Saúde, de Educação e de Segurança Pública do
Distrito Federal.
Rotineiramente, os veículos de comunicação e as representações sindicais de
servidores das áreas acima especificadas noticiam o enxugamento no quadro de servidores, o
que vem impactando diretamente nos serviços oferecidos a toda a população do Distrito
Federal.
Muitas das vezes, como forma de mitigar os efeitos consequenciais do déficit de
pessoal, os servidores atualmente integrante dos quadros das carreiras policiais, de saúde e
da área educacional, acabam sendo sobrecarregados para que possam fazer uma entrega
mínima e digna a todos os cidadãos do DF, o que vem acarretando o afastamento desses
servidores das atividades laborais, por doenças físicas e psíquicas em muitos dos casos.
Exemplificando, a Polícia Civil do Distrito Federal, segundo dados, tem um déficit de 62% no
efetivo, e hoje é considerando o menor número de servidores da última década [1].
Atualmente a Secretaria de Saúde encontra-se nessa situação alarmante, em que
enfrenta uma verdadeira situação de guerra para poder combater a epidemia de Dengue, que
REQ 1102/2024 - Requerimento - 1102/2024 - Deputada Paula Belmonte - (109603) pg.1
vem elevado a Capital da República como a 1ª colocada no ranking de pessoas com a
doença e no número de óbitos decorrentes dela. Segundo Sindicatos da Saúde, há um déficit
de 11 mil profissionais de saúde do Distrito Federal, dentre médicos, enfermeiros e técnicos
de enfermagem, o que deixou mais calamitosa ainda a explosão da situação do aumento
vertiginoso nos casos de dengue no Distrito Federal [2].
Segundo dados do próprio presidente da Comissão de Educação desta Casa
Legislativa, há um déficit de 15 mil profissionais docentes no magistério da rede pública de
ensino do Distrito Federal. Segundo Ele, há escolas públicas do DF que funcionam com 90%
de professores temporários, o que chega a ser um absurdo. Temos professores temporários,
aprovados em concurso público para tornarem-se efetivos, mas que ainda aguardam essa tão
sonhada nomeação [3].
Assim, diante da situação ora posta, é fato que o Distrito Federal necessita
urgentemente recompor seu quadro de servidores públicos, principalmente nas áreas de
Saúde, Educação e Segurança Pública, motivo este que a Audiência Pública que ora se
propõe, mostra-se de suma importância, com vistas a acompanhar o crescimento dos
serviços públicos essenciais ofertados a toda a população, especificamente nas áreas de
saúde, educação e segurança pública .
Sabemos que dentre as funções do parlamentar encontra-se a função de integração
legislativa com toda a comunidade. A Audiência Pública ora proposta é no sentido de
acompanhar, fiscalizar e acompanhar se o Distrito Federal acompanhou o crescimento dos
serviços públicos essenciais, especificamente nas áreas de saúde, educação, e segurança
pública.
É certo que a Câmara Legislativa não poderá se furtar da responsabilidade com a
população do Distrito Federal, que de acordo com o Censo de Demográfico 2022 do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) se tornou oficialmente a terceira maior cidade do
Brasil analisando apenas a população, com um crescimento de 9,6% em 12 anos, mas que,
tudo indica, não houve esse fortalecimento no quadro de servidores públicos dessas referidas
áreas para acompanhar esse aumento. Pelo contrário, tem se demonstrado um quadro
deficitário até então nunca visto.
Cumpre enfatizar, que a audiência pública é aberta a participação de todos os
parlamentares que desejem contribuir na discussão do tema, que é importante para toda a
população do Distrito Federal.
Pelo exposto, sendo o tema de extrema relevância, conto com a colaboração dos
nobres colegas para a aprovação deste Requerimento .
Sala das Sessões, em
PAULA BELMONTE
Deputada Distrital
[1] https://noticias.r7.com/brasilia/policia-civil-do-distrito-federal-tem-menor-numero-de-efetivos-
em-dez-anos-27102023#:~:text=D%C3%A9ficit%20%C3%A9%20de%2062%25%2C%
20segundo%20o%20sindicato&text=A%20Pol%C3%ADcia%20Civil%20do%20Distrito,Lei%
20de%20Acesso%20%C3%A0%20Informa%C3%A7%C3%A3o
REQ 1102/2024 - Requerimento - 1102/2024 - Deputada Paula Belmonte - (109603) pg.2
[2]https://www.metropoles.com/distrito-federal/sindicatos-denunciam-deficit-de-11-mil-
profissionais-de-saude-do-df
[3] https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/trabalho-e-formacao/2024/01/6780239-
gdf-nomeia-apenas-um-professor-para-cada-escola-do-df.html
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 22 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488222
www.cl.df.gov.br - dep.paulabelmonte@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 07/02/2024, às 10:56:47 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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REQ 1102/2024 - Requerimento - 1102/2024 - Deputada Paula Belmonte - (109603) pg.3
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Chico Vigilante - Gab 09
REQUERIMENTO Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Chico Vigilante)
Requer a realização de Audiência
Pública para debater a luta e o
direito dos aposentados e
pensionistas da CEB por um plano
de saúde.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Requeiro, nos termos dos artigos 85, 145, VIII, e 239 do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal, a realização de Audiência Pública para debater a luta
e o direito dos aposentados e pensionistas da CEB por um plano de saúde, no dia 3 de abril
de 2024, às 19 horas, no Plenário desta Casa.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo debater a luta e o direito dos aposentados e
pensionistas da CEB por um plano de saúde. Desde 2017, quando foi declarada
inconstitucional a lei 3010/2002, que garantia o benefício aos assistidos da CEB, os mais de
3.000 aposentados e pensionistas existentes naquele momento iniciaram o seu calvário.
Muitos, tendo que pagar naquela época valores incompatíveis com a sua renda, já se
desligaram no início da implantação do novo plano contributivo. Os que ficaram, superando
mês a mês as dificuldades de orçamento para se manter, passaram a acreditar na
viabilização do INAS, o que agora está ameaçado com a ADI do GDF contra a Lei 7137/2022,
de autoria do dep. Chico Vigilante, que incluiu os assistidos da CEB no plano de saúde do
governo. A Neoenergia, que substituiu a CEB Distribuição, passou a se movimentar para
extinção da Faceb como operadora do plano de saúde, pois isso se constitui condição para a
incorporação da FACEB Previdência pela NÉOS, entidade previdenciária que pertence ao
grupo Neoenergia. Para esse intento, a Neoenergia encerrou o plano de saúde da FACEB em
agosto /2023, oferecendo o Bradesco Saúde aos assistidos que remanesceram, com valor
subsidiado até dezembro/2023. Após esses mês , o mensalidade saltará para R$ 3.500,00,
inviabilizando por completo a permanência dos poucos que ainda conseguiram ficar. E mais.
Com esse processo de extinção da FACEB, a Neoenergia ainda almeja ficar com quase R$
30 milhões que foram aportados pela CEB na FACEB, em 2017, como garantia financeira do
plano dos aposentados, recurso que poderia ser utilizado para viabilizar um plano saúde mais
em conta para os aposentados e pensionistas.
Pelo exposto, espero contar com o apoio dos nobres Parlamentares para aprovação
deste importante requerimento.
REQ 1103/2024 - Requerimento - 1103/2024 - Deputado Chico Vigilante, Deputado Gabriel Mpagg.n1o, Deputado Ricardo Vale - (109575)
Sala das Sessões, em 06 de fevereiro de 2024.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 3º Andar, Gab 9 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8092
www.cl.df.gov.br - dep.chicovigilante@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por FRANCISCO DOMINGOS DOS SANTOS - Matr. Nº 00067,
Deputado(a) Distrital, em 06/02/2024, às 12:30:24 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
Documento assinado eletronicamente por GABRIEL MAGNO PEREIRA CRUZ - Matr. Nº 00166,
Deputado(a) Distrital, em 06/02/2024, às 16:00:14 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. Nº 00132, Deputado(a)
Distrital, em 06/02/2024, às 16:54:50 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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REQ 1103/2024 - Requerimento - 1103/2024 - Deputado Chico Vigilante, Deputado Gabriel Mpagg.n2o, Deputado Ricardo Vale - (109575)
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Chico Vigilante - Gab 09
REQUERIMENTO Nº DE 2024
(Autoria: Deputado Chico Vigilante Lula da Silva)
Requer a realização de Sessão
Solene para outorga do Título de
Cidadão Honorário de Brasília, post
mortem, ao Frei João Benedito
Ferreira de Araújo, a realizar-se no
dia 18 de junho de 2024.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 124 do Regimento Interno da CLDF, requeiro a realização de
Sessão Solene, no dia 18 de junho de 2024, às 19 horas, no Plenário desta Casa, para
outorga do Título de Cidadão Honorário de Brasília, post mortem, ao Frei João Benedito
Ferreira de Araújo.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo propiciar a outorga do Título de Cidadão
Honorário de Brasília , post mortem, para o Frei João Benedito Ferreira de Araújo. O referido
título foi concedido por meio do Decreto Legislativo nº 2.428/2023.
O mais novo dos três filhos do casal João Ferreira de Araújo e Maria Salomé
Gonçalves, João Benedito Ferreira de Araújo, nasceu aos 30 de janeiro de 1970, na fazenda
Córrego Rico, próxima a Paracatu – MG, cidade para onde a sua família se mudou após o
falecimento do seu pai, quando frei João contava com apenas oito dias de nascido e ali
viveram até o ano de 1973.
Frei João recebeu o santo Batismo, no dia 21 de março de 1970. Com sua família, frei
João Benedito se transferiria para o Gama – DF, onde residiu durante toda a sua infância e
adolescência, vivendo vida simples e modesta, conduzido e educado por sua mãe, que viria a
falecer no dia 10 de maio de 1992, quando ele já estava no Seminário.
O chamado à vocação religiosa se daria, para o jovem João Benedito, através da sua
proximidade com a comunidade paroquial de São João Bastista do Gama – DF, onde
orientado e acompanhado pelo padre Guilherme Kern, da Sociedade do Verbo Divino, se
tornaria coroinha e em pouco tempo, pelo seu grande interesse e zelo pela sagrada liturgia,
coordenador do grupo, o que lhe possibilitou posteriormente, trilhar o caminho de
REQ 1104/2024 - Requerimento - 1104/2024 - Deputado Chico Vigilante, Deputado Gabriel Mpagg.n1o, Deputado Ricardo Vale - (109570)
aproximação com os frades franciscanos do Jardim da Imaculada, onde junto aos seus
companheiros de grupo, acorria para auxiliá-los na produção da Revista Cavaleiro da
Imaculada.
Ao completar 18 anos de idade e após o término dos estudos médios, o frei
ingressaria no postulantado da Ordem franciscana, em 06 de fevereiro de 1988. Pouco mais
de um ano depois, dia 20 de fevereiro de 1989, frei João Benedito iniciou o ano canônico do
Noviciado, em Caçapava – SP, e ali vivendo já revelava sua boa definição vocacional e
identificação com o carisma franciscano, ao mesmo tempo em que se fazia solícito e aplicado
no desempenho das atividades que lhe eram propostas. No dia 10 de fevereiro de 1990, frei
João professou os primeiros votos na Ordem franciscana, dando início à sua formação
acadêmica.
Durante o seu período formativo, ficou evidente, para os seus formadores e demais
confrades, o seu temperamento vivaz, a sua personalidade alegre, um manifesto interesse e
vivo gosto pelos estudos, sempre empenhado na realização das missões que lhe eram
confiadas, afirmando sentir-se adequado ao trabalho formativo.
Entre os anos de 1990 e 1996, frei João, cursou a Filosofia e a Teologia, junto ao
Seminário Maior Arquidiocesano de Brasília. No dia 07 de dezembro de 1995, ainda como
estudante da Teologia, o ainda jovem seminarista asssumia a função de Secretário
Acadêmico do IFITESB, Instituto recém fundado, pela então Custódia Provincial de São
Maximiliano, a fim de possibilitar uma formação de caráter franciscano aos frades. Ainda no
ano de 1995, frei João, alcançaria a convalidação do seu curso de filosofia, obtendo a plena
licença pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, no dia 03 de dezembro. Desde
o período formativo, o jovem religioso, manifestava o desejo de prosseguir nos estudos
acadêmicos até a conclusão do doutorado, o que viria de fato a acontecer anos depois,
quando em 2018, defenderia a sua tese doutoral em Teologia com Especialização em Liturgia
Pastoral, em Pádua na Itália, onde residira por alguns anos.
Frei João Benedito Ferreira de Araújo, recebeu os ministérios do Leitorato e Acolitato,
entre os anos de 1993 e 1994; fez profissão Solene dos votos, no dia 16 de julho de 1994, em
Brasília – DF e foi ordenado Diácono, no dia 10 de dezembro de 1995. Dotado de
personalidade marcante e capacidades organizacionais, frei João, nunca se negou a assumir
e a conduzir as obras que lhe foram confiadas. Assim sendo, uma vez ordenado Diácono ele
foi enviado à Comunidade de São Francisco de Assis, no Valparaíso de Goiás, onde viveria o
seu ano de experiência pastoral e no dia 07 de dezembro de 1996 fora ordenado Presbítero
pela benção de Dom Frei Agostinho, Bispo de Luziânia – GO. No dia 15 de janeiro de 1997,
transferido para o Convento de São Pedro Apóstolo do Novo Gama, exerceria a função de
Vigário Paroquial. No ano seguinte, no dia 17 de fevereiro de 1998, frei João foi transferido
para o Jardim da Imaculada, onde atuou como Vigário, Redator do Cavaleiro da Imaculada e
Assessor da Pastoral da Juventude e da Comunicação da Diocese de Luziânia e no ano de
1999, no dia 27 de abril, seria nomeado Reitor do Instituto São Boaventura (ISB) e Redator da
Revista acadêmica Itinerários.
Ainda no ano de 1999, durante a celebração do Capítulo Custodial da Custódia de
São Maximiliano, frei João Benedito, se tornou o mais jovem frade eleito para a função de
Ministro Custodial, função que exerceria até o ano de 2003, quando a Custódia Provincial foi
erigida, no dia 31 de maio, como Província de São Maximiliano Maria Kolbe do Brasil, da qual
ele foi eleito como o seu 1º Ministro Provincial. Sempre empenhado e atento à Formação dos
frades, como Provincial trabalhou pela aquisição do terreno e construção da Casa de
Formação de Santa maria dos Anjos e para a transferência da Casa de Noviciado de
Niquelândia – GO para Brasília – DF.
No ano de 2001, frei João Benedito intermediou ainda a instalação de uma
comunidade de irmãs Claríssas, na Arquidiocese de Brasília. Entre os anos de 2006 e 2007,
frei João idealizou o OPEN-ISB, projeto de Educação, evangelização e formação por meio da
internet. Ainda nesse ano, frei João Benedito foi eleito para membro do Conselho Geral da
Ordem dos Frades Menores Conventuais, em Roma, onde exerceria a função de Assistente
Geral para a América Latina, cargo que desempenharia até meados do ano de 2008, quando
REQ 1104/2024 - Requerimento - 1104/2024 - Deputado Chico Vigilante, Deputado Gabriel Mpagg.n2o, Deputado Ricardo Vale - (109570)
retornou ao Brasil. No dia 07 de fevereiro de 2009, frei João fora transferido para o Convento
de Nossa Senhora Aparecida de João Pessoa – PB e dali partiria em retorno à Itália, onde
buscaria fazer um caminho pessoal de discernimento vocacional e ali estando, em pouco
tempo, viria a assumir novas missões, em nome da Ordem Franciscana, desta vez, junto a
casa de Espiritualidade dos Santuários Antonianos, em Campossampiero, onde exerceria a
função de Coordenação das atividades da Casa, entre os anos de 2013 e 2019, quando do
seu retorno ao Brasil.
No período da sua estadia na Itália, frei João Benedito, adquiriu cidadania italiana e
concluiu os estudos de Mestrado e Doutorado, publicando em livro a sua Tese sobre sob o
título: A ritualidade do Pentecostalismo: causas de um crescimento imprevisível no Brasil e no
Mundo. Uma vez celebrado o Capítulo Provincial Ordinário da Província São Maximiliano, em
novembro de 2019, o então eleito Ministro Provincial solicitou o seu retorno ao Brasil, a fim de
que pudesse colaborar na missão Provincial. Tendo recebido com prontidão e alegria a
obediência, frei João foi transferido do Convento de São João Batista e Santo Antônio, de
Campossampiero na Itália, para o Convento de São Francisco de Assis de Brasília, de onde
tomaria posse como Pároco e Reitor da Paróquia – Santuário São Francisco de Assis, no dia
15 de janeiro de 2020.
Entre os anos de 2019 e 2020, frei João desempenharia também a função de Reitor
do ISB. Durante a Pandemia do Covid-19, desde o ano de 2020 também desempenhou
importante papel para a promoção do Serviço Social Santa Dulce dos Pobres, através do qual
assistiu e assiste muitas famílias carentes. No dia 22 de outubro de 2021, com grande alegria,
foi nomeado, pelo Arcebispo de Brasília, Vigário Episcopal para os Institutos de vida
Consagrada e Sociedades de vida Apostólica da Arquidiocese.
Envidando esforços, juntos aos paroquianos do Santuário são Francisco de Assis, frei
João Benedito, iniciou no ano de 2021, aquele projeto que coroaria o seu apostolado e
missão: a reforma do Santuário São Francisco de Assis, e, como última e grande graça
celebrou, junto aos paroquianos e fieis do Santuário, o recebimento do título da Sacrossanta
Basílica Menor de São Francisco de Assis, a qual fora instalada pelo Cardeal Arcebispo de
Brasília Dom Paulo Cezar Costa, no dia 13 de maio de 2023, dois dias antes do seu
falecimento.
Ao concelebrar a Santa Missa, em homenagem ao dia das mães, no dia 14 de maio,
Frei João passou mal e sofreu um desmaio durante a oração do Cordeiro de Deus.
Imediatamente socorrido, ele foi levado ao hospital, onde, algumas horas depois lhe seria
constatada, por meio de exames, uma dissecção aórtica e consequente necessidade de
intervenção cirúrgica. Contudo, pela madrugada do dia 15 de maio, frei João sofreu um infarto
e veio a óbito às 5:13h da manhã. Depois de realizado o velório, o corpo do frei João Benedito
Ferreira de Araújo foi sepultado no Cemitério Imaculada Conceição, no Jardim da Imaculada,
em Cidade Ocidental – GO, às 16:30h, do dia 16 de maio de 2023.
Seu legado e seu incansável ardor missionário ficarão para sempre marcados em
nossos corações e de todos aqueles que tiveram o privilégio de conviver com esse grande
servo de Cristo. Seu bom humor, seu sorriso, sua vibração e competência em tudo o que se
propunha a fazer jamais serão esquecidos.
Pelo exposto, esperamos contar com o apoio dos obres Pares para a aprovação
desta importante proposição.
Sala das Sessões em 06 de fevereiro de 2024.
CHICO VIGILANTE
Deputado Distrital
REQ 1104/2024 - Requerimento - 1104/2024 - Deputado Chico Vigilante, Deputado Gabriel Mpagg.n3o, Deputado Ricardo Vale - (109570)
DEPUTADO(A)
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 3º Andar, Gab 9 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8092
www.cl.df.gov.br - dep.chicovigilante@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por FRANCISCO DOMINGOS DOS SANTOS - Matr. Nº 00067,
Deputado(a) Distrital, em 06/02/2024, às 12:21:18 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
Documento assinado eletronicamente por GABRIEL MAGNO PEREIRA CRUZ - Matr. Nº 00166,
Deputado(a) Distrital, em 06/02/2024, às 16:00:14 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
Documento assinado eletronicamente por RICARDO VALE DA SILVA - Matr. Nº 00132, Deputado(a)
Distrital, em 06/02/2024, às 16:53:49 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
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REQ 1104/2024 - Requerimento - 1104/2024 - Deputado Chico Vigilante, Deputado Gabriel Mpagg.n4o, Deputado Ricardo Vale - (109570)
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Paula Belmonte - Gab 22
REQUERIMENTO Nº DE 2024
(Da Senhora Deputada PAULA BELMONTE)
Requer a realização de Audiência
Pública, no dia 05 de dezembro de
2024, às 19 horas, no Plenário desta
Casa, para debater sobre os
problemas da Região Administrativa
do Arapoanga.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Requeiro, nos termos dos artigos 85; 135, inciso III, alínea "d", e 239 do Regimento
Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a realização de Audiência Pública no dia 05
de dezembro de 2024, às 19 horas, no Plenário desta Casa, para debater sobre os problemas
da Região Administrativa do Arapoanga.
JUSTIFICAÇÃO
O presente requerimento tem por finalidade assegurar a realização de Audiência
Pública, destinada a debater sobre os problemas enfrentados pelos moradores da Região
Administrativa do Arapoanga.
Os moradores do Arapoanga têm enfrentado uma série de desafios que impactam
diretamente sua qualidade de vida e bem-estar. Entre esses desafios, destacam-se questões
relacionadas à infraestrutura, segurança, saneamento básico, acesso a serviços públicos e
regularização fundiária.
A realização de uma audiência pública proporcionará um espaço para que os
moradores possam expressar suas preocupações, relatar suas experiências e apresentar
suas demandas de forma democrática e participativa. Será uma oportunidade para identificar
e priorizar as demandas locais mais urgentes e pertinentes.
A audiência pública permitirá o estabelecimento de um diálogo direto e transparente
entre os moradores do Arapoanga e as autoridades locais, incluindo representantes do
governo, órgãos responsáveis pela infraestrutura urbana, segurança pública, saúde,
educação e assistência social. Esse diálogo é fundamental para encontrar soluções efetivas
para os problemas enfrentados pela comunidade.
A realização da audiência pública possibilitará a busca por soluções coletivas e
integradas para os problemas enfrentados pelo Arapoanga. Ao reunir diferentes atores e
especialistas, será possível identificar estratégias e ações que atendam às necessidades da
comunidade de forma abrangente e sustentável.
REQ 1105/2024 - Requerimento - 1105/2024 - Deputada Paula Belmonte - (109716) pg.1
A audiência pública é um instrumento essencial para fortalecer o exercício da
cidadania e a participação popular na gestão pública. Ao promover a mobilização e a
articulação dos moradores, estimulamos o engajamento da comunidade na busca por
melhorias em sua própria localidade.
Ao realizar uma audiência pública para debater os problemas enfrentados pelos
moradores do Arapoanga, reafirmamos nosso compromisso com a promoção do bem-estar e
da qualidade de vida de todos os cidadãos, especialmente daqueles que vivem em situações
de vulnerabilidade e precariedade.
Diante da relevância da situação e da necessidade urgente de buscar soluções para
os problemas enfrentados pelos moradores do Arapoanga, esperamos contar com o apoio
dos nobres pares para a aprovação desta proposta de audiência pública.
Sala das Sessões, em …
(assinado eletronicamente)
PAULA BELMONTE
Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 22 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488222
www.cl.df.gov.br - dep.paulabelmonte@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 07/02/2024, às 10:54:14 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109716 , Código CRC: 39eb67d0
REQ 1105/2024 - Requerimento - 1105/2024 - Deputada Paula Belmonte - (109716) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Paula Belmonte - Gab 22
REQUERIMENTO Nº DE 2024
(Da Senhora Deputada PAULA BELMONTE)
Requer a realização de Sessão
Solene, em comemoração ao Dia do
Empreendedor e ao
Empreendedorismo, a realizar-se no
dia 07 de outubro de 2024, às 19
horas, no Plenário desta Casa.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Requeiro, nos termos do art. 124 do Regimento Interno da Câmara Legislativa do
Distrito Federal, a realização de Sessão Solene em comemoração ao Dia do Empreendedor e
ao Empreendedorismo, a realizar-se no dia 07 de outubro de 2024, às 19 horas, no Plenário
desta Casa.
JUSTIFICAÇÃO
O presente requerimento tem por finalidade assegurar a realização de Sessão
Solene, destinada a comemorar o Dia do Empreendedor e ao Empreendedorismo no Distrito
Federal.
Os empreendedores desempenham um papel fundamental no desenvolvimento
econômico e social do Distrito Federal, impulsionando a inovação, a geração de empregos e o
crescimento empresarial. Esta Sessão Solene será uma oportunidade para valorizar e
reconhecer o trabalho e a dedicação dos empreendedores locais.
O empreendedorismo é uma força motriz para o progresso e a prosperidade de uma
região. Ao celebrar o Dia do Empreendedor e o Empreendedorismo no Distrito Federal,
estamos incentivando a cultura empreendedora, a criatividade e a inovação entre os cidadãos
locais.
A Sessão Solene será uma oportunidade para destacar exemplos inspiradores de
empreendedores de sucesso no Distrito Federal, bem como para reconhecer os desafios
enfrentados por eles ao longo de suas jornadas empreendedoras. Essas histórias servirão de
motivação e inspiração para outros empreendedores locais.
O Distrito Federal possui um ecossistema empreendedor vibrante, com uma
diversidade de startups, pequenas e médias empresas e iniciativas inovadoras. Esta Sessão
Solene será uma ocasião para promover e fortalecer esse ecossistema, incentivando a
colaboração e a cooperação entre os diversos atores do setor.
Existem várias iniciativas de apoio ao empreendedorismo no Distrito Federal, como
incubadoras, aceleradoras, programas de capacitação e acesso a financiamento. A Sessão
REQ 1106/2024 - Requerimento - 1106/2024 - Deputada Paula Belmonte, Deputado Thiago Mpagn.1zoni, Deputado João Cardoso Professor Auditor - (109589)
Solene será uma oportunidade para reconhecer e valorizar essas iniciativas, bem como para
incentivar a ampliação e o aprimoramento desses programas.
Ao celebrar o Dia do Empreendedor e o Empreendedorismo no Distrito Federal,
reafirmamos nosso compromisso com o desenvolvimento econômico e social da região,
buscando criar um ambiente favorável para o surgimento e crescimento de novos
empreendimentos e negócios.
Diante da importância do empreendedorismo para o Distrito Federal e para o país
como um todo, esperamos contar com o apoio dos nobres pares para a aprovação desta
proposta de Sessão Solene em comemoração ao Dia do Empreendedor e ao
Empreendedorismo no Distrito Federal.
Sala das Sessões, em …
(assinado eletronicamente)
PAULA BELMONTE
Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 22 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488222
www.cl.df.gov.br - dep.paulabelmonte@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 07/02/2024, às 10:37:25 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
Documento assinado eletronicamente por THIAGO DE ARAÚJO MACIEIRA MAN - Matr. Nº 00172,
Deputado(a) Distrital, em 07/02/2024, às 10:52:44 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembo de 2020.
Documento assinado eletronicamente por JOAO ALVES CARDOSO - Matr. Nº 00150, Deputado(a)
Distrital, em 07/02/2024, às 10:57:58 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109589 , Código CRC: 20c2e30a
REQ 1106/2024 - Requerimento - 1106/2024 - Deputada Paula Belmonte, Deputado Thiago Mpagn.2zoni, Deputado João Cardoso Professor Auditor - (109589)
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Rogério Morro da Cruz - Gab 05
MOÇÃO Nº DE 2024
(Do Senhor Deputado ROGÉRIO MORRO DA CRUZ)
Reconhece e apresenta votos de
louvor aos dedicados profissionais
farmacêuticos, pelo transcurso do
Dia do Farmacêutico e em
reconhecimento ao trabalho que
desempenham na promoção da
saúde, prevenção de doenças e no
suporte terapêutico à população.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do artigo 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para apresentar votos de louvor aos dedicados profissionais farmacêuticos,
abaixo relacionados, pelo transcurso do Dia do Farmacêutico e em reconhecimento ao
trabalho que desempenham na promoção da saúde, prevenção de doenças e no suporte
terapêutico à população.
1. Ada Amalia Ayala Urdapilleta
2. Adriana Carrijo de Medeiros
3. Ageu Assis Perreira
4. Alessandra Lopes Barbosa
5. Alessandra Russo de Freitas
6. Alexandre Alvares Martins
7. Alicia Krüger
8. Aline Inês Pereira Couto
9. Amanda Regina Costa Oliveira
10. Aminata Doucoure Drame
11. Ana Carolina Alves Rocha
12. Ana Paula Pereira Duarte
13. André Filipe Teixeira Castro Silva
14. Andrea Pecce Bento
15. Ângelo Gaspar de Sousa
16. Anna Heliza Silva Giomo
17. Anna Maly de Leão e Neves Eduardo
18. Annalu Oliveira de Deus Carlos
19. Antonio Walber Balbino Farias
20. Aureliana Silveira Costa Archanjo
21. Benjamim Rodrigues dos Santos
22. Braiton Meireles de Freitas
23. Brenda de Lucena Costa Damascena
24.
MO 602/2024 - Moção - 602/2024 - Deputado Rogério Morro da Cruz - (109730) pg.1
24. Breno Silva de Abreu
25. Bruna Rodrigues de Morais Campos
26. Camila Alves Areda Cassano
27. Camila Carvalho Adelino
28. Camila de Sousa Moura
29. Carlos Augusto Felipe de Sousa
30. Carmem Solange Alves de Araújo
31. Cassandra Aires da Cruz
32. Celso Grisi Junior
33. Claudia Maria Botini
34. Claudia Serafin
35. Claudiana de Araujo Silva
36. Daniel Correia Júnior
37. Daniela Boneberger Behn
38. Daniela Santos Barros
39. Danielle Alves de Melo
40. David Anderson Alves dos Reis
41. Dayane Leite Serpa
42. Débora Ferreira Reis
43. Denise Rodrigues Nunes dos Santos
44. Djany Alves Santos
45. Edelcides Lino de Melo
46. Edgard Dantas Borges
47. Edibergna Duarte de Almeida
48. Edilson Antonio de Sousa
49. Edilson de Souza dos Santos
50. Eline Siqueira
51. Elly Rodrigo Porto
52. Estevão de Cassia Faria
53. Eva Suzy Mendes Arantes Nacfur
54. Fabiana Pereira Lopes
55. Fabiana Silva dos Santos Lino
56. Fabiano Jose Queiroz Costa
57. Fernanda Geórgia de Oliveira Andrade Yamada
58. Fernanda Junges de Araújo
59. Francisco Carpegiane Gomes de Sousa
60. Francisco Carvalho de Melo
61. Francisco Rodrigues Lima
62. Fred Soares dos Santos
63. Gilcilene Maria dos Santos El Chaer
64. Gissele Teodoro Leite
65. Grasiela Araújo da Silva
66. Heberth Rubber Ferreira
67. Hiury Araújo
68. Ilacherman Nunes Nogueira
69. Iohanna Emanuelle Martins
70. Irailde Rosa de Aguiar
71. Isabel Cristina Florentino
72. Isabella Guerreiro Caparica Borges
73. Ivelone Maria de Carvalho
74. João Carlos Sousa Maciel
75. João de Almeida Neto
76. João Feliciano Alves
77. Jorge Luis Santos Carlos
78. José Batista de Oliveira Fiho
79. José Carlos dos Santos
80.
MO 602/2024 - Moção - 602/2024 - Deputado Rogério Morro da Cruz - (109730) pg.2
80. José Garcia de Araújo Júnior
81. José Roberto da Costa
82. José Silvestre Lourenço Neto
83. Juana Bottega Woitechumas
84. Jucelio Araújo
85. Julia Queiroz Fernandes
86. Juliana Antunes Rigueira
87. Julio César França
88. Junio Vitor Pimenta
89. Karla Cristina Alves Guedes
90. Kátia Vieira de Menezes
91. Kelly Cristina Costa Borges
92. Kelly Karolyne Araujo dos Santos Sousa
93. Kennia Josianne Santos Bertolino
94. Laiany Lobo Maldonado
95. Larissa Oliveira de Queiroz Borges
96. Larissa Regina Testa das Neves Sasso
97. Laryssa Lima Amaral Soares
98. Lauralicia Serejo Tavares
99. Leandro Maurício e Silva
100. Leryanny Cordeiro de Barros
101. Lilian Patrícia Nascimento
102. Luciana Aparecida Pereira da Silva Oliveira
103. Luciano Cazarim de Almeida
104. Lucinete de Oliveira Nobre
105. Luiz Campos
106. Luiz Dias Pereira Neto
107. Luiz Eduardo de Melo
108. Luiz Henrique Paz de Lima
109. Luiz Sasso Filho
110. Márcia Menezes Nunes
111. Mardhen Rariele Moura de Araújo
112. Maria Amelia Alves da Costa Ferraz
113. Maria Eugênia Meireles
114. Maria Luiza Schettine Matias
115. Marizoneide Cavalcante Gomes
116. Matheus de Mesquita Furtado
117. Maurício Coelho Ferreira
118. Maxwel Nóbrega de Araújo
119. Micheline Marie Milward de Azevedo Meiners
120. Natalia Mendes Gomes Magalhaes
121. Nilma Vieira Cordeiro
122. Ozelia Guedelho Linhares
123. Pollyana de Freitas Silva
124. Rafaela Barbosa Antunes
125. Raphaella Correia da Costa
126. Rayanne Sombra da Silva
127. Renata Maria Alencar Moreira
128. Renato Lucio Ribeiro Gomes
129. Ricardo Marcelino da Silva Júnior
130. Robson Carvalho dos Reis
131. Rodrigo Haddad
132. Rodrigo Lima dos Santos Pereira
133. Rosângela Maria Linares Presoti
134. Roseane do Socorro Tavares Ursulino Calmon
135. Shynayda Maria Ferreira Vaz
136.
MO 602/2024 - Moção - 602/2024 - Deputado Rogério Morro da Cruz - (109730) pg.3
136. Silene Lima Dourado Ximenes Santos
137. Sirdilene Coelho Magalhães
138. Suelver Pereira Fernandes
139. Suyanna Batista Rocha
140. Tatiana Rego Borges
141. Thaís de Sousa Vasconcelos
142. Thales Fernando de Medeiros Teódulo
143. Thiago de Sousa Lima
144. Thiago Herbert Macêdo Vieira
145. Valéria Machado da Silva
146. Vanessa dos Santos Duarte
147. Vanessa Navarro de Miranda
148. Vinicius Meyrelles Marques
149. Walleska Fidelis Gomes Borges
150. Wesley Nasareth dos Santos
151. Wiliam Pereira Pinto
152. William Khalil El Chaer
JUSTIFICAÇÃO
Os farmacêuticos são pilares na promoção da saúde humana, exercendo uma
influência decisiva no acesso e uso seguro dos. Eles desempenham um papel fundamental
não só na dispensação cuidadosa desses fármacos, mas também na orientação precisa aos
pacientes sobre a correta utilização de fármacos, seja prescrito ou de venda livre. A
experiência farmacológica desses profissionais é fundamental, assegurando que cada
paciente receba o tratamento mais adequado para suas condições específicas.
A atuação dos farmacêuticos estende-se para além da farmácia; eles estão nos
laboratórios, nas unidades de saúde, em clínicas estéticas e cada vez mais envolvidos em
esforços de prevenção de doenças e promoção da saúde, como campanhas de vacinação e
programas de rastreamento de doenças. Este leque abrange de atuação evidencia a
amplitude de sua contribuição para a prevenção à doença e promoção da saúde.
Diante do papel vital dos farmacêuticos na saúde pública e de seu desempenho
dedicado, especialmente em momentos críticos, torna-se essencial reconhecer e celebrar
suas contribuições. É com este espírito que propomos esta Moção de Louvor, como um
tributo aos profissionais farmacêuticos listados, cuja dedicação e trabalho árduo são
reconhecidos para nossa saúde e comunidade.
Sendo assim, submeto esta moção à apreciação desta Casa, para que esta Casa de
Leis possa reconhecer e honrar o compromisso e contribuição dos farmacêuticos em
benefício da nossa população.
Sala das Sessões, em …
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ
Autor
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 5 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488052
www.cl.df.gov.br - dep.rogeriomorrodacruz@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por BERNARDO ROGERIO MATA DE ARAUJO JUNIOR - Matr.
MO 602/2024 - Moção - 602/2024 - Deputado Rogério Morro da Cruz - (109730) pg.4
Nº 00173, Deputado(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:18:48 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembo de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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MO 602/2024 - Moção - 602/2024 - Deputado Rogério Morro da Cruz - (109730) pg.5
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Pastor Daniel de Castro - Gab 07
MOÇÃO Nº DE 2023
Do Senhor: Deputado Pastor Daniel de Castro.
Parabeniza e manifesta votos de
louvor às pessoas que especifica,
em homenagem ao Dia do Atleta.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Com base no art. 144 do Regimento Interno desta Casa, proponho aos nobres pares
Moção de Louvor às pessoas que se específica, em homenagem ao Dia do Atleta.
RELAÇÃO DE HOMENAGEADOS
Shihan José Luciano
José Vieira Da Silva
Sensei Fabiana Alencar Luciano
Sensei Paulo Sérgio Souza
Romilton Gabriel Silva Ornelas
Sensei Antonio Vieira Da Silva
Maurete Alves Cerqueira
Francisco Carlos Da Silva Cardoso
Rodrigo Junio Pereira Dos Santos
Lara Costa Mariano
Renzo Gabriel Ornelas
Ruan Gabriel Ornelas
Pietra Sabino Da Silva
Pedro Roberto Sabino Da Silva
Koran Barcellos De Oliveira Hogem
Katsuyama Barcellos De Oliveira Hogem
João Victor Pereira De Souza
Vitor Gomes Martins
Gilson Tanaka
Oliverio Fernandes Borges
Maicon Nonoyama
José Elias Custódio Xavier
Maria Conceição Marinho De Oliveira
Beatriz Conceição Marinho De Oliveira
Enoch Nogueira Da Costa
Rogério Gomes
Rafael De Carvalho Xavier
Victor Hugo Maciano De Carvalho Xavier
MO 603/2024 - Moção - 603/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro - (109609) pg.1
Paulo Vitor Cabral Monteiro
Lenara Martins De Oliveira Bandeira
Igor De Araújo
José Araújo Da Silva Junior
Neilton De Sousa
Flavio José Gonzaga Santos
Francisco Da Cruz Lima
Danillo Barbosa Da Silva
Saulo Júnio Ribeiro
Rosimeire Cristina
Vera Lucia Dos Santos
Rodolfo Figueiredo De Sousa
Rafael Figueiredo De Sousa
Nilton Oliveira
Alexandre Testa
Edmilson Anicieto
Bernardo Silva
Eberson Chaves Pereira
Erick Maia Gomes Pereira
Paulo Roberto Roberto Borges
Domingos Rodrigues Da Silva
Rita Maria Almeida Queiroz
Oliveirio Fernandes Borges
Marcos Daniel Araújo Paraguassu
Iasmin Dias De Queiroz Da Silva
Giulia Ribeiro De Resende
Vitória Raíssa Soares De Araújo
Roger Da Rocha Borges
Nicole Maria De Sousa Reis
Hugo Oliveira Xavier
Reginaldo Miguel Roza
Sara Letícia Ribeiro Gomes
Vicente Joaquim De Souza
Mariana De Souza Ferreira
Alice De Souza Ferreira
Daniel Batista Paraguassu
Maria Clara Nicassio Dos Santos
José Eduardo Soares Cardoso
Daniel Lira Nogueira
Eduardo Caleb Almeida De Melo
Lucas Vinicius Rodrigues Da Silva Nuvem
Maria Isabelle Souza Pazini Chaina Correria da Silva
JUSTIFICAÇÃO
A data celebra o esforço das pessoas que se dedicam ao esporte, seja por
hobbie ou para manter uma boa qualidade de vida. Um atleta pode ser também àquele que
pratica o atletismo, um grupo de modalidades que pertencem aos Jogos Olímpicos, como a
corrida, o salto com vara, arremesso de pesos, ginástica artística e etc.
Os primeiros atletas surgiram há muitos séculos, na antiga Grécia e Roma. Os Jogos
Olímpicos, uma série de competições de jogos e esportes, que acontece de quatro em quatro
MO 603/2024 - Moção - 603/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro - (109609) pg.2
anos, reúnem os melhores atletas do mundo, que competem por medalhes de ouro, prata e
bronze. Atleta é o profissional dos desportos (preferencialmente atléticos) e das atividades
físicas. O termo iniciou-se com os que praticavam atletismo.
Depois estendeu-se aos praticantes de luta (em jogos solenes) na Grécia e Roma
Antiga. Também pode significar um homem ou mulher de sólida compleição. Segundo
Krieger, (2007) atleta "é qualquer pessoa que pratique qualquer manifestação de desporto,
seja educacional, de participação ou rendimento, podendo ser classificado quanto à forma de
sua prática, em amador, não profissional e profissional."
Mesmo os que apenas correm pelas ruas da cidade a fim de melhorar a forma física e
a saúde não o deixam de ser, no sentido mais amplo da palavra.
Portanto, homenagear aos atletas é reconhecer de público aqueles que tem essa
disposição para incentivar através de suas condutas positivas e saudáveis outros cidadãos do
Distrito Federal.
Mediante tal justificativa rogamos aos nobres pares, o apoio para a aprovação das
referidas moções considerando a relevância dos Atletas para o Distrito Federal.
Sala das Sessões, em …
PASTOR DANIEL DE CASTRO
Deputado Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 7 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488072
www.cl.df.gov.br - dep.pastordanieldecastro@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. Nº 00160, Deputado(a)
Distrital, em 06/02/2024, às 17:49:31 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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MO 603/2024 - Moção - 603/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro - (109609) pg.3
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Empresários, que
especifica, pelo comprometimento e
profissionalismo demonstrados nos
serviços prestados à população da
Região Administrativa de Santa
Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar os empresários, que especifica, pelo comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos serviços prestados à população de Santa Maria.
1 – NATÁLIA DE JESUS COTRIM;
2 – ANTONIO BENJAMIM DE MORAES;
3 – FABIO PORTELA;
4 – ROSANGELA PORTELA;
5 – LENILDO SOARES DOMINGUES;
6 – EUDES TEIXEIRA;
7 – MARIA ZENAIDE ALVES;
8 – OSCAR T. FROTA;
9 – FRANCISCA SOARES;
10 – JOANA LIMA DE ALMEIDA – Colégio Expoente;
11 - SERGIO RIBEIRO DO NASCIMENTO;
12 – ENAILDO GONÇALVES VIANA – Reitor na Faculdade Brasília;
13 – ENIDO GONÇALVES VIANA – Diretor Geral da Faculdade Brasília;
14 – VALMIR FERNANDES VIEIRA – Diretor do Supermercado Pontual;
15 – EVANDRO OSTERNI FILHO – Empresa Odonto Smile Ltda.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar e homenagear os empresários
pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação em prestar um grande serviços a
população da Região Administrativa de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses empresários , assim conclamo aos
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
MO 604/2024 - Moção - 604/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109780) pg.1
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 13:41:14 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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MO 604/2024 - Moção - 604/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109780) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor ao Presidente do Conselho
de Segurança Comunitário de Santa
Maria – CONSEG, FERNANDO
GOMES, pelo comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados à população da
Região Administrativa de Santa
Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor ao Presidente do Conselho de
Segurança Comunitário de Santa Maria – CONSEG, FERNANDO GOMES, pelo
comprometimento e profissionalismo demonstrado nos trabalhos prestados à população da
Região Administrativa de Santa Maria.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar o Senhor Fernando Gomes pelo
comprometimento, profissionalismo e dedicação, prestado à população do Distrito Federal no
desempenho de suas funções junto ao CONSEG de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais, assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 13:39:04 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
MO 605/2024 - Moção - 605/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109773) pg.1
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MO 605/2024 - Moção - 605/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109773) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Servidores da Vigilância
Sanitária, que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo demonstrados nos
serviços prestados à Região
Administrativa de Santa Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Servidores da Vigilância
Sanitária, que especifica, pelo comprometimento e profissionalismo demonstrados nos
serviços prestados na Região Administrativa de Santa Maria:
1 – SUELY DUARTE DA SILVA – Chefe de núcleo;
2 – JÚLIO CESAR TRINDADE DE CARVALHO - Subchefe.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os servidores da Vigilância
Sanitária lotados na Região Administrativa de Santa Maria, pelo comprometimento,
profissionalismo e dedicação para com a população daquela região administrativa.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais , assim conclamo aos
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em …
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 13:38:23 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
MO 606/2024 - Moção - 606/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109775) pg.1
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MO 606/2024 - Moção - 606/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109775) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor ao Diretor da Regional de
Ensino de Santa Maria, CLAUDINEY
FORMIGA CABRAL, pelo
comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados frente a gestão
das escolas públicas de Santa Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de louvor ao Diretor da Regional de Ensino
de Santa Maria, CLAUDINEY FORMIGA CABRAL, pelo comprometimento e profissionalismo
demonstrado nos trabalhos prestados frente a gestão das escolas públicas de Santa Maria.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar o Sr. Claudiney Formiga Cabral
pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação, prestado frente a direção da Regional
de Ensino da Região Administrativa de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais, assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 13:37:46 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
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MO 607/2024 - Moção - 607/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109778) pg.1
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos servidores do Hospital
Regional de Santa Maria, que
especifica, pelo comprometimento,
dedicação e profissionalismo
demonstrados nos trabalhos
prestados à população daquela
região.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos servidores do Hospital
Regional de Santa Maria pelo comprometimento, dedicação e profissionalismo demonstrados
nos trabalhos prestados frente ao referido hospital.
1 – FRANKLIN PEREIRA DOS SANTOS- médico;
2 – CALIL SOLOMÃO ABUD NETO – médico;
3 – JANAÍNA CRISTINA DOS REIS MACHADO – médica;
4 – FREED DA ANUNCIAÇÃO – médico;
5 – JOELMA BATISTA SOARES – gerente da UBS;
6 – ELIANE SOUZA DE ABREU – superintendente;
7 – RAIANE ALVES DA SILVA – enfermeira;
8 – RÔMULO FASSIO BELÉM - médico.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os servidores do Hospital
Regional de Santa Maria pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação, prestados à
população do Distrito Federal no desempenho de suas funções no referido hospital.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais, assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
MO 608/2024 - Moção - 608/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109769) pg.1
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 13:10:39 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109769 , Código CRC: 565956b2
MO 608/2024 - Moção - 608/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109769) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Policiais Militares do
Distrito Federal, que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados à população da
Região Administrativa de Santa
Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Policiais Militares do Distrito
Federal; CEL. QOPM Vânio Martins Escobar; MAJ. QOPM. Anderson Pierre Santos do
Nascimento e TEN. Comandante QOPM. Anderson de Sousa Braga.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os oficiais da corporação da
Polícia Militar pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação para com a população da
Região Administrativa de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais , assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:45:22 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
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Código Verificador: 109635 , Código CRC: 04b06492
MO 609/2024 - Moção - 609/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109635) pg.1
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Líderes Comunitários,
que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo nos serviços
prestados à população da Região
Administrativa de Santa Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Líderes Comunitários abaixo
especificados:
ANTONIA FLAVIA L.DO NASCIMENTO, DOMINGOS ARRUDA DE SÁ, EURIDES
JOSÉ DE JESUS, FRANCISCO DAS CHAGAS, ISILDA GUIMARÃES DE OLIVEIRA,
RAIMUNDO NONATO ROCHA, TANIA MARIA DE JESUS B.DE MELO, SÔNIA HENRIQUE,
JAIRO HENRIQUE BATISTA DE OLIVEIRA, MARIA DE FÁTIMA SOUZA, MIRACY DE
OLIVEIRA, MIGUEL LUZIA DA SILVA, DANIEL ROCHA, SALVADOR GOMES DA SILVA,
JOANA D'ARC TAVARES DE SOUZA, FRANCISCO AGUIAR AMAURI B. MITCHELL, JÚLIO
CESAR MESSIAS DA SILVA, DENISE BASTOS, SÔNIA DE ALMEIDA SOUZA, ILÇO
FIRMINO, LUIZ CARLOS SARAIVA, JORGE ALEXANDRE, ANTONIO ALÃ DE BRITO,
TATIANA SANTOS DE VASCONCELLOS COELHO e JÚNIO GABRIEL RAMOS DE PÁDUA.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar e homenagear os Líderes
Comunitários da RA de Santa Maria pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação
na prestação de serviços a comunidade.
O Líder Comunitário por natureza é aquele que ouve os anseios da população e
o representa junto ao Poder Público, com o pleito de ações que garantam a qualidade de
vida dos moradores de determinada região.
Sendo assim, o Líder é um herói anônimo. É um servidor da comunidade que busca
honrar as suas obrigações e defender o coletivo. Ele é o verdadeiro representante
da comunidade perante o poder público.
MO 610/2024 - Moção - 610/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109647) pg.1
Como forma de reconhecer o trabalho destes profissionais, conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Comissões, em
JAQUELINE SILVA
Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:44:48 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109647 , Código CRC: 46421b51
MO 610/2024 - Moção - 610/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109647) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Bombeiros Militares do
Distrito Federal, que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados à população da
Região Administrativa de Santa
Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Bombeiros Militares do
Distrito Federal; Maj. Felipe Silva Gomes, 2ºTEN Matheus Marques Camelo, 2ºTEN Matheus
Filipe da Costa Oliveira, Sub.TEN Jose Francisco da Silva, Sub.TEN Carlos Fernando Alves
de França, Sub.TEN Carlos Alberto de Araújo, Sub.TEN Luciano Pereira Gonçalves, Sub.TEN
Rosendo Ferreira Zuza, Sub.TEN Rildon Dias do Nascimento, Sub.TEN Germano Figueiredo
de Souza, Sub.TEN Jairo Marques Seixas, Sub.TEN Juliano Francisco de Souza, 1º SGT.
Altanízio Monteiro da Silva, 1º SGT. Vandeilton Rodrigues Lisboa, 1º SGT. Ismar Badico
Soares, 1º SGT. Marcio Cléber dos Santos, 1º SGT. Carlos Eduardo Batista da Silva, 2º SGT.
Diego Queiroz Aquino, 2º SGT. Lukas Bezerra Silva e 3º SGT. Leandro de Paula Coelho.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os bombeiros pelo
comprometimento, profissionalismo e dedicação para com a população da Região
Administrativa de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais, assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
MO 611/2024 - Moção - 611/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109639) pg.1
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:42:40 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109639 , Código CRC: 10eed7b2
MO 611/2024 - Moção - 611/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109639) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Policiais Rodoviários do
Distrito Federal, que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados à população da
Região Administrativa de Santa
Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Policiais Rodoviários Federal
do Distrito Federal:
Delegado Joilson da Silva Almeida;
Elvis Augusto Uliana;
Jose Carlos Pereira dos Santos;
Ana Tarcia Martins da Silva Santos;
Fabrício Teles da Silva;
Diego Silva Veloso;
Darla Sousa Pinto;
Pedro Henrique Rodrigues;
Cristiano Medeiros Correia;
Ediney Alberto de Souza;
Wescley da Costa Camelo;
Kleber de Jesus Neres;
Jese Ferreira;
Debora Fábrica Galarraga,
Valter Rodrigues de Souza Junior;
Frederico Lima Cesário da Silveira;
Júlio Sezar Gomes Ferreira;
Pedro Rangel Silveira;
Luan Teixeira Zaffari;
MO 612/2024 - Moção - 612/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109641) pg.1
Gabriel Candido Rodrigues Galvão;
Diogo Silva dos Reis;
Thainá Di Mais;
Breno Campos Sales;
Marcos José da Silva Cordeiro.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os Policiais pelo
comprometimento, profissionalismo e dedicação para com a população de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais, conclamo meus Nobres
Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:42:10 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109641 , Código CRC: 73aae70a
MO 612/2024 - Moção - 612/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109641) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Policiais Civis da 33ª
Delegacia de Polícia do Distrito
Federal, que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
serviços prestados à população da
Região Administrativa de Santa
Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Policiais Civis da 33ª
Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal:
ANTONIO FREIRE DA COSTA NETO - Delegado;
BRUNO RIGO LINHARES – Delegado;
JOSÉ EDUARDO GALVÃO DE CASTRO MENEZES - Delegado;
ERICKSON RODRIGO DE FREITAS HORTELÃO OLIVEIRA – Escrivão;
MARIA CLARA RAMOS DANTAS – Agente de Polícia;
ANDRÉ SANTA LUZIA FREIRE – Agente de Polícia;
HENRIQUE GUEDES OLIVEIRA – Agente de Polícia;
RODRIGO DANIEL SILVA COSTA – Agente de Polícia;
ROBSON PINHEIRO DA SILVA JUNIOR – Agente de Polícia;
LUCIA BARROS DA SILVA – Agente de Polícia;
ANDERSON BENEVIDES VALENÇA – Agente de Polícia.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os Policiais Civis pelo
comprometimento, profissionalismo e dedicação para com a população de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais , assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
MO 613/2024 - Moção - 613/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109642) pg.1
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:41:35 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109642 , Código CRC: d8081541
MO 613/2024 - Moção - 613/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109642) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Policiais Militares do
Distrito Federal, que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados à população da
Região Administrativa de Santa
Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Policiais Militares do Distrito
Federal; Sgt. Fábio Andrade Arrais; 1 Sgt. Alexandre dos Anjos Minduri, 1 Sgt. Adalberto
Gonçalves Ribeiro; 2 Sgt. Maurício Aires da Cunha; 2 Sgt. Rinaldo Robson Oliveira e Cb.
André Juvino de Oliveira.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os Policiais Militares da Polícia
Militar pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação para com a população da Região
Administrativa de Santa Maria.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais , assim conclamo aos
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:41:07 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109643 , Código CRC: 0bc98be2
MO 614/2024 - Moção - 614/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109643) pg.1
MO 614/2024 - Moção - 614/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109643) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Servidores
Socioeducativos, que especifica,
pelo comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados na Unidade de
Internação de Santa Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Servidores Socioeducativos
da Unidade de Santa Maria:
LUCIAN DA ROCHA SILVA JUNIOR
MARIA JOANA MAIA
ANDLEY LUIZ CLEMENTINO DE CEIA
IVA ARAUJO DOS REIS
CIZENANDES RODRIGUES DE QUEIROZ
ANTONIO CARLOS MARQUES GONÇALVES
VALERIA DE SOUSA SILVA FELIPE
ALLYSON NUNES ALVES
MAURÍCIO JOSÉ GOMES LEITÃO
FERNANDA TOLEDO ROCHA
JONAS LOUZADA DA COSTA
NILO LUAEMAR DO BRASIL OLIVEIRA
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os servidores da Unidade
Socioeducativo da Região Administrativa de Santa Maria, pelo comprometimento,
profissionalismo e dedicação para com os internados naquela unidade.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais , assim conclamo aos
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
MO 615/2024 - Moção - 615/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109644) pg.1
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:40:37 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109644 , Código CRC: b58f3086
MO 615/2024 - Moção - 615/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109644) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Servidores do DETRAN,
que especifica, pelo
comprometimento e
profissionalismo nos serviços
prestados à população da Região
Administrativa de Santa Maria.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos Servidores abaixo
especificados:
Danilo de Assis Medeiros da Costa
João Paulo de Sousa
Juana Leine dos Santos
Luiz Aleixo de Paula do Nascimento
Maria do Rosário Rocha
Marrer Younes
Moisés Ferreira Dias
Sulayne de Lima Hamada
Wesley Ferreira da Silva
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar e homenagear os Servidores do
DETRAN da RA de Santa Maria pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação
na prestação de serviços a comunidade.
O DETRAN desempenha papel fundamental na garantia da segurança e cumprimento
das leis de trânsito. Sua atuação contribui para a redução de acidentes, a organização do
tráfego e a conscientização dos cidadãos sobre a importância de seguir as normas de
trânsito, promovendo, assim, um ambiente mais seguro nas vias públicas.
Como forma de reconhecer o trabalho destes profissionais, conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Comissões, em
MO 616/2024 - Moção - 616/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109646) pg.1
JAQUELINE SILVA
Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:40:09 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109646 , Código CRC: 0708bae8
MO 616/2024 - Moção - 616/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109646) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor ao Bombeiro Militar do
Distrito Federal, Cel. BM RRm.
ELIESER SEBASTIÃO LEONCIO DA
SILVA, pelo comprometimento e
profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados à população do
Distrito Federal.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor ao Bombeiro Militares do Distrito
Federal; Cel. BM RRm. ELIESER SEBASTIÃO LEONCIO DA SILVA.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar o Cel. BM RRm. ELIESER
SEBASTIÃO LEONCIO DA SILVA pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação,
prestado à população do Distrito Federal no desempenho de suas funções na corporação.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais, assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:39:40 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109648 , Código CRC: e59ab193
MO 617/2024 - Moção - 617/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109648) pg.1
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor ao diretor do Centro
Educacional Profissional Escola
Técnica de Santa Maria, ELIJAIME
NUNES LEONCIO DA SILVA e Vice-
diretora DEISE LUCIENE PEREIRA
ABREU, pelo comprometimento,
dedicação e profissionalismo nos
trabalhos prestados frente a direção
da escola técnica.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor ao diretor da Escola Técnica de
Santa Maria, ELIJAIME NUNES LEONCIO DA SILVA e Vice-diretora DEISE LUCIENE
PEREIRA ABREU pelo comprometimento, dedicação e profissionalismo demonstrado nos
trabalhos prestados frente a direção da referida escola.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os diretores da Escola Técnica de
Santa Maria pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação, prestado à população do
Distrito Federal no desempenho de suas funções frente a direção da referida escola.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais, assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Sessões, em…
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:39:06 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
MO 618/2024 - Moção - 618/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109649) pg.1
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109649 , Código CRC: b89867fc
MO 618/2024 - Moção - 618/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109649) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Parabeniza e manifesta votos de
louvor à senhora Adriana Gomes da
Câmara, pelos relevantes serviços
prestados à população do Distrito
Federal, exercidos no Centro de
Atenção Psicossocial para
tratamento de Álcool e outras
Drogas – CAPS, da região
administrativa de Santa Maria-DF.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa de Leis, proponho aos
nobres pares parabenizar e manifestar votos de louvor senhora Adriana Gomes da Câmara ,
pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, exercidos no Centro de
Atenção Psicossocial para tratamento de Álcool e outras Drogas – CAPS, da região
administrativa de Santa Maria-DF.
JUSTIFICAÇÃO
A presente homenagem foi idealizada considerando os relevantes serviços prestados
à população do Distrito Federal, pela profissional de saúde do Centro de Atenção Psicossocial
para tratamento de Álcool e outras Drogas.
O CAPS AD de Santa Maria compõe um ponto de atenção estratégico da Rede de
Atenção Psicossocial e se constitui como um serviço de saúde de caráter aberto e
comunitário, ofertando atendimento às pessoas com grave sofrimento psíquico decorrente do
uso de álcool e outras drogas, em sua área territorial.
A assistência em saúde mental é realizada por uma equipe de multiprofissionais que
atuam sob a ótica interdisciplinar, composta por psicólogos, psiquiatras, clínicos, assistentes
sociais e equipe de enfermagem.
Nesse sentido, a profissional mencionada é exemplo daqueles que desempenham
com excelência suas atividades no atendimento a todos que procuram referida Unidade de
Saúde, não medindo esforços para acolher tanto as demandas espontâneas como as
encaminhadas por outro dispositivo da Rede de Saúde ou da Rede Intersetorial (Assistência
Social, Educação, Judicial), razão pela qual proponho o reconhecimento, exaltação e
materializada por meio da presente moção de louvor.
MO 619/2024 - Moção - 619/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109652) pg.1
Diante do exposto, solicito o apoio dos nobres pares no sentido de aprovarmos a
presente proposição.
Sala das Sessões, em …
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:38:35 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 109652 , Código CRC: 27c574ff
MO 619/2024 - Moção - 619/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109652) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sra. Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta votos de
louvor ao administrador e os ex-
administradores da RA de Santa
Maria, especificamente pelo
comprometimento e
profissionalismo nos serviços
prestados à população da Região
Administrativa de Santa Maria
durante o exercício de seus
mandatos.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, tenho a honra de propor
esta Moção para parabenizar e apresentar Votos de Louvor aos ex-administradores da RA de
Santa Maria abaixo especificados:
Administrador: Josiel França
Ex- administradores:
Erivaldo Alves Pereira
José Meireles
José Ricardo do Nascimento
Marcio Gonçalves
Maria do Socorro Lucena
Marileide Alves da Silva Romão
Amir Gomes Nogueira
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar e homenagear os ex-
Administradores da RA de Santa Maria pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação d
urante o exercício de seus mandatos.
MO 620/2024 - Moção - 620/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109653) pg.1
Os ex-administradores regionais contribuíram na gestão e desenvolvimento da Região
Administrativa de Santa Maria. Suas atuações direta na resolução de problemas locais e na
promoção do desenvolvimento foram fundamentais na melhoria da qualidade de vida dos
cidadãos.
Como forma de reconhecer o trabalho destes profissionais, conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Comissões, em
JAQUELINE SILVA
Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
www.cl.df.gov.br - dep.jaquelinesilva@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:38:09 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
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MO 620/2024 - Moção - 620/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109653) pg.2
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Reconhece e apresenta Votos de
Louvor aos Policias Militares- PMDF
abaixo especificados, pelo
comprometimento, profissionalismo
e dedicação, demonstrados em
“ATO DE BRAVURA”, no fato
ocorrido no dia 21 de janeiro de
2024 , na Quadra 118 da região
administrativa de Santa Maria - DF.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa, proponho que esta Casa de
Leis manifeste Votos de Louvor aos POLICIAIS MILITARES: 2º SGT MARIO PEDRO
TAVARES JUNIOR, MAT. 226319 e SD. THIAGO FERREIRA FARIAS, MAT. 735584/X , pela
brilhante atuação, profissionalismo e comprometimento demonstrados em 'ATO DE
BRAVURA', no fato ocorrido no dia 21 de janeiro de 2024, na Quadra 118 de Santa Maria- DF.
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo homenagear os POLICIAIS MILITARES –
PMDF – acima citados , pela excelente e rápida atuação no fato que ocorreu no dia 21 de
janeiro de 2024, na Quadra 118 de Santa Maria – em ocorrência de tentativa de feminicídio
atendida pela guarnição da RP 3835.
A Polícia Militar, por meio da guarnição citada, logrou êxito em deter um indivíduo
pelo crime de tentativa de feminicídio na QR 118, Conjunto “M”. Na oportunidade, os agentes
da guarnição da RP 3835 encontraram a vítima gravemente ferida, em um matagal próximo à
área da ocorrência.
Imediatamente, as equipes policiais começaram as diligências e encontraram o
agressor próximo da quadra com a arma que teria sido utilizada no crime. O indivíduo foi
preso e conduzido para a delegacia.
Diante dessa exitosa conduta, conclamo aos meus nobres pares que aprovem a
presente proposição, confirmando a nobreza da atuação desses bravos policiais que serviram
com honra e excelência o Serviço Policial Militar e neste ato de heroísmo e humanidade,
representando com louvor a Polícia Militar do Distrito Federal.
Sala das Sessões, em…
MO 621/2024 - Moção - 621/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109654) pg.1
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
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(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:37:40 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Manifesta votos de louvor e
parabeniza os membros da
Associação Atlética de Santa Maria -
AASM, por sua contribuição e pelo
exímio trabalho realizado na região
administrativa de Santa Maria com
crianças e adolescentes do Distrito
Federal.
Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa de Leis, proponho aos
nobres pares parabenizar e manifestar votos de louvor aos profissionais que especifica, pelos
relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, por meio da atuação na Associ
ação Atlética de Santa Maria – AASM:
1. Cilene Dias.
2. Maria do Amparo de Moura (Presidente).
3. Sandra Mara.
JUSTIFICAÇÃO
A presente homenagem foi idealizada considerando a atuação e os relevantes
serviços prestados à população do Distrito Federal, pelos membros da Associação Atlética de
Santa Maria – AASM.
A AASM é pessoa jurídica de direito privado, criada na forma de Associação, entidade
sem fins econômicos e lucrativos, político-partidários ou religiosos, e nasceu com o intuito de
tirar crianças e adolescentes das ruas e evitar possíveis contatos com o mundo das drogas e
da violência por meio de atividades esportivas, culturais, de lazer e de cursos
profissionalizantes.
É de grande relevância para o Distrito Federal ações que contribuam para fomentar a
educação e a saúde em nossa cidade, e a participação de pessoas empenhadas em prol do
desenvolvimento social corrobora para que tenhamos resultados significativos para a
população local.
Diante do exposto, solicito o apoio dos nobres pares no sentido de aprovarmos a
presente proposição.
Sala das Sessões, em…
MO 622/2024 - Moção - 622/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109656) pg.1
DEPUTADA JAQUELINE SILVA
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(a) Distrital, em 07/02/2024, às 11:10:35 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembo de
2020.
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CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Jaqueline Silva - Gab 03
MOÇÃO Nº DE 2024
(Da Sr.ª Deputada Jaqueline Silva)
Parabeniza e manifesta votos de
louvor as pessoas que especifica,
pelos relevantes serviços prestados
à população do Distrito Federal por
meio do trabalho realizado no
Hospital Regional de Santa Maria -
HRSM.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Nos termos do art. 144 do Regimento Interno desta Casa de Leis, proponho aos
nobres pares parabenizar e manifestar votos de louvor as pessoas que especifica, pelos
relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, no Hospital Regional de Santa
Maria - HRSM.
Adalia Taiane Ribeiro Rodrigues
Alanna Mara Do Rosario Costa Forrest
Aldyennes Barroso de Carvalho
Aline Do Rosario Costa
Ana Lucia Pereira da Silva
Anderson Alves de Miranda Marques
Brenda Bezerra Costa
Daniel Lúcio dos Santos
Daniela Carvalho Marques
Danúbia Ferreira
Diego Fernandes da Silva
Fabiana De Carvalho Bueno
Geraldo Augusto Jefferson Kennedy Moraes Alves da Silva
Hericson Henrique Rodrigues Sousa
Hevellin Vieira da Silva Barbosa
Jaciara Rodrigues da Silva
Jaqueline Oliveira Fonseca Borges
José William
MO 623/2024 - Moção - 623/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109751) pg.1
Juliana Priscila Martins da Conceicão
Júlio Cesar da Silva Teles
Loane Morgana Souza De Carvalho
Márcia da Silva Lima
Maria Abadia Leite
Maria Elena Miranda Nascimento
Paulo Gomes
Pollyana de Deus Silva
Ricardo Andrade de Oliveira
Rosane Abreu Medeiros
Viviane Fernandes de Melo
Walquiria Amancio Olegário Abreu
Wendel Jose Dos Santos Araujo
JUSTIFICAÇÃO
A presente proposição tem por objetivo parabenizar os profissionais de saúde e os
demais profissionais pelo comprometimento, profissionalismo e dedicação para com a
população da Região Administrativa de Santa Maria, por meio do trabalho realizado no
Hospital Regional de Santa Maria (HRSM).
O Hospital Regional de Santa Maria é o segundo maior hospital do DF, com 384
leitos, sendo 60 de UTI.
Como forma de reconhecer o trabalho desses profissionais , assim conclamo meus
Nobres Pares a aprovarem a presente proposição.
Sala das Comissões, em
JAQUELINE SILVA – Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 3 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8032
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MO 623/2024 - Moção - 623/2024 - Deputada Jaqueline Silva - (109751) pg.2
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 34/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 34ª
(TRIGÉSIMA QUARTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL
PARA DEBATER A INTERVENÇÃO NO INSTITUTO DE CARDIOLOGIA E
TRANSPLANTES DO DISTRITO FEDERAL – ICTDF E OS IMPACTOS DO
PROJETO DE LEI Nº 1.065/2024, QUE AUTORIZA A GESTÃO PELO
INSTITUTO DE GESTÃO ESTRATÉGICA DE SAÚDE
DO DISTRITO FEDERAL IGES-DF,
DE 25 DE ABRIL DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 18H39MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Declaro aberta a sessão ordinária de quinta-feira,
25 de abril de 2024, às 15 horas e 1 minuto.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pela presidência.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O expediente lido vai a publicação.
Em razão da aprovação do Requerimento nº 1.315/2024, de autoria do deputado Jorge Vianna
– PSD, a sessão ordinária de hoje, quinta-feira, dia 25 de abril de 2024, fica transformada em comissão
geral para debater sobre a intervenção do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal –
ICTDF e os impactos do Projeto de Lei nº 1.065/2024, que autoriza a gestão pelo Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde do Distrito Federal – Iges-DF.
(A sessão transforma-se em comissão geral.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Convido as senhoras e os senhores deputados,
bem como todos que desejarem participar deste debate, a virem ao plenário.
Solicito a abertura das portas para os convidados. Se vocês quiserem, podem descer a rampa.
Aqueles que forem chegando podem ir se sentando. Os convidados que chegarem depois vão participar
da galeria. Podem vir para cá.
Está suspensa a comissão geral.
(Suspensa às 15h04min, a comissão geral é reaberta às 15h23min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Boa tarde, senhoras e senhores, sejam muito
bem-vindos a esta casa, como sempre, a casa do povo.
Sob a proteção de Deus, reiniciamos os nossos trabalhos ao dar boas-vindas a todos os
presentes.
Declaro aberta a comissão geral para debater sobre a intervenção no Instituto de Cardiologia e
Transplantes do Distrito Federal – ICTDF e os impactos do Projeto de Lei nº 1.065/2024, que autoriza a
gestão pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal – Iges-DF.
Quero convidar, inicialmente, para participar conosco da mesa: o general Manoel Luiz
Narvaz Pafiadache, representando o ICTDF; o presidente do Instituto Brasileiro de Transplantados,
Robério Melo; e a enfermeira mais conhecida no instituto, Maria do Carmo Barros, a Carminha.
(Palmas.)
Senhoras e senhores, há mais um convidado que está vindo: o doutor André, que também vai
fazer parte desta mesa.
Nós fizemos convites ao Iges, à Secretaria de Saúde e ao Ministério Público. Obviamente, o
Iges não viria para esta sessão hoje. Acredito até que perdeu o objeto. Graças a Deus, nós
conseguimos impedir que o Iges pudesse fazer a gestão do Instituto de Cardiologia. Quanto à
Secretaria de Saúde, acredito que tenha sido um grande erro ela não ter vindo aqui, porque este é o
momento de nós ouvirmos todas as partes, inclusive quem está fazendo a intervenção no instituto.
Embora os interventores encaminhados pela Secretaria de Saúde não estejam aqui, nós temos algumas
informações, que, talvez, para alguns já não sejam novidade, mas para muitos podem ser: justamente
as informações que eles estão divulgando com relação ao que foi visto e ao que foi feito no Instituto de
Cardiologia.
O intuito deste encontro, desta reunião, pessoal, é nós podermos ouvir. Eu acredito que nós,
principalmente os parlamentares, temos de ouvir todos os envolvidos de uma só vez e não de forma
parcelada, como está sendo feito. Ora nós ouvimos a secretária de Saúde, ora nós ouvimos o instituto,
ora nós ouvimos os pacientes, e as informações não estão batendo. De verdade, as informações não
estão batendo. Cada um fala uma coisa. O instituto fala que a Secretaria de Saúde deve, a Secretaria
de Saúde fala que não deve; a intervenção fala que o instituto enviou dinheiro para fora de Brasília, o
instituto fala que não enviou. Sinceramente, eu prefiro saber por meio de quem realmente pode falar.
Eu não quero saber pela mídia ou por qualquer outro órgão. Nós temos que saber dos fatos aqui na
Câmara Legislativa.
Então, hoje, acredito que esta comissão geral vai ser muito esclarecedora. Como eu falei... Não
posso deixar de parabenizar o governador por ter retirado esse projeto desta casa. Parte da nossa
discussão nesta comissão já foi resolvida, porque iríamos tratar do projeto de lei que o governo enviou
para esta casa. Esse projeto foi rechaçado, todos sabem disso. Ele estava causando muito desconforto,
inclusive em deputados da base. Eu sempre digo, Pafiadache, que eu sou aliado, mas eu não sou
alienado. Então, o que é bom para Brasília eu vou votar; o que é ruim para Brasília eu não vou votar,
mesmo estando com o governo – e aquilo não parecia ser bom para Brasília.
Isso é um fato. Vocês estão vendo nas redes sociais, vocês estão vendo em investigações o
que é o Iges. Então, não tem que se falar em expansão do Iges, tem que se organizar e melhorar o
que eles estão tentando gerir. Eu já estive em UPA, eu já estive em hospitais e o atendimento não está
bom. Se a promessa era melhorar porque contratariam com valor melhor e rapidamente, não estão
fazendo as contratações. Não há pediatra no Iges!
Eu estive em São Sebastião, em uma UPA. As mães estavam revoltadas – e com razão –
porque não havia pediatra. Eu liguei para o presidente e quem me atendeu foi uma assessora, que
disse que não havia pediatra. Até pediram que eu indicasse pediatras. Eu falei: “Mas eu não tenho que
indicar pediatras. Quem tem que contratar são vocês!”. Como eu vou indicar pediatra? Sabe-se lá onde
há pediatra para ser indicado! Não tem que fazer uma prova para entrar no Iges? Como eu vou indicar
um pediatra? Que história é essa? Está tudo errado! Para eles, no mundo maravilhoso do Iges, está
tudo bom, está tudo bem. Até hoje, de 2018 para cá, nenhuma das contas foi avaliada e aprovada no
Tribunal de Contas. Nenhuma! Não podemos falar do Iges. Não podemos falar se ele está bom, sendo
que ele não está mostrando que está bom.
Por esses motivos, pessoal, que eu fui contra e sou contra a expansão do Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde. Agora, os trabalhadores que estão lá, que não têm nada a ver com essa
discussão, que não têm nada a ver com essa briga, estão sofrendo com uma má gestão. Até uma
emenda que eu fiz, acatada pelo governador Ibaneis, que era a expansão do plano de saúde para os
trabalhadores do Iges, até hoje não foi implementado – até hoje! Se uma empresa até hoje não
implementou o plano de saúde para os trabalhadores, para mim essa empresa não é boa, para
começar. São esses os motivos que me fizeram votar contra essa expansão.
Todos que quiserem falar vão falar e eu quero que falem. Os sindicatos são bem-vindos aqui:
temos o sindicato dos enfermeiros, o Conselho de Saúde representado, o sindicado dos médicos. Este é
o momento para todos falarem. Se em algum momento vocês não tiveram fala, hoje vocês vão ter. O
Guilherme vai fazer a inscrição e, assim que os nossos colegas da mesa falarem, vocês irão falar.
Muitos deputados estão na casa e, quando vierem para cá, a prioridade de fala será deles. Quando o
deputado chegar aqui e quiser falar, ele vai falar também. Então vamos ser pragmáticos, rápidos, para
que sejamos entendidos.
Gostaria de lembrar que, a partir deste momento, estão abertas as inscrições daqueles que
desejam fazer o uso da palavra. Os interessados em participar podem falar com o nosso Cerimonial.
Eu também vou fazer uma espécie de entrevista. A dúvida que eu tiver, vou perguntar aos que
estão aqui na mesa. As minhas sessões não são nada convencionais, até porque eu acho que quem
está nos acompanhando e quem veio para cá quer saber tudo. Eu tenho muitas dúvidas e queria, de
verdade, que essas dúvidas fossem sanadas. E só mais um detalhe: tudo está sendo gravado, está
sendo filmado. Então, sobre o que vocês falam, lógico, vocês têm responsabilidade, principalmente
com a verdade.
Quero passar inicialmente a palavra à nossa representante dos trabalhadores. De quais
trabalhadores? Daqueles que trabalham lá no instituto, desde os trabalhadores da limpeza e da
conservação até o médico-cirurgião. Trata-se de uma pessoa que eu conheci no instituto em um
momento de crise, em um momento muito crítico. Eu conheci a Carminha quando ela me procurou
querendo ajuda para sanar um direito do trabalhador: o pagamento, que estava em atraso. Nem
comida alguns trabalhadores tinham para comer. Muitos estavam indo trabalhar pagando passagem.
E o que me chamou mais atenção, Pafiadache, foi que naquele momento ninguém falava mal
do instituto. Mesmo sofrendo, eles estavam lá apoiando o instituto; mesmo com os salários atrasados,
eles o estavam apoiando. É lógico que chamavam o sindicato para fazermos o nosso papel, mas eles
estavam ali defendendo o instituto.
Eu achei aquilo tão bonito e tão estranho! Pela primeira vez, eu vi trabalhadores do hospital
trabalharem por amor. O dinheiro é importante? É óbvio que é importante, mas, naquele momento, eu
vi que o amor sobressaía ao valor do salário, por incrível que pareça. Por que eu digo isso? Porque eu
falava: “Vamos entrar com um processo, vamos denunciar, vamos fazer isso, vamos fazer aquilo”. E
eles respondiam: “Não, vamos tentar por aqui, porque eles vão fazer. Atrasa, mas paga.” Eu achei
diferente, e naquele momento isso me chamou muita atenção.
Nós fizemos entrega de cestas básicas que conseguimos, fizemos entrega de panetones. Até
peru nós entregamos para algumas pessoas, principalmente para aquelas que estavam com o salário
mais atrasado e que tinham o menor salário.
Então, foi uma relação muito forte a que eu desenvolvi com aquele hospital. É por isso que eu
criei aqui a Frente Parlamentar em Defesa do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito
Federal. Desde o início, quando conheci o instituto, eu o venho defendendo, ajudando, colocando
recursos, cobrando. Da última vez que eu estive lá, foi para fiscalizar uma emenda que eu mandei e
que foi executada. Foram trocados todos os enxovais do instituto. Lá havia colchões e lençóis rasgados,
de tão velhos. E nós trocamos tudo. Eu mandei 1 milhão de reais. Para mim, foi gratificante.
Uma das poucas coisas que me gratifica, como parlamentar, é isto, é poder pegar uma emenda
parlamentar e colocá-la para fazer o bem, para ajudar alguém. É isso que gratifica. Eu sempre digo que
ser deputado é 70% trabalho, suor, sangue e dor, e que 30% são alegria. Estes são os meus 30% de
alegria: poder ajudar. Fiquei muito feliz em ver que fui útil naquele momento. Queria ser muito mais,
mas, infelizmente, o instituto é mais um entre os tantos organismos de um sistema muito grande, que
é a saúde do Distrito Federal.
Carminha, seja bem-vinda. Eu fiz questão de colocar você para compor a mesa, para falar para
todos e representando todos, porque você, para mim, representa todos: você já levou ao meu
gabinete, para falar sobre projetos, médicos, fisioterapeutas, técnicos de enfermagem, enfermeiros;
você sempre defende, principalmente, quem está lá embaixo – os meninos da portaria, da limpeza e
tudo –, então, para mim, você é a representante legítima.
Obrigado. Seja bem-vinda.
MARIA DO CARMO BARROS – Boa tarde a todos. Meu nome é Maria do Carmo. Todo mundo
me conhece como Carminha. Eu sou enfermeira assistencial da UTI Adulto. Amo o que faço. Eu sou
muito grata a Deus por trabalhar no ICTDF.
Estou muito preocupada com essa situação, que não é de agora. Nós temos 2 questões: temos
a FUC, de um lado; e temos o Iges e o governo, de outro lado. No meio, estamos nós, colaboradores e
pacientes, que, para mim, são os principais.
Eu quero perguntar ao senhor Pafiadache por que a FUC chegou a esta situação? E, se a FUC
não ficar, ela vai pagar os nossos direitos trabalhistas?
Eu gostaria de fazer uma pergunta para os representantes do Iges, que não estão aqui, no
momento. Como a briga é entre a FUC e o Iges, se o Iges assumisse, o governo manteria o modelo
ICTDF de ser – que funciona –? Eu gostaria de ter essa resposta.
Quero mandar um abraço para os 1.043 colaboradores do ICTDF, desde a rouparia, passando
pela engenharia clínica, a higienização, a enfermagem, a radiologia, até o laboratório – a todos.
Eu gostaria também de dizer, deputado Jorge Vianna, que trabalhamos com amor, sim. O
ICTDF tem uma essência... Eu já trabalhei em vários hospitais, todos aqui do DF, inclusive Marinha,
Sarah; eu larguei o Sarah para ir para o ICT. Fiz enfermagem, especializei-me em cardiologia, UTI e
gestão. Mas eu escolhi o ICTDF para minha vida porque ele funciona, porque ele trabalha. Nós
trabalhamos com amor e temos uma essência que não achamos em nenhum outro local, a meu ver.
Porém, sim, estamos sofrendo; meus colegas estão sofrendo; nós temos muitos colegas
afastados por burnout. Os trabalhadores estão ansiosos, com medo de perder o emprego, porque são
pessoas, são pais de família, são mães de família. Esta é a minha bandeira lá dentro do ICTDF: acho
que a direção desse hospital tem que ter mais transparência com essas pessoas, tem que acolhê-las.
Dói muito em mim ver as pessoas doentes, afastadas, sobrecarregadas. Há equipes de trabalhos
incompletas; uns favorecidos, e outros, não. É muita coisa. O ICT é muito bonito, mas há muita coisa
lá dentro que precisa melhorar: materiais, o pessoal da engenharia clínica reclama muito, porque fica
tentando reutilizar, colar e tudo. Então isso me preocupa, isso me dói.
Outra coisa que eu acho que todo mundo está vendo, vou aproveitar a oportunidade para
dizer: nós não temos um lar, temos um hospital quebrado. Ocupamos 3 espaços no HFA, e somos
muito humilhados lá. Até para colocarmos a maca, temos 1 elevador. Quando vamos fazer tomografia
em um paciente, temos que ir pelo fluxo de maca maior. Não somos respeitados ali, e fazemos a
diferença, nós trabalhamos. Então, isso dói muito para nós. Independentemente de quem for ficar,
precisamos de um hospital, de um lar, de ter a nossa identidade, porque eu acho que não temos.
Ontem uma pessoa falou assim para mim: “Carminha, você é uma flor que entrou no ICTDF”.
Eu sou uma flor, sim, mas me torno um cacto para defender o ICTDF. Estando lá como colaboradora,
ou como usuária, sempre vou defender o ICTDF.
É isso o que eu tenho a dizer.
Quero agradecer a cada equipe. A equipe médica é maravilhosa. Gente, vocês não têm noção
de como fazemos milagres naquela UTI. São pessoas dedicadas, médicos dedicados, enfermeiros,
técnicos. A equipe técnica trabalha demais para dar conta de atender o que a secretaria pediu, que são
70 cirurgias cardíacas por mês. E damos conta, e isso não é fácil, é um trabalho árduo!
Para finalizar, eu quero dizer aqui para os transplantados: eu os admiro e acho que temos que
pensar em vocês. Eu, trabalhadora, independente do que acontecer, tenho saúde e força para buscar
outro emprego, mas e vocês que dependem do ICTDF? São quantos transplantes de coração, fígado,
córnea, rim? Mas vocês somos nós.
Lembro-me de uma fala do doutor Luiz: “Nós temos um casamento com vocês, vocês são
casados com o ICTDF”. Isso é verdade! Não existe um hospital privado, uma UPA, um posto que saiba
cuidar do transplantado. Somos nós. Tudo que o transplantado sentir, ele pode ir lá na UDT, que é a
emergência do ICTDF. Eles somos nós. Então, antes de qualquer coisa, temos que pensar neles e lutar
por eles também.
Admiro demais o trabalho do seu Robério. O quanto o seu Robério é igual a mim! Ficamos de
porta em porta de deputado, de empresário, de pessoas para nos ajudar.
Nós, colaboradores e, principalmente, os pacientes, estamos sofrendo. Então, precisamos por
um ponto final nisso, fechar esse ciclo. Queremos somente trabalhar e atender os nossos pacientes.
Qual mal há nisso?
É isso que eu tenho para dizer. Muito grata. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Carminha, você está falando como se fosse uma
despedida. Não. Calma aí, há muita coisa para acontecer.
Estão aqui 2 colegas deputados: o deputado Chico Vigilante e o deputado Gabriel Magno.
Já vou facultar a palavra ao deputado Chico Vigilante, que chegou. (Pausa.)
O deputado Chico Vigilante quer ouvir mais.
Deputado Gabriel Magno, vossa excelência quer usar a palavra? (Pausa.)
O deputado Gabriel Magno quer ouvir mais também.
Vou passar, então, a palavra ao representante dos transplantados. O Robério é um cara que
conheci há algum tempo.
É interessante como os transplantados são unidos, e não poderia ser diferente, não é? Acho
que se trata de uma comunidade em que, se não houver união... Eles não podem viver cada um por si.
Todos dependem da mesma coisa, todos têm o mesmo objetivo, ou seja, manter a saúde, manter o
tratamento.
Quando eu soube que existia uma associação, um grupo de transplantados – eu já estive com
vocês em alguns momentos –, achei muito interessante. No entanto, achei muito doloroso ver vocês
tendo que correr atrás e buscar o óbvio. Uma vez, fomos ao governo, ao Buriti – não sei quem estava,
vocês estavam, não é? –, para pedir o básico: “Queremos continuar com o uso dos remédios,
queremos continuar o tratamento”. Diferentemente das outras doenças, que podem ou não matar, que
podem não evoluir rapidamente, o transplantado parece que tem um reloginho, é uma luta contra o
tempo. Não sabemos quando vamos morrer; o transplantado acha que é próximo, porque ele pode ser
próximo.
Ser transplantado deve ser a coisa mais difícil do mundo. Você se preocupa com o órgão
transplantado: “Será que ele vai continuar funcionando?”, “Será que estou fazendo certo?”, “A minha
vida está...” Enfim, acho, Robério, que você pode passar para nós como é a vida de um transplantado.
O doutor André está chegando. Então, já vou fazer o convite: doutor André, o senhor pode
participar conosco. Eu sei do seu compromisso, sei que o senhor estava lá, no transplante. É isso aí,
cara. Convido o doutor André Watanabe, diretor clínico do ICTDF, a compor a mesa. (Palmas.)
O doutor Jorge está aqui também. Já estivemos juntos – é muito bom vê-lo aqui. Você também
falará.
Concedo a palavra ao Robério Melo. Seja bem-vindo. Muito obrigado.
ROBÉRIO MELO – Boa tarde a todos. Meu nome é Robério Melo. Eu sou transplantado de
fígado há quase 7 anos.
Desde 2018, eu venho em uma luta solitária, tentando ajudar o hospital, o ICTDF: atrás de
deputado, pedindo verba, às vezes, faltava dinheiro no hospital. Em 2020, juntaram-se a mim mais 3
transplantados: a Alice, a Elaine e o Carlos. Nós percebemos que o hospital passava por dificuldades e
começamos a correr atrás de dinheiro, tentando ajudar o hospital.
Nós somos pacientes – o nome diz: paciente. O paciente está esperando atendimento,
procedimentos, mas chega uma hora em que a paciência se esgota. Há 5 anos, o nosso contrato de
transplante está vencido. Eu tenho corrido atrás desse contrato. Onde vocês possam imaginar, eu fui
atrás: Conselho Nacional de Saúde, Câmara Legislativa, Senado Federal. Só faltou o STF. Eu já estava
querendo agendar uma reunião com um dos ministros para falar desse contrato de transplantes que
não acontece.
A falta de dinheiro do hospital era justamente por isso, porque não havia um contrato. Hoje, os
transplantes são feitos por verba suplementar, acho que é isso... Verba indenizatória, desculpem-me.
Demora 3 a 4 meses para aparecer o dinheiro e o hospital fica passando por esses perrengues, o que
não faz sentido. Se o dinheiro está ali e foi feito o transplante, tem que pagar!
Quero deixar uma coisa muito clara: eu acho que essa intervenção já deu o que tinha que dar.
Eu acho que nem devíamos estar discutindo a intervenção, quem vai assumir, quem não vai assumir;
eu acho que tínhamos de estar discutindo a melhoria dos transplantes, do transplante de pulmão, de
pâncreas. É isso que tínhamos que estar discutindo hoje e não essas picuinhas de governo, que não
quer pagar, que fica com um monte de histórias, de que não cabe falar aqui.
Quero dizer um pouco da vida do transplantado. Deputado Jorge Vianna, todo dia, quando
acordo, é um novo dia, é um renascimento. Eu renasci dentro da minha própria vida. Com o
transplantado, acontece isto: renasce dentro da própria vida depois de um “sim” de uma família que
nem conhece, mas que vai levar para o resto da vida. Depois do meu transplante, eu nunca mais me
senti só. Parece que eu tenho um anjo comigo; parece que há uma pessoa comigo o tempo todo. Eu
acho que isso é loucura às vezes; mas, às vezes, eu tenho essa presença de uma pessoa comigo.
Então, a cada dia, é um renascimento. Há os remédios que são essenciais para a nossa vida,
mas que têm muitos efeitos colaterais. Hoje, eu me tornei um cara diabético por conta do tacrolimo. E
há vários efeitos: você perde cabelo, você fica irritado, você perde a fome, você perde o sono. Essa é a
vida do transplantado, mas vale a pena. Eu quero viver mais. Eu preciso viver mais. Há muitas coisas
que nós podemos fazer. O nosso instituto tem muitos projetos para o transplantado e para o pré-
transplantado.
Uma moça que estava com o marido internado no hospital me mandou uma mensagem outro
dia: “Senhor Robério, o senhor pode me fazer um Pix de 15 reais? Porque eu queria tomar café. Eu não
tomei café hoje.” São essas coisas que nos motivam a trabalhar mais. É uma pessoa que veio do Norte,
que trouxe o marido, que não tem recursos e que vemos sofrendo no dia a dia do hospital, porque não
tem onde ficar. Não há uma casa de passagem em Brasília para acolher essas pessoas. Então, são
vários projetos que nós temos em prol dos transplantados e dos pré-transplantados.
Eu quero deixar muito claro que eu defendo o ICTDF como se fosse a minha vida, porque,
realmente, é a minha vida.
Desde 2019, nós perdemos o atendimento de urgência e emergência. Isso, para mim, é
fundamental. Eu não admito um transplantado ter que ir para o pronto-socorro do Hospital de Base,
um cara imunossuprimido ficar dentro daquela confusão lá se há o ICTDF. Esta é a minha luta:
conseguir atendimento de urgência e emergência para o transplantado.
Eu quero parabenizar todos os colaboradores do ICTDF independentemente de setor. Eu sinto
que os colaboradores estão ficando doentes. Você chega a um setor, procura uma enfermeira, e dizem:
“Ah! Está de atestado.” Eu acho que precisamos cuidar de quem cuida, e essas pessoas cuidam muito
bem de nós.
Eu quero agradecer de coração a todos vocês que trabalham no ICTDF e dizer que, em
nenhum momento, eu vou trair vocês, porque o ICTDF tem que continuar funcionando e nos moldes
do ICTDF. Eu não sei quem vai assumir o ICTDF, se vai cair alguém de paraquedas lá para administrar,
mas, em momento nenhum, nós vamos abandonar o instituto.
É isso. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu queria fazer umas perguntas para você,
Robério. A primeira é: você sentiu diferença na mudança de gestão do ICTDF com a intervenção? Você
ou alguém da turma dos transplantados, dos pacientes?
ROBÉRIO MELO – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – São quantos os transplantados aqui em Brasília?
ROBÉRIO MELO – Hoje, nós temos em torno de 18 mil. Só no ICTDF, deve haver quase 3 mil,
2.700 ou 2.800. São pessoas que fizeram transplante fora e vieram morar aqui; são pessoas que fazem
transplante em outros hospitais.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eles fazem a continuidade do tratamento onde?
ROBÉRIO MELO – Começamos pelos hospitais particulares. Se ele tiver plano de saúde, ele faz
lá; se ele não tiver, nós o levamos para o ICTDF, porque é SUS.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, são 18 mil, e, desses, pelo menos uns 3
mil são transplantados do ICTDF.
ROBÉRIO MELO – Sim, em torno de 2.900, 2.700.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Sentiu diferença na mudança da gestão depois
que começou a intervenção?
ROBÉRIO MELO – Quanto ao atendimento, não, eu não senti diferença. Não mudou nada. Todo
mundo tocou a vida como se estivesse normal.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Beleza.
Carminha, você sentiu diferença depois que começou a intervenção? Melhorou, piorou,
manteve, voltou a ser o que era?
MARIA DO CARMO BARROS – Sendo bem sincera, sim. Eu lembro que, na época da Valda... A
Valda é uma pessoa que faz muita falta, porque, mesmo com todas as dificuldades – nós estávamos
sem contrato –, ela era muito transparente. Ela trazia a equipe para o lado dela e dizia: “Estamos no
mesmo barco”. Depois da Valda, ficou muito mais fechado, faltou um pouco mais de transparência.
Atualmente, com a intervenção, pelo menos, salário, material e outras coisas não têm faltado. Então,
eu não tenho o que dizer, não. Para mim, a FUC deixou muito a desejar.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas isso foi de algum tempo para cá ou sempre
foi assim?
MARIA DO CARMO BARROS – Foi por partes, deputado Jorge Vianna. Houve uma época que
era boa, houve uma época que ficou muito ruim, e agora está equilibrado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Está bom.
Doutor André Watanabe, obrigado pela presença. Boa tarde. Seja bem-vindo. Muitos, inclusive
eu, querem ouvir sobre os ânimos da classe médica do Instituto de Cardiologia.
Com a palavra nosso querido amigo doutor André Watanabe, diretor clínico.
ANDRÉ WATANABE – Boa tarde a todos. Boa tarde, deputado.
Em primeiro lugar, eu gostaria de agradecer a oportunidade de dar voz às pessoas que
trabalham no Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal. Acho muito importante
podermos colocar a nossa visão. Acho que esta comissão geral veio muito a calhar neste momento tão
complicado e difícil que o instituto está vivendo com a possível troca de gestão. Acho que esta é uma
oportunidade única de falarmos, demonstrarmos os nossos sentimentos, entendermos um pouco da
história e de como funciona esse hospital.
Eu trabalho lá há 12 anos. Sou médico, formei-me na Universidade de Brasília e fiz parte da
minha especialização fora. Quando voltei a Brasília, comecei a trabalhar lá, justamente dando início aos
programas de transplantes. Isso foi em 2012. Lá se vão 12 anos. Já era a gestão da Fundação
Universitária de Cardiologia.
Então, é importante lembrar que os programas de transplante nasceram, cresceram e
ganharam corpo na gestão da Fundação Universitária de Cardiologia. Não sou da diretoria da fundação
nem vim aqui para defendê-la, mas acho que vale a pena relembrarmos um pouco o histórico e as
coisas que aconteceram ao longo dos anos.
Estou na diretoria médica. Como gerente-geral de assistência, estou responsável por toda a
parte assistencial do hospital, que é a alma dele. O hospital funciona para entregar um bom serviço na
assistência. Nesses últimos quase 5 anos, como diretor médico e gerente-geral de assistência, eu pude
vivenciar muita coisa que posso relatar, especialmente sobre como funciona o hospital.
Apesar de estar na diretoria, continuo à frente do programa de transplante de fígado. Inclusive,
peço desculpas pelo atraso, porque eu estava fazendo um transplante de fígado agora, no hospital. Saí
correndo de lá. Graças a Deus, o transplante correu muito bem.
Hoje conseguimos fazer o transplante com um órgão que veio de Manaus. Sabem por que o
órgão veio de Manaus? Porque em Manaus, cidade grande, não há um serviço de transplante de
fígado. Não há um serviço de transplante de fígado praticamente em toda a região Centro-Oeste e
Norte do país, a não ser no Instituto de Cardiologia.
Por que isso acontece? Porque são serviços muito especializados e que dependem de médicos
disponíveis o tempo inteiro: de manhã, de tarde, de noite. Esse órgão foi retirado às 2 horas da
manhã. Começamos a cirurgia às 8. É preciso ter equipes disponíveis para se deslocarem e tirarem
órgãos na madrugada. Como fazer isso sem um modelo de gestão que premia a eficiência, a
produtividade e a qualidade? Não é simples. Se fosse simples, os grandes estados teriam esse serviço
disponível.
Então, os programas de transplante no Instituto de Cardiologia, com resultados expressivos,
colocam o Distrito Federal em primeiro lugar, há uma década. O Distrito Federal é o primeiro lugar em
número de transplante de coração e fígado por milhão de pessoas. Nós fazemos mais que o dobro do
segundo colocado, em termos proporcionais. Isso é muito expressivo.
Por que isso acontece? Pela maneira como o hospital funciona. O hospital tem capacidade de
comprar insumos especializados com agilidade; de contratar pessoas, que são mão de obra
extremamente específica, de maneira ágil, de maneira rápida; tem como disponibilizar equipes de
anestesia, equipes assistenciais multiprofissionais. Tudo isso para que esses programas possam
funcionar.
Então, a maneira como esse hospital foi concebido e como ele funciona por meio de uma
mantenedora que tem essa capacidade de comprar, de contratar, de adquirir equipamentos com
facilidade e com agilidade, mas também com transparência, é o que faz esse hospital entregar esses
resultados que eu acabei de relatar.
Há 12 anos, quando eu entrei lá, o hospital funcionava de uma maneira exemplar. Nós
tínhamos um hospital que era invejado no país inteiro. Eu, um jovem cirurgião, recém-saído da
residência, vim a esse hospital para começar esse programa de transplante de fígado, e nós tivemos
tudo de que precisávamos para dar andamento e para conseguir chegar hoje a mais de 750 pacientes
que fizeram transplante de fígado no Instituto de Cardiologia nos últimos 12 anos, incluindo esse daqui
que está ao nosso lado.
Porém, lá não há apenas números expressivos. Nós publicamos o melhor resultado do Brasil de
sobrevida em 1 ano desses pacientes transplantados; ou seja, não é apenas em número, mas em
qualidade que esse hospital se destaca.
Quando eu fui para a diretoria, já em uma situação bem complicada – o hospital já estava
sofrendo decadência –, eu pude entender um pouco do que estava acontecendo naquele momento.
Havia até então – até 2018, deputado – 2 contratos com a Secretaria de Saúde que permitiam que o
hospital operasse de maneira equilibrada. Havia recurso. Construiu-se um terceiro andar no prédio –
porque aquele prédio só tinha 2 andares – onde foi criado um andar inteiro para o programa de
transplante de medula óssea – também o único do SUS do Distrito Federal. Para isso, foi necessário um
andar especializado, com filtro de ar, todo preparado para esse tipo de transplante.
A partir de 2018, 1 desses contratos foi suspenso, e nós ficamos com 1 contrato, o Contrato
046-2016, que era extremamente deficitário. Porém, deficitário quanto? Eu vou falar em números para
vocês entenderem.
Nós realizamos cirurgia cardíaca, o nosso principal procedimento, lá. Para a realização de uma
cirurgia de revascularização miocárdica, a famosa “ponte de safena”, por meio do Contrato 046-2016,
pagava-se ao hospital um montante de 20 mil a 25 mil reais. Para a realização dessa cirurgia de peito
aberto, que envolve altíssima complexidade, internação na UTI, às vezes, de 10 a 15 dias de internação
total – isso quando o estado do paciente não se complicasse e ele não ficasse muito mais tempo lá –;
era isso o que o hospital recebia.
Esse Contrato 046-2016 vigorou de 2016 até 2022. Assim, durante todo esse período –
principalmente depois de 2018, em que o outro contrato foi perdido –, quanto mais procedimentos o
hospital realizava, pior ele ficava. Por que não falaram nada? Na época, eu não estava na diretoria;
mas, em 2018, os representantes tomaram a frente. Eles tentaram negociar outros contratos, melhorar
os valores, sempre na promessa de que soluções iriam acontecer em algum momento. E o que
aconteceu? O hospital nunca, nunca quis interromper os atendimentos. Talvez esse tenha sido o maior
erro dele, porque, em 2018, quando saiu o contrato bom e ficou apenas o ruim, deveríamos ter dito:
“Nós não vamos fazer mais!” – mas não!
Tenho aqui os números. Os números de procedimentos realizados em 2017, 2018 e 2019 são
muito semelhantes, porque sempre se tentou manter os atendimentos. Mesmo no primeiro ano em que
saiu o contrato bom e ficamos só com o Contrato 046-2016, o déficit foi de 33 milhões de reais. Assim,
o hospital foi se endividando – ele foi se endividando como? –, mantendo os atendimentos para nunca
ter que interrompê-los.
Chegou-se a um momento, em 2020 – quando o hospital já não tinha mais condições de se
manter, pois havia um déficit enorme –, em que veio a pandemia, com uma inflação enorme dos
insumos, diminuindo o número de procedimentos eletivos. Essa foi a época da grande crise que o
senhor presenciou quando o hospital praticamente fechou as portas. Tivemos que interromper os
novos atendimentos e fechar unidades. O hospital estava na mídia o tempo todo por causa da questão
das crianças – o doutor Jorge Afiune está presente e pode lembrar bem que as crianças precisavam ser
operadas. Lá era o único lugar que fazia o procedimento, e não havia insumos para fazê-lo. Isso
culminou em 2018. O único fato de que me lembro agora e que me chama muito a atenção é que, em
2018, não houve intervenção. Esse foi o pior momento desse hospital até hoje. Ninguém foi lá intervir
para nos salvar com as unidades fechadas, sem podermos realizar cirurgias pediátricas ou cirurgias
para adultos. Isso gerou, na época, 2 ações civis públicas contra a Secretaria de Saúde do Distrito
Federal, a respeito de cirurgias cardíacas pediátricas e de cateterismos, porque não estávamos
realizando esses procedimentos. Ninguém foi intervir no hospital.
O fato é que, felizmente, conseguimos, em agosto de 2022, assinar um novo contrato de
cardiologia, que deu novo fôlego para o hospital. Recebemos, de 2020 a 2022, verbas excepcionais do
Ministério da Saúde – que reconheceu a importância, não só local, mas regional e nacional dessa
instituição – que deram fôlego para que o hospital pudesse continuar funcionando. Com esse novo
contrato de cardiologia, assinado no final de agosto de 2022, o hospital começou a sua recuperação.
Isso veio de maneira equilibrada. É óbvio que o passivo criado nesse período, até chegar a esse
momento, era enorme – todo dia batia à nossa porta. Porém, o hospital começou a se recuperar e
retornou a funcionar na sua plenitude. Em 2023, ele atingiu um dos seus melhores anos.
Porém, cabe lembrar que, em agosto de 2022 – como o Robério lembrou bem –, foi assinado o
contrato para cardiologia, e não foi assinado um novo contrato para transplantes. O contrato para
transplantes ainda continua sem existir. Acabei de realizar no hospital um transplante que não tem
contrato, e ainda estamos recebendo por verba indenizatória. Como os senhores sabem bem, verba
indenizatória não tem reserva orçamentária, não tem plano de pagamento. Nós fazemos isso na
esperança de, em algum momento, recebermos. Porém, além disso, por não haver essa regularidade,
os valores que estamos recebendo com relação aos transplantes, deputado, ainda são os mesmos
valores do Contrato 046-2016.
Então, apenas para citar em números, o hospital realiza transplantes de coração. Ele é o 2º
maior transplantador de coração do Brasil, só perde para o InCor, em São Paulo. Eu estou falando em
números absolutos. Para a realização de um transplante de coração, hoje, no Instituto de Cardiologia,
paga-se 70 mil reais. Imaginem um transplante de coração: o paciente fica internado de 30 a 60 dias,
utiliza-se equipamentos extremamente complexos; e recebemos 70 mil reais. Não há gestão milagrosa
que vá conseguir fazer com que essa conta feche. Isso é impossível!
Então, hoje, o hospital continua realizando os transplantes de coração; continua realizando os
transplantes de fígado; continua realizando os transplantes de medula óssea autólogos para receber 20
mil reais por transplante, por tudo – pagar o médico; os enfermeiros; os técnicos; os materiais; a
internação; o aluguel para o HFA; tudo. Para tudo isso, temos que viver com esse valor.
Realmente, as condições que foram impostas a esse hospital nos últimos anos são condições
extremamente difíceis. Eu estive nesta casa pessoalmente, com vários deputados, ao longo desses
anos, pedindo o auxílio, pedindo emendas, que nos ajudaram muito a renovar o nosso parque
tecnológico – ainda estamos recebendo muita ajuda.
Eu acho que é fácil agora falar da gestão, mas é preciso entender os números e o que vivemos
lá no dia a dia. Então, como diretor da área assistencial, a prioridade nunca foi interromper os
atendimentos – muito pelo contrário, eu acho que a conta que estamos pagando hoje foi por sempre
termos privilegiado o atendimento, por sempre termos feito muito além do que poderíamos fazer com
o que estávamos recebendo.
Então, eu venho aqui – e temos travado uma luta grande – para que esse hospital continue
funcionando; mas, principalmente, para que ele continue funcionando desta maneira: que faz com que
os médicos; os enfermeiros; os técnicos saiam de madrugada para irem captar os órgãos à distância,
para realizarem transplantes de madrugada – como nós fizemos hoje.
Tudo isso acontece – e vai continuar acontecendo – se esse modelo de funcionamento do
hospital conseguir prevalecer. Se isso for mudado – nós conhecemos, e os senhores deputados
conhecem muito mais; os senhores têm visitado os hospitais públicos, têm visto as dificuldades; sabem
que uma gestão amarrada, uma gestão em que não haja essa preferência pela qualidade, pela
produtividade, pela premiação daqueles que trabalham mais, que se dedicam mais –, ele não vai
funcionar dessa maneira.
Então, eu espero muito que esta casa continue atenta a esses próximos passos, que continue
vigilante com as questões que têm sido ditas, e que têm sido colocadas sobre essa instituição. Hoje, eu
estou aqui dizendo o que eu vivo e vivi nos últimos 12 anos dentro dessa instituição. Nos últimos 5
anos como diretor da área assistencial, eu tenho muita esperança de que a solução – uma boa solução
– para esse hospital vai aparecer, com a participação de toda a sociedade, mas muito também com a
força e com a ajuda dos deputados desta casa, que, na última semana, mostraram que têm uma força
muito grande.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, doutor André.
Contamos com a presença da deputada Paula Belmonte, a quem eu faculto a palavra, caso sua
excelência queira, bem como aos demais colegas parlamentares.
Doutor André, em Brasília, há quantos médicos que realizam transplantes, seja de fígado, seja
cardíaco – o senhor sabe dizer? O senhor realiza transplantes de fígado?
ANDRÉ WATANABE – Isso. A minha equipe é a responsável pelos transplantes de fígado. São
equipes separadas. Há a equipe de transplantes cardíacos, que é a mesma que faz as cirurgias
cardíacas no hospital; há só 8 médicos dentro desse grupo, que realizam, em média, de 60 a 70
cirurgias por mês no hospital.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Oito médicos, apenas no ICTDF?
ANDRÉ WATANABE – Apenas no ICTDF. Eu estou falando de números do ICTDF.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu quero saber quantos médicos há em Brasília,
contando em hospitais privados. Você consegue mensurar isso ou não?
ANDRÉ WATANABE – Não. Isso eu não sei lhe dizer, porque há grupos em hospitais privados
que não trabalham com a medicina pública.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É difícil conseguir médicos cirurgiões de
transplantes?
ANDRÉ WATANABE – Sim, posso dar o exemplo da minha equipe. Hoje nós somos 10 médicos,
5 cirurgiões; desses 5 cirurgiões, 2 eu formei lá. Eles são médicos que fizeram 2 residências; depois,
fizeram a especialização de 1 ano conosco, na área de transplante de fígado, para poderem trabalhar
lá. Portanto, tivemos que formar as pessoas para que fossem agregados à equipe, porque não se acha
esse pessoal disponível tão facilmente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, qualquer empresa que entrar vai ter
dificuldade em captar esses profissionais?
ANDRÉ WATANABE – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Tanto para transplantes de fígado como para de
coração e tudo o mais?
ANDRÉ WATANABE – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, esse é um problema com o que temos que
nos preocupar, porque, havendo a mudança da gestão, a empresa que entrar deve manter os que
estão ou contratar mais profissionais. É lógico que isso vai depender de quem entrar, mas eu vi que os
médicos fizeram um manifesto, dizendo “não” ao Iges. Porém, é “não” ao Iges ou “não” a qualquer
outra gestora?
ANDRÉ WATANABE – O doutor Jorge Afiune, que é diretor clínico, representante do corpo
clínico, está aqui e poderá falar melhor sobre isso.
A manifestação que foi feita – eu estava presente na assembleia – disse “não” à tramitação em
caráter de urgência, como estava sendo proposto, para que houvesse uma discussão ampla sobre uma
nova gestora. Então, não houve esse posicionamento de “não” a outras gestoras.
O que foi muito preocupante naquele momento foi a maneira como estava sendo proposta essa
mudança, não deixando nem espaço para que, como hoje, pudéssemos discutir e debater sobre isso.
Porém, não há, dentro do corpo clínico, um sentimento de que não possam vir outras – isso é uma
solução que nós achamos que é possível; não é decisão nossa. O que nós esperamos que seja mantido
é o modelo de como o hospital funciona, que não é a maneira como o Iges funciona. Foi isso que nos
preocupou bastante.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Entendemos.
Eu quero registrar a presença da Isa Leal e da Josy Jacob, diretoras do Sindicato dos Auxiliares
e Técnicos em Enfermagem do Distrito Federal, meu sindicato; doutor Alexandre Omena, diretor
jurídico do SindMédico-DF; Joselice Moura, representando o Núcleo de Ensino do ICTDF; Miguel
Antonio, representando a comissão de técnicos de enfermagem aprovados no concurso da Secretaria
de Saúde; Grazielle de Sousa Barrozo, diretora da Regional de Ensino São Sebastião; Jeferson Bulhosa
Júnior, conselheiro do Conselho de Saúde; Márcio da Mata Souza, diretor financeiro do Sindicato dos
Enfermeiros do Distrito Federal; Barbara Gheste, paciente transplantada do ICTDF.
Eu gostaria de ouvir a fala da área jurídica. Então, convido a Vanessa de Medeiros, que é da
Comissão de defesa das Pessoas com Doenças Crônicas e Raras. (Palmas.) Por favor, venha para a
mesa conosco, porque lhe farei algumas perguntas. Pessoal, vou deixar o discurso do general
Pafiadache para o final, porque há muitas perguntas a serem feitas. Com certeza, o tempo será maior.
Deputado Gabriel Magno, enquanto a Vanessa se posiciona, concedo a palavra a vossa
excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Obrigado, presidente. Eu pedi a palavra para fazer uma breve
saudação, porque vou ter que ficar entrando e saindo da reunião, estamos dando conta de várias
tarefas, mas a estamos acompanhando. Deputado Jorge Vianna, parabéns por esta importante
iniciativa!
Saúdo o general Pafiadache, que está na direção do instituto, e todos que compõem a mesa,
os profissionais, o corpo clínico e os pacientes, que são fundamentais nessa história.
Quero dizer, deputado Jorge Vianna, o compromisso que esta casa pactuou no dia de ontem.
Na verdade, desde o dia em que o projeto chegou a esta casa, houve o esforço do conjunto dos
parlamentares. Acho que essa foi uma luta unânime do parlamento, da Câmara Legislativa. É muito
importante quando a Câmara Legislativa – deputada Paula Belmonte – se unifica em torno de grandes
causas, e esta é uma delas: o necessário fortalecimento, seja da rede SUS, seja de uma área tão
específica e tão importante da alta complexidade, que é a cardiologia, a área de transplantes.
Precisamos ter responsabilidade, como poder público e como Estado, não só com os
profissionais que estão na ponta no dia a dia, mas fundamentalmente com a vida das pessoas –
estamos falando essencialmente disso.
O projeto chegou a esta casa com o intuito de transferir o instituto para o Iges sem amplo
debate, sem ouvir inclusive os principais interessados no assunto – porque é importante ouvir quem
está sendo transferido –, para que apresentassem números, dados e pensassem soluções coletivas.
Obviamente, temos e podemos ter divergências sobre as soluções, sobre o melhor modelo, mas é
fundamental que escutemos, é fundamental discutirmos a saúde a partir desse ponto de vista. O
consenso que se firmou, nesse primeiro momento, de que a melhor solução não é transferir o Instituto
de Cardiologia e Transplantes para o Iges foi muito importante nessa mobilização para também trazer
luz a esse debate. Por isso, parabenizo o deputado Jorge Vianna por esta comissão geral.
Esse debate continuará. Ontem o governo fez um compromisso com esta casa ao retirar o
projeto. Destaco aqui 2 importantes compromissos firmados. Primeiro, há a mudança necessária – pelo
que se tornou público – do interventor. É preciso garantir que nesse novo processo não haja conflitos
de interesses. Segundo, há o prazo de 30 dias que foi firmado ontem e que já é público, obviamente,
para se fazer uma nova chamada pública. Esta casa exercerá a sua função de controle e de fiscalização
mais fundamentalmente escutando as pessoas.
Eu vou continuar acompanhando a sessão, mas, daqui a pouco, terei que sair. Eu quero ouvir o
general, que estará aqui novamente na segunda-feira. Acho importante esse diálogo com os
parlamentares. O deputado Jorge Vianna, membro da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, tem
atuado brilhantemente e colocado esta comissão à disposição do instituto, das entidades e das
organizações aqui presentes, como a deputada Paula Belmonte também tem feito na Comissão de
Fiscalização, Governança, Transparência e Controle. Esse é um tema muito caro para nós, e queremos
transparência para a população do Distrito Federal. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, deputado Gabriel Magno, presidente da
Comissão de Educação, Saúde e Cultura – essa comissão trabalha muito.
Concedo a palavra a Vanessa de Medeiros Fernandes, presidente da Comissão de Defesa dos
Direitos das Pessoas com Doenças Crônicas e Raras da OAB-DF. Vanessa, muito obrigado por ter vindo.
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – Obrigada. Agradeço a todos a presença.
Este é um momento bem sensível em que nós temos que ver o que é prioridade. Quando
temos um problema de saúde na nossa casa, isso se torna prioridade, e deixamos todos os nossos
gastos voltados para aquele momento.
A OAB-DF, quando pensa nos pacientes com doença rara, lembra que muitos vão para a fila de
transplante – isso, para nós, é prioridade zero. Nós estamos bem alinhados com o Ministério Público
com relação a fazer o chamamento público para o ICTDF e, assim como o Ministério Público,
recomendamos que se regularizem os contratos de transplantes. Nisso estamos bem alinhados.
Nós estamos à disposição de vocês.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É importante que a senhora participe mesmo,
com lupa. Quando sair o edital – a promessa é de que sairá em 30 dias, mas pode ser que não seja
assim –, é lógico, aqueles que se credenciarem têm que estar muito atentos, não somente nós,
parlamentares, mas a OAB e o Ministério Público também.
Aqui há uma deputada que é muito antenada com essas questões: a deputada Paula Belmonte.
Inclusive, deputada Paula Belmonte, eu já tenho algumas informações, e irei fazer algumas perguntas.
É bom que vossa excelência ouça, porque são informações que eu obtive; contudo, ainda não foram
divulgadas.
Obrigado, doutora, por ter vindo.
A senhora quer falar mais alguma coisa? Pode ficar à vontade.
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – Nós temos que estar ligados nos prazos. O dia 2 está
aí.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O prazo do término?
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – É.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – ... da intervenção? Provavelmente, ele será
prorrogado, até por conta da decisão do governo.
Deputada Paula Belmonte, muito obrigada por ter vindo. Eu sei que a sua comissão irá
trabalhar muito, nesse momento, com relação aos números, porque as indagações que eu vou fazer
aqui são indagações que, provavelmente, chegarão à comissão de vossa excelência, e temos que saber
a verdade. O objetivo de trazermos essa comissão é justamente para ouvirmos um lado e outro; porém
veio apenas um lado – o outro não veio. Então, vamos ouvir o lado que está aqui e perguntar-lhe
exaustivamente sobre as nossas dúvidas.
Muito obrigado por ter vindo, deputada.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Muito grata, deputado.
Inicialmente, parabenizo todos que estão presentes falando e trazendo à tona um ponto
sensível sobre o Instituto do Coração (sic). Isso também traz à tona como é o sistema de saúde do
Distrito Federal. Então, parabenizo a forma como a Câmara Legislativa, em nome do senhor, realiza
esta comissão geral. Estava também agendada uma comissão geral para tratar de um tema muito
importante a todos nós – o PPCUB – e foi cancelada para que se realizasse esta comissão geral, pela
urgência do tema.
Então, parabéns ao trabalho do senhor, que tem essa grande bandeira, que é a saúde pública
do Distrito Federal!
Quero aqui me colocar também à disposição. Hoje, na Câmara Legislativa, sou presidente da
Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle para a qual a Secretaria de Saúde e o
Iges vêm prestando contas de 4 em 4 meses. E podemos perceber e observar a fragilidade do nosso
sistema, o custo que foi colocado e a operacionalidade de todas as situações.
Como deputada federal, fui parceira do Instituto do Coração (sic), destinando emendas.
Sabemos do compromisso que esses profissionais têm. Como foi falado pelo doutor André, todas as
vezes em que eu tive oportunidade de visitar o instituto, percebi não somente um compromisso com o
salário e com a doação, mas também com a missão. Esse é um hospital que hoje precisa realmente ser
reequipado e de investimento. Percebemos que ali as pessoas estão por uma missão: salvar vidas.
Como foi dito aqui, é o segundo hospital brasileiro em transplante de coração. Isso não é qualquer
número. Estamos falando do Distrito Federal comparado a São Paulo, ao Rio de Janeiro e a Belo
Horizonte. Isso é algo que precisamos olhar com muita atenção.
Aqui eu aproveito, deputado, para trazer algumas situações que nós, como sociedade, como
parlamentares, precisamos olhar. Essas são situações que o Iges nos trouxe, também, para
observarmos. Não sou contra o sistema do Iges – já deixei isso claro –, sou contra como a gestão do
Iges está colocada.
Hoje nós vimos uma fragilidade. Falou-se em insumos; em troca de insumos em estados; em
atraso, porque houve glosa de pagamento. Porém, hoje, segundo a nossa Comissão de Fiscalização,
Governança, Transparência e Controle, o Iges faz troca diária de insumos com a Secretaria de Saúde –
com a Secretaria de Saúde fornecendo –, e não é feito nada. Hoje, o Iges não cumpre as metas
específicas, que ficam aquém da necessidade da nossa população, porque elas foram definidas quando
havia um número menor de habitantes – e, hoje, estamos falando de 3 milhões de habitantes. As
metas ficam aquém da nossa necessidade e não são cumpridas nem glosadas. Isso não justifica a
situação, mas essa é a realidade.
Eu coloco isso como oportunidade de mostrar que nós precisamos discutir, sim, a saúde do
Distrito Federal e realmente a responsabilidade do que está sendo cumprido e proposto pelo Iges.
Hoje, 70% do orçamento do Iges é gasto com pessoal, e nós não sabemos como é a forma de seleção.
Nós vamos entregar o Instituto do Coração (sic) ao Iges? Não há lógica em um negócio desse.
Eu vejo que houve um sufocamento. A minha observação é a de que houve um sufocamento.
Eu não posso dizer que ele foi proposital, mas houve. É muito estranho – e eu estou falando isso,
porque sei que todo mundo sabe – serem glosados os valores, quando se fala: “Olhe, se eu não
conseguir pagar, eu não pago. Faz-se a intervenção e, um dia depois, paga-se”. Então, temos que ver
essas coisas, olhá-las com muito critério para que não oneremos, mais uma vez, a população do
Distrito Federal.
Eu quero elogiar esta casa quanto à pressão feita para que o governo recuasse e fizesse o
chamamento público. Que esse chamamento público seja o mais transparente possível.
Também há outra questão: hoje há um passivo trabalhista, e nós precisamos garantir a esses
funcionários, quando forem transferidos para a instituição que ganhar esse chamamento, o
recebimento dos seus salários. Precisamos criar uma comissão, senhor presidente desta sessão,
deputado Jorge Vianna, para acompanharmos muito de perto esse chamamento público, como ele será
feito e quais instituições estarão aptas a participar dele.
Nesse ínterim, eu conversei com algumas pessoas e não vi nenhuma pessoa defendendo a
FUC, no sentido de que tem que ser ela a responsável. Eu vi defendendo o Instituto do Coração (sic),
quanto à agilidade da gestão. Essa é uma realidade, e precisamos mantê-la. Qual será a instituição?
Nós precisamos fazer com que essa instituição seja aquela que cumpra o seu dever e as suas metas,
que traga transparência e agilidade para que as pessoas continuem contando com o Hospital do
Coração (sic).
O Hospital do Coração (sic) hoje não significa política pública de saúde para o Distrito Federal;
significa política pública de saúde para o brasileiro, porque várias pessoas do Brasil inteiro vêm aqui
para ser atendidas no Instituto do Coração (sic).
Eu quero parabenizar todos nós, a Câmara Legislativa, e pedir a todos da plateia, cidadãos
brasilienses, que comecem a olhar a saúde do Distrito Federal com muita responsabilidade, porque
hoje o sistema é extremamente oneroso e tem pouco resultado. A cada dia, vemos mais pessoas
morrerem nas filas dos hospitais por falta de médicos e insumos. Não há condições reais de trabalho,
porque ninguém consegue trabalhar em um ambiente onde não há insumo, não há estrutura, nem há
pessoas.
Eu me coloco inteiramente à disposição, com o deputado Gabriel Magno, com o senhor e com
outros parlamentares que têm ligação com a saúde, para que pensemos nisso como uma política
pública não para as próximas eleições, mas para as próximas gerações.
Estou grata por esta oportunidade. Ficarei aqui só por mais um tempo, pois vou ao Clube do
Exército receber um prêmio que diz respeito à mulher empreendedora. Não poderei ficar até o final,
mas a nossa equipe vai acompanhar esta comissão geral.
Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Deputada Paula Belmonte, obrigado pelas
palavras. As informações que temos passaremos para o gabinete de vossa excelência para que passem
pela Comissão de Transparência.
Concedo a palavra ao nosso decano, deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Quando se quer chamar alguém de velho, chamam-no de
decano – brincadeira. (Risos.)
Primeiro, inicio dizendo que fui contra a criação do Iges e continuo sendo contra o Iges. Eu
disse para o general, quando foi sabatinado para ir para o Iges, que o Iges não tinha jeito. O general
deve estar lembrado disso.
A verdade é que existe um sistema de desmonte da saúde pública do Distrito Federal. Todo
mundo sabe – especialmente quem mora aqui há algum tempo – que o Hospital de Base era a grande
escola que tínhamos no Brasil e no Centro-Oeste. O Hospital de Base, até onde sei, realizava todo tipo
de transplante.
Eu tive a felicidade de ter como amigo uma das pessoas mais extraordinárias que conheci, o
médico Roland Montenegro, que foi médico do Hospital de Base. Infelizmente, ele morreu naquele
acidente de avião que houve no Amazonas. O Roland foi um cidadão que nunca pensou em dinheiro.
Ele acreditava em medicina pública, em saúde pública. Ele foi médico no Hospital de Base. Como dava
gosto ver o Roland com um bocado de estudantes ensinando-os! Um dia conversávamos, deputado
Jorge Vianna, e ele me disse: “Chico, eu estou ensinando esses meninos, porque eu não tenho o direito
de guardar o que eu sei. Eu quero transmitir meus conhecimentos para outras pessoas”.
Sei da tristeza dele quando viu o Hospital de Base sendo desmontado.
Portanto, nós já tivemos algo excepcional e extraordinário no Distrito Federal, algo realmente
público.
O antigo Instituto do Coração do Distrito Federal surgiu na hora de desespero de um pai,
quando morreu o Luís Eduardo Magalhães, ex-deputado federal com quem convivi na Câmara dos
Deputados. O Antônio Carlos Magalhães, que era o pai dele, achava que ele tinha morrido, porque não
havia atendimento em Brasília – mas havia. Ele morreu, porque o caso dele não tinha jeito,
infelizmente.
Então, ele criou o Instituto do Coração e repassaram muito dinheiro da Câmara dos Deputados
e do Senado Federal para lá. Porém, desde o início, houve problemas. Eu conheci o doutor Sabino, que
foi diretor-geral da Câmara dos Deputados por anos a fio. Quando o Instituto do Coração foi passado
para a gestão da Fundação Zerbini, nomearam o doutor Sabino para cuidar do Instituto do Coração. Eu
o conhecia da Câmara dos Deputados e tive a oportunidade de dizer para ele: “Doutor, acho que o
senhor não vai dar jeito nisso, não”. E ele não deu, porque é bem complexa a situação.
Todos nós queremos que o Instituto de Cardiologia continue existindo – e existindo com
qualidade. Porém, há questões que precisam ser respondidas. Foi dito aqui pela secretaria – e nós
temos o dever de apurar – que houve desvio de insumos, que um caminhão de insumos para abastecer
o instituto foi transferido para o Rio Grande do Sul. Nós sabemos que, antes de o general ir para lá, já
havia denúncia de desvio dessa fundação. Foi dito também, deputada Paula Belmonte, que, das
emendas que foram disponibilizadas, pelo menos 2 milhões de reais que deveriam ficar aqui foram para
o Rio Grande do Sul. O Distrito Federal não tem tanto dinheiro assim para exportar dinheiro para o Rio
Grande do Sul! Agora está aí o resultado.
Todo nós queremos, pelo que eu sei, que os pacientes transplantados sejam bem atendidos e
que mais transplantes sejam feitos. Porém, nós queremos uma gestão transparente, uma gestão em
que não exista nenhuma dúvida, porque isso é dinheiro público.
Portanto, eu estou aqui para dizer que eu quero a continuidade do Instituto de Cardiologia.
Porém, transparência é tudo de que precisamos. A manutenção dos servidores é uma luta de todos
nós. Ressalto para quem quer que assuma a gestão do Instituto de Cardiologia, deputada Paula
Belmonte: nós vamos lutar para que esses trabalhadores, que são qualificados e que têm amor ao
instituto, continuem. Porém, eu creio que, assim como nós, a OAB, os deputados e os servidores
querem transparência. Queremos uma gestão efetivamente eficiente e capaz. Por isso, todos nós
estamos lutando e é isso que queremos que efetivamente que aconteça.
Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, deputado Chico Vigilante. Há aqui um
time muito bom para falar de saúde. O deputado Chico Vigilante faz parte desse time. Que bom que
nós o temos! Esta é a história – não é, deputado Chico Vigilante? Às vezes, nós estamos aqui dentro e
acabamos nos esquecendo de como foi a história. É sempre bom nos lembrarmos dela. Obrigado.
Agora vou passar a palavra para o Pafiadache. General, primeiramente, eu quero dizer,
corroborando as palavras do deputado Chico Vigilante e da deputada Paula Belmonte, que qualquer
empresa que entrar, que permanecer, o que seja, tem que garantir não só os empregos, os salários,
mas principalmente os direitos trabalhistas que estão para trás. Isso é um problema que aconteceu no
Rio Grande do Sul com a matriz, em que demitiram 700 funcionários e não lhes pagaram nada até
agora. Muito provavelmente, vocês possuem débitos quanto aos direitos trabalhistas. Quem vai pagar
isso? Temos que deixar isso bem claro, inclusive no chamamento, porque quem pega a porteira
fechada pega o ônus e o bônus. Isso é para deixar claro que vocês estão sendo vigiados. Estamos
muito atentos com relação aos direitos de vocês.
General, vou passar a palavra para o senhor. Eu vou lhe fazer umas perguntas, e o senhor
pode respondê-las na sua fala. Eu sei que a sua fala é muito mais esclarecedora do que até mesmo
falar do instituto, porque, por semanas, o senhor está sendo provocado. Acho que este será o primeiro
momento que o senhor terá para se defender, para defender o instituto do que estão dizendo.
Quero dizer o seguinte: primeiro, eu tenho uma relação, deputada Paula Belmonte, que eu vou
passar para vossa excelência, sobre transferências bancárias de valores feitas do Instituto de
Cardiologia do Distrito Federal para a FUC, no Rio Grande do Sul. Vários valores foram transferidos e
aqui não vou mensurá-los, mas eu gostaria que o senhor comentasse sobre essas transferências.
Eu tenho a relação do material que foi dispensado a título de empréstimo do Instituto para a
FUC, no Rio Grande do Sul – é o caminhão de que estão falando. O volume desse empréstimo está na
casa de 230 e poucos mil reais.
Aqui estão discriminados todos os produtos – por exemplo, foram 2.800 unidades de campo
cirúrgico plástico estéril. Está tudo aqui. De fato, houve o empréstimo. O senhor tem a oportunidade de
falar se esse empréstimo, realmente, é algo comum. O detalhe: esse empréstimo foi feito no momento
em que não havia material no instituto, pelo que foi falado.
Aqui, eu tenho os valores – e o Jeferson vai ajudar a esclarecer isso, porque ele está no
conselho –, mas se o senhor não souber, fique ligado, porque isso vai acontecer. Em 2016, a Secretaria
de Saúde foi ao Conselho de Saúde pedir uma ajuda financeira, ou seja, uma complementação do valor
da tabela que paga o instituto.
Quero lembrar vocês, pessoal, para ficar bem claro, que todo serviço de alta complexidade é
credenciado no Ministério da Saúde e recebe um valor, que é o chamado teto MAC. Esse valor é
repassado fundo a fundo, ou seja, não é depositado na conta do instituto, mas na conta da Secretaria
de Saúde, e a Secretaria de Saúde repassa para o instituto. Eu vou voltar à tabela do teto MAC. Em
2016, o instituto conseguiu um valor empenhado de 176 milhões, mas liquidados 156 milhões. Em
2017, foram 101 milhões empenhados e 122 milhões liquidados, ou seja, com certeza houve algum
aporte.
Em 2018, foram 107 empenhados e 101 milhões liquidados. Bom, aí vem a surpresa: em 2019
– o doutor André falou sobre isso –, caiu para R$79.606.000,00; em 2020, caiu para R$70.664.000,00;
em 2021, houve um aumento para R$129.609.000,00. Por quê? Porque, nesse momento, o governo
federal ajudou a alta complexidade. Então, o instituto teve mais recurso do Ministério da Saúde. Assim
foi em 2021; e assim foi em 2022, com R$132.860.000,00. Isso por conta da pandemia. Quando
acabou a pandemia, em 2023, voltou para 83 milhões; e 22 milhões, até agora, em 2024.
Isso é para vocês perceberem que a Secretaria de Saúde, naquele momento, em 2016, foi ao
Conselho de Saúde e pediu autorização para fazer esse aporte, para poder fazer essa complementação
da tabela, que paga muito baixo – como foi falado aqui pelo doutor André.
Depois que acabou aquele governo, o governo que entrou talvez não tenha se atentado a essa
complementação da tabela. Ontem, a secretária de Saúde esteve conosco e eu fiz essa pergunta para
ela. Ela falou que vai ao Conselho de Saúde, Jeferson, pedir para que façam o complemento de tabela.
Então, já fique sabendo.
Agora, voltando ao Teto MAC – sobre o qual eu falei –, todos agora sabem o que é o Teto
MAC. Fiz o levantamento e, no ano de 2023, o Ministério da Saúde, através do Teto MAC, repassou
para o Instituto de Cardiologia, por intermédio da Secretaria de Saúde, 73 milhões.
A pergunta que estou fazendo, general, é a seguinte: aqui está falando que, em 2023, foram
repassados 83 milhões para vocês; desses 83 milhões, 73 milhões vieram do governo federal, e o
Governo do Distrito Federal entrou apenas com 10 milhões? É isso? Eles estão entrando só com 10
milhões todo mês?
Outra pergunta é: com esses 83 milhões, dá para pagarem as contas, dá para liquidarem tudo,
com direitos trabalhistas e tudo mais? Por quê? Porque, se hoje, na intervenção, fala-se que se paga
tudo com o dinheiro que entra, como vocês faziam antes? Do dinheiro que entrava, sobrava tanto, que
mandavam para a FUC? Essa é a pergunta.
É tanta pergunta, que eu vou deixá-lo responder logo algumas.
Vocês estão entendendo, não é? Há algumas perguntas que eu ia fazer para a secretária de
Saúde. Como ela não está aqui... Pois bem.
A Secretaria de Saúde formou uma equipe técnica que fez a avaliação, juntamente com o
Ministério Público, e eles avaliaram que deveria fazer um chamamento público.
Eu não entendi por que o governo tomou outra decisão diferente da que foi proposta pelo
próprio governo, de querer colocar o Iges. Talvez foi para dar mais calor e emoção a tudo isso. Mas
agora voltou e vai fazer o que foi recomendado pela própria Secretaria de Saúde e pelo Ministério
Público.
A pergunta, general, diante de tudo isso que está acontecendo, é a seguinte: como a FUC está
vendo isso? Quais são as perspectivas? Vocês vão aceitar? Vocês vão se credenciar, caso haja
credenciamento e ele seja possível?
Essas são algumas perguntas sobre as quais o senhor pode falar para esclarecer isso a todos
nós.
Obrigado pela presença. O senhor é uma peça fundamental aqui, no dia de hoje. Não sei se o
senhor se preparou para tudo isso. O que o senhor não souber, até por se tratarem de números – e
isso não tem a ver com o senhor, mas com a sua equipe técnica –, o senhor pode encaminhar através
de ofício. Fique à vontade para falar o que o senhor sabe. Obrigado pela presença.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Deputado Jorge Vianna, antes de começar, quero dizer
o seguinte: eu estava tranquilo, e o senhor me tirou da zona de conforto, de tanta pergunta. Porém,
não se pega um general desprevenido. Estão aqui o doutor André, que é o nosso diretor técnico; o
doutor Jorge Afiune, que é o nosso diretor clínico; o doutor Hélder, que é da área jurídica; e vários
integrantes da alta gestão do instituto para me ajudar a esclarecer.
Mais do que isso, vou participar, na segunda-feira, do Colégio de líderes. Quero levar para lá
muitas coisas. Encaminhei um documento para o nosso deputado Wellington Luiz exatamente sobre
isto: “Olhem, questionem a nós, perguntem a nós o que está acontecendo, para que possamos
resolver”.
Deputado, empreste-me aquele documento que o senhor leu. Pode ser este aqui. (Pausa.)
Isto aqui é transparência. Está tudo registrado. Há outro documento ali. Está tudo registrado.
Agora, vou começar.
Quero cumprimentar o nosso deputado Chico Vigilante, com quem, ainda como secretário de
Saúde, tive muitas conversas e de quem aproveitei muito o conhecimento; a deputada Paula Belmonte,
nossa presidente da Comissão de Fiscalização e Transparência – vamos precisar muito da comissão,
porque tenho uma proposta. A minha proposta começa falando de pacificação. Se ficarmos só
discutindo, não vamos chegar a lugar nenhum. O que precisamos é de uma proposta que coloque no
seio do governo, da Câmara Legislativa e da sociedade algo viável, inclusive passando por um
chamamento público. É isso o que quero propor.
Quero também cumprimentar os demais deputados, todos os integrantes dos vários setores da
sociedade organizada, os integrantes do Instituto de Cardiologia, os nossos amigos da mesa.
Está aqui o Robério e um representante dos nossos funcionários – você chorou, mas vou dar
uma resposta, entendeu? Mas é isso mesmo, porque temos sempre que pensar em alguns segmentos
impossíveis de serem deixados de lado.
Por mais que as discussões sejam calorosas e existam dificuldades, além do paciente, do nosso
servidor, da saúde no próprio Distrito Federal, há um segmento – o doutor André comentou sobre ele –
a que os senhores precisam prestar muita atenção: o ensino de alta complexidade conduzido naquela
casa. Hoje há 44 integrantes médicos-residentes que vão, depois de formados, divulgar, em vários
hospitais do país, o conhecimento de alta especialidade, de alta complexidade que estão adquirindo lá.
Esse é um segmento que nós não podemos deixar de lado. E por que eu digo isso? Porque, pelo
Ministério da Educação, é proibido passar um residente de um CNPJ para outro. E o que nós vamos
fazer? Tudo isso nós temos que pensar. A coisa não é simples. É complexa. E por isso que há esse
assunto nesta casa.
Eu fico bem à vontade de estar com os senhores falando de saúde, apesar de ser um oficial
general do Alto Comando, ex-integrante do Alto Comando de Infantaria. Nos últimos 2 anos de
Exército, eu, na verdade, tinha sob a minha responsabilidade toda a saúde do Exército.
Saindo de lá, o doutor Ismael, meu amigo, chamou-me para ser diretor de apoio do Hospital de
Base. Após 2 dias de ir para a reserva, eu fui para lá. A partir desse momento, eu aprendi muito. No
Hospital de Base, eu participei da criação do Instituto Hospital de Base, que era formidável na sua
formação, porque nós saímos da 8.666 e tínhamos regulamento próprio para contratar recursos
humanos, regulamento próprio para comprar insumos, porque um hospital não pode entrar na 8.666
ou numa outra lei e comprar algo para só chegar depois de 6 meses. Não pode. Às vezes, aquele
equipamento, aquele insumo, tem que estar no outro dia na sala de cirurgia.
Também participei da criação do próprio Iges-DF. Saí e fui para o Ministério da Defesa e
assumi a Secretaria de Saúde – Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa. Estive em
Wuhan chefiando uma delegação de 500 atletas nos VII Jogos Mundiais Militares, onde há o único
laboratório humano de nível 4 – em Wuhan – e houve aquele problema da covid.
Voltei. Fiquei mais um tempo no Ministério da Defesa, atendendo toda a parte de covid. Vim
para o instituto, e o governador me convidou para ser o secretário de Saúde. Não foi fácil. Quase que
eu tomei uma decisão sozinho, mas aceitei o desafio. Não foi fácil, mas os senhores imaginem o que eu
aprendi.
Então, qualifico-me no que eu passei, o que eu aprendi, no dia a dia, com os enfermeiros, com
os médicos, com a direção de vários hospitais. Fui presidente do Conselho de Administração do Iges-
DF, como secretário de Saúde. Também participei muito do Conselho de Saúde, porque são segmentos
da sociedade organizada que têm a responsabilidade de tocar um assunto tão importante. Não pode
depender de partido nenhum.
Todos nós temos que ser voluntariamente ligados à solução mais adequada para a saúde. É
assim que chegamos a uma situação ideal. Eu estive na plenária de terça-feira e preciso agradecer por
tudo que eu ouvi de parlamentares da oposição, de parlamentares do governo, do presidente da casa.
Fiquei extremamente satisfeito com a qualidade, com a profundidade e com tudo que foi dito. E todos
tinham em mente sempre uma solução adequada para o momento. Não é para atender o IC, para
atender a FUC, para atender a SES: é uma solução adequada para o momento. Não é possível que
todos nós não possamos encontrar uma solução adequada.
Eu tenho uma proposta para os senhores. Falar em produtividade é difícil. Os senhores falam
tanto do instituto, e tudo isso é verdade.
O doutor André comentou todos os dados. Ele, inclusive, respondeu parcialmente a você,
quando ele falou por que a FUC chegou assim. Lá em 2016, começou o problema e o doutor André
comentou isso. Começou a dificuldade. Eu assumi a Sepesd, no Ministério da Defesa, que está
ligada ao Hospital das Forças Armadas, que tinha o instituto. Foi o primeiro momento em que eu
percebi esse problema, e o ministro Fernando, meu companheiro de turma, disse-me: “Pafi, resolve!”
Foi quando eu comecei a fazer contato com a doutora Núbia, com a FUC, com a SES, para que
pudéssemos dar uma solução.
E, à época, demos a solução a isso com recurso vindo do Ministério da Saúde. E todo recurso
do Ministério da Saúde que chega ao IC, obrigatoriamente, tem que passar pela Secretaria de Saúde, é
obrigatório isso.
Respondendo a uma pergunta, o SUS é tripartite, ele tem que ter recurso federal, estadual e
municipal. Normalmente só chega às unidades filantrópicas ou que prestam serviço para o SUS recurso
federal. Essa é a realidade. Então, respondi uma parte de sua pergunta.
Falando de produtividade, só para emendar uma conversa aqui, em 2021, cirurgias cardíacas:
444; em 2022, cirurgias cardíacas: 596; em 2023, cirurgias cardíacas adultas: 612, para falar de um
item, são vários, e todos crescentes, como as cirurgias cardíacas pediátricas, marcapasso, cateterismo,
angioplastia, enfim, todos cresceram nesses 3 anos.
Então, em dezembro do ano passado, a produtividade cresceu, mas com dificuldade. O que
aconteceu? Não vamos colocar o dedo na cabeça de ninguém, não! Vamos analisar o que aconteceu
para os senhores entenderem, para que possamos prosseguir vendo soluções e não apontando o dedo
para a, b ou c. Não! Nós chegamos a essa situação porque realmente estava faltando recurso, estava
faltando repasse para nós.
A partir da segunda quinzena de dezembro, as empresas começam a entrar em férias, e se não
pedirmos insumos com antecedência, eles não entregam, mas nós tínhamos que passar o final de
dezembro e a primeira quinzena de janeiro com insumos lá dentro.
Foi quando o general Gislei, meu amigo, companheiro de turma, fez um documento e eu
acredito que aqui está o problema. Faltou um pouquinho mais de conversa, de comunicação. “Vem cá,
parceiro”, porque IC e SES são 2 parceiros. Um tem que ajudar o outro, esse é o sentido da parceria,
um cuidando do outro. Faltou um pouquinho mais de conversa: “Eu preciso de recurso para abastecer
os meus estoques para poder passar por esse momento difícil da segunda quinzena de dezembro e a
primeira de janeiro”. Faltou um pouquinho mais de conversa, mas havia insumos lá. Sim, havia, porque
era responsabilidade do gestor ter insumos para os pacientes já hospitalizados. Não há como ficar sem
insumos para a UTI, isso não pode acontecer. Veja a responsabilidade do gestor! Faltou isso. Faltou
dizer: “Parceiro, estou precisando de dinheiro para comprar insumos”.
Senhores, 95%, 96% do que se faz dentro do Instituto de Cardiologia são direcionados para o
SUS; o restante é um pouco do HFA e alguma coisa de saúde complementar, mas 95% vão para o
SUS, é dinheiro que vem diretamente para produtividade.
Não vou falar mais da falta de contrato para transplantes, porque os senhores já falaram disso.
Porém, essa é uma realidade. Podem me perguntar: “General, o senhor foi secretário de saúde! Não
resolveu o problema?” A situação é muito difícil! Não pensem que não briguei diariamente pelo
contrato de cardiologia e pelo contrato de transplantes. Eu dizia: “Não estou brigando porque vim de
lá, visto que o governador me tirou do instituto. Não. Não é isso. É porque entendo a importância do
instituto para a saúde do Distrito Federal”. Graças a Deus, saí de lá, e, um mês depois, assinou-se o
contrato de cardiologia.
O contrato de transplante é extremamente importante. Este eu não consegui. Talvez eu tenha
sido até incompetente. Podem dizer: “O general não conseguiu o contrato de transplantes”. Até hoje
ele não saiu. Precisamos brigar por ele, para evitarmos pagar os transplantes com verba indenizatória
com a tabela de 2016. Como? Não se pode imaginar fechar a agenda para os transplantes. Como, se
não há contrato e há as dificuldades todas?
Vejam que foi falta de comunicação e, talvez, até de sensibilidade de ambas as partes. Tinha
que se ser resolvido internamente, entre o parceiro a e o parceiro b. Isso está na minha proposta.
Hoje como está o ambiente com a intervenção? Eu converso com o Rodrigo e com o Márcio.
Não tenho problema nenhum. Aliás, não tenho problema com ninguém. Converso naturalmente, mas o
ambiente não está bom.
Está aqui uma colaboradora que chorou com sensibilidade: “Meu Deus! O que vai acontecer
conosco?” A situação é tensa.
Eu fiz uma reunião com todos eles. São cerca de 150, 200 pessoas que estão lá, dia sim, dia
não, praticamente. Comecei dizendo: “Não tenho resposta para vocês. Não posso dizer que vocês vão
ser contratados ou dispensados. Não posso. Ninguém pode dizer isso, porque não há nada formado
ainda”.
Agora, respondo à sua segunda pergunta. Não posso dizer se você vai ser contratada
novamente. Como vou dizer isso, se nem sei se será a FUC que irá ficar ou se virá outra organização?
Como? Seria uma irresponsabilidade minha. Porém, há uma coisa: nós vamos brigar – e muito – para
que vocês se saiam bem em qualquer situação, permanecendo a fundação ou vindo outra organização.
O nosso farol sempre será paciente e servidor. Não tenham dúvida disso.
Para os senhores terem ideia, hoje, há 70 pessoas aguardando para fazer exames e se
preparando para futuras cirurgias. Como não vamos pensar nisso?
Aqui está o nosso amigo Robério. Há uma quantidade enorme de pessoas que, quando passam
por lá, ficam permanentemente ligadas ao instituto. São os nossos transplantados que, eventualmente,
têm que retornar. Inclusive, alguns transplantados estão aqui presentes.
Durante a pandemia de covid, quando o paciente dizia que era transplantado, o hospital não o
atendia e o mandava para o instituto. Vejam a preciosidade, o ícone de excelência que a Secretaria de
Saúde tem e do qual tem que cuidar!
Por isso, tenho uma proposta aos senhores. Nós já estávamos trabalhando com o Ministério
Público sobre um termo de ajustamento de conduta. Fizemos 3, 4 reuniões. O termo já está
praticamente pronto.
A senhora vai deixar os seus assessores aqui, porque eu tenho uma proposta que envolve a
Comissão de Fiscalização e Transparência, porque está dentro dessa proposta. Antes que a senhora
saia, basicamente é o seguinte, senhores: conforme esse TAC, que está bem avançado, sai a
intervenção, volta a administração normal do instituto; a Comissão de Saúde e a Comissão de
Transparência fazem mensalmente verificações e é obrigação nossa mostrar tudo o que foi feito
naquele mês. O Ministério Público e outros integrantes desta casa também participam. Zero problema.
A Secretaria de Saúde faz um chamamento público com tempo até chegar a uma possível licitação.
Chega-se ao final do ano. Esta casa vai analisar por meio das 2 comissões. Elas vão analisar os
resultados. Dá para seguir assim? Não. Vamos abrir a licitação conduzida pela secretaria. Isso coloca
todo mundo dentro da solução. Ninguém está sendo liberado – nem o Governo do Distrito Federal,
nem a secretaria, nem esta casa, nem o IC. Está todo mundo dentro da solução.
Porém, se nós ficarmos brigando, aonde nós vamos chegar? Vejam que, dentro da solução, nós
queremos que haja um chamamento público. Claro, ele tem que existir. Depois, existirá confiança para
quem chegar ou se nós formos prosseguir. Tudo estará esclarecido e fiscalizado pelas comissões –
principalmente pela Comissão de Saúde e pela Comissão de Fiscalização – e por outros membros desta
casa. Essa é a minha proposta.
Muito obrigado, obrigado, obrigado!
Eu já falei, inclusive, que encaminhamos um documento para o nosso deputado Wellington
Luiz, que me convidou para participar do Colégio de Líderes na segunda-feira, e aquelas respostas que
eu não conseguir dar aqui, em que nós vamos aprofundar, eu quero dá-las aos nossos deputados na
segunda-feira. Zero problema.
Sobre os 83 milhões de 2023, na verdade, 95% de verbas que entram lá são frutos de 95% de
SUS que atendemos. Não há um complemento da secretaria, não. O restante é verba de alguma coisa
que fazemos para o privado, ou da família militar, ou de alguma saúde complementar. Zero problema.
Eu acho que respondi sobre a FUC. Por que a FUC chegou a essa situação? Exatamente pelo
que falamos aqui: dificuldade de um cronograma de desembolso de recursos adequados.
Quero responder todas essas perguntas. Foi ou veio material para lá? Eu só vou dar um dado
para vocês, porque eu quero esclarecer isto na segunda-feira: nós estávamos precisando de 16 milhões
para pagamento de folha em determinado momento. Eu estou dizendo isso, mas eu assumi a
superintendência segunda-feira passada. Porém, falo de coisa que procurei estudar. Precisávamos de
16 milhões de reais. Fomos ao BRB. Não conseguimos o dinheiro.
A fundação conseguiu, no Banco do Estado do Rio Grande do Sul, 16 milhões. Tinham
adiantado 2 milhões para pagamento da folha daquele mês. Quando chegaram os 16 milhões – tudo
documentado –, voltaram aqueles 2 milhões que havíamos emprestado da fundação.
Tudo está documentado, a transparência está a mil.
Lembro que é um ente privado, que há um recurso que não pode ser passado para lá. É
emenda parlamentar. Mas como vamos mandar? Se falta dinheiro aqui, o que sobra para mandar para
lá? É isso que os senhores precisam entender.
Quero mostrar isso com muita tranquilidade, com dados. Lembro-me de um documento que
chegou do presidente da Fundação Universitária de Cardiologia, em que solicitava 2 milhões. Tenho
esse documento e vou mostrá-lo. Espere um pouco! Um presidente manda um documento de uma
matriz para uma filial, para solicitar isso? Está registrado – compliance. Por que não perguntam para
nós? Por que não nos acionaram antes, para podermos esclarecer? É nosso dever e nosso
envolvimento esclarecer qualquer dúvida.
Senhores, quando eu estava no Hospital de Base, ajudei muito hospital privado com insumos e
fui ajudado por muitos hospitais privados com insumos para o Base. Essa é uma dinâmica natural entre
hospitais, independentemente de serem privados ou públicos. Essa é uma dinâmica que há, porque, às
vezes, naquele momento, o peito está aberto e precisa-se de um fio para uma cirurgia cardíaca, como
aconteceu comigo no próprio IC, isso em 2019. Essa é uma dinâmica que existe. Porém, é importante –
e concordo com o senhor, deputado Chico Vigilante – que seja tudo registrado. Isso
é compliance. Porém, o que vai também volta. Essa é uma realidade.
Eu queria dizer a todos os senhores que estou envolvido com o Instituto de Cardiologia desde
2019, quando assumi a Sepesd, no Ministério da Defesa. Eu não brigo a não ser por uma causa. A
causa é a alta complexidade que se faz dentro do instituto e, até mesmo por eu ter sido secretário de
Saúde, a importância que ele tem para a saúde. Quando eu ia às reuniões do Conass e do Conasems,
eu tinha orgulho de falar da saúde do DF, particularmente na alta complexidade.
Precisamos de mais apoio – não do apoio com dinheiro. Não! Precisamos de apoio com
segurança, até mesmo do Ministério da Saúde, como foi dito aqui. Os senhores foram lá e viram que
vários pacientes são de Goiás, do Mato Grosso, de vários estados. Acho que o Ministério da Saúde
tinha que se envolver mais conosco, porque, como disse a deputada Paula Belmonte, o nosso instituto
extrapola o DF.
Dia 2 de maio termina o acordo de cooperação entre os partícipes – Ministério da Defesa,
Ministério da Saúde, Câmara dos Deputados, Senado Federal, GDF e fundação.
Estive hoje de manhã com o brigadeiro da Sepesd, que me substituiu lá, para acertarmos. Não
é que vai terminar o acordo, colocar lá uma empresa de mudança e embarcar. Não! Estamos falando
de um hospital – de um hospital de alta complexidade. Então, está tudo certo, vamos continuar.
Há um projeto na Secretaria de Patrimônio da União para colocar – onde está o instituto, que é
do HFA – essas instalações, por 20 anos, à disposição da Secretaria de Saúde. Se isso não acontecer a
tempo, vai ser feito um acordo com a secretaria, mas não vai haver solução de continuidade na
assistência que fazemos dentro do nosso instituto.
Eu procurei responder o máximo e esclarecer o máximo das coisas. Pretendo aprofundar
dados.
Como é bom ser instigado a pesquisar e mostrar a transparência e o compliance! É bom demais
estar com os senhores. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, general. São perguntas que, com
certeza, irão vir também no Colégio de Líderes.
Mas, olha, em 2016, o Instituto do DF passou 2 milhões para a FUC. Em 2017, passou
R$3.500.000,00 para a FUC. Em 2018, foram 4 milhões de reais para a FUC. Em 2019, foram
R$4.500.000,00 para a FUC. Em 2020, foram R$2.900.000,00 para a FUC. Então, está sobrando
dinheiro no GDF para passar para a FUC.
General, eu falei uma vez com o senhor...
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Qual foi o último ano?
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Há mais; falei rapidamente porque eu não estou
enxergando. Eu consegui fazer isso rapidamente. Aqui são transferências bancárias.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Houve um momento – e o nosso doutor André e o Jorge
podem me ajudar –, em 2016, 2017 e 2018, em que, realmente, o instituto estava em produção e
estava sendo pago corretamente, entendeu? Porém, aqui só há o que foi para lá, mas cadê o de lá
para cá?
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Pronto! Então, o senhor traz isso. Boa! Eu só
estou dizendo o que foi. Tomara que tenha vindo mais! Tomara!
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Exatamente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Agora eu vou fazer o contrapeso. Aqui há também
um documento... A Secretaria de Saúde foi lá ontem falar conosco, foi dizer como é que faz a dinâmica
de pagamento. Então, é assim: o instituto trabalha, manda a conta, ela paga; ele trabalha, manda a
conta, ela paga. Porém a Secretaria de Saúde não paga os 100%, porque ela tem que fazer a análise,
caso haja glosa, caso haja algum erro na conta. Ela não pode pagar tão rápido uma coisa que ela nem
verificou. Quem estiver aqui que conhece o assunto, corrija-me se eu estiver errado.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – É mais ou menos desse jeito. Nós apresentamos a nota
fiscal, há uma análise. Essa análise não tem prazo. Essa análise e essa nota fiscal não têm prazo. Se
você reclamar, dizem: “Não, não, mas está dentro do prazo”. Não há prazo. É isso que nos mata.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas você manda a nota, e ela paga parte da
nota?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. Depois da análise, com glosa ou não, tínhamos
acertado 80-20.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Isso.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Depois, o nosso procurador Lucas, junto com eles,
achou melhor 90-10 – mais ou menos.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Beleza.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Isso acontece, com todas as dificuldades.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É mais ou menos isto: manda a nota, eles pagam
90-10 – antes, era 80-20.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Isso realmente demora.
Eu queria fazer esta pergunta para a Secretaria de Saúde; como ela não está aqui, eu vou fazer
uma pergunta retórica, só para vocês saberem a dinâmica de como isso é feito. Nesses 20, 20, 20 que
a secretaria não estava pagando, houve um acumulado. Eu tenho um documento com aquilo que a
Secretaria de Saúde está devendo. De acordo com esse documento – e eu queria saber se realmente a
Secretaria de Saúde ia confirmar isso –, são R$19.800.000,00.
Então, pelo que consta, a Secretaria de Saúde, de acordo com o documento que nós
recebemos, deve – por conta desse 80-20, por conta do não pagamento total da fatura – estar
devendo. Era esse o motivo que eu gostaria que todos estivessem aqui para poder fazer essa pergunta.
Não tem coisa pior no mundo do que você falar: “Você está devendo” e o outro dizer: “Não,
quem está devendo é ele”. E assim por diante. É a pior coisa do mundo. Alguém tem que dizer a
verdade. Quem está devendo? É isso que nós queremos saber.
Eu queria agradecer também à equipe de consultoria jurídica da Câmara Legislativa, que nos
ajudou com algumas informações importantíssimas desta audiência. Muito obrigado.
Vamos passar a palavra aos colegas inscritos.
Eu sabia que esta sessão iria ser demorada, porque são muitas perguntas. A ideia não é
colocar ninguém em saia justa, general; a ideia é falar a verdade, doa a quem doer. Se a secretaria e o
Iges estivessem aqui, também iriam responder a muitas perguntas. Eu não vou fazer aqui o jogo de
defender um em detrimento do outro. Aqui nós temos que resolver pela verdade, porque aqui do meu
lado está um camarada que está representando aquele que não tem nada a ver com isso, que não tem
nada a ver com essa discussão, com a questão financeira, com o erro administrativo, com o erro de
gestão, e que só quer viver.
A nossa responsabilidade nesta casa, no mínimo, tem que ser a garantia de que ele viva, doa a
quem doer; que os culpados paguem, caso haja culpados nesse erro administrativo – se é que está
havendo erro administrativo. O instituto fala que não está devendo, o outro fala que não está havendo
boa gestão, que houve um empréstimo, que não houve. Eu, particularmente, conheço essa questão de
que há muito material indo para lá, para cá e tudo mais.
O senhor falou uma coisa interessante: aqui é o que foi passado para lá, e o que foi passado
de lá para cá? Nós não temos essa informação. Se houver, traga-a, porque uma hora você vai precisar
dela. Apenas para termos certeza e acabar com todas essas celeumas em relação a isso.
Vamos chamar a nossa primeira inscrita. Caso queira falar daí, é só apertar o botãozinho que
eu vou identificar; caso prefira do púlpito, pode vir aqui. Vou chamar o nome dos 3 primeiros que farão
uso da palavra, para que possam se preparar psicologicamente, porque falar em microfone é meio
tenso. As pessoas ficam nervosas.
Primeiro, a Josiane Jacob, diretora do Sindate-DF; logo após, o doutor Alexandre Omena,
representante do Sindicato dos Médicos; e por último o Jeferson Bulhosa, representando o Conselho de
Saúde.
Vocês terão 3 minutos para a fala, de acordo com o Regimento Interno.
Concedo a palavra à Josiane Jacob, seja bem-vinda.
JOSIANE JACOB – Boa tarde a todos. Em nome do deputado Jorge Vianna, eu cumprimento os
membros da mesa; quero parabenizar a minha amiga Carminha, você sabe o quanto eu a admiro.
Quero cumprimentar a todos e dizer, primeiramente, que a falta da gestão, a falta da secretária
de Saúde ou de um pressuposto para falar em nome da Secretaria de Saúde é muito ruim. Eu enxergo
isso, deputado, com muita insatisfação, porque é um assunto tão importante, e nós não percebemos
essa preocupação por parte da secretária de Saúde em mandar, pelo menos, alguém para responder as
perguntas. Trata-se de um evento programado pelo deputado Jorge Vianna, com a intenção de nós
discutirmos essa pauta que é tão importante para os trabalhadores, para os transplantados, para os
pacientes que dependem do serviço do ICTDF. Eu quero deixar essa fala registrada, porque eu vejo
isso como uma falta de respeito a todos nós que estamos aqui.
Eu conversei com alguns gestores antes de vir para a reunião, e é muito complexo
entendermos tudo, porque há muita coisa aí, são muitos números e não temos acesso a todos eles,
não participamos dos debates. Mas, na conversa com alguns gestores, o que parece, o que deu para
entender – o Pafiadache pode até me corrigir ainda em tempo – é que parece que, nesse imbróglio
todo, se houvesse o contrato de transplante e se a secretaria repassasse a verba que ela precisa
repassar por produção – se eu não me engano – mês a mês, sem atraso, talvez o ICTDF teria se
mantido. Eu estou certa ou errada? Essa é uma pergunta, mas o senhor pode me responder depois, daí
eu não perco o meu raciocínio.
Então, quero deixar essa fala porque me parece que a Secretaria de Saúde atrasa esses
pagamentos e isso traz um prejuízo orçamentário. Lógico que a FUC terá um prejuízo orçamentário
tendo que cobrir esse valor e acabará tendo um problema financeiro que pode ter gerado tudo isso que
está acontecendo. Essa é uma indagação.
Há outra coisa que eu quero dizer, como sindicato. Óbvio que vamos olhar sempre o lado do
trabalhador. Nós estamos preocupados, sim, e o Sindate foi um dos sindicatos que mais brigou para
manter a verba para pagamento de salários em dia. Acho que o senhor esteve lá na gestão quando
estivemos e incisivamente fomos à Secretaria de Saúde, porque nós não arredamos o pé das
discussões. Estamos ali para ajudar o ICTDF, porque gostamos demais do atendimento dele. Eu tenho
uma prima que foi operada no ITCDF com 13 dias de nascida. Então, tenho um carinho enorme pelo
ICTDF. Imaginem! Há equipes totalmente preparadas.
Eu lembro como se fosse hoje, foi um atendimento de excelência. Então, queremos que o
ICTDF se mantenha assim. o ICTDF, como disse a Carminha, tem o seu jeito de ser. Parece que
estamos brigando aqui pelo óbvio: para manter o sistema de pé e para manter os empregos. Nós
temos essa preocupação e a nossa fala é no sentido de conseguirmos manter o ICTDF porque ele tem
um atendimento de excelência e, também, porque se preocupa com os direitos dos trabalhadores, que
é a nossa maior preocupação enquanto sindicato. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Josy. De fato, o Sindate foi o primeiro
sindicato a entrar no instituto, a convite da Carminha, para poder lutar por atrasos de salários. Só que
nós brigamos de uma forma diferente. Não fomos lá só para dar porrada, fomos lá para dar porrada e
ajudar. Eu falo “nós” porque eu estava lá também! Então, esse é um jeito diferente de fazer
sindicalismo.
Parabéns à Josy, ao Newton, à Elza, à Isa, ao Moisés, ao João Cardoso, do Sindate.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Josy, a primeira pergunta é o melhor dos mundos. Esse
é o ideal. Pagamento, faz a nota fiscal, faz nova análise. A glosa é admitida até 3%. Nós tivemos glosa
de R$1.800.000,00.
Vou aproveitar a sua pergunta e vou acrescentar uma coisa que eu preciso dizer para vocês. Os
senhores viram o general falar mal do Hospital de Base, do Instituto de Cardiologia. Eu falei alguma
coisa do Iges, da secretaria? Não! Eu sou integrante e, inclusive, fundador. Eu ajudei a fundar o
instituto. Eu não vou fechar porta nenhuma! Só que, nessa proposta, é fundamental que os 2 entes se
sentem e conversem: vamos consertar isso em prol da saúde. Não precisa ser a Câmara Legislativa,
nem o Ministério Público! Ah, sim, esse é o melhor dos mundos! Quem sabe isso não acontece?
Com relação ao salário, pelo que me consta – a Carminha pode me ajudar – nesses últimos 2,
3 anos, houve salário atrasado? Há alguém que está sem salário lá?
MARIA DO CARMOS BARROS – Não.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. São 2, 3 anos sem atraso de salário, exatamente
porque a prioridade não é só o paciente. O paciente é o foco máximo, mas insumos e recursos
humanos são de altíssima prioridade; caso contrário, não se atende ao principal. Eu gostaria de
ressaltar isso.
Não sei se respondi às suas perguntas. Vamos para a próxima pergunta.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – A sua proposta de permanecer foi interessante, o
pessoal gostou.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não estou dizendo que eu quero permanecer. Eu quero
esse tempo para que haja um bom trabalho de chamamento público, que se crie uma licitação bastante
forte e precisa, com os olhos da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, da Comissão de Fiscalização,
Governança, Transparência e Controle e do Ministério Público nos ajudando. Eu não tenho dúvida de
que não há como dar errado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – General, chegou ao nosso gabinete a informação
de que hoje, com a intervenção – eu ia fazer essa pergunta aos interventores, mas é também uma
pergunta retórica –, o recurso mantém os salários em dia e não há falta de material. Por quê? Porque
não mandou mais dinheiro para a FUC e porque houve uma diminuição nos gastos de produtos?
Porque parece que há produto que era comprado por R$1.200,00 e hoje é comprado por menos de 600
reais. A intervenção se preocupou em procurar preços melhores e, por isso, melhorou? Eu queria ter
feito essa pergunta a eles. Como eles não estão aqui, no momento oportuno, nós a faremos.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Eu não quero fugir dessa pergunta.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor vai responder? Essa pergunta era para
eles.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Mas é muito forte um questionamento desse.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então, responda.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Senhores, o recurso chegou, e ficou fácil. Com recurso,
vamos pagando. Com relação à questão de valores – prestem atenção –, o instituto, mesmo privado,
ele faz uma pesquisa de preços. Estou dizendo isso porque é uma prática tradicional lá. Eu vou me
aprofundar nesta conversa, porque quero colocar este assunto na mesa na segunda-feira, sem nenhum
problema.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Muito bom. Na verdade, isso aqui é uma prévia do
que vai acontecer na segunda-feira. Só que não será apenas 1 deputado, serão 24. Prepare-se,
general. Eu lhe falei quando o senhor foi sabatinado... O senhor é PQD?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não é paraquedista?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. Eu sou blindado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É o Gislei, não é?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – O Gislei é paraquedista.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu havia falado a ele que aquele seria o seu
último salto. (Risos.) E foi, porque ele saiu. Vejam que o Iges derrubou um general. O Iges derruba
todo mundo.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não o tiraram?
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Eu o tirei.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Então? (Risos.)
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Não. Ele não foi tirado: “Gislei, vai descansar. É melhor
para nós”. No dia seguinte, quando ele pediu, eu disse: “Não, mas nós íamos mandá-lo embora”. Mas
eu o mandei embora antes, porque ele é meu amigo. Nós temos que proteger os amigos.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu pensei que ele havia caído, que o paraquedas
não abriu.
Concedo a palavra ao doutor Alexandre Omena, representante do SindMédico.
ALEXANDRE OMENA – Boa tarde a todos. Eu gostaria de agradecer o convite do nosso
deputado Jorge Vianna.
É muito importante sabermos que o que o instituto faz, sem dúvida nenhuma, é uma coisa de
outro mundo. Eu vim de Maceió, sou alagoano e tive a honra de acompanhar o Dr. Wanderley, que é
referência no Brasil em termos de transplante. Então, eu penso que temos que fazer isto: sentarmos.
Todos sabem que a posição do sindicato é em favor dos médicos e de todos os profissionais que ali
dentro estão.
Não estou aqui com a procuração do HFA, mas eu sou médico do HFA. Eu não posso me
esquecer de que eu participei de várias reuniões em que o HFA apoiou integralmente o ICTDF quando
era instituto. Claro que deve ter havido alguns outros conflitos, mas, em alguns dos quais eu participei,
houve apoio.
De fato, não podemos deixar que se precarize a relação contratual, o vínculo de trabalho de
todos que estão presentes ali naquele instituto. Isso é fundamental. O modelo que ali está tem que
permanecer. Aí se pergunta por que estão procurando muitos pediatras etc., porque não existe o
modelo que é aplicado dentro do instituto. Eu acho que temos que privilegiar sempre a produtividade e
a competência.
Para se formar um especialista em transplante, gente, vocês têm noção de quantos anos de
estudo é preciso? Todos os profissionais que estão ali dentro do instituto lutam dia e noite. Precisam
estar se atualizando, porque existem novas máquinas, novos procedimentos. Não é à toa que é a
referência. Não podemos nos esquecer de valorizarmos sempre o SUS. Isso aí, sem dúvida alguma.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu irei passar rapidamente a palavra ao Jefferson
Bulhosa Júnior, do Conselho de Saúde do Distrito Federal.
Logo após, passarei a palavra para Márcio da Mata, do SindEfermeiro; Bárbara Gheste,
paciente transplantada; e Francisco Medeiros, também paciente do ICTDF.
JEFERSON BULHOSA JÚNIOR – Obrigado, deputado. Boa noite a todos.
Eu lerei aqui a resolução do Conselho de Saúde do Distrito Federal com relação a esse
imbróglio, porque é um imbróglio mesmo.
“O presidente do Conselho de Saúde, de acordo com a Constituição, [...], considerando que os
membros do Conselho de Saúde do DF manifestam posição contrária à cessão do Instituto Cardiológico
e Transplantes do DF ao Iges...” O Conselho de Saúde sempre foi e sempre será contra o Iges ou
contra qualquer terceirização que venha a acontecer na Secretaria de Saúde. Sempre! Essa é a nossa
posição. Sempre estaremos com essa posição firme.
Eu não vou ler tudo. Eu li apenas o preâmbulo da nossa resolução do conselho. Eu vou ler o
último trecho.
“Considerando o art. 1º da Lei Distrital nº 4.604, de 2011, seu parágrafo único dispõe o
seguinte: ‘O conselho atua na formulação e proposição de estratégias e no controle da execução das
políticas de saúde, no âmbito do Distrito Federal, inclusive em seus aspectos econômico-financeiros e
nas estratégias para os programas e projetos de saúde a serem encaminhados à Câmara Legislativa do
Distrito Federal’.” (Adaptado.)
Então, isso é para vocês entenderem que o Estado faz uma lei, a Câmara Legislativa a aprova,
e nenhum dos 2 a cumpre. Nenhum dos 2 a cumpre, e por quê? Nenhum desses projetos passou pelo
Conselho de Saúde. Nenhum. E a lei diz que os projetos têm de passar, para se ouvir a comunidade, a
representação dos usuários, dos trabalhadores e dos gestores. É o chamado controle social.
Então, o que nós queremos e o que o conselho tem a dizer é isto: cumpram a lei, ouçam o
conselho. Nós não estamos dizendo que vai ter de ser da forma como analisarmos e propusermos, mas
nós temos de ser ouvidos, deputado, assim como o governo tem de ser ouvido pela Câmara
Legislativa. É isso.
Agora, eu quero fazer uma questão pessoal, como sindicalista e sindicalizado do SindSaúde.
Esse problema – a que você, creio, é contra também – com relação à terceirização no... (Falha na
gravação.) Nós temos de unir forças para romper com isso, para romper com esse sistema em que os
governos vêm, desde o Rollemberg, tentando terceirizar. Quanto aos problemas que já vimos lá atrás,
houve conselheiros que votaram a favor deles e quase foram presos. Eles tiveram de responder civil e
criminalmente na justiça, porque votaram a favor de algo que é ilegal em relação à função que o
conselheiro tem de ter.
Eu trouxe uma camiseta – ela está ali – em que está escrito: “Eu defendo o SUS”. Ele tem de
defender o SUS. A complementariedade não quer dizer que nós temos de fazê-la; ela tem de existir
para vir, não é o conselho ou o Estado fazer a complementariedade, como é o Iges.
Nós queremos dizer que não existe transparência no Iges e nunca existiu. O Iges não presta
conta ao Conselho de Saúde. O Iges não permite que o Conselho de Saúde o fiscalize – está certo? O
Iges impede que os conselheiros adentre seus locais, ele nos impede de fazer isso.
Eu queria fazer também uma proposta: por que não se faz uma gestão democrática no Iges?
Por que não se cria um conselho de administração lá? Seja qual for a empresa que for administrar
aquilo lá, criem um conselho de administração, coloquem os trabalhadores, coloquem a sociedade dos
transplantados, para se fiscalizar afim de que não só o presidente venha fazer esclarecimentos. Que o
conselho de administração venha esclarecer, como nós temos no nosso modelo de aposentadoria: nós
temos um conselho de administração em que metade é dos trabalhadores e metade é do Estado.
Esse é um exemplo, e nós estaremos sempre defendendo – nós, do Conselho de Saúde – os
trabalhadores, principalmente os trabalhadores.
É isso. Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Jeferson.
Concedo a palavra ao Marcio da Mata.
(Intervenção fora do microfone.)
MARCIO DA MATA SOUZA – Boa tarde a todos. Eu gostaria de cumprimentar o deputado Jorge
Vianna por nos convidar a fazer parte desta discussão de extrema importância para a saúde pública do
Distrito Federal.
Antes mais nada, deputado, eu gostaria também de deixar claro que o ICDF, o Instituto de
Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal, não é de Brasília, ele é do Brasil. Isso é muito
importante entendermos, como já foi dito aqui em várias falas: ele não atende só o Distrito Federal, ele
atende o Brasil. E eu também gostaria de parabenizar cada um dos trabalhadores que estão aqui, que
não deixaram o serviço cair, porque esse serviço é de fundamental importância na vida das pessoas.
Vocês fizeram com que muitos desses pacientes permanecessem vivos até hoje.
Parabéns a vocês por não deixar cair a produtividade. Eu tenho certeza de que muitos estão
abalados emocionalmente. Eu tenho certeza do que está acontecendo lá hoje, porque essa situação de
instabilidade profissional gera uma condição interna muito difícil de enfrentamento, e muitas pessoas
não conseguem combater isso com a facilidade com que outras pessoas conseguem. Vocês são
verdadeiros heróis. Independentemente da FUC, independentemente do grupo de intervenção, eu sei,
conheço os dados que foram mantidos, ou boa parte deles. Então isso é importante principalmente
para os pacientes transplantados.
Mas eu gostaria de trazer outra situação. O Jeferson colocou muito bem, eu estou
representando o Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal e também sou conselheiro de saúde do
Distrito Federal. E enfatizo mais uma vez que nós temos um posicionamento contrário à gestão do Iges
porque nós temos convicção – e também a comprovação, ao longo do tempo – de que essa não foi
uma gestão que fez a entrega adequada e satisfatória à população. Nós não observamos isso e,
consequentemente, temos essa convicção. O nosso posicionamento é por um sistema único de saúde
público de qualidade e que atenda as pessoas nas necessidades que elas têm. Essa é a nossa defesa –
e vai ser a nossa defesa sempre.
Eu gostaria também de colocar algumas questões. Eu sei de todas as dificuldades. Nós
atuamos com o Sindate, e eu sei de todas as dificuldades que foram enfrentadas pelos trabalhadores,
como o atraso de salário e todas as condições que enfrentamos. Mas eu quero comentar a fala do
doutor André sobre a dificuldade do repasses. Hoje nós passamos, no Sistema Único de Saúde, por
uma condição de subfinanciamento da saúde. Isso está claro ao logo dos últimos anos.
Particularmente no governo passado, nós observamos uma notável falta de investimento na
saúde pública do Brasil. Nós entendemos que há um mecanismo, uma forma de tentar fazer com que o
sistema único público se fragilize para que oportunizem outras situações, que nós não sabemos quais
são. Isso tem acontecido. Eu tenho visto e observado que o presidente Lula tem tentado aumentar o
financiamento do SUS. Infelizmente, isso não tem acontecido a contento.
A título de informação, senhores da mesa e senhor deputado, há hoje no Brasil 200 e poucos
milhões de habitantes e, para vocês terem uma ideia, há 50 milhões de pessoas que possuem plano de
saúde, que estão na saúde suplementar. Essas 50 milhões de pessoas gastam um tíquete médio de 5
mil reais por ano. Isso enche os caixas das operadoras com 250 bilhões de reais – para cuidar de 50
milhões de pessoas! O SUS tem uma média de investimento anual de 237 bilhões para cuidar de mais
de 150 milhões de pessoas. Será que essa conta fecha? Não fecha. A saúde suplementar tem uma
quantidade maior de recursos para cuidar de 50 milhões de pessoas. E o SUS não acompanhou isso.
Isso é muito grave, senhor deputado. À medida que o tempo passa, a população aumenta, o
subfinanciamento fica mais grave e o Sistema Único de Saúde fica vulnerável. Nós precisamos
fortalecer o sistema de saúde pública, dar-lhe robustez e fazer com que as instituições que servem ao
setor público, como é o Instituto de Cardiologia, se mantenham vivas e fortes para prestar o serviço de
excelência que prestam, que é um serviço único, exclusivo. Realmente, como o general falou, esse não
é um serviço que é feito por qualquer um, doutor André.
Eu sei que há várias estruturas que estão envolvidas. Eu trabalhei no Hospital de Base –
inclusive, trabalhei com o nosso saudoso doutor Roland Montenegro, que o senhor deve ter conhecido
muito bem. O transplante envolve uma série de fatores, a logística é muito grande. Eu trabalho no
helicóptero do Corpo de Bombeiros, em conjunto e em parceria com o Samu. Precisamos de fazer todo
um cálculo para buscar o órgão, levar o órgão, saber quando a equipe está disponível para receber
esse órgão. O cuidado é extremo, o serviço de vocês é extremamente importante. Eu espero que, com
a decisão sábia do governo de trazer para o debate esta discussão, tenhamos uma solução adequada,
suficiente, e que a população do Distrito Federal e do Brasil não sofram com isso.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Márcio.
Conceda a palavra a Barbara Gheste, paciente transplantada, bem-vinda.
BARBARA GHESTE – Obrigada. Boa tarde a todos, boa tarde à mesa.
Eu venho como paciente transplantada do Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito
Federal desde o dia 23 de julho de 2016. O que me motivou mesmo a fazer uso desta palavra é que
nós, transplantados, de acordo com as notícias que vemos na mídia, nas redes sociais, nós também
ficamos numa situação de aflição, com medo de perdermos a nossa segunda casa, que é o ICTDF.
Eu transplantei, em 2016, de rim, com um doador vivo, meu pai. Foi uma cirurgia de sucesso,
porém, o meu pai teve algumas complicações pós-cirúrgicas e passou um período muito difícil no IC –
eu já estava em casa e meu pai permanecia internado.
É uma história de vida minha, de vida do meu pai e de vida de toda a minha família que
acompanhou aqueles 38 dias de internação. Aí, ao ver essas notícias que saem e depois vir aqui
acompanhar todas essas perguntas e essas conversas, esses assuntos pormenores que não chegam
até nós, pacientes, nós saímos da situação de aflição e entramos na situação de pânico mesmo. Isso,
especialmente, porque eu perdi o meu enxerto, em setembro do ano passado, eu retornei para a
hemodiálise e eu estou, novamente, na lista de espera no Instituto de Cardiologia e Transplantes do
DF.
É um hospital que eu tenho muito orgulho de ser paciente. O meu sonho é que o Governo do
Distrito Federal – não só o atual, como os que passaram e, principalmente, os que virão – possa ter o
mesmo orgulho de ter essa instituição no coração de Brasília, porque eu sempre digo que Brasília é a
capital de todos os brasileiros. Por isso o Instituto de Cardiologia e Transplantes do DF atende pessoas
de fora também.
A situação do transplante, os profissionais de transplante, é uma questão tão restrita que... Por
exemplo, eu também sou transplantada de pâncreas. Eu fiquei diabética do tipo 1, aos 11 anos de
idade no Distrito Federal, em Brasília. Fui uma das primeiras pacientes do Ambulatório de Diabetes do
Hospital Regional de Taguatinga, que, na época, era um modelo de tratamento para o diabetes
infanto-juvenil. Hoje vemos a situação do HRT, a situação das crianças diabéticas do Distrito Federal,
sem insulina. Quando há insulina, a insulina é NPH, que é uma insulina de baixa tecnologia. Já não
usamos mais NPH.
Hoje estou livre da dependência da insulina por ser transplantada, mas, infelizmente, tive que
sair de Brasília para fazer o transplante de pâncreas, porque aqui no Distrito Federal, como o Robério
falou, não se faz ainda o transplante de pâncreas. Enfim, saí de Brasília, fiz meu transplante de
pâncreas, conheci uma outra equipe de transplante, também muito boa, mas o acolhimento que tive no
ICTDF, eu não encontrei nesse hospital, que era um hospital bastante grande, com muitos
profissionais. Eu não tive afinidade.
Antes dos 3 meses de Pós TX, eu conversei com a equipe e falei: “Por favor, deixem-me voltar
para a minha médica, que é a doutora Helen”. Passei o telefone da doutora Helen para eles, eles
conversaram com ela, e eu retornei antes dos 3 meses a Brasília para continuar o meu
acompanhamento também de transplante de pâncreas, que não foi feito pelo ICT, mas faço o
acompanhamento médico com a doutora Helen no Instituto de Cardiologia e Transplantes.
Então, é muito mais do que um hospital para nós que somos transplantados, porque, como a
Carminha disse, os profissionais, querendo ou não, vão de porta em porta e vão achar outro emprego,
mas nós vamos bater em qual porta?
Obrigada (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Acho que esta é a frase da sessão: “Vamos bater
em qual porta?”
Concedo a palavra ao senhor Francisco Medeiros, paciente.
FRANCISCO MEDEIROS – Antes de entrar na formalidade da casa, quero dizer: “‘Não’ à
intervenção e ‘não’ a mudanças no ICTDF!”
Eu sou um paciente de lá e sei o que passei nesse ano passado, em que infartei, e me levaram
da UPA de Ceilândia a 3 hospitais públicos, diretamente. Não fui atendido porque as direções dos
hospitais públicos aos quais me levaram disseram que não me queriam para fazer o procedimento no
meu coração porque não havia garantia.
Hoje estou aqui e digo ao doutor André e a toda a mesa que, abaixo de Deus, o ICTDF foi e é
um milagre na minha vida. Diante de tudo o que ocorreu, quero deixar os parabéns a toda a equipe do
ICTDF. A Carminha não se lembra de mim, mas eu me lembro dela e do doutor André também.
Eu passei 5 dias entre o procedimento no meu coração e a minha alta. Voltei ali e fui bem
atendido. Estou sendo atendido, e a qualquer hora que eu bato à porta daquela instituição, sou bem
atendido e bem recebido. Então, não vejo motivo para mudanças, a não ser que seja para ficar melhor
do que está, porque, do contrário – quero deixar o meu protesto –, será uma falácia. É o que vemos
muito na saúde, tanto no DF quanto em todo o Brasil. Sabemos disso. Ninguém aqui é inocente ou
menino ou menina que não possa entender o que ocorre na nossa saúde no Brasil inteiro.
Estou há 42 anos no Distrito Federal. No dia 27 de agosto, completarei 65 anos. Não tenho
receio de falar, na formalidade da casa, que sou grato, muito grato, a toda a equipe do ICTDF.
Estou desempregado há 3 anos, em decorrência de um procedimento. Fiquei infartado por 17
dias, precisamente, antes de sofrer 2 infartos. Quero deixar registrado, deputado, que quem sustenta a
minha casa é minha esposa. Ela está trabalhando e é ela quem sustenta a casa. Eu trabalhava de sol a
sol, mas perdi essa oportunidade em decorrência do procedimento no coração.
Quero deixar registrado que o deputado que está à mesa tem defendido a saúde. Sei disso,
porque já estive em algumas reuniões e tenho fotos com o senhor, deputado. O senhor não lembra.
Tenho foto com o senhor em Taguatinga, naquela solenidade dos 50 anos. Quero dizer isso ao
deputado e fazer a ele um pedido: eu preciso que minha esposa trabalhe na Secretaria de Saúde, na
condição dos administradores, que não foram nomeados. Eles passaram, tiveram boa colocação, mas
não está havendo o chamamento, ou seja, a nomeação.
Quero deixar isso registrado aqui, diante de todos. Pena que a maioria já foi, eles têm os seus
afazeres, mas quero agradecer tudo isso. Agradeço a cada funcionário – ouviu, Carminha? –, desde a
sua pessoa até a pessoa do doutor André; ao general; ao Robério.
Quero dizer que fico muito grato por esta oportunidade. Já estive nesta casa várias vezes,
durante esses 2 meses, exatamente em busca da nomeação do pessoal da administração. Isso foi
registrado em algumas sessões por você e por outros deputados da casa.
Não tenho nada a reclamar. Que não haja mudança! Se houver, que ela seja para melhor. Se
for para pior, até eu vou protestar.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Está certo. Muito obrigado, senhor Francisco.
A sua esposa está acompanhando o meu trabalho, assim como o senhor, e ela sabe que eu fiz
um pedido ao Conselho Federal de Administração para que seja colocado um administrador em cada
Unidade Básica de Saúde. Assim, nós abriríamos mais vagas para os administradores. Está nas mãos
do governo fazer essa chamada. Há uma promessa de eles serem chamados. Vamos aguardar, mas
vamos dar aquela cutucada. Pode deixar comigo.
Parabéns, meu amigo! Que bom que você está aqui!
Agora, vou passar a palavra para o doutor Jorge... Ah, o doutor Jorge já foi... Desculpem-me a
demora. Vocês, que estão aqui, deixaram famílias e postos no trabalho. Senhor Francisco, o senhor
falou que há menos pessoas, mas há esse vídeo sendo feito, pessoas estão assistindo a ele e isso vai
ficar eternizado. Milhares ou milhões de pessoas podem ver isso.
Concederei a palavra à Klícia Barbosa Bezerra Matioli, que é gerente de ensino e pesquisa do
ICTDF. E para finalizar – acho que o pessoal deve estar querendo saber que horas que vai acabar –,
nós temos ainda inscritos: a Carolina de Fátima Couto, que é especialista em gestão do Sistema
Brasileiro de Transplantes; a Vanusa Oliveira de Sousa Santana, que é gerente-geral da Controladoria,
Faturamento e Financeiro e o Helder Lucio Rego, que é do Departamento Jurídico do ICDF. Por fim,
pediu a palavra também o Miguel Antonio Neto, que é da Comissão dos Aprovados. E finalizaremos as
nossas falas.
Concedo a palavra à Klícia Barbosa Bezerra Matioli.
KLÍCIA BARBOSA BEZERRA MATIOLI – Boa noite a todos, boa noite à mesa. Cumprimento
todos muito respeitosamente.
Vou falar sobre algo que já foi dito algumas vezes, em algumas falas: a questão relacionada
principalmente à formação dos profissionais.
Eu represento, hoje, a área de ensino e pesquisa do instituto, e gostaria, também, de deixar
registrado que o hospital, atualmente, tem um centro de pesquisa clínica, que conta com 29 projetos
de pesquisa em andamento com instituições nacionais e internacionais, produzindo ciência. Além disso,
também temos uma área de ensino muito voltada à formação dos profissionais de saúde,
principalmente de médicos e de enfermeiros. Nós estamos, desde 2015, com os programas de
residência médica e, desde 2016, com o programa de residência de enfermagem.
Hoje, uma das grandes preocupações que nós temos é exatamente com o centro de pesquisa
clínica, porque qualquer alteração que se faça da gestão pode nos impactar, pois nós podemos perder
esses 29 contratos. Além disso, nós nos preocupamos com os programas de residência. Temos 8
programas de residência no instituto, sendo um de enfermagem em cardiologia hemodinâmica e mais 7
programas médicos. Ao todo são 55 profissionais dentro da casa, sem contar os outros profissionais
que usam o campo do Instituto de Cardiologia como cenário de prática em suas formações e os
programas de fellow, que são os programas de complementação médica especializada.
Hoje, para vocês terem uma ideia, dos 55 profissionais médicos e enfermeiros residentes, caso
haja uma alteração de contrato em que não seja realizado um diálogo com a sociedade, com o MEC,
com o Ministério da Saúde e, principalmente, com a FUC e com o Instituto de Cardiologia – com a FUC,
porque ela é a mantenedora, é no CNPJ dela que estão os programas –, todos os 55 residentes terão
que ser transferidos do Distrito Federal. Muitos, talvez, fiquem, caso haja vagas em outros programas,
mas temos programas – por exemplo, a enfermagem em cardiologia hemodinâmica, a cirurgia
cardiovascular, a cardiologia pediátrica – para os quais não há programas correspondentes no DF.
Então, muitos desses profissionais vieram de outros estados para Brasília para estudar, para se
especializar, já estão trabalhando, têm as suas vidas em Brasília e pode ser que precisem mudar de
instituição, porque, como o general Pafiadache havia dito anteriormente, não há perspectiva. A lei,
inclusive, veta a transferência de programas de residência para outras instituições. É preciso transferir
os residentes.
Eu gostaria de pedir atenção para algo específico: durante toda essa tramitação, se fica FUC ou
não, qual será a instituição, além dos pacientes – nosso motivo de ser –, além dos colaboradores, peço
que também todos os programas de ensino e pesquisa sejam colocados em pauta e que tenham o
respeito que merecem. Afinal de contas, se hoje o Instituto de Cardiologia conta com profissionais
capacitados, é graças à formação que tiveram. Muitos desses profissionais, quando se formam, ficam
no instituto e, quando não ficam no instituto, eles são os profissionais que vão atuar no restante do
país.
Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Muito boa observação. Isso já me alerta para que,
quando sair o edital para o chamamento público, a empresa que ganhar se atente a essa parte
também da educação, ensino e pesquisa.
Ouviremos a Carolina de Fátima Couto, especialista em gestão. (Pausa.)
Ouviremos a Vanusa Oliveira de Sousa Santana, gerente-geral da Controladoria, Faturamento e
Financeiro. É o maior cargo do financeiro do instituto?
VANUSA OLIVEIRA DE SOUSA SANTANA – Atualmente, sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – É o maior cargo?
VANUSA OLIVEIRA DE SOUSA SANTANA – Isso, atualmente sim.
Boa noite.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Boa noite. Você está com a palavra.
VANUSA OLIVEIRA DE SOUSA SANTANA – Hoje, eu não vim falar do financeiro. Carminha
pediu que eu viesse representando o SindSaúde, a área administrativa.
Hoje, o que me preocupa muito – conversei com ela e com alguns colaboradores – é o fato de
a FUC continuar do jeito que está, o risco que isso é para todos nós. Em novembro, eles demitiram 280
funcionários da matriz e colocaram as rescisões dentro da recuperação judicial, seguraram os
documentos. Os demitidos não conseguiram sequer dar entrada no seguro-desemprego.
Eu estou desde 2009, participei da transição da Zerbini para FUC – foi tranquila –, mas com
essa estou realmente muito preocupada. Neste ano mais 2 hospitais foram entregues, 780
colaboradores foram demitidos sem rescisão e sem documentação.
Eu tenho muito receio de que a intervenção saia e que mais 1.043 colaboradores sejam postos
na rua, como aconteceu com os mais de 1.000 colaboradores no Sul, entre novembro passado e abril
deste ano. Tenho receio de que saiamos sem nossos direitos – estou longe de abrir mão dos meus
direitos, estou falando como uma colaboradora que está lá há 15 anos pela FUC.
Acho bem arriscado mesmo para todos nós, porque, enquanto houver intervenção, nós temos
garantia de que nossos salários estarão nas contas, nossos benefícios estarão na conta. Eu,
sinceramente, não tenho nenhuma tranquilidade, até porque, no começo de abril, foi necessário o
sindicato do Rio Grande do Sul entrar com uma ação no TRT para que a FUC liberasse a documentação
para os ex-colaboradores darem entrada no seguro-desemprego e no FGTS, porque a rescisão eles não
têm ideia de quando vão receber. Isso chega a ser desumano e triste. Eu conheço muitas pessoas de
lá, a nossa contabilidade é na matriz. Então, eu tenho contato com eles diariamente. Tive contato com
ex-colaboradores que estavam lá havia 20 anos, chegaram a passar necessidades e tiveram que pedir
auxílio aos familiares para comprar comida para os filhos, em casa. Isso é muito triste e muito
frustrante.
Essa é a minha maior preocupação. É por isso que defendo tanto a intervenção. Já sofri
diversos ataques. Estou defendendo o meu interesse, realmente. Mas não defendo só o meu interesse,
e sim o de 1.042 colaboradores que estão lá. Não quero, de forma alguma, que saiamos com uma mão
na frente e outra atrás, como todos que saíram de novembro do ano passado a abril deste ano.
Também não quero que o nosso sindicato não tenha que passar a humilhação de fazer o TRT obrigar a
empresa a liberar os nossos documentos para darmos entrada, pelo menos, no nosso seguro-
desemprego.
Acho que, realmente, o governo tem que pensar na segurança dos colaboradores. Embora os
pacientes corram risco, o risco deles é infinitamente menor que o nosso, porque o governo, jamais, vai
deixar aquele hospital fechar. A importância dele é muito grande. Fico realmente preocupada com o
que vai acontecer. Essa é também a preocupação do doutor André. Até conversamos ontem.
Para vocês terem ideia, os médicos têm a receber mais de 1 milhão de honorários que a FUC
recebeu e não repassou para eles. A FUC recebeu o pagamento dos convênios e não o repassou para
os médicos. Ou seja, houve apropriação indébita. Usou esses recursos para pagar outra coisa. Então,
eles também estão sendo penalizados, mas acabam tentando, como o deputado Jorge Vianna falou,
não atacar. Mas isso não é ataque. Estou querendo um direito que é meu. Eles trabalharam e dão
duro!
Uma pessoa chegou a falar: “Nós vamos expor os médicos”. Eu falei: “Não façam isso”. Eu
sempre fui pelos médicos naquele hospital. Falei isso para o deputado Jorge Vianna, inclusive. Não vou
falar que os médicos são a classe mais trabalhadora, porque todos nós somos. Os médicos viram a
noite lá. Às vezes, há transplante, e eles viram a noite trabalhando naquele hospital.
Como o doutor André falou numa reunião que tivemos ontem, não houve nenhuma
interferência da intervenção, em qualquer atendimento. Não houve interferência na assistência, não
houve nenhuma interferência. Eles não contrataram ninguém. O que eles estão fazendo, no momento
atual, é garantir os nossos direitos. Sinceramente, não quero que isso acabe. Quero que tenhamos
essa segurança. Hoje, não a temos. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado.
Ela falou sobre o que eu e a deputada Paula Belmonte falamos: a garantia dos direitos.
Qualquer empresa ou até mesmo o governo, por ter feito a intervenção, pode dar a segurança
financeira aos colaboradores. São direitos trabalhistas. Essa será uma discussão bem acalorada. Fez-se
a intervenção, há o ônus e o bônus dela.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Comecei falando exatamente da proteção dos pacientes
e dos colaboradores, na qual sempre estará o nosso esforço. Disso não vamos abrir mão. No entanto,
ninguém pode dizer que a próxima empresa vai garantir isso. Mas que faremos esforço para evitar
qualquer prejuízo ao nosso servidor eu garanto.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – General, vamos garantir que se assegurem os
direitos dos trabalhadores. Qualquer coisa feita no Distrito Federal tem que passar por esta casa.
Quando a matéria vier para cá, colocaremos emendas e brigaremos para garantir os direitos dos
trabalhadores. Seja uma empresa privada, seja o governo, seja qualquer outra empresa, vai ter que se
garantir esse direito. É como eu falei: quem assumir terá o ônus e o bônus; é porteira fechada. Vem
com lucro, porque vai ter equipamentos, vai ter tudo, mas também vai ter a despesa, que já está
sendo feita, que já está lá.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Serão vários segmentos: esta casa, o Ministério Público,
os sindicatos, a própria direção do instituto. Se nós não pensarmos assim, se não pensarmos no
paciente, se não pensarmos no servidor, certamente não estaremos fazendo a coisa correta.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Podem ter a certeza de que esta casa vai garantir
a vocês os seus direitos. Tenham certeza disso.
Para finalizar, concedo a palavra ao Miguel Antônio Neto, que é da comissão de concursados.
Antônio, obrigado por ter vindo. Você está com a palavra.
MIGUEL ANTÔNIO NETO – Boa noite, deputado. Boa noite à mesa.
Eu gostaria muito de reiterar a importância do técnico em enfermagem na assistência pública à
saúde. O técnico em enfermagem é o profissional que, basicamente, faz a mão de obra dentro do
hospital. Ele dá banho, administra medicamento, faz a roda girar. Claro que é muito importante toda a
composição da equipe multidisciplinar.
O Distrito Federal estava há 9 anos sem concurso, de 2014 a 2023, ano em que houve o
concurso que fizemos e para o qual fomos aprovados. Entretanto, houve somente 180 nomeações no
dia 21 de fevereiro deste ano, número muito pequeno perto do déficit que temos hoje em dia. No
Portal da Transparência, há mais de 6 mil cargos vagos de técnicos em enfermagem. Só de
aposentados, desde 2018, quando houve a última nomeação do concurso de 2014, nós temos mais de
2.100.
Nós vemos que o governo não está querendo fazer a reposição da mão de obra de técnico em
enfermagem, que é um profissional muito importante dentro da assistência.
Estamos aqui pedindo nomeação, implorando. Não estou falando só como aprovado, mas,
sobretudo, como usuário do Sistema Único de Saúde, que tem que ser um sistema público e, não,
privado. Está na lei que o serviço privado vem só como complemento.
Eu imploro: por favor, nomeiem os novos aprovados. Estamos esperando. Somos mais de 3 mil
aprovados, mas nem esse número vai suprir o déficit que temos hoje em dia.
Nomeação já!
Obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado.
Nós estamos fazendo uma cobrança muito forte. Inclusive dia 30, agora, haverá assembleia e
um dos pontos será justamente a chamada dos concursados.
Concedo a palavra, para finalizar, ao doutor Helder Lucio Rego, do departamento jurídico do
ICTDF.
HELDER LUCIO REGO – Meu nome é Helder, estou exercendo o cargo de advogado do
instituto, mas não aproveito este momento para falar como uma defesa jurídica da instituição.
Aproveito este momento para falar sobre a visão que tenho como advogado, a visão que tenho por ter
sido advogado do Instituto Hospital de Base, por ter sido advogado do Instituto de Gestão Estratégica
de Saúde do DF, por ter trabalhado na Secretaria de Saúde e por, em razão de ter pais – meu pai e
minha mãe – servidores da saúde, acompanhar há muito tempo a situação do DF.
O tempo não é favorável para que eu entre em muitos detalhes, mas alguns pontos merecem e
devem ser esclarecidos não só em relação à intervenção em si. Em relação à intervenção, acho que já
ficou bem claro – esta casa pontuou muito bem a necessidade de se fazer uma verificação melhor para
saber se houve ou não conflito de interesse – que houve glosas – algumas significativas, algumas em
relação a transplante de cardiologia... Houve glosas que, em determinado mês, chegaram a 50% do
valor da fatura. Então, se o contrato já está desatualizado desde 2016, uma glosa de 50% inviabiliza
qualquer operação.
Creio que a Câmara Legislativa vai analisar e investigar tudo, há comissões voltadas para isso.
Inclusive, muita coisa está adiantada. Não compete a mim ficar fazendo conjunturas em relação aos
motivos que levaram à intervenção.
Já ficou esclarecido que os valores estão defasados. Já ficou esclarecido que o ofício que levou
à justificativa da intervenção, na verdade, era um ofício de cobrança e que os valores que foram
cobrados foram pagos após a intervenção. Porém, algumas coisas não ficaram muito esclarecidas e
preciso falar sobre alguns pontos, deputado Jorge Vianna. O senhor comentou – e fiquei preocupado,
no início – sobre possíveis repasses de insumos, um caminhão de insumos, do IC para a FUC. O senhor
falou que foram transferidos 200 e poucos mil reais em insumos, salvo engano, posso estar errado.
Fiquei de certa forma assustado no início.
No início eu fiquei um pouco assustado, porque 200 e poucos mil reais em insumos é realmente
um valor considerável. Só que me lembrei da minha época de Iges, da minha época na Secretaria de
Saúde e fiz uma análise rápida: o Iges comprou, para 3 meses de operação, 400 mil reais em luvas
descartáveis para o Hospital de Base. Quanto a valores de insumos, se verificarmos a especificidade de
cada valor, realmente é caro. Então, 200 mil reais em um caminhão – se é que existiu isso de fato,
deve ser muito bem esclarecido se foi realmente isso e se voltou –, percebam: é uma despesa
insignificativa para uma operação hospitalar, é algo que realmente tem que ser muito bem esclarecido.
Até porque, deputado, já houve uma demonstração para a sociedade de que, quanto a essa
intervenção e aos motivos que levaram a ela, possivelmente houve conflito de interesse. Não estou
falando de um ou outro interventor, estou falando de outros conflitos de interesse. Mas os órgãos
fiscalizadores já estão acompanhando isso. Conflitos de interesse em glosas, de repente glosas
provocadas de propósito ou não, isso tudo vai ser apurado.
Só que a verdade tem que ser esclarecida, principalmente quando as pessoas que estão nesse
conflito de interesse trazem para esta casa ilações preocupantes, como a de repasses para lá. Em
nenhum momento eu vi a sociedade, este parlamento, ninguém falou sobre o que a fundação socorreu
ou o pagamento de aluguel do HFA. O HFA possui um aluguel muito caro.
Salvo engano, deputado, em relação à utilização do espaço, a metragem é calculada de acordo
com o valor de mercado. Inclusive, isso tem que ser considerado, isso vai ser levado para o
chamamento público. Pelo jardim em volta do hospital, do ICTDF, é pago um aluguel de 100 mil reais.
Não sei agora se é por mês ou por ano. Mas é um valor que faz diferença na assistência. Faz diferença,
principalmente, quando se recebem transplantes com valores defasados – e faz uma diferença quando
se tem que lidar com glosas.
Enfim, deputado, eu não quero me alongar muito. Eu não falo pela gestão, falo como usuário
do SUS também, falo como cidadão de Brasília. A única coisa que é preciso esclarecer é a
transparência. Falo da transparência que levou a essa intervenção, da transparência do que se
pretendia com essa intervenção. A Câmara Legislativa tem um papel muito importante nisso.
Principalmente em relação à assistência, porque em nenhum momento, em princípio, apesar de
terem sido levantadas essas narrativas, houve uma preocupação profunda com o paciente. Com
relação aos pacientes, até então não houve uma descontinuidade dos serviços.
Falaram que alguns órgãos foram rejeitados. O Hospital de Base rejeita órgãos toda semana,
todo mês. Isso é motivo para uma intervenção? A cirurgia de transplantes é muito delicada. Realmente,
isso é uma justificativa? Pelos valores do portal do complexo regulador, a produção assistencial não
caiu, ao contrário. Um mês antes da intervenção, o hospital bateu o recorde de transplante de fígado.
Foram produzidos 11 transplantes de fígado no mês, sendo que a média habitual é de 3 transplantes.
Então, se realmente houvesse uma preocupação, a Secretaria de Saúde teria resolvido de
forma administrativa, pagando o que ela devia. Dinheiro para isso ficou comprovado que existia,
porque, depois da intervenção, o dinheiro apareceu. Mas a Secretaria de Saúde não faz o contrato.
Existe, deputado, uma ação civil pública em que, desde julho de 2021, salvo engano, a Justiça Federal
determinou que a Secretaria de Saúde realizasse a contratação do serviço de transplante de medula
óssea.
A multa diária pelo descumprimento dessa decisão judicial é de mil reais. A última vez em que
eu fiz o cálculo, no início do ano, estava chegando a 6 milhões de reais pelo descumprimento da
decisão judicial. A Secretaria de Saúde poderia ter feito esse contrato. A Secretaria de Saúde poderia
ter utilizado essa justificativa para incentivar o próprio ICTDF a realizar esse serviço. O que ela fez? Ela
decretou uma intervenção, uma intervenção cheia de questionamentos. Aparentemente, os dados que
estão sendo levantados são meio parciais e precisam ser esclarecidos. (Ininteligível.) Bem como a
oportunidade de vir aqui prestar um esclarecimento. De fato, a fundação está passando por um
problema financeiro, mas está em recuperação judicial.
Em nenhum momento foi decretada a falência da instituição, e a recuperação judicial serve
justamente para evitar que uma instituição vá à falência, para evitar que todos os empregados sejam
demitidos e seus direitos não sejam garantidos. Existe um juiz responsável por isso, que faz uma
organização para tocar o processo de recuperação judicial. Nesse processo, inclusive, é levantada a
dívida que há com o aluguel e o crédito que há com a Secretaria de Saúde. Inclusive a Justiça do DF,
há um mês, sentenciou que a Secretaria de Saúde tem que pagar, num determinado processo, 5
milhões de reais referente ao que a SES deve para o ICTDF. Imaginem tantos outros milhões que não
foram judicializados e que, enfim, poderiam ser utilizados devidamente na assistência.
Para finalizar, é preciso seriedade para reconhecer a complexidade de um hospital desse; para
observar que, dentro da saúde do DF, existem mazelas difíceis de serem superadas; para entender
que, se a Secretaria de Saúde, através dos seus hospitais, atualmente tivesse capacidade de realizar os
serviços que são feitos no ICTDF, não existiria a necessidade de haver a contratualização lá.
Então, os diversos pacientes que estão aqui e que manifestaram apreço pelo trabalho da
instituição dependem muito da continuidade dessa qualidade do serviço. Hoje, a maneira com que a
instituição – ICTDF e a Fundação Universidade de Cardiologia... Quando em Brasília há um bloqueio,
quando Brasília não recebe o pagamento, quem está falindo são eles lá. Eu não estou falando que
estão falindo tão somente por Brasília, mas acho que 25 milhões fariam diferença no caixa de qualquer
instituição.
O processo de falência está correndo, a fundação é uma entidade que existe há mais de 50
anos. Ela formou centenas de cardiologistas no Brasil inteiro, é uma entidade filantrópica que presta
serviço para o SUS sempre, com muita qualidade inclusive. Aparentemente, estão tentando manchar a
imagem de uma instituição tão importante para a formação de profissionais para a residência médica,
para a pesquisa clínica. E a forma como tudo isso está sendo tratado é muito preocupante. Se, de fato,
a saúde pública fosse o norte de todos os atos, isso tudo não estaria acontecendo.
Então, deixo essa manifestação aqui, em si, pela preocupação e responsabilidade com tudo que
está sendo feito.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, doutor Helder. O senhor trabalha no
instituto?
HELDER LUCIO REGO – Eu já havia trabalhado lá e voltei no ano passado. Estou advogando
nos processos trabalhistas. Aqui em Brasília há muitas ações.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor precisa ficar mais lá, então! As contas
de que falei, que foram transferidas para lá, realmente são contas transparentes sobre esses valores de
milhões; justamente numa época que atrasaram os salários do instituto. Então, não tem sentido você
mandar dinheiro para lá! Mesmo que ele mandasse para cá, não mandou o suficiente, porque
atrasaram os salários nessas épocas que eu falei, nos anos de 2020 e tal.
Há uma coisa que o senhor falou que eu achei importante! O senhor, como advogado, tem o
dever de conhecer e falar a verdade.
HELDER LUCIO REGO – Sim, senhor.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Eu estou com um documento que fala que a
transportadora Fênix fez o transporte desse material. Nós não estamos questionando a questão de
material, se são 200 mil, 100 mil, 50 mil, 1 real ou 10 milhões! Houve o transporte. Então, acho que o
senhor tem que reconhecer esse documento. Se o senhor não o reconhece, vou lhe dar a oportunidade
para reconhecê-lo!
HELDER LUCIO REGO – Não, deputado! Eu não disse que não reconheço.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor falou que não houve esse transporte.
HELDER LUCIO REGO – Não, em nenhum momento! Perdão, em nenhum momento eu afirmei
que não houve transporte. Valores de 200 mil reais são significativos dentro de uma operação
hospitalar.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas, quanto ao furto, o senhor, como advogado,
sabe muito bem que um furto de 10 reais ou de 1 milhão é furto também!
HELDER LUCIO REGO – Aí, eu gostaria de saber, existe o furto...
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Não estou dizendo que é furto ou roubo, pessoal!
Estou só dando um exemplo porque estamos falando de questão de relação jurídica.
HELDER LUCIO REGO – Sim, com certeza, deputado! Mas eu não neguei que houve transporte,
até porque esse fato... Em nenhum momento foi pedido algum esclarecimento.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – O senhor está vendo na mídia! Todo mundo está
falando desse transporte! O senhor não veio preparado para...
HELDER LUCIO REGO – Não, mas, em nenhum momento ninguém veio falar: “Tais e tais itens
precisam de esclarecimento”.
Claro, neste momento, a Câmara Legislativa está fazendo um papel muito bom. Eu falo por
parte de quem provocou e de quem está conduzindo a intervenção. Isso é que precisa de
esclarecimento. De fato, se houve operações, existe um Ministério Público. É importante todos saberem
que existe um Ministério Público que se chama Ministério Público das Fundações. O Ministério Público
das Fundações fiscaliza todas as fundações existentes no Brasil e, todo ano, emite um parecer sobre
caixa, fluxos e patrimônio.
Então, acho interessante, deputado, a casa, de repente, convidar, convocar ou pedir um
esclarecimento para o Ministério Público das Fundações, que fiscaliza todas as operações, para que ele
esclareça algum fato.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Nós os convidamos também.
HELDER LUCIO REGO – Eu falo Ministério Público das Fundações!
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Sim, o Ministério Público. Eles se organizam.
Obrigado.
HELDER LUCIO REGO – Obrigado, deputado.
Concedo a palavra à Carolina, gerente de enfermagem e transplante. Ela foi à Rádio Metrópoles
e deu aquele show!
CAROLINA DE FÁTIMA COUTO – Boa noite a todos. Eu gostaria de cumprimentar a mesa na
pessoa do senhor deputado e de agradecer a presença de todos os colaboradores. Agradeço também
àqueles que não conseguiram permanecer, aos que estão em casa ou no hospital trabalhando. Saúdo
os meus tão amados pacientes transplantados.
Eu sou enfermeira. Desde 2020, estou à frente da coordenação dos transplantes do hospital,
mas trabalho na unidade desde 2011. Eu já tenho mais de 10 anos acompanhando todos os
transplantes sendo realizados. Então, são centenas de vidas salvas com o sim da doação de órgãos.
Quando falamos de vidas salvas, não podemos esquecer de todo o bastidor que há por trás
desses transplantes. São colaboradores que se empenham 24 horas por dia em prol de captar um
órgão, em prol de avaliar um paciente que está com um protocolo de morte encefálica aberto. São os
colaboradores de uma instituição dedicados à assistência a esse paciente. Não é só fazer o transplante!
Quem já sentiu na pele – não é, Robério? – sabe muito bem como é isso. São dias na UTI, na
internação, e depois é uma vida toda de acompanhamento.
Eu estou no ICTDF desde 2008, há 16 anos, e pude perceber a excelência da assistência que
todos os colaboradores têm, de todas as unidades. Acho muito interessante – e não podemos esquecer
o que a Carminha trouxe – o jeito ser do Instituto de Cardiologia. Todos os que passam por ali ou que
chegam até ali, falam a mesma coisa: “É o jeito ser de trabalhar”. Todos ali trabalham porque
realmente amam trabalhar ali. Eu sou uma dessas pessoas.
Estou aqui para defender esses colaboradores que tanto se dedicam, esses pacientes que tanto
necessitam dessa assistência. Há quase 2.500 transplantados e uma lista enorme de transplante. São
mais de 300 pacientes inscritos para rim, dezenas de pacientes inscritos para fígado e coração que
precisam dessa doação, que precisam dessa assistência, que precisam do ICTDF.
Agradeço muito a esta casa, a todos os presentes e a todos os que estão apoiando essa causa
do ICTDF. Seja quem for que assumir, que faça uma gestão transparente, clara, com seriedade e
respeito a todos os que aqui estão, que permanecem nessa instituição e a todos os pacientes que tanto
necessitam desta casa. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Carol.
A comissão geral está chegando ao fim. Logo mais haverá uma sessão neste plenário.
Eu vou facultar 1 minuto para cada um fazer suas considerações finais e mandar um abraço.
Eu não vou falar muito no final. Quero dizer que estou com vocês. Talvez a forma mais rígida
pode ser mal interpretada. Eu fui muito firme com relação ao Iges e sou muito firme com qualquer
coisa relacionada à saúde. Essa é minha pegada. Venho de um movimento sindical, essa é minha
pegada, gostem ou não. Só com firmeza nós vamos melhorar a saúde. Não há jeitinho, não há mais ou
menos, não há esquema. Saúde tem que ser feita com seriedade porque nós estamos falando de vida.
Sinceramente, quem faz esquema na saúde tem que ser condenado à prisão perpétua, porque nós
estamos falando de pessoas, de vidas. É assim que vamos fazer. Eu vou defender vocês.
Lancei a frente parlamentar em defesa do Instituto de Cardiologia. Vamos até o final, de braços
dados. Eu tenho certeza de que nós sairemos vitoriosos. Podem ter certeza disso. Os pacientes tenham
essa certeza. Senhoras e senhores, podem contar comigo de verdade.
Concedo a palavra ao doutor André para as suas considerações finais.
ANDRÉ WATANABE – Eu gostaria de, mais uma vez, agradecer ao deputado Jorge Vianna esta
oportunidade, em que se dá voz a todas as pessoas que estão interessadas na verdade e na
continuidade do serviço do Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal, para que ele
possa permanecer forte, melhorar a cada dia.
Independentemente da gestora que vá prosseguir ou assumir a gestão do hospital, que ele
mantenha o bom serviço e o bom trabalho que lá é realizado. Esse atendimento não é simples de ser
construído, pois foram anos para que chegássemos a esse patamar. Que isso seja respeitado. E, como
foi dito aqui, que o modelo de funcionamento do instituto também seja preservado.
Agradeço a oportunidade. Fiquei muito feliz porque ouvi vários depoimentos de colaboradores,
de pacientes, de pessoas relacionadas à área da saúde. Eu penso que tudo isso que esta casa está
proporcionando para o instituto – essa força e essa oportunidade – o deixará cada dia mais forte.
Muito obrigado.
VANESSA DE MEDEIROS FERNANDES – Quero aqui agradecer a todas as pessoas que de forma
excepcional realizaram um trabalho diferenciado no Distrito Federal, tanto que transformaram esse
hospital em um hospital de referência. Isso foi graças ao papel de cada um de vocês que fizeram a
diferença na vida de várias pessoas.
Eu espero que esse impasse seja resolvido com urgência. Urgência, urgentíssima. Que as
grandes cabeças se reúnam e procurem uma solução melhor para que esse crescimento continue a
acontecer. Quem sabe melhores estabelecimentos venham? Que o chamamento público seja positivo e
que esses contratos que estávamos adiando e adiando sejam feitos. Que nós possamos nos juntar para
finalizá-los. Isso já deveria ter sido feito há muito tempo.
Eu acho que, agora, depois de todo esse impasse, o trabalho de vocês irá ficar melhor ainda.
Penso que uma hora esses entraves irão ser resolvidos por nós.
É isso. Estamos juntos. (Palmas.)
ROBÉRIO MELO – Eu queria chamar a atenção para que não baixemos a guarda, porque não
sabemos o que vem nesse chamamento. Então, vamos ficar muito atentos. Todos. A luta continua.
Eu quero falar aos transplantados que tenho provocado esta casa para dois projetos de lei. Um,
para equiparar o transplantado ao PcD, pessoa com deficiência, para que possamos conseguir emprego
em algumas empresas que precisam cumprir essas cotas. O outro projeto de lei é para que o
transplantado que necessite fazer outro transplante possa ir para o primeiro lugar da fila, como
acontece em São Paulo – foi o caso do Faustão. Eu tenho provocado a casa para esses dois projetos e,
provavelmente, eles devem sair.
Agradeço a todos.
Quero fazer um agradecimento especial à equipe multi do ICTDF, na pessoa da Carol Couto,
Carolina, pela dedicação, que é 100%.
Obrigado, de coração. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado.
Chamou minha atenção. Então, é diferente em São Paulo? A legislação não é a mesma em
nível nacional?
ROBÉRIO MELO – Não.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mesmo sendo SUS?
ROBÉRIO MELO – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Doutor André, isso é estranho.
ANDRÉ WATANABE – Esta é uma norma que existe na Câmara Técnica Estadual de São Paulo:
quando um paciente que já fez transplante de órgão sólido – coração, fígado, rins, pâncreas – precisar
de um segundo transplante de outro órgão, ele ganha prioridade. Então, é uma decisão da Câmara
Técnica Estadual.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Independentemente da idade?
ANDRÉ WATANABE – Independentemente da idade.
Então o caso ficou conhecido... Essa norma não existe nas outras câmaras técnicas.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Só em São Paulo?
ANDRÉ WATANABE – Isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Mas não saiu somente agora com o caso do
Faustão?
ANDRÉ WATANABE – Eu sou membro da Câmara Técnica Nacional, em transplante de fígado,
um órgão do Ministério da Saúde, e estamos lutando. Já propusemos que isso passasse a valer
também em todos os estados do Brasil, em âmbito nacional.
Dentro do Sistema Nacional de Transplantes, existem as câmaras técnicas nacionais e
estaduais, que definem a legislação do transplante, como ele funciona em cada estado e no país.
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Está certo. Isso é estranho.
Concedo a palavra a Maria do Carmo Barros.
MARIA DO CARMO BARROS – Eu quero, primeiramente, agradecer a Deus e a vossa
excelência, deputado Jorge Vianna, nosso padrinho do ICTDF.
Quero dizer que eu já fui a todos os lugares bater e pedir ajuda e apoio para o ICTDF. Eu já fui
até à presidência. Eu e o senhor Robério estamos tentando contato com a Janja para que ela vá visitar
o ICTDF – e vamos continuar.
Para vossa excelência ter uma noção, deputado Jorge Vianna, eu envio mensagem para todos
os famosos a fim de adquirir apoio para o ICTDF.
Eu quero dizer que a nossa bandeira é o ICTDF e, nela, estão os pacientes e os colaboradores.
Como profissional da saúde, eu me coloco no lugar dos pacientes, porque eu os acompanho de perto e
vejo como é. É uma situação muito difícil para o paciente e para o familiar. Como colaboradora, eu me
coloco no lugar dos colaboradores que estão lá todos os dias dando o seu melhor. Faça sol ou faça
chuva, eles estão lá.
Podem contar conosco, com todos os 1.043 colaboradores do ICTDF.
Quero aproveitar a oportunidade, deputado Jorge Vianna, e fazer um convite. Amanhã, às 16
horas, vamos dar um abraço no prédio do ICTDF para mostrar ao Brasil e ao mundo qual a importância
do ICTDF para esses pacientes. Obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Obrigado, Carminha.
Eu estou vendo que você está tendo uma relação muito próxima com o Lula. Quem sabe você
consiga trazer a Janja, o que seria uma grande força.
Pessoal, amanhã, eu não vou poder participar, pois já tenho compromisso. Depois, eu vou lá
dar um abraço em todos vocês.
Concedo a palavra a Manoel Luiz Narvaz Pafiadache.
MANOEL LUIZ NARVAZ PAFIADACHE – Eu só queria agradecer ao deputado Jorge Vianna esta
oportunidade, porque o que nós fizemos hoje foi em razão de uma proposta da própria casa de
discutir, com a sociedade, mais esse tema.
Pessoalmente, tive a oportunidade de identificar algumas coisas nas quais eu preciso me
aprofundar, para que eu possa transmitir o máximo de informações na segunda-feira, no conselho de
líderes.
Obrigado a todos. Tenham todos uma boa noite. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO JORGE VIANNA) – Senhoras e senhores, muito obrigado e
desculpem-me a demora. Tudo foi muito importante e esclarecedor. Obviamente, podem ter certeza de
que estamos sendo vistos por todos, pelo governo, pela Secretaria de Saúde. Todo mundo está nos
vendo porque eles estavam aguardando esta audiência para ouvir, principalmente, o ICTDF.
É lógico que eles não tiveram a boa vontade de vir, mas estão nos acompanhando – eu tenho
certeza disso. Então, quero dizer a vocês que estão nos acompanhando e que não vieram que sei que
vocês estão de olho em nós.
Quero agradecer às autoridades e aos demais convidados que honraram a Câmara Legislativa
do Distrito Federal com suas presenças.
Um forte abraço, uma boa noite a todos. Que tenhamos um resto de semana abençoado!
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente comissão geral, bem como a sessão
ordinária que lhe deu origem, às 18 horas e 39 minutos.
(Levanta-se a sessão às 18h39min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
BRB – Banco de Brasília
CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
Conasems – Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde
Conass – Conselho Nacional de Secretários de Saúde
FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
FUC – Fundação Universitária de Cardiologia
GDF – Governo do Distrito Federal
HFA – Hospital das Forças Armadas
HRT – Hospital Regional de Taguatinga
IC – Instituto de Cardiologia
ICTDF – Instituto de Cardiologia e Transplante do Distrito Federal
Iges – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
InCor – Instituto do Coração
MAC – Assistência Ambulatorial de Médio e Alto Custo/Complexidade
MEC – Ministério da Educação
NPH – Protamina Neutra de Hagedorn
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
PcD – Pessoa com Deficiência
PPCUB – Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília
PQD – paraquedista
Samu – Serviço Médico Móvel de Urgência
Sepesd-MD – Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa
SES-DF – Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
Sindate – Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem no Distrito Federal
SindEnfermeiro – Sindicato dos Enfermeiros do Distrito Federal
SindMédico-DF – Sindicato dos Médicos do Distrito Federal
SindSaúde – Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Distrito Federal
STF – Supremo Tribunal Federal
SUS – Sistema Único de Saúde
TAC – Termo de Ajuste de Conduta
Teto MAC – É um valor repassado pela União para custear ações e serviços de saúde na média e alta complexidade nos estados
TRT – Tribunal Regional do Trabalho
UDT – Unidade de Dor Toráxica
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 26/04/2024, às 16:38, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1641592 Código CRC: E8F76900.
DCL n° 092, de 06 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 35/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 35ª
(TRIGÉSIMA QUINTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 30 DE ABRIL DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H TÉRMINO ÀS 18H04MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
terça-feira, 30 de abril de 2024, às 15 horas.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido por este presidente.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 33ª Sessão Ordinária, de 24 de abril de 2024;
– Ata Sucinta da 34ª Sessão Ordinária, de 25 de abril de 2024.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem
observações as atas mencionadas.
Boa tarde, deputado Chico Vigilante, deputado Max Maciel, deputado Pastor Daniel de Castro,
deputado Pepa.
Eu vou suspender a sessão só por 5 minutos...
(Pausa.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Sobre a mesa, expediente que será lido por
este presidente.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não cheguei a suspender, não. Surgiu uma
dúvida aqui a respeito de quem é “Robis”, mas fomos devidamente informados pelo deputado Pepa, e
coube a esta presidência acolher a informação prestada pelo deputado Pepa.
Eu iria suspender agora a sessão, mas o deputado Thiago Manzoni chegou.
Sejam bem-vindos os servidores que aqui se encontram, em especial os trabalhadores
aprovados no concurso da Câmara Legislativa, que aguardam mais nomeações.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Estamos nomeando aprovados todos os
meses. Deixo o nosso compromisso, meu e de todos os deputados, em darmos continuidade às
nomeações, que temos honrado todo mês; no mês passado, foram quase 30 nomeados, inclusive para
substituir aqueles que não assumiram. Estamos discutindo o PAI junto ao Tribunal de Contas. Tão logo
isso seja resolvido, tenho certeza de que nós conseguiremos nomear um quantitativo maior. Sejam
bem-vindos e, em breve, nós estaremos fazendo a ligação para vocês, será um prazer tê-los aqui
conosco. Obrigado. (Palmas.)
O Sindical está presente: “Pauta de reivindicações”, já conheço quase tudo de cor e salteado,
só não consigo ler porque está longe e eu estou cego, mas confirmo o nosso compromisso. Vejo o
nosso presidente Figueiredo – parabéns por ontem, inclusive pelo discurso! Figueiredo, já estamos
discutindo com vocês, sabemos da sensibilidade, não só minha, como presidente, mas de toda a Mesa
Diretora, de todos os deputados. Vamos avançar, porque, se nós temos cuidado de todos os
servidores, não deixaremos de cuidar dos servidores da nossa casa.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Então, vocês têm o nosso compromisso, acho
que a Câmara Legislativa tem feito tudo. Existem algumas restrições orçamentárias que estão sendo
devidamente discutidas pelo sindicato, pela Mesa Diretora com os servidores de carreira desta casa.
Tenho certeza de que em breve nós conseguiremos dar uma ótima notícia a todos vocês. Vamos juntos
avançar.
“Presidente, acreditamos em você pela modernização das carreiras.” Pelo menos vocês para
acreditarem em mim, que nem eu mesmo acredito. “Pela modernização das carreiras, progressão
semestral, recomposição inflacionária.” Vocês cercaram a casa toda, Figueiredo! Vocês cercaram a casa
inteira.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Esta presidência informa que o deputado Iolando está de licença médica, devido a um
procedimento, mas já está melhor, graças a Deus. Por isso, sua excelência não está presente.
Autorizo a inclusão do deputado Iolando como licenciado.
Concedo a palavra ao deputado João Cardoso. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, boa tarde aos deputados e às deputadas desta casa, aos assessores, àqueles que
trabalham na Câmara Legislativa, àqueles que assistem a nós pelas redes sociais, pela TV Câmara
Distrital, e a todos os amigos da galeria, os aprovados da Câmara Legislativa, o pessoal do Sindical.
Esta casa tem muito compromisso e, sob a direção do nosso presidente da Mesa Diretora,
vocês podem contar conosco que estaremos trabalhando em favor de que vocês logo, logo estejam
aqui. (Palmas.)
Presidente, mais uma vez quero muito agradecer a Deus por fazer parte desta legislatura. Eu
confesso para vossa excelência que tem sido uma honra muito grande. Eu tenho 1 ano e 4 meses de
mandato.
Domingo passado, eu estava levando uma ministração sobre o cristão e a política em
Planaltina, terra do meu querido líder do PP na casa, deputado Pepa. Eu estava lá com o pastor Davi
Nacif fazendo uma ministração. Como é bom vermos e ouvirmos quando um mandato dá uma resposta
para a sociedade, especialmente quando ele dá resposta para aquele grupo que acreditou em você e
depositou o voto.
Então, fui a Planaltina, como sempre faço, para agradecer às bases. Vi tantas pessoas felizes,
apertando a minha mão e me agradecendo, porque, Pepa, mandei 1 milhão e 800 mil reais de
emendas para a educação de Planaltina e para a Via Sacra. Eu mandei também para os colégios, para
a saúde, para a administração regional. Como parlamentar, sempre peço autorização onde eu entro.
Então, o Pepa me deu autorização. Eu o ajudo lá e ele me ajuda. Ficamos felizes quando o mandato
tem resposta.
Venho a esta tribuna hoje, querido presidente, senhoras e senhores deputados, amigos,
servidores... Eu, normalmente, ocupo a tribuna para falar sobre os problemas da nossa cidade, sobre
erros cometidos pelo governo federal e sobre realizações e conquistas do governo Ibaneis. Contudo,
hoje, o tema sobre o qual pretendo falar neste momento, por sua natureza diversa da política, é sobre
um amigo, um excelente advogado, sobre um homem competente, íntegro e que, inegavelmente,
muito contribuiu para a advocacia do Distrito Federal. Falo aqui neste momento, inclusive com muita
emoção, do meu amigo ex-presidente da OAB do Distrito Federal, doutor Juliano Ricardo de
Vasconcelos Costa Couto, que nos deixou no último domingo dia 28 do corrente mês.
Dentre as inúmeras e justas homenagens registradas sobre o legado do doutor Juliano, talvez a
postagem do seu filho, doutor Gustavo Costa Couto, seja aquela que mais apresenta a grandeza do
espírito do homem que marcou a sua história com simpatia, com diálogo e com profissionalismo
exemplar, poucas vezes vista.
Segundo publicação do doutor Gustavo, seu pai era “combustível infinito do amor”.
Sinceramente, essa postagem é a prova incontestável do maior legado deixado pelo ex-presidente da
Ordem dos Advogados do Brasil do DF: ser pai, ser presidente, ser exemplo, criar laços com seus
filhos, deixar memórias gravadas na alma e no coração de sua descendência. Esse, sim, é um legado a
ser exaltado e que jamais será esquecido.
A carta do apóstolo Paulo à igreja de Roma, em seu capítulo 13, versículo 7, nos ensina que
devemos dar a cada um o que é justo: a quem tributa, tributo; a quem honra, honra. E esta é a razão
pela qual devemos honrar a memória do grande advogado e professor que nos deixou há apenas
alguns dias. Nesse sentido, registro que protocolei na tarde de hoje um título de cidadão honorário de
Brasília post mortem ao doutor Juliano Costa Couto. Certamente que o ideal seria homenagearmos as
figuras importantes da nossa cidade quando elas ainda participam das nossas histórias de vida; mas
não somos perfeitos, somos homens e mulheres entregando o nosso máximo esforço para melhorar as
condições de vida da nossa sociedade. Às vezes erramos, e isso faz parte da própria existência.
Benjamin Disraeli, político conservador britânico do século XIX, possui uma vasta publicação de
obras literárias, e um de seus registros mais conhecidos nos ensina que “a vida é muito curta para a
tornarmos pequena”. Muitas vezes, nós tornamos a vida pequena quando limitamos a nossa existência
à imposição de caprichos ou à satisfação das futilidades de nossa curta e incalculável existência.
Senhoras e senhores deputados, eu tenho a plena convicção de que a grandeza da vida
repousa na forma como seremos lembrados pelas próximas gerações. Nesse caso, o legado do doutor
Juliano se revela como prova incontestável de que ele soube fazer da sua jornada algo grandioso...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Peço mais um minutinho, presidente.
Nesse caso, o legado do doutor Juliano se revela como uma prova incontestável de que ele
soube fazer da sua jornada algo grandioso para a advocacia e principalmente para a sua própria
família.
Que Deus conforte o coração da sua esposa, de seus filhos, dos demais familiares e dos amigos
que sentem a dor da perda. Quanto a nós, que ainda seguimos na jornada, que tenhamos
discernimento para organizar nossas prioridades, de modo a não tornarmos a nossa vida pequena. Que
possamos pensar grande e construir histórias, como foi a história construída pelo doutor Juliano.
O Thiago, que é advogado e o conheceu também, sabe que o doutor Juliano era uma figura
ímpar e uma pessoa com uma simpatia sem limite, deputado Chico Vigilante – vossa excelência o
conheceu também. Quando conversávamos com ele, era impossível não ver em seu rosto um sorriso...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – ... e a simplicidade que ele sempre demonstrou.
Que pena que foi embora tão novo. Uma sapiência extraordinária, um homem de uma educação polida
e fina.
Ficam aqui os nossos sentimentos a toda a sua família, aos seus amigos e à advocacia do
Distrito Federal, que está de luto, assim como o Distrito Federal, pois o governador decretou o luto de
3 dias.
Encerro, pedindo a Deus bênçãos sobre a família. Peço a vossa excelência, querido presidente
deputado Wellington Luiz, que possamos, neste momento, em homenagem póstuma ao doutor Juliano,
fazer 1 minuto de silêncio pela sua linda história na carreira da advocacia do Distrito Federal.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. Vamos acolher.
Antes deputado, caso vossa excelência me permita, quero agradecer à presidente do Conselho
Regional de Economia, doutora Luciana Accioly, que muito nos honra com a sua presença. Ela está
aqui acompanhada pelo nosso amigo de muitos anos desta casa, Getúlio, e também pelo doutor
Damião. Doutora Luciana, seja bem-vinda, muito obrigado. Teremos aqui eventos no dia 17 e,
provavelmente, nos dias 18 e 19, também. É um prazer recebê-los na nossa casa. Tenho certeza de
que irão contribuir muito para o desenvolvimento da nossa cidade.
Obrigado e que Deus os abençoe. Esta casa está sempre à disposição. Getúlio, mais uma vez,
muito obrigado.
Convido a todos para fazermos 1 minuto de silêncio em respeito ao nosso amigo Juliano Costa
Couto – aqui muito bem lembrado pelo deputado Pastor Daniel de Castro.
(O Plenário observa 1 minuto de silêncio.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Grato a todos e a todas.
Agradeço ao deputado Pastor Daniel de Castro. A perda é sempre muito dolorosa, ainda mais
quando se trata de uma pessoa com tantas credenciais como o doutor Juliano Costa Couto.
Precisamos agradecer a Deus por nos ter dado a oportunidade de convivermos com o Juliano.
Somente quem teve essa alegria, essa felicidade – eu sei que o senhor e muitos aqui a tiveram – sabe
o tanto que foi bom tê-lo como amigo, como uma pessoa próxima. O senhor falou de várias
credenciais, deputado, mas acho que ele se destaca como conciliador e uma pessoa que passou na
terra deixando muitos amigos.
Ontem, por volta de 9 horas, quando o corpo chegou – e eu fui um dos primeiros a chegar – o
cemitério já estava lotado, e durante a manhã inteira permaneceu lotado. Foram muitos amigos que
foram se despedir. Deus precisa dos bons lá também. Se encher lá somente dos ruins dará muito
trabalho. Então Deus vai levando pessoas boas como o Juliano para dar uma equilibrada. E sabemos
que isso é muito importante.
Fico muito feliz, deputado, por vossa excelência ter lembrado aqui. Claro que é motivo de
tristeza perder um amigo tão cedo; mas, por outro lado, uma alegria muito grande de ter tido a
felicidade de ter convivido com ele. Parabéns pela iniciativa. Muito obrigado.
Damos continuidade aos Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna. (Pausa.)
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Obrigado, senhor
presidente. Boa tarde a todos e a todas que nos acompanham.
O que me traz a esta tribuna hoje são alguns assuntos. O primeiro deles é que acabamos de
oficiar a Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF e o Governo do Distrito Federal sobre uma
questão que está acontecendo na Rodoviária do Plano Piloto. Neste ano, talvez, coincidentemente,
após a votação nesta casa de proposição que autoriza o Governo do Distrito Federal a avançar com o
processo de concessão da Rodoviária do Plano Piloto, os permissionários de lá estão tendo reajustes da
sua taxa fora do comum. Neste ano, houve aumento de mais de 100% desde janeiro.
Isso nos espanta e levanta algumas suspeitas, senhor presidente. Depois de muito debate
sobre a concessão da rodoviária e de muita mediação importante que esta casa fez, foi garantido o
direito de preferência dos atuais permissionários. Só que antes de fazer a concessão, o governo
começa a aumentar a taxa dos atuais permissionários muito acima da inflação. Houve permissionário
que trouxe os boletos aqui. Houve mais de 100% de reajuste de janeiro até abril. Parece que o
governo está começando um processo de expulsar os atuais permissionários, antes mesmo da
concessão, para não garantir o direito de preferência. Nós estamos oficiando o Governo do Distrito
Federal hoje para obter alguma explicação sobre isso. O que justifica aumentos tão abusivos nos
primeiros meses do ano de 2024?
Quero trazer esse debate para esta casa porque isso é um flagrante, no mínimo, de suspeição
sobre o atual interesse da permanência dos permissionários na Rodoviária do Plano Piloto. Digo e
repito: esse foi um debate travado aqui. E, por consenso – no processo da concessão em que houve
divergência, sim, sobre o modelo, sobre a forma –, houve algo consensuado por este parlamento: a
garantia da permanência e da preferência dos atuais permissionários. Não se pode criar uma estratégia
de tentar expulsá-los, aplicando uma taxa abusiva antes do processo de concessão.
A segunda questão, senhor presidente, de que quero tratar é a segurança. Quero tratar do
debate da segurança pública e da violência. Tenho certeza de que esse é um debate que nos aflige e
preocupa todos nós.
Nós vimos, nesse final de semana, mais um caso – e eu não quero entrar aqui especificamente
no caso, porque ele vai ser investigado – em um curso de formação da Polícia Militar. Houve a
denúncia de que um dos profissionais foi submetido à tortura. Estou trazendo esse elemento,
presidente, para fazer um debate, porque esse não é um caso isolado, infelizmente. Esse tipo de
denúncia tem sido até corriqueiro nas nossas polícias, principalmente na Polícia Militar.
Eu acho que esse é um debate para a sociedade brasileira e temos de fazer a seguinte
questão: que polícia nós queremos? Como formar, inclusive, os policiais? Eu acho que esse é um
debate complexo. Não farei uma acusação a um policial ou a uma corporação, pelo contrário, é preciso
fazer esse debate com o conjunto da sociedade. Acho que este parlamento tem um papel importante
nisso. É preciso debater, por exemplo, os currículos de formação nas polícias.
O Mapa da Violência no Brasil, presidente, mostra que o número de mortos por operações
policiais cresceu 190% em 2020, em relação ao ano anterior. Significou, em 2020, 13% de todas as
mortes violentas no Brasil. Essas operações têm matado uma parte importante da população brasileira,
mas também os próprios policiais: o número de mortes dos policiais também cresceu 13%.
Esse modelo não funciona nem para a sociedade nem para os trabalhadores.
É preciso discutir condições de trabalho dos policiais. Vimos também, recentemente, que eles
estão adoecendo, estão com condições de carreira precarizadas, o número de profissionais é menor. É
necessário pensar a quem a polícia está servindo. A polícia, na nossa concepção, deveria ser um
instrumento de proteção da sociedade e não uma inimiga da sociedade. É preciso rever os cursos de
formação, que não podem compactuar de maneira nenhuma...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – ... em 2024, com qualquer violação dos direitos humanos.
Nós não produzimos segurança pública e condições e sensação de segurança na população,
com uma polícia – a qual é fundamental nesse processo – que não tenha a confiança da população. É
fundamental que restabeleçamos essa confiança, como eu defendo que é preciso restabelecer e haver
confiança em vários servidores públicos, que são fundamentais na saúde, na educação e na segurança
pública.
Eu quero trazer isso à tona porque é preciso, sim, apurar e investigar, mas é preciso alterar o
modelo e fazer um pacto na sociedade. Nós não podemos permitir e tolerar que comandantes das
forças estimulem práticas violentas, como vimos recentemente no Brasil – assassinatos, inclusive, da
PRF, de um cidadão que estava já rendido pela Polícia Rodoviária Federal, no Nordeste brasileiro, e
outros tantos casos.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Não podemos compactuar com isso. Por parte também dos
governantes, todos governadores, prefeitos, que têm também forças de segurança, o próprio
presidente da República, não é possível e tolerável que estimulem a violência policial, nem a sociedade
pode aceitá-la também.
Eu quero trazer esse debate. O senhor é policial civil, milita nessa área. Nós também
precisamos produzir mecanismos de controle. Casos que violem os direitos humanos, que violem a
integridade da população, também precisam ser apurados, precisam ser julgados e não pode haver
impunidade. Isso coloca em risco a própria democracia e a própria segurança de todos os cidadãos.
Nós combatemos é com a política pública e social, com combate às desigualdades, mas também com
valorização às forças de segurança. Inclusive, é preciso rever os cursos de formação das polícias em
todo o Brasil e aqui no Distrito Federal.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. Parabéns pela discussão.
De fato, vossa excelência é feliz quando fala do modelo.
Eu tive a felicidade, deputado, de passar exatamente 30 anos na segurança pública. E, até por
ter sido presidente dos sindicatos policiais por 12 anos, permita-me, sem qualquer falsa modéstia, dizer
que eu entendo um pouquinho desse processo. O policial também é vítima desse modelo. Há policiais
mal pagos, mal preparados.
Eu já contei isto aqui algumas vezes: uma criança de 5 anos morreu nos meus braços com um
tiro no peito, um colega morreu em uma operação ao meu lado e ninguém nunca foi me perguntar se
eu estava em condições de, no dia seguinte, colocar uma arma na cintura e defender a sociedade.
De lá para cá, claro, muitas coisas mudaram, melhoraram, mas o policial ainda é vítima de tudo
isso. Há despreparo, falta de investimento nas forças de segurança. Os piores salários que há são os de
policiais, sejam civis, sejam militares. Aqui no Distrito Federal, na Polícia Federal e em alguns outros
estados, os policiais têm condições um pouco diferentes, mas, enquanto a sociedade não enxergar o
policial como seu protetor, vamos continuar pagando um preço muito alto, porque nós resolvemos
criminalizar a atividade policial.
Existem casos, sim, como bem colocou o deputado, de possíveis torturas. Tudo isso tem que
ser apurado – e apurado com muito rigor, até para separarmos o joio do trigo. Tudo isso tem que
acontecer. Porém, a grande maioria dos policiais serve à sociedade – e a serve com decência. Imagine
você sair para proteger a sociedade e deixar seus filhos órfãos. Eu vi muitos colegas que perderam a
vida ao meu lado. Só quem passa por isso sabe o preço da vida de um policial, de um servidor.
O deputado Gabriel Magno é extremamente feliz quando fala do modelo. Esse modelo precisa
ser revisto, precisa ser discutido. O próprio policial, que é o grande especialista em segurança, deveria
ser ouvido. Porém, geralmente, quando você vai falar de segurança pública, deputado Pastor Daniel de
Castro, chama-se aquele especialista que mora talvez a 5, 10 mil quilômetros do território brasileiro,
que anda em um carro blindado, que nunca sofreu qualquer tipo de violência, que fica atrás de um
computador vendo números e dizendo que é especialista em segurança pública. Especialista em
segurança pública é o policial; especialista em educação é o professor, são os educadores; especialista
na saúde, deputado Jorge Vianna, são vocês que estão lá no dia a dia, vendo o sofrimento da
população. Então, nós precisamos mudar esse panorama.
Minha fala foi só para justificar, ouviu, deputado? Vossa excelência tem toda a razão: nós
precisamos discutir o modelo, mas jamais sem nos esquecermos de quem é o policial. O policial é,
antes de tudo, um trabalhador. Às vezes, ele não é enxergado como tal, mas ele é aquele que
empresta a sua vida para proteger a vida dos outros.
Muito obrigado.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, estou vendo aqui uma notícia. Está publicado no Diário Oficial que, a
partir do dia 1º de junho, nós teremos um reajuste de cerca de 10% na conta de água. A notícia
também dá conta de que, de 2019 até agora, houve cerca de 22% de aumento na conta de água.
Eu pergunto: qual foi o aumento que receberam os trabalhadores e as trabalhadoras,
especialmente aqueles da iniciativa privada? Praticamente, nenhum. Entretanto, a conta de água
aumenta mais de 22% – aumento concedido pela Adasa.
Como presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, vou promover uma audiência pública
para debater esse aumento que julgo absurdo. Acho que não pode ser assim. São mais de 22% de
aumento; agora, de uma vez só, foi um aumento de 10%. Portanto, chega a mais de 32% o aumento
na conta de água. Isso atinge, principalmente, as pessoas mais pobres desta cidade, pois, mesmo
havendo a tarifa social, ainda fica muito caro para essas pessoas pagarem essa conta absurda de água.
Acho que não pode ser assim, acho que a Adasa está errada em conceder esse aumento, até
porque os salários... A inflação tem estado em torno de 3,5%. Por que um aumento desse tamanho na
conta de água da população do Distrito Federal? Realmente é inaceitável.
Há um segundo ponto que quero abordar no dia de hoje: quero falar do cinismo do sindicato
das empresas de vigilância do Distrito Federal. A data-base dos vigilantes do Distrito Federal é 1º de
janeiro. Nós estamos desde o dia 1º de janeiro sem convenção coletiva assinada. Amanhã já é dia 1º
de maio. O sindicato patronal se nega a assinar uma convenção coletiva, porque eles querem cada vez
mais retirar direitos dos trabalhadores.
Temos trabalhadores que estão vivendo um verdadeiro martírio, como, por exemplo, o pessoal
que trabalha no Tribunal de Justiça, nosso vizinho, onde a empresa – que é de propriedade do
presidente do sindicato patronal, senhor Luis Gustavo – se nega a pagar o tíquete-alimentação desses
trabalhadores. Eles estão trabalhando no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios sem
receber o tíquete-alimentação, que é um complemento salarial para alimentar os seus filhos e para
levar o sagrado alimento para as suas casas.
É realmente inaceitável, até porque, depois da maldita reforma trabalhista que aconteceu, para
entrar com dissídio coletivo, é preciso as 2 partes estarem de acordo. É preciso que o sindicato
patronal e o sindicato laboral estejam de acordo com o dissídio. Portanto, só resta aos trabalhadores a
organização, a mobilização e a greve. É o que eu espero que os vigilantes Distrito Federal façam: que
organizem, por meio do sindicato, que é combativo, uma greve para dar resposta a esse presidente de
sindicato insensível, que não tem nenhum respeito pelos seus trabalhadores.
Por último, presidente, quero abordar mais um assunto: quero falar de um bairro que existe
dentro do Sol Nascente chamado Fazendinha. Pense num lugar de sofrimento! Eu estive lá ontem.
Tudo o que você – você que está assistindo a nós – pensar, está pensando pouco. É uma pobreza
absoluta a daquelas pessoas, que não têm estrada para chegar às suas residências. Os ônibus não
buscam as crianças porque as vielas de lá estão todas destruídas. São pessoas que não têm o que
comer. Isso está dentro do Distrito Federal.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Peço um minuto a vossa excelência.
Não existe água tratada, a luz é toda com gato, portanto, é um verdadeiro desespero. Lá de
dentro, eu liguei para o ministro da Ação Social, meu companheiro Wellington Dias, que precisa do
entendimento com o Governo do Distrito Federal para que possamos dar um mínimo de dignidade
àquelas pessoas.
A imagem daquelas crianças com a pele rachada do sol, na poeira, não sai da minha retina. É
muito triste o quadro das pessoas moradoras daquele local chamado Fazendinha. Está a menos de 30
quilômetros daqui do Palácio do Buriti. Quando eles tentam algum contato através da Secretaria de
Ação Social, a resposta que é dada é que lá não podem atendê-los.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Só mais um minuto, presidente.
Se a Secretaria de Ação Social não serve para atender aquelas pessoas, é melhor que feche as
portas. Se a Secretaria de Ação Social não é para atender a população mais pobre, aquela população
efetivamente carente, não tem por que existir.
Eu estou empenhado no atendimento daquela comunidade. Vou voltar lá tantas vezes quantas
forem necessárias até conseguir tirar aquela população do sofrimento que está vivendo; até que haja
água tratada e luz legalizada; até que seja dada dignidade àquelas pessoas que ali estão. Não dá para
assistir passivamente ao sofrimento vivido por aquela comunidade. Eu vou me empenhar com tudo
para que seja resolvido o problema.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Cumprimento o deputado Fábio Félix e o deputado Rogério Morro da Cruz.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todas
e todos que nos acompanham pela TV Câmara Distrital, no plenário, na galeria; boa tarde, presidente;
boa tarde, deputado Jorge Vianna, deputado Thiago Manzoni, todos os deputados presentes.
Eu queria iniciar a fala, presidente, aproveitando a presença do deputado Jorge Vianna, que
pode complementar o tema conosco.
Todos nós deputados fazemos inspeções na área de saúde e somos cobrados diariamente por
isso. Meses atrás, deputado Pastor Daniel de Castro, nós estávamos aqui falando do problema da
dengue, e o senhor nos alertava muito sobre isso. Nós anunciávamos que, depois da dengue, por um
período sazonal, teríamos um problema respiratório com as crianças do Distrito Federal. Além disso, já
há um diagnóstico lançado: o de que há um crescimento real, pelo envelhecimento da população, de
problemas de saúde que possam ser tratados, deputado Fábio Félix, na oncologia. E têm crescido
muito esses casos, hoje, no Distrito Federal.
A saúde tem sido um dos maiores desafios para quem gesta esta cidade, sem dúvida nenhuma.
Nós, parlamentares, realizamos inspeções nas unidades e saímos, deputado Fábio Félix, às vezes,
pensando o que de fato faremos para resolver essa situação.
Passamos o dia todo, deputado Jorge Vianna, rodando as unidades de Santa Maria. Depois,
fomos para as unidades de Ceilândia – UBS, UPA, Hospital de Ceilândia. Quando chegamos no técnico
de enfermagem, ele estava no limite, na ponta, atendendo tudo de todos. Os enfermeiros de dentro do
pronto-socorro assumindo todas as funções e fazendo o pronto-socorro se manter na forma que é
possível, com os insumos que eles conseguem ter. Os residentes, orientados pelo médico, também
tentando dar o suporte necessário. Quando chegamos nos médicos – como encontramos em uma UPA
–, eles estavam em uma sala vermelha que cabem 3 pacientes graves, mas havia 7 pacientes. O
médico olha para você e fala: “O que eu faço, deputado?”
Saímos para fora das unidades, encontramos a população que nos reconhece... E tome
paulada. E com razão. Eles querem que resolvamos, na hora, o problema da saúde: que sejam
atendidos e atendidas.
Quando chegamos dentro da unidade o gestor falou: “Não há piso no pronto-socorro de
Ceilândia, deputado. O piso está se soltando. Há teto caindo no hospital!” O hospital é de 1970. Somos
uma das maiores unidades da Federação em número de habitantes, há 400 partos por mês no Hospital
de Ceilândia.
A equipe médica está se virando como pode, assim como a equipe de enfermagem e a equipe
técnica de enfermagem. Tornamos isso uma lógica no Distrito Federal: virarmo-nos como pode.
Deputados, com base na situação do hospital que encontramos, ligamos para a Defesa Civil. Ao
colega da Defesa Civil eu falei: “É preciso que você faça uma inspeção no Hospital de Ceilândia”.
Sabem o que em off o profissional da Defesa Civil disse para nós? “Deputado, se eu for nos hospitais,
vou ter que lacrá-los, porque é ato de ofício. Sou obrigado a lacrar os hospitais se a Defesa Civil visitar
os hospitais hoje. Se lacrarmos os hospitais, como fica a população que está lá dentro? Como fica
quem está lá fora? Eu sinto muito, mas essa não é a saída.” Nós vamos oficializar a Defesa Civil para
que faça as inspeções. Se ela for obrigada a lacrar, que lacre, porque alguém tem que tomar uma
decisão.
Há no caixa da Caixa Econômica Federal, empenhado, liberado, a reforma completa do pronto-
socorro do Hospital de Ceilândia, e não é executado. Há 190 milhões também liberados do governo
federal para o Hospital de Oncologia. O governador Ibaneis pegou o dinheiro agora e prometeu
construir o hospital do Recanto das Emas. Vão colocar quem lá dentro, deputado Jorge Vianna? Qual
médico vai trabalhar no Hospital do Recanto das Emas? Faltam recursos humanos, é só rodar. Saímos
com o relatório e falamos: o que faremos agora? Como parlamentares, o que faremos agora?
Vocês sabem onde cai a culpa? No profissional que vai atender na ponta, deputado. É o
vigilante que toma porrada, é a triagem que foi acolher que sofre agressão. O que você faz com um
pai, com uma mãe que está rodando 5 unidades de saúde com seu filho, com 42 graus de febre, e não
consegue atendimento? Você pede paciência para esse pai? Paciência, para o pai e para a mãe, é a
única coisa que você não pode pedir, porque eles querem algo de direito. Acesso à saúde é um direito!
Fomos fazer inspeção e nos enfiamos em um problema, porque não é uma solução fácil, não é
uma solução rápida, mas é possível. Diferente de algumas políticas públicas, nas quais muita gente
opina, como se fossem capítulos de novela, sobre o que o ator deveria fazer, sobre o que o escritor
deveria escrever, na saúde existem experiências concretas no mundo que mostram como se faz.
Deputado Jorge Vianna, o senhor é da área saúde. Eu fiquei, à noite, conversando com as
pessoas que chegavam à UPA e aos prontos-socorros dos hospitais. Sessenta por cento delas não
deveriam estar lá; elas deveriam estar na Unidade Básica de Saúde, porque o hospital trata de média e
alta complexidades, como uma cirurgia de urgência... A pessoa se machucou, quebrou a perna, sofreu
um acidente de trânsito, enfartou, ou quando o paciente tem uma doença grave e é socorrido. É isso
que deve ser tratado no hospital.
Não adianta algumas pessoas filmarem a sala de descanso, como se o cirurgião não pudesse
estar descansando. Ele é cirurgião, ele não atende na ponta, não. Nós temos que explicar para a
população que existe uma sobreposição de funções dentro da Unidade Básica de Saúde.
O que nós temos feito para intensificar a atenção primária? O nível alto de pessoas que estão
com câncer no intestino é em decorrência de má alimentação: ultraprocessados, sódio demais...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Vou encerrar, presidente.
Aí, realmente, nós vamos atender aquela pessoa quando ela chegar à complexidade,
precisando de uma internação.
Nós podemos construir um hospital no Gama, em Santa Maria.... Hoje, qual hospital tem
capacidade técnica para a maioria dos problemas? O Hospital de Base, que está na mão do Iges; as
UPAs, que estão na mão do Iges. Quarenta por cento dos recursos são dados para o Iges. É melhor,
então, a Secretaria de Saúde pegar a chave e falar: “Iges, tome aqui. Assuma, então.” Quem gesta a
política é a Secretaria de Saúde, não é o Iges!
Aqui fica, então, o nosso encaminhamento à população do Distrito Federal. Vamos realizar e
continuar realizando as inspeções nas unidades de saúde, juntamente com a deputada Dayse Amarilio,
que compõe o nosso bloco PSOL-PSB. O deputado Fábio Félix esteve no Recanto das Emas, onde se
deu o incidente com o vigilante.
Nós não vamos prevaricar. Se o hospital está na iminência de ser lacrado, não podemos
permitir que ele funcione, porque ele não é bom nem para quem está lá dentro, enquanto usuário,
nem para quem está prestando serviço, os profissionais de saúde.
Que o Governo do Distrito Federal se dê conta de que precisamos de novos equipamentos com
estrutura e valorização profissional e pare de criar equipamentos sem ter certeza do que vai colocar lá
dentro. Isso só vai gerar mais ônus e caos nessa cidade com a justificativa de que, se a pessoa chegar
ao hospital, ela vai ser atendida. Hoje, no Distrito Federal, ela não é atendida.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel. É
extremamente importante o tema que vossa excelência traz aqui hoje.
O deputado Jorge Vianna trouxe, hoje, os servidores da saúde aqui. O que o senhor disse foi
abordado aqui: quem está lá na ponta é quem, inclusive, acaba sendo agredido. A população, que não
tem o devido conhecimento, acaba agredindo aquele que está lá, inclusive, para cuidar.
Deputado Jorge Vianna, só vou fazer um pedido, até porque não é do meu perfil e eu não vou
cercear a palavra de ninguém, mas nós gostaríamos de pedir que disciplinássemos melhor os pedidos
de uso da palavra. Estamos pedindo 5, 6, 10 usos da palavra, e os usos da palavra estão demorando
mais que os discursos, estão demorando 5 minutos, 10 minutos.
Então, nós vamos conceder a palavra para o deputado se for pertinente à matéria que está
sendo discutida. Damos um minuto, e podem falar à vontade, pois jamais farei algo diferente dessa
natureza. Também é um direito do parlamentar usar a palavra em plenário, mas estamos tendo
dificuldade nas votações pela demora que está ocorrendo no uso da palavra. Então, vou pedir a
compreensão dos deputados para que nos ajudem nesse sentido.
Permitam-me agradecer e registrar a presença dos secretários Itamar e Anderson, o que muito
nos honra. É importante a presença de vocês. Ontem, o Anderson, em poucas palavras, conseguiu
esclarecer as dúvidas dos deputados. Os parlamentares, inclusive, tinham pedido para que o item fosse
retirado de pauta. Mas, ontem, Anderson foi muito feliz, Itamar, e colocou tudo com muita clareza, o
que nos permite votar hoje esse importante projeto.
Muito obrigado.
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna.
DEPUTADO JORGE VIANNA (Bloco União Democrático. Como líder. Sem revisão do orador.) –
Boa tarde, senhoras e senhores parlamentares. Boa tarde a todos os servidores da casa. Um boa-tarde
especial aos jovens alunos. Sejam bem-vindos a esta casa, muito bem-vindos mesmo.
Quem dera se, na época em que eu estudava, eu tivesse tido a ideia de vir a esta casa para
ouvir um pouco mais sobre política. Afinal de contas, até o pãozinho que você come de manhã – viu,
alunos? – depende da política, porque foi a política que decidiu a quantidade de sal e o peso do
pãozinho, e essa política foi feita no Congresso Nacional.
Tudo o que vocês comem depende da política. Então, não falem que não gostam de política,
porque, mesmo não gostando, vocês, com certeza, estão envolvidos nela mesmo sem saberem. Por
isso que é bom vocês estarem aqui, acompanharem os deputados, acompanharem as falas de cada
um.
O colega que me antecedeu falou muito sobre saúde, que é o problema nacional. Saúde
sempre foi e sempre será o problema nacional. E não é um problema só o município, mas também do
estado e do governo federal. Nós estamos falando de um problema que não tem jeito enquanto nós
não resolvermos os outros problemas.
Falar que saúde se resolve colocando-se remédio e médico é balela, é bobagem. Se algum de
vocês alunos, um dia, for a uma palestra e algum político, candidato falar “Eu vou resolver o problema
da saúde, porque eu vou colocar médico para trabalhar e eu vou colocar remédio no hospital”, é balela.
Se ele falar isso, podem falar assim: “Você está mentindo”.
Está mentindo por quê? Porque o problema da saúde não é a saúde, é o que envolve a saúde,
é o que permeia a saúde. Enquanto nós não tivermos condições de trabalho; não tivermos uma
alimentação boa – tomando refrigerantes cheios de açúcar e de sal –; ficarmos morando numa cidade
que não tem saneamento básico, que não tem escola, que não tem esgoto; estivermos numa cidade
onde não há emprego; estivermos num trânsito em que pessoas atropelam; não adianta, porque tudo
vai escoar na saúde.
A saúde é o núcleo, e todas as outras políticas orbitam a saúde. Todas, todas ecoam na saúde,
até a falta de emprego. Se formos filosofar sobre saúde, vamos falar o dia inteiro.
Eu quero dizer a vocês alunos – principalmente a vocês que, sem ser clichê, são o futuro desta
nação – que vocês têm que saber o que é saúde e quais são as outras políticas que permeiam a saúde.
Meu colega deputado Max Maciel falou uma coisa que estou careca de saber, porque eu venho
da saúde. Sou técnico em enfermagem, sou enfermeiro, trabalho no Samu. Então, eu sei muito bem o
que nós passamos. Para alguns, talvez seja uma coisa... “Nossa, mas é assim?”
Eu sofri isso a vida toda e, pelo jeito, eu e meus colegas vamos continuar sofrendo sem sequer
sermos reconhecidos por isto: na pandemia, os heróis de branco estavam morrendo, com medo – a
maioria era mulheres –, e não tiveram um privilégio, nenhum privilégio. Não tiveram aumento de
insalubridade, não tiveram aumento de salário. “Uai, deputado Jorge Vianna, mas você trabalha por
dinheiro?” Não, meu amigo, mas quem trabalha de graça é relógio; aliás, nem relógio trabalha de
graça, porque relógio depende de bateria. Como queremos ter uma categoria da saúde trabalhando de
graça, trabalhando por amor?!
Que por amor! Ninguém trabalha por amor, não. Temos de ser bem remunerados, temos de
ser valorizados. Na pandemia, fomos aqueles heróis a quem todos batiam palmas. Você estava com
medo em casa. Marmanjões cheios de coragem estavam com medo em casa, enquanto a maioria das
mulheres – porque são as mulheres que tocam a saúde, pois, em qualquer profissão da saúde, a
maioria é de mulheres – estava lá, mesmo com medo, mas estava lá. Alguém tinha que estar lá.
Presidente, nós fizemos uma assembleia, hoje, com os técnicos em enfermagem. O senhor
esteve lá. Muito obrigado. Parabéns pela postura, porque, pela primeira vez, eu vejo, nesta casa, não
só como parlamentar, mas como sindicalista que fui, um presidente isento, que tem coragem de falar e
de ir contra o próprio governo. Por quê? Porque nós não somos governo, nós somos Câmara
Legislativa, nós somos legisladores, nós somos independentes e nós ajudamos o governo. Eu, inclusive,
faço parte dele, mas, tratando-se de categoria, tratando-se de trabalhadores, nós estamos com os
trabalhadores. E eu sempre estarei com minha categoria, técnico em enfermagem, e com muito
orgulho.
Eu fiz 3 faculdades, mas quem me sustentou, quem me deu toda a bagagem, quem me deu a
família, quem me deu tudo que eu tenho, hoje, foram o curso de técnico em enfermagem e a profissão
de técnico em enfermagem. É por isso que eu defendo e sou implacável com relação à defesa dos
meus colegas técnicos em enfermagem.
Hoje, nós fizemos assembleia em que discutimos uma redução de tempo de serviço. Minha
gente, enquanto a maioria dos trabalhadores do GDF chega ao final da carreira com 18 anos, 15 anos,
até 12 anos – nós temos tabelas do GDF aqui –, nós técnicos em enfermagem chegamos com 25 anos.
Sabem por quê? Porque houve discriminação, porque, à época em que se criaram as carreiras, os
técnicos em enfermagem eram auxiliares, eram nível fundamental. Então, o salário e o tempo de
serviço eram muito inferiores, mas a realidade hoje é outra.
Hoje, há técnicos em enfermagem com nível médio, especialista, trabalhando, contribuindo
consideravelmente com o sistema de saúde. O que era antigamente o tal do cuidar... Porque se falava
que o enfermeiro, o técnico em enfermagem cuidava. Que cuidar! Cuidar, até cuidador cuida. Nós
curamos, prevenimos, salvamos, empreendemos, somos políticos, somos hoje tudo que quisermos ser.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – Por que a discriminação ainda continua neste século, neste
modelo de Estado?
Por isso, presidente, nós queremos reduzir o tempo para 18 anos, assim como o da maioria dos
nossos colegas de nível superior. O salário já é diferente do salário do nível superior. Por que esse
tratamento tão desigual?
Outra pauta são os salários. O salário de técnico em enfermagem equivale a 50% do salário do
nível superior. Se pegarmos o salário de qualquer servidor de nível médio do GDF e compará-lo com o
salário de um servidor de nível superior, veremos que a diferença é de 60%, 65%, 70%. Na Secretaria
de Saúde, o salário do técnico em enfermagem e de outros colegas de nível médio é só 50% do salário
de nível superior. Alguns são só 49%.
Por isso, estamos pedindo para que o salário do técnico em enfermagem seja, pelo menos,
70% do salário de nível médio. É isso que diz a Lei da Enfermagem: o técnico em enfermagem deve
receber 70% do salário do enfermeiro. Essa determinação vale em nível nacional. Essa lei federal foi
aprovada.
Presidente, só para finalizar, outro ponto é com relação aos concursados. Presidente e
deputado Max Maciel, vou falar para todos saberem a quantidade de médicos que existem na
Secretaria de Saúde: 4.098; quantidade de enfermeiros: 3.988; quantidade de técnicos em
enfermagem: 8.600. Olhem a relação. Pouco mais de 8 mil técnicos para quase 4 mil enfermeiros.
Sabemos que para cada enfermeiro deve haver, pelo menos, 3 técnicos. Se há 4 mil enfermeiros,
deveria haver 12 mil técnicos. Olhem a relação. Só temos pouco mais de 8 mil técnicos. Estão faltando
mais de 3 mil técnicos em enfermagem na Secretaria de Saúde. Como conseguimos sanar isso?
Pedindo para o governo nomear técnicos em enfermagem. Esse é um pedido que estamos fazendo. O
presidente se comprometeu a nos ajudar.
Presidente, estou muito feliz em saber que não só vossa excelência mas também os outros
parlamentares vão estar nessa luta.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – Tenho certeza de que a oposição vai estar junto conosco.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Jorge Vianna, apesar da
importância do assunto, vossa excelência deve concluir.
DEPUTADO JORGE VIANNA – O maior déficit na Secretaria de Saúde chama-se técnico em
enfermagem. Não vou arredar o pé enquanto não conseguir ver essa categoria melhor.
Na segunda-feira que vem, na reunião do Colégio de Líderes, apresentaremos o sindicato a
todos os líderes.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Tive a oportunidade de ouvir, com vossa excelência, as angústias e as necessidades daqueles
servidores, que precisam de respeito, reconhecimento e valorização sobretudo. Vossa excelência tem
toda razão.
Como vossa excelência solicitou, na segunda-feira, no Colégio de Líderes, vamos receber esses
servidores para que possamos ouvi-los. Que esta Câmara Legislativa possa ajudar, inclusive, na
interlocução para encontrarmos uma solução. É algo extremamente sério e grave. O deputado Jorge
Vianna traz uma situação que precisa ser acompanhada muito de perto por esta casa. Parabéns,
deputado. Tenho certeza de que vossa excelência terá o apoio desta casa, de forma ampla.
Registro a presença dos estudantes e dos professores do Centro Educacional 416, de Santa
Maria. Sejam muito bem-vindos a esta casa. É um prazer tê-los conosco. Estão todos participando do
programa Conhecendo o Parlamento, sob coordenação da Escola do Legislativo.
DEPUTADO ROOSEVELT – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, obrigado.
Eu só gostaria de corroborar com o anúncio da escola. É uma escola de gestão compartilhada
com o Corpo de Bombeiros. Estão aqui presentes a sargenta Eliane e o sargento C. Marcos. Eu e o
sargento C. Marcos somos companheiros. Trabalhamos juntos, por muito tempo, inclusive em beira de
rios. O sargento C. Marcos é especializado em busca com cães.
Eu gostaria de dar os parabéns a vocês. A escola de vocês é uma escola maravilhosa. Essa
estratégia do governador Ibaneis das escolas em gestão compartilhada tem sido maravilhosa. Os
números demonstram a melhora no ensino, na disciplina; enfim, o convívio no ambiente escolar tem
melhorado bastante.
Meus parabéns! Contem conosco. E vocês estão muito bem. A sargenta Eliane – é sargenta ou
sub, Eliane? Sargenta? – e o sargento C. Marcos são bombeiros excepcionais. Com certeza são um
exemplo de disciplina e respeito, que é o que nós queremos deixar para vocês. Que vocês possam ter
uma vida adulta maravilhosa.
Meus parabéns. Levem um abraço para a diretora Liliane.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Roosevelt.
Neste momento, concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde, senhor
presidente. Boa tarde aos demais parlamentares que estão presentes. Boa tarde às equipes de
assessoria, e boa tarde a você que assiste a nós pelo YouTube. Boa tarde aos alunos da escola cívico-
militar que nos acompanham hoje na sessão, para nós é uma grande alegria tê-los aqui.
Eu subscrevo as palavras do deputado Roosevelt. Espero que vocês, sempre respeitando a
hierarquia e a disciplina, cresçam em conhecimento e possam ter uma vida adulta maravilhosa,
alcançando e realizando aquilo que vocês sonharem.
Senhor presidente, ontem eu estive no Hospital Regional de Taguatinga, e não posso deixar de
mencionar as questões sobre a saúde que foram suscitadas na tribuna. E, de verdade, a nossa saúde
passa por momentos delicados. A nossa população sofre, e não é pouco.
Mas sofre nas mãos do Estado, é sempre bom que digamos isso. Eu vou usar uma frase que o
Roberto Campos dizia: “O bem que o Estado pode oferecer é limitado. O mal que ele pode causar é
infinito, e ele não pode dar nada que antes ele não tenha tirado da população.”
Infelizmente, nós temos nos deparado com isso todos os dias na nossa saúde. É um mal
ilimitado o que o Estado promove no Brasil em relação à saúde dos brasileiros.
Amanhã é o Dia do Trabalhador. E eu preciso homenagear também todos os celetistas, os
autônomos, os empresários, os pequenos empreendedores, os grandes empresários do Brasil. Todos
aqueles que, apesar do Estado, conseguem produzir no Brasil.
Então, fica a minha saudação para você que acorda cedo, trabalha para caramba para
sustentar a si mesmo, sustentar a sua família, e que se recusa a se render à burocracia e à tributação
que o Brasil, que o Estado brasileiro, impõe a você.
Parabéns pelo seu dia, que Deus abençoe você, que você prospere cada vez mais – repetindo
–, apesar daquilo que o Estado ocasiona. Essas pessoas são heróis, merecem todas as homenagens.
Aqueles que decidiram produzir em vez de viver dependendo das benesses que o Estado acha que
pode entregar. Só o faz porque tira do bolso de quem produz para entregar àqueles que não produzem
absolutamente nada.
Senhor presidente, depois da Segunda Guerra Mundial, alguns médicos nazistas foram julgados
pelo tribunal de Nuremberg. E eu inicio lendo, para tratar desse outro tema, uma parte daquilo que
ficou decidido pelo tribunal. O ponto 1 daquele documento diz o seguinte: “O consentimento voluntário
do ser humano é absolutamente essencial. Isso significa que as pessoas que serão submetidas ao
experimento devem ser legalmente capazes de dar consentimento. Essas pessoas devem exercer o
livre direito de escolha sem qualquer intervenção de elementos de força, fraude, mentira, coação,
astúcia ou outra forma de restrição posterior. Devem ter conhecimento suficiente do assunto em
estudo para tomarem a sua decisão.” Isso diz respeito a todo tratamento experimental e a toda
pesquisa realizada com seres humanos. Isso está no documento exarado em Nuremberg.
O nosso Código Civil está para ser reformado. Na reforma proposta, deputado Pastor Daniel de
Castro, inseriram o art. 15-A, que diz o seguinte: “Plenamente informados por médicos sobre os riscos
atuais de morte e de agravamento de seu estado de saúde, as pessoas capazes para o exercício de
atos existenciais da vida civil podem manifestar recusa terapêutica para não serem constrangidas a se
submeter a internação hospitalar, a exame, a tratamento médico ou à intervenção cirúrgica”.
Trago esses 2 exemplos porque eles certamente não serão chamados de genocidas. Nós
estamos falando de Nuremberg e de uma comissão de juristas que está trabalhando na reforma do
Código Civil. Essa comissão de juristas tem inclinação à esquerda no viés político, portanto, pode
escrever que as pessoas podem recusar tratamento médico. Se fosse, por exemplo, um parlamentar de
direita, ou imaginem, pior, se fosse o Bolsonaro falando que as pessoas podem recusar tratamento,
certamente ele seria acusado de genocídio. Certamente ele seria chamado de negacionista, de
anticientífico, de tudo quanto é nome que se pode imaginar.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Obrigado, senhor presidente.
Isso aconteceu durante o período da pandemia, por ocasião das famigeradas vacinas da covid-
19, tratamento experimental que, desde Nuremberg, as pessoas têm o direito de recusar. Bolsonaro
passou meses dizendo que as pessoas deveriam ser livres para escolher se queriam se inocular ou não
e foi taxado de anticientífico porque a ciência, naquele momento, deixou de ser a arte de duvidar e a
possibilidade de questionar e de colocar em xeque os paradigmas e os dogmas que estão
estabelecidos, passou a ser uma certeza estúpida. Toda a humanidade, todo o planeta foi submetido
aos anseios das grandes farmacêuticas. O único remédio para aquela doença maldita era a tal vacina.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Agora, depois de alguns anos de passada a pandemia, na
Europa, as famílias estão ajuizando ações contra essas empresas farmacêuticas, pedindo indenizações
milionárias. A razão das indenizações é que as pessoas estão morrendo por causa das famigeradas
injeções que receberam. Morrem de AVC, morrem de trombose, morrem de aneurisma, morrem de
infarto; morrem pessoas de todas as idades: crianças, adolescentes, adultos, velhos. Estão morrendo
aos montes.
Agora a AstraZeneca assume que um dos efeitos colaterais da sua própria vacina é a trombose,
que está matando as pessoas. Anos depois, eles falam assim: “Ah, agora nós temos experiência
suficiente para dizer que realmente causa trombose”.
O planeta inteiro inseriu aquilo no seu próprio corpo, e agora eles estão dizendo: “Ah, agora
nós percebemos que causa trombose mesmo”. O cerne da discussão era o seguinte: não havia sido
testado o suficiente. O cara que falou isso, o ex-presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, foi
taxado de tudo quanto é nome; foi execrado, inclusive pela opinião pública e pelos veículos da mídia
tradicional; recebeu toda a sorte de pecha pejorativa; e, no final das contas, quem estava certo?
Bolsonaro. As pessoas tinham que ser livres para decidir se iam se inocular com aquilo ou não, porque
ninguém sabia os efeitos adversos que aquilo poderia causar. Agora se sabe, e quem confessa nos
tribunais europeus é a própria farmacêutica que produziu: a AstraZeneca.
Eu lamento muito que milhares ou talvez milhões de pessoas ainda vão morrer ou ficar
vegetativas, porque se inocularam acreditando nos que se diziam científicos. Nessa discussão toda,
Bolsonaro tinha, como tem razão, neste e em outros assuntos.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Estão encerrados os Comunicados de Líderes.
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Peço de novo a compressão dos parlamentares, principalmente dos deputados que já se
manifestaram – obviamente que é um pedido, não é nenhuma imposição –, já que há um projeto
importante para apreciarmos. Contamos, inclusive, com a presença do secretário que trata de
orçamento, economia e finanças, que atendeu a um pedido para que estivesse presente. Então, que os
deputados possam resumir as falas nos Comunicados de Parlamentares para entrarmos na votação.
Mais uma vez, convoco todos os parlamentares que se encontram nesta casa para que venham
ao plenário para iniciarmos as votações.
Concedo a palavra ao deputado Ricardo Vale.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, eu venho a esta tribuna hoje fazer um apelo para a
Secretaria de Cultura do Distrito Federal, ao secretário Cláudio Abrantes, que foi um parlamentar desta
casa, e muitos de vocês conhecem.
Eu tenho recebido muitas reclamações de entidades, de associações que estão com as suas
emendas paradas na Secretaria de Cultura. No final do ano passado, houve um problema de
insuficiência de pessoal, inclusive abordado pelo próprio secretário, para fazer a análise e a execução
desses projetos, e muitos deles ficaram para este ano.
Acontece que nós já estamos chegando ao meio do ano, e vários projetos aos quais nós
destinamos recursos não estão sendo analisados naquela secretaria. A reclamação é geral, deputado
Pastor Daniel de Castro. Não sei se isso tem acontecido só com as minhas emendas – acredito que
não, porque tenho conversado com alguns deputados.
A cultura é um instrumento poderosíssimo de inclusão social, de geração de emprego, e não
podem deixar a cultura parar por falta de pessoal ou por falta de prioridades que eu não sei quais são!
Eu gostaria de fazer um apelo ao secretário de Cultura do Distrito Federal para que fale o que
está acontecendo, a fim de que esta casa possa ajudar também. Nós não podemos parar a cultura do
Distrito Federal. Há muitas instituições – inclusive ajudo algumas delas – que dependem disso para que
os artistas e os músicos possam trabalhar.
Faço este apelo porque já estamos chegando ao meio do ano. Alegaram que, em função do
aniversário de Brasília, havia muita coisa para rodar e que essas entidades e esses projetos ficariam
para depois. São projetos de valores pequenos: 50 mil, 100 mil, 150 mil. A orientação que está
chegando agora é a seguinte: “Não. Tem que ser projeto de 1 milhão, 1 milhão e meio! Temos que
fazer um guarda-chuva.”
Essa informação de mandar projeto de 1 milhão, 2 milhões para fazer um guarda-chuva, a fim
de que a secretaria analise apenas 1 projeto e não vários, vai de encontro à orientação que o próprio
Ministério Público tem nos passado, deputado Thiago Manzoni. Isso está errado e precisa ser corrigido.
O secretário Cláudio Abrantes é da cultura, já passou por esta casa como deputado e agora
está na Secretaria de Cultura. Eu achava que o trabalho da Secretaria de Cultura iria melhorar, mas
infelizmente está muito ruim. Muita gente está sendo prejudicada. É preciso dar um basta nisso, é
preciso que isso seja corrigido!
Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Ricardo Vale. Vamos
acompanhar isso de perto.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, servidores e servidoras da casa, eu gostaria também de
me posicionar hoje sobre essa denúncia gravíssima de tortura e violência contra um policial que estava
matriculado num curso de formação interna da Patamo. Eu queria me posicionar porque eu tive a
oportunidade de recebê-lo ontem no gabinete, na Comissão de Defesa dos Direitos Humanos.
Temos recebido a denúncia completa do Ministério Público e os dados sobre aquilo que foi
feito. Isso é muito grave e reflete também a necessidade de uma posição do comando da Polícia
Militar. A primeira posição foi absolutamente insuficiente, negando, a priori, aquilo que sequer havia
sido investigado.
A denúncia do policial é muito grave, porque o curso sequer havia sido iniciado! Era o dia de
apresentação do curso, que não havia sido iniciado. Ele foi separado, presidente, dos demais policiais.
O curso não havia começado, ele não estava com a roupa operacional. Ele estava com a farda social,
foi separado dos demais policiais e submetido a 8 horas de tortura.
Ele teve uma lesão cerebral, em razão da qual a sua visão não voltará a ser como era antes.
Ele teve uma lesão auditiva, e a sua audição não voltará a ser como era antes. Essa foi a situação a
que ele foi submetido até aqui. Foi uma onda de tortura e violência física. Isso não é brincadeira! Não
dá para minimizar e relativizar isso, porque ele não é o único praça.
Muitos praças são submetidos a esse tipo de tortura e violência. Nós temos ouvido – e tem
chegado às comissões – vários relatos desse tipo. Essa é uma questão institucional. Isso não é natural.
A denúncia que recebemos diz que o curso sequer havia sido iniciado, presidente. Ele foi submetido a 8
horas de tortura sem que o curso tivesse sido iniciado de fato. Essa é a questão que está sendo
colocada hoje.
Eu acho que isso precisa ser investigado com muito rigor e com muita seriedade. Eu sei que há
muita gente séria na instituição que quer que a investigação aconteça da melhor forma possível. Eu
espero que ninguém nesta casa naturalize esse grau de violência, porque nós não podemos naturalizar
isso. Nós estamos falando, como o senhor bem disse, de uma instituição que lida com a segurança de
todos. Quando uma prática ruim é naturalizada, as pessoas a confundem com prática geral, mas ela
não é e não deve ser. Então, uma prática ruim deve ser combatida. Por isso a investigação rigorosa é
fundamental.
Isso também traz à tona uma reflexão sobre o modelo que muitas vezes submete,
especialmente os praças, a uma condição de trabalho muito ruim. O senhor disse que os praças são
trabalhadores e trabalhadoras que estão nos batalhões, trabalhando a serviço da população e, muitas
vezes, eles são submetidos a uma série de violações dos direitos humanos. Eu já tive que atuar em
fechamento de banheiro feminino em um batalhão.
Os praças precisam ser respeitados, a hierarquia não pode justificar a violência ou nenhum tipo
de sujeição que não esteja dentro do protocolo e do estatuto da polícia. Infelizmente, nós recebemos
várias denúncias que demonstram que a hierarquia, na verdade, é utilizada para algum nível de abuso
de autoridade, e isso não pode ser legalizado e naturalizado.
Eu trago essas ponderações e essa denúncia, que é gravíssima. Danilo tem a minha
solidariedade, assim como toda sua família. Eu tive a oportunidade de vê-lo presencialmente e analisar
a situação dele. Eu tive a oportunidade de conversar com diversos policiais que já participaram de
muitos cursos operacionais e que nunca viram uma pessoa ser isolada, antes de o curso começar, e ser
submetida a 8 horas de tortura. Uma coisa é o policial ser submetido a algum tratamento dentro do
protocolo do curso, o que também é questionável. Mas, nesse caso, não há justificativa; ele foi
submetido a esse tipo de tortura fora do ambiente do curso, distante dos outros colegas e sem a roupa
operacional do curso.
Que a investigação seja rigorosa; que nesse caso haja respeito ao policial; que ele não sofra
perseguição e que o comando tome previdências!
As primeiras providências foram tomadas pela justiça, porque a primeira nota do comando foi
negar, a priori, o que estava acontecendo sem investigar. O comando precisa se pronunciar, inclusive,
para dizer que não vai tolerar esse tipo de prática dentro da instituição. Minha solidariedade ao Danilo.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – ... da casa vai acompanhar esse tema com muita seriedade. Eu sei
que nenhum parlamentar desta casa vai se furtar a sua missão de defender os direitos humanos.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Eu quero pedir um favor a vossa excelência: que esta casa encaminhe um ofício à Polícia Militar
do Distrito Federal, assinado pelo senhor e por mim, porque essa apuração tem que ser rigorosa.
Temos que separar o joio do trigo. Conversávamos há pouco que é inaceitável esse tipo de
tratamento. E, como eu fui militar, fui policial civil, durante muitos anos, não vejo nada que acrescente
a violência contra o servidor. A apuração, a investigação, é o instrumento adequado para que
possamos agir sem qualquer prejulgamento.
Vossa excelência tem toda razão. Há pouco o deputado Roosevelt disse que isso é indefensável
e inaceitável, e esta casa não pode se calar. Não podemos nos omitir. Independentemente de questões
ideológicas ou partidárias, o que é trazido aqui é extremamente grave. Então, deputado, faço questão
de assinar o ofício, juntamente com o senhor – presidente da Comissão de Defesa dos Direitos
Humanos, Cidadania e Legislação Participativa –, solicitando informações e apurações rigorosas. Que
esta casa acompanhe isso de perto!
Parabéns pelo pronunciamento.
DEPUTADO HERMETO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO HERMETO (MDB. Sem revisão do orador.) – Deputado Fábio Félix, como vossa
excelência sabe, eu fiquei 30 anos na polícia. Atitudes isoladas de cada um não correspondem ao
pensamento da Polícia Militar. O comando não compactua com isso, ninguém compactua com isso.
É claro que, em um curso de formação, sabemos que, muitas vezes, existe algum aluno no CFP
que reclama porque ficou no sol... Isso é diferente. Nós vivemos um momento totalmente diferente
dentro do Brasil e dentro da própria Polícia Militar. Então, eu, como policial militar, também digo e
repito: não compactuo, não aceito qualquer tipo de ultraje à pessoa humana. Essa forma de fazer o
sujeito desistir do curso não existe.
Tudo está sendo apurado. O Ministério Público está em cima e, se Deus quiser, realmente
chegará à apuração total. Mas digo: a Polícia Militar não compactua com essas atitudes que foram
feitas. E presto toda a minha solidariedade ao policial. Vamos esperar as investigações, vamos esperar
tudo para que possamos ter um desfecho. Isso serve também de exemplo para os próximos cursos e
para as próximas coisas que acontecerão dentro da Polícia Militar.
Então, eu também não compactuo, não aceito nenhum tipo de ultraje à pessoa humana.
Nenhum tipo! Tanto é que o meu filho vai entrar na Polícia Militar, se Deus quiser. Ele passou no
concurso, e eu tenho certeza de que os cursos de formação – nesse caso não era curso de formação,
mas um curso operacional – e todos os cursos que acontecem na Polícia Militar serão bem
supervisionados pelo comando da corporação.
São essas as minhas palavras.
DEPUTADO ROOSEVELT – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, da mesma forma,
eu, oriundo da carreira de bombeiro militar, posso falar com propriedade. Eu fiz vários cursos na área
operacional, trabalhei na área operacional.
Por exemplo, eu fiz o curso de mergulho de resgate, um dos cursos mais difíceis do Brasil, cujo
índice de reprovação supera os 90%. A nossa capacidade física e psicológica é levada ao extremo. Mas,
em nenhum momento, temos a sensação de que há qualquer tipo de abuso ou tentativa de usurpar,
naquele momento, a integridade física do aluno.
Eu fiz também curso de paraquedismo de resgate; de Salvamar no Rio de Janeiro; de tripulante
operacional, que é o resgate com o uso de aeronave; e, em todos esses cursos, os instrutores
procuram levar o aluno ao extremo psicológico e físico para que, em uma situação real, tenha esses
comportamentos desenvolvidos e adaptados à situação.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO ROOSEVELT – Em nenhum dos cursos que eu fiz ou em que fui instrutor, nós nos
excedemos ou vimos esse tipo de situação.
É claro que vai se iniciar uma investigação. As imagens e o laudo médico são muito
contundentes quanto à situação do aluno, mas o processo investigatório vai demonstrar realmente as
circunstâncias e as condições em que se deu aquele fato.
O papel da Câmara Legislativa é acompanhar essa investigação. Entre as nossas 3 grandes
atribuições, além de legislar e representar, está a de fiscalizar. Então, com certeza, esta casa, seja pela
Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, seja pela Comissão de
Segurança, presidida pela deputada Doutora Jane e da qual também faço parte, irá acompanhar todo
esse processo.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Roosevelt.
Quero registrar e agradecer a presença do nosso ex-deputado Agaciel Maia, nosso secretário. É
um prazer enorme vê-lo aqui conosco.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, serei muito
rápido.
Primeiramente, eu fico feliz com as posições dos colegas deputados que se pronunciaram. Essa
é uma situação que chamou a atenção da cidade. Diferentemente até do relato do deputado Roosevelt
sobre o processo do curso, isso aconteceu antes de o curso ser iniciado. Então, parece-me que isso
configura ou caracteriza um processo de assédio violento ainda mais grave. Obviamente, a apuração é
necessária e deve haver uma reflexão sobre esse tipo de prática, para que ela seja coibida dentro das
instituições.
Eu faço parte de uma carreira hoje no serviço público, assim como a carreira do deputado
Gabriel Magno, em que há concurso de remanejamento. Temos tentado dar transparência a processos
institucionais internos, e isso é fundamental para todo trabalhador. Então, as corporações, sejam elas
da segurança pública ou não, precisam passar por esse processo de profissionalização – isso é muito
importante – para distensionar os processos de trabalho.
Nós vamos acompanhar esse caso. Fico feliz que vossa excelência assine comigo esses ofícios,
para que as investigações aconteçam e para que a Câmara Legislativa possa ajudar a proteger a vítima
que teve coragem de denunciar, porque sabemos que quem faz a denúncia contra o Estado, em
qualquer caso, é o elo fraco.
Eu me lembro, por exemplo, do deputado Roosevelt na primeira legislatura. Os bombeiros
vinham aqui bater na porta do gabinete dele e foram proibidos de fazer isso. Nós denunciamos esse
fato nesta casa. Os bombeiros vinham aqui para falar das situações e dos problemas que viviam nos
batalhões. Tentaram coibi-los de denunciar, e o deputado Roosevelt levantou a voz para defendê-los,
especialmente os praças que faziam as denúncias.
Então, esta casa tem de cumprir o papel de defender a vítima, aquele que, neste momento,
está tendo a coragem de se pronunciar sobre abusos sofridos dentro de um curso especificamente.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
No nosso caso, a omissão será compreendida como covardia. Nós precisamos fazer essa
defesa. O deputado Gabriel Magno foi muito feliz quando falou do modelo. É o modelo que precisamos
discutir e, obviamente, os abusos em decorrência desse modelo. Obrigado.
Pergunto se algum deputado ainda quer fazer uso da palavra.
Concedo a palavra ao deputado Pepa.
DEPUTADO PEPA (PP. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a todos;
boa tarde, presidente; boa tarde, deputados e deputadas.
Eu venho aqui hoje, presidente, expressar minha gratidão. Quem conhece a nossa caminhada,
desde quando entramos nesta casa – o deputado Ricardo Vale, meu amigo, também é da região norte
–, sabe muito bem da nossa luta para que a mobilidade da região norte fosse enxergada, fosse vista, e
que o problema dessa mobilidade fosse solucionado.
Eu falo em relação à BR-020 e falarei sempre. Mais uma vez, quero agradecer ao governador
Ibaneis, à vice-governadora Celina Leão e a esta casa, porque hoje nós nos deparamos com uma das
obras mais importantes daquela região. Será menos tempo no trânsito e mais tempo com a família. A
terceira faixa é uma realidade, a obra está a todo vapor. O primeiro trecho é o de Planaltina para
Sobradinho; depois vamos para o segundo trecho; e já foi anunciado o viaduto de Planaltina, na BR-
020, a Planaltina de Goiás, DF-128.
Eu venho ressaltar a importância dessa obra, do carinho que foi dado a ela pelo governador
Ibaneis. Não vamos parar, não vamos parar, porque queremos lá, deputado Ricardo Vale, o BRT.
Queremos o BRT.
Agora, nós vamos partir para o anexo do hospital. Os prazos precisam ser cumpridos para que
o anexo do Hospital Regional de Planaltina seja entregue, mas, ao mesmo tempo, solicitamos
profissionais. Sabemos da dificuldade que está a saúde da região norte. Temos consciência disso.
Eu tenho brigado para que a tenda da dengue funcione 24 horas em vez de 12 horas. Eu tenho
a promessa da secretária de que, amanhã, a tenda passará a funcionar 24 horas. Por quê? Porque
depois que ela fecha, às 19 horas, há um acúmulo para o Hospital de Planaltina e para a UPA de
Planaltina.
Essa questão da saúde requer toda a nossa atenção. Estamos aqui justamente para isso. A
região norte carece disso. Pedimos também profissionais na área de pediatria. Estamos sofrendo sem
profissionais na área de pediatria.
Muito obrigado, presidente.
A terceira faixa é hoje uma realidade.
O Distrito Federal está com obras por todo lado, mas precisamos muito cuidar bem da saúde
do Distrito Federal.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pepa.
Concedo a palavra ao deputado Rogério Morro da Cruz.
Depois, se nenhum deputado mais quiser falar, vamos encerrar os Comunicados de
Parlamentares e começar a Ordem do Dia, para votar os convênios. Ouviu, Maurício? O primeiro item
de pauta, devidamente acordado, pedido por nosso secretário, é sobre os convênios. Depois,
apreciaremos o projeto de resolução.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Para breve comunicação. Sem revisão do
orador.) – Senhor presidente, uma ótima tarde. Uma ótima tarde a todos os companheiros, deputadas
e deputados. Para mim é uma alegria receber aqui o ex-deputado Agaciel Maia, uma pessoa por quem
tenho todo o respeito e todo o carinho. Ele tem contribuído muito com São Sebastião e vai contribuir
muito mais.
Senhor presidente, quero primeiramente agradecer a Deus.
Em segundo, quero agradecer ao SLU, na pessoa do presidente Silvio. Todos os anjos da
limpeza estão fazendo um mutirão em São Sebastião e também no Jardim Botânico, deixando todas
aquelas cidades limpas, acabando com os lixões a céu aberto que estavam enfeiando a cidade. Graças
a Deus e ao empenho de todos, aquelas cidades estão ficando limpas.
Quero também agradecer ao presidente da CEB Iluminação Pública, que está deixando toda a
cidade iluminada com recurso nosso. Ao presidente Edison, o nosso muito obrigado.
Quero agradecer ao Roberto Medeiros, administrador regional de São Sebastião, pelo
empenho. Nós sabemos que o administrador faz um papel que precisa tanto do Governo do Distrito
Federal quanto de nós, parlamentares.
Quero também deixar um abraço ao administrador do Jardim Botânico, Aderivaldo Cardoso. Eu
quero pedir ajuda dos pares: sozinhos, nós não conseguimos fazer absolutamente nada. Essas 2
cidades não têm porteira, estão abertas para receber recursos tanto da esfera distrital quanto da esfera
federal.
Eu também não poderia deixar de agradecer à Novacap, na pessoa do presidente Fernando
Leite, que tem feito um trabalho de suma importância. Já pedi vários projetos para os bairros que
ficam ali no cinturão de São Sebastião, como Morro da Cruz, Capão Comprido, Vila do Boa e demais
bairros. Há também a Baia dos Carroceiros, que precisa de uma atenção especial.
Eu também estive sentado com a equipe da Neoenergia Brasília, que, segundo informações, vai
concluir a rede até a BR-251. Vai começar no bairro Capão Comprido e Vila do Boa.
Quero agradecer também ao DER, na pessoa do presidente Fauzi, que tem feito um trabalho
de suma importância com toda a sua equipe. Posso até citar a doutora Keila, do 4º distrito, o Adão e o
Elton.
Quero agradecer ao Marcelo, da Seduh. O Marcelo, com toda a sua equipe, está fazendo todo o
estudo de São Sebastião. A nossa cidade irá receber a escritura pública agora. A população de todos
esses bairros carentes de saneamento básico, deputado Gabriel Magno, em breve, também irá receber
uma notícia muito boa – viu, deputado Pastor Daniel de Castro?
Eu não poderia deixar de citar também o trabalho da Seduh, na pessoa do presidente Marcelo.
Quero dizer que o governo é um só, que o governo é instituído para servir à população, para levar
dignidade.
Para finalizar, presidente, ressalto que estive com o Luís, presidente da Caesb, ele se colocou à
disposição e já está finalizando o projeto para abastecer o Morro da Cruz, o Zumbi dos Palmares e o
Capão Cumprido. Eu moro no Morro da Cruz há 15 anos; a nossa água é de cisterna, e precisamos de
água nas torneiras. Senhor presidente, mais uma vez, peço que vocês destinem recursos para
desenvolver os projetos e eles possam sair do papel.
Para finalizar, quero também agradecer ao nosso governador Ibaneis Rocha, que, na última
sexta-feira, no lançamento da obra do Hospital do Guará, se pronunciou favoravelmente à construção
do Hospital Regional da minha querida e amada São Sebastião. Há 30 anos, a população está
aguardando a construção desse hospital, e agora ele vai sair do papel.
Cumprimento cada trabalhador e cada trabalhadora pelo Dia do Trabalhador, que é amanhã, e
deixo a eles o meu abraço também.
Ao pessoal da Defensoria Pública, todo o meu respeito; a minha gratidão ao doutor Celestino e
a toda a equipe, porque em breve será construída a Defensoria Pública da minha querida e amada São
Sebastião. Destinei 1,5 milhão de reais para a cidade.
Que Deus possa nos abençoar hoje e sempre!
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Rogério Morro da Cruz.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu quero
pedir a vossa excelência para votarmos, em primeiro plano, as moções e os requerimentos que estão à
mesa e os títulos de cidadão honorário.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Perfeitamente, acolho a solicitação e peço que
eles sejam incluídos.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Chico Vigilante, estão me
informando que há cerca de 10 projetos de decreto legislativo ainda sem parecer, para a votação dos
títulos de cidadão honorário. Como o bloco é rápido, se o senhor me permite... São necessários 16
votos. Vamos votar esse, o nosso projeto de resolução – ouviu, Willemann? – que é aquele que já está,
e votamos, porque são só esses 3.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Deputado, quero fazer outra proposta a vossa excelência.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Sim, deputado.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Proponho que não votemos hoje os títulos de cidadão
honorário, para que possamos discutir na segunda-feira os que virão para a pauta na próxima terça-
feira, no Colégio de Líderes.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Se todos concordarem, vou fazer o seguinte:
vou colocar os 2 itens primeiro e não vou votar os PDLs, enquanto não fizer a consulta aos
parlamentares, certo, deputado? Eu só os pauto depois da consulta aos parlamentares.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito que seja lido o primeiro item de
pauta.
Item nº 93:
Discussão e votação, em turno único, do Projeto Decreto Legislativo nº 122/2024, de autoria
da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, que “Homologa dispositivos do convênio ICMS nº
226, de 21 de dezembro de 2023, que prorroga disposições de convênios que concedem benefícios
fiscais.” (Mens. nº 120/24-GAG).
A proposição não recebeu parecer das comissões. A CEOF deverá se manifestar sobre o
processo, e a CCJ sobre o projeto de decreto legislativo.
Solicito ao presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, deputado Eduardo
Pedrosa, que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Eduardo Pedrosa,
que emita parecer da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças sobre a matéria.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) –
Senhor presidente, senhores deputados e senhoras deputadas, parecer da Comissão de Economia,
Orçamento e Finanças ao Processo nº 24/2024 (sic), de autoria do Poder Executivo, que “Homologa
dispositivos do Convênio ICMS 226, de 21 de dezembro de 2023, que prorroga disposições de
convênios que concedem benefícios fiscais”.
O processo visa à deliberação sobre homologação do Convênio ICMS nº 226/2023, que
prorroga a validade de convênios de ICMS dos quais o Distrito Federal é signatário. A matéria trata de
diversos convênios que possibilitam ao DF prorrogar diversos benefícios fiscais que perderão sua
validade em 30 de abril de 2024, sendo alguns de natureza econômica e outros de natureza social,
como isenção de ICMS para medicamentos destinados a tratamento do câncer e da aids, adquiridos
pela administração pública ou adquiridos por deficientes físicos.
A matéria atende aos requisitos legais em face das leis orçamentárias em vigor, bem como às
demais normas de finanças públicas, razão pela qual votamos pela admissibilidade da homologação do
Convênio ICMS 226, de 21 de dezembro de 2023, no âmbito de competência desta Comissão de
Economia, Orçamento e Finanças, nos termos do Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024.
É o parecer.
Só para retificar, trata-se que do Processo nº 21/2024.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente, para
discutir, ainda no âmbito da CEOF. Apenas reforço que, neste projeto específico, fomos surpreendidos,
ocorreu muito rapidamente. Discutimos isso no Colégio de Líderes, mas só queria reforçar para a
liderança do governo que, mesmo que um projeto chegue a esta casa alguns dias antes, ou semanas
anteriores, é no Colégio de Líderes que definimos a data de votação. Peço e reforço que essas datas
sejam apresentadas com prazo de 1 semana – que o governo se organize nesse prazo de 1 semana –
para que isso seja debatido na comissão e não em plenário. Neste caso específico – nossa equipe está
olhando ainda – vai ser editado convênio já existente, mas pode acontecer de chegar uma urgência
aqui, não dar tempo de olharmos e votarmos de surpresinha jabutis que possam existir no projeto. É
apenas mais um reforço, presidente, para que possamos estabelecer o critério de que o governo
sinalize os projetos que são urgentes para ele dando um prazo de 1 semana para que possamos
discutir no âmbito das comissões e não em plenário, presidente.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Continua em discussão. (Pausa.)
Não havendo mais quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 21 deputados.
Solicito ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Thiago Manzoni, que
designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Thiago Manzoni,
que emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre a matéria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhores deputados e senhoras deputadas, parecer da Comissão de Constituição e Justiça
ao Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024, de autoria da Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças, que “Homologa dispositivos do Convênio ICMS 226, de 21 de dezembro de 2023, que
prorroga disposições de convênios que concedem benefícios fiscais”.
Senhor presidente, o parecer da Comissão de Constituição e Justiça é pela admissibilidade da
proposição.
É o parecer.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 20 deputados.
Em discussão, o Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente,
sabemos que é uma matéria que trata de algumas regulamentações de convênios que já passaram
também no Confaz, mas eu queria trazer só um dado, um alerta para esta casa e para o próprio
Governo do Distrito Federal.
Desde 2019, início do governador Ibaneis, os benefícios fiscais que foram dados para as
empresas, para o setor produtivo, bateram um aumento de 337%. Isso significou, nesses últimos anos,
mais de 6 bilhões de reais de benefícios fiscais que o governo Ibaneis ofertou para o setor produtivo da
cidade. É óbvio que isso ajuda o desenvolvimento econômico, a geração de emprego e renda, apesar
de não vermos na prática isso acontecer.
O pedido que reforço ao Governo do Distrito Federal é que essa benevolência que temos visto
aqui com o setor produtivo, com benefícios fiscais, também valha para os servidores públicos, para as
negociações, para as reestruturações de carreira, para a política de cuidado e de atenção com a
população do Distrito Federal, que está sofrendo muito nesta cidade.
Então eu queria pedir para o Governo do Distrito Federal que também trate o serviço público, a
população do Distrito Federal com essa prioridade que tem dado para o setor produtivo, com os
benefícios fiscais que já acumulam – só no governo Ibaneis – mais de 6 bilhões de reais de aumento.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
para discutir a matéria, eu tenho pleno acordo com aquilo que já foi trazido pelo deputado Max Maciel
e pelo deputado Gabriel Magno.
É bom todos os parlamentares saberem o que estamos votando aqui: estamos votando abrir
mão de receita para o Distrito Federal sem termos a comprovação direta de que estas desonerações
estão, de fato, gerando emprego. Cadê a comprovação? Tudo o que fazemos como discussão, fazemos
com fato concreto. Não estou falando das desonerações de setores sociais, de setores filantrópicos.
Estou falando de grandes negócios e de empreendimentos em que não há estudos atualizados e
apresentados.
Quantos empregos a mais estão sendo gerados, já que esse setor está recebendo benefício
fiscal por parte do Estado? Porque, como foi dito aqui, quando vamos discutir sobre uma carreira, ou
vamos discutir sobre a criação de uma política pública, é uma dificuldade o debate do impacto
financeiro com a economia. Mas, quando estamos falando do setor patronal, dos donos do poder
econômico, é rápido. Votamos da noite para o dia, muitas vezes – porque não é a primeira vez que eu
voto isso aqui, votei na outra legislatura –, e votamos sem dados concretos.
Sabemos aqui, por alto, buscando, depois de muito estudar as planilhas, que o impacto chega
perto de 2 bilhões de receita de que o governo está abrindo mão. Em 2024, 2025, no próximo governo,
em 2027. Não quer dizer que, se o Confaz aprovou, está tudo correto, porque esta casa aqui é o Poder
Legislativo. Se não tivesse que passar aqui por debate político, esse processo não estava aqui para o
homologarmos.
É importante que esta casa faça uma discussão sobre o debate das desonerações. Esse é um
debate de políticas públicas que temos que fazer. Está gerando emprego, há mais investimento sendo
feito? Como fizemos com o querosene, por exemplo. Fizemos um debate de metas. Quais eram as
metas apresentadas? Porque para mim está muito claro: há estudos hoje do Ministério da Fazenda
demonstrando que as desonerações federais não apresentaram melhorias do ponto de vista do
emprego e do investimento de alguns setores econômicos.
Esse debate tem que ser feito também quando tratamos da tributação local, até porque
estamos abrindo mão de dinheiro – como muita gente fala aqui – que não é nosso. O deputado Thiago
Manzoni costuma dizer isto aqui sobre os impostos: o dinheiro não é do governo, o dinheiro é da
população. Para abrirmos mão do dinheiro que é do conjunto da população através da política fiscal e
da questão tributária, tem que haver estudos.
Deixo esta reflexão, já que estamos votando com a faca no pescoço: “Amanhã, vence tudo”.
Amanhã é feriado. Estamos votando, com a faca no pescoço, esse processo hoje, o que não é o que o
Legislativo, em geral, precisa fazer. Temos que fazer essa reflexão sobre política pública e sobre qual é
o modelo de tributação que queremos.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente, gosto
de ser muito claro com relação a algumas coisas. Vou falar aqui aquilo que falei ontem no Colégio de
Líderes.
O que estamos fazendo neste momento é homologando acordos que foram feitos no Confaz,
que é o conselho de secretários de Fazenda. Esses acordos são tomados por unanimidade. São 27
secretários que formam o conselho. Só é aprovada alguma coisa se os 27 secretários estiverem de
acordo e votarem a favor.
A questão é que, se não homologarmos o acordo, se Brasília ficar fora desse acordo, os
investimentos e os negócios poderão ser deslocados para esses 26 estados que têm o acordo
formalizado, e o Distrito Federal poderá ficar de fora. Também não é garantido que, só porque o
acordo foi aprovado, as empresas vão se estabelecer no Distrito Federal, mas ele é a oportunidade
para que elas efetivamente se instalem no Distrito Federal.
Senti a necessidade de fazer esse esclarecimento para a opinião pública, até porque o que está
sendo aprovado aqui hoje, presidente, já foi aprovado no governo Agnelo, no governo Rollemberg e no
primeiro governo Ibaneis. Se amanhã eu ou V.Exa. formos governadores do Distrito Federal – pelo
menos até 2035, que é quando entra em vigor a totalidade da reforma tributária –, vamos pedir a
aprovação disso também. Se amanhã V.Exa. se candidatar a governador e ganhar, vai pedir isso. Coisa
que não quero, mas, se eu for candidato a governador e ganhar, também pedirei que os acordos sejam
homologados.
É só para deixar claro para a opinião pública qual é o sentido dessa coisa.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Roosevelt.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente. Só
quero complementar a fala do deputado Chico Vigilante, que falou com muita propriedade.
Nós entendemos o seguinte: esse acordo foi aprovado no conselho dos secretários de Fazenda
de todo o Brasil. Ele está sendo apresentado na Câmara Legislativa para que nós possamos votá-lo. Se
nós, aqui na Câmara Legislativa, não confirmarmos esse acordo, o que vai acontecer? Vamos colocar o
Distrito Federal em uma situação de desvantagem, porque vocês podem ter certeza de que o que foi
aprovado no conselho para o DF foi aprovado para o restante dos estados. Se nós em Brasília não o
confirmarmos, vamos colocar o Distrito Federal em uma situação de desvantagem. As empresas,
deputado Chico Vigilante, naturalmente, vão entender que será melhor se instalarem no estado de
Goiás ou em Minas Gerais ou no Mato Grosso, enfim, no Brasil afora. O que estamos fazendo aqui é
dando um tratamento igualitário para os nossos empresários, para os nossos empreendedores. E como
falou o deputado Eduardo Pedrosa, quando apresentou, são isenções que atingem medicamentos,
medicamentos importantes de tratamento de alto custo, são questões para a pessoa com deficiência.
Então, não estamos fazendo nada demais, muito pelo contrário, nós estamos dando um
tratamento para a população do Distrito Federal que foi aprovado também para o resto do país.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Roosevelt.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para discutir. Sem revisão do orador.) –
Presidente, eu também quero corroborar com o que já está sendo falado, pois a nossa fala repercute
demais. Nós não poderíamos ficar de fora de uma votação dessa como unidade federativa, sendo que
todos os estados da Federação anuíram, segundo o Confaz.
Quando abrimos mão de um tributo, temos que entender que não estamos proporcionando
apenas geração de emprego, mas também estamos desonerando a economia e estamos fazendo a
máquina girar, trazendo mais recurso, dando mais emprego. Então, é importante o que nós estamos
votando esta tarde. Não é uma fala somente de que estamos abrindo mão de receita. Abrimos mão de
receita para ter mais receita, para gerar empregos, o que é extremamente importante.
Naturalmente que todo o staff da Secretaria de Economia está presente. O Maurício também
está presente. Eu vou pedir a eles que depois possam fazer chegar a esta casa quais são todos os
benefícios que nós teremos com a abertura de mão do recolhimento desses impostos, presidente. Eu
gostaria que eles nos ajudassem nessa questão e fizessem chegar isso a esta casa para mostrarmos
para os deputados da oposição que estão fazendo questionamentos – alguns naturalmente. Isso
mostrará todos os benefícios que o governo do Distrito Federal está dando para a população, gerando
mais empregos, circulando mais renda na cidade, para que possamos explanar nesta casa.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Continua em discussão.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para discutir. Sem revisão da oradora.) – Presidente, eu sei
que já estamos praticamente votando, mas com essa fala do deputado Pastor Daniel de Castro, eu
acho importante termos esse subsídio e chegar a isso. Precisamos deixar bem claro que, se formos
pegar a lista... É imprescindível que geremos emprego nesta cidade, inclusive, com viés para turismo e
tecnologia, porque eu acho que nós temos e pouco usamos. E as RAs que nós temos são pouco usadas
na vocação de cada uma.
É importante, também, passar para a população que precisamos fazer essa discussão
pormenorizada, porque temos valores de 23 milhões de reais e valores de 6 mil reais. Então,
precisamos analisar essa tabela, cada convênio, e fazer um filtro disso. Estamos num momento
delicado, pois o governo sempre tem falado isso em relação ao orçamento, à dificuldade que nós
temos, inclusive, de investimento na saúde, de nomeação de servidores.
E o impacto só para este ano, num caso de perda, seria de 467 milhões de reais. Isso precisa
ficar claro, e precisamos trabalhar melhor cada ponto desses convênios para, realmente, saber de que
estamos abrindo mão e para quem nós estamos abrindo mão.
Obrigada, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Continua em discussão. (Pausa.)
Não havendo mais quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da Mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 20 votos favoráveis. Houve 4 ausências
justificadas.
Está aprovado.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, de acordo com
a aprovação do Requerimento nº 1.098/2024, solicito a dispensa do interstício, nos termos do § 1º do
art. 204 do Regimento Interno, e que se dê como lida e aprovada a redação final.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não havendo objeção do Plenário, a
presidência acata a solicitação de vossa excelência. (Pausa.)
Passa-se à imediata apreciação da matéria.
Discussão da redação final do Projeto de Decreto Legislativo nº 122/2024, de autoria da
Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, que “Homologa dispositivos do Convênio ICMS 226, de
21 de dezembro de 2023, que prorroga disposições de convênios que concedem benefícios fiscais.”
Em discussão a redação final. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Encerrada a discussão, sem emendas ou retificações, a redação final é considerada
definitivamente aprovada, dispensada a votação.
O projeto vai a promulgação.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu peço que
vossa excelência retire de pauta o Item nº 94, Projeto de Lei nº 698, porque há divergência entre uma
emenda de autoria de vossa excelência, com que eu estou de acordo, e uma emenda de autoria do
deputado Thiago Manzoni sobre a qual poderemos chegar a um acordo. Por isso peço que a matéria
fique para a próxima terça-feira, para que se costure esse acordo entre a emenda do deputado Thiago
Manzoni e a de vossa excelência. Acho que será um bom acordo que beneficiará a todos.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, estou de acordo, nós
já até conversamos sobre isso, e parece haver uma boa solução consensual que as equipes de
assessoria nos trouxeram. Então estou de acordo com a retirada de pauta. Chegando a um acordo,
voltaremos terça que vem.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Presidente, isso foi falado
no Colégio de Líderes. Há uma lei federal que proíbe que matérias dessa natureza tenham prazo de
vigência por tempo indeterminado. É o que está no art. 5º, § 2º da Lei nº 11.598, de 2007.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, por isso estou
pedindo para retirar o item de pauta, porque temos aqui o texto, e a lei federal não proíbe, a lei federal
abre espaço para que a emenda de vossa excelência seja aprovada no entendimento com o deputado
Thiago Manzoni, e chegaremos a um bom entendimento para o Distrito Federal.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Presidente, só fazendo aqui
um adendo. No caso, é só não haver prazo indeterminado, vamos colocar outro prazo que possa ser
renovado.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Vossa excelência já acatou a minha solicitação para terça-feira
que vem.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O deputado Chico Vigilante está ponderando
que não seja votado, seja retirado de pauta para segunda-feira discutirmos e chegarmos a um acordo.
Já acatei a solicitação de vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito que o Item nº 94 seja retirado de
pauta e, na próxima semana, com certeza, chegaremos a um acordo. O diálogo tem prevalecido
sempre nesta casa.
Eu não fiz a consulta antes, mas eu estou fazendo agora, considerem-na retroativa. Pergunto
aos líderes se há acordo para superarmos o sobrestamento de 93 vetos constantes da Ordem do Dia e
votarmos as demais proporções das sessões ordinárias e extraordinárias.
Não havendo manifestação em contrário, passamos ao próximo item de pauta.
Item nº 100:
Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Resolução nº 37/2023, de autoria da Mesa
Diretora, que “Altera o Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dá outras
providências”.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, nós, as 4
mulheres, estamos protocolando uma emenda, via Procuradoria da Mulher. Agradecemos ao presidente
e a todos os deputados, que têm nos tratado com muito respeito nesta casa, mas achamos que a
emenda ficará para a instituição. Aproveitando este momento de votação de algumas matérias,
protocolaremos uma emenda em relação à proporcionalidade das mulheres na Mesa Diretora. Peço
alguns minutinhos, pois as deputadas já estão assinando.
Já vínhamos falando sobre essa emenda e queríamos tê-la levado ao Colégio de Líderes. Todas
não conseguiram estar no Colégio de Líderes, até porque tivemos alguns problemas, como a questão
do ICTDF, e alguns convidados na reunião do Colégio de Líderes.
Porém, queremos abrir a discussão neste plenário, local máximo de deliberação, para
podermos fazer o encaminhamento da emenda.
Obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Como foi dito pela deputada Dayse Amarilio, a
emenda não foi discutida pelo Colégio de Líderes. Ontem, a matéria foi discutida, mas não foi discutida
a emenda. É importante ouvirmos os demais parlamentares para sabermos se todos concordam.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente,
não entendi a pergunta do senhor. Vamos votar. Acho que cada parlamentar deve votar de acordo com
o que pensa. O direito de fazer emendas é um direito legislativo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputada, eu só gostaria de fazer como
sempre fizemos: não colocar em votação antes de discutir a matéria.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Acho que é importante discutir, sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Se discutirmos, sem dúvida nenhuma,
podemos chegar a um acordo. Se os deputados quiserem, simplesmente coloco a emenda em votação.
Vossa excelência tem toda razão do ponto de vista técnico. Do ponto de vista político, devemos fazer
como sempre fizemos: buscar um acordo. Entendo que ninguém tem a intenção de derrotar ninguém.
Vamos tentar achar uma solução.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora) – Senhor presidente, falo
como mulher e como uma pessoa que, inclusive, questiona as cotas. Porém, cada vez mais, percebo
que precisamos, sim, neste momento, encontrar espaço para as mulheres. Vejo que essa é a intenção
da Câmara Legislativa do Distrito Federal, a intenção das 4 deputadas. Não é fazer algo que seja em
benefício próprio, mas que seja para o legado desses 30%.
Então, eu quero pedir o apoio a todos os pares, pois nós estamos fazendo algo que, com
certeza, beneficia as mulheres, mas também beneficia o equilíbrio desta casa. Hoje, há 5 membros
nessa mesa e nenhuma mulher. Há algumas comissões, e o número de mulheres na presidência das
comissões é muito menor.
Então, precisamos fazer isso. Se nós usarmos a proporcionalidade da representação feminina,
irá dar os 30%, porque teriam que ser 2 vagas.
É muito importante que tenhamos o apoio dos homens, dos deputados, para que essa emenda
seja aprovada e que seja preservado esse lugar das mulheres.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
DEPUTADO ROOSEVELT – Senhor residente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, correndo o risco de
ser mal interpretado, mas deixando claro que eu não tenho nenhum tipo de preconceito, nem de
misoginia, digo que nós estamos em uma casa política, onde nós, os 24 deputados, somos lideranças.
As posições ocupadas aqui são exercidas e são ocupadas por meio da capacidade de articulação, da
capacidade de demonstração da necessidade. Inclusive, as ocupações nas comissões, bem como na
Mesa Diretora são feitas por meio dos blocos partidários.
O que tem que ser feito é que cada parlamentar, cada grupo de parlamentares se organize e
ocupe seu espaço. Eu acho que não contribui, para o processo de empoderamento e fortalecimento da
mulher, haver dentro desta casa cotas para mulheres, sendo que as mulheres aqui dentro são
extremamente articuladas; ganharam a eleição; ocupam seu espaço e têm total condição de se
articularem entre nós, parlamentares, e ocuparem seu espaço pelo seu mérito, pelas demandas e pela
bandeira que elas defendem.
Eu acho que estabelecer cotas para mulheres na Mesa Diretora ou para qualquer espaço dentro
da casa do povo, que é uma casa de articulação, uma casa política, enfraquece o processo de
empoderamento da mulher, segundo o qual ela ocupa os seus espaços pelo seu mérito. O Estado entra
onde há o desequilíbrio. Onde há o preconceito, o Estado entra e equilibra as forças, o que não é o
caso nesta casa.
Além disso, salvo engano, foi na gestão de vossa excelência, presidente, que foi estruturada a
Procuradoria da Mulher, que foi dada a estrutura para que fosse desenvolvido esse trabalho.
Nada impede também que, dentro da Comissão de Segurança, as mulheres estejam lá
presentes e defendam pautas inerentes à segurança pública, tanto que aquela comissão é presidida
pela deputada Doutora Jane. Há a Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle,
que é presidida pela deputada Paula Belmonte. A deputada Dayse Amarilio é presidente da Comissão
de Assuntos Sociais. A deputada Jaqueline Silva, que é uma deputada extremamente combativa, já foi
presidente da Comissão de Constituição e Justiça desta casa.
Então, correndo o risco de ser atacado por preconceito – mas digo com toda franqueza que
não temos nenhum tipo de postura nesse sentido –, eu não vejo, salvo melhor juízo, essa necessidade.
Tenhamos a coragem de discutir francamente, olho no olho, a necessidade de termos esse tratamento
diferenciado.
Senhor presidente, obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor Presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, se vossa
excelência me permitir, eu passo a minha vez à deputada Jaqueline Silva.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – É claro.
DEPUTADA JAQUELINE SILVA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA JAQUELINE SILVA (MDB. Sem revisão da oradora.) – Muito obrigada, deputado
Thiago Manzoni.
Senhor presidente, antes de qualquer assunto, eu gostaria de dizer que é importante – este é o
papel desta casa – a discussão, o diálogo. Todo mundo me conhece bem. Eu inclusive falo que gosto
muito de assumir esse papel de conciliadora. Porém, é importante fazermos alguns registros.
Primeiro, eu gostaria de deixar claro que esta casa tem muito respeito pelas deputadas.
Inclusive, eu falei isso em meu mandato passado. Deputado Roosevelt, essa matéria pode sair daqui
com outro contexto; portanto, é importante que registremos isto: nós somos respeitadas. Não
queremos nenhum tipo de vitimismo de posicionamento.
Porém, eu gostaria muito que os deputados considerassem esse pleito. A nossa procuradora
apresentou essa emenda. Esta casa estar ao nosso lado neste momento será, mais uma vez,
demonstração do respeito que ela tem não só pelas 4 deputadas que estão aqui, mas por todas as
mulheres do Distrito Federal.
Deputados, não há problema se esse tema exigir um pouco mais de conversa para que nós
cheguemos a um acordo, mas peço que todos os deputados pensem na mensagem que esta casa dará
não só para Brasília, mas para o Brasil. Precisamos deixar claro que, nesta mesa tão poderosa, pode,
sim, haver mulheres desenvolvendo um ótimo trabalho.
Aliás, eu gostaria de fazer um registro de gratidão à sua pessoa, presidente. Eu já estive no
parlamento, mas nunca fui tão bem representada como na gestão do senhor. Em todos os momentos,
o senhor nos dá um espaço jamais visto – é importante que isso fique registrado aqui –; tanto é assim
que, quando nós falamos que iríamos apresentar essa emenda, o senhor demonstrou certa
preocupação, porque não tinha havido diálogo antes. Porém, o senhor nos falou da possibilidade de
estar conosco. Mais uma vez, o senhor tem assumido o papel de honrar todas as mulheres.
Eu gostaria de pedir que, se esse tema ainda não estiver pacificado para uma discussão,
retiremos a matéria e a apresentemos semana que vem, para que todos os deputados possam analisá-
la.
Não seria importante os senhores estarem conosco e nós termos a garantia dessa porcentagem
nesta mesa? Eu acho que essa seria uma ótima mensagem para levarmos desta casa.
Muito obrigada, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Jaqueline Silva. Eu
respeito as mulheres. Isso é algo intocável nesta casa. Eu entendo que este sentimento paira sobre
todos nós, por mais que haja divergência nesse ou naquele ponto.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu vou
assumir o mesmo risco que o meu correligionário deputado Roosevelt assumiu, que é o risco de ser
mal interpretado, mas eu preciso fazer algumas ponderações.
Primeiro, eu vou tomar como fundamento o que a deputada Jaqueline Silva, que me
antecedeu, falou. Efetivamente, todos nós aqui respeitamos as mulheres, as deputadas, e não só as
deputadas mas as servidoras também. Esta é uma casa plural, tem se mostrado uma casa plural. Há
aqui 4 deputadas eleitas pela população do Distrito Federal. De 24 parlamentares, a população
escolheu 4 mulheres para fazer parte desta legislatura. Dessas 4 mulheres, 3 presidem comissões
permanentes nesta casa, fato que, por si só, revela o respeito e, mais do que o respeito, o prestígio
que esta casa entrega às parlamentares.
Já houve casos aqui como o da deputada Jaqueline Silva, que foi ofendida lá fora, ao entrar, e
quase todos nós que estávamos presentes saímos em defesa de sua excelência, porque é nossa
função, é nossa obrigação fazer isso. Então, de fato, há respeito, e vossa excelência efetivamente
conduz esta casa de maneira muito respeitosa.
Não obstante tudo isso, é necessário que nós, ao analisarmos a situação, levemos em conta o
que o deputado Roosevelt falou: a composição da mesa e das próprias comissões toma por base o
parâmetro numérico de quantos deputados os blocos elegeram. É essa proporcionalidade que é levada
tanto para a mesa quanto para as comissões; os blocos têm não só a autonomia, mas o dever, a
imposição de indicar as pessoas que vão ocupar esses cargos.
Então, do meu ponto de vista, é muito temerário que nós estipulemos uma proporção por
conta do sexo de cada parlamentar, seja qual for essa proporção. Eu falava com os colegas que estão
ao redor que esse tipo de diferenciação só nos atrapalha, nos segmenta, nos divide ainda mais; e esta
não é uma casa dividida, nós não estamos divididos, quer seja pelo sexo, quer seja pela forma como se
pratica sexo, quer seja por qualquer outro motivo. Não estamos segmentados aqui. Isso não existe
entre nós.
Acho que estabelecer esse tipo de fragmentação, de segmentação, de divisão, não vai trazer
resultados positivos, nem nesta legislatura nem para as próximas, que – eu reputo – serão afetadas de
maneira indevida por aquilo que nós decidirmos agora.
Faço essas ponderações para subscrever o que o deputado Roosevelt ponderou antes de mim,
bem como me colocar contrário à emenda.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, estamos
vendo o desentendimento que está acontecendo neste momento. Portanto, antes de qualquer outro
assunto, eu peço a vossa excelência que retire a matéria de pauta para discutirmos esse tema no
Colégio de Líderes na próxima segunda-feira.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – A ponderação do deputado Chico Vigilante foi
extremamente relevante.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu
estava inscrito antes do deputado Chico Vigilante, mas vou falar depois de sua excelência. Não estou
questionando vossa excelência, mas pode parecer que sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – De fato, foi uma falha minha; mas como eu já
havia ligado os 2 microfones...
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
estou tranquilo. O deputado Chico Vigilante tem prioridade, pela vasta experiência; mas é que vai
parecer que eu estou sendo repetitivo.
Vossa excelência sabe que eu sou a favor do diálogo nesta casa. Eu me preocupo. Eu escrevi
aqui, presidente, bem grande: “Atenção! Muito cuidado para não parecer amanhã que os homens são
contra as mulheres nesta casa.” Eu não aceito essa pecha para esta casa, principalmente no que diz
respeito a cada um de nós e ao meu mandato parlamentar, porque eu cheguei aqui com uma defesa: a
defesa da família, a defesa da mulher.
Esta casa tem mostrado às mulheres o quanto nós as honramos. Se há um fato que nos
orgulha, é que, quando descemos dessa mesa diretora, na plataforma nós nos sentamos, e as
mulheres desta casa dirigem a sessão – como já foi feito algumas vezes.
Eu acho que o que está pegando, presidente, é que esta casa é política e ela tem acordo
político. Isso me preocupa quanto à proporcionalidade, porque, posteriormente, se esta casa eleger 12
deputadas distritais, o que seria motivo de extremo orgulho para todo o Distrito Federal, como ficará?
A casa só irá obedecer à proporcionalidade dos 30% ou os deputados da futura gestão terão que fazer
uma nova recomposição? Calma!
Portanto, presidente, eu vou na linha do deputado Chico Vigilante. Eu peço às deputadas que
nos entendam e que possamos levar isso para o Colégio de Líderes para fazermos um debate olhando
olho no olho, fazendo todas as ponderações e mostrando mais ainda que a nossa posição nesta tarde
foi uma posição de respeito às próprias deputadas desta casa, que sabem que nós as respeitamos de
forma extraordinária.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu vou
concordar também com o posicionamento do deputado Chico Vigilante e do deputado pastor Daniel de
Castro, para que possamos discutir isso no Colégio de Líderes. Não há ninguém contra as mulheres!
Muito pelo contrário, eu vejo também na gestão do deputado Wellington Luiz uma participação grande
das mulheres em diversos setores da casa. Porém, esta é uma casa política! Não podemos prever o
futuro com relação a quantos homens e quantas mulheres haverá aqui. Eu creio que isso é fazer o
engessamento do Regimento Interno, de todas as disputas da Mesa Diretora, que todos entendem
como funcionam. Existem vários blocos. Por exemplo, a própria Mesa alerta – e isso é o papel da Mesa
– que, quando há um bloco só de homens e há a proporcionalidade daquele bloco, se deixarmos o
regimento engessado da forma que estão propondo; aquele bloco, que teria legitimamente um assento
na proporcionalidade da casa – que até nesse quesito acontece preferencialmente, poderíamos iniciar
esse debate colocando a palavra “preferencialmente” –, teria a sua construção atrapalhada, assim
como outros blocos partidários desta casa.
Então, daqui a pouco, haverá cotas para indígenas; cota para empresários; cotas para
flamenguistas, como estão dizendo alguns aqui. Não é esse o papel! As cotas dentro de um critério de
empregabilidade na iniciativa privada, na universidade, até aí tudo bem, mas em uma casa política,
onde não há como prever como serão essas organizações, ainda mais quem estará aqui? Será que
haverá 20%, 30%, 50% de mulheres?
Creio que somos iguais! Então, o peso do voto de uma mulher e de um homem é o mesmo. Eu
posso até concordar depois, dentro de uma construção, mas hoje não. Não há essa pecha que o
deputado Daniel de Castro deixou muito clara. Não estamos contra as mulheres! Muito pelo contrário,
eu nunca fiz nada na política e na vida pessoal que afrontasse qualquer tipo de mulher. Então, eu as
respeito! Lá em casa, há 1 mulher e 3 filhas. Então, essa é mais uma forma nessa questão de respeito.
Presidente, eu peço que possamos discutir no Colégio de Líderes. Essa não é uma discussão
para estar em plenário. Que possamos enfrentar outros temas e trazer uma solução acordada na casa.
Isso poderá gerar muitos problemas até para a próxima Mesa Diretora em uma construção. Esse
poderá ser um problema até para vossa excelência, caso queira buscar a reeleição.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Só se for pela vontade de vossas excelências!
(Risos.)
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Vossa excelência terá que pacificar isso. Mas vossa
excelência está no caminho certo, fazendo um trabalho muito bom, respeitando todos os
parlamentares, e isso se avizinha! Isso vai gerar um problema, e não sabemos a discussão que vai
haver em relação aos blocos partidários. Eu, particularmente, estou num bloco partidário que há 5
deputados, mas nenhuma mulher. Nós até gostaríamos que houvesse. Como vamos fazer? A nossa
representação não vai acontecer? Nós temos que pensar muito nisso. Engessar o regimento com um
assunto eminentemente político e de blocos partidários é um risco muito grande para esta casa.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Robério Negreiros.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, primeiro, eu
quero começar parabenizando as mulheres desta casa: a deputada Dayse Amarilio, a deputada Paula
Belmonte, a deputada Jaqueline Roriz e a deputada Doutora Jane por terem tido a coragem de trazer
esse debate e essa discussão, que é muito importante, sobre a representatividade de um setor
fundamental para a sociedade. Não é à toa que esta casa escolhe todo ano dedicar um mês à garantia
dos direitos das mulheres, porque há um débito histórico do poder público com as mulheres. Isso se
reflete no feminicídio; isso se reflete na violência contra a mulher; isso se reflete na violência política
de gênero e isso se reflete na representatividade nos espaços de poder. Presidente, enquanto os
homens ocupavam a política, as mulheres só foram autorizadas a votar – as servidoras públicas – em
1930, e com a autorização do marido. Há um débito histórico com as mulheres na participação da
política.
A questão das cotas para a dimensão de gênero, diferentemente do que foi falado aqui, não
tem relação nenhuma com sexo e posição sexual. Isso tem a ver com uma construção social que
retirou, e retira até hoje, as mulheres da política. Essa é a discussão que nós estamos fazendo. É óbvio
que isso aumenta um elemento de complexidade na correlação de forças, mas a casa da conversa, a
casa do diálogo vai saber lidar com mais um elemento de complexidade, que são as cotas, que é o
respeito ao conjunto das mulheres que estão sendo representadas e que trazem a sua voz política no
contexto das mesas diretoras.
Eu digo isso de forma geral. Primeiro, eu acho que houve no debate uma desqualificação geral
das cotas. Uma coisa é essa desqualificação, à qual eu sou contrário; outra coisa é construir
entendimento, diálogo e estabelecer qual é a melhor cota. No entanto, é preciso reconhecer esse
débito histórico, essa dívida que o parlamento e a política nacional e internacional têm com as
mulheres; senão, poderemos cair num discurso vazio de dizer que estamos aprovando uma legislação
para as mulheres sem de fato querer aprová-la. Há índices de feminicídio hoje. O homem não morre.
Não existe índice, não existe um fenômeno de assassinato de homens dentro da relação por conta da
questão do poder e da objetificação, mas existe contra as mulheres.
Que esse momento nos ajude a refletir, porque são tão poucas as mulheres que ocupam os
espaços políticos e os espaços de poder. Nós temos que utilizar não a nossa arrogância, digamos assim
– eu digo isso me colocando também como homem –, que é tão peculiar da masculinidade que é
reproduzida na sociedade. Vamos pisar no chão, vamos vestir a sandália da humildade para aprender a
ouvir também as mulheres que fazem uma provocação importante.
Eu acho que, se for para haver cota, que seja cota para valer. “Preferencialmente” é como a
emenda aditiva: o governador vai lá e “pá”. “Preferencialmente” não existe. Acho que cota tem que ser
para valer, e nós devemos especificar as condições dela. Para isso, vamos conversar, porque eu sei que
há muita gente aqui aberta ao diálogo. Por isso, eu quero concordar com o encaminhamento do
deputado Chico Vigilante.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Em respeito às mulheres, apesar de estarem inscritos o deputado Joaquim Roriz Neto e o
deputado Max Maciel...
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADA DAYSE AMARILIO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, eu quero
primeiro agradecer. Quero aqui puxar algumas falas, inclusive a da deputada Jaqueline Silva.
Eu me sinto muito representada por sua presidência, em que inclusive houve o fortalecimento
da Procuradoria da Mulher, na qual temos tido toda a retaguarda de vossa excelência com a lotação de
servidores. Eu penso que isso ficará como um legado que o senhor deixa aqui.
Concordo que precisamos conversar, mas eu fico feliz que tenhamos trazido esse assunto ao
plenário, até para vermos algumas manifestações que penso serem importantes. Como procuradora da
Mulher, sugiro que, diante do que aconteceu, retiremos a matéria e a levemos ao Colégio de Líderes,
porque eu acho que o acordo e o respeito estão acima de todas as coisas.
Eu quero deixar algo claro, como mulher. Falamos: “Ah, mas todas nós estamos aqui”. É difícil
estar aqui. Há um resgate histórico e social do que estamos falando. Que pena que sejam 30%, porque
30% é o mínimo! Tomara que haja 12 mulheres eleitas e que a Mesa seja toda de mulheres. Porém,
isso vai demorar muitos anos para acontecer, presidente. Eu vou morrer, e não verei isso acontecer,
porque os dados mostram isso.
Os dados mostram que a participação feminina na política do Brasil mostra o grau de não
democracia que há. Realmente, o parlamento é o reflexo da sociedade. A sociedade ainda é machista,
e nós refletimos isso de maneira, às vezes, inconsciente. Eu não vejo que isso seja por mal. Eu me
sinto respeitada, porque eu também me faço por respeitar.
Então, eu queria deixar claro que, quando falamos de cotas e colocamos isso de uma maneira,
às vezes, até pejorativa, precisamos de nos lembrar que as cotas para as mulheres, as cotas para os
negros fazem um resgate histórico. Por que nós temos apenas 4 mulheres na Câmara Legislativa? E
esse é o maior mandato de mulheres na Câmara Legislativa. Eu quero que pensemos nisso.
Quantas presidentes da Câmara Legislativa houve? Houve interinas. Quantas mulheres
estiveram na mesa, por exemplo, no mandato passado e no mandato anterior? Houve quantas
presidentes da CEOF? Houve uma presidente da casa titular, que foi a ex-deputada Lúcia Carvalho, e
uma interina, que foi a ex-deputada Celina Leão. Então, foram 2 mulheres em quantos anos de história
de Câmara Legislativa do Distrito Federal? Houve quantas presidentes de CEOF e de CCJ?
Eu estou querendo trazer isso aqui, presidente, para que possamos refletir. Eu penso que o
acordo é soberano. Eu sou muito a favor do diálogo, do acordo, mas eu quero que pensemos em
alguns posicionamentos. Quem dera que se tratasse apenas da mesa. Inclusive, a própria organização
de política mundial fala que, quanto mais mulheres representando... Nós somos 51% da população.
Temos de nos lembrar que estar aqui não foi fácil, deputado Roosevelt. Inclusive, há uma cota
dentro dos partidos que, muitas vezes, não é respeitada.
(Soa a campainha.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Quantas mulheres são usadas em partido a, b ou c para
apenas fazer aquela legenda?
Então, sentar no parlamento é muito difícil. Quando estamos com o microfone na mão, quando
podemos falar pelas mulheres, fazemos política pública para as mulheres, porque entendemos do que
estamos falando, porque vivemos o que estamos falando.
Eu agradeço. Presidente, penso que podemos conversar, sim, no Colégio de Líderes e em
outros momentos. Porém, este é um debate que precisa ser trazido, é um debate importante para
trazermos a esta casa.
Obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Eu penso que foi importante trazer esta questão ao debate, à discussão. Esta casa precisa
disso. Acho que o deputado Fábio Félix traz uma reflexão importante, assim como a deputada
Jaqueline Silva – e as próprias divergências que foram colocadas –, para que possamos construir uma
solução. Eu vejo essa possibilidade. Desde o primeiro momento, eu deixei bem claro, quando me dirigi
à deputada Paula Belmonte na discussão, que não haja vitoriosos e derrotados aqui. Essa sensação nós
não podemos nos permitir passar.
Então, respeito a colocação de cada um dos colegas, mas vou propor a retirada desse item da
pauta e já peço a inclusão dele na pauta de discussão da reunião de segunda-feira, para que juntos
possamos encontrar uma solução. Não tenho dúvida de que vamos construí-la.
Entendo que essas 2 vagas, neste momento, independentemente se for acordo ou imposição –
“imposição” talvez não seja o termo –, devem ser ocupadas por mulheres. Quando trouxemos essa
ideia, quando nós a sugerimos, eu deixei bem claro a todos os meus colegas que deveria haver acordo.
Esse é um gesto que esta casa faz não só às parlamentares mas também, como diz a deputada
Jaqueline Silva, às mulheres de Brasília, para que entendam que esta casa, de fato, respeita as
mulheres, não só com discurso mas também com gestos. Nós temos uma grande oportunidade de
mostrar isso.
Diante disso e se todos concordarem, retiraremos esse item da pauta e o colocaremos como
primeiro item de discussão da pauta de reunião do Colégio de Líderes na segunda-feira. Não tenho
dúvida de que vamos prosperar na construção de uma solução.
Todos concordam que o item seja retirado? (Pausa.) Os que não concordarem por algum
motivo, por gentileza, se manifestem.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente,
quero dizer que essa sugestão, que foi encabeçada pelo deputado Chico Vigilante e depois reiterada
pelo deputado Pastor Daniel de Castro, é a melhor, pois aqui é uma casa política, como foi falado. Vejo
que há sensibilidade dos parlamentares em construirmos um lugar à mesa, um lugar ao sol desta casa
para realmente darmos oportunidade às mulheres.
Quero também registrar, senhor presidente, o respeito que vossa excelência e todos os
parlamentares têm por nós mulheres. Em março, durante uma semana, a sessão foi presidida por nós,
e votamos projetos importantes.
Aproveito a oportunidade para lembrar a vossas excelências que, conforme decidimos ontem,
no início de junho, haverá projetos para serem votados com relação ao Dia Internacional da Mulher,
que é agora, no final do mês. Nós vamos fazer isso. Então, eu quero registrar essa oportunidade que a
presidência nos dá.
O que nós precisamos é ter sempre esse espaço. Para isso, é muito importante a sensibilidade
dos parlamentares. Respeito e, inclusive, tenho muitas convergências com algumas falas que foram
feitas aqui, mas falo no lugar de mulher. Sinto a necessidade de termos esse lugar preservado, de
termos um lugar à mesa, de termos um lugar no parlamento, para que possamos ser escutadas.
Muito grata, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
Mais alguém deseja fazer uso da palavra? (Pausa.) Como não há, entendo que todos
concordam. Solicito que o item seja retirado da pauta e que seja incluído como item de discussão na
próxima reunião do Colégio de Líderes, na segunda-feira que vem.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, eu
quero trazer um assunto a esta casa.
Nós estamos com representantes da Associação dos Ostomizados, com representantes das
pessoas com deficiência. Houve uma determinação para que se realizasse uma conferência das pessoas
com deficiência, e o que aconteceu? Todos os estados iriam fazer essa conferência para fazer uma
reflexão e, principalmente, um diagnóstico com os dados das políticas públicas sendo feitas nos seus
estados. Porém, no Distrito Federal, infelizmente, ela foi cancelada ontem. Estava tudo pronto com a
sociedade civil, a UnB, as associações. Estava tudo pronto para que o Governo do Distrito Federal fosse
realizar essa conferência, e, ontem, a associação recebeu mensagem dizendo que o Governo do
Distrito Federal não iria participar dela e não iria apoiá-la.
Vieram até aqui pedir o apoio desta casa legislativa, até pediram o apoio do auditório, porque
essa conferência vai acontecer, independentemente do Governo do Distrito Federal. Ela vai acontecer
no Distrito Federal para que seja falado a respeito das nossas políticas públicas com relação às pessoas
com deficiência. Isso é muito importante. Há parlamentares aqui que têm essa bandeira, e é muito
importante que esses parlamentares estejam envolvidos nisso e nos apoiando.
Eu quero aqui falar o nome dos institutos e da associação.
Sobre a conferência nacional, convocada pela Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com
Deficiência, do Ministério dos Direitos Humanos; todos os conselhos do Brasil precisam executar a
conferência estadual e a municipal, e eu quero dizer isso como uma pessoa que defende a direita. Por
que eu estou falando isso? Muitas vezes, nesses conselhos, há pessoas representando um lado da
população, e nós precisamos estar juntos desses conselhos para realmente olharmos as políticas
públicas que acontecem.
Aqui há representantes da comissão, que são: a coordenadora-geral do Fórum Brasileiro de
Conselhos Estaduais e do Distrito Federal e vice-presidente do Conselho de Defesa da Pessoa com
Deficiência do Distrito Federal, Ana Paula Batista; o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da
Pessoa com Deficiência da OAB-DF, doutor Gerson Wilder de Sousa Melo.
Contem com o nosso apoio! Quero, depois, que os outros parlamentares que também
defendem essa causa falem com a presidente-geral, para que possamos realizar essa conferência
nacional de pessoas com deficiências na Câmara Legislativa, presidente.
Muito grata.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Paula Belmonte.
Excelente. Muito bom.
O deputado Gabriel Magno gostaria de fazer uso da palavra? (Pausa.)
Deputado Chico Vigilante, só há o PDL. Não há nenhum projeto, em segundo turno, para ser
votado. O PDL, que possui turno único, já foi votado; inclusive, ele já foi até para a redação final.
Agora, a vaca foi para o brejo com o bezerro e tudo e ela ainda trouxe um boizinho. (Risos.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, quero tratar
de 2 questões importantes que nós acompanhamos na Comissão de Educação, Saúde e Cultura. Hoje é
o último dia do prazo aberto pelo governo federal da segunda chamada dos CEUs da Cultura. Trata-se
de espaços para construção que o governo federal está oferecendo para todos os estados construírem
espaços culturais na cidade – 2 milhões de reais. O Governo do Distrito Federal perdeu a primeira
chamada. Até hoje o que consta é que não se inscreveu também para a segunda chamada. Parece que
está tudo bem no Distrito Federal, do ponto de vista de equipamentos culturais, e que não está
faltando dinheiro. O Distrito Federal ficará fora do edital de chamamento do CEU. Eu queria que o
Governo do Distrito Federal respondesse por que não se inscreveu nos editais do CEU.
Por último, senhor presidente, em frente ao CEM 10 da Ceilândia há uma placa, deputado Max
Maciel, deputado Chico Vigilante, dizendo que a inauguração do CEM 10 vai acontecer hoje, dia 30 de
abril de 2024. Porém, adivinhem: ele não vai abrir. A obra não está andando. Desde 2016, o CEM 10
está fechado, e a comunidade de Ceilândia aguarda mais uma vez agora, com o adiamento do prazo.
Fica este questionamento ao Governo do Distrito Federal – já o formalizamos pela Comissão de
Educação, mas fica aqui também –: em que dia a comunidade de Ceilândia poderá contar novamente
com o Centro de Ensino de Médio 10, que continua fechado? O Governo do Distrito Federal novamente
não cumpre aquilo que foi acordado com a população.
Era isso, senhor presidente. Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Gabriel Magno. Havia
uma Proposta de Emenda à Lei Orgânica para ser votada – acho que a Proposta de Emenda à Lei
Orgânica nº 7, não é isso? Porém, nós fizemos uma contagem, e estão presentes apenas 14
deputados. Então, não há quórum suficiente para sua apreciação.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, antes de
encerrar a sessão, quero informar aos nossos pares e a quem nos acompanha que foi publicado hoje,
no Diário Oficial, pela Secretaria de Mobilidade – nós acompanhamos a secretaria, temos um diálogo
muito tranquilo com ela; a elogiamos quando temos de elogiar, fazemos ponderações quando temos de
ponderar –, o reajuste do cálculo da tarifa técnica. A comissão está solicitando da secretaria os critérios
que balizaram essa redução em algumas bacias – o que é positivo –, mas também o aumento em uma
delas. Isso é apenas para nós comprovarmos que esse contrato favorece aquelas empresas que não
cumprem os critérios estabelecidos.
É importante informar à população, por exemplo, que a tarifa da São José, que era R$10,90,
passou para R$8,42; a da Viação Piracicabana, que era R$7,79, foi para R$7,15; a da Viação Pioneira,
que era R$8,77, foi para R$7,14. Já a tarifa da Viação Marechal, que não renovou a frota no tempo
previsto, que pediu dilatação de prazo – nós conseguimos estabelecer que a frota fosse entregue este
ano; estamos acompanhando isso –, saiu de R$7,75 e passou para R$8,39.
Nós sabemos que esse contrato é permissivo, porque certamente – vamos esperar que a
secretaria informe os critérios para nós – esse aumento se deu por perda de passageiros. O contrato
prevê que arquemos com os custos quando a empresa perde seus clientes, o que é interessante nesse
modelo. Assim, se ela perder o passageiro, vai ganhar do mesmo jeito.
Então, parabenizo a secretaria pelo recálculo, mas estamos acompanhando tudo. A comissão
vai disponibilizar o documento para toda a casa, assim que ele chegar para nós.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Max Maciel.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, quero
lembrar à população do Distrito Federal e a esta casa que, na próxima quinta-feira, dia 2, depois do
feriado, vamos realizar aqui, às 15 horas, uma audiência pública com o secretário de Transporte e
Mobilidade do Distrito Federal, senhor Zeno, que já confirmou presença.
Essa será uma audiência a exemplo de outras que já fizemos, com todos os proprietários das 5
empresas que operam o transporte público no Distrito Federal, com o sindicato dos rodoviários e
estamos chamando também os usuários do transporte. Esse é um assunto de que eu cuido desde 2002
e não vou deixar nunca de tratar dele.
Portanto, está confirmada a comissão geral, às 15 horas, neste plenário, com a transmissão da
TV Câmara Distrital, da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado. A deputada Paula
Belmonte pediu que, antes de encerrarmos a sessão, a senhora Ana Paula fizesse um comunicado.
Eu preciso suspender a sessão.
A presidência vai suspender os trabalhos durante 5 minutos para o pronunciamento da senhora
Ana Paula Batista.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 17h49min, a sessão é reaberta às 18h02min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro reaberta a presente sessão.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
pedi para fazer uso da palavra, porque respeitei o pedido de vossa excelência e abri mão da fala nos
Comunicados de Parlamentares para que pudéssemos votar, mas acho que seria injusto da minha parte
não externalizar um agradecimento à Mesa Diretora e a todos os deputados e deputadas desta casa.
Ontem realizamos uma sessão solene muito linda. Nós homenageamos 189 servidores que
estão nesta casa por 30 ou mais anos. Foi um momento de emoção total, de muita alegria, em que
amigos que não se viam há muito tempo se encontraram. Entregamos a todos eles, presidente, uma
moção de louvor e um bóton, autorizado por vossa excelência, muito bonito: 30 anos de Câmara
Legislativa.
Desde cedo, estou recebendo, em nome de todos os deputados, especialmente de vossa
excelência, o cumprimento desses servidores. Os servidores de 10 e de 20 anos já estão nos cobrando
isso também.
Foi um momento de muito congraçamento, em que a família Câmara Legislativa do Distrito
Federal se reuniu. Foi muito bonito!
Quero agradecer a vossa excelência o fato de ter oportunizado à Primeira Secretaria a
realização desse evento. Muito obrigado.
Parabéns, mais uma vez, a todos esses servidores!
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Parabenizo vossa excelência pela iniciativa e pelo bóton, que é muito bonito; um dos mais
bonitos que já vi ser confeccionado nesta casa. Parabéns, deputado!
Em razão da aprovação do Requerimento nº 1.248/2024, de autoria do deputado Chico
Vigilante, a sessão ordinária de quinta-feira, dia 2 de maio de 2024, será transformada em comissão
geral para debater sobre a situação do transporte público do Distrito Federal.
Muito obrigado a todas e a todos.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão.
(Levanta-se a sessão às 18h04min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
Adasa – Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal
AVC – Acidente Vascular Cerebral
CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
CEB – Companhia Energética de Brasília
CEM – Centro de Ensino Médio
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
CEU – Centro de Artes e Esportes Unificados
CFP – Curso de Formação de Praças
Confaz – Conselho Nacional de Política Fazendária
DER – Departamento de Estradas de Rodagem
GDF – Governo do Distrito Federal
ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre a Prestação de Serviços de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações
ICTDF – Instituto de Cardiologia e Transplantes do Distrito Federal
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
Novacap – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil
OAB – Ordem dos Advogados do Brasil
PAI – Programa de Aposentadoria Incentivada
Patamo – Patrulhamento Tático Móvel
PDL – Projeto de Decreto Legislativo
PRF – Polícia Rodoviária Federal
RA – Região Administrativa
Salvamar – Salvamento Marítimo
Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência
Seduh-DF – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal
Sindical – Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo e do Tribunal de Contas do Distrito Federal
UBS – Unidade Básica de Saúde
UnB – Universidade de Brasília
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 02/05/2024, às 16:02, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1648308 Código CRC: 8F34EDF1.
DCL n° 099, de 10 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 37/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 37ª
(TRIGÉSIMA SÉTIMA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 7 DE MAIO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H TÉRMINO ÀS 18H13MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
terça-feira, 7 de maio de 2024, às 15 horas.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Daniel Donizet a secretariar os trabalhos da mesa.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, a seguinte ata de sessão anterior:
– Ata Sucinta da 36ª Sessão Ordinária, de 2 de maio de 2024.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovada sem
observações a ata mencionada.
Registro e agradeço a presença do amigo Celson. É um prazer tê-lo conosco. Peço que mande
um abraço ao amigo Raul Canal.
Nota Técnica nº 1/2024, de autoria da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, sobre o
Projeto de Lei nº 10.042/2024, que “Abre crédito adicional à Lei Orçamentária Anual do Distrito Federal
no valor de R$ 31.948.892,00”: “Nos termos do art. 222 do Regimento Interno da Câmara Legislativa
do Distrito Federal, compete à Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, em conjunto com a
Coordenadoria de Modernização e Informática – CMI, elaborar a redação final dos projetos de lei
orçamentárias de que tratam os incisos II a IV do art. 216, também do Regimento Interno da Câmara
Legislativa do Distrito Federal.
Na elaboração da redação final do Projeto de Lei nº 10.042/2024, identificamos que a colação
manual das emendas abaixo elencadas foi promovida equivocadamente com base nos arquivos gerados
pelo sistema de emendas a crédito da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças, ou a partir de
documentos inseridos em processos SEI antes de sua assinatura. Esclarecemos que as Emendas nºs
32, 33, 34 e 38 foram juntadas no PLE em duplicidade, correspondendo, respectivamente, às Emendas
nºs 29, 30, 31 e 50. Quanto às demais emendas citadas na tabela a seguir, informamos que foram
juntadas no PLE sem a assinatura, embora estejam devidamente assinadas conforme respectivos
documentos no SEI. Diante do exposto, apresentamos tabela com a devida correlação das emendas,
segundo os documentos constantes dos processos SEI nos quais foram apostas as assinaturas de seus
respectivos autores.
Emenda nº 32, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro: aprovada.
Emenda nº 33, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro: aprovada.
Emenda nº 34, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro: aprovada.
Emenda nº 38, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 40, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 41, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 42, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 43, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 44, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 45, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 46, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 47, de autoria do deputado Wellington Luiz: aprovada.
Emenda nº 51, de autoria da deputada Paula Belmonte: aprovada.
Emenda nº 84, de autoria da deputada Jaqueline Silva: aprovada.
Emenda nº 85, de autoria da deputada Jaqueline Silva: aprovada.
Emenda nº 86, de autoria da deputada Jaqueline Silva: aprovada.
Emenda nº 87, de autoria da deputada Jaqueline Silva: aprovada.
Emenda nº 101, de autoria do deputado Chico Vigilante: aprovada.
Emenda nº 102, de autoria do deputado Chico Vigilante: aprovada.
Emenda nº 103, de autoria do deputado Chico Vigilante: aprovada.
Emenda nº 104, de autoria do deputado Chico Vigilante: aprovada.
Emenda nº 105, de autoria do deputado Chico Vigilante: aprovada.
Emenda nº 106, de autoria do deputado Chico Vigilante: aprovada.
Emenda nº 107, de autoria do deputado Chico Vigilante: aprovada.
Emenda nº 182, de autoria do deputado Jorge Vianna: aprovada.
Emenda nº 183, de autoria do deputado Jorge Vianna: aprovada.
Emenda nº 184, de autoria do deputado Jorge Vianna: aprovada.
Do cotejo dos documentos contidos no Sistema de Emendas a Créditos, SEI e PLE,
promovemos a elaboração da redação final da presente proposição segundo o que consta do parecer
do relator-geral quanto ao acatamento de cada uma das emendas e subemendas apresentadas.
São estas as considerações necessárias a serem relatadas a essa Seleg e, caso julgado
necessário, também ao Plenário desta CLDF com fulcro no §2º do art. 201 do Regimento Interno da
Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Paulo Elói Nappo, secretário da CEOF.
Brasília, 3 de maio de 2024.”
Não havendo manifestação em contrário, declaro aprovada a presente retificação.
Constata-se que não há em plenário o quórum necessário para o início da sessão. De acordo
com o art. 109, § 4º, do Regimento Interno, esta presidência vai aguardar 30minutos para que o
quórum se complete. Solicito aos deputados que registrem a presença no sistema eletrônico.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h15min, a sessão é reaberta às 15h36min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está reaberta a presente sessão.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhoras e
senhores deputados, diante da triste situação pela qual vem passando a população do Rio Grande do
Sul, nessa tragédia com inundação em praticamente todas as suas cidades, a Câmara Legislativa – por
ser um órgão extremamente importante, que tem articulação com todo o povo do Distrito Federal e
que faz inúmeras audiências públicas, sessões solenes – resolveu, por meio da Mesa Diretora, com o
presidente, atender a um pedido de alguns servidores para que esta casa seja um ponto de coleta para
recebimento dessas doações que estão sendo feitas por várias pessoas do Distrito Federal e aqui
também seja um ponto para as pessoas entregarem alimentos, roupas, agasalhos, inclusive ração para
cachorros. Há muitos animais abandonados naquela região que não têm o que comer. A situação é
muito pior do que temos visto e acompanhado pela televisão, segundo algumas conversas que tivemos
com amigos e moradores daquela cidade. Então, a Câmara Legislativa vai entrar nesse processo e vai
ser também um local de recebimento dessas doações.
Eu tenho certeza de que o povo do Distrito Federal vai ajudá-los. Inclusive, quero sugerir aos
parlamentares que vão realizar audiências públicas e sessões solenes nos próximos dias, deputado
Eduardo Pedrosa, que peçam às pessoas que participarão dessas audiências que tragam doações.
Sugiro ainda que os servidores desta casa também entrem nessa campanha.
A situação, como eu já falei, é muito triste, e a Câmara Legislativa, a casa do povo do Distrito
Federal, não poderia ficar alheia a todo esse processo. Torcemos para que, o mais rápido possível, a
população do Rio Grande do Sul possa sair dessa situação.
Era isso, senhor presidente. Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Primeiramente, quero parabenizar o deputado
Ricardo Vale pela iniciativa extremamente importante. Este é um momento delicado para todos nós
brasileiros. Então, fazem-se necessárias, deputado Ricardo Vale, ações como essa. Quero parabenizar
vossa excelência e toda a sua equipe.
Quero dizer que a Câmara Legislativa precisa realmente tomar medidas eficientes que ajudem
o povo do Rio Grande do Sul e todos aqueles que necessitam da nossa ajuda. Esta casa precisa ser um
exemplo. Acho que, além da criação do ponto de coleta, deve haver a divulgação desse trabalho para
que estimulemos as boas ações, e isso se faz extremamente necessário. Esta casa não medirá esforços
para que essa excelente ideia seja implementada o mais rápido possível.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, eu queria parabenizar, em primeiro lugar, a Câmara Legislativa por
essa iniciativa, assim como vossa excelência e todos os deputados que também pediram por isso.
Ficamos felizes de a Câmara Legislativa consolidar esse ponto de coleta para que possamos
ajudar. Esta casa vai se tornar um ponto para onde as pessoas poderão trazer mantimentos a fim de os
levarmos para a população do Rio Grande do Sul.
Quero trazer uma reflexão. Ontem, eu tive oportunidade de parar para ver tudo o que está
acontecendo. Há muitas reflexões nas redes sociais, como aquelas que falam sobre a vida. Acho que é
muito importante fazermos esta reflexão: o quanto temos de valorizar aquilo que temos – o lar, a
nossa família, a oportunidade de estarmos em casa e em segurança. O que está acontecendo no Rio
Grande do Sul parte o nosso coração, dói no fundo da alma. Então, faço um apelo para que todos
ajudem essas pessoas, para que possamos contribuir com elas, ajudarmos uns aos outros. Acredito que
isto é uma das coisas mais incríveis que o brasileiro tem: essa força de se juntar para poder ajudar o
próximo, ajudar as pessoas, defender aqueles que, às vezes, estão num momento de vulnerabilidade.
Eu quero deixar esta minha fala, fazendo esse apelo. Eu mesmo, por meio das minhas redes,
hoje, vou divulgar vários canais que eu vi de pessoas que estão fazendo ações para ajudar tanto
pessoas como animais, promovendo ações no Rio Grande do Sul. É importante que participemos desse
processo para divulgar, para estimular as pessoas a fazerem essas doações para que possamos ajudar
a população do Rio Grande do Sul, que vive um momento de muita dificuldade.
Que façamos uma reflexão também de que essa ajuda é importante para que valorizemos o
que temos e ajudemos esse estado grandioso, o Rio Grande do Sul, a se reerguer por meio da força de
todos nós brasileiros. Todos nós temos que ter um compromisso em ajudar a reconstruir esse estado e
ajudar aquela comunidade que tanto precisa da nossa atenção nesse momento.
Presidente, quero deixar esta minha fala, parabenizando e dizendo que eu vou divulgar essa
notícia – faço questão de divulgar muito –, para que todos doem, tragam mantimentos para que a
Câmara Legislativa possa enviá-los ao Rio Grande do Sul para que possamos ajudar a população de lá
neste momento de dificuldade.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa. Essa é
uma manifestação extremamente importante, relevante para nós. Volto a dizer que, como
representante de brasileiros, a Câmara Legislativa precisa fazer a sua parte, ser um exemplo, uma
referência num momento tão delicado como este. Agradeço.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de Líderes.
Concedo a palavra à deputada Paula Belmonte.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Como líder. Sem revisão da oradora.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, primeiramente, eu quero pedir a Deus que sempre nos
abençoe dentro deste plenário, sempre traga a oportunidade de nós estarmos aqui, sendo instrumento
não só de esperança mas também de transformação na vida das pessoas para melhor.
Inicio as minhas palavras dizendo que nós precisamos realmente fazer uma força-tarefa para
ajudar os nossos irmãos brasileiros do Rio Grande do Sul. Hoje eu estive conversando com alguns
parlamentares, deputados federais que estão lá hoje. A bancada do Rio Grande do Sul está toda no Rio
Grande do Sul, não veio para Brasília exatamente para atender cenas que jamais poderíamos imaginar
acontecer da forma que estão acontecendo. Eu não gosto nem de lembrar algumas cenas que tive
oportunidade de ver e que os brasileiros estão vendo.
Então, que essa força-tarefa de auxílio, de irmandade, de pertencimento a este país tão
grande, tão nobre, tão virtuoso, possa auxiliar, sim, as pessoas do Rio Grande do Sul. Contem com o
nosso trabalho, contem com a nossa divulgação, para que possamos fornecer um pouco mais de
esperança para as pessoas.
Como é importante um investimento em uma estrutura para que possamos ter segurança de
viver!
Hoje, no Distrito Federal, presidente, há algumas situações que também requerem um cuidado
muito grande. Há a questão do meio ambiente.
Hoje, por exemplo, ocorre uma contaminação no rio Melchior seriíssima – seriíssima! Ele está
sendo contaminado pelo chorume do SLU, do aterro sanitário. Nós precisamos olhar para isso com
muita responsabilidade e com muito carinho, porque várias famílias naquela redondeza estão sendo
contaminadas.
Eu já falei isso aqui algumas vezes e quero pedir a sensibilidade desta casa para que nos
debrucemos sobre esse tema da contaminação do rio Melchior. As pessoas estão sendo contaminadas,
as crianças estão com o corpo todo cheio de calosidades e as mulheres estão perdendo os dentes,
estão com dor de cabeça. Isso que está acontecendo com o aterro sanitário de Brasília faz parte da
nossa responsabilidade de fiscalização.
Presidente, há uma CPI protocolada nesta casa. Peço a todos os parlamentares estejam
envolvidos com esta CPI que ajudem para que ela se realize. Que possamos trazer esse alento, essa
esperança para as pessoas e o cuidado com o meio ambiente, o cuidado com a sustentabilidade da
nossa cidade.
Presidente, também quero aproveitar a oportunidade, falando como presidente da Comissão de
Fiscalização, Governança, Transparência e Controle, que houve uma audiência pública, na quinta-feira
passada, com o presidente do Iges. Foi a terceira vez em que ele veio apresentar as contas do Iges.
Quero parabenizar o Iges, porque ele avançou em muitas pautas. Os representantes do Iges já
vêm trabalhando a rastreabilidade dos medicamentos, o estoque, os empréstimos. Eles estão
implementando um sistema que traz maior transparência. Mas também temos que falar que,
infelizmente, as UPAs e os hospitais ainda não conseguem atingir as metas que foram colocadas para o
Governo do Distrito Federal. Um dos fatos que nos surpreende é que, mesmo que essas metas não
sejam alcançadas, o Governo do Distrito Federal faz o repasse de 100% do valor.
Isso é algo que nos preocupa, porque, ontem, infelizmente, mais uma mãezinha perdeu uma
criança no Hospital de Santa Maria. Eu, como mãe de 6 filhos, mulher, sei a importância de termos
filhos, sei a importância desse momento tão sublime que é a maternidade. Porém, mais uma vez, neste
ano, há uma mãezinha perdendo o seu filho por falta de atendimento adequado no nosso sistema de
saúde pública. Isso é algo inaceitável, porque qualquer governante, qualquer pessoa que pense na
política pensa no seu futuro, e nós estamos tratando o nosso futuro desse jeito.
Ontem, eu estava falando a respeito da grande diferença que existe entre aquela mulher que
tem acesso à saúde, a um pré-natal, à nutrição na sua vida e aquela mulher que não o tem. Essa é a
grande diferença que existe hoje. Muitas vezes falamos de cotas para universidade, mas a maior cota
que existe é o...
(Soa a campainha.)
DEPUTADA PAULA BELMONTE – ... o acesso à alimentação e à saúde pública. Depois, vem o
acesso à creche, vem o acesso à escola integral e vem o acesso à alimentação de qualidade. Eu, como
parlamentar, presidente, sou a deputada que mais destina emendas para a educação. Eu tenho
visitado as escolas, e, infelizmente, não foi regularizada ainda a questão da merenda escolar. As
crianças estão com pouco acesso à merenda escolar, principalmente à proteína.
O presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, deputado Gabriel Magno, sabe disso.
Estamos organizando uma audiência pública a respeito da alimentação das nossas crianças, juntos,
para mostrar que diminuiu a quantidade de proteína per capita para as crianças. Como queremos
brasileiros saudáveis se estamos restringindo o acesso à proteína para as nossas crianças?
Eu quero fazer um apelo ao Governo do Distrito Federal e a esta casa para que nos
debrucemos sobre a pauta da dignidade humana, porque, quando estamos investindo na dignidade
humana, estamos investindo num bom atendimento à saúde pública, estamos investindo numa
educação de qualidade, principalmente para a base da educação, que são as nossas crianças e os
nossos adolescentes.
Presidente, quero também fazer um pedido ao senhor: que possamos instalar a CPI do rio
Melchior o mais breve possível a fim de não vermos Brasília nas páginas nacionais a respeito da
contaminação que está ocorrendo no rio Melchior e que afeta os seres humanos.
Obrigada, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigada, deputada Paula Belmonte.
Agradeço.
Concedo a palavra ao deputado Iolando. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado João Cardoso. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Joaquim Roriz Neto. (Pausa.)
Passarei a presidência ao deputado Eduardo Pedrosa. Eu tenho uma reunião com 2 deputados.
(Assume a presidência o deputado Eduardo Pedrosa.)
PRESIDENTE (DEPUTADO EDUARDO PEDROSA) – Assumo a presidência.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, todos nós estamos acompanhando com muita tristeza o que está
acontecendo no Rio Grande do Sul. Mas o que está acontecendo no Rio Grande do Sul hoje era
evitável. O que está acontecendo é porque não houve investimento em prevenção de catástrofes,
porque os negacionistas se negam efetivamente a admitir que, com a destruição feita ao meio
ambiente, as catástrofes viriam e estão agora aí para todo mundo ver.
Nós vimos o quanto foi terrível a seca na Amazônia recentemente. Os peixes, os jacarés, todos
os animais da fauna daqueles rios estavam morrendo por causa da seca. Isso é a alteração do meio
ambiente.
Nós estamos vendo agora as enchentes do Rio Grande do Sul. Pelo que eu sei e está
estampado nos meios de comunicação, nos últimos 3 anos, não gastaram 1 centavo para prevenção a
esse tipo de situação naquele estado. Nem prefeitura nem estado fizeram nada. Agora todos nós temos
que correr atrás do prejuízo. Ainda bem que há um presidente que, quando acontece uma catástrofe
como aquela, em vez de andar de jet ski por aí, como o Capiroto, vai lá junto prestar solidariedade
àquela população e apoiá-la. Estamos vendo o comportamento do presidente Lula. Ele já se deslocou
com a maioria dos ministros, por 2 vezes.
Foi votado ontem na Câmara dos Deputados e está sendo votado hoje no Senado Federal o
relatório do projeto de decreto legislativo que tira os gastos que precisam ser feitos no Rio Grande do
Sul de dentro do arcabouço da despesa, porque se ficassem, não haveria o que o governo pudesse
fazer.
Portanto, o projeto está sendo aprovado por unanimidade. O relator do projeto no Senado
Federal é exatamente o grande patriota, uma das pessoas mais extraordinárias que eu tive o prazer de
conhecer, meu amigo, senador Paulo Paim.
O senador Paulo Paim é uma pessoa admirada por todas e por todos. Ele é o relator do projeto
que certamente será aprovado hoje. Como é um projeto do Poder Executivo, ele será sancionado.
O que está acontecendo no Rio Grande do Sul deve servir de alerta para todos nós do Distrito
Federal. Já falei mais de uma vez sobre um estudo feito pelo Incra, na época em que Rolf Hackbart era
presidente do Incra. O estudo dava conta da destruição no Distrito Federal e Entorno.
A verdade é que as nossas nascentes, presidente, estão sendo destruídas. Quando eu cheguei
ao Distrito Federal em 1977, não havia área de risco. Hoje há, pelo menos, 40 comunidades instaladas
em área de risco no Distrito Federal.
Portanto, essa preocupação todos nós, homens e mulheres do Distrito Federal, temos que ter
também. Há pessoas morando em pirambeiras. Para quem não sabe o que é pirambeiras, elas são
aqueles barracos pendurados nas serras que, a qualquer momento, podem desabar.
É preciso que haja um trabalho sério de acompanhamento no Distrito Federal. É preciso
também que impeçamos o desmatamento desordenado, que também acontece no Distrito Federal.
Se não prevenirmos isso; depois, virão as consequências. A natureza cobra e cobra com juros e
correção monetária. Portanto, é preciso todos nós estarmos alertas a tudo o que está acontecendo e a
destruição que é feita em nosso planeta.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO EDUARDO PEDROSA) – Damos continuidade aos Comunicados de
Líderes.
Passo a presidência ao nosso vice-presidente Ricardo Vale.
(Assume a presidência o deputado Ricardo Vale.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Eduardo Pedrosa.
Dando continuidade aos Comunicados de Líderes, concedo a palavra ao deputado Gabriel
Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, boa tarde. Boa tarde a todos e a todas que nos acompanham aqui em
mais uma sessão plenária da Câmara Legislativa.
Presidente, eu quero começar, obviamente, prestando toda nossa solidariedade ao povo
gaúcho, à população do Rio Grande do Sul e a todos os brasileiros e brasileiras que vivem, com muita
tristeza, o que está acontecendo no Rio Grande do Sul. Esse desastre, infelizmente, foi anunciado e
alertado pelos cientistas e por vários especialistas, mas tem sido tratado pelos governantes, pelo poder
público, muitas vezes, com descaso, em parte pelo próprio negacionismo, que chegou a tomar conta
do nosso país em um período recente. Quero, além de prestar solidariedade, também elogiar o esforço
coletivo que o governo federal – o governo do presidente Lula – tem feito, ao girar partes importantes
da prioridade, da ação e da agenda política do país; assim como quero elogiar o esforço de vários
movimentos sociais.
O MST, o MTST estão organizados na linha de frente com cozinhas solidárias, prestando toda a
ajuda necessária. Há organizações, movimentos organizados, movimentos espontâneos de vários
moradores e moradoras que têm destinado uma série de recursos estruturais e financeiros para a
população do Rio Grande do Sul.
Quero, presidente, trazer um debate que, para mim, é fundamental. O que estamos vivendo no
Rio Grande do Sul tem que servir como alerta para todas e para todos nós, porque os extremos
climáticos, os desastres ambientais, hoje, são uma realidade. Não se trata mais de se eles vão
acontecer. A questão que está posta hoje para nós é quando eles vão acontecer, porque eles são uma
realidade que precisa de respostas firmes, assertivas e imediatas do poder público. Isso exige de nós
muita responsabilidade com o cuidado ambiental.
Quero trazer este debate para esta casa: a agenda de flexibilização de normas ambientais.
Hoje, é provado que flexibilizar normas ambientais não traz desenvolvimento – pelo contrário. A
resposta à flexibilização dessas normas tem sido o desastre, o desespero.
Estamos vivendo hoje no Rio Grande do Sul um clima de refugiados ambientais. Quem sofre
mais com isso é a população negra, mais vulnerável; os mais pobres e as mulheres. Trata-se, inclusive,
de um debate de racismo ambiental, porque isso impacta mais um setor da sociedade do que outros.
Quero, presidente, trazer essa reflexão para o DF. A deputada Paula Belmonte lembrou bem a
tragédia anunciada do rio Melchior. Existem outras na cidade: Santa Luzia, que vive o dilema da falta
de água; Sol Nascente, que conviveu neste ano com inundações, com alagamentos. É necessário que
entre na agenda desta casa e do poder público a preservação da Serrinha, a preservação do cinturão
verde do Distrito Federal.
Vamos discutir o PDOT nesta casa. O centro do PDOT precisa ser a preservação. Não podemos
mais permitir que esta cidade se desenvolva aos interesses da grilagem de terra, aos interesses da
especulação imobiliária. É preciso reverter urgentemente essa agenda no Distrito Federal.
Nós vamos também, presidente, recepcionar, no mês de maio, a LDO de 2025, que vamos
votar no final do semestre. Que a proposta do Executivo já possa vir com essa preocupação com a
preservação, com a nomeação dos servidores – que são fundamentais nessa proteção – e com a
criação de normas que preservem o nosso território e a população que mais precisa.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Eu quero encerrar, presidente, falando, mais uma vez,
infelizmente, da saúde pública do Distrito Federal, que se encontra em estado de pleno colapso. Quero
saudar os companheiros do Sindivacs: os agentes comunitários de saúde e os agentes de vigilância
ambiental em saúde.
Esta casa acompanhou, desde cedo no ano passado, presidente, um compromisso do Governo
do Distrito Federal com essa categoria, que, de maneira responsável, suspendeu uma greve para abrir
a mesa de negociação, mas ela está, até hoje, sem resposta do Poder Executivo. Parece que o governo
Ibaneis está querendo forçar mais uma greve e aumentar, ainda mais, o caos que já se encontra, hoje,
nos hospitais, nas UBSs e nas UPAs da cidade.
Nós estamos vivendo uma tragédia. As pessoas estão morrendo nas UPAs; estão morrendo nas
filas, e nem os compromissos acertados em mesa de negociação são cumpridos. Esta casa votou a
alteração na LDO, e nem isso o governo está conseguindo encaminhar.
Eu nem vou falar da ausência histórica de servidores, que se aprofundou nos últimos anos, e
do desfinanciamento que tem gerado o conjunto desse caos.
Eu quero pedir, mais uma vez, para o Governo do Distrito Federal que convoque o sindicato,
estabeleça a negociação e encaminhe para esta casa, urgentemente, a proposta que cumpra aquilo
que foi acordado em mesa de negociação com essa categoria tão importante de agentes comunitários
de saúde.
Nós estamos vendo a falta que eles fizeram no combate à dengue.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Eles são fundamentais na estratégia mais central da saúde
pública, que é valorizar a atenção primária e fortalecer as equipes de Saúde da Família. É a partir disso
que nós vamos reconstruir a saúde pública do Distrito Federal.
Obrigado, presidente. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Dando continuidade aos Comunicados de Líderes, concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel
de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, boa tarde. Boa tarde a todos que assistem a nós pela TV
Câmara Distrital.
Presidente, antes do discurso, eu vou pedir só um tempinho, porque me avisaram que o senhor
proferiu uma palavra no começo da sessão. Ontem, na reunião de líderes, ficou acordado que a
Câmara Legislativa faria algo institucional sobre a questão do Rio Grande do Sul. Já há um memorando
direcionado à Mesa Diretora, em que pedimos, em caráter de urgência, a organização da campanha
para arrecadação de donativos aos nossos irmãos, a ser publicada nos meios digitais e pelos parceiros
da Câmara Legislativa na internet. Pedimos ainda que a campanha seja denominada Somos Todos
Brasileiros de forma a restabelecer a identidade do projeto.
Presidente, já há na Mesa Diretora pedido nesse sentido, para que a iniciativa seja de toda a
Câmara Legislativa, de todos os deputados e deputadas.
Senhoras e senhores deputados, amigos, servidores, profissionais da imprensa e demais
cidadãos que nos acompanham pela TV e pelas redes sociais, boa tarde a todos vocês. O meu
pronunciamento nesta tarde, presidente, se revela mais como um convite à reflexão do que
necessariamente como um posicionamento de natureza político-ideológica.
Acompanhamos, nesses últimos dias, nossos irmãos do Rio Grande do Sul lutando pela vida e
se esforçando ao extremo para resistir à tragédia que assola aquela região há vários dias. Há relatos de
afogamento de adultos, de jovens, de crianças; há registro de corpos de bebês boiando no Guaíba; há
vídeos de pessoas ilhadas; há imagens de famílias sem alimento, sem agasalho, sem remédio. Estradas
principais foram destruídas, pontes foram arrastadas pelas águas.
E, mesmo diante de tanta dor, de tanto sofrimento e de tanto desprezo, há pessoas politizando
essa calamidade e, irresponsavelmente, atribuindo ao governo Bolsonaro a culpa pela chuva, o que é
uma tragédia para quem assim procede.
Há relatos de caminhões enviados por voluntários, carregados de alimentos e água, que são
impedidos de chegar às regiões atingidas, porque não há nota fiscal da carga. Isso é desumano!
Há registro de que uma grande quantidade de doação de alimentos ainda não foi distribuída às
pessoas famintas, porque estão aguardando políticos chegarem ao local para fazerem fotos para as
redes sociais. Isso é doentio, deprimente e abjeto!
É lamentável até mesmo a Folha de S.Paulo, um jornal tão sério, com mais de um século de
existência, publicou uma charge que zomba e escarnece da desgraça que atinge os nossos irmãos
gaúchos. Sinceramente, é difícil encontrar o adjetivo correto para definir esse ato estúpido, desumano
e cruel. Como alguém consegue fazer chacota sobre a morte de crianças?! Como o ser humano
consegue ser tão insensível?!
Talvez tão grave quanto esse breve relato que acabo de fazer é testemunhar a indiferença de
pessoas que repetem esse péssimo exemplo e se alegram com o sofrimento de outros.
Senhoras e senhores deputados, creio que este momento exige uma profunda reflexão sobre o
que de fato está acontecendo na nossa nação. A impressão que tenho, deputado Thiago Manzoni, é
que nossa humanidade está sendo destruída por paixões políticas. As pessoas não estão sabendo fazer
política sem paixão ideológica. Elas estão colocando a política acima do maior bem que nós temos: a
vida humana, o ser humano.
A hipocrisia e a demagogia parecem ter sido abraçadas por pessoas influentes, tanto é verdade
que, mesmo diante do que acontece no Rio Grande do Sul, artistas milionários aparecem no
suposto show da senhora Madonna, pulando, dançando, gargalhando como se não houvesse amanhã e
como se nada estivesse acontecendo na nossa nação, enquanto, a apenas 1.500 quilômetros do Rio de
Janeiro, há 83 mortes e a perspectiva de mais centenas quando as águas baixarem. São mais de 200
desaparecidos; há cidades completamente destruídas; pessoas perderam tudo que conquistaram ao
longo da vida, inclusive filhos; mais de 850 mil pessoas estão sofrendo as consequências da chuva e,
literalmente, clamando por socorro.
Mas essa tragédia parece não incomodar as pessoas famosas, porque vivemos um tempo de
egoísmo brutal e de antropocentrismo doentio e maléfico.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – A futilidade parece ter assumido o protagonismo da
vida. Fazer fotos para as redes sociais é mais importante que respeitar a dor do povo gaúcho e
solidarizar-se com ele.
Nobres deputados, fomos obrigados a ver artistas milionários aplaudindo uma senhora de 65
anos de idade, enquanto ela simulava ato sexual no palco do evento. Aliás, essa senhora não quis
sequer proximidade com o público, pois exigiu a construção de uma passarela entre o hotel e a praia.
Mesmo assim, ela foi ovacionada por 1.600.000 pessoas na praia. Fomos impactados ao perceber que
crianças com 11 anos de idade presenciavam aquelas imagens obscenas, bizarras, anacrônicas, brutais,
fúteis, estúpidas e totalmente desnecessárias – totalmente desnecessárias!
O evento ainda foi transmitido para todo o Brasil, em rede nacional, como se nada de mais
estivesse acontecendo e a Constituição federal não obrigasse as emissoras a obedecer aos princípios
dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, conforme redação do inciso IV do art. 221.
A hipocrisia é de tal gravidade que hoje, após aquele evento medonho da senhora Madonna, os
mesmos artistas que se esbaldavam na mediocridade agora utilizam as redes sociais para manifestar
uma tardia preocupação com o povo gaúcho, que sofre há quase 1 semana. Não é fácil saber que, em
6 ou 7 meses, aqueles mesmos artistas milionários – como a que submeteu a própria filha de 11 anos
de idade a assistir àquela cena imoral, ridícula e patética – vestirão roupas brancas, se apresentarão
com ares de preocupação com crianças, com pessoas necessitadas e pedirão ajuda ao povo brasileiro,
como se nada tivesse acontecido.
Senhoras e senhores deputados, sociedade civil que assiste a nós neste momento, vivemos um
momento sombrio de nossa história e, claramente, estamos perdendo a nossa humanidade. Não é
possível que os nossos irmãos do Rio Grande do Sul não mereçam o mínimo de empatia, solidariedade
e respeito. Somos uma nação e, como tal, temos minimamente afinidades culturais – não podemos nos
esquecer disso.
Presidente, faço menção a um último ponto. Em 1941, há 83 anos, o Rio Grande do Sul
enfrentou exatamente a mesma situação. Naquela época, ninguém falava em agenda ESG ou em
aquecimento global. Mesmo assim, o Rio Grande do Sul sofreu exatamente o mesmo problema que
enfrenta atualmente. A única conclusão a que podemos chegar é que o Estado falhou. O Estado, que
foi forjado para atender às necessidades da sociedade, falhou. Essa constatação não pode ser
desprezada.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – O Estado existe, presidente, para servir a
sociedade, não para defender criminosos; não para aceitar corrupção como instrumento de poder; não
para arrancar à força o dinheiro dos brasileiros e utilizá-lo em seu próprio proveito. Uma catástrofe
como essa jamais voltaria a se repetir se o Estado cumprisse a sua missão. Isso é um fato e não pode
ser esquecido.
Para concluir, senhor presidente, parabenizo os bombeiros do Distrito Federal que estão
trabalhando em áreas alagadas.
O governador autorizou uma parte da força hoje pela manhã. Eu estava vendo na CBN que
mais de 49 pessoas, 19 animais e crianças foram resgatados pelo glorioso Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal. Aqui rendo minha homenagem a todas as forças, aos cidadãos brasileiros que, no
Brasil inteiro, estão se empenhando para, pelo menos, minimizar o sofrimento dos nossos irmãos
gaúchos.
Essa é uma hora em que devemos nos despir de ideologia partidária e nos unir como irmãos
que somos. Todos nós.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
presidente. Boa tarde aos parlamentares que estão presentes. Boa tarde às equipes de assessoria e à
imprensa que nos acompanham. Boa tarde a você que assiste a nós pelo YouTube.
Hoje é um dia importante na história do Brasil. O Congresso dos Estados Unidos da América
está expondo para o mundo as violações de direitos humanos, as ilegalidades e as
inconstitucionalidades que têm sido praticadas no Brasil ao longo dos últimos anos.
Eu queria muito falar sobre esse assunto e expô-lo desta tribuna, mas hoje não consigo.
Semana que vem vou falar disso.
Hoje quero só prestar a minha solidariedade à população do Rio Grande do Sul, aos nossos
irmãos brasileiros que têm suas casas sob as águas, que perderam filhos, pais, avós, netos.
Eu conversava com o deputado Eduardo Pedrosa antes de vir à tribuna sobre a tristeza que é
assistir aos vídeos que temos recebido. Nós recebemos vídeos, deputado Joaquim Roriz Neto, de
equipes de resgate levando crianças que pediram para tirar a boneca que estava boiando da água.
Quando a equipe de resgate pegou o que pensava ser uma boneca, ela era, na verdade, um bebê que
havia morrido.
Nós recebemos vídeos de equipes de bombeiros de resgate que foram resgatar algumas
crianças que estavam em cima do telhado de uma casa. Duas das crianças falaram: “Mas vocês vão
levar todos nós, não é?” E a equipe falou: “Sim, sim, nós vamos levar todos”. Ao retirar as 2 crianças
que estavam falando isso, eles descobriram que havia outras 2 irmãs mortas, e tiveram que levar 2
vivas e 2 mortas, além do casal de idosos que havia sido resgatado. Enquanto nós falamos daqui, há
cidades inteiras debaixo d´água. Estão sendo usados para o resgate lanchas; jet skis; barcos. A
população, os cidadãos comuns estão ajudando como podem.
A situação no Rio Grande do Sul é triste para o Brasil inteiro. Eu quero me unir ao povo do Rio
Grande do Sul e, na pessoa dos deputados que eu conheço e que estão neste momento trabalhando
nos resgates que estão acontecendo, como o deputado Zucco, o deputado Sanderson e o deputado
Marcel Van Hattem, eu quero dar um abraço em toda a população do Rio Grande do Sul.
Eu gostaria de dizer que estamos juntos com vocês e que nós estamos trabalhando para que
vocês tenham o mínimo de suprimento necessário para sobreviver a tudo isso.
O nosso gabinete, senhor presidente, comprou – os servidores fizeram uma vaquinha –, e nós
compramos 500 litros de água potável, porque não há água potável no Rio Grande do Sul. Nós
adquirimos lençóis, cobertores e estamos levando na Maria Amélia Doces, do Jardim Botânico. Eu sei
que há um esforço institucional. Vou participar também, mas eu gostaria que nós fizéssemos o que
pudermos fazer o quanto antes.
Então, peço à população do Distrito Federal que faça essas doações. Eu vou passar aqui alguns
pontos de coleta. Eu sei que existem outros, mas esses são os pontos a que eu tive acesso e que eu
confio que irão fazer as doações chegarem ao Rio Grande do Sul.
Então, você pode levar as suas doações no restaurante Fazenda Churrascada; nas lojas da
Maria Amélia Doces do Jardim Botânico, da Asa Sul, da Asa Norte, em Águas Claras. Há uma quinta
loja, mas eu não me recordo agora onde fica; na Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito
Federal; no Partido Liberal, o PL; e na Base Aérea de Brasília.
Eu faço um apelo à população do Distrito Federal: que faça doações para os nossos irmãos do
Rio Grande do Sul. Eles estão passando por uma tragédia que não tem como medirmos. O sofrimento
deles é enorme. Eu imagino que seja o seu também, aquele que está assistindo a nós e que está vendo
as imagens a que nós todos temos acesso.
Então, eu faço um apelo para que todos colaborem. Esses são os pontos de coleta. E a nossa
Força Aérea irá entregar as contribuições no Rio Grande do Sul.
Obrigado, senhor presidente.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Sr. Presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
gostaria de avisar que ontem, no Colégio de Líderes, na verdade, quem trouxe a ideia foi o próprio
deputado Thiago Manzoni. Ele trouxe a ideia para que fizéssemos pela Câmara.
Sr. Presidente, eu quero lhe agradecer porque vossa excelência já abriu a campanha
institucional da Câmara Legislativa. Mas como vossa excelência também conduz parte da mídia, esta
casa precisa urgentemente ser protagonista dela. Eu tenho certeza de que assim será, pelo trabalho de
todos os deputados.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado.
Encerrados os Comunicados de Líderes.
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Concedo a palavra ao deputado Hermeto.
DEPUTADO HERMETO (MDB. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Boa tarde a
todos. Boa tarde, presidente.
Eu quero, inicialmente, dirigir-me aos meus colegas da bancada do PT. Todos sabem do meu
perfil conciliador. Todos sabem que eu costumo construir pontes e não destruí-las. Todos sabem que,
ao longo do meu primeiro mandato, como líder do governo, sempre fui uma pessoa que procurou
ajudar o governo trazendo sempre as pautas que eram para ser votadas e sempre ouvindo a oposição.
Deputado Gabriel Magno, citarei o nome de vossa excelência. O senhor tem todo o direito de
falar. O que os senhores desse partido estão fazendo na saúde pública, tentando incessantemente
destruir a imagem do governo ao qual eu pertenço, o governo do MDB, do governador Ibaneis, é uma
situação orquestrada, deputado Chico Vigilante. Ontem mesmo, na televisão, a propaganda do PT era
só para atacar o nosso governo. Conheço o ex-governador Agnelo Queiroz e tenho muito respeito por
ele. Pertenci ao seu governo, na cota do MDB, como administrador regional da minha cidade, a minha
querida Candangolândia. Ele deu uma entrevista ao Metrópoles em que ele fica batendo, batendo,
batendo, batendo.
Hoje não é o João Hermeto que considera o deputado Chico Vigilante, que considera o ex-
deputado Agnelo, que considera o deputado Gabriel Magno, por quem tenho bastante amizade e
afeição... É o deputado do MDB, do partido do governador, que foi líder do governo, que falará
algumas palavras aqui. Repito: nada pessoal, nada contra o ex-governador Agnelo, por quem tenho até
carinho. Mas é preciso colocar, deputado Ricardo Vale, com todo o respeito que tenho por vossa
excelência, que é do Partido dos Trabalhadores, algumas memórias aqui.
Os senhores já foram governo. Os senhores foram governo 2 vezes, tanto no governo
Cristovam quanto no governo Agnelo. Dói em mim vir à tribuna falar o que eu vou falar. Dói em mim.
O que acontece hoje, deputado Gabriel Magno, é que os senhores estão antecipando as eleições.
Esperem. Faltam quase 2 anos. Isso não é bom para ninguém. O senhor está no seu papel de
oposição? Está. Mas o que está acontecendo é que estão tentando jogar a saúde do governo... O que
está acontecendo é que estão atrapalhando muito o governo. Alguns dos senhores, não todos,
orquestradamente, estão tentando destruir a imagem do governo no que tange a saúde.
Deputada Dayse Amarilio, eu vou relembrar alguns fatos, não todos, mas alguns, para
sintetizar a minha fala. Hoje eu venho abordar uma questão importante para todos: a saúde pública do
Distrito Federal. Não venho falar sobre investimentos na ampliação e na melhoria do atendimento na
rede de saúde que estão sendo feitos desde o primeiro mandato do governo Ibaneis Rocha. Não, hoje
eu não vou falar disso. Essas melhorias, aliás, são reconhecidas e são injustamente criticadas por
alguns parlamentares do partido de oposição, em especial por um deputado do PT, da bancada do
Partido dos Trabalhadores. E não são todos. Esses ataques são quase sempre raivosos e motivaram a
minha fala hoje sobre a saúde pública. Como eu já disse, não sobre a saúde do governo Ibaneis, mas
sobre a saúde pública nos governos dos partidos de esquerda, principalmente no governo Agnelo
Queiroz, do PT, um governo tão desastroso que a bancada do PT prefere esquecê-lo, mas Brasília
jamais o esquecerá.
Apenas para refrescar a memória, o médico Agnelo Queiroz foi governador do Distrito Federal
entre 1º de janeiro de 2011 e 1º de janeiro de 2015. Ele assumiu prometendo solucionar os problemas
da saúde pública. Após 4 anos de governo, ele deixou a saúde pública muito pior do que a encontrou.
No sexto dia de mandato, Agnelo decretou situação de emergência na saúde pública do DF, medida
inédita em toda a história de Brasília.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO HERMETO – Por favor, posso continuar, presidente? (Pausa.)
Tal decisão duraria 180 dias e teve como justificativa o então cenário de caos generalizado no
setor. Agnelo alegava que leitos de UTI, medicamentos, gases, luvas descartáveis, médicos e
enfermeiros... Então, vestindo o seu jaleco como salvador da pátria, Agnelo decretou situação de
emergência na saúde pública. Porém, o que seria o remédio acabou virando o veneno que quase leva à
morte todo o sistema público de saúde do DF.
No final de 2 anos de mandato, o próprio Agnelo, em entrevista à TV Globo levada ao ar no dia
24 de dezembro de 2012, reconheceu o fracasso do seu governo na saúde. Na entrevista, Agnelo, ao
avaliar a sua gestão, deu nota 6 ao seu próprio governo. Repito: após 2 anos de governo, o próprio
então governador avaliou que sua gestão merecia apenas nota 6, meia dúzia!
Ao final do mandato, o governo do petista Agnelo foi reprovado pela população do Distrito
Federal, tanto que, nas eleições de 2014, ele não chegou sequer ao segundo turno. Nunca, na história
do Distrito Federal, um governador não conseguiu passar do primeiro turno. São muitos motivos que
levaram os eleitores brasilienses a reprovar Agnelo e a não o querer de volta ao Palácio do Buriti.
Seriam necessárias muitas outras sessões para enumerar esses motivos. Vou citar apenas alguns que a
bancada do PT – não todos da bancada do PT – detesta lembrar. Apenas na saúde: hospitais
superlotados, sem médicos e sem enfermeiros; falta de medicamentos e insumos...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO HERMETO – A escandalosa... O supertomógrafo que custou 3 milhões de reais e
ficou encaixotado por 4 anos no governo Agnelo e por mais 4 anos no governo Rodrigo Rollemberg. Foi
o governador Ibaneis Rocha que colocou o PET Scan para funcionar. Ele está lá no Hospital de Base
hoje em plena operação e está salvando vidas.
No início do governo Rollemberg, médicos entraram em greve, porque o governo passado não
havia pagado o salário dos médicos. Vocês se lembram disso.
Para encerrar, o deputado falou a respeito de várias operações policiais. Eu não vou entrar
nesse mérito, deputado Gabriel Magno.
Para encerrar, Agnelo entregou o governo com apenas 64 mil reais no caixa do GDF e uma
dívida de 3,8 bilhões de reais. E, sem qualquer dor na consciência, foi tirar férias em Miami.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO HERMETO – Não somos hipócritas para negar que não há problemas na saúde
pública. Sim, eles existem, e temos a coragem de reconhecer os problemas e de continuar lutando para
resolvê-los. Mas também temos a coragem de dizer, com humildade, a alguns deputados da bancada
do PT que a saúde do governo Ibaneis Rocha é muito melhor que a deixada pelo governo Agnelo
Queiroz do PT.
Esse é o meu pronunciamento. Quero repetir que faço esse pronunciamento representando o
MDB, partido do governador, e em repúdio a todos os ataques que ele vem sofrendo no que tange à
saúde pública do Distrito Federal, ataques esses orquestrados para desestabilizar e deixar fragilizada a
saúde do Distrito Federal.
Esse é o meu pronunciamento. Não tenho nada contra as pessoas que eu citei, mas sim contra
aquele governo e o que foi feito.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Hermeto.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, quero me pronunciar,
com todo o respeito ao deputado Hermeto, que cumpre um papel institucional nesta casa de base do
governo, partido do governador.
Faz parte do processo o debate saudável, neste parlamento, sobre a realidade da saúde pública
desta cidade – o que, na minha opinião, talvez seja um dos grandes problemas hoje do Distrito
Federal. Quem disse que a saúde pública do Distrito Federal entrou em colapso não fui eu, foi o
governador. É só fazerem uma busca no Google ou em qualquer mecanismo de busca que quiserem.
Quem disse que a saúde do DF está em colapso foi o próprio governador Ibaneis Rocha. Isso está em
todos os veículos de informação, e eu quero relembrar, presidente, alguns dados importantes.
Eu vou começar trazendo, mais uma vez, como de costume fiz ano passado, uma declaração
do governador.
(Apresentação de áudio.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Esse é o governador, presidente, falando sobre o quê? O Iges.
Ele sabe que o Iges é um grande problema. Não fui eu que subi nesta tribuna e citei operações
policiais. A cidade inteira viu, na pandemia, um secretário de saúde – o presidente do Iges – ser preso,
pela primeira vez, em exercício do mandato.
Quero lembrar, presidente, mais uma vez, com notícias desta semana. A chamada do Correio
Braziliense diz: “Número de mortos por dengue sobe e chega a 308 no Distrito Federal. É a unidade da
Federação com o maior número de mortos do Brasil”. No portal G1: “Bebê morre após mãe esperar 14
horas para fazer parto num hospital público do DF”. Caso do Hospital Regional de Sobradinho. Hoje,
no DFTV: “Mais uma morte de bebê em Planaltina”.
Não sou eu que estou dizendo, presidente. A saúde do DF hoje colapsou e colapsou por uma
razão. Quero concluir com números, porque eu não vi ainda a base do governo apresentar nenhum
número, nenhuma justificativa contra esses fatos. Nós entramos, inclusive, com uma representação
ontem no Tribunal de Contas dizendo que o Governo do Distrito Federal não cumpre o mínimo
constitucional na saúde, porque não cumpre, porque parte das despesas contabilizadas...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – ... não podem ser contabilizadas, como várias das rescisões
contratuais do próprio Iges. Como o governador disse: ”É uma caixa preta”. São dados sem
transparência, sem controle, que só servem para um pequeno grupo que os administra. Parece que o
governador mudou de ideia sobre o Iges, porque o que tem acontecido nos últimos anos é a ampliação
do Iges. Vai chegar aqui, presidente, a LDO de 2025, e o Iges vai ter ainda mais dinheiro. Estão
roubando dinheiro da saúde para o Iges. É essa a realidade.
Encerro aqui, presidente, com o número hoje de vacâncias na Secretaria de Saúde por
categoria. De técnicos em enfermagem, nós temos hoje 5.873 cargos vagos. De médicos, temos 4.985
cargos vagos. São 958 cargos vagos de especialistas em saúde. De enfermeiros, são 834 cargos vagos.
Cirurgiões dentistas, 648 cargos vagos. Gestão e Assistência à Saúde, carreira Gaps, 8.428 cargos
vagos. Vigilância Ambiental e Agentes Comunitários de Saúde, 3.229 cargos vagos. São 25 mil cargos
vagos na saúde do DF.
Esta é a razão para o apagão da saúde pública do Distrito Federal hoje, e há um responsável,
que é quem encaminha todo ano a esta casa o Orçamento: o Governo do Distrito Federal.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Quero registrar as presenças dos estudantes e
professores do Centro Universitário Uniceplac e dos estudantes e professores do Centro Universitário
Unieuro, participantes do programa Conhecendo o Parlamento, sob a coordenação da Escola do
Legislativo.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, mais uma
vez eu vou começar me escusando porque é vossa excelência quem está na presidência e eu vou ter
de falar do partido de vossa excelência, mas não há como ser diferente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Fique à vontade.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Começo, em defesa do deputado Hermeto, dizendo que
quando um deputado do PT fala é porque ele é uma espécie de arauto da moralidade e só fala no que
ele acredita. É como se ele nunca cumprisse um papel institucional – e olha que já vimos defesa bizarra
aqui. Mas é como se eles nunca cumprissem um papel institucional.
Assim, para diminuir a fala do deputado Hermeto a respeito do pior governador que essa
cidade já teve, ou de um dos piores, que é o governador Agnelo... O Rollemberg é o pior, deputado
Hermeto? Então, cada um tem a sua opinião. Aí ele, para diminuir o que o deputado Hermeto falou,
disse que o deputado Hermeto está cumprindo um papel institucional de defender o governo. É como
se o deputado Hermeto não pudesse defender o governo, porque acredita no governo, e tem que ser
uma defesa institucional.
Na sequência, há uma mistura de ilações a respeito de corrupção. Não vou fazer defesa, não
tenho procuração para defender o governo, não sei se há corrupção ou se não há corrupção. A única
coisa que me causa estranheza é um deputado do PT vir aqui falar de corrupção. Aí não dá. Eu tento,
deputado Joaquim Roriz Neto, mas não dá. Um deputado do PT acusar os outros de corrupção quando
eles ensinaram a este país o que era corrupção de verdade com o Mensalão, com o Petrolão e com
tudo de novo agora. Não dá.
Ele mencionou a dengue. Qual foi o presidente – que hoje é chamado de Presidengue – que
não comprou as vacinas da dengue? Imaginem se fosse o Bolsonaro? A dengue é uma doença
conhecida e ocorre todo ano.
Bolsonaro se viu diante de uma pandemia com um vírus que ninguém conhecia, as vacinas
eram experimentais e ele foi acusado de genocida porque defendeu o direito das pessoas de não se
vacinarem se não quisessem. O governo Lula não comprou a vacina da dengue porque não quis. As
pessoas morrem de dengue e a culpa é de quem? É do governador Ibaneis. Não é do Lula, não; é do
governador Ibaneis.
Por fim, há essa história de vacância e necessidade de ocupação de cargo público. Eu até sou a
favor de que se ocupem cargos públicos vagos, desde que haja dinheiro para ocupá-los. O que parece
é que os deputados do PT não estão muito preocupados se há ou não dinheiro. Eles são ruins de
conta. O Lula está falindo o Brasil, e eles querem falir o Distrito Federal.
Então, infelizmente, mais uma vez, eu tenho que me colocar aqui para desfazer um pouco
dessas contradições. São tantas contradições juntas que, às vezes, o cérebro das pessoas “buga”,
então estou tentando trazer a realidade para a população do Distrito Federal que assiste a esta sessão.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO IOLANDO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu também quero ir
na mesma linha de pensamento dos deputados Thiago Manzoni e Hermeto. Eu acho que temos visto
este palanque da Câmara Legislativa, às vezes, tornar-se palco de pirotecnia, de apresentações, até
mesmo de shows. Às vezes, até alguns falam que são shows e apresentações que são feitas aqui,
inclusive inverdades são faladas neste púlpito.
Ficamos um pouco indignados porque nunca vimos, em toda a história do Distrito Federal, um
governador que trabalhasse tanto por Brasília. Não digo isso porque sou do MDB ou eu estou deputado
ou como vice-líder do governo. Não é por isso, não. É porque, de fato, há uma apresentação em todos
os sentidos do Distrito Federal; em todos os sentidos, o governador tem feito o máximo pelo Distrito
Federal.
Na área da saúde, o governador ampliou as UPAs do Distrito Federal – houve uma briga de
muitos para que isso não acontecesse, mas hoje elas têm sido o socorro. O Iges tem sido o socorro,
juntamente com a criação das 9 UPAs instaladas, inclusive uma delas foi instalada em Brazlândia. Eu
sou testemunha do quanto aquela UPA tem sido boa e benção para a vida de centenas de pessoas que
estão sendo beneficiadas com ela. Quantos hospitais foram construídos?
Há centenas de escolas do Distrito Federal que foram reestruturadas e reformadas, viadutos,
asfaltos, calçadas, iluminação pública, coisa que nunca mais tínhamos visto, e o governador Ibaneis
tem um compromisso real com a saúde, com o Distrito Federal. Ele foi reeleito, no primeiro turno, com
68% dos votos da população, coisa que todo mundo falava que jamais iria acontecer: um governador
ser reeleito no Distrito Federal. E o governador Ibaneis foi reeleito. E outra, está fazendo, no seu ano e
meio de mandato, um excelente governo, uma excelente gestão que dá exemplo a todo o Distrito
Federal. Se ele pudesse ter o terceiro mandato de governador, ele seria eleito com mais de 70% dos
votos do Distrito Federal.
Só na área da saúde, em 2019, o governador contratou 376 servidores; em 2020, 1.420
servidores; em 2021, 1.254 servidores; em 2022, o governador contratou 689 servidores; em 2023,
ano passado, 1.685 servidores; neste ano de 2024, o governador Ibaneis contratou 700 servidores da
saúde. Um total de mais de 21.600 servidores foram contratados, deputado Pastor Daniel de Castro.
Isso é um exemplo e, de fato, uma situação... Ainda deu aumento para todos os servidores, 32
categorias – mesmo em 3 vezes –, mas ele deu um aumento de 16%.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO IOLANDO – Dezoito por cento para todos os servidores públicos do Distrito Federal,
aumentou o ticket alimentação dos servidores em 48%. Então, é um governador que a população tem
certeza... Às vezes, ela vê algum deputado de oposição falando e diz: “Pelo amor de Deus!”. Eu acho
que esses deputados ou são cegos, ou surdos, ou mudos, porque eles não entendem ou querem falar
por falar mesmo. É um absurdo ver aqui na tribuna um falatório, uma difamação dessa forma, porque
não condiz com o que é a realidade do Distrito Federal e com o que, de fato, o governador tem
representado para toda a população. Não é só para um segmento ou para uma determinada categoria,
mas para toda a população de mais de 3 milhões de habitantes aqui do Distrito Federal.
Muito obrigado, presidente.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, acho que há alguns
deputados aqui que viveram fora do planeta Terra e fora do Distrito Federal e baixaram na Terra
agora.
Durante o governo Agnelo Queiroz, que tinha como vice-governador o Filippelli, do MDB, tanto
que era o governo PT-MDB, nós construímos e entregamos 7 UPAs, completamente equipadas. O
governo Agnelo contratou 13.500 servidores para a saúde. Contratou, não foi através de Iges não,
contratou, concursado. O governo Agnelo instituiu a Carreta da Mulher – estão lembrados da Carreta
da Mulher? Instituiu a carreta que percorreu todas as cidades – eram 2 carretas – fazendo cirurgia de
vista. Foram 42 mil cirurgias. No governo Agnelo, nós zeramos as cirurgias no Distrito Federal. Hoje há
quase 40 mil pessoas na fila, esperando uma cirurgia.
Se os deputados apoiadores do governador Ibaneis acham que a saúde pública do Distrito
Federal está boa, eu faço um desafio: vamos sair uma noite inteira, visitando as UPAs e os prontos-
socorros dos hospitais? Vamos? Para os senhores verem de perto a realidade, o caos estabelecido na
saúde pública do Distrito Federal.
Quanto ao PET Scan que foi comprado no governo Agnelo – para tratar de rico, para tratar de
quem tem plano de saúde, sempre houve PET Scan, os pobres é que não tinham –, não houve tempo
de ser instalado. Depois o governo Rollemberg também não o instalou. O governador Ibaneis o instalou
porque já estava comprado. Diziam que era um aparelho muito caro.
Alguém em sã consciência vai dizer que a saúde pública está boa? Dá para dizer que a saúde
pública está boa? O fato de o governador Ibaneis ter ganhado a eleição no primeiro turno quer dizer
que a saúde é boa? Que a segurança é boa? Que a educação é boa? Não é por aí.
Eu tenho o maior respeito pelo deputado Hermeto, mas é preciso que se diga que ele cumpriu
uma missão aqui, até porque ele foi integrante do governo Agnelo e sei da admiração que tem pelo
Agnelo. Foi dito isso para ele, e ele cumpriu a missão.
Todos nós sabemos que a saúde está um desastre. Pergunte a algum paciente como é o
atendimento hoje...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – ... no Hospital do Gama, no Hospital de Base, que o Instituto
de Gestão Estratégica de Saúde está destruindo?
Não vamos tapar o sol com a peneira, não. Vamos trabalhar e falar o que é real. Para nós
deputados a saúde está perfeita porque nós temos plano de saúde, temos o Fascal para nos garantir. E
até mesmo para quem tem plano de saúde a coisa está ruim, os hospitais privados também estão
abarrotados de gente, porque a saúde pública não dá conta, e as pessoas fazem qualquer coisa –
vendem a casa, a televisão, o carrinho velho e tudo – para serem tratadas. Antigamente, vinham
pessoas de fora de Brasília se tratar aqui. Hoje, as pessoas saem de Brasília, vão se tratar fora do
Distrito Federal.
Boa parte dos deputados que estão aqui fizeram parte do governo Agnelo porque eram do MDB
e do PT, que estava no governo. Portanto, não dá para ficar cuspindo no prato em que comeram.
Quanto à questão falada pelo deputado, sobre corrupção: 22 prefeitos foram presos em Santa
Catarina por corrupção. Não há nenhum prefeito do PT, a maioria deles é do PL. O presidente nacional
do PL, Valdemar Costa Neto, fala tanto em Mensalão, mas estava preso na Papuda – eu tive a
oportunidade de vê-lo preso. Hoje, ele é presidente nacional do PL. A mesma coisa acontece com a
rapaziada do PP. Portanto, abaixem a bola e respeitem o Partido dos Trabalhadores.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu fui citado
novamente. Então, eu vou fazer valer o direito de resposta.
Primeiro, dirijo-me ao parlamentar que tentou defender o governo Ibaneis. De novo digo: ainda
não vi ninguém aqui defender os números da gestão de saúde do governo Ibaneis. Toda hora eles
mudam de assunto, atacam outras questões, mas alguém subir à tribuna e defender a gestão de saúde
desse governo ainda não vi.
Vou responder a alguns questionamentos, presidente. “Ah, o PT nos acusa por não haver
servidores, mas vai-se tirar dinheiro de onde?” Vamos aos números, presidente. O Governo do Distrito
Federal apresentou, no início deste ano, um documento assinado pelo governador Ibaneis Rocha e pelo
secretário de Economia, Ney Ferraz, o Relatório de Gestão Fiscal. Abro aspas para o que consta no
relatório assinado pelo governo do Distrito Federal: “Maior superávit da história: 2,6 bilhões de reais”.
O mesmo relatório também apresentou o menor índice de despesa de pessoal – com servidores – da
história: 34,8%, comparado com a Receita Corrente Líquida. É o limite prudencial da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Está aqui, não sou eu que estou dizendo.
Digo de novo: o governo apresentou o maior superávit da história com a menor despesa de
pessoal da história. Essa é uma opção política, presidente. É um projeto. Esvaziaram o serviço público
desta cidade por opção. O dinheiro existe, estamos vendo. Até agora, a base do governo só defendeu
viaduto aqui, é a única coisa de que eles falam: “Está se fazendo um monte de viadutos”. Está se
fazendo mesmo, nós estamos vendo. Mas as pessoas estão morrendo nos hospitais, porque não há
médico, nem enfermeiro, nem técnico. As pessoas estão na fila das creches. São 15 mil crianças na fila
da creche. As pessoas estavam morrendo – eles esqueceram – na fila do Cras.
Esse governo abandonou o serviço público. Isso está no Relatório de Gestão Fiscal, de que eles
tanto se orgulham. É o maior superávit da história com o menor índice de pessoal da história. O
dinheiro existe. Vai chegar aqui, agora em maio, a LDO de 2025 e vamos ver quais serão as prioridades
do governo.
Por fim, presidente, deputado do PL vir aqui falar de gestão de saúde diante do desastre, do
genocídio cometido pelo ex-presidente Bolsonaro na pandemia é zombar com a cara dos brasileiros,
das brasileiras, das mais de 700 mil famílias cujos entes morreram na pandemia pela gestão criminosa,
irresponsável do presidente que negou vacina, que atacou... É um presidente que, quando houve
enchente na Bahia, foi dar entrevista nas férias, no jet ski, dizendo o seguinte: “Tomara que eu não
tenha que voltar mais cedo”. É esse o ex-presidente do PL que nós tivemos, que virou...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Eu quero concluir, presidente, falando sobre o debate de
corrupção.
O deputado Chico Vigilante já apresentou alguns números, eu vou citar só mais 1, sobre os
partidos envolvidos com o esquema da máfia das ambulâncias. Sabem quem está no top 3 de partidos
envolvidos nesse esquema? O PL. O PT não está.
Quero relembrar 3 casos importantes de corrupção que marcaram a história deste país no
último período. Primeiro, o Bolsolão do MEC. Ou alguém esqueceu do ex-ministro da Educação Milton
Ribeiro, que foi preso em uma operação da Polícia Federal porque negociava com prefeitos o dinheiro
do FNDE das escolas? Foram quase 20 bilhões de reais em barra de ouro dentro de Bíblias! O esquema
dos tratores, do orçamento secreto, no final de 2020: mais de 3 bilhões de reais com valores 259%
acima dos valores de referência. Por fim, o Bolsolão do Bolsonaro – o orçamento secreto –, que tinha
Valdemar da Costa Neto como nome que organizava esse processo. Valdemar da Costa Neto já passou
11 meses na cadeia depois de ser condenado a 7 anos e 10 meses de prisão pelo STF, por corrupção e
lavagem de dinheiro.
Parece que eles têm memória curta.
Agora eu quero dizer o seguinte, presidente: o debate da corrupção é o grande desafio deste
país. Nós do PT combatemos a corrupção. Os governos Lula e os governos Dilma foram aqueles – isso
é reconhecido por todos os organismos internacionais e de controle de fiscalização – que mais
auxiliaram e financiaram os mecanismos de controle, os mecanismos de combate à corrupção, inclusive
do próprio poder público. Foi o governo do PT que mais valorizou o Ministério Público, que mais
valorizou a Polícia Federal, que criou a Controladoria-Geral e que garantiu recursos para que possamos
ter neste país, de fato, combate à corrupção.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Há mais 2 pedidos de fala pela ordem. Logo em
seguida, voltarei para os Comunicados de Parlamentares. Vou seguir a ordem das inscrições: deputado
Robério Negreiros, depois deputado Joaquim Roriz Neto.
Concedo a palavra ao deputado Robério Negreiros.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Presidente, não vou me
alongar aqui, pois vários parlamentares já falaram. Também não vou me ater à política nacional,
porque eu fui eleito para ser deputado distrital e representar as 3 milhões de pessoas que residem no
Distrito Federal.
Vou concordar com deputado Hermeto no seguinte quesito: quando se está na oposição, é
muito fácil bater na questão da saúde. Desde a época em que o Distrito Federal era uma prefeitura
indicada pelo governo federal – sempre digo aqui – há problema crônico na saúde, e isso sempre foi
um desafio de todos os governantes que passaram e, principalmente, dos governantes que foram
eleitos pela vontade popular.
No governo Agnelo, em que eu era do MDB, havia o vice-governador Tadeu Filippelli, que era
presidente do MDB na época. O MDB controlava a parte de obras e de mobilidade. O próprio
governador Agnelo disse em campanha que seria o secretário de Saúde, depois declinou justamente
pela complexidade e pelo risco que o cargo impera em relação a isso.
Mas o que eu digo, sem debater sobre pessoas, sobre ideias, se colocarmos a narrativa de um
lado e a narrativa do outro, vamos cair na mesma coisa: a gestão da saúde não está adequada. O que
eu vejo, principalmente, é que o governador Ibaneis não titubeia, onde há problema, ele troca
profissional, troca subsecretário, troca secretário, troca secretário-adjunto e por aí vai. Ele está se
esforçando de todas as formas, a começar pelo chamamento de servidores.
Todos sabem que, no Distrito Federal, deputado Jorge Vianna, há questões muito
problemáticas que são as especialidades, como a cardiologia, a pediatria, a anestesia. Inclusive, o
Ministério Público não deixava que a contratação de anestesistas fosse feita pelo pool, como é feito em
outros estados, São Paulo, Rio de Janeiro. Agora é que vão liberar isso. Sem anestesia não existem as
cirurgias eletivas.
Peço que haja um pouco mais de respeito em relação às críticas. Creio que as críticas estão
extrapolando o debate das ideias. É bom para esta casa, o debate; mas que possa haver o devido
respeito. Vamos respeitar a nossa vice-governadora, Celina Leão; o governador Ibaneis. Devemos
respeitar também os governadores que passaram, como o próprio governador Agnelo, que já
reconheceu muitos problemas na saúde pública. É muito fácil para quem está na oposição jogar isso
em relação a esses problemas.
O que vejo é o esforço do governador Ibaneis, da governadora Celina, no sentido de melhorar
a saúde e fazer tudo o que está ao alcance deles.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Só para concluir, senhor presidente.
Há uma complexidade muito grande de problemas na saúde, e todos sabem disso. Deputado
Pastor Daniel de Castro, você faz um chamamento de médico. Daí, consta lá o seguinte: anestesia, 20
vagas. No final, depois de 2 meses, restam só 5, 4. Esse é um problema que foge, às vezes, ao
governante; é um problema muito complexo. Nesse caso, a oposição e a situação têm que se unir para
melhorar a saúde com as nossas emendas parlamentares. Apresentá-las e esquecer...
Acho que esse debate é salutar em alguns pontos, mas estamos fugindo até do tema do
Distrito Federal e do governo. Nós somos uma Assembleia Legislativa do Distrito Federal. Não que a
política nacional não seja igualmente importante, mas vamos deixar o Congresso debater a política
nacional e vamos nos ater à nossa política com o devido respeito ao nosso governador e à Celina,
aceitando as críticas. Governo nenhum acerta tudo. A saúde é um desafio. Repito: nenhum
governador, desde a época de prefeitura, em que os prefeitos eram indicados pelo presidente da
República, conseguiu resolver esses problemas crônicos da saúde.
Cabe a esta casa discutir formas para que possamos melhorar a saúde. Vamos olhar para a
frente e tentar melhorar. Na eleição, veremos quem vencerá em relação à vontade popular.
Era isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Robério Negreiros.
DEPUTADO JOAQUIM RORIZ NETO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO JOAQUIM RORIZ NETO (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, antes de
qualquer coisa, eu queria só parabenizar o deputado Hermeto por ter a coragem de falar, por ter a
coragem de defender, porque é muito fácil criticar. É muito fácil olhar de longe e falar “isso está
errado”, “eu faria diferente”, “tem que se fazer assim”. É muito fácil criticar, especialmente em relação
à saúde, deputado Thiago Manzoni.
Vou ser muito breve, quando falamos da saúde – o deputado Jorge Vianna e a deputada Dayse
Amarilio que estão presentes e são oriundos dessa categoria sabem disso –, da mesma forma que não
há como consertá-la da noite para o dia, não há como destruí-la da noite para o dia. O governador
Ibaneis assumiu o mandato com uma saúde já em estado de emergência.
Eu vi alguns deputados falando: “Os parlamentares que estão falando mal do governo Agnelo
moravam em outro planeta. Não sei o quê...”. Quando eu escuto essas coisas, eu só dou graças a Deus
que existem as redes sociais e a internet disponível para todo mundo, porque a fala de um
parlamentar, graças a Deus, hoje, não tem o peso que tinha há 20 anos ou há 30 anos. Naquela época,
se alguém escutava um parlamentar falar em números, isso, simplesmente, era visto como a verdade.
Eu pego uma pesquisa que foi divulgada pelo Correio Braziliense, em 2013: “Pesquisa Ibope
avalia governo Agnelo como o segundo pior do país”. Foram 15 mil entrevistados, e a pesquisa avaliou
como sendo o segundo pior do país. Apenas 9% dos brasilienses avaliam como positiva a atual gestão
do Distrito Federal.
Então, os parlamentares de esquerda podem parabenizar o governo Agnelo o tanto que
quiserem, mas a realidade é que ele foi tão ruim que não ranqueou como um dos piores do DF não. Ele
foi um dos piores do Brasil, foi um dos piores do Brasil!
A sociedade não vai sentir o reflexo do que o Ibaneis está fazendo pela saúde em 1 mês, 2
meses ou até em 1 ano, mas em 5 anos, em 10 anos. Esses 5 hospitais que ele está construindo, essas
17 UPAs que ele está construindo vão se refletir na melhoria da saúde no Distrito Federal.
Eu volto a falar: graças a Deus, deputado Thiago Manzoni, que a nossa palavra não tem o peso
que tinha há muito tempo, porque pode haver gente falando bem do Agnelo, mas a realidade é que
nem para o segundo turno ele...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JOAQUIM RORIZ NETO – Só para finalizar.
Nem para o segundo turno ele foi. E pode haver gente criticando o Ibaneis, mas ele conseguiu
fazer uma coisa que nem o meu avô Joaquim Roriz conseguiu: ser reeleito, em primeiro turno. Não é
possível que ele seja tão ruim assim.
Graças a Deus que podemos ter a nossa palavra, mas não somos mais influenciáveis. A
população, deputado Iolando, tem consciência própria. Pode haver um seminário falando bem do
governo Agnelo, e o povo vai falar: “Ah, está bom. Beleza”.
Para finalizar, houve um deputado que falou de corrupção. Eu não vou entrar nessa questão de
corrupção e falar do PT, porque eu quero ir embora antes de meia-noite hoje. Se eu fosse começar a
falar de corrupção e do governo PT, o pessoal já ia começar a ficar doido, porque não íamos embora,
porque a lista, simplesmente, não acaba.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Dando continuidade aos Comunicados de
Parlamentares, concedo a palavra ao deputado Iolando.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Presidente,
obrigado.
Senhoras e senhores deputados presentes, hoje, nós não temos a galeria preenchida para
reivindicar os direitos, mas a TV Câmara Distrital está transmitindo a sessão aos nossos telespectadores
e a todos que nos acompanham. Realmente temos visto o quanto esta casa tem sido importante para
as discussões no geral. Temos discutido assuntos sobre servidores, saúde, educação; mas há um tema
que está nos intrigando: a questão de o Ministério da Justiça, do governo federal, proibir que os
detentos recebam atendimentos religiosos nos presídios.
Eu não sei que mente diabólica gerenciou essa pauta para inibir, coibir, proibir a proliferação ou
a divulgação da Palavra de Deus. Eu não sei que mente maligna foi essa que trabalhou para que essa
proposta viesse a ser feita pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
Nós fizemos, nesta casa, uma nota de repúdio a essa ação do Ministério da Justiça. Eu não
entendo por que as pessoas querem tanto afastar Deus das escolas e das instituições públicas e não
sei por que, agora, o nosso governo quer expulsar dos presídios a Palavra de Deus.
Deputado Jorge Vianna, não dá para conceber e entender o que se passa na cabeça de uma
pessoa que tem uma atitude maligna como essa para com aqueles que estão condenados, que
cometeram crimes, atrocidades, mataram, estupraram, esquartejaram, assassinaram e roubaram, mas
que têm direito de viver um momento de reflexão sobre o ato que cometeram.
Eu, o deputado Pastor Daniel de Castro, o deputado Thiago Manzoni, o deputado Joaquim Roriz
Neto e o deputado Martins Machado somos membros da Frente Parlamentar Evangélica desta casa e
assinamos – assim como alguns católicos – essa nota de repúdio, porque é um absurdo excluir pessoas
em estado deprimente, que estão aprisionadas, de receber a Palavra de Deus. Isso é algo inimaginável
para qualquer ser humano na face da terra. Isso tudo está sendo coordenado e orquestrado pelo
Ministério da Justiça.
Eu não sei aonde o governo, o ministério ou os gestores do nosso país querem chegar, eu não
sei se é cobrança do crime organizado com relação ao projeto de lei que foi aprovado na câmara
federal e no Senado Federal sobre a proibição das “saidinhas”. Talvez tenha sido uma retaliação
cobrando do governo uma proibição às igrejas. Não sei se foi isso. Estou supondo.
O deputado Martins Machado representa a Igreja Universal do Reino de Deus. Eu estava
conversando com o nobre deputado, e sua excelência me falou que a maior evangelização dentro dos
centros prisionais é da Igreja Universal do Reino de Deus, das assembleias de Deus, das igrejas
batistas e dos nossos irmãos católicos. Eles estão nas prisões para levar a palavra àquela pessoa que
cometeu um crime. A pessoa pode ter cometido um crime pequeno ou um crime bárbaro, mas tem o
direito de ouvir a Palavra de Deus. É inadmissível essa proibição. É algo repugnante. É repugnante! É
algo que não dá para entendermos. Estou até sem fala porque isso é algo indignante.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO IOLANDO – Estou quase correndo em direção ao Lago Paranoá para atravessá-lo. É
uma vergonha.
Deixo esta nota de repúdio, comungando com a nota de repúdio que a frente parlamentar do
Congresso Nacional apresentou contra essa barbárie que o Ministério da Justiça, por meio do Conselho
Nacional de Política Criminal e Penitenciária, fez para com o Distrito Federal. Deixo o meu repúdio.
Tenho certeza de que não aceitaremos essa ação, pois não estamos de acordo com ela.
Podem se preparar. O Brasil vai se tornar o caos, não pela minha fala de profecia, mas porque
estamos caminhando para a derrota. A partir do momento em que proibirmos Deus nas escolas, nas
penitenciárias e em todos os lugares, vamos comer o que o Diabo quiser nos dar. Eu não vou comer,
mas quem quiser vai comer.
Quero também divulgar o I Encontro de Assistência Religiosa do Sistema Prisional. Será
amanhã, dia 8 de maio, às 14 horas, na sala de treinamento 2 do Ministério Público do Distrito Federal
e Territórios. Haverá, amanhã, esse encontro.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO IOLANDO – Senhor presidente, vou concluir.
Vamos tratar desse assunto porque ele é muito sério para toda a sociedade. Não fechem os
olhos, não tapem os ouvidos, fiquem atentos, porque isso vai chegar às suas casas, e vocês vão falar:
“Bem que isso foi falado no parlamento, e eu não prestei atenção nem tomei providências”.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
Depois do deputado Fábio Félix, faremos mais uma rodada de apartes.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) –
Presidente, deputados e deputadas, acontecem tantas coisas nesta casa! Parece que estamos numa
era da política em que a desinformação virou a regra.
Eu acompanho o sistema prisional. Talvez eu seja o único parlamentar desta casa que visita
sistematicamente as unidades prisionais e acompanha as denúncias de violações de direitos no sistema
prisional.
Deputado Iolando, não é verdade que a resolução fale isso. E mais: não é verdade que a
resolução seja do Ministério da Justiça. A resolução é de um conselho. A resolução condena o
proselitismo religioso, defende a liberdade religiosa e fala que todas as pessoas têm autonomia para
aderir a qualquer prática religiosa. Isso precisa ser tratado com verdade. Não dá para denunciar quem
não é culpado de alguma coisa. Vamos restaurar a verdade, vamos pesquisar antes de fazer um
discurso desse.
Eu visito as unidades prisionais desta cidade. Essa semana estive com os familiares, deputado
Martins Machado, inclusive, elogiando as igrejas evangélicas, porque sabemos da importância delas
dentro das unidades prisionais. Elas fazem um trabalho vocacional, de orientação.
Muitas vezes, os próprios internos que são pastores não sabem que os representantes das suas
igrejas votam contra eles todos os dias nos parlamentos. Eles não sabem, mas eu lhes falo, quando
vou lá, que muitos dos seus representantes votam contra os seus direitos. Por exemplo, eles votam
contra a saída sistemática no processo de progressão da pena, que é algo previsto na Constituição
Federal e no Código Penal. Votam por puro populismo, votam porque estão pensando em um suposto
voto da população em relação a esse tema.
As igrejas fazem o trabalho, elas não foram proibidas. O Ministro da Justiça jamais proibiu as
igrejas. A nota fala sobre liberdade religiosa, a autodeterminação de todas as religiões.
Vamos restaurar a verdade porque é tanta mentira falada que é difícil termos tempo para
responder a todas elas. Aqui já houve uma avaliação sensacional sobre o governo Ibaneis na saúde. Os
parlamentares tentaram defender o que é indefensável. É indefensável um governador que faz um
acordo com a sociedade, que assina um termo dizendo que não vai ampliar o Instituto Hospital de
Base, que não vai criar o Iges-DF, e que trai, depois de eleito, a população: amplia o Iges-DF, e a
saúde pública não melhora. Isso é indefensável e precisa ser falado porque o Iges-DF não entrega
aquilo que ele disse que entregaria.
Hoje existe um caos na saúde, sim. Existe um caos generalizado na saúde. Isso precisa ser dito
sempre nesta casa. Esse é um debate de realidade. É por isso que a população está sofrendo.
Eu desafio um parlamentar da base a fazer diligência em uma UPA, em uma UBS, e ouvir os
servidores da saúde por 15 minutos, para poderem se posicionar sobre esse tema, porque sentado
aqui, no ar-condicionado do Palácio da Câmara Legislativa, é fácil defender a política de saúde gerida
pelo governador Ibaneis. Quero ver o parlamentar ir às unidades de saúde e falar da realidade que as
pessoas estão vivendo.
Aqui, deputado, é meio caótico porque são tantos temas! O povo começa falando da saúde e
vai não sei aonde e fala da Madonna, uma das maiores artistas do mundo hoje, que entrega um
público de 1 milhão e 600 mil pessoas, algo que ninguém entrega.
Alguém disse que ficou até chocado com o beijo gay. Eu não fico chocado com
beijo gay porque eu o pratico. Está chocado com beijo gay? Eu já beijei meu companheiro, inclusive,
nesta casa. Vou ter que ser cassado se o beijo gay for criminalizado, porque beijo a boca do meu
marido.
São tantos absurdos que acho que tem a ver com o clickbait. Às vezes, as pessoas
querem click na internet – estamos nesta fase – e acabam esquecendo aquilo que realmente importa,
que é a realidade que a população do DF e a população brasileira estão enfrentando.
Eu tinha um pronunciamento sobre um tema que acho fundamental: os extremos climáticos
que nós estamos vivendo. Estamos vivendo neste momento, no Rio Grande do Sul, uma situação
dramática, com a qual eu queria me solidarizar. A situação é dramática em tantos níveis: mais de 70%
dos municípios do Rio Grande do Sul afetados, mais de 100 mil pessoas desabrigadas, muitas pessoas
mortas e desaparecidas neste contexto. Precisamos pensar a causa disso.
A causa disso é a boiada que está passando e passaram no governo passado e no Ministério do
Meio Ambiente, é o abandono da legislação climática e ambiental deste país, é o negacionismo
generalizado em relação à questão ambiental.
É preciso debater sobre esse tema para que haja prevenção, senhor presidente.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Prevenção em relação às questões climáticas. No DF, deputado
Chico – que acompanha o debate ambiental há muito tempo –, nós temos 2 extremos: uma seca
intensa, que tem se agravado e piorado, e também um momento de chuvas intensas. E sabemos que
há alguns territórios – como a Vila Cauhy, Arniqueiras, Sol Nascente e Asa Norte – que têm sofrido, e
muito, com as enchentes. Esse processo está começando, e todo ano há um aviso novo.
Eu estava olhando os dados de investimentos orçamentários do governo no Drenar-DF. A
execução orçamentária, em um projeto que é do governo, é baixíssima. Se olharmos os dados, o
governador do DF precisa também se preocupar com esse tema, porque nós estamos falando de um
tema que gera uma desigualdade enorme.
Chamamos isso, inclusive, de racismo ambiental – os territórios mais periféricos, mais precários
são os que mais sofrem com a desigualdade dos efeitos e com as consequências desse processo, sobre
os quais não temos refletido neste momento. As populações vulneráveis são as que mais sofrem.
Então, eu queria dizer que nós temos que chamar a responsabilidade. O que está acontecendo
no Rio Grande do Sul merece a nossa máxima solidariedade, a nossa mobilização. Inclusive, eu quero
sugerir à Mesa Diretora que esta casa também seja um ponto de coleta de doações para que possamos
levar as doações até o Aeroporto de Brasília, para a FAB. Então, a casa seria mais um ponto de apoio
para que possamos fortalecer. Mais do que isso, que este momento possa nos gerar a reflexão sobre o
que nós podemos sofrer aqui. Continuar negando a questão climática e a prioridade ambiental não vai
nos ajudar a superar esse problema.
Para concluir, senhor presidente, no DF há 2 questões. Muitos dizem que a culpa sobre a
questão ambiental e climática é das ocupações irregulares, especialmente da população mais pobre. É
fato que isso gera uma consequência para a questão ambiental e climática. Mas muitas pessoas acham
que esses são os principais atores e não é verdade. Os principais atores desse processo são a
especulação imobiliária, que passa o trator...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Passa o trator com ares de legalidade na legislação ambiental. Sabe
por que temos hoje um problema de drenagem na Asa Norte, deputado Chico Vigilante e demais
deputados? Por conta do Noroeste, que foi construído atropelando, dentro da legalidade, a legislação
ambiental brasileira e a reflexão ambiental. É um bairro de ricos, da classe média alta, de milionários,
que gera um problema de drenagem no DF.
Essa questão tem que ser debatida com seriedade e não atacando a população mais pobre e as
ocupações. É dialogando sobre o direito à moradia, mas é também pensando o planejamento. Às
vezes, você aprova coisas nesta casa que geram o caos em que vivemos, também relacionadas à
questão ambiental. Chega de negacionismo!
É bom que nós tenhamos gestores hoje, neste país, que sejam autoridades no assunto, como a
Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que entende do tema e está à frente dessa área. Chega de
negacionismo ambiental, para que possamos, de fato, enfrentar o problema dos extremos climáticos,
que é urgente para a nossa geração.
Muito obrigado, senhor presidente, pela tolerância e pela generosidade no uso do tempo.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
DEPUTADO JORGE VIANNA – Senhor Presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, dificilmente eu
entro em discussões partidárias. Eu tenho o maior cuidado, porque para mim o partido de oposição é o
partido da vez, é o partido contra o governo da vez, sempre fui assim. Mas não há como eu ficar
calado, eu sofri na pele, eu sofri na pele como trabalhador e como sindicalista nos 2 últimos governos:
o do Rollemberg e o do Agnelo.
Eu concordo totalmente quando se fala que o governo Agnelo foi o que mais investiu em
Brasília, foi o que mais construiu creches – eu não vou nem dizer Upas, porque as Upas são do
governador Ibaneis –, o que mais comprou material para a Secretaria de Saúde, fora equipamentos.
Deputado Thiago Manzoni, pela primeira vez nós tivemos, na Secretaria de Saúde, camas elétricas,
compradas pelo governador Agnelo. Pela primeira vez, nós compramos um PET-CT, um PET Scan para
o Hospital de Base. Pela primeira vez, nós tínhamos órteses e próteses sobrando na Secretária de
Saúde para as cirurgias ortopédicas.
O problema é que ele comprou demais. Ele comprou tanto que foram perdidos itens. Na época
até houve investigações por conta das órteses e das próteses. As camas compradas pelo governo hoje
estão obsoletas, não havia manutenção e estão quebradas. O PET Scan ficou quase 10 anos no
corredor do Hospital de Base. O governador Ibaneis foi lá e o instalou – inclusive, é o primeiro que há
no serviço público em Brasília.
Há um tempo houve uma discussão. Lembrei-me muito bem disso porque no início de 2015 eu
estive no governo Rollemberg. Nós apoiamos a chapa dele. Eu falei nesta sessão que em 2015 o
governador Rollemberg me chamou para perguntar como estava a situação dos servidores. Eu falei:
“Em dezembro, o governador Agnelo teve que escolher entre pagar a saúde ou a educação. Ele pagou
a educação. Agora, em 2015, em janeiro, se o senhor tiver que fazer essa escolha, escolha a saúde,
porque a educação já recebeu”. No dia, o debate desse assunto foi acalorado e muito rápido, não tive
como provar isso.
Como o deputado Joaquim Roriz Neto falou, graças a Deus existem as redes sociais. Trago aqui
uma matéria de 2014 da revista Veja em que se diz o seguinte: “Agnelo atrasa salários e agrava o caos
no Distrito Federal. O governo havia prometido depositar o pagamento dos servidores nessa terça-
feira, mas isso não aconteceu. Os servidores da saúde iniciam greve. O fim do governo Agnelo Queiroz
no Distrito Federal é marcado por dias de caos”.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – “Os graves problemas financeiros que vieram à tona após a
derrota do petista na eleição de outubro se tornam cada vez mais evidentes. Na terça-feira, grande
parte da capital amanheceu sem ônibus, pelo sexto dia seguido, por causa de uma paralização dos
rodoviários. Ao mesmo tempo, professores fecham o Eixo Monumental em protesto e pedem o
pagamento dos salários atrasados. Ainda durante a manhã, os servidores da saúde decidiram entrar
em greve”.
Esse foi o governo Agnelo. Além de ser um péssimo gestor, ainda é apelão. Ele perdeu a
eleição e falou: “Agora vou fazer o que eu quiser, vou pagar quando eu quiser”. Nessa mesma época,
agora já com outro governador... Não sabemos quem foi pior, na verdade, eu sei qual foi pior, pior que
o Agnelo foi o Rollemberg.
Aí vem a matéria do G1, no dia 9 de janeiro, exatamente 1 dia depois do dia em que eu estive
com o governador Rollemberg no palácio. A matéria diz o seguinte: “‘Opção difícil’, diz Rollemberg
sobre pagar a saúde antes da educação”. Essa matéria comprova a verdade que eu falei naquele dia.
Ele teve que optar porque não havia dinheiro.
Olhem, eu já falei que não entro em discussões...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO JORGE VIANNA – ... ainda mais porque sabemos que é tudo conveniência política!
Mas não posso também deixar de dizer alguns pontos. O governador Ibaneis nunca atrasou salários,
pagando inclusive antes da data. O governador Ibaneis nunca deixou de fazer os repasses dos
consignados. Nunca! Inclusive os antecipou. Então, sejamos justos! Eu acho que o que faz o político
ser uma pessoa respeitada é a justiça e o bom senso. Eu sempre votei nesta casa!
Então, neste momento posso dizer, como servidor público – que fui e sou –, como sindicalista e
agora como parlamentar: o governador Ibaneis não tem comparação com os outros 2 governadores
que passaram no palácio.
Obrigado, presidente.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, durante o
governo Agnelo e Filippelli foi dado aumento para todas as categorias. Quando o Rollemberg assumiu,
ele entrou na Justiça para que os aumentos fossem cancelados. Ele perdeu por 17x0 no Tribunal de
Justiça do Distrito Federal. Eu provei, deputado Thiago Manzoni, que havia dinheiro. O problema é que
a incompetência do Rollemberg – alguns apoiaram, mas eu nunca o apoiei – preferiu dizer que não
havia dinheiro para jogar a culpa em cima do Agnelo.
Eu não vou fazer uma comparação de qual foi o pior, porque o pior de todos não foi nem o
Rollemberg, foi o Rogério Rosso, que era do PSD. Vocês estão lembrados de como ficou a Esplanada
quando o Rosso saiu? Estão lembrados? Parecia uma capoeira. A escola poderia colocar uma manada
de gado para pastar ali que o gado iria se dar muito bem. Estão se lembrando disso? Vocês se
lembram do tanto de buracos espalhados pelas ruas? Lembram como estava a situação dos hospitais e
dos postos de saúde? O Agnelo assumiu e, em vez de ficar caçando culpados, foi capinar o mato.
Colocamos gente para cuidar da rodoviária, e o Viana foi nomeado diretor da rodoviária, ficando 3 dias
com toda a equipe para dar conta da rodoviária.
O Agnelo teve um problema sério: não tinha comunicação! Em governo onde não há
comunicação.... Foi o que aconteceu. Não havia comunicação! O deputado Pastor Daniel de Castro, que
está aqui, que era um homem do palácio, que apoiava e ajudava bastante o Agnelo Queiroz, sabe da
seriedade com que o governador tratou o Distrito Federal.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, serei breve. Como
deputado da base, presidente, quero discordar do que falou o deputado de esquerda, que me
antecedeu. Sua excelência disse que os deputados da base não visitam a saúde do Distrito Federal.
Nós visitamos. Não é só a oposição que faz visita, não é só a oposição que fiscaliza, não é só a
oposição que trabalha. Os deputados trabalham, e trabalham muito. Eu queria fazer esse
esclarecimento para a população porque, às vezes, fica parecendo que não trabalhamos.
O deputado mencionou também uma expressão muito legal: negacionismo ambiental,
referindo-se, claro, ao período do governo do presidente Bolsonaro. O deputado só esqueceu que
quem governou o país de 2002 a 2018 foi o Partido dos Trabalhadores, o PT, um partido de esquerda.
Quem governa o Brasil hoje é o PT outra vez. Nós tivemos 4 anos de sossego, o resto foi só destruição.
Eles querem nos fazer acreditar que quem destruiu tudo foi Bolsonaro. O meio ambiente todo foi
destruído em 4 anos, deputado Pastor Daniel de Castro. Em 4 anos o meio ambiente foi destruído.
Ele mencionou também o nome da superministra Marina Silva, porque agora ela vai resolver os
problemas que não conseguiu resolver de 2003 a 2008. O pessoal esquece que é o mesmo grupo que
está no poder, o mesmo grupo que destruiu o Brasil e, seguindo essa linha de raciocínio – que eu não
acredito que seja verdadeira –, também destruiu o meio ambiente e continua a destruir absolutamente
as mesmas pessoas.
Obrigado, presidente.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) –Presidente, eu quero
agradecer ao deputado Pastor Daniel de Castro pela sua fala.
Eu estou ouvindo um debate muito sério sobre a questão da saúde do Distrito Federal. Eu
quero registrar a minha indignação porque a saúde vem da nutrição. Hoje foi encontrada – inclusive foi
motivo de chacota – uma larva na merenda escolar das nossas crianças em uma escola daqui do Plano
Piloto. Eu tenho visitado as escolas e estou vendo geladeiras vazias e sem proteína para as nossas
crianças. Hoje foi encontrada uma larva na merenda escolar de crianças e jovens de uma escola da
capital federal. Isso não tem a ver com direita nem esquerda, mas com dignidade humana.
Então, fica aqui a minha indignação em saber que a capital federal está oferecendo
alimentação com larva e, principalmente, alimentação que não é adequada para o consumo humano.
Dentro das geladeiras das escolas há carne moída que precisa ser recolhida porque está
imprópria para o consumo humano. Esses dias eu fui a uma escola, presidente, e havia 4 quilos de
peixe congelado para serem distribuídos para 325 crianças. Imaginem o que está sendo oferecido. Fica
aqui a minha indignação do que estamos fazendo com o futuro do Brasil e de Brasília.
Peço que os parlamentares se atentem ao que está sendo oferecido na merenda escolar, que
custa um valor bilionário: hoje há larva na alimentação das nossas crianças, presidente!
Muito grata.
(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Esta Presidência pede uma gentileza, já que
os pedidos para uso da palavra estão superando os pronunciamentos. Caso todos peçam a palavra
para pedir votação, serão, no mínimo, 18 pedidos para uso da palavra.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Gente, o pedido, com todo o respeito, é
incoerente ao que decidimos no Colégio de Líderes. Nós decidimos que o que lá fosse decidido seria
trazido à pauta. Então, ontem foi acertado no Colégio de Líderes que a data para votação seria no dia
21. Então, só o Colégio de Líderes pode superar essa decisão.
Agora, uma vez mais, clamo aos meus pares, porque se toda hora pedirmos uso da palavra e a
fala demorar 5 minutos... Aqui na relação das falas, apenas 2 parlamentares falaram nos Comunicados
de Parlamentares.
Então, o pedido para uso da palavra, agora, será para as matérias que estão sendo votadas e
que seja, no máximo, de 1 minuto.
Continuamos nos Comunicados de Parlamentares.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu sei
que o Colégio de Líderes é soberano. O “não” já temos, podemos continuar com o “não”. Eu queria que
os líderes fossem consultados, já que o projeto do BRB é um projeto simples e já foi explanado pelo
meu presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Mas ontem eu pedi, inclusive, que a liderança
do governo estivesse lá para pedir por isso, e a liderança não estava.
Ontem os deputados já sabiam que a matéria passaria pela CEOF de hoje.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Isso foi pedido, mas o que
aconteceu? Eu precisei me ausentar e o deputado Iolando reforçou que era a pauta que havíamos
pedido. Mas se não houver acordo, sem problemas.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está bom. Eu farei a consulta, porque o líder
do governo está pedindo. Agora, lembro que fizemos um acordo ontem.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Presidente, vamos seguir o
acordo então, para não gerar problema e não gerar jurisprudência futura. Então, segue o acordo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Boa, meu líder.
Então, mantemos dessa maneira.
O tempo de uso da palavra será deduzido do pronunciamento do deputado nesta sessão ou na
próxima.
Concedo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para breve comunicação. Sem revisão do
orador.) – Senhor presidente, agradeço depois de esperar 1 hora em pé.
Presidente, esta casa é instigante. Eu estava ali me contendo para falar, porque nós somos
deputados e fazemos parte de uma agremiação chamada partido. Os partidos são siglas e eles se
misturam. Então, aqui, em plenário, já sobrou para todo mundo. Já sobrou para o Agnelo, para o
Rollemberg, para o Rosso e até para mim quando o deputado Chico Vigilante disse que eu fiz parte do
governo Agnelo e fiz mesmo, porque faço parte de um partido que o apoiou. E graças a Deus que o
apoiou e não apoiou o Rollemberg, tragédia de Brasília.
Mas alguma coisa aqui está errada. Eu espero que um dia possamos até sair candidatos sem
precisar de partido para não ter que enfrentar essa jocosidade e ter isso jogado na cara. Ao fazerem
comparações, como as que estão sendo feitas aqui, eu terei que me associar ao querido ex-líder do
Governo Ibaneis nesta Casa, porque uma coisa ninguém vai negar: O melhor governo da história do
Distrito Federal é o Governo Ibaneis. Não tem como negar isso. São dados, deputado Hermeto.
Enquanto o governo do PT foi reprovado, enxotado, tomou cartão vermelho em primeiro turno,
o Ibaneis veio e fez justamente o contrário: Se elegeu em primeiro turno.
Há coisas que devem ser repensadas.
Pessoal, não podemos escarnecer quem nos ouve. Muito bem disse o deputado Joaquim Roriz
Neto que, graças a Deus, há as mídias sociais que estão por aí.
Eu fico me coçando, porque não quero entrar na pancada, não, mas há hora em que não há
jeito. Ouvir deputado do PT vir aqui falar de moral, de corrupção, de querer ensinar alguém? Pelo amor
de Deus! Hoje o parlamento americano está destruindo o governo do Brasil, pessoal. O parlamento dos
Estados Unidos está destruindo o governo do Brasil. E vem acusar os partidos?
Acusou o PL, o PP, mas não falou do PT, do escândalo do PT, do Waldomiro Diniz, do
Mensalão, da cassação do José Dirceu, do escândalo dos aloprados, da renúncia do Palocci, da prisão
da cúpula do PT, da faxina da Dilma na Lava Jato, da prisão dos ex-tesoureiros do PT, do atual
governo, do ministro das Comunicações que teria beneficiado a própria fazenda com uma emenda de
10 milhões. Esqueceu de falar do governo deles. Isso é brincar com a nossa cara, por favor! Vir aqui
bater no governo Ibaneis, e esquecer...
Veio falar de dengue, atacando o Ibaneis. Deixe-me falar: no governo Bolsonaro, toda a grande
mídia se consorciou para destruir o governo dele referente à questão da covid e das vacinas. Mas onde
está esse consórcio para falar da dengue no Brasil? Falar de dengue no Distrito Federal? É verdade que
estamos enfrentando uma situação difícil na saúde de Brasília, mas o que precisa ser repensada
mesmo é a saúde do Brasil. É a saúde do Brasil.
No governo do presidente Lula, do descondenado, o Brasil passa de 1.800.000 casos de
dengue, só nas primeiras semanas de 2024. A previsão, deputado Hermeto, é chegarmos ao final do
ano com mais de 5 milhões de casos de dengue. Já são mais de mil mortes. Este governo é um
governo genocida também. Porém, só sabe falar de Bolsonaro. Só sabe atacar o PL e o PP, deputado
Thiago Manzoni. Parece que o PT é o partido dos santos. É o partido das trevas, do Presidengue, do
Presimente. Não há como ficar calado nesta casa, por mais que respeito nós tenhamos.
Não vou atacar nunca o Agnelo. Ele é meu amigo pessoal. Eu não faria isso. Eu não sou
covarde.
Deputado Chico Vigilante, vossa excelência é uma pessoa que eu admiro muito. O senhor tem
anos de parlamento. O senhor precisa chamar esses meninos do PT que chegaram agora e pedir a eles
que tenham equilíbrio na fala.
Vamos visitar os hospitais. Eu vou com o senhor e não tenho vergonha, não. Eu fui ao Hospital
de Taguatinga, ao Hospital de Base, ao Hospital de Santa Maria. Deixe-me lhe falar uma coisa: eu
tenho plano de saúde, mas eu me consultei há duas semanas na UBS de Vicente Pires e quero
parabenizar os servidores daquela unidade. Eu não fiquei 30 minutos lá. Fui consultado, tomei vacina e
fui medicado. Eu fui à UBS para saber como está a saúde do Distrito Federal.
Aqui não há paladino da moral nem ninguém melhor do que os outros, não! Todos aqui
trabalham. Particularmente, eu sei que todos os 24 deputados trabalham, mas não venha um deputado
querer dar de bonzinho, porque está indo à saúde...
(Soa a campainha.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Para concluir, deputado Pastor Daniel de
Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para breve comunicação. Sem revisão do
orador.) – Aqui peço respeito. Uma pessoa por quem tenho grande admiração é meu amigo pessoal –
e eu posso falar isso –Agnelo; mas, por favor, ele era médico e nem ele deu jeito na saúde.
Precisamos melhorar. O governador vai ter em mim uma pessoa que vai brigar por melhoria.
Vão ao Hospital de Taguatinga, vão ao segundo andar: todo reformado com emendas do deputado
Jorge Vianna e com minha emenda. Vão à oncologia de Taguatinga, onde, no governo passado, as
pessoas com câncer ficavam do lado de fora, no sol e na chuva. Está tudo reformado e com ar-
condicionado, fruto do trabalho deste governo. Agora, não escarneça da cara da população. Seja
sincero!
Vai bater no Ibaneis? Tome vergonha! Pense! Venha aqui falar do seu governo. Seu governo
está destruindo o Brasil. Chegou a 37% o índice de aprovação, o menor da história do Brasil. Se é para
brigar, está bom! Nós vamos comprar briga! Bateu no Ibaneis, agora, vai levar também, e nós vamos
mostrar os desmandos do governo federal – que são muitos. Se falarmos dos escândalos, das viagens,
da Janja...
(Soa a campainha.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Para encerrar, deputado. Por favor, deputado,
para encerrar.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para breve comunicação. Sem revisão do
orador.) – Mas é o que está acontecendo. Então, respeite o governo Ibaneis e o governo Celina.
Respeite!
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Eu vou insistir com as solicitações de uso da palavra. Eu vou até pedir para que consigamos
manter o nível de respeito aos colegas parlamentares, isso é extremamente importante. Se citar o
parlamentar, eu tenho que dar o direito de resposta.
(Discussão fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Citou ou não citou?
(Discussão fora do microfone.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência por um
minuto.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu não ofendi
nenhum parlamentar nesta casa. Nunca! Em nenhum pronunciamento! Eu nunca ataquei nenhum
parlamentar no que faz ou deixa de fazer, nem nas posições políticas pessoalmente. Divirjo sempre na
política.
Deputado Pastor Daniel de Castro, eu aprendo muito com deputado Chico Vigilante. O
deputado Chico Vigilante é uma grande referência, não só do PT, mas da história política desta cidade.
Eu tenho muito orgulho de ser do PT, que tem o deputado Chico Vigilante como líder. Mas ele não
precisa me ensinar a me pronunciar no plenário. Eu também tenho história, eu também fui eleito e
represento, no meu mandato, eleitores que votaram no PT e confiaram no meu mandato. Eu vou
criticar o Ibaneis sempre. Pode rebater a minha fala, é o que eu quero. Eu não vi ainda ninguém
defender a gestão da saúde do Ibaneis.
Por fim, presidente, quero dizer que quem estava no show da Madonna é o governador do PL,
que deu, inclusive, 10 milhões de reais para o show acontecer. Eles vêm aqui com fake news, com um
monte de coisa...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Mas a verdade será estabelecida.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu solicito ao
deputado Pastor Daniel de Castro que peça desculpa à senhora Janja porque ela não estava
no show da Madonna. Se estivesse, não estaria cometendo nenhum crime. Mas ela preferiu estar com
o presidente Lula acompanhando a situação lá no Rio Grande do Sul.
A senhora Janja não foi ao show da Madonna. Quem estava lá era o Seif, senador da República
pelo estado de Santa Catarina. Agora, ele está dizendo que foi a esposa que o fez ir ao show. É um
cara meio covarde: na hora em que o negócio pega, ele joga a culpa em cima da mulher.
Deputado Pastor Daniel de Castro, a senhora Janja não estava assistindo ao show da Madonna
e, se estivesse assistindo, isso não seria nenhum crime.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
O deputado Pastor Daniel de Castro foi citado.
Com a palavra o deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Para usar do direito de resposta. Sem revisão do
orador.) – Presidente, eu não preciso responder, não. Se a senhora Janja não estava, eu só retiro a
fala de que ela estava lá. Mas quero dizer que ela esbanja mesmo. Viaja o Brasil e o mundo todo com o
marido dela.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Mais uma vez eu vou insistir com relação às solicitações de uso da palavra pela ordem, que
estão sendo muitas e longas. Precisamos balizar isso e o deputado que pede para usar a palavra pela
ordem, talvez, tenha que abrir mão da sua fala.
Passa-se aos
Comunicados de Parlamentares.
Concedo a palavra ao nobre deputado Ricardo Vale. Conforme lista de inscritos, na sequência,
usarão da palavra o deputado Max Maciel e a deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Para breve comunicação. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, primeiramente, quero me solidarizar com o deputado
companheiro de partido, o nosso presidente da Comissão de Educação, Saúde e Cultura, deputado
Gabriel Magno, que vem desempenhando um papel à frente da comissão, nesta casa, que orgulha a
todos nós.
Ele é um dos deputados mais jovens desta casa. Deputados, estou falando com deputado
Gabriel Magno. Eu estou elogiando a atuação dele nesta casa, como um dos novos parlamentares, um
jovem do meu partido, uma pessoa cuja atuação tem me dado muito orgulho. Ele faz uma oposição
firme, responsável e respeitosa.
Vossa excelência tem feito uma oposição firme e com muito respeito, à frente de uma comissão
importante, fiscalizando a saúde pública do Distrito Federal, fiscalizando a educação do Distrito Federal.
Acho que é por isso que vossa excelência tem sido muito atacado aqui.
Eu estive com vossa excelência em algumas visitas em hospitais. Estive em algumas audiências
com vossa excelência. Os temas que vossa excelência levanta são da maior importância para o povo do
Distrito Federal.
Vossa excelência – assim como muitos deputados, assim como eu – é um deputado de
oposição. Temos que fiscalizar mesmo! Temos que fiscalizar, temos que denunciar e temos que falar.
Não há que ter medo de falar.
Eu fico surpreso, porque vi alguns deputados falarem tão mal do governo Agnello, falarem tão
mal do governo Rollemberg, que, se eu tivesse uma avaliação tão ruim, eu teria saído da base do
governo em 1 mês. Porém, esses deputados ficaram 4 anos, deputado Chico Vigilante, com essa
avaliação tão ruim do governo Agnello. Se era tão ruim assim o governo Agnello, se era tão ruim assim
a saúde, por que não saíram antes? Esperaram acabar o mandato para depois procurar outro caminho.
É muito ruim esse debate que está sendo feito aqui. Oposição é para fazer oposição, mesmo.
Situação é para ajudar o governo quando pode. Aliás, a oposição tem ajudado muito. Nós da oposição,
os 6 deputados, temos ajudado muito o governo. Eu não entendi essa coisa orquestrada que vi hoje,
todo o ataque que vossa excelência sofreu de vários parlamentares, que até mesmo citaram vossa
excelência.
Então, eu quero me solidarizar com vossa excelência e dizer que continue firme. Vossa
excelência está incomodando pelo seu trabalho, pela sua capacidade, pela sua competência de fazer
oposição nesta casa. Não arrede o pé, continue firme! Parabéns pela sua atuação. Conte sempre
conosco. Sei que muitos desses parlamentares que hoje falaram mal de vossa excelência o respeitam e
têm admiração pelo seu trabalho, porque eles falam isso. Mas hoje, não sei por quê, houve todo esse
ataque contra vossa excelência. Eu espero que construamos uma relação mais respeitosa entre nós.
Também não poderia deixar de falar que eu estou muito feliz, assim como o povo do Distrito
Federal, com o governo Lula e a atenção que ele tem dado ao Distrito Federal. Temos acompanhado os
recursos e as obras do PAC. O governo Ibaneis começou a terceira faixa em Planaltina e, no dia em
que o governador fez o lançamento dela, já anunciou que os recursos do BRT Norte estão garantidos
pelo governo federal. A saída norte vai ganhar o BRT Norte, além da terceira faixa que foi iniciada.
Portanto, ela vai ficar muito melhor.
Eu tenho muito orgulho de que, em nosso mandato, em janeiro e fevereiro do ano passado,
fizemos um abaixo-assinado e colhemos assinaturas justamente para pedir essas 2 obras. Nós o
entregamos ao Governo do Distrito Federal para que fizesse a terceira faixa. Sobre o BRT Norte, o
governador Ibaneis anunciou que já está tudo certo com o governo federal. Este também foi um
compromisso do governo Lula: fazer essa obra na saída norte.
Além disso, o governo Lula tem ajudado o Distrito Federal na educação: anunciou o IFB de
Sobradinho II e lançou o IFB do Sol Nascente. Isso prova que o governo federal, que o governo do PT,
que o governo Lula não faz diferenciação. O Lula está lá no Rio Grande do Sul dando exemplo do que é
fazer política: chamou o governo, chamou a prefeitura e está trabalhando. O governo federal está
investindo, tentando minimizar o sofrimento daquele povo. É assim que se trabalha.
No Distrito Federal é a mesma coisa: de vez em quando, ouvimos o governador Ibaneis e os
deputados da base falando mal do governo Lula, do Lula, do PT, mas o governo federal continua
mandando recursos e mais recursos ao Governo do Distrito Federal para este trabalhar em prol da
população local.
Então, está de parabéns o governo Lula, está de parabéns o governo federal por ter essa
atenção especial com o Governo do Distrito Federal e com o governo de todos os estados. É assim que
se governa: ouvindo todos, pegando as demandas da população e tentando resolver o problema,
independentemente das nossas diferenças político-partidárias.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Ricardo Vale.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, só
quero fazer uma pequena correção, com todo respeito ao deputado Ricardo Vale: esse dinheiro não foi
do governo federal. É um dinheiro oriundo do BNDES, que é um banco. E o Distrito Federal é que
paga. Vou só corrigir sua colocação: acabou de ser confirmado pela Casa Civil que o dinheiro não é do
governo federal, o dinheiro é do BNDES.
DEPUTADO RICARDO VALE – Qual?
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – O dinheiro do empréstimo, esse que vossa excelência
citou.
DEPUTADO RICARDO VALE – Do BRT?
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – O que é do BNDES.
DEPUTADO RICARDO VALE – Não. Os recursos da terceira faixa são do Governo do Distrito
Federal, de empréstimos do BNDES. Os do BRT Norte são do PAC, do governo federal.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Mas o outro que vossa excelência mencionou e disse que
era do governo federal é do BNDES, que é um banco – e quem paga é o Estado.
DEPUTADO RICARDO VALE – Não. Não falei isso, deputado. Eu falei que o recurso da terceira
faixa, a obra que o governador Ibaneis lançou no final da semana passada, em Planaltina, é do
Governo do Distrito Federal. Porém, os do BRT Norte, que o governador Ibanes anunciou, são do
governo federal, do PAC.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputados.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para breve comunicação. Sem revisão da oradora.) –
Senhor presidente, obrigada. Eu estava ouvindo a discussão sobre a saúde, uma discussão que faz
parte da minha vida há mais de 2 décadas.
Antes de entrar nesse assunto, eu queria agradecer a vossa excelência e dizer que hoje
abrimos a sala da Procuradoria da Mulher, no primeiro andar, sala 1.52. A Procuradoria da Mulher vai
ficar aberta todos os dias, com servidoras que vão acolher mulheres não só desta casa, mas de todo o
Distrito Federal. Isso é uma vitória para esta instituição e uma vitória para vossa excelência, que tem
sido um presidente que dá muita voz às mulheres.
Queria também parabenizar os vários colegas que tenho dentro da Força Nacional do SUS,
mandar-lhes uma saudação e um abraço muito caloroso. Tenho vários amigos que estão no Rio Grande
do Sul. É uma tragédia que temos visto e pela qual sofremos juntos. Quero me solidarizar com aquelas
famílias. Quero agradecer também aos bombeiros e ao pessoal da Defesa Civil, inclusive os do Distrito
Federal, que foram encaminhados para lá.
Estou no serviço público há 23 anos, meu sonho era ser enfermeira. Realizei o meu sonho e
vou dizer para vocês: saúde é algo, realmente, muito complexo, muito complicado, mas me sinto muito
confortável para apontar algumas coisas, até porque, deputado Ricardo Vale, esse é o nosso papel
mesmo. Estamos falando do Distrito Federal e somos deputados distritais. É natural e é dever do
deputado distrital fazer o que está na Constituição – não só legislar, fiscalizar e representar. Eu digo
isso com muita propriedade, porque vou falar de coisas que eu vivo e que sei que poderíamos resolver
numa grande força-tarefa.
A saúde é algo complexo e precisa, realmente, de soluções de médio e longo prazo. São
soluções que requerem pactuações muito complexas, mas que podem trazer melhoria. Elas passam
pelos servidores. Eu falo isso porque há, por exemplo, o déficit de técnico de enfermagem apresentado
ontem, que é de quase 6 mil.
Eles trouxeram um dossiê que mostra que há aposentadorias e vacâncias que não estão sendo
repostas. Não existe um cronograma de nomeação. Na LDO, há o compromisso de nomear apenas 200
pessoas – com um déficit de 6 mil! Então precisamos, como casa legislativa, falar da derrubada do veto
ao cronograma de nomeação. Além disso, precisamos falar da importância da atenção primária, pois
sabemos que, nas áreas mais vulneráveis, precisamos de equipes consistidas. Mas não conseguimos ter
um cronograma de nomeação de agente comunitário de saúde. Até agora não temos o
encaminhamento do projeto de lei que foi pactuado no grupo de trabalho sobre os agentes
comunitários de saúde.
Nós estamos vivendo numa epidemia de dengue!
Há problemas com os servidores adoecidos, que estão fazendo o chamado TPD. Eu brinco ao
falar que a sigla significa tudo por dinheiro, mas os servidores nem fazem mais o TPD por causa do
dinheiro; eles fazem por compromisso. A verdade, a realidade é que os servidores estão adoecidos.
Eles não conseguem nem fazer mais TPD.
Existe um problema com a saúde mental. Há pacientes que estão há dias na UPA, quando era
para ficarem apenas por 24 horas. Eles estão lá porque não há Caps.
Há também o problema do transporte sanitário. Não há ambulância rodando por falta de
contrato de manutenção. E nós temos diversos equipamentos!
Isso se repete, mas nós precisamos resolver. Não adianta falar do passado, do presente e do
futuro sem querer resolver o presente e o futuro.
Acho que é nosso papel trazer isso e trazer soluções. Eu faço aqui esse compromisso. Eu tenho
sido uma oposição muito coerente nesse sentido, pois em tudo que falo, aponto o que pode ser
melhorado, mostrando algumas soluções que podem ser pactuadas.
Acho que esse é o nosso dever para com o Distrito Federal, independentemente do partido em
que estivermos. Por quê? Porque saúde é algo que não pode esperar.
Então, presidente, precisamos falar de hospitais vocacionados; de emendas que, às vezes, são
devolvidas; de problemas existentes em contratos e da questão do Iges, sobre a qual todo mundo já
falou muito.
Na última prestação de contas do Iges, foram 8 horas de prestação de contas. Eu e a deputada
Paula Belmonte pedimos o detalhamento das dívidas do Iges, porque há dívidas que não foram
esclarecidas e dívidas que, inclusive, o Tribunal de Contas está avaliando para ver se vão ser pagas ou
não. Precisamos destrinchar isso. O Iges é um grande problema que ainda não mostrou solução, que
ainda não foi resolvido. A minha luta vai ser para que o Iges não cresça e para que haja uma
pactuação pela saúde do Distrito Federal, que está pedindo socorro.
Obrigada, presidente. Conte sempre conosco para lutar pela saúde.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel. (Pausa.)
Obrigado, deputado Max Maciel, que, de forma muito elegante, abriu mão da palavra para que
possamos iniciar a votação.
Sendo assim, declaro encerrados os Comunicados de Parlamentares.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Consulto os líderes se há acordo para superar
o sobrestamento dos 93 vetos da Ordem do Dia e votar as demais proposições das sessões ordinária
extraordinária. (Pausa.)
Não havendo manifestação em contrário, vamos ao primeiro item a ser apreciado.
Item nº 101:
Discussão e votação, em primeiro turno, do Projeto de Resolução nº 37/2024, de autoria da
Mesa Diretora, que “Altera o Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dá outras
providências”.
A proposição não recebeu parecer das comissões. Foram apresentadas 3 emendas de plenário.
Foi retirada a Emenda nº 2. A Comissão de Constituição e Justiça deverá se manifestar sobre o projeto
e as emendas.
Solicito ao presidente da Comissão de Constituição e Justiça, deputado Thiago Manzoni, que
designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Thiago Manzoni,
que emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça sobre a matéria.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, o parecer da CCJ é pela admissibilidade da proposição,
com o acolhimento das Emendas nºs 1 e 3, na medida em que a Emenda nº 2 foi cancelada.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Thiago Manzoni.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 21 deputados.
Acolhendo o pedido do deputado Chico Vigilante, solicito que as senhoras e os senhores
deputados registrem a presença nos terminais para recomposição do quórum.
(Procede-se à verificação do quórum por meio do painel eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Estão presentes 14 deputados, havendo,
portanto, quórum regimental.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Presidente, eu pedi isso para que não paire dúvida alguma.
Há 14 deputados presentes.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não há mais ninguém para votar? Não iremos
votar nada porque não há quórum.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – (Fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Mas não para votar o regimento. (Pausa.)
O Regimento pode? (Pausa.) O que não pode votar é a PELO.
Em discussão. (Pausa.)
Concedo a palavra ao deputado Robério Negreiros.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Presidente,
queria só confirmar se a emenda foi retirada.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra à deputada Dayse
Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para discutir. Sem revisão da oradora.) – Presidente, eu
queria agradecer, pois, ontem, na reunião dos deputados, fizemos um compromisso, conduzido por
vossa excelência, para fazer a retirada da emenda apresentada pelas parlamentares.
Eu quero dizer, também, da condução e, também, do acordo que fizemos ontem entre os
parlamentares para que, na próxima condução da mesa, tenhamos as 2 mulheres garantidas em um
acordo de cavalheiros. Eu quero agradecer a condução de vossa excelência e dos parlamentares. Acho
que foi uma conversa importante, pois fomos ouvidas. Acho importante trazer isso para o plenário, mas
quero já avisar que a emenda foi retirada, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
Retifico: o parecer da CCJ foi aprovado com a presença de 14 deputados.
Solicito ao relator da Mesa Diretora, deputado Martins Machado, que emita parecer sobre a
matéria.
DEPUTADO MARTINS MACHADO (REPUBLICANOS. Para emitir parecer. Sem revisão do
orador.) – Presidente, o parecer é pelo acatamento das Emendas nºs 1 e 3.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Até o parecer do deputado Martins Machado é
objetivo, meu Deus. Eu vou te dar um título de cidadão honorário, deputado Martins Machado, pois
você merece. Cidadão honorário da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Esse é bom. Fala pouco e fala bem.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 14 deputados.
Discussão e votação do Projeto de Resolução nº 37/2024, em primeiro turno. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 13 votos favoráveis. Houve 11 ausências.
Está aprovado.
Vamos apreciar moções e requerimentos em bloco.
Item nº 149:
Discussão e votação, em turno único, do Requerimento nº 1.333/2024, de autoria do Deputado
Iolando, que “Requer a realização de Audiência Pública para debater a respeito das gratificações dos
diretores e vice-diretores da rede pública do Distrito Federal”.
Item nº 150:
Discussão e votação, em bloco, em turno único, das seguintes:
– Moção nº 758/2024, de autoria da Deputada Jaqueline Silva, que apresenta “Moção de
Louvor pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, às agraciadas abaixo
descritas, a serem entregues durante a 5ª Semana Legislativa pela Mulher”;
– Moção nº 759/2024, de autoria do Deputado Roosevelt, que “Manifesta votos de louvor e
parabeniza as mulheres que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito
Federal”;
– Moção nº 760/2024, de autoria do Deputado Eduardo Pedrosa, que “Manifesta votos de
louvor e parabeniza as mulheres que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal”;
– Moção nº 761/2024, de autoria da Deputada Paula Belmonte, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor às mulheres que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito
Federal na ocasião da 5ª Semana Legislativa pela Mulher”;
– Moção nº 762/2024, de autoria da Deputada Paula Belmonte, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor aos escoteiros que especifica, em razão de suas atividades social, moral e educativa
aos jovens do Distrito Federal”;
– Moção nº 763/2024, de autoria do Deputado Max Maciel, que “Parabeniza e homenageia as
pessoas que especifica, pela significativa contribuição para a valorização e importância das
trabalhadoras domésticas e pela luta por direitos”;
– Moção nº 764/2024, de autoria do Deputado Roosevelt, que “Reconhece e apresenta votos
de louvor ao 2º Sargento Marcos Jenuíno de Oliveira, do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito
Federal, pelo profissionalismo e dedicação demonstrados na brilhante atuação ao salvar a vida de uma
criança”;
– Moção nº 765/2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “Manifesta Votos de Louvor
pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, às agraciadas abaixo descritas, a
serem entregues durante a 5ª Semana legislativa pela Mulher”;
– Moção nº 766/2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor às mulheres que especifica, pelos relevantes serviços prestados ao Distrito Federa”;
– Moção nº 767/2024, de autoria do Deputado Max Maciel, que “Parabeniza e homenageia as
pessoas que especifica pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, a serem
entregues durante a 5ª Semana Legislativa pela Mulher”.
Moções extrapauta:
– Moção nº 768/2024, de autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “requer moção de apoio
ao Congresso Nacional, a fim de que seja desagravado o Conselho Federal de Medicina – CFM quanto
às ofensas recebidas em razão da publicação da Resolução CFM n. 2.378/2024”;
– Moção nº 770/2024, de autoria do Deputado Ricardo Vale, que “Manifesta louvor às mulheres
adiante nominadas pelos relevantes serviços prestados às causas femininas”;
– Moção nº 771/2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de
Louvor e homenageia lideranças e autoridades que especifica, pelos excelentes serviços prestados à
população do Varjão”;
– Moção nº 772/2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de
Louvor e homenageia Cronistas Esportivos do Distrito Federal, pelos excelentes serviços prestados ao
esporte do DF”;
– Moção nº 774/2024, de autoria do Deputado Max Maciel, que “reconhece e apresenta Votos
de Louvor ao Embaixador Ahamed Mulay Ali Hamadi”;
– Moção nº 775/2024, de autoria do Deputado Robério Negreiros, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor às mulheres que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito
Federal na ocasião da 5ª Semana Legislativa pela Mulher”;
– Moção nº 776/2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “manifesta
solidariedade ao Rio Grande do Sul pelas enchentes devastadoras”;
– Moção nº 777/2024, de autoria do Deputado Fábio Félix, “Moção de Louvor pelos relevantes
serviços prestados à população do Distrito Federal, às agraciadas abaixo descritas, a serem entregues
durante a 5ª Semana Legislativa pela Mulher”;
– Moção nº 778/2024, de autoria do Deputado Fábio Félix, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor e aplausos a todos os homenageados na Audiência Pública em alusão ao dia do Assistente
Social, a ser realizada no dia 16 de maio de 2024, às 10:00 horas, no Plenário da CLDF”;
– Moção nº 779/2024, de autoria do Deputado Pastor Daniel de Castro, que “parabeniza e
manifesta votos de louvor às mulheres que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população
do Distrito Federal na ocasião da 5ª Semana Legislativa pela Mulher”;
– Moção nº 780/2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor, aos profissionais de saúde que especifica, pelos relevantes serviços prestados à
população do Distrito Federal, em ocasião do Dia Internacional da Enfermagem – Semana Brasileira da
Enfermagem”;
– Moção nº 781/2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor, aos profissionais de saúde que especifica, pelos relevantes serviços prestados à
população do Distrito Federal, em ocasião do Dia Internacional da Enfermagem - Semana Brasileira da
Enfermagem”;
– Moção nº 782/2024, de autoria do Deputado Jorge Vianna, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor, a Solange Nery, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal,
em ocasião do Dia Internacional da Enfermagem - Semana da Enfermagem Brasileira”;
– Moção nº 783/2024, de autoria do Deputado Martins Machado, que “manifesta votos de
louvor e homenageia colaboradores do Centro Olímpico e Paralímpico que especifica, pelos excelentes
serviços prestados à população do Riacho Fundo I- RA XVII”;
– Moção nº 784/2024, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à Região Administrativa
do Guará (RA-X), em ocasião da solenidade em homenagem ao seu 55º aniversário”.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão os requerimentos e as moções.
(Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam os requerimentos e as moções permaneçam como estão; os que
forem contrários queiram manifestar-se. (Pausa.)
As moções e os requerimentos estão aprovados com a presença de 13 deputados.
As matérias seguem a tramitação regimental.
Convoco, nos termos do art. 120 do Regimento Interno e em atendimento ao Requerimento nº
1.099/2024, as senhoras e os senhores deputados para a sessão extraordinária de hoje com início
imediato após a sessão ordinária para a discussão e votação, em segundo turno, do seguinte item:
– Projeto de Resolução nº 37/2024, de autoria da Mesa Diretora, que “Altera o Regimento
Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dá outras providências”.
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a presente sessão ordinária.
(Levanta-se a sessão às 18h13min.)
Observação: Nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRB – Banco de Brasília
Caps – Centro de Atenção Psicossocial
CBN – Central Brasileira de Notícias
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
CLDF – Câmara Legislativa do Distrito Federal
CMI – Coordenadoria de Modernização e Informática
Cras – Centro de Referência de Assistência Social
CT – Tomografia computadorizada
ESG – Environmental, Social, Governance; em português, Meio Ambiente, Social e Governança
FAB – Força Aérea Brasileira
Fascal – Fundo de Assistência à Saúde dos Deputados Distritais e Servidores da Câmara Legislativa do Distrito Federal
Ibope – Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística
IFB – Instituto Federal de Brasília
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégia de Saúde do Distrito Federal
Incra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra
MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
PDOT – Plano Diretor de Ordenamento Territorial
PET – Em português, Tomografia por Emissão de Pósitrons
PLE – Processo Legislativo Eletrônico
SEI – Sistema Eletrônico de Informações
Seleg – Secretaria Legislativa
Sindivacs-DF – Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde do Distrito Federal
SLU-DF – Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal
SUS – Sistema Único de Saúde
TPD – Trabalho em Período Definido
UBS – Unidade Básica de Saúde
Uniceplac – Centro Universitário do Planalto Central Apparecido dos Santos
Unieuro – Centro Universitário Euro-Americano
UPA – Unidade de Pronto Atendimento
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 08/05/2024, às 18:15, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1656228 Código CRC: EC7B0E4B.
DCL n° 099, de 10 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 36/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 36ª
(TRIGÉSIMA SEXTA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
TRANSFORMADA EM COMISSÃO GERAL
PARA DEBATER A SITUAÇÃO DO TRANSPORTE PÚBLICO
NO DISTRITO FEDERAL,
DE 2 DE MAIO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 17H45MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Declaro aberta a presente sessão ordinária de
quinta-feira, 2 de maio de 2024, às 15 horas e 1 minuto.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pela presidência.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, a seguinte ata de sessão anterior:
– Ata Sucinta da 35ª Sessão Ordinária, de 30 de abril de 2024.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovada sem
observações a ata mencionada.
Em razão da aprovação do Requerimento nº 1.248/2024, de autoria do deputado Chico
Vigilante, a sessão ordinária de hoje, quinta-feira, 2 de maio de 2024, será transformada em comissão
geral para debater sobre a situação do transporte público do Distrito Federal.
(A sessão transforma-se em comissão geral.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Convido as senhoras e os senhores deputados,
bem como todos que desejarem participar do debate, a adentrar o plenário.
Todas e todos estão autorizados a adentrar o plenário.
Declaro suspensa a comissão geral.
(Suspensa às 15h07min, a comissão geral é reaberta às 15h17min.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Está reaberta a comissão geral para debater a
situação do transporte público no Distrito Federal.
Sob a proteção de Deus, reiniciamos os nossos trabalhos. Dou as boas-vindas a todos os
presentes.
Convido para compor a mesa: o secretário de Estado de Transporte e Mobilidade do Distrito
Federal, senhor Zeno José Andrade Gonçalves; o presidente do Sindicato dos Rodoviários do Distrito
Federal, senhor João Dão; o presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal, senhor
Handerson Cabral Ribeiro; o diretor-executivo da BsBus Mobilidade, antiga Expresso São José, senhor
Adriel Rocha Lopes; a representante da Viação Marechal, senhora Nuria Itailine Azevedo; o diretor da
Viação Piracicabana, senhor Fausto Mansur; o diretor da Viação Pioneira, senhor Eduardo Dias; e o
representante da Urbi Mobilidade, senhor Sebastião Augusto Barbosa Neto. (Palmas.) (Pausa.) O
Barbosa Neto não está presente? Ele nunca faltou a nenhuma audiência. Quando ele comparecer,
comporá a mesa.
Eu quero agradecer a presença de cada uma e cada um no dia de hoje. Agradeço
especialmente ao secretário Zeno por todos os debates que temos travado a respeito do transporte
coletivo. Zeno, você sempre tem comparecido a todas as reuniões, assim como o Valter Casimiro e
outros secretários. É muito importante a Secretaria de Mobilidade sempre estar presente expondo suas
questões.
Eu tenho falado muito sobre o transporte público do Distrito Federal. Nós vimos debatendo
sobre ele há anos. Eu sempre gosto de lembrar, quando iniciamos mais um debate, uma ação
promovida por mim, como deputado distrital, e pelo Sindicato dos Rodoviários, na pessoa do João
Osório. Quando estávamos quase chegando à conclusão de que o transporte não tinha mais jeito, o
sindicato produziu um dossiê, que nós encaminhamos, numa audiência, à procuradora-geral do
Ministério Público do Distrito Federal e Territórios à época, e que, depois, desaguou na licitação pública
do transporte do Distrito Federal.
Muita gente criticou a licitação, mas falo abertamente, sempre que tenho oportunidade, que a
licitação foi a salvação do transporte do Distrito Federal. Há problemas? Sim. Todos nós reconhecemos
que há problemas, mas eles podem ser solucionados. O Distrito Federal foi a única unidade da
Federação que teve a capacidade de promover uma licitação do transporte público. Na época, nós
enfrentamos, naquele momento, mais de 220 ações, entre ações administrativas e ações judiciais que
queriam impedir, em todas as hipóteses, que a licitação acontecesse. A licitação aconteceu. Hoje pelo
menos as empresas têm um norte. Elas não estão mais atuando na escuridão, porque hoje existe um
norte e sabem, efetivamente, como os investimentos precisam ser feitos.
Existe a situação da renovação da frota, que ainda não foi completada, e outra relativa a uma
empresa – está aqui o Adriel, fico feliz com a sua presença hoje –, porque chegou um momento em
que achávamos que para a São José não havia mais solução. Eu falei isso publicamente e falei para
você algumas vezes: “Acho que não há mais jeito” – e houve. Eu fiquei satisfeito no dia em que você
me convidou para inspecionar os primeiros ônibus que vocês receberam e vi a importância do que
tinha sido aquela luta que nós travamos para que a renovação acontecesse, efetivamente.
A mesma coisa aconteceu com a Urbi – algumas vezes fui lá com o Barbosa verificar –, com a
Pioneira e a Piracicabana, que foram as primeiras que renovaram completamente a frota.
Eu tenho dito por aí que a gestão da Pioneira, quanto à renovação da frota, tem sido tão boa
que eu acho que a Pioneira está ganhando dinheiro com isso. Ela pega os ônibus que vocês renovam e
está vendendo para outras praças, onde é possível rodar com eles – são ônibus ainda inteiros.
Eu estive no Gama visitando aquela garagem de vocês e vi que, sinceramente, a parte de
manutenção nem se parece com oficina. Você tem razão: ela parece uma concessionária. Zeno, eu
acho que você já foi lá também, e isso é algo completamente diferente. Eu creio que aquilo ali dá
prazer para os trabalhadores que estão operando aqueles ônibus. Você pode ver isso no rosto dos
operadores – tanto dos motoristas como dos cobradores. Mas precisamos chegar a um ponto de dar
prazer também aos usuários, porque acho que esse é o objetivo.
O sistema de transporte público do Distrito Federal é caro. A manutenção para ter esse sistema
rodando é muito cara.
Eu vou mostrar dados oficiais que nós adquirimos. Vou apresentar agora uma projeção para
que a população tenha conhecimento efetivo do que está sendo investido no transporte público do
Distrito Federal.
(Apresenta projeção.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Ali estão todos os quadros do que está sendo
investido. O que está previsto para 2024 só de concessão para passe livre e PcD – não é isso? – é
R$192.335.972,00.
Passe para o próximo quadro.
Ali pode-se ver o sistema subsidiado que está previsto para 2024 – mas poderá ser mais, não
é, Zeno? São R$345.011.765,00.
Passe para o próximo slide.
Ali há o passe livre estudantil. Como eu sempre digo, não há almoço de graça. Para que o
estudante ande no sistema gratuitamente, são gastos R$376.985.286,00.
Próximo slide.
Naquele ali, Zeno, vê-se o total geral previsto para 2024: R$914.333.023,00.
Eu queria que voltassem a alguns slides anteriores, porque nós fizemos o levantamento dos
últimos 4 anos. Quero voltar àquele slide em que há alguns bilhões reais. Volte mais. Volte ao ano de
2023. (Pausa.)
Não entregaram o outro slide? Eu preciso do outro slide.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Isso é para 2024?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Vocês veem ali que estão previstos
R$2.097.474.157,31. Mas há também o que foi gasto e o que foi executado efetivamente em 2023.
Onde está?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Isso é o que foi executado?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Portanto, em 4 anos, foi executado, para o
sistema de transporte público do Distrito Federal, o valor de R$4.636.432.785,93. Esse é o valor que foi
liquidado em 4 anos, ou seja, um pouco mais de 1 bilhão de reais por ano – não é isso, Zeno?
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Agora, nós vamos começar o debate. O
primeiro a falar – depois poderá voltar a se pronunciar – será o Zeno, para que ele explique todos
esses dados que foram colhidos de maneira oficial.
Zeno, você terá o tempo que achar necessário para explicar esses valores, que são
monumentais.
Concedo a palavra ao senhor Zeno José Andrade Gonçalves.
ZENO JOSÉ ANDRADE GONÇALVES – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
É muito importante – reputo de máxima relevância – este debate feito nesta casa do povo,
onde a sociedade converge, onde os grandes temas do Distrito Federal são debatidos.
Quero cumprimentar a mesa, deputado Chico Vigilante, na sua pessoa e estender esse
cumprimento a todos os seus pares, os nossos deputados e deputadas distritais, que são fundamentais,
participam do processo decisório dos rumos que o Distrito Federal tem, principalmente nos assuntos
que dizem respeito ao dia a dia das pessoas. Transporte é relevante. Saúde é importante, mas
sentimos quando estamos doentes. De transporte você precisa todo dia, porque você tem que
trabalhar. Então, entendemos que esta casa é o palco importante para que esses temas sejam
aperfeiçoados.
Quero cumprimentar os meus colegas rodoviários, porque eu também me sinto parte do
sistema. Eu sou funcionário do sistema rodoviário, porque eu sou da mobilidade do transporte.
Cumprimento o João, extensivo a todos os cobradores, motoristas, operadores do sistema,
todos aqueles que colaboram para que Brasília funcione, porque, para o Plano Piloto funcionar, a partir
das 8 horas da manhã, alguém tem que sair de casa cedo e rodar 20 mil viagens por dia com
regularidade, com previsibilidade, com qualidade. E, mesmo sofrendo, apanhando tanto como nós
apanhamos, deputado Chico Vigilante e colegas rodoviários, temos que enfrentar essa labuta diária.
Cumprimento os representantes das concessionárias. As concessionárias prestam serviço
público e, embora sejam empresas privadas, são remuneradas pelo contribuinte; devem obrigações ao
Distrito Federal e cumprem, dentro daquilo que é acordado, aquilo que está nas premissas do contrato
e do edital que foi lançado – esse mesmo edital que o nosso deputado Chico Vigilante lutou tanto por
ele. Graças a ele, hoje nós temos 5 operadoras que funcionam num sistema que – por mais que ainda
seja criticado por parte da imprensa, por muitas pessoas – é moderno, com a frota mais nova do Brasil,
com o menor índice de passageiros por quilômetro do Brasil, com o preço mais justo, com uma das
melhores remunerações salariais da classe rodoviária. Esse é um sistema justo e que, apesar de todas
as críticas, ainda funciona a contento, transporta 1 milhão de pessoas diariamente e consegue fazer
com que Brasília funcione. Sem esse sistema, com certeza, nós estaríamos vivendo a dificuldade do
Entorno, cujo aumento de passagem gera desemprego.
Aqui o governador determinou que fossem mantidos, mesmo com os custos crescentes – eu
tenho notícias boas, eu vou falar daqui a pouco, deputado Chico Vigilante, sobre os custos do sistema
–, os níveis de subsídio, ou seja, que não se aumente, que não se repasse para o contribuinte, para a
população o aumento dos custos. Isso porque nós entendemos que, se colocarmos o custo para que a
sociedade o pague, isso acabaria refletindo em desemprego, porque quem paga, por exemplo, o vale-
transporte é o empresário.
Os empresários do Entorno têm sofrido com os custos crescentes das passagens para um
trabalhador que é importante para Brasília, mas que está em Luziânia, em Valparaíso, em Santo
Antônio do Descoberto, em Formosa. Ele compõe a força de trabalho do Distrito Federal, e sofre com o
transporte de má qualidade, custos elevados, sem uma solução do governo federal. Esperamos que o
governo federal se debruce sobre essa questão para que achemos uma solução adequada para o
Entorno.
Cumprimento o nosso colega do sistema, o Handerson, presidente do Metrô, que é importante
demais para o sistema. Sem o Metrô haveria, talvez, uma situação muito pior e um caos no transporte
em Brasília. O Metrô é muito importante para nós.
Enfim, cumprimento todos e todas.
Vou começar, deputado Chico Vigilante, falando sobre a questão dos custos e já começo com
uma notícia boa: no dia 30, nós enviamos para o Diário Oficial as portarias com redução tarifária. A
volta da demanda aos níveis anteriores à pandemia possibilitou que, no recálculo do reequilíbrio
econômico e financeiro e com a renovação dos contratos por mais 10 anos, nós diminuíssemos o valor
do subsídio da tarifa técnica. Isso mostra e evidencia uma tendência de queda e de estabilização do
custo do sistema.
Nós diminuímos os custos da tarifa técnica, de subsídio, de R$1.850.000.000,00 em 2023 para
R$1.500.000.000,00 este ano. Com essa diferença, retroagindo ao início do próximo período de 10
anos, haverá também uma economia de 200 milhões, mais os 340 milhões deste ano. Isso significa
que, até o final de 2024, o Governo do Distrito Federal economizará 540 milhões de reais. Esse é um
número muito importante – um número expressivo.
Com o aumento da demanda, com o aumento da utilização do transporte público, nós
esperamos conseguir trabalhar com inteligência no sistema para que esses custos gradativamente
diminuam.
Esses números que foram passados, realmente, de fato, são o custo. Há um descolamento – e
por isso é importante este debate na Câmara Legislativa – entre o orçamento anual que é repassado
para o sistema de transporte e o executado. Sempre há uma diferença, deputado Chico Vigilante –
vossa excelência conhece isso com profundidade, desde o início do sistema –, entre o que é orçado e o
que nós executamos.
Em um primeiro momento, havia um certo equilíbrio, mas os custos crescentes do transporte e
o não repasse desses custos para o usuário final – o governador Ibaneis determinou isso fortemente –,
obviamente, exigiram que o governo aumentasse o valor do subsídio para que o sistema se
equilibrasse.
Vejam, para as pessoas entenderem, a Secretaria de Mobilidade precisa fazer o dever de casa
com mais eficiência e explicar didaticamente para as pessoas como é composto o custo do sistema de
transporte. Nós precisamos explicar isso, e quem tem que nos ajudar nesse trabalho é o próprio
sindicato – nós conversávamos isso com o João, com a diretoria do sindicato. Nós precisamos que o
Sindicato dos Rodoviários nos ajude a explicar o que é o custo do sistema de transporte.
Há uma decisão do governo, lá de trás, de subsidiar o custo. Como se calcula o custo? Há
todos os componentes de investimento em garagem, em ônibus, em frota, custo de pessoal,
combustível, pneus etc. Pega-se esse custo do ano, coloca-se a taxa de retorno ou lucro da empresa –
porque a empresa é privada; é concessionária, mas tem que ter o seu lucro – e divide-se isso pela
quantidade de acessos. Mas o custo é um só. Então, a tarifa técnica é esse custo dividido pela
quantidade de acessos.
Todos os dias sabemos a quantidade de viagens executadas. Essa quantidade de viagens
executadas ou acessos compõem a forma de como vamos remunerar as empresas – a tarifa técnica. As
empresas recebem pela tarifa técnica, descontam aquilo que arrecadam.
Quais são os números hoje, projetados, deputado Chico Vigilante? São R$2.200.000.000,00 o
custo total do sistema, sendo que, aproximadamente, 800 milhões são pagos na catraca – vêm do
bolso do usuário. O restante, a diferença, quem paga é o Governo do Distrito Federal.
Isso evidencia um fato importante que as pessoas precisam entender: esse, talvez, seja o
maior programa de transferência de renda que há.
O que é o custo do transporte? O que é o subsídio? É o dinheiro para que o trabalhador não
tenha que pagar mais pela sua passagem; como se diz, “não há almoço grátis”, para que o estudante
possa andar de graça; para que o idoso, a partir de 60 anos de idade, graças à sua lei, possa ter
gratuidade; para que a pessoa com deficiência possa ir ao médico com seu acompanhante e ter essa
gratuidade; para que, agora, também o estudante de cursinho possa ter acesso a essa gratuidade.
Assim, se considerarmos o custo que cada cidadão e cada cidadã pagam, ao andar de transporte
público, na gratuidade, veremos que com apenas R$5,50 – para ter, inclusive, a integração – ele roda
Brasília inteira. Ele vai de Planaltina a Brazlândia, pagando só R$5,50. Ele tem direito a 3 acessos, no
nosso regime de integração – que é um regime muito bom, é um sistema muito bom.
Esse é um programa de transferência de renda dos mais relevantes de todo o Brasil, podemos
dizer. Mas, infelizmente, a imprensa tem uma equipe para noticiar todas as vezes que a Semob manda
um projeto de lei pedindo aumento de subsídio para complementar a passagem.
O descolamento que nós temos aqui é de R$1.152.000.000,00 de dívidas com as empresas,
que, agora, com o recálculo, baixou para 900 milhões, por conta da redução. O valor dessa conta é
exatamente a diferença entre o que nós não temos de orçamento. Mas as empresas têm que
transportar pessoas. Há aproximadamente 500 milhões de 2022 ainda em aberto e mais 400 milhões
de 2023 em aberto – são 900 milhões de reais.
Quando chegamos à Câmara Legislativa e pedimos suplementos, o que a imprensa fala? Que
estamos dando dinheiro para as empresas. Na verdade, não se trata disso. Esse valor é para subsidiar
o custo do transporte do estudante, do trabalhador, do pai de família, do idoso de 60 anos de idade e
acima, do trabalhador que recebe o vale transporte. Isso corresponde a até R$5,50 para o empresário
não pagar mais, para não haver desemprego. Isso é um grande programa, uma rede de proteção
social manter o custo do transporte. Quiséramos nós que o GDF tivesse condições de fornecer a
gratuidade – quiséramos nós.
Mas, à medida que a Câmara Legislativa entende que temos que avançar ponto a ponto, o
governo entende que estamos caminhando neste rumo. Para isso, precisamos equilibrar e colocar o
governo federal na conta, deputado Chico Vigilante, para podermos ter o Sistema Único de Transporte.
Alguém tem que ajudar a pagar esta conta. Não sei se o senhor concorda com essa nossa visão.
Enfim, temos que desmitificar esse discurso. Por isso, é importante demais que avancemos em
audiências públicas como esta e que a Semob faça o seu papel de se comunicar melhor, explicando
para as pessoas como são feitos esses cálculos.
Eu dei uma pincelada no assunto, em rápidas palavras. Esse é um cálculo que tem planilhas,
referenciais e legislação própria. Técnicos se debruçam sobre esses números o tempo todo. Eles são
perfeitamente auditáveis. A imprensa, o Ministério Público e o Tribunal de Contas acompanham isso,
mas as pessoas dizem o seguinte: “O transporte não presta, e o governo só fica dando dinheiro para as
empresas”. Isso não é verdade – não é verdade! Os nossos números são expressivos.
Vou citar alguns outros fatos.
Durante a pandemia, enquanto Goiás, por exemplo, nosso vizinho – eu não estou criticando a
decisão do governo de lá –, diminuiu em 40% a oferta de transporte e o sistema de lá demitiu mais de
30% dos rodoviários; aqui, a determinação do governador foi: “Mantenham plena oferta de transporte,
100%”. Havia ônibus vazio para tudo quanto é lado, andando por conta da segurança sanitária, sem
diminuir a frota. “Metrô e ônibus, não diminuam nem 1 veículo, não diminuam nada dos horários.
Mantenham. Mantenham os empregos” – e assim foi feito.
A conta foi alta. Essa conta se reflete no valor dessa dívida. Mas, quando há vontade política e
há o respaldo da Câmara Legislativa – que entendeu isso e respaldou essa decisão do governador –,
tem-se o resultado que nós temos hoje: um sistema que é justo, que caminha para a universalidade,
mas que presta um serviço, que atende, mesmo com todas as dificuldades, as demandas do usuário.
Eu tenho andado nas linhas, deputado Chico Vigilante. Eu tenho pedido ao nosso subsecretário
Márcio que aponte quais as linhas com mais problemas em horário de pico. Eu tenho saído de
madrugada para andar de ônibus. Em um dia desses, eu peguei um ônibus no P Sul. Fiquei
preocupadíssimo com o terminal, porque o terminal já nasceu com a capacidade esgotada, não há área
de estoque, não há área de veículos, e os veículos não têm baias para parar. Nós temos que resolver o
problema. Acompanhei o impacto das obras, conversei com os usuários, e eles fizeram muitas queixas.
Depois, nós fomos ao Itapoã Parque. Entrei numa fila. Era madrugada ainda, e não havia
abrigo. Eu falei: “Aqui tem que se instalar abrigo”. Isso foi bom, porque o pessoal cobrou, já que, se o
secretário está lá, eles já cobram, na lata.
Mas eu percebi que, em todas essas linhas, mesmo com problema de lotação, mesmo com
problemas e queixas aqui e ali, as pessoas conseguem chegar no horário ao trabalho. Há uma ou outra
exceção em que se perde o horário do ônibus, ou que há algum problema de atraso, de furo de
viagem.
Em geral, Brasília funciona, porque o sistema de transporte funciona, e isso deve ser motivo de
orgulho para nós. Temos que entender que é uma grande conquista o sistema pelo qual o deputado
Chico Vigilante tanto lutou e tanto luta, assim como o deputado Max Maciel, da Comissão de
Transporte, que é um parceiro da Secretaria de Mobilidade, porque ele pontua críticas importantes para
aperfeiçoar a prestação do serviço.
O nosso papel, deputado, na qualidade de membros do governo, é nos colocar à disposição da
sociedade para prestar contas, para esclarecer, para debater e para buscar melhorias no sistema, o
que podemos fazer para atender a população. A nossa razão de ser são as pessoas.
Um dia desses, eu fui ao Sol Nascente, no trecho 3, depois do Trem Bão, indo para o Córrego
das Corujas, naquele mesmo trecho em que um ônibus foi queimado. Um ônibus novinho da BsBus,
com menos de 1 mês de uso, foi queimado.
Eu fui lá, porque, num dia, um ônibus foi queimado; e, no outro dia, um ônibus estava
atolando. Eu falei: “Rapaz, quando não é fogo, é água. De qualquer jeito, a Semob tem problema para
resolver”. Eu fui lá. A população estava reclamando, porque o ônibus não descia num trecho. Eu falei:
“Gente, está sem condições de tráfego a estrada”. Havia um trecho pequeno de 1 quilômetro.
Eu cerquei o motorista da BsBus, porque ele estava fazendo o contorno no Trem Bão antes de
descer o trecho. Eu falei: “Rapaz, você tem que descer. Sua linha 333.8 tem que descer até lá”. Ele
respondeu: “Não, mas a ordem...“. Falei: “Rapaz, ordem nenhuma. Eu sou secretário e estou te
falando que você tem que ir até lá”. Havia risco de eu apanhar ali. Eram 6 horas da manhã. Quase
apanhei do motorista. Coitado, ele não sabia da rota, mas desceu e quase atolou. Se não fosse a
perícia do motorista do BsBus, o ônibus iria ficar grudado com 80 pessoas dentro. Porém, a nossa
razão de ser são as pessoas. O ônibus não podia descer, mas as pessoas tinham que andar 800 metros
até chegar ao Trem Bão, onde há outra parada.
Então, olhei a situação. Eram 6 horas da manhã. Para uma trabalhadora, uma mãe de família,
estar no ponto às 6 horas da manhã, ela já deixou a casa arrumada, fez comida para o marido,
encaminhou os filhos. O pai de família também fez a mesma coisa. O mínimo que o governo – o poder
público – tem que fazer é estar à disposição com transporte, com regularidade, com o mínimo de
qualidade para que esse trabalhador, que merece o nosso respeito, que merece o nosso esforço, tenha
um transporte digno do esforço que ele faz para poder sair de casa e trabalhar. Assim, no final do dia,
depois de enfrentar uma jornada dupla, de chegar à sua casa às 8 ou 9 ou 10 horas da noite, ele ainda
tem que se preparar para o dia seguinte e fazer tudo de novo.
Eu conversava sobre isso com o Márcio e falei: “Márcio, dê uma olhada nas pessoas”. Enquanto
olhávamos as pessoas andando, eu disse: “Está aqui a nossa razão de ser”. O governo, de fato, precisa
sair dos gabinetes, ir às pontas para conhecer a realidade das pessoas. Isso nos motiva a trabalhar
mais e mais para que tenhamos um sistema de transporte sobre o qual as pessoas possam dizer: “Não
é o melhor do mundo, mas funciona e é um bom sistema”. Essa é a nossa meta, o nosso desafio,
deputado Chico Vigilante.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Muito obrigado. Mais à frente, vamos, ainda
hoje, nesta audiência, debater um pouco mais essa questão da dívida. É bom pontuarmos isso para a
população que está assistindo a nós neste momento. Você falou de uma dívida de 900 milhões – é
isso? Eu não sou empresário, mas um sistema que deve 900 milhões, do meu ponto de vista, é um
sistema pré-falimentar.
Nós vamos abrir agora a fala para as pessoas da mesa e as inscrições. O Cerimonial está aí
para inscrever as pessoas. Cada uma terá direito a uma fala de 3 minutos. Queremos sair daqui hoje
com tudo isso esclarecido, pois 900 milhões é uma dívida grande em qualquer lugar do mundo.
Portanto, daqui a pouco, eu quero que você aponte como é que se vai pagar essa dívida ou se o
sistema vai falir.
Concedo a palavra ao Adriel Rocha Lopes, diretor-executivo da BsBus Mobilidade.
ADRIEL ROCHA LOPES – Boa tarde. Eu queria, antes de qualquer coisa, cumprimentar a mesa
na figura do deputado Chico Vigilante e de todos os deputados distritais desta casa. Eu quero
agradecer o convite e a oportunidade de estar aqui hoje representando a BsBus Mobilidade para
esclarecer todos os pontos necessários.
Quero cumprimentar também o nosso secretário de Transporte, Zeno; o nosso presidente, o
qual também parabenizo pelas eleições recentes; os nossos colegas concessionários de transportes
coletivos: Fausto, Eduardo e Nuria – da Viação Marechal – e todos aqui presentes.
Primeiramente, a Expresso São José agora é BsBus Mobilidade. Alterou-se o nome fantasia
como demonstração de atualização e modernização, o que nós queremos para os próximos 10 anos.
Entendemos que renovar contrato também é uma boa oportunidade para repensarmos os
próximos anos: quais serão os nossos próximos desafios e como vencê-los.
O sistema de Brasília, como o secretário disse, não é um sistema fácil. Ele é um sistema que é
caro, pela sua característica geográfica. Hoje, de Brazlândia a Plano Piloto são 60 quilômetros. Essa
não é uma característica de linha urbana, é característica de linha semiurbana.
Nós temos um grande desafio. Temos mais de 1 milhão de clientes que diariamente se
transportam pelo Distrito Federal. O desafio é grande.
Enxergando esse desafio, enxergando a necessidade de se modernizar, de se atualizar, de
poder fazer com que os próximos 10 anos sejam bastante diferentes e fazer com que Brasília seja,
cada dia mais, referência no transporte coletivo; nós trouxemos essa nova marca como BsBus
Mobilidade e, também, como uma homenagem a Brasília. A BsBus é a junção de ônibus com Brasília.
A Expresso São José está aqui desde 1992, ou seja, são 32 anos participando da história de
Brasília, crescendo com Brasília. Então, também trouxemos esse nome como homenagem à cidade e à
nossa história.
Fico muito feliz pela oportunidade de, nos próximos 10 anos, trazer essa atualização, essa
modernização para o sistema de transporte. Sabemos das dificuldades que houve nos primeiros 10
anos. Não foram anos fáceis, deputado Chico Vigilante.
Na verdade, fomos – podemos dizer – até sobreviventes em todos os aspectos. Não foram
anos fáceis. Os primeiros 10 anos foram muito complicados. Sabemos que foi um contrato novo, mas
que, sim, houve grandes dificuldades, assim como hoje estamos vivendo essa grande inadimplência,
que chega a quase 1 bilhão.
Somado a isso, ainda encontramos uma pandemia no meio do caminho, que fez com que tudo
mudasse: as características, os deslocamentos, as pessoas – a forma de se viver mudou.
Hoje, a exemplo da nossa Bacia – a Bacia 5 –, deputado Chico Vigilante, nós temos – se
fizermos uma conta – menos 10 milhões de passageiros anualmente do que tínhamos pré-pandemia.
Os passageiros não voltaram, os deslocamentos das pessoas não estão ocorrendo. Isso não
conseguimos entender. As pessoas estão mais em home office, o comércio está um pouco menos
pujante. Tudo isso se reflete no equilíbrio econômico do contrato, tudo isso se reflete nos custos da
empresa e na forma do deslocamento dela. Esses são desafios que estamos enfrentando, mas
estamos, sim, dispostos a enfrentá-los.
Não sei se existe alguma dúvida específica, mas a mensagem que passo hoje é que estamos
preparados para os próximos 10 anos. Esperamos, sim, que o Governo do Distrito Federal, a Câmara
Legislativa e as empresas, juntos, encontrem uma forma menos dificultosa com relação a essa questão
orçamentária, que realmente deve ser vencida. Não dá mais! Há 10 anos, deputado Chico Vigilante,
todo ano há a mesma discussão; todo ano há a mesma falta de orçamento; todo ano há a mesma
situação.
Chegamos a 2020, deputado Chico Vigilante, com dívidas de 2016. As instituições financeiras já
nem acreditavam mais que iríamos receber. A capacidade de crédito das empresas estava
completamente abalada. Tudo isso, somado à imprevisibilidade da pandemia, gerou o que aconteceu
nos primeiros 10 anos. A São José não teve a renovação naqueles anos não porque ela não quis, mas
sim porque ela não pôde. Isso gerou uma série de consequências: consequências para a empresa e
consequências para a qualidade do transporte.
Essa questão do orçamento público deve ser, sim, algo que agora – inclusive, agradeço, porque
acho que o caminho é este, deputado Chico Vigilante: discutir, mostrar, por transparência nos números
– possamos sair daqui com respostas e com resultados. Não dá mais para convivermos comendo o
almoço com a janta, não haver previsibilidade, não sabermos o que vai ser recebido amanhã.
No último levantamento que fiz, vi que o orçamento liberado hoje vai até maio. Como é que eu
explico para o João Dão que, em junho, não há dinheiro para pagar os salários? Como os funcionários
explicam para a família que há risco de eles não receberem o salário?
Tenho certeza de que vamos encontrar saídas, mas não dá para encontrar saídas sempre em
cima da hora. É preciso haver planejamento, é preciso haver previsibilidade.
A BsBus Mobilidade adquiriu agora 473 veículos novos, Euro 6, a melhor tecnologia que existe
no mundo em transporte a combustão, com tecnologia ambiental. Os veículos que estão em Brasília
hoje foram a maior compra de Euro 6 do Brasil nos anos de 2023 e 2024. Isso não é investimento
barato.
Como vou dizer para a Mercedes-Benz que, em junho, não há orçamento? Como vou dizer para
o João que, em junho, não há dinheiro para salário? Tudo isso gera imprevisibilidade, angústia,
ansiedade. Temos que começar a vencer isso. Temos que começar a encarar esses problemas para que
possamos pensar na qualidade do transporte em si e não só no medo de não conseguir cumprir os
nossos desafios.
As pessoas perguntam hoje: “Como as empresas sobrevivem com tanta inadimplência?”
Crédito. Com crédito e arrolando dívida: meu diesel é para 30 dias, meu pneu é para 40 dias. Sempre
vou levando para a frente para tentar sobreviver. Só que chega um momento em que isso trava. O
senhor disse que não é empresário, mas o número grita – o número grita –, e isso nos preocupa.
Então, a mensagem que deixo é que estamos, sim, dispostos a fazer com que o transporte de
Brasília seja, a cada dia, um transporte de qualidade. Isso está sendo demonstrado nas nossas
atitudes.
Essa compra dessa frota foi um voto de confiança, foi um voto de confiança a esta casa, foi um
voto de confiança a este governo. Acho que nós vamos conseguir cumprir com o nosso financiamento.
Nós alavancamos muito dinheiro para comprar essa frota, mas, também, precisamos que, agora, as
coisas se organizem.
Essa fase não foi uma fase fácil, mas, sim, agora, em maio, nós estaremos com 473 ônibus
novos em Brasília, operando na nossa base C5. E espero que este ano consigamos equalizar essa
questão orçamentária e possamos nos focar naquilo que importa, que é a qualidade do transporte
coletivo. E não mais ficar preocupado com o que eu vou fazer para pagar o meu boleto amanhã.
Então, é isso. Eu me coloco sempre à disposição, deputado Chico Vigilante, e fiquei muito feliz
com a sua visita e com a sua vistoria da frota. Eu me coloco sempre à disposição para qualquer dúvida,
para qualquer situação. E estamos juntos, estamos juntos nos próximos anos.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado, Adriel. Só para ficar claro para as
pessoas que estão assistindo a esta sessão: em maio, vocês completam a troca da frota?
ADRIEL ROCHA LOPES – Deputado Chico Vigilante, já está quase completa, faltam... Acho que
de cabeça não vou me lembrar, mas acho que uns 770 veículos já estão aqui.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Faltam quantos?
ADRIEL ROCHA LOPES – Na verdade, já estão todos comprados, já estão estacionados em
Brasília, mas há a questão do emplacamento, do cronotacógrafo, do Inmetro, da vistoria da Semob.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Vocês já receberam todos os ônibus novos?
ADRIEL ROCHA LOPES – Sim, estão todos aqui.
E o processo de troca não é uma coisa muito simples, porque eu não posso tirar tudo e colocar
tudo. Eu tenho que fazer cada dia um pouquinho, 10 ou 12 por dia, para não atrapalhar a operação.
Acreditamos que até a primeira quinzena de maio estaremos com 100% implantado.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Isso é bom, essa é uma boa notícia.
E aquela velharia, o que fizeram deles?
ADRIEL ROCHA LOPES – Rapaz, não são tão velhos assim não. Você acha? (Risos.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Não, aquelas sucatas que estavam rodando
por aí.
ADRIEL ROCHA LOPES – Os ônibus mais antigos fazem parte do sistema – inclusive, é até
interessante isso –, pois a revenda deles é uma fonte de receita para o sistema.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Mas vocês venderam para o Entorno? Como é
que é?
ADRIEL ROCHA LOPES – É varejo: são 10 em 10. Vende-se em varejo: 10, 1, 2, 3. Ninguém
compra em volumes. Então, eu virei uma concessionária de ônibus agora. (Risos.)
Vou aproveitar para fazer a propaganda: quem estiver precisando de ônibus...
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Estou interessado em saber para onde eles
foram.
ADRIEL ROCHA LOPES – Estão em Brasília ainda e estão sendo vendidos aos poucos, a partir
do momento em que...
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Sobre todos os embates que tivemos aqui,
acho que está sendo muito importante o que você está falando: que até maio vocês completam 100%
de frota nova, não é isso?
ADRIEL ROCHA LOPES – Isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Beleza.
Vamos ouvir, agora, o senhor diretor da Viação Marechal, Igor Taques. (Pausa.)
Um momento, por favor, ela o está substituindo. Diga o seu nome completo, porque não me
passaram.
NURIA ITALINE AZEVEDO – Boa tarde a todos. O Igor não pôde comparecer, deputado, e eu o
estou representando. Meu nome é Nuria Italine, gerente de operações e planejamento da Autoviação
Marechal.
Pessoal, o Adriel falou sobre todas as nossas dores, as que estamos enfrentando no sistema.
Reconhecemos que a Autoviação Marechal é a última empresa que está no processo para poder fazer a
renovação de frota, mas nós já conseguimos encaminhar, trabalhamos muito para podermos montar
esse cronograma e fazer a primeira compra para podermos entregar os primeiros veículos. Eu acredito
que em agosto já consigamos entregar novos carros para a população do Distrito Federal.
Foi esse o cronograma que nós apresentamos. Trabalhamos em cima de uma melhoria. Toda a
frota vai vir com ar-condicionado, atendendo à lei em relação ao Distrito Federal. Será uma frota com
veículos convencionais, veículos mídis, todos com ar-condicionado. Já passamos esse cronograma.
Vamos inovar com carros Volvo, veículos Padron. Será a primeira empresa com esse chassi aqui no DF.
Nós já recebemos as empresas. Mês passado, eu estive em São Paulo e fui até a Mercedes-
Benz. Fechamos a questão das compras, dos detalhes. Recebemos a representante da Caio na nossa
empresa para acertarmos detalhes de carroceria. Estamos caminhando para poder entregar esses
veículos novos à população do DF.
Tivemos muitas dificuldades. Nos primeiros 10 anos de contrato, houve a questão da
implantação, da contratação de funcionários, do estabelecimento das empresas novas. A São José já
estava no DF há algum tempo. A Marechal foi uma das empresas novas que vieram para cá. Tivemos
desafios ao longo dessa caminhada, desafios culturais, toda a parte de implantação.
Eu pude acompanhar isso. Estou na empresa desde 2013. Sou uma vencedora do sistema.
Represento aqui grande parte da categoria. Já fui cobradora. Passei por várias partes até chegar ao
cargo de gerência e ter esse reconhecimento, nos últimos 2 anos, como uma das primeiras mulheres a
representar uma empresa de transporte público no DF. Então, enfrento esses desafios diariamente.
Assim como o secretário, temos acompanhado a operação, onde estão as nossas principais
dores. A renovação será um grande marco para nós também, porque vamos vencer dificuldades
operacionais. Com essa nova frota, nós vamos entregar um melhor tipo de veículo à população,
melhorando as dores que há na parte de anjo da guarda, da parte dos elevadores, em que há grande
dificuldade hoje. Toda essa frota será com uma tecnologia extremamente diferente. Os veículos Padron
têm uma tecnologia diferente para os nossos motoristas, darão mais conforto para eles, para a
operação, para os nossos funcionários, motoristas e cobradores. É nisso que a empresa está
apostando.
Foram muitos desafios, assim como o Adriel já falou, dificuldades de crédito. Ficamos até o
mês passado para poder fechar esse cronograma, essa compra. Conseguimos realizar esse primeiro
lote. Encaminhamos as documentações à Semob, e o secretário já as recebeu. Até agosto, setembro,
receberemos os primeiros lotes dos carros novos e faremos a renovação de 377 veículos para a
população, com uma tecnologia diferenciada, com veículos 4 portas que possam atender à faixa
exclusiva. Há diferença das obras que nós estamos tendo hoje no Distrito Federal, como a faixa
exclusiva, que já está sendo concluída na parte da EPTG até a Asa Sul. Nossa bacia vai contemplar...
Nós já estamos pensando nos veículos que possam atender essa operação e a população também.
Então, é isso que temos a apresentar à população. Pedimos só mais um pouquinho de
paciência. Tem sido muito difícil para nós também, mas estamos tentando melhorar, dia após dia, as
dificuldades que têm sido encontradas e tentando melhorar a questão da dirigibilidade dos nossos
condutores, ofertando treinamento, acompanhando, trabalhando para que possamos ter uma melhoria
dentro do que conseguimos fazer, do que está em nossas mãos.
É isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Nuria, você foi cobradora aqui em Brasília?
NURIA ITALINE AZEVEDO – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – É mesmo?
NURIA ITALINE AZEVEDO – Sim.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Participou de algumas greves ou não?
NURIA ITALINE AZEVEDO – De algumas. (Risos.) Sou filha do sistema. O meu pai foi rodoviário
e motorista de ônibus. Trabalhou na Viação Pioneira e na Urbi. Perdi o meu pai já há 4 anos. Ele era
um apaixonado pelo sistema de transporte de Brasília e participou de grandes lutas. Então, eu conheço
o transporte no sangue.
Tudo que tenho hoje, abaixo de Deus e da minha vontade, vem do transporte público daqui.
Tive todo um crescimento. Saí da cadeira de cobradora, passei por uma faculdade, graduei-me, fiz pós-
graduação e estou aqui. Conheço na pele o que o cobrador e o motorista passam. Tenho lutado para
melhorar a situação de cada funcionário da empresa.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Fiz essa pergunta porque, sinceramente, dá
um orgulho danado ver uma mulher vencer. Você foi cobradora, está no sistema e, hoje, está
chegando à direção da empresa.
NURIA ITALINE AZEVEDO – Sou gerente. Estou do lado do Igor, nosso diretor.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – É gerente. Isso é muito importante. Você está
de parabéns.
NURIA ITALINE AZEVEDO – Agradeço, deputado.
Sou moradora da Ceilândia e vizinha do deputado Max Maciel. Então, acompanho os nossos
colaboradores e converso com os meninos do sindicato, Elias e João Dão. Acompanhamos diariamente.
De vez em quando, passo e vejo um. Não tenho vontade nenhuma de sair da cidade onde nasci. Sinto
na pele as dores pelas quais a população passa. O meu trabalho é corrigir isso por meio da nossa
empresa e trazer melhoria.
Acredito muito que a Marechal vai conseguir superar essa fase difícil – que será só uma fase –,
com o apoio do governador Ibaneis, da Semob, do secretário Zeno e de cada deputado que tem
ajudado.
Temos que receber as críticas como algo construtivo. A cada dificuldade, a cada notificação que
recebemos, temos de olhar os erros como algo que podemos mudar. Temos que acreditar na mudança.
Não podemos ficar parados. Para a mudança acontecer, precisa de algumas coisas.
Os usuários veem, na mídia, que as empresas estão recebendo milhões. Eu já fui do RH. Antes
de chegar à gerência de operação, eu era gerente de recursos humanos. Toda a parte de
departamento pessoal da empresa, eu também acompanhei. Temos buscado transformação na gestão
da Viação Marechal. Há 2 anos, estamos nesse trabalho de mudança. Vamos mudar até conseguir
alcançar um top de melhoria.
Já acompanhei os nossos números. A folha de pagamento da nossa bacia, que é uma das
menores, é quase 9 milhões de reais por mês. É muito dinheiro. De 2022 e 2023, temos 120 milhões
de reais para receber. Como uma empresa roda sem dinheiro?
Acreditamos que vamos encontrar soluções juntos. O sistema precisa se unir às empresas de
transporte, para que consigamos alcançar soluções e entregar um serviço de melhor qualidade à
população e a cada colaborador.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Até agosto, vocês vão receber quantos ônibus
novos?
Estou lhe perguntando porque moro no P Sul, na Ceilândia, e, todo dia, quando me desloco
para o Plano Piloto, vejo um ônibus quebrado da Marechal. Como já andei muito de ônibus, sei a raiva
que sentimos quando um ônibus quebra. Quando um ônibus quebra, você desce e, quando você chega
ao trabalho, o patrão nunca acredita – quem anda de ônibus é empregado – que o ônibus quebrou. Se
você fala que o ônibus quebrou, ele pergunta: “De novo?”, e acaba mandando o empregado embora.
NURIA ITALINE AZEVEDO – Fechamos esse primeiro lote de compra, de 244 veículos que estão
para ser entregues nesse cronograma, em agosto. São 121 veículos convencionais. Os 80 ônibus Volvo
Padron já estão para vir. Vai depender muito das empresas, do chassi, da encarroçadora, mas,
provavelmente, até o final do ano, conseguiremos completar 300 veículos para a população.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – O ônibus Padron que você está dizendo, para
quem está assistindo a nós, é aquele que convencionamos chamar de minhocão? É o grandão?
NURIA ITALINE AZEVEDO – Isso. A Pioneira e a Piracicabana já têm esse modelo. O Padron
entra em substituição a alguns convencionais. Vamos colocá-lo para operar na faixa exclusiva; então,
ele vai fazer as linhas do P Sul, as linhas mais longas de ligação e vão atender a faixa exclusiva. E o
Super Padron vai entrar em substituição aos articulados. É um veículo mais alongado, porém, ele não é
sanfonado. Para atender essa capacidade – esse é um esclarecimento que fizemos à Semob e à mídia
–, vamos ter um aumento de frota. Já conseguimos junto à secretaria aumentar em 14 veículos para a
população não ter perda em relação aos assentos e ter uma disponibilidade maior. Com a maior
quantidade de veículos, teremos mais carros para atender a demanda da população.
Estamos estudando vários projetos junto à secretaria – sempre conversamos com o Márcio –
de propostas de melhoria para a população, para ver se conseguimos resgatar o número dos nossos
passageiros. A perda que tivemos foi muito grande de 2019 para cá. O sistema não se recuperou.
Estamos com a média de 144 mil passageiros por dia. O que foi proposto para nós no edital era um
número muito maior. Estamos tendo de nos virar para nos renovar e atender todo o plano de
manutenção.
Compreendemos e estamos acompanhando esses problemas de manutenção, só que eles
reduziram bastante, deputado, em vista do que vinha ocorrendo. Estamos com o plano de aumentar o
quadro da nossa equipe de manutenção para fazer uma preventiva e um trabalho com esses veículos
para que possamos melhorar essas condições até a chegada da nova frota.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Beleza.
Vamos ouvir agora o representante da Piracicabana, Fausto Mansur.
FAUSTO MANSUR – Boa tarde.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – A Piracicabana e a Pioneira foram as primeiras
que renovaram completamente a frota, e eu fiquei o tempo todo dando vocês como exemplo.
FAUSTO MANSUR – Sim. Inclusive, a nossa frota é uma das mais novas do Brasil, com 2 anos e
meio de idade média.
Eu queria cumprimentar a mesa e a plateia. Para nós é um prazer estar contribuindo com
vocês. Nós, como concessionários, viemos mais para escutar e contribuir.
O deputado Chico Vigilante fez um histórico muito bom do sistema de Brasília. Eu me lembro
de que quando chegamos aqui, em 2013, isso realmente era um caos. Viemos de São Paulo, já
operávamos lá. O secretário Zeno falou muito bem dos problemas atuais, o Adriel está nos
representando bem. Na realidade, não temos muitas novidades. Viemos para escutar.
Dentro de 60 dias, nós receberemos mais 40 ônibus zero; nós estamos renovando a frota de
2018. Nós acreditamos muito no governo, somos parceiros dele. Estamos aqui para contribuir.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado, Fausto.
Ouviremos agora o representante da Viação Pioneira, senhor Eduardo.
EDUARDO DIAS – Boa tarde, deputado Chico Vigilante; boa tarde à mesa; ao João Dão,
presidente do Sindicato dos Rodoviários; ao secretário Zeno; aos demais companheiros; ao Adriel; ao
Fausto; à Nuria, também presente. Cumprimento os rodoviários presentes. Boa tarde ao subsecretário,
ao Márcio, um grande parceiro, sempre nos ajudando nos horários, nas escalas dos ônibus. Parabenizo
o secretário Zeno, que está andando conosco nas linhas, nos terminais, vendo pelo que a população
está passando, as condições das linhas, os engarrafamentos no trânsito.
O nome da empresa Pioneira já diz tudo, ela é pioneira no transporte público. Ela renovou sua
frota em 100% com uma tecnologia de primeiro mundo, o Euro 6, com carros menos poluentes. Nós
estamos trabalhando com uma frota mais moderna e confortável para os nossos usuários, para os
nossos clientes e para os rodoviários. Investimos nessa frota e a renovamos. Há pouco tempo houve
um aumento da frota, com 52 ônibus a mais nas regiões de Santa Maria, Paranoá, São Sebastião e
Gama.
Eu sou gerente operacional da Bacia 2 da cidade do Gama, na operação do BRT. Eu trabalho
há 32 anos na Viação Pioneira, sou um rodoviário muito antigo lá. Fui manobreiro junto com o João
Dão na antiga Planeta, nós fomos manobreiros de ônibus, fui motorista, fui lavador, fui manobreiro de
ônibus na Viação Pioneira, há 32 anos estou lá, já passei por diversas cidades. No Paranoá, eu fiquei 12
anos gerenciando a parte do Paranoá. No Itapoã, eu comecei a gerenciar aquela parte do Itapoã assim
que ele foi criado.
Há pouco houve a inauguração de um viaduto no Itapoã e no Paranoá. Isso foi muito bom
porque havia muito atraso na operação da nossa frota, impactando nos horários.
A Viação Pioneira também passou pelas mesmas situações que as demais passaram na
operação durante a pandemia, mas fomos a única categoria que não parou. Nós rodamos com 100%
da frota; os rodoviários adoeciam, mas todo dia nós estávamos com a frota rodando 100%.
Também houve um problema na parte da higienização, tivemos de contratar uma empresa
para higienizar a frota a cada partida, em todos os horários, o que gerou um custo para a empresa.
Houve um alto custo com peças, com salário, com diesel – a segunda maior conta que há hoje na
empresa –, os salários também aumentaram. É preocupante escutarmos sobre a redução da tarifa
técnica, pois tudo tem aumentado: peça, pneus, combustível. Por isso estamos preocupados com essa
situação também.
Estamos cumprindo 100% dos nossos horários, a Viação Pioneira está sempre preocupada com
o nosso cliente, com o nosso colaborador. Aproveito para parabenizar a nossa classe rodoviária. Diante
da pandemia, cumprimos também as nossas obrigações porque, como o deputado colocou: era ônibus
vazio para cá e para lá, mas nós cumpríamos os horários, cumpríamos o contrato do governo; o que o
governo falava, nós cumpríamos.
Então, deputado Chico Vigilante, os ônibus da Viação Pioneira estão renovados e ainda temos
mais 88 carros para chegar no segundo semestre, os articulados do BRT, que já estão em fabricação,
inclusive nós temos um pessoal na fábrica acompanhando; bem como os Padrons, que virão para a
renovação da área do Gama e Santa Maria, que serão os últimos e estão dentro do prazo de renovação
da nossa frota. Estamos atendendo, com todo cuidado, da melhor forma a população do Distrito
Federal.
Hoje em dia, nós passamos por uma situação no terminal de Santa Maria, o secretário esteve lá
e pôde ver que é um terminal pequeno e merece um aumento para atendermos melhor os nossos
usuários. Há um fator impactante que é uma parte do Entorno que opera naquela localidade também,
roda naquela área.
Quero dizer também, deputado Chico Vigilante, que a nossa empresa tem uma grande
preocupação com os nossos colaboradores. Fazemos palestra todo mês, explicando para os nossos
colaboradores como é que se faz um atendimento ao nosso cliente, ao nosso usuário; damos cursos
todo mês, assim como vistoriamos a nossa soltura para evitarmos quebras ou algumas ocorrências na
operação, para rodarmos sempre 100% com a frota, atendendo da melhor forma os nossos usuários.
É isso, deputado Chico Vigilante, a Viação Pioneira está comprometida em fazer o melhor e dar
o melhor pelo nosso Distrito Federal.
Obrigado a todos.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado.
Estamos aqui, hoje, discutindo o sistema de transporte público e a Companhia do Metropolitano
faz parte desse sistema. A cada dia vemos uma situação muito grave no metrô, seja no não
cumprimento do horário, seja com carros pegando fogo. Eu queria saber, Anderson: tem jeito? O que
vocês estão propondo para resolver essa questão do metrô no Distrito Federal?
HANDERSON CABRAL RIBEIRO – Deputado Chico Vigilante, boa tarde. Quero cumprimentar
vossa excelência, agradecer o convite e a parceria constante. O senhor, desde quando nós chegamos
no metrô, em 2019, sempre esteve muito presente conosco, tem um trabalho que está nos ajudando
como representante do povo, do cidadão do Distrito Federal. Cumprimento, em seu nome, todos os
representantes desta casa; o secretário Zeno, que é o nosso líder dentro do sistema de mobilidade
urbana, onde o metrô, com muito orgulho se insere; e, em nome dele, cumprimento todos os colegas
do sistema de transporte de ônibus, bem como os colegas que estão na nossa plateia.
Estamos trabalhando, hoje, em duas frentes extremamente importantes e que se
complementam. A primeira delas é a ampliação do sistema com a extensão das obras em Samambaia e
Ceilândia. A obra de Samambaia, nós já estamos com ela contratada, finalizando tratativas com o
governo federal para incluir a obra de Samambaia dentro do Programa de Aceleração do Crescimento –
PAC, de modo a garantir os recursos necessários para fazer essa obra do começo ao fim, sem nenhum
tipo de paralisação.
Estamos com um trabalho bastante avançado. O secretário Zeno, o secretário José Humberto e
o governador Ibaneis Rocha participaram desse processo na Casa Civil, no comitê gestor do PAC. Nós
estamos estimando que, nos próximos 30 a 40 dias, deveremos ter a sinalização definitiva do governo
federal pela inclusão do projeto Samambaia – a extensão de 3,5 quilômetros de linha e 2 novas
estações, o que vai fazer com que possamos atender mais 10 mil passageiros por dia naquela região de
Samambaia até perto da Vila Olímpica Rei Pelé, onde a extensão chega. Isso acontece dentro dessa
visão de governo que o secretário Zeno trouxe, que é a visão do governador Ibaneis Rocha e de todos
nós que fazemos parte do sistema de mobilidade, que é prestar um serviço de maior e melhor
qualidade para o maior número de pessoas possível.
A expansão da Ceilândia está em licitação e estamos fazendo algumas revisões, por
determinação do Tribunal de Contas. Nós tivemos um acórdão que foi proferido em relação a essa
licitação. O metrô está fazendo os esclarecimentos daquilo que pode ser esclarecido e justificado e
estamos também trabalhando nas alterações que o tribunal sugeriu. Ao longo desse ano, nós teremos
também a licitação da expansão para Ceilândia, que serão mais 2.600 metros de linha com 2 estações
novas. Nós vamos chegar até bem perto da BR-070, de modo que vamos atender a uma população
ainda maior na Ceilândia e no futuro também vamos poder atender à população que vem do Entorno,
daquela região do estado de Goiás, que vai poder se integrar com o metrô em Ceilândia, na conexão
com a BR-070.
Essa é a frente para levar a ampliação da nossa rede para que tenhamos condições de ofertar
o sistema de transporte de passageiros sobre trilho para um número maior de pessoas. E com o
objetivo de buscar a concretização do projeto do metrô ser um tronco central de transporte do
passageiro público em Brasília, nós estamos fazendo hoje o contrato de modernização do sistema de
energia, que já está ativo e em execução. O projeto executivo foi aprovado e é um recurso da Caixa
Econômica Federal que estamos recebendo a fundo perdido para o Governo do Distrito Federal. Não é
empréstimo nem financiamento, e isso é uma boa notícia. Com essa modernização, nós aumentamos a
capacidade de sustentar o sistema elétrico.
Juntamente com isso, nós estamos com o processo de financiamento de 15 novos trens para
ampliar a nossa frota. Hoje nós temos 32 trens e estamos no processo de compra de mais 15 novos
trens por meio do financiamento do BNDES no valor de 900 milhões de reais. Nós já temos a
aprovação desse financiamento dentro do ambiente do Ministério das Cidades, porque nós precisamos
discutir isso na Secretaria de Mobilidade Urbana. Esse financiamento também entra dentro do PAC, na
área de mobilidade, onde nós vamos ter esse recurso do BNDES vinculado ao Programa Renova Frota.
Esse Programa Renova Frota tem 2 premissas. A primeira é a premissa ambiental porque é um
fundo que o BNDES tem para a renovação de frota com o objetivo de descarbonização. A segunda é,
no mínimo, 60% de nacionalização do produto que vai ser adquirido. Isso também gera mais empregos
e renda para nós trabalhadores brasileiros, especialmente para os trabalhadores da indústria
metroferroviária no Brasil, que ao longo desse período vem sendo deixada de lado. Esse programa do
governo federal, que vai financiar a renovação de frota do sistema de trens e metrôs, tem essa
perspectiva.
Com essa ampliação de frota de 15 novos trens, nós estamos tendo a capacidade de fazer o
quê? Uma vez que nós tenhamos capacidade de energia para sustentar a circulação desses trens e que
tenhamos o projeto original do metrô de Brasília concluído – com a expansão Samambaia e a expansão
Ceilândia –, nós vamos dobrar a capacidade de oferta de lugares no sistema de metrô.
Hoje nós estamos transportando, em média, 180 mil a 190 mil passageiros por dia e, com esse
número, já retornamos aos números pré-pandemia. O metrô de Brasília, proporcionalmente, foi o
metrô que atingiu primeiro o patamar de passageiros pré-pandemia. Nós tínhamos picos de até 202 mil
passageiros na pré-pandemia, mas a nossa média geral era de 180 mil, 185 mil, 190 mil passageiros.
No momento mais grave da pandemia, no final de abril de 2020, nós chegamos a transportar só 18 mil
passageiros por dia; considerando as 490 viagens que fazemos diariamente, estamos falando de uma
média de 30 passageiros por trem. Da mesma forma que aconteceu com os ônibus, aconteceu
conosco: uma composição saiu de Ceilândia e chegou à rodoviária do Plano Piloto sem ter transportado
1 única pessoa. Mas foi uma decisão de governo manter o sistema todo funcionando, porque as
pessoas precisavam ir trabalhar, especialmente aqueles que estavam no combate à pandemia.
Com essa capacidade de passar de 200 mil para 400 mil passageiros por dia, o próximo passo,
dentro dessa integração que há com o sistema de mobilidade urbana, é fazer com que o metrô receba
os passageiros das empresas que estão alimentando a bacia naquela região onde nós estamos – eu
acho que lá na região de Samambaia e de Ceilândia temos a Marechal e a Urbi – e o ônibus possa fazer
uma viagem num trajeto menor, captando esses passageiros dentro de Ceilândia, Samambaia,
Taguatinga e conectando esses passageiros com as nossas principais estações, para que façamos o
trabalho de trazer o maior volume de pessoas para o Plano Piloto.
Se nós embarcarmos hoje na estação Arniqueiras – uso Arniqueiras como referência porque é a
estação ao lado da minha casa e a que eu usava quando trabalhava no Plano –, temos certeza de que
em 25 minutos estaremos na Rodoviária do Plano Piloto. A grande vantagem do metrô é a
previsibilidade do tempo de trajeto.
É claro, como o senhor comentou, que nós temos alguns desafios ainda a superar. É verdade
que há trens que estão em velocidade reduzida, nós temos notícia de que há trem andando em via
singela, por quê? Porque ainda estamos enfrentando algumas dificuldades em relação às questões de
segurança pública, especialmente aquelas afetas a roubo de cabo, o que traz um transtorno para nós
em termos de dificuldade de energia.
Nós tivemos, nos dias 8 e 9 de janeiro deste ano, aquele incidente, um incidente grave, em que
um dos nossos carros acabou se incendiando ali na região de Águas Claras. Foi um fato isolado. Graças
a Deus, não houve nenhum dano em termos de vidas, porque o trem já estava isolado, ele já estava
sem passageiro. A equipe do Metrô agiu com diligência, com o treinamento adequado, todo mundo
colocou o treinamento em prática. Aquele trem estava sendo recolhido para o pátio quando pegou
fogo.
Sobre isso, nós já fizemos uma ampla revisão – em todos os trens da série mil, em todos os
trens da série 2 mil e em todos os trens da frota do Metrô –, que consiste em, resumidamente, colocar
esses trens dentro da área de manutenção, colocar esses trens dentro da área de manutenção, deixá-
los energizados como se estivessem funcionando, circulando no dia a dia, e, depois de um determinado
tempo, entrar com imagens termográficas dentro do trem para verificar os componentes eletrônicos e
elétricos – os que geraram aquele incêndio – e saber em quais as condições eles estão: se estão dentro
das condições admitidas pelo fabricante ou se estão fora delas. Se o componente estiver fora dessas
condições, ele será trocado imediatamente. Então, hoje, há a segurança de todos esses trens estarem
revisados. O trem daquele acidente tinha saído da área de manutenção na semana anterior, então foi,
de fato, uma fatalidade.
Nós estamos empreendendo todos esses esforços com a expansão das obras e a ampliação da
frota com a aquisição de 15 novos trens. É um empreendimento muito custoso em termos de recursos
financeiros, porque há muita tecnologia agregada dentro de um conjunto de trem como esse; a caixa
metálica do trem é feita para ter 45 anos, 50 anos de vida útil e há toda a tecnologia que está por trás
do funcionamento do metrô, porque ele tem um sistema altamente tecnológico, baseado em
componentes eletrônicos.
Então, há realmente um custo alto para essa implantação, mas o Governo do Distrito Federal
tem empreendido, em todos os anos, os recursos necessários para que mantenhamos a nossa
operação plena. O Metrô é um concessionário, assim como os concessionários dos ônibus, faz parte do
sistema de mobilidade, mas há uma diferença entre eles. Uma vez, em uma visita de 2 deputados,
colegas do senhor, ao Metrô, eu até comentei que o Metrô não recebe a tarifa técnica, está fora dos
900 milhões de reais da tarifa técnica e, ficar de fora da tarifa técnica, para o Metrô, é uma benção.
Por quê? Porque os colegas dos ônibus – o secretário Zeno trouxe o número – têm uma dívida
acumulada de 900 milhões de reais. O Metrô recebe 200 milhões de reais de usuários – que pagam a
tarifa de R$5,50 – mais as receitas extratarifárias pela locação de espaço. Do nosso custo de 500 e
poucos milhões por ano, o GDF tem complementado os outros 300 e poucos milhões com os recursos
do próprio Tesouro do Distrito Federal.
Todos os dias, a partir das 5 horas e 30 minutos da manhã até às 11 horas e 30 minutos da
noite, temos conseguido ofertar um transporte de qualidade e atender a comunidade que depende da
operação do Metrô. E temos sempre conseguido, com o empenho do governo, da Secretaria de
Economia e da Secretaria de Fazenda, zerar o ano com todas as nossas dívidas pagas. Então, o Metrô
tem esta característica diferenciada dentro do sistema da mobilidade: não depender da tarifa técnica.
Se o Metrô dependesse da tarifa técnica, a cota não seria de 900 milhões; ela seria um pouco mais
porque o Metrô estaria dentro dela. De 1 milhão de passageiros que são transportados, nós estamos
transportando 180 mil deles todos os dias.
Além da renovação – e isso traz uma segurança porque se trata de um trem zero quilômetro –,
que vai atender a todas essas questões mais prementes hoje em termos de descarbonização, de temas
ambientais, de presença de ar-condicionado e tudo o mais, nós temos um programa de manutenção da
nossa frota muito intensivo, de acordo com todos os critérios do fabricante, de modo que conseguimos
cumprir as nossas 497 viagens todos os dias.
O secretário Zeno falou uma frase no começo da sua fala. Ele disse que a notícia que chega ao
usuário é a de que milhões e milhões de reais estão sendo transferidos para as empresas de ônibus.
Ele demonstrou aqui que esses milhões e milhões de reais transferidos para as empresas de ônibus são
uma ação do Governo do Distrito Federal em nome de cada um dos cidadãos do Distrito Federal que
usa o sistema de ônibus, para complementar o valor da passagem deles. Nós temos que aprender a
nos comunicar melhor dentro da imprensa – é um mea-culpa que nós precisamos fazer, como o
secretário falou. Nós sabemos transportar as pessoas, mas precisamos aprender a nos comunicar.
Imagine o senhor que, em 2023, nós tivemos – são dados públicos, amplamente apresentados
na imprensa – uma faixa de 50 eventos notáveis – arredondando –, que são aqueles que geram um
atraso de mais de 15 minutos. No ano inteiro, por dia, nós fazemos 492 viagens. Então, nós fazemos
milhares de viagens no ano, e, dentro das milhares de viagens que o metrô fez no ano, 43 ficaram
prejudicadas, porque houve um atraso superior a 15 minutos.
Esse número é insignificante, mas ainda precisamos amadurecer a forma de nos comunicarmos
com o nosso usuário, com a sociedade do Distrito Federal, com esta casa, com outros representantes
do governo, porque a realidade é que temos as 20 mil viagens que o sistema de ônibus faz todos os
dias, as quase 500 viagens que o metrô faz todo dia, e temos a possibilidade de atender o cidadão da
melhor maneira possível.
Esse é o desafio que temos diariamente e eu quero de público aqui, na presença do senhor –
um representante do povo de Brasília e especialmente um deputado que vem da luta trabalhista, da
luta sindical –, também fazer um agradecimento a todos os servidores do Metrô. Nós falamos aqui do
período da covid-19, em que cerca de 400 colegas foram contaminados com o vírus da covid-19 e o
metrô funcionou todos os dias, de 5 e 30 às 11 e 30 da noite. Nesse período, todo o programa de
manutenção permaneceu acontecendo nas oficinas do Metrô em Águas Claras e na linha, porque,
enquanto o passageiro está dormindo, durante a madrugada, nós temos um programa intenso de
manutenção nos trilhos, para que, no outro dia, o sistema esteja funcionando adequadamente, para
levar a cada um de nós, que somos usuários do Metrô, de casa até o seu destino e trazer de volta em
paz e em segurança.
Quero renovar aqui o nosso compromisso de continuar trabalhando com toda a firmeza,
especialmente dentro do programa de complementação dessa frota. É um programa mais dispendioso
tanto de recurso quanto de tempo, porque nós precisamos fazer uma licitação. Essa licitação já está
sendo construída dentro do Metrô, com a especificação desses trens e tudo. É uma licitação
internacional complexa de se fazer. Depois de feita essa licitação nós temos um prazo médio, hoje,
dentro da indústria metroferroviária mundial, de 2 anos para começar a receber esses trens.
O nosso desafio é, até o final deste governo, começar a entregar os trens novos para ampliar a
frota de Brasília. Sobre a expansão de Samambaia, temos a segurança de que, não havendo a falta de
recursos, nós vamos concluí-la ainda até 2026. Sobre a expansão de Ceilândia: é um trabalho que
vamos iniciar as obras para que o próximo governo possa concluí-lo e entregá-la à comunidade do
Distrito Federal.
Contem conosco.
Muito obrigado pelo convite.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado, Handerson.
Concedo a palavra ao João Dão, presidente do Sindicato dos Rodoviários do Distrito Federal.
(Palmas.)
JOÃO DÃO – Obrigado, cumprimento todos os deputados desta casa, os representantes das
empresas, o secretário de Mobilidade, as companheiras e companheiros deste debate para saberem a
realidade do sistema de transporte público do Distrito Federal.
Em especial, quero deixar o nosso agradecimento ao deputado Chico Vigilante, que é uma
pessoa que tomou a frente na busca da melhoria do sistema de transporte público do Distrito Federal e
no cumprimento, pelas empresas, da renovação da frota. Parabéns, deputado Chico Vigilante, por sua
coragem! Conte sempre conosco naquilo que nós possamos ajudá-lo.
Eu quero voltar um pouquinho: o sistema de transporte público do Distrito Federal, quando o
companheiro Pedro Celso buscou a melhoria dos benefícios e da jornada de trabalho para os
companheiros – é importante relembrar isto, ele enfrentou dificuldades naquela época, da qual eu fazia
parte também, em 1989 – era totalmente diferente do que é hoje. Os ônibus tinham direção mecânica
e embreagem mecânica. Os companheiros terminavam sua jornada de trabalho exaustos, cansados,
devido àquelas condições de trabalho.
Entretanto, houve a coragem do governador do Distrito Federal naquela época, Agnelo Queiroz,
que enfrentou as operadoras que não queriam sair do sistema. Houve várias e várias audiências para
que não fosse feita a licitação do sistema, mas o governo conseguiu vencer. E venceu para a melhoria
do sistema, para a melhoria da população do Distrito Federal, que são os usuários que dependem do
transporte público. Melhorou a condição de trabalho do cobrador e do motorista, que hoje trabalham
em um sistema totalmente diferente, com ar-condicionado, direção hidráulica, embreagem a ar. Isso é
um benefício, é qualidade de trabalho, qualidade de vida, para os trabalhadores rodoviários. É o que
nós sempre buscamos: a melhoria do sistema de transporte e melhorias para a nossa categoria. Dentro
da nossa categoria, nós vamos estar sempre – mas sempre – em busca do que há de melhor para os
trabalhadores e na defesa disso. Também vamos buscar a melhoria para a população do Distrito
Federal, que merece um transporte de qualidade. A sociedade de Brasília faz parte de nós: são as
nossas famílias que também dependem do transporte público.
O transporte público de boa qualidade é o transporte que busca as pessoas que usam o seu
transporte particular para vir trabalhar para não dependerem do transporte público. Mas, para isso, o
sistema precisa melhorar. Precisa melhorar muito ainda na pontualidade, nos horários, para que você
não chegue à parada e fique esperando 30, 40 minutos, às vezes 1 hora. Tem que haver pontualidade.
É importante haver também uma certa forma de monitoramento do governo, um aplicativo
para que os usuários do transporte público acompanhem se o ônibus vai passar de imediato na parada,
secretário, para que as pessoas que usam o seu transporte particular possam usar o transporte público.
Então, ele vai ter confiança de que o ônibus vai passar naquele horário. Vai diminuir o engarrafamento,
vai diminuir a poluição, vão diminuir os acidentes, mas, para isso, é preciso ter certeza de que isso
realmente vai funcionar.
Nós defendemos a questão do subsídio, porque, anteriormente, não havia subsídio. O subsídio,
hoje, atende à sociedade do Distrito Federal. Antes, os estudantes não iam para a aula por falta de
dinheiro, porque muitas famílias, às vezes, naquele momento, não tinham dinheiro para pagar a
passagem. É preciso mostrar para os estudantes, os portadores de necessidade especial, os idosos, a
população e a própria imprensa – que está aqui presente – que essa gratuidade é positiva para a
sociedade. Desejo uma boa-tarde também aos servidores desta casa, desculpem-me, porque eu
esqueci. Ela é positiva para que os trabalhadores reconheçam que o Governo do Distrito Federal, se
não me falha a memória, há mais de 10 anos não aumenta o valor da tarifa usuário. Esse subsídio é
justamente para que a tarifa usuário não chegue ao valor que está no Entorno. Se não houvesse o
subsídio, a tarifa hoje estaria acima de 10 reais. Imagine as pessoas pagarem 10 reais para vir e 10
reais para voltar. Como ficaria o comprometimento do salário desses trabalhadores no final do mês?
Defendemos que as empresas cumpram em dia com os salários dos trabalhadores, como o
Adriel e a Nuria falaram aqui. O deputado Chico Vigilante perguntou se a empresa já foi parada
algumas vezes? Já. A empresa que mais foi parada no Distrito Federal, por falta de cumprimento do
pagamento dos salários dos trabalhadores, foi a empresa Marechal.
Os trabalhadores têm os seus compromissos. No final do mês, eles precisam receber o seu
pagamento para poder cumprir com as suas obrigações. Da mesma forma, as empresas têm que
cumprir o compromisso delas. Se os trabalhadores prestaram um bom serviço, estão trabalhando
certinhos, as empresas têm que pagá-los no final do mês. Para isso, é preciso também que o governo
cumpra com as suas obrigações.
O valor do financiamento do sistema de transporte público hoje é muito alto, mas esse é um
dinheiro de subsídio. Se não houver o repasse que o governo tem que fazer às empresas, acaba
afetando diretamente os trabalhadores. E, quando afeta os trabalhadores, o sindicato acaba tomando
algumas atitudes. Se não pagar, todos sabem que, no dia seguinte, as empresas acabam não rodando.
O sindicato tem que cumprir com as suas obrigações. As empresas têm que cumprir com as suas
obrigações. O governo também tem que cumprir com as suas obrigações. Ás vezes, a própria
população não tem o reconhecimento de que esse subsídio é positivo para a sociedade. A própria
imprensa tem que saber disso. O governo não pode dar dinheiro para as empresas. É um dinheiro de
subsídio. É a mesma coisa de nós não pagarmos por esse serviço. Alguém terá de pagar por ele
Há esse projeto de lei, que foi passado pelo deputado Chico Vigilante, que diz que os idosos
com 60 anos para frente têm que ser transportados gratuitamente. Alguém tem que pagar essa conta,
e quem tem que pagar é o governo.
Nós fazemos o possível para que o sistema de transporte público flua, melhore, seja pontual, a
fim de que a população não seja prejudicada.
Aos deputados desta casa, eu quero agradecer, na verdade. Nós enfrentamos uma etapa muito
difícil, na época da pandemia. Quando aconteceu a pandemia, em todos os estados do Brasil houve
redução de 50%, 60% das frotas. Houve empresa que nem voltou a circular. No Distrito Federal, com
essa preocupação, a diretoria do sindicato se reuniu de imediato quando as empresas fizeram o pedido
de redução de 40% da frota. Nós falamos que 40% da redução da frota seria desemprego em massa
da categoria. Nós nos preocupamos com isso, para que não houvesse desemprego.
Nós nos reunimos, às 21 horas e 30 minutos, na Secretaria de Mobilidade, e passamos essa
preocupação para o governo, para que não houvesse essa redução da frota. A frota circulando 100%
traria mais segurança para os trabalhadores rodoviários, que estavam ali, expostos à contaminação, e a
população iria andar nos ônibus sem aglomeração. Graças a Deus, o governo nos ouviu e subsidiou os
ônibus rodando vazios, 100% da frota. Não houve demissão no Distrito Federal. Foi o único lugar do
Brasil em que não houve demissão dos trabalhadores rodoviários do sistema. Foram mantidos todos os
benefícios da categoria. Nós trabalhamos, duramente, para que mais de 13 mil mães e pais de família
não perdessem seus postos de trabalho, porque é daqui, do sistema de transporte, que eles levam o
sustento para suas famílias.
Nós ficamos muito gratos ao Governo do Distrito Federal, na época, e aos deputados, que têm
nos ajudado – deputado Chico Vigilante, você, principalmente. Nós sempre estivemos aqui, batendo na
porta, pedindo apoio para que não houvesse demissão da categoria.
O deputado Chico Vigilante, como parlamentar, tem, realmente, cobrado para que as empresas
cumpram com as obrigações. Quando houve um decreto, desta casa, de que 400 e poucos carros da
São José iriam deixar de circular, no dia seguinte o secretário me ligou, às 6 e meia da manhã, falando:
“João, prepare-se, porque, a partir de amanhã, vão estar na porta do sindicato mais de 1.200
trabalhadores desempregados”. Eu perguntei: “Por quê?” Ele respondeu: “Porque há um decreto que
diz que os ônibus não vão poder circular a partir de amanhã, mais de 400 carros”. Bateu uma
preocupação muito grande em nós, porque mais de 1.200 mães e pais de família poderiam ficar sem o
posto de trabalho naquele momento.
Nós corremos. O próprio João Osório ligou para o deputado Chico Vigilante e passou essas
preocupações para ele. Aí, houve a revogação do decreto, dando um prazo para que a empresa, que
estava desmotivada de renovação de frota, não sei por qual motivo, cumprisse com isso. As empresas
cumpriram com isso, com essa revogação de 180 dias? Não cumpriram, e ficamos preocupados com a
situação, porque os trabalhadores é que seriam penalizados. Com isso, houve várias revogações de
prazos para que a empresa renovasse sua frota e fizesse o contrato com o governo. Assim foi feito.
Adriel, muitos companheiros e companheiras da São José são guerreiros por terem trabalhado
com uma frota, às vezes, praticamente sem condições de circular. Eles o fizeram porque estavam com
medo de perder o posto de trabalho. Eles venceram. Hoje, praticamente todos estão com quase 100%
da frota renovada. Estamos satisfeitos de trabalhar em carros novos. Quem não quer trabalhar em
carro novo para ter melhores condições de trabalho e saúde?
A Marechal já era para ter renovado a frota. Não renovou. Estamos bastante preocupados com
a possibilidade de não renovação do contrato. A nossa preocupação não é em relação à empresa, mas
em relação ao emprego dos trabalhadores. A forma como se queria fazer para a empresa sair do
sistema era um tipo de licitação que seria prejudicial para os trabalhadores e, até mesmo, para o
governo. Seria em forma de cooperativa: um entra com 10 ou com 20. Essa não seria a forma ideal,
porque não haveria a sustentabilidade de uma única empresa sólida. Se a empresa vai bem, ela vai
bem para os trabalhadores.
O nosso papel é defender os postos de trabalho dos companheiros rodoviários e o melhor
sistema de transporte público para sociedade, sistema que também serve nossa família. É esse o nosso
papel. Nós torcemos para que tudo dê certo, ocorra dentro da conformidade, e para que não haja
nenhuma penalidade para os trabalhadores rodoviários.
Quero dizer aos companheiros que contem sempre conosco. O sindicato dos rodoviários estará
sempre presente nas audiências, em prol da classe trabalhadora e da melhoria do sistema, de braços
dados com todos os companheiros e companheiras.
Muito obrigado. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Muito obrigado, João Dão.
Nós vamos abrir oportunidade para 5 pessoas no plenário se manifestarem. Já há 3 inscritos.
Se mais 2 quiserem se inscrever, estará aberta a inscrição.
Concedo a palavra, por até 5 minutos, ao primeiro inscrito, Antônio Roberto Gomes da Silva,
que representa a Asstrap-DF, Associação dos Permissionários do Sistema de Transporte Público
Alternativo do Distrito Federal e Entorno.
ANTÔNIO ROBERTO GOMES DA SILVA – Boa tarde, deputado Chico Vigilante. Muito prazer.
Quero agradecer este momento histórico de falarmos sobre o transporte.
Realmente, às vezes, as contradições são grandes. Na forma figurativa, há uma coisa; na
prática, há outra. O representante da BsBus falou que, mesmo trabalhando, estão vendendo o almoço
para poder comprar a janta. Nós, não – o transporte alternativo, do qual sou representante, hoje, ao
representar a Asstrap. Sou oriundo, com muito orgulho, do transporte alternativo. Fui presidente de
sindicato, diretor de cooperativa, permissionário e representante de linha. Sei das demandas e sei dos
locais que hoje estão com lacunas.
Inclusive, quero agradecer-lhe a gestão, Márcio, e o documento que identificou 62 linhas
desativadas. Por isso, hoje existe esse gargalo, essa deficiência no transporte.
Há um processo de transporte complementar, que está inserido no art. 66 da Lei nº 4.011, que
até hoje não foi cumprido pelo governador do Distrito Federal. Ele está lá, sobrestado. Trata-se de um
processo de cunho social, para gerar 3.500 empregos, os quais as pessoas do transporte alternativo
perderam, em 23 de julho de 2008, quando saíram 1.500 Vans – refiro-me só às Amarelinhas e à
Fecootab – e os micro-ônibus das cooperativas, que não existem hoje – só há 32 na Coobrataete, no
Paranoá. Com isso, para que se possa ampliar o transporte e ter uma demanda mais dinâmica, nós
estamos com um projeto em curso e com um processo junto ao governo. Com isso, esperamos que se
resolva essa demanda e que haja um transporte mais dinâmico.
De que forma? Nós dispensamos o subsídio, deputado Chico Vigilante, e vamos pagar um
imposto. Na época do transporte alternativo, nós não tínhamos subsídio e sobrevivíamos, pagávamos
muito bem as contas. Vamos pagar o imposto para poder ajudar as empresas de ônibus, já que o
governo está reclamando que o subsídio é caro. Entendeu? Não estou dizendo aqui que isso não é
justo. De qualquer forma, o transporte, na forma como está hoje, é insustentável, por conta da
reclamação dos usuários.
Andei no Uber com um passageiro que me falou o seguinte – estou fazendo esta defesa e
trazendo esta demanda: “Hoje, eu pego o meu dinheiro e só pago Uber e metrô”. Por quê? Porque ele
ficou 40 minutos em uma parada esperando um ônibus; quando passou, passou lotado e, com 10
minutos de viagem, o ônibus quebrou.
Deputado Chico Vigilante, eu tenho este processo aqui, junto ao governo – eu o trouxe para cá
e, inclusive, acionei o Ministério Público –, referente ao compromisso que o governo fez e, até hoje,
não cumpriu. Esse processo passou por todos os trâmites legais – o Márcio e o Zeno sabem disso.
Na gestão do Valter Casimiro, esse processo ficou de sair em março de 2020, e não saiu.
Passou pela PGDF e obteve um resultado satisfatório. Precisava somente da regulamentação específica
da lei, e não mandaram o processo para a Câmara Legislativa. Diante disso, fizemos outra reunião em
novembro de 2020, com o então secretário de Transporte Valter Casimiro, para que se resolvesse essa
demanda. Essa reunião teve a participação da Celina Leão, que disse o seguinte: “Roberto, vamos
mandar, então, a regulamentação específica da lei para a Câmara Legislativa”. Por quê? Porque, até
audiência pública, nós já tivemos. Essa foi a última instância. Todas as pessoas que iam participar do
processo licitatório tiraram toda a documentação. Toda a documentação está lá jogada; está com eles,
por quê? Porque o governo criou uma expectativa que não aconteceu.
Estamos hoje cobrando do governo questões referentes ao Processo nº 00090-0029953/2019-
42. Este documento, que foi impetrado por mim junto ao Ministério Público, diz o seguinte: “A Asstrap
– Associação do Sistema de Transporte Público Complementar do Distrito Federal e Entorno, na pessoa
do presidente Antônio Roberto Gomes da Silva, vem informar, através desta, reclamar e...”
(Soa a campainha.)
ANTÔNIO ROBERTO GOMES DA SILVA – Posso concluir?
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Para concluir, mais 1 minuto.
ANTÔNIO ROBERTO GOMES DA SILVA – Um minuto?
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Já foram 5. Estou concedendo-lhe mais 1
minuto.
ANTÔNIO ROBERTO GOMES DA SILVA – “Solicitar a esta casa, do qual enviamos para o nosso
excelentíssimo governador de Brasília, o secretário de mobilidade urbana e o subsecretário o projeto do
transporte complementar, que é compromisso e está inserido no plano de governo, conforme a Lei nº
4.011/2007, art. 66, e até a presente data não apontou nenhuma solução mediante o processo, que
está de forma paralisada. Junto a este pedido, encaminho a vossa excelência os documentos
pertinentes ao assunto e peço, dentro do possível, a distribuição para a promotoria. Somos grupos
organizados, associações e membros filiados e que o projeto é de cunho social e de forma técnica para
atender a população.
Pela deficiência do transporte e sem livre concorrência, nos mostra de forma visível o
monopólio do transporte que impera no Distrito Federal, tendo em vista o parecer da PGDF –
Procuradoria-Geral do Distrito Federal – nº 221/2021, que aprovou com acréscimos apontando
soluções no que tange à regulamentação específica da lei e mudança da nomenclatura ou
aproveitamento da Lei nº 6.434/2019 com suas nuances para o prosseguimento do mesmo.
Estamos aguardando o edital de licitação proveniente dos seguintes trâmites: compromisso do
governador, fundamentação legal da lei, minuta do edital, audiência pública e o parecer da PGDF.”
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado, Roberto.
ANTÔNIO ROBERTO GOMES DA SILVA – “Em razão, o STPA de Transporte Alternativo do
Distrito Federal, que foi extinto mediante a Portaria nº 34, em 23 de julho de 2008, com 1.500 carros a
menos no mercado, e das cooperativas, que não estão atuando na atual conjuntura, como também
menos 450 micro-ônibus.
Quero, neste ainda, ressaltar o aumento expressivo de habitantes do Distrito Federal. Temos
que levar em consideração o retrocesso que traz para o usuário a insatisfação com o transporte
coletivo.”
Muito obrigado.
Era isso o que eu queria deixar a vocês.
Faço um compromisso aqui, deputado Chico Vigilante. Se o governador tirar os cobradores e
houver vontade política da parte dele para colocar o transporte complementar, nós absorveremos todos
vocês.
Um abraço. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado, Roberto.
Concedo a palavra ao companheiro Pedro Celso, ex-deputado federal e distrital e ex-presidente
do Sindicato dos Rodoviários. Em seguida, falará a Janaína Scartozzini, usuária. Pedro, o senhor está
com a palavra por 5 minutos.
PEDRO CELSO – Muito obrigado, deputado Chico Vigilante.
Senhores membros da mesa, senhor secretário, o meu boa-tarde.
Eu estava me lembrando, deputado Chico Vigilante, do meu tempo de rodoviário. Meu pai foi
apontador da obra da garagem da TCB. Eu era um menino de calça curta, e ele já me levava para a
obra. Era tanto menino na minha casa, que ele me levava para diminuir a quantidade deles lá na casa.
Esse é o meu tempo de transporte coletivo.
Eu estava me lembrando também de quando fizemos a primeira greve da Nova República –
acho que o deputado Chico Vigilante se lembra –, a greve que derrubou o Governo do Distrito Federal,
todo ele: secretário de Transporte, secretário de Segurança Pública, que era o temível... Como era o
nome dele, deputado Chico Vigilante?
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Lauro Rieth.
PEDRO CELSO – Lauro Rieth. E o governador foi para o ralo também. Eu tinha 26 anos de
idade. Eu me ative a isso e nesse tempo todo estamos nessa luta.
Eu me lembro, quando eu morava em Taguatinga, de pegar o ônibus – eu saía do Setor
Comercial Sul, era um office boy – para voltar para Taguatinga. Nesse tempo todo, a minha vida
inteira, era um sofrimento nos ônibus. Até hoje, continua o sofrimento nos ônibus. Antes da Pioneira –
ouviu, meu companheiro? – existia a Viação Planeta, que pertencia aos Matsunaga. Antes disso, já
sofríamos na Viação Machado. Havia, também, a Viação São Sebastião, com uns cacarecos caindo aos
pedaços. Sempre o povo estava sofrendo dentro dos ônibus.
Eu me lembro que desde 1985 eu ouço essa cantilena de que estou vendendo almoço para
comprar o jantar. Desde aquela época, eu ouço empresários reclamando de que estão em dificuldade e
os vejo comprando empresas de aviação, comprando fazendas, comprando mais e mais coisas.
O que eu percebi, deputado Chico Vigilante, é que somente o Grupo Constantino, a que
pertencem a Piracicabana e a Pioneira, é que está bem. Falaram muito bem. Os outros estão em uma
dificuldade séria, e eu acredito nessa dificuldade.
O que vemos, secretário? Vemos um desequilíbrio dentro do sistema, e isso precisa ser
averiguado. Há necessidade de transparência na gestão do sistema público de transporte coletivo,
porque essa questão do cálculo da tarifa técnica é um verdadeiro mistério.
Eu conversei com nosso representante no Conselho de Transporte. O Conselho de Transporte
se reúne de 3 em 3 meses – um tempo muito longo, muito distante. É muito tempo para o Conselho de
Transporte se reunir. Também, é um conselho que, pouco ou nada, tem muito pouco poder.
Levantem a mão os companheiros rodoviários! Quantos cobradores e cobradoras estão
presentes? Levantem a mão, por favor. (Pausa.) Secretário e empresários, todo esse pessoal está com
muito medo de perder o emprego.
Está com muito medo, mas esta turma é uma turma de luta. Esta turma obteve – esta turma
também que está presente – conquistas históricas ao longo da sua jornada. Está presente o Saul. Estão
os companheiros de cabeça branca presentes. Quem não participou da luta teve seus pais participando
de lutas históricas desta cidade. Não carregam o medo. Existem conquistas que só o Distrito Federal
obteve – o deputado Chico Vigilante ajudou muito nisso – por lutar por seus direitos, por lutar por suas
reivindicações.
A questão do emprego do cobrador e da cobradora para nós, Adriel... Não, Adriel é você, que é
filho do Luciano, é verdade? Conheci muito o seu pai. Nuria, não é?
(Soa a campainha.)
PEDRO CELSO – Então, Nuria, quando nós tivemos que colocar no acordo coletivo de trabalho,
só Deus sabe o que eu ouvi do Nenê Constantino de Oliveira, o velho Nenê, quando vinha para a mesa,
o que eu tive que ouvir dele para colocar lá na cláusula do acordo coletivo de trabalho que as
empresas se obrigavam a colocar, no seu quadro de empregados, mulheres. Ouvi horrores
do Nenê Constantino, mas tudo é passado, as mulheres estão trabalhando, são guerreiras.
Então, a questão do emprego dos cobradores é uma questão de honra para essa categoria. E,
em relação à manutenção desse emprego, nós vamos – eu digo nós, porque eu sou filho de rodoviário,
sou rodoviário e estou junto com essa turma para o que precisar – estar nessa luta para garantir o
emprego dos trabalhadores rodoviários.
Disse isso em uma audiência com o ministro do trabalho e digo aqui hoje na presença dos
empresários, de meu amigo, companheiro de mais de 40 anos de luta, deputado Chico Vigilante, e
também do Secretário do Transporte, porque é fundamental para nós. Não abriremos mão de forma
alguma disso.
Saúdo o meu amigo João Dão, esse bravo companheiro recém-eleito majoritariamente,
vitoriosamente pela Chapa 1.
Grande abraço, a luta e a vitória sempre.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado, Pedro.
Está com a palavra a usuária do transporte público do Distrito Federal, Janaína Scartozzini, ex-
moradora da Samambaia e agora moradora de Vicente Pires.
JANAÍNA SCARTOZZINI – Isso mesmo, boa tarde.
Vou ler para ser bem objetiva.
Prezados, é uma honra estar aqui hoje para compartilhar minhas experiências e perspectivas
sobre o transporte público do Distrito Federal.
Gostaria de parabenizar a iniciativa desta audiência pública do gabinete do deputado Chico
Vigilante. Estar inserida nessa oportunidade que representa milhares de trabalhadores é um grande
ganho como profissional e cidadã.
Como brasiliense nascida e criada nesta capital, cresci dependendo do transporte público para
me deslocar, desde trajetos para a escola até a vida adulta. Os ônibus e o metrô foram minha principal
forma de locomoção durante vários anos. Atrasos, frio, calor, fome, abusos e assaltos foram desafios
que tive que enfrentar, diante dessa dependência básica. No entanto, hoje, aos 32 anos, embora eu
tenha um carro, continuo utilizando o transporte público regularmente.
É inegável como o transporte público é vital para a dinâmica da nossa cidade. É a espinha
dorsal que nos conecta, possibilitando acesso ao trabalho, educação, serviços e lazer. Também é
evidente o quanto esse recurso básico ainda não tem a atenção necessária apesar da importância.
Diante desse contexto, gostaria de expressar, em nome de milhares de usuários como eu, o
desejo por um metrô que opere 24 horas por dia. Vivemos em uma cidade que não para, com uma
população ativa em todos os momentos do dia e da noite. Ter um sistema de metrô operacional sem
interrupções garantiria maior acessibilidade e segurança para todos os cidadãos. Isso gera empregos,
oportunidades e muita vida para as regiões do DF.
Além disso, a expansão do Metrô é crucial para acompanhar o crescimento da nossa capital.
Novas linhas e estações não apenas facilitariam o acesso a áreas atualmente malservidas, mas também
ajudariam a reduzir o congestionamento nas ruas e nas estradas, contribuindo para um meio ambiente
mais limpo e sustentável.
Por fim, eu gostaria de abordar a segurança nos ônibus. Todos os dias, milhares de pessoas
confiam nesse meio de transporte para chegar aos seus destinos. É fundamental garantir que as
viagens sejam mais seguras. Isso envolve não apenas a adoção de medidas de segurança física, como
câmeras e policiamento, mas também a promoção de uma cultura de respeito e civismo entre nós
passageiros.
Nesta oportunidade de fala, como brasiliense comprometida com o bem-estar e o progresso da
nossa capital, peço que os nossos líderes e autoridades priorizem investimentos no transporte público.
Um Metrô 24 horas, mais expansões dos sistemas, novas linhas e melhorias na segurança são passos
fundamentais para garantir que todos os cidadãos do Distrito Federal tenham acesso a um transporte
público eficiente, confiável e seguro.
Muito obrigada. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Muito obrigado, Janaína.
Não há mais oradores inscritos. Vamos ouvir, agora, rapidamente, os membros da mesa.
Peço às cobradoras e aos cobradores que não saiam, porque o secretário tem uma boa notícia
para vocês. Pelo menos, foi isso que ele me adiantou. Ele será o último a falar.
Concedo a palavra à senhora gerente de operações e planejamento da Viação Marechal, Nuria
Itailine, por 1 minuto, para as suas considerações finais.
NURIA ITAILINE AZEVEDO – Janaína, parabéns. Você se expressou muito bem.
Diante dos relatos que ouvimos, afirmo que nós, como representantes de empresas, temos o
dever de oferecer transporte público de qualidade para a população do Distrito Federal.
Como eu falei antes, é gratificante e honroso para mim, mulher, representar a gestão de uma
empresa de ônibus, de maioria masculina.
Em janeiro ou fevereiro, nós da Viação Marechal apresentamos um dossiê das contratações do
nosso quadro. Aumentamos muito o número de mulheres na gestão da empresa. Noventa por cento
das pessoas à frente da empresa são mulheres, tanto na área de recursos humanos, na área jurídica,
como na área de operações. Estamos aumentando o número de mulheres no quadro e expandindo a
contratação de mulheres em todos os cargos administrativos e operacionais da empresa. Estamos
fazendo alianças com o Sest Senat, para aumentar o número de mulheres na direção dos veículos.
É nosso papel representar a classe de mulheres à frente de carros. Mulher tem que estar onde
quiser. Precisamos nos capacitar para evoluir e ocupar os maiores cargos, porque não há diferença
entre homens e mulheres. Temos, sim, como conseguir alcançar esses objetivos.
Estou aqui como representante de empresa, como representante de mulheres, de cobradoras,
de funcionários, de todos os cargos, para poder lutar junto com vocês nessa área.
Eu gostaria de reforçar também que a minha formação é na área de humanas. Sou da área de
gestão social e também sou formada em assistência social. Conheço cada parte dessas vulnerabilidades
e do aspecto do RH. Tenho me especializado agora na questão mais técnica e operacional.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado.
Concedo a palavra ao Eduardo Dias, representante da Pioneira.
EDUARDO DIAS – Obrigado a todos.
Obrigado, deputado, pelo convite para participar desta audiência tão importante a respeito do
transporte público do Distrito Federal.
A empresa Pioneira está sempre à disposição e aberta para quaisquer esclarecimentos na área
de transporte. Estamos cada vez mais investindo na empresa para um transporte melhor para Brasília.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Muito obrigado.
Concedo a palavra ao Fausto Mansur, representando a Piracicabana, empresa 100% renovada,
não é, Fausto?
FAUSTO MANSUR – Sim, 100%.
Agradeço a oportunidade. A Câmara Legislativa é a casa em que estamos dispostos a discutir e
debater tudo pela melhoria do sistema.
Estamos à disposição. Sempre que vocês nos convocarem, estaremos aqui.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Concedo a palavra ao Adriel Rocha Lopes,
representante da ex-São José, atual BsBus.
ADRIEL ROCHA LOPES – Eu queria agradecer novamente o convite, deputado Chico Vigilante.
Este debate é sempre muito importante. Todo mundo sabe um pouco sobre transporte – aprendi isso
na UnB – porque ele é de convívio de todos. Todo mundo vive o transporte diariamente, seja ele como
for. Então, é muito importante este debate, é muito importante estarmos nesta casa legislativa, a casa
do debate, a casa do povo, para discutir aquilo que influencia a nossa vida.
Coloco-me à disposição sempre. Agradeço novamente o convite.
Vamos mais 10 anos, deputado Chico Vigilante.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Adriel, só uma curiosidade: tenho visto muitos
ônibus verdes e brancos. Vocês pintaram alguns deles de verde e branco ou todos são novos?
ADRIEL ROCHA LOPES – Se pintamos ônibus de verde? Não. Todos os ônibus verdes são
novos.
O que você viu? Eu não entendi. Desculpe-me.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Estou perguntando o seguinte: ando pelas
ruas e tenho visto muitos ônibus verdes e brancos. Todos são novos da BsBus ou vocês pintaram
alguns ônibus velhos?
ADRIEL ROCHA LOPES – São 100% novos. São 473 veículos novos. Isso é interessante, acho
que essa mudança de cor também trouxe isso, porque ônibus não tem muita característica igual ao
carro, que muda a cara todos os anos. O ônibus tem a carroceria muito igual. O design dessa
carroceria que compramos hoje já é de muitos anos; então, muitas vezes, o usuário nem percebe que
há ônibus novo. Mas a mudança de cor foi legal porque Ceilândia está toda verdinha agora.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Estou fazendo essa pergunta, Zeno, porque
certa vez um governador do Distrito Federal combinou com os proprietários das empresas, pintaram
vários ônibus velhos e os posicionaram no Eixão, no local que nós chamamos de faixa de domínio da
presidência, por onde o presidente deve passar. Um monte de ônibus ficou lá uma porrada de dias
enfileirados, só que eram todos velhos, pintados como se fossem novos, mas não eram. Eu estava
andando pela Ceilândia e passou um ônibus verde da BsBus. Pensei: “Eu vou perguntar se esses
danados são todos novos ou se estão pintando os velhos”. São novos, não são?
ADRIEL ROCHA LOPES – Lógico. São 100% novos. O nível de responsabilidade do pessoal de
Brasília é muito sério em relação a isso, aos cadastros, tudo é muito certinho. São todos novos. Há
alguém aqui da BsBus? Eles podem nos confirmar isso.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – São todos novos?
ADRIEL ROCHA LOPES – Deputado Chico Vigilante, não é apenas isso. Não só trouxemos esses
veículos novos como todos os funcionários que operam essa nova tecnologia passaram por um
treinamento no veículo para melhorar não só a questão da máquina, mas também do serviço em si.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Está certo.
Ouviremos o senhor João Dão por 1 minuto, para as suas considerações finais.
JOÃO DÃO – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Quero deixar aqui o meu agradecimento a todas as companheiras e companheiros rodoviários
presentes. Deputado Chico Vigilante, em especial agradeço a V.Exa. o convite para este debate sobre a
melhoria do sistema de transporte público. Agradeço também ao secretário e às empresas presentes.
Eu gostaria de dar um recado aos companheiros rodoviários. Esse sindicato tem lado: o lado
dos trabalhadores. Contra qualquer situação que seja prejudicial para a classe trabalhadora haverá
resistência. Esse é um sindicato de luta. Jamais aceitaremos que a classe mais fraca seja prejudicada,
se for, haverá resistência.
Muito obrigado aos companheiros e companheiras presentes e aos que não estão aqui.
(Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Handerson Cabral, o Metrô tem jeito?
HANDERSON CABRAL RIBEIRO – Estamos funcionando bem. O Metrô tem jeito, ele faz parte
da solução do transporte de passageiros em Brasília.
Eu gostaria de agradecer ao senhor o convite para participar desta discussão. Agradeço ao
secretário Zeno o apoio. Ele já é um amigo nosso de longa data. Agora, à frente da secretaria, tem
apoiado muito todas as iniciativas do Metrô.
Em nome da diretoria da companhia e de todos os servidores – que todos os dias dão toda sua
competência, sua dedicação e o seu profissionalismo para atender a comunidade do Distrito Federal –,
reforço o nosso compromisso em manter um serviço de qualidade todos os dias, 12 meses por ano,
para poder fazer parte desse grande projeto, que é a mobilidade urbana no Distrito Federal.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Handerson, a usuária fez uma proposta para o
funcionamento do metrô 24 horas. Você acha que é possível estudar e implantar esse horário?
HANDERSON CABRAL RIBEIRO – O nome dela é Janaína, não é?
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Sim.
HANDERSON CABRAL RIBEIRO – Temos um programa muito complexo de manutenção, que é
feita basicamente no horário da madrugada, entre 1 hora e 4 horas e 30 da manhã. Nós funcionamos a
partir de 5 horas e 30, mas precisamos energizar o sistema antes, para trazer os trens e disponibilizá-
los. Apesar de se fechar a estação às 11 horas e 30 da noite, só se desliga o sistema à meia-noite e 30,
porque os trens ainda estão circulando.
Então, neste momento, nós não temos nenhum estudo para a circulação 24 horas, até pela
característica de Brasília, onde a comunidade que usa o Metrô, em seu maior volume, concentra-se
mais no período de 8 horas a 9 horas da noite. Dali adiante, já há um esvaziamento muito sério do
sistema. Porém, eu acho que é uma provocação importante. Essa é uma iniciativa que poderemos
estudar no futuro. Grandes cidades, grandes sistemas de metrô, de fato, trabalham e operam 24 horas
– não operam todas as estações 24 horas, algumas ficam fechadas, com sistemas de trens expressos.
Porém, essa é uma provocação importante para nós, feita aqui, na casa do povo, para estudarmos
para um futuro.
Muito obrigado pela sua contribuição. (Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Pessoal, vou conceder mais de 1 minuto ao
Zeno, porque eu gostaria que ele nos respondesse algumas questões.
Há uma reivindicação colocada há muito tempo, Zeno, quanto ao centro de controle do
transporte público do Distrito Federal. Isso já existe em algumas capitais. Para que haja um sistema de
controle, falaram-me que precisariam ser investidos cerca de 70 milhões nessa obra; mas, sem
controle, é difícil se fazer transporte de qualidade.
Eu queria que você explicasse para nós como anda essa questão do centro de controle; que
você abordasse novamente essa questão da dívida de quase 1 bilhão de reais com o sistema e como
isso será resgatado; e que você desse uma notícia para os cobradores e cobradoras, que estão com o
coração pulsando. Se colocássemos aquele marca-passo do Big Brother Brasil, o coração deles estaria
mais disparado do que o dos finalistas.
Portanto, eu gostaria que você começasse dando uma notícia às cobradoras e aos cobradores
que estão aqui, depois abordasse essa questão do centro de controle e a situação da dívida.
Você terá o tempo que achar necessário para dar essas respostas.
ZENO JOSÉ ANDRADE GONÇALVES – Eu vou buscar objetividade nas respostas, deputado
Chico Vigilante. Primeiro, agradeço ao senhor e a esta casa o espaço. O deputado Chico Vigilante é um
importante aliado da sociedade na luta pelo transporte público de qualidade. Nós reconhecemos isso e
vemos com profunda relevância todos os temas que são debatidos aqui. Eu faço questão de, enquanto
o governador permitir que eu esteja à frente da pasta, comparecer a todas as audiências, a todas as
reuniões, a todas as comissões técnicas, sempre que nós formos convocados. O papel do secretário é
prestar conta à sociedade e se mostrar aberto ao debate.
Vou começar então por essa notícia. É fato que vocês acompanham a situação. A classe
rodoviária é importante, bem informada e bem mobilizados. O sindicato é atuante e propositivo. Não é
um sindicato tão somente da luta da categoria, mas da luta pela melhoria do sistema. Desde que estou
na Semob, desde 2019, João, eu sou testemunha de que vocês, do sindicato, estão o tempo todo
propondo melhorias para o sistema, discutindo soluções para os problemas financeiros do
financiamento público do sistema de transporte e nós os parabenizamos por isso. O sindicato tem o
respeito profundo da Secretaria de Transporte, assim como a classe rodoviária.
Porém, é fato – e vocês sabem disso – que, em vários sistemas de transporte do Brasil –
alguns concedidos, outros poucos geridos pelo próprio poder público –, não há mais a figura do
cobrador dentro do ônibus. Cito, por exemplo, Goiânia, que está aqui do lado, e vocês sabem disso.
Isso é uma decisão que passa por vários aspectos, desde o modelo de licitação de cada local até a
evolução do próprio sistema e o perfil da sociedade e dos usuários. Não é simplesmente tirar o
cobrador por uma vontade política, deputado Chico Vigilante.
Esse assunto está sendo debatido na Semob com zero viés e perspectiva, neste instante, de
retirada de cobrador. Não é um assunto que esteja na nossa pauta. Então, tranquilizem o coração de
vocês, porque esse assunto não está em discussão na Semob, neste momento. Tanto é que, quando
nós falamos com o governador sobre a redução de custo do sistema, a proposição apresentada, que
vai ser divulgada para a sociedade, é para ampliar os meios de pagamento e trazer segurança,
principalmente para quem trabalha com dinheiro em espécie, com dinheiro vivo a bordo. Nós
monitoramos, com o BRB, todas as linhas, os percentuais de pagamentos e quantas linhas têm excesso
de dinheiro a bordo. Algumas linhas – eu acho que é uma informação que talvez vocês saibam porque
trabalham na linha, mas a maioria não sabe – têm 60% do pagamento em dinheiro. Nós temos esse
monitoramento do BRB e relatórios diários e mensais disso, deputado Chico Vigilante. Nós entendemos
que, quando se trabalha com dinheiro em espécie, isso é um atrativo que impacta o problema de
segurança e a qualidade do transporte. A lentidão de se pagar em dinheiro é muito maior do que pagar
com o cartão, além de haver muito mais risco para o cobrador.
O que nós estamos tratando hoje na Semob – isso está sendo registrado e gravado em vídeo –
e discutindo em várias reuniões com o BRB é ampliar os meios de pagamento com os novos
validadores que já estão implantados em praticamente toda a frota. Pensamos em ampliar os meios de
pagamento para que as pessoas possam recarregar com Pix, pagar com cartão de crédito e de débito,
com o cartão mobilidade e com cartão avulso. As operadoras estão sendo chamadas à discussão para
que elas também instalem postos de comercialização, num futuro breve, para que elas possam
comercializar cartões. Por quê? Porque para o usuário é importante o cartão, que permite a integração.
Quem paga em dinheiro não tem integração. A pessoa perde a integração quando ele paga em
dinheiro. Nós queremos ampliar a integração para rentabilizar o sistema. Isso atrai o usuário para o
sistema e o torna mais seguro. A única discussão que hoje está em estudo na Secretaria de Mobilidade,
por orientação do governador, é a retirada do dinheiro e a ampliação dos meios de pagamento.
Inclusive, nós chamamos as operadoras, deputado, para discutirem essa questão e apoiarem a
comercialização do cartão. Na verdade, nós vamos precisar de mais mão de obra, ou seja, nós estamos
falando, além da manutenção dos postos de trabalho, até de ampliação. Para isso, precisamos diminuir
o custo do sistema. Como? Fazendo o que nós estamos fazendo. O custo é um só, gente. Quanto mais
usuários eu trago para o sistema, menos o governo tem que pagar subsídio. Melhor para a sociedade
como um todo. Nós precisamos rentabilizar o sistema. O metrô, por exemplo, Handerson, estou
lembrando aqui, já pagamos com cartão com QR Code. Já há essa facilidade no metrô.
Então, nós precisamos ampliar isso para todo o sistema. É essa a discussão. É óbvio que o
cobrador fica preocupado: “Então, eu vou fazer o quê?” O trabalho do cobrador rodoviário é tão
importante quanto o do motorista. No sistema, imaginemos um ônibus com 80 passageiros e o
motorista tendo que lidar com essa situação. Como é que fazemos isso para ter um transporte de
qualidade? Nós entendemos como transporte de qualidade ter a presença do cobrador dentro de cada
veículo. Nossa visão é muito clara a esse respeito. (Palmas.)
Então, quanto a todo esse avanço na tecnologia, na mudança no sistema, na forma de
pagamento, na ampliação do sistema, o compromisso que eu já assumi na primeira reunião em que
recebi a visita da nova diretoria do sindicato – e isso foi recentemente – foi o de que o sindicato ficará
a par de cada passo que a Semob der. Vamos chamar o sindicato e explicar como será a nossa
sistemática, vamos fazer campanha, vamos fazer reunião com vocês e explicar como é o sistema, mas
em nenhum momento vamos exaurir... Eu estou transmitindo aqui uma determinação do governador
de que não se discute nesse instante nenhuma ação de retirada de cobrador. Eu acho que há
especulação. É natural e entendemos isso. Mas, vocês, acalmem o coração, nós temos a tranquilidade
de falar isso aqui com toda a segurança.
Partindo disso, já pegando o gancho, por que essa modernização? Porque, com esse sistema
novo, com os novos validadores, deputado, nós vamos ter a operação em tempo real no CSO que já
estará em funcionamento. Ela passará por testes neste mês de maio e, na primeira quinzena de junho,
cumprindo o compromisso que a Semob fez com esta casa, nós teremos o nosso centro de supervisão
operacional ou centro de controle operacional, como queiram, em pleno funcionamento. Os deputados
serão convidados a participar desse sistema. E, aí, há a repercussão de outra situação, que entra
exatamente naquilo que o Pedro Celso falou com bastante propriedade – obrigado pelas suas
intervenções –, sobre a previsibilidade do sistema para que o usuário saiba em que horário ele vai
chegar na linha, qual o roteiro, onde o ônibus dele vai passar e que horas vai chegar ao destino. Isso
dá conforto, segurança e ele não precisa ficar numa parada por 1 hora ou 40 minutos esperando
porque vai saber que a linha dele vai passar.
Nós já entramos na fase beta – um termo que o pessoal da área de TI usa –, no mês de maio,
do aplicativo, que será incorporado ao BRB Mobilidade – e está sendo discutido com o BRB –, para que
o usuário possa, como o Uber, acompanhar o seu ônibus.
Hoje nós temos o DF no Ponto, mas ele não está 100% on line. Ele está mais de 90% on line –
mas hoje o DF no Ponto é um site, mas vai se transformar num aplicativo. Nós teremos tecnologia a
bordo implantada, retirada do dinheiro com a ampliação dos meios de pagamento, facilidade para a
vida do usuário, segurança para o cobrador, para o rodoviário e CSO funcionando. Nós iremos ver furos
de viagem em tempo real e vamos entrar em contato com gerentes, com todas as operadoras, para
resolvermos questões e as acionarmos. Inclusive, penalizaremos a empresa que fura viagem. Isso já
acontece, mas acontecerá de uma forma mais eficiente. E haverá tranquilidade para o usuário. Então, a
perspectiva que nós temos para este ano de 2024 ainda é muito positiva.
Por isso, deputado, eu vim aqui para reafirmar todos os compromissos assumidos com esta
casa. Ainda no mês de junho, nós vamos enviar à Câmara Legislativa o nosso projeto de lei, em face
dessa deficiência no orçamento, porque vamos ter esse problema, para justamente não ficarmos com a
dívida – que é o outro assunto que o senhor me pediu para falar: como resolver esse problema da
dívida.
A dívida existe porque nós temos um orçamento ainda insuficiente. O poder público não
consegue pagá-la se não houver orçamento, por isso a dívida acaba existindo. Do ano de 2023, há essa
dívida que hoje gira em torno de aproximadamente 400 milhões, a qual vou reduzir por conta da
redução tarifária. Essa dívida ainda nem foi reconhecida. Nós vamos publicar o reconhecimento dela e
vamos precisar de orçamento para pagá-la.
O problema é: eu não posso deixar a dívida crescer. Então, o que temos de fazer? Com essa
redução de aproximadamente 340 milhões ou quase 400 milhões no subsídio para este ano, nós vamos
ter uma margem para que a Secretaria de Economia, que faz a gestão da dívida do governo como um
todo, comece a pagar essa dívida. A expectativa é que, com a previsibilidade do pagamento e com os
valores novos das tarifas, as empresas saibam quando e como vão receber a dívida antiga. Esse é o
compromisso que o governador pediu que nós fizéssemos com o secretário de Economia. O secretário
Ney está se debruçando sobre os números, porque já os enviei para ele. Nós teremos uma reunião em
breve, e ele vai cumprir aquele compromisso que fez com os deputados naquela reunião da Casa Civil,
na qual vossa excelência estava presente.
Nós vamos estabelecer um plano e vamos liquidar essa dívida. A ideia é que, até o final do ano
que vem, nós a tenhamos zerado. Essa é a meta que a Secretaria de Economia persegue por ordem do
governador, ou seja, nós não vamos deixá-la atrasar este ano ou rolá-la para a frente. Isso é o que
estamos perseguindo agora a cada quinzena. Vamos começar a amortizar a dívida passada. Com essa
redução do custo, do subsídio, vamos conseguir, no orçamento do governo, um fôlego, uma margem,
uma folga orçamentária para podermos cumprir essa meta e atingir esse nosso objetivo do sistema.
No mais, quero só responder ao Roberto, da Asstrap, um guerreiro na luta do transporte
complementar. Nós estamos iniciando, agora em junho, a revisão do Plano Diretor de Transporte
Urbano. Todo o sistema de transporte de Brasília será reavaliado, Roberto, com audiências públicas,
com discussões de origem e destino. Nós vamos entender como as pessoas andam, onde está a
demanda, como as pessoas se locomovem em Brasília. Essa pesquisa será feita agora e as audiências
públicas serão realizadas. O sistema de transporte complementar tem de estar inserido nesse plano
diretor, como você disse. (Palmas.)
Vocês precisam participar desse debate. Vocês precisam trazer essa contribuição para que haja
um sistema que preveja VLT, BRT, transporte de linhas alimentadoras, de linhas expressas e também
transporte complementar, se essa for a visão dessa revisão do plano diretor, que é uma visão da
sociedade e que vai passar pela Câmara Legislativa. É esta casa que vai dar a visão definitiva.
No mais, deputado Chico Vigilante, quero agradecer a vossa excelência. Estou à disposição
para ser chamado todas a vezes que a Câmara Legislativa nos convidar.
Os rodoviários merecem o nosso respeito e os nossos parabéns pela luta. Contem com essa
secretaria para que mantenhamos, juntos, o transporte coletivo de Brasília da melhor forma possível,
que é o que o usuário espera, porque, acima de tudo, a razão de tudo é o cidadão, são as pessoas, é o
trabalhador, são aqueles que precisam realmente de transporte.
Obrigado, deputado Chico Vigilante.
PRESIDENTE (DEPUTADO CHICO VIGILANTE) – Obrigado, secretário Zeno. Eu tenho uma
prática política que é a seguinte: sempre digo que não trato numa sala, lá na secretaria, aquilo que eu
não posso tratar em público. Essa é minha prática política. Portanto, aquilo que conversamos quando
estamos numa audiência privada é o mesmo que conversamos aqui em público. Há pessoas que, numa
sala, falam uma coisa para ti e, em público, falam outra. A minha prática é a mesma.
Eu estou, sinceramente, muito satisfeito com o resultado da nossa audiência. Se tivermos que
fazer mais audiência, nós vamos fazer. Nós temos um objetivo, que é a melhoria efetiva do sistema de
transporte público do Distrito Federal. Nós já avançamos nesse sentido e queremos avançar ainda
mais. Acho que, com o centro de controle, avançaremos mais.
Eu não ando em transporte de aplicativo. Foi uma decisão tomada por mim quando vieram
colocar isso. Eu apoiei os taxistas. Até hoje, eu não entrei em transporte de aplicativo e vou continuar
sem entrar. Mas eu acho interessante a minha filha, o meu filho, quem usa ficar ali controlando: “Está
chegando”. Acho que a pessoa saber, pelo aplicativo, que ônibus vai pegar, que ele está chegando,
que ele está se aproximando da casa dele é um ganho extraordinário. Portanto, vocês estão de
parabéns por implementar isso aí.
Acho que, com o centro de controle, vai-se baratear o custo do sistema. Acho que isso vai ser
muito bom para todos nós.
Agradeço a presença aos representantes das empresas, Zeno, porque, na primeira audiência
que fizemos, os empresários tiveram muito medo de vir para a audiência. Nós tivemos que convencê-
los da necessidade do comparecimento e de debater os assuntos aqui. Você está lembrado, Ariel? E eu
dizia: “Vocês vão ser tratados com dignidade”. Eu falei: “Lá haverá aplausos se fizerem alguma coisa
que merece aplausos, e não haverá vaia”. Essa é a marca das minhas comissões gerais, das minhas
audiências. Então, é um momento realmente muito bom esta tarde em que nós ficamos aqui hoje.
Agradeço aos servidores do meu gabinete que ajudaram para que esta audiência acontecesse;
ao pessoal do Cerimonial da Câmara Legislativa, que trabalha tão bem; ao pessoal da copa. Há um fato
interessante; aqui não havia a prática de servir café para os usuários do plenário, e eu convenci a
câmara de que todos vocês são nossos convidados. Quando convidamos alguém para nossa casa,
sempre servimos um cafezinho. Por que servir café só para a mesa e não servir para o plenário? Antes
colocávamos uma garrafa. Foi evoluindo, e agora todo mundo já é servido. Essas meninas são
extraordinárias. Inclusive há uma que trabalha o dia todo aqui e, na hora do almoço, vai para a
biblioteca estudar, porque está fazendo faculdade. Logo, logo ela estará formada. Ela demonstra
interesse efetivo em estudar.
Agradeço ao pessoal do Cerimonial; ao pessoal da Polícia Legislativa; ao pessoal do apoio ao
plenário e audiovisual; ao pessoal da TV, que fica gerando as imagens desta sessão. Quero dizer para
vocês que esta sessão está sendo transmitida ao vivo pelo canal 9.11, TV Câmara Legislativa. Agradeço
ao pessoal da equipe da limpeza; ao pessoal da TV Câmara Legislativa, que também está trabalhando
aqui. Depois vocês podem copiar as imagens, podem fazer o que quiserem com elas, pois estão
autorizados.
Agradeço às autoridades e aos demais convidados que honraram a Câmara Legislativa do
Distrito Federal com suas presenças.
Declaro encerrada a sessão ordinária que originou esta comissão geral às 17 horas e 45
minutos.
Estão encerradas a nossa sessão e também a comissão geral. Muito obrigado a todas e a
todos.
(Levanta-se a sessão às 17h45min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
Asstrap-DF – Associação dos Permissionários do Sistema de Transporte Público Alternativo do Distrito Federal e Entorno
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRT – Bus Rapid Transit; em português, ônibus de trânsito rápido
Coobrataete – Cooperativa Brasiliense de Transportes Autônomos, Escolares, Turismo e Especiais do Distrito Federal
CSO – Centro de Supervisão Operacional
EPTG – Estrada Parque Taguatinga
Fecootab-DF – Federação das Cooperativas dos Profissionais Autônomos de Transportes Alternativos de Brasília e Distrito
Federal
GDF – Governo do Distrito Federal
Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
Metrô-DF – Companhia do Metropolitano do Distrito Federal
PAC – Programa de Aceleração do Crescimento
PcD – Pessoa com Deficiência
PGDF – Procuradoria-Geral do Distrito Federal
RH – Recursos Humanos
Semob-DF – Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
Senat – Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte
Sest – Serviço Social do Transporte
STPA – Serviço de Transporte Público Alternativo
TCB – Sociedade de Transportes Coletivos
TI – Tecnologia da Informação
VLT – Veículo Leve sobre Trilhos
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 07/05/2024, às 16:11, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1649683 Código CRC: D9D05342.
DCL n° 100, de 13 de maio de 2024 - Suplemento
Expedientes Lidos em Plenário 805/2024
DCL n° 099, de 10 de maio de 2024 - Suplemento
Requerimentos 1341/2024
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Paula Belmonte - Gab 22
REQUERIMENTO Nº DE 2024
( Da Senhora Deputada PAULA BELMONTE )
Requer o registro da Frente
Parlamentar de Apoio ao Escotismo
no Distrito Federal.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal:
Com base da Resolução nº 255/2012, requeremos o registro da Frente Parlamentar
de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal, perante a Mesa Diretora desta Casa de Leis,
composta pelos parlamentares que este subscrevem, instituída para promover e acompanhar
atividades legislativas, dentre outras ações, visando a implementação de políticas públicas,
programas e demais ações governamentais e não governamentais em benefício do escotismo
no Distrito Federal.
JUSTIFICAÇÃO
O registro da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal visa
estreitar os laços entre o Poder Legislativo e o movimento escoteiro para o desenvolvimento
integral dos jovens e para a promoção de valores cívicos, sociais e ambientais.
O Escotismo consiste em uma atividade voluntária, global, de caráter educacional, e
sem fins lucrativos. No Distrito Federal há diversos grupos de Escotismo e que prega que ser
escoteiro, é ser um “cidadão exemplar”, contribuindo no desenvolvimento educacional e social
do indivíduo, primando pelos valores relacionados à honra, lealdade, amizade, organização,
respeito à natureza, fortalecimento de relações interpessoais, bem como propagando o
altruísmo, a lealdade, a fraternidade, a responsabilidade, o respeito a si e aos outros e a
disciplina.
O movimento escoteiro oferece uma educação não formal complementar à educação
formal, contribuindo para a formação integral dos jovens. Através de atividades ao ar livre,
jogos, desafios e projetos comunitários, os escoteiros desenvolvem habilidades cognitivas,
sociais, emocionais e físicas, além de valores éticos e morais fundamentais para a sua
formação como cidadãos conscientes e responsáveis.
O escotismo incentiva o voluntariado e a prática da solidariedade, proporcionando aos
jovens oportunidades de engajamento em projetos de serviço comunitário e ações de
responsabilidade social. Através do serviço ao próximo, os escoteiros desenvolvem um senso
de responsabilidade e compromisso com o bem-estar da sociedade, contribuindo para a
construção de uma comunidade mais justa e solidária.
O escotismo valoriza e promove o respeito e o cuidado com o meio ambiente,
incentivando práticas sustentáveis e a conservação da natureza. Através de atividades ao ar
REQ 1341/2024 - Requerimento - 1341/2024 - Deputada Paula Belmonte, Deputado Pepa, Deppgu.1tado Jorge Vianna, Deputado Max Maciel, Deputado Wellington Luiz, Deputado Robério Negreiros, Deputado Eduardo Pedrosa, Deputada Jaqueline Silva - (120309)
livre, acampamentos e projetos de preservação ambiental, os escoteiros desenvolvem uma
conexão profunda com a natureza e adquirem conhecimentos e habilidades para agir de
forma responsável e consciente em relação ao meio ambiente.
O escotismo é uma escola de liderança, onde os jovens têm a oportunidade de
desenvolver habilidades de liderança, trabalho em equipe, comunicação e resolução de
problemas. Através de atividades práticas e desafios, os escoteiros aprendem a liderar e a
colaborar de forma eficaz, preparando-se para assumir responsabilidades e desafios na vida
adulta.
O escotismo tem um impacto positivo na formação de cidadãos ativos e engajados,
que se preocupam com o bem-estar da comunidade e estão dispostos a contribuir para o seu
desenvolvimento. Através de valores como o dever para com Deus, a pátria, a família e o
próximo, os escoteiros são incentivados a serem agentes de mudança e a fazerem a
diferença na sociedade.
Acreditamos que a criação da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo trará
inúmeros benefícios para os escoteiros, uma vez que permitirá uma maior aproximação e
cooperação entre o Poder Legislativo e as Associações Escotistas. Além disso, essa iniciativa
contribuirá para a promoção do desenvolvimento sustentável, da inclusão social e da garantia
dos direitos fundamentais de nossa população.
A Frente Parlamentar tem como finalidade, dentre outras:
I - acompanhar e fiscalizar os programas e as políticas públicas governamentais em
benefício da união dos escoteiros no Distrito Federal, manifestando-se nos aspectos mais
importantes de sua exequibilidade;
II - promover debates, simpósios, seminários e eventos pertinentes às políticas
públicas em defesa do Escotismo no Distrito Federal ;
III - incentivar a formação da união dos escoteiros nas regiões administrativas do
Distrito Federal;
IV - promover incentivos de políticas públicas e ações que contribuam para o
desenvolvimento e formação do caráter dos jovens escoteiros do Distrito Federal;
V - promover e incentivar o intercâmbio com outros estados e países para a
realização de pesquisas, estudos e desenvolvimento técnico científico, auxiliando, assim, na
formação intelectual de jovens escoteiros;
VI - procurar, de modo contínuo a inovação da legislação necessária à promoção de
políticas públicas, sociais e econômicas eficazes para o desenvolvimento intelectual dos
escoteiros, influindo no processo legislativo a partir das comissões temáticas existentes da
Câmara Legislativa do Distrito Federal;
VII - monitorar as matérias de interesse da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo
no Distrito Federal, junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
VIII - acompanhar e monitorar a elaboração e a execução do orçamento do Distrito
Federal com o objetivo de ampliar os investimentos nos programas governamentais
destinados aos escoteiros; e
IX - promover a divulgação dos princípios e propósitos do movimento dos escoteiros,
bem como incentivar um maior engajamento de jovens do Distrito Federal, cumprindo a
promessa escoteira de fazer o melhor possível para cumprir seus deveres para com Deus e
nossa pátria, ajudando ao próximo em toda e qualquer ocasião, bem como obedecer à lei
escoteira.
Compete à Frente Parlamentar, realizar trabalhos, pesquisas, estudos, conferências,
seminários, consultas públicas, audiências públicas, palestras, debates e outros eventos
relacionados à sua temática, bem como tomar providencias no sentido de:
REQ 1341/2024 - Requerimento - 1341/2024 - Deputada Paula Belmonte, Deputado Pepa, Deppgu.2tado Jorge Vianna, Deputado Max Maciel, Deputado Wellington Luiz, Deputado Robério Negreiros, Deputado Eduardo Pedrosa, Deputada Jaqueline Silva - (120309)
I - promover e fortalecer as questões direcionadas aos objetivos da frente parlamentar
proposta, por meio do acompanhamento e fiscalização dos programas e das políticas públicas
governamentais;
II - defender ações complementares para o segmento;
III - acompanhar, discutir e sugerir proposições legislativas correlatas aos interesses
do segmento dentre outras ações; e
IV - garantir ampla participação da sociedade civil nas discussões
e encaminhamentos debatidos.
A Frente Parlamentar pretende, dentre outras ações, ampliar o debate do tema para
fortalecer o debate sobre políticas públicas voltadas ao escotismo no âmbito do Distrito
Federal.
A criação da referida Frente Parlamentar, será composta por vários deputados, onde
atuará com a apresentação de temáticas e projetos, com a realização de seminários,
audiências públicas, palestras, conferências e outras atividades afins que poderão contar com
a contribuição de especialistas da área e representantes de órgãos do governo e da
sociedade civil organizada.
Seguem anexos, ata de fundação e constituição da mencionada Frente Parlamentar,
bem como o seu estatuto e a relação das assinaturas dos deputados que aderiram à nova
entidade, destacando que serei a representante da respectiva Frente Parlamentar
perante a esta Casa de Leis, para prestação das informações necessárias junto à Mesa
Diretora .
A Frente Parlamentar é aberta a participação de todos os parlamentares que desejem
contribuir com o desenvolvimento de ações em favor do escotismo no Distrito Federal.
Sendo assim, solicito que este requerimento seja analisado e apreciado pelos nobres
parlamentares, a fim de que seja viabilizada a criação da Frente Parlamentar de Apoio ao
Escotismo no Distrito Federal .
Certamente, a criação dessa Frente Parlamentar representará um avanço significativo
no fortalecimento e no reconhecimento do Escotismo no Distrito Federal.
Em suma, a Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal busca
atuar como uma voz representativa no ambiente político, trabalhando para criar um ambiente
favorável ao seu desenvolvimento e contribuindo para o fortalecimento dessas associações
como agentes de transformação social.
Neste sentido, solicitamos o registro da “ FRENTE PARLAMENTAR DE APOIO AO
ESCOTISMO NO DISTRITO FEDERAL” , utilizando das prerrogativas inerentes a Mesa
Diretora do Poder Legislativo, para atuar de forma eficaz ao interesse público.
É o que se requer.
Sala das Sessões, em …
(assinado eletronicamente)
PAULA BELMONTE
Deputada Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 22 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488222
www.cl.df.gov.br - dep.paulabelmonte@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
REQ 1341/2024 - Requerimento - 1341/2024 - Deputada Paula Belmonte, Deputado Pepa, Deppgu.3tado Jorge Vianna, Deputado Max Maciel, Deputado Wellington Luiz, Deputado Robério Negreiros, Deputado Eduardo Pedrosa, Deputada Jaqueline Silva - (120309)
Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 13:38:39 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por PEDRO PAULO DE OLIVEIRA - Matr. Nº 00170, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 13:44:57 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por JORGE VIANNA DE SOUSA - Matr. Nº 00151, Deputado(a)
Distrital, em 02/05/2024, às 13:45:02 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por MAX MACIEL CAVALCANTI - Matr. Nº 00168, Deputado(a)
Distrital, em 02/05/2024, às 14:04:52 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. Nº 00142,
Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 14:43:59 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. Nº
00128, Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 15:05:38 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 15:13:11 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 16:08:19 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
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Código Verificador: 120309 , Código CRC: 55c30454
REQ 1341/2024 - Requerimento - 1341/2024 - Deputada Paula Belmonte, Deputado Pepa, Deppgu.4tado Jorge Vianna, Deputado Max Maciel, Deputado Wellington Luiz, Deputado Robério Negreiros, Deputado Eduardo Pedrosa, Deputada Jaqueline Silva - (120309)
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Paula Belmonte - Gab 22
ATA Nº, DE 2024
ATA DA FUNDAÇÃO E CONSTITUIÇÃO DA FRENTE PARLAMENTAR DE APOIO AO
ESCOTISMO NO DISTRITO FEDERAL
Em maio de dois mil e vinte e quatro, no Gabinete Parlamentar da Deputada Paula
Belmonte, sito na Câmara Legislativa do Distrito Federal, Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5,
4º andar, Gabinete nº 22, em Brasília, Distrito Federal, os Senhores e as Senhoras Deputados
(as) Distritais que subscreveram a Lista de Adesão (Requerimento) à FRENTE
PARLAMENTAR DE APOIO AO ESCOTISMO NO DISTRITO FEDERAL , nos termos da
Resolução nº 255, de 2 de fevereiro de 2012, que “Dispõe sobre o registro de frentes
parlamentares na Câmara Legislativa do Distrito Federal”, reuniram-se pra fundar e constituir a
FRENTE PARLAMENTAR DE APOIO AO ESCOTISMO NO DISTRITO FEDERAL , com a
finalidade de discutir e debater sobre: I - acompanhar e fiscalizar os programas e as políticas
públicas governamentais em benefício da união dos escoteiros no Distrito Federal,
manifestando-se nos aspectos mais importantes de sua exequibilidade; II - promover debates,
simpósios, seminários e eventos pertinentes às políticas públicas em defesa do Escotismo no
Distrito Federal ; III - incentivar a formação da união dos escoteiros nas regiões
administrativas do Distrito Federal; IV - promover incentivos de políticas públicas e ações que
contribuam para o desenvolvimento e formação do caráter dos jovens escoteiros do Distrito
Federal; V - promover e incentivar o intercâmbio com outros estados e países para a
realização de pesquisas, estudos e desenvolvimento técnico científico, auxiliando, assim, na
formação intelectual de jovens escoteiros; VI - procurar, de modo contínuo a inovação da
legislação necessária à promoção de políticas públicas, sociais e econômicas eficazes para o
desenvolvimento intelectual dos escoteiros, influindo no processo legislativo a partir das
comissões temáticas existentes da Câmara Legislativa do Distrito Federal; VII - monitorar as
matérias de interesse da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal, junto
aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; VIII - acompanhar e monitorar a elaboração e
a execução do orçamento do Distrito Federal com o objetivo de ampliar os investimentos nos
programas governamentais destinados aos escoteiros; e IX - promover a divulgação dos
princípios e propósitos do movimento dos escoteiros, bem como incentivar um maior
engajamento de jovens do Distrito Federal, cumprindo a promessa escoteira de fazer o melhor
possível para cumprir seus deveres para com Deus e nossa pátria, ajudando ao próximo em
toda e qualquer ocasião, bem como obedecer à lei escoteira. Definiu-se por consenso dos
parlamentares presentes, que a presidência da Frente Parlamentar, será exercida pela
Senhora Deputada Paula Belmonte. A Presidente informou sobre o objetivo da reunião, que é
a fundação e constituição da FRENTE PARLAMENTAR DE APOIO AO ESCOTISMO NO
DISTRITO FEDERAL . Em seguida, foi lido o Estatuto da FRENTE PARLAMENTAR,
resultado de debates e consultas anteriores a parlamentares e entidades representativas da
sociedade civil. Colocado em votação, o Estatuto foi aprovado por unanimidade, fazendo
parte da presente Ata, e, consequentemente, foi declarada criada a FRENTE
PARLAMENTAR DE APOIO AO ESCOTISMO NO DISTRITO FEDERAL . Ficou decidido
que, em reunião futura, serão designados pelo Conselho Executivo, os servidores que
exerceram atividades administrativas da Frente Parlamentar. Também foi aprovada a
ampliação futura da Frente Parlamentar, com a inclusão de representantes da sociedade civil
organizada. Decidiu-se que a Presidente da FRENTE PARLAMENTAR encaminhará esta Ata
e o Estatuto à Mesa Diretora, para efeito de registro e publicação, e, em seguida, remeterá
toda a documentação referente à mesma Ata aos demais membros da FRENTE
REQ 1341/2024 - Ata - GAB DEP PAULA BELMONTE - (120313) pg.5
PARLAMENTAR. Decidiu-se, ainda, que a Presidente da FRENTE PARLAMENTAR,
Deputada Paula Belmonte , será responsável perante a Casa por todas as informações
perante a Mesa Diretora. Não havendo mais nada a ser deliberado, a Presidente deu por
encerrado os trabalhos, tendo determinado a lavratura da presente ata, a qual, após lida e,
achada conforme, foi aprovada ao seu final e assinada pela Presidente, Deputada Paula
Belmonte e pel as Senhoras e Senhores Deputados Distritais que subscreveram a Lista de
Adesão (Requerimento) à FRENTE PARLAMENTAR DE APOIO AO ESCOTISMO NO
DISTRITO FEDERAL.
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 22 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488222
www.cl.df.gov.br - dep.paulabelmonte@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 13:38:51 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por PEDRO PAULO DE OLIVEIRA - Matr. Nº 00170, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 13:44:57 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por JORGE VIANNA DE SOUSA - Matr. Nº 00151, Deputado(a)
Distrital, em 02/05/2024, às 13:45:02 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por MAX MACIEL CAVALCANTI - Matr. Nº 00168, Deputado(a)
Distrital, em 02/05/2024, às 14:04:52 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. Nº 00142,
Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 14:44:30 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por ROBERIO BANDEIRA DE NEGREIROS FILHO - Matr. Nº
00128, Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 15:05:38 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 15:13:11 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por JAQUELINE ANGELA DA SILVA - Matr. Nº 00158, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 16:08:19 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 120313 , Código CRC: 254f0f1e
REQ 1341/2024 - Ata - GAB DEP PAULA BELMONTE - (120313) pg.6
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete da Deputada Paula Belmonte - Gab 22
ESTATUTO Nº, DE 2024
ESTATUTO DA FRENTE PARLAMENTAR DE APOIO AO ESCOTISMO NO DISTRITO
FEDERAL
CAPÍTULO I - DA DENOMINAÇÃO E DA NATUREZA
Art. 1º A Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal , é uma
associação suprapartidária, de natureza não governamental, constituída no âmbito da Câmara
Legislativa do Distrito Federal e integrada por um terço de Deputados Distritais, nos termos da
Resolução nº 255, de 2 de fevereiro de 2012.
Parágrafo único. A Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal é
instituída sem fins lucrativos e com tempo indeterminado de duração, com sede e foro na
cidade de Brasília, Distrito Federal, regendo conforme a legislação pertinente e por este
Estatuto.
Art. 2º A Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal tem por
objetivo promover o diálogo e a articulação entre parlamentares e representantes das
associações escotistas, visando a implementação de políticas públicas, programas e demais
ações governamentais e não governamentais em benefício do escotismo no Distrito Federal.
Art. 3º A Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal é aberta à
participação de parlamentares e de todo cidadão ou entidade que aceite os seus princípios e
tenha interesse de transformar em realidade os seus objetivos.
Art. 4º A Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal atuará de
forma coordenada e articulada com as comissões da Câmara Legislativa do Distrito Federal,
visando o intercâmbio de conhecimentos, experiências e estratégias para o cumprimento
eficaz de sua finalidade.
Art. 5º É vedada a Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal a
participação em atividades estranhas à sua natureza e finalidade.
CAPÍTULO II - DAS FINALIDADES
Art. 6º São finalidades da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito
Federal :
I - acompanhar e fiscalizar os programas e as políticas públicas governamentais em
benefício da união dos escoteiros no Distrito Federal, manifestando-se nos aspectos mais
importantes de sua exequibilidade;
II - promover debates, simpósios, seminários e eventos pertinentes às políticas
públicas em defesa do Escotismo no Distrito Federal ;
III - incentivar a formação da união dos escoteiros nas regiões administrativas do
Distrito Federal;
IV - promover incentivos de políticas públicas e ações que contribuam para o
desenvolvimento e formação do caráter dos jovens escoteiros do Distrito Federal;
REQ 1341/2024 - Estatuto - GAB DEP PAULA BELMONTE - (120317) pg.7
V - promover e incentivar o intercâmbio com outros estados e países para a
realização de pesquisas, estudos e desenvolvimento técnico científico, auxiliando, assim, na
formação intelectual de jovens escoteiros;
VI - procurar, de modo contínuo a inovação da legislação necessária à promoção de
políticas públicas, sociais e econômicas eficazes para o desenvolvimento intelectual dos
escoteiros, influindo no processo legislativo a partir das comissões temáticas existentes da
Câmara Legislativa do Distrito Federal;
VII - monitorar as matérias de interesse da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo
no Distrito Federal, junto aos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário;
VIII - acompanhar e monitorar a elaboração e a execução do orçamento do Distrito
Federal com o objetivo de ampliar os investimentos nos programas governamentais
destinados aos escoteiros; e
IX - promover a divulgação dos princípios e propósitos do movimento dos escoteiros,
bem como incentivar um maior engajamento de jovens do Distrito Federal, cumprindo a
promessa escoteira de fazer o melhor possível para cumprir seus deveres para com Deus e
nossa pátria, ajudando ao próximo em toda e qualquer ocasião, bem como obedecer à lei
escoteira.
Parágrafo único. A Frente poderá, para atingir seus objetivos, celebrar termos de
parceria, termo de fomento, termo de colaboração com o Poder Público, entidades privadas
com ou sem fins lucrativos e organismos internacionais.
Art. 7º Compete à Frente Parlamentar, realizar trabalhos, pesquisas, estudos,
conferências, seminários, consultas públicas, audiências públicas, palestras, debates e outros
eventos relacionados à sua temática, bem como tomar providencias no sentido de:
I - promover e fortalecer as questões direcionadas aos objetivos da frente parlamentar
proposta, por meio do acompanhamento e fiscalização dos programas e das políticas públicas
governamentais;
II - defender ações complementares para o segmento;
III - acompanhar, discutir e sugerir proposições legislativas correlatas aos interesses
do segmento dentre outras ações; e
IV - garantir ampla participação da sociedade civil nas discussões
e encaminhamentos debatidos.
CAPÍTULO III - DOS MEMBROS
Art. 8º Integram a Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal:
I - como membros fundadores os Deputados Distritais integrantes da 9ª Legislatura,
e que subscreveram o registro da Frente Parlamentar;
II - como membros efetivos os parlamentares que requererem Termo de Adesão em
data posterior ao registro da frente parlamentar; e
III - como colaboradores as pessoas, pesquisadores, especialistas, profissionais,
órgãos, entidades, instituições, associações, institutos e assemelhados que se interessarem
pelos objetivos da frente parlamentar.
Parágrafo único . A Frente Parlamentar poderá conceder títulos honoríficos a
parlamentares e a pessoas da sociedade em geral que se destacarem no estudo e na prática
de ações sociais, econômicas e culturais, indicados pelos membros efetivos da Frente
Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal e aprovados pela Assembleia Geral.
CAPÍTULO IV - DA ESTRUTURA
Art. 9º A Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal tem a
seguinte estrutura:
REQ 1341/2024 - Estatuto - GAB DEP PAULA BELMONTE - (120317) pg.8
I - a Assembleia Geral, todos os Parlamentares que aderiram o registro da Frente
Parlamentar, membros fundadores e efetivos;
II - o Conselho Executivo, integrado por:
a) 1 (um) Presidente;
b) 1 (um) Vice-Presidente; e
c) 3 (três) Secretários Executivos.
Parágrafo único . O mandato dos membros do Conselho Executivo será de 2 (dois)
anos, com direito a reeleição.
Art. 10. Compete à Assembleia Geral:
I - eleger ou destituir os integrantes do Conselho Executivo e do Conselho Consultivo;
II - aprovar os relatórios apresentados pelo Conselho Executivo;
III - estabelecer as diretrizes políticas da atuação da Frente Parlamentar;
IV - supervisionar a atuação do Conselho Executivo; e
V - promover as alterações necessárias a este Estatuto.
Parágrafo único. As decisões da Assembleia Geral serão tomadas por maioria
simples dos votantes, presente a maioria absoluta dos membros da Frente Parlamentar, em
primeira chamada, e por maioria simples dos votantes, presentes dez por cento de seus
membros, na hipótese de segunda chamada.
Art. 11. Compete ao Conselho Executivo:
I - implementar as diretrizes políticas estabelecidas pela Assembleia Geral;
II - tomar as decisões políticas e administrativas necessárias para que se atinjam os
objetivos da Frente Parlamentar;
III - elaborar relatórios sobre a atuação da Frente Parlamentar; e
IV - convocar a Assembleia Geral.
§ 1º São atribuições do Presidente:
I - representar a Frente Parlamentar perante às Casas Legislativas;
II - representar a Frente Parlamentar junto a entidades públicas e privadas;
III - convocar as reuniões do Conselho Executivo; e
IV - presidir as reuniões do Conselho Executivo e da Assembleia Geral.
§ 2º São atribuições do Vice-Presidente auxiliar o Presidente e substituí-lo em casos
de impedimento ou ausência.
§ 3º São atribuições dos Secretários Executivos:
I - planejar e coordenar as atividades do Conselho Executivo; e
II - tomar as iniciativas necessárias para que as decisões do Conselho Executivo
sejam cumpridas.
§ 4º Os cargos do Conselho Executivo são privativos de Deputados Distritais.
§ 5º O Conselho Executivo, poderá valer-se do apoio de assessores e servidores
públicos para desempenhar funções administrativas da Frente Parlamentar, por delegação de
competência.
Art. 12. A Frente Parlamentar será dissolvida por decisão da maioria absoluta dos
membros da Assembleia Geral.
Art. 13. Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pelo Conselho Executivo.
REQ 1341/2024 - Estatuto - GAB DEP PAULA BELMONTE - (120317) pg.9
Art. 14. A Assembleia Geral aprovará normas específicas regulando:
I - as eleições periódicas para os cargos do Conselho Executivo;
II - o ingresso de novos filiados; e
III - a desfiliação voluntária ou compulsória.
CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 15. É vedado a todos os membros da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo
no Distrito Federal usufruir ou perceber qualquer tipo de remuneração pelo exercício de seus
cargos de direção, permitindo o reembolso de despesas comprovadamente feitas em
decorrência de missões específicas, havendo disponibilidade financeira.
Art. 16. A Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal terá um
Regimento Interno, subsidiário do presente Estatuto, no qual constarão, detalhadamente, os
princípios da sua organização interna e das atribuições dos seus conselheiros executivos,
bem como os procedimentos da aplicação das normas de ética e de moral que influem na
aceitação ou no desligamento de seus membros da destituição de seus conselheiros
executivos.
Art. 17. O Regimento Interno será aprovado, revogado ou modificado pelo voto da
maioria simples dos membros da Frente Parlamentar presentes à Assembleia Geral, Ordinária
ou Extraordinária, convocada para o exame da matéria.
Art. 18. O presente Estatuto entra em vigor na data de sua aprovação pelos membros
da Frente Parlamentar de Apoio ao Escotismo no Distrito Federal , quando se dará a eleição e
posse do Conselho Executivo.
Brasília/DF, de maio de 2024.
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 4º Andar, Gab 22 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488222
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Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 13:39:05 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por PEDRO PAULO DE OLIVEIRA - Matr. Nº 00170, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 13:44:57 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por JORGE VIANNA DE SOUSA - Matr. Nº 00151, Deputado(a)
Distrital, em 02/05/2024, às 13:45:02 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por MAX MACIEL CAVALCANTI - Matr. Nº 00168, Deputado(a)
Distrital, em 02/05/2024, às 14:04:52 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
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Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
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00128, Deputado(a) Distrital, em 02/05/2024, às 15:05:38 , conforme Ato do Vice-Presidente e da
Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284,
de 27 de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 02/05/2024, às 15:13:11 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
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02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
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REQ 1341/2024 - Estatuto - GAB DEP PAULA BELMONTE - (120317) pg.11
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Secretaria Legislativa
DESPACHO
A Mesa Diretora para publicação (RICL, art. 153, art. 1º da Resolução nº 255/12 ),
atendidos os requisitos dos arts 2º e 3º da referida Resolução.
_______________________________________
MARCELO FREDERICO M. BASTOS
Matrícula 23.141
Assessor Especial
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 5º Andar, Sala 5.10 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8275
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Documento assinado eletronicamente por MARCELO FREDERICO MEDEIROS BASTOS - Matr. Nº
23141, Assessor(a) da Secretaria Legislativa, em 08/05/2024, às 10:33:57 , conforme Ato do Vice-
Presidente e da Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito
Federal nº 284, de 27 de novembro de 2020.
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REQ 1341/2024 - Despacho - 1 - SELEG - (120676) pg.12
DCL n° 099, de 10 de maio de 2024 - Suplemento
Requerimentos 1349/2024
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Pastor Daniel de Castro - Gab 07
REQUERIMENTO Nº DE 2024
(Do Sr. Deputado Pastor Daniel de Castro)
Requer o registro da criação da
“Frente Parlamentar em Defesa do
Setor Náutico do Distrito Federal.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA LEGISLATIVA DO
DISTRITO FEDERAL:
Requeiro o registro da criação da “Frente Parlamentar em Defesa do Setor Náutico do
Distrito Federal”, que atuará com a finalidade de defender os interesses e fomentar todo
segmento náutico do Distrito Federal - pesca, marinas, setor produtivo, esportistas, turismo,
clubes recreativos, diversos trabalhadores do segmento e outros.
JUSTIFICAÇÃO
A “ Frente Parlamentar em Defesa do Setor Náutico do Distrito Federal ” tem o
objetivo de discutir e formular políticas públicas voltadas ao atendimento e interesse do
segmento náutico do Distrito Federal, bem como defender e proteger os interesses sociais e
econômicos nos seus mais variados setores, desde os pescadores, microempreendedores
individuais, até os proprietários de clubes recreativos, isto é, de todos que vivem direta ou
indiretamente do setor náutico brasiliense.
Ademais, a criação da referida frente se faz necessária em razão das demandas das
múltiplas associações que necessitam da liberação do setor náutico junto aos clubes
recreativos e às marinas, e que carecem de políticas públicas que os auxiliem neste momento
tão difícil na história do nosso país.
Ressalta-se que, atualmente, o setor de turismo náutico emprega indiretamente
milhares de trabalhadores que vão desde os profissionais que cuidam das embarcações até
aqueles que as conduzem no âmbito do lazer/recreio, ou como atividade profissional. Assim,
trata-se de milhares de trabalhadores e trabalhadoras, pais e mães de famílias, que passam
por incontáveis dificuldades.
Há de se destacar que o Lago Paranoá tem atraído investimentos privados e constitui
alternativa de esporte, lazer e principalmente geração de emprego e renda para os milhares
de cidadãos que dependem do turismo náutico da orla. Embora seja um setor de expressiva
contribuição na economia brasiliense, ainda carece de legislação que garanta segurança
jurídica a todos que usufruem do Lago.
Destarte, a Frente Parlamentar contribuirá para segurança e saúde pública ao
fomentar debates e discussões sobre as medidas e regras internas que deverão ser seguidas
pelas associações em caso de retorno das atividades, além de formular, discutir e apresentar
proposições de melhoria e fortalecimento do segmento e das pessoas que dele necessitam,
seja para a sobrevivência ou para geração de emprego e renda.
REQ 1349/2024 - Requerimento - 1349/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro, Deputada Ppagu.1la Belmonte, Deputado Eduardo Pedrosa, Deputado Martins Machado, Deputado Daniel Donizet, Deputado Pepa, Deputado Wellington Luiz, Deputado Thiago Manzoni - (118986)
Destaca-se que a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Náutico do Distrito Federal
possibilitará a realização de audiências públicas com a participação da sociedade civil e
órgãos públicos, com fim precípuo de debater e entender as demandas deste segmento,
propondo ao final soluções que contribuam não só com o setor, mas com o desenvolvimento
da sociedade do Distrito Federal como um todo.
Outrossim, a presente proposição irá proporcionar o fortalecimento e estruturação do
lago Paranoá para o desenvolvimento do Turismo Náutico, pois trata-se de um excelente
mecanismo para alavancar o turismo aquático Brasiliense. No momento em que se fala em
fortalecer este setor, isto envolve políticas públicas como construção de atracadouros públicos
para o embarque e desembarque de passageiros; criar um novo modal de transporte público
aquaviário; construir a primeira marina pública do Distrito Federal e a segunda do Brasil; além
de inserir o DF no cenário nacional e internacional na diversas modalidades do esporte
náutico.
Nesse prisma, cumpre frisar que o setor náutico no Distrito Federal é formado por
diversos atores que envolvem profissionais autônomos, microempreendedores individuais,
empresários, bem como a sociedade civil organizada, representada por diversas associações,
conforme citação que se segue.
ASBRANAUT – Associação Náutica, esportiva e do turismo de Brasília
http://asbranaut.com.br/
Associação dos Instrutores das escolas Náuticas
Norte Navegações
Itália Náutica
Por todo esse quadro aqui relatado é que requeremos o registro da “ FRENTE
PARLAMENTAR EM DEFESA DO SETOR NÁUTICO DO DISTRITO FEDERAL “ .
A Frente Parlamentar é aberta à participação de todos os parlamentares que desejem
contribuir com ações em prol do tema ora proposto.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 7 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488072
www.cl.df.gov.br - dep.pastordanieldecastro@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. Nº 00160, Deputado(a)
Distrital, em 17/04/2024, às 20:49:04 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 23/04/2024, às 12:27:49 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 17:46:02 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. Nº 00155, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 17:50:24 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por DANIEL XAVIER DONIZET - Matr. Nº 00144, Deputado(a)
Distrital, em 24/04/2024, às 17:50:31 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
REQ 1349/2024 - Requerimento - 1349/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro, Deputada Ppagu.2la Belmonte, Deputado Eduardo Pedrosa, Deputado Martins Machado, Deputado Daniel Donizet, Deputado Pepa, Deputado Wellington Luiz, Deputado Thiago Manzoni - (118986)
Documento assinado eletronicamente por PEDRO PAULO DE OLIVEIRA - Matr. Nº 00170, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 18:01:16 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. Nº 00142,
Deputado(a) Distrital, em 25/04/2024, às 08:56:12 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por THIAGO DE ARAÚJO MACIEIRA MAN - Matr. Nº 00172,
Deputado(a) Distrital, em 07/05/2024, às 09:52:23 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
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REQ 1349/2024 - Requerimento - 1349/2024 - Deputado Pastor Daniel de Castro, Deputada Ppagu.3la Belmonte, Deputado Eduardo Pedrosa, Deputado Martins Machado, Deputado Daniel Donizet, Deputado Pepa, Deputado Wellington Luiz, Deputado Thiago Manzoni - (118986)
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Pastor Daniel de Castro - Gab 07
ESTATUTO Nº DE 2024
(Autoria: Deputado Pastor Daniel de Castro)
Requer o registro da criação da
“Frente Parlamentar em Defesa do
Setor Náutico do Distrito Federal.
Art. 1º A Frente Parlamentar em Defesa do Setor Náutico do Distrito Federal é
uma associação suprapartidária, composta por pelo ao menos um terço dos Deputados
Distritais, constituída no âmbito da Câmara Legislativa do Distrito Federal e integrada por seus
subscritores ou que vierem a manifestar interesse em participar, nos termos da Resolução nº
522, de 2012.
Parágrafo único . A Frente Parlamentar é instituída sem fins lucrativos e com duração
limitada à Nona Legislatura da Câmara Legislativa do Distrito Federal, com sede e foro na
cidade de Brasília, Distrito Federal.
Art. 2º São finalidades da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Náutico do
Distrito Federal :
I - Apoiar e defender e proteger os trabalhadores e as trabalhadoras envolvidos no
setor de pesca e turismo no Lago Paranoá, bem como os turistas e moradores brasilienses
que aproveitam desta modalidade de lazer.
II - Promover a integração harmoniosa entre a Câmara Legislativa do Distrito Federal,
o Setor Náutico e as diversas categorias de Profissionais envolvidos nas atividades, capaz de
estabelecer um ambiente legislativo favorável ao desenvolvimento do segtor;
III - Acompanhar o processo legislativo na Câmara Legislativa do Distrito Federal, em
especial quanto aos aspectos de interesse do Setor Náutico e a Defesa dos Profissionais junto
às marinas e aos clubes recreativos, no âmbito do DF;
IV - Subsidiar, com informações fidedignas e oportunas, as iniciativas legislativas de
interesse do Setor Náutico e a Defesa dos Profissionais envolvidos, no Distrito Federal;
V - Atender as demandas políticas do Setor Náutico e a Defesa dos Profissionais junto
às marinas e aos clubes recreativos envolvidos nas atividades do setor;
VI - Acompanhar os assuntos de interesse no Executivo e no Judiciário, visando
apoiar, politicamente, as posições do Setor Náutico e a Defesa dos Profissionais envolvidos no
Distrito Federal;
VII - Difundir, em especial, junto aos moradores e à população em geral, a importância
do apoio político para a consecução dos objetivos do Setor Náutico e a Defesa dos
Profissionais junto às marinas e aos clubes recreativos da área no DF, diante dos órgãos
governamentais;
VII - Fortalecer e estruturar o Lago Paranoá para o desenvolvimento do Turismo
Náutico, por tratar-se de importante mecanismo para alavancar o turismo aquático Brasiliense.
Art. 3º Integram a Frente Parlamentar em Defesa do Setor Náutico do Distrito
Federal :
REQ 1349/2024 - Estatuto - GAB DEP PR DANIEL DE CASTRO - (118991) pg.4
I – Assembleia Geral, composta por todos os Parlamentares que subscreverem o
registro da Frente ou vierem a solicitar a sua inclusão em momento posterior;
II – Conselho Executivo, integrado por:
1 (um) Presidente;
1 (um) Vice-presidente;
1 (um) Secretário-Geral.
Parágrafo único . O mandato dos membros do Conselho Executivo será de 1 (um)
ano, com direito a 1 (uma) reeleição.
Art. 4º Compete à Assembleia Geral:
Aprovar, modificar ou revogar, total ou parcialmente, o Regimento Interno elaborado
pelo Conselho Executivo;
Eleger, reeleger e empossar os membros do Conselho Executivo;
Examinar e referendar os atos praticados pelo Conselho Executivo, aprovando seus
relatórios e pareceres;
Apreciar toda e qualquer matéria que lhe for apresentada pelo Conselho Executivo ou
por qualquer de seus membros, fundadores ou efetivos; e
Zelar pelo cumprimento das finalidades da Frente Parlamentar.
Art. 5º Compete ao Conselho Executivo:
Implementar as diretrizes políticas estabelecidas pela Assembleia-Geral;
Tomar as decisões políticas e administrativas necessárias para que se atinjam os
objetivos da Frente;
Elaborar relatórios sobre a atuação da Frente;
Convocar a Assembleia-Geral.
§ 1º São atribuições do Presidente:
Representar a Frente perante às Casas Legislativas;
Representar a Frente junto a entidades públicas e privadas;
Convocar as reuniões do Conselho Executivo;
Presidir as reuniões do Conselho Executivo e da Assembleia-Geral.
§ 2º São atribuições do Secretário-Geral:
Planejar e coordenar as atividades do Conselho Executivo;
Tornar as iniciativas necessárias para que as decisões do Conselho Executivo sejam
cumpridas.
§ 3º Os cargos do Conselho Executivo são privativos de Deputados Distritais.
Art. 6º A Frente será dissolvida por decisão da maioria absoluta dos membros da
Assembleia-Geral.
Art. 7º Os casos omissos neste Estatuto serão resolvidos pelo Conselho Executivo.
Art. 8º O presente Estatuto entra em vigor na data de sua aprovação pelos membros
da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Náutica do Distrito Federal.
Art. 9º O Deputado Distrital Pastor Daniel de Castro é o representante da Frente
perante a Câmara Legislativa do Distrito Federal até que seja escolhido o Presidente.
Art . 10º O Presente Estatuto entra em vigor na data de sua aprovação pelos
membros da Frente Parlamentar em Defesa da Setor Náutico do Distrito Federal.
REQ 1349/2024 - Estatuto - GAB DEP PR DANIEL DE CASTRO - (118991) pg.5
PASTOR DANIEL DE CASTRO
Deputado Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 7 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488072
www.cl.df.gov.br - dep.pastordanieldecastro@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. Nº 00160, Deputado(a)
Distrital, em 17/04/2024, às 20:49:04 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 23/04/2024, às 12:27:49 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 17:46:02 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. Nº 00155, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 17:50:24 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por DANIEL XAVIER DONIZET - Matr. Nº 00144, Deputado(a)
Distrital, em 24/04/2024, às 17:50:31 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por PEDRO PAULO DE OLIVEIRA - Matr. Nº 00170, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 18:01:16 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. Nº 00142,
Deputado(a) Distrital, em 25/04/2024, às 08:56:12 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por THIAGO DE ARAÚJO MACIEIRA MAN - Matr. Nº 00172,
Deputado(a) Distrital, em 07/05/2024, às 09:52:23 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 118991 , Código CRC: 777fbaf9
REQ 1349/2024 - Estatuto - GAB DEP PR DANIEL DE CASTRO - (118991) pg.6
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Gabinete do Deputado Pastor Daniel de Castro - Gab 07
ATA Nº DE 2024
(Autoria: Deputado Pastor Daniel de Castro )
Requer o registro da criação da
“Frente Parlamentar em Defesa do
Setor Náutico do Distrito Federal.
Às 15:00 horas do dia 22 de abril de 2024 no Gabinete nº 07 da Câmara Legislativa
do Distrito Federal, do Deputado Distrital PASTOR DANIEL DE CASTRO, foi realizada
reunião, por iniciativa do referido Deputado, com a finalidade de fundação e constituição da Fr
ente Parlamentar em Defesa do Setor Náutico do Distrito Federal. Estiveram presentes na
Reunião ___ Deputados, conforme a lista de presença anexa. Na oportunidade, após debate
com os Senhores Parlamentares, foi aprovada a fundação e constituição da Frente
Parlamentar, com o objetivo de acompanhar proposições e outras atividades legislativas da
Câmara Distrital que tratam de questões relacionadas ao Setor náutico e Defesa dos
Profissionais envolvidos nas atividades junto às marinas e aos clubes recreativos, em nível
distrital, estadual, nacional e internacional. Em acordo com os demais membros, o Deputado
PASTOR DANIEL DE CASTRO deu início ao processo de eleição para Presidente e Vice-
Presidente da Frente Parlamentar. Foi apresentada chapa única com o Deputado PASTOR
DANIEL DE CASTRO para ocupar a Presidência e os Deputados _____________________ e
____________________ para Vice-Presidente e 1º Secretário, respectivamente. O Deputado
PASTOR DANIEL DE CASTRO informou aos presentes que a Chapa Única foi eleita por
unanimidade, com __ (_______________) votos.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Deputado Distrital
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 2º Andar, Gab 7 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: 6133488072
www.cl.df.gov.br - dep.pastordanieldecastro@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. Nº 00160, Deputado(a)
Distrital, em 22/04/2024, às 18:11:22 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por PAULA MORENO PARO BELMONTE - Matr. Nº 00169,
Deputado(a) Distrital, em 23/04/2024, às 12:27:49 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por EDUARDO WEYNE PEDROSA - Matr. Nº 00145, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 17:46:02 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por MARCOS MARTINS MACHADO - Matr. Nº 00155, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 17:50:24 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
REQ 1349/2024 - Ata - GAB DEP PR DANIEL DE CASTRO - (118993) pg.7
Documento assinado eletronicamente por DANIEL XAVIER DONIZET - Matr. Nº 00144, Deputado(a)
Distrital, em 24/04/2024, às 17:50:31 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº 02,
de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro de
2020.
Documento assinado eletronicamente por PEDRO PAULO DE OLIVEIRA - Matr. Nº 00170, Deputado
(a) Distrital, em 24/04/2024, às 18:01:15 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira Secretária nº
02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27 de novembro
de 2020.
Documento assinado eletronicamente por WELLINGTON LUIZ DE SOUZA SILVA - Matr. Nº 00142,
Deputado(a) Distrital, em 25/04/2024, às 08:56:12 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
Documento assinado eletronicamente por THIAGO DE ARAÚJO MACIEIRA MAN - Matr. Nº 00172,
Deputado(a) Distrital, em 07/05/2024, às 09:52:23 , conforme Ato do Vice-Presidente e da Terceira
Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 284, de 27
de novembro de 2020.
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REQ 1349/2024 - Ata - GAB DEP PR DANIEL DE CASTRO - (118993) pg.8
CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL
Secretaria Legislativa
DESPACHO
A Mesa Diretora para publicação (RICL, art. 153, art. 1º da Resolução nº 255/12 ),
atendidos os requisitos dos arts 2º e 3º da referida Resolução.
_______________________________________
MARCELO FREDERICO M. BASTOS
Matrícula 23.141
Assessor Especial
Brasília, 8 de maio de 2024.
Cargo
Praça Municipal, Quadra 2, Lote 5, 5º Andar, Sala 5.10 - CEP: 70094902 - Brasília - DF - Tel.: (61)3348-8275
www.cl.df.gov.br - seleg@cl.df.gov.br
Documento assinado eletronicamente por MARCELO FREDERICO MEDEIROS BASTOS - Matr. Nº
23141, Assessor(a) da Secretaria Legislativa, em 08/05/2024, às 10:47:03 , conforme Ato do Vice-
Presidente e da Terceira Secretária nº 02, de 2020, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito
Federal nº 284, de 27 de novembro de 2020.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site
https://ple.cl.df.gov.br/#/autenticidade
Código Verificador: 120695 , Código CRC: 6dc3bbad
REQ 1349/2024 - Despacho - 1 - SELEG - (120695) pg.9
DCL n° 099, de 10 de maio de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Extraordinária 17/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 17ª
(DÉCIMA SÉTIMA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
DE 7 DE MAIO DE 2024.
INÍCIO ÀS 18H13MIN TÉRMINO ÀS 18H25MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nos termos do art. 120 do Regimento Interno,
declaro aberta a sessão extraordinária de 7 de maio de 2024.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Ricardo Vale a secretariar os trabalhos da mesa.
Solicito que as senhoras e os senhores deputados registrem a presença nos terminais para
verificação do quórum.
(Procede-se à verificação do quórum por meio do painel eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Estão presentes 13 deputados. Há, portanto,
quórum regimental.
Item nº 1:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Resolução nº 37/2024, de autoria da
Mesa Diretora, que “Altera o Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dá outras
providências”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 13 votos favoráveis. Houve 11 ausências.
Está aprovado.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, de acordo com
a aprovação do Requerimento nº 1.098/2024, solicito a dispensa do interstício, nos termos do § 1º do
art. 204 do Regimento Interno, e que se dê como lida e aprovada a redação final.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não havendo objeção do Plenário, a
presidência acata a solicitação de vossa excelência. (Pausa.)
Passa-se à imediata apreciação da matéria.
Discussão da redação final do Projeto de Resolução nº 37/2024, de autoria da Mesa Diretora,
que “Altera o Regimento Interno da Câmara Legislativa do Distrito Federal e dá outras providências”.
Em discussão a redação final. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Encerrada a discussão, sem emendas ou retificações, a redação final é considerada
definitivamente aprovada, dispensada a votação.
O projeto vai a promulgação.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, é para avisá-
lo e já pedir o abono: eu não estarei neste plenário amanhã e na quinta-feira. Há um encontro nacional
dos sindicatos e da Confederação Nacional dos Vigilantes, e eu irei participar disso. Portanto, eu não
estarei presente nesta casa na quarta-feira e na quinta-feira.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Muito obrigado, deputado Chico Vigilante.
Vossa excelência fará muita falta. Mas, em breve, estaremos juntos novamente.
Mais algum parlamentar deseja usar da palavra?
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, a minha
questão é que, todo dia quando chegamos, vêm aqueles meninos da carreira de assistência nos
entregando um panfletinho. Hoje mesmo eles estavam por aqui. O panfleto diz o seguinte: “Prezado
parlamentar, o Sindivacs convida vossa excelência para participar de assembleia”.
Eles fizeram um acordo, e o governo disse que iria mandar o projeto deles. Então, eu acho que
está na hora de cobrarmos o governo com mais rigor. Eu não sei qual é a opinião dos outros
parlamentares, mas eu já estou com pena daqueles meninos, que vêm todo dia a esta casa. Todo dia
nos cobram, todo dia nos pedem, e esse bendito projeto não vem nunca.
Portanto, se o governo fez um acordo, deputada Paula Belmonte, está na hora de cumpri-lo.
Está na hora de mandar o projeto. Não dá para esses meninos ficarem nesta casa todo dia, como se
estivessem mendigando um apoio.
Portanto, eu peço a vossa excelência, presidente Wellington Luiz, que envide esforços no
sentido de que esse bendito projeto chegue à Câmara Legislativa, e nós temos o compromisso de votá-
lo imediatamente, no dia em que ele chegar nesta casa. O que não dá é o governo fazer um acordo e
agora ficar dizendo: “Depende da vontade do Ney Ferraz”.
Não creio que seja o Ney Ferraz que está segurando o projeto, até porque quem determina se
o projeto virá ou não virá é o governador. Portanto, se ele fez o acordo, está na hora de cumpri-lo: que
o mande ou diga definitivamente que não vai cumpri-lo, aí eles tiram isso da mente. Só não dá para
todo dia nós os vermos implorando o nosso apoio. Eu creio que é unanimidade nesta casa, neste
momento, que o governo cumpra aquilo que foi acordado e que mande o projeto.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Faço das suas palavras as minhas. O acordo era para que até o final de março o projeto fosse
encaminhado para a Câmara Legislativa. Ele já foi votado e aprovado por esta casa na LDO, nós
realmente esperamos o cumprimento dessa promessa. Nós já estamos falando de quase 2 meses de
atraso. O acordo precisa ser honrado, não há outro encaminhamento senão esse.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu
também vou me associar a isso. Esse é um compromisso desta casa. Vou pedir isso ao secretário Ney
Ferraz, porque, pelo que os meninos do Sindivacs falaram conosco – esses meninos que nos abordam
são extremamente respeitosos –, eles pedem o que lhes foi prometido. Que o secretário leve isso ao
governador, e que o governador mande o projeto a esta casa para que o votemos e o aprovemos o
mais rápido possível, porque é acordo. Acordo tem que ser cumprido.
Obrigado.
DEPUTADA PAULA BELMONTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA PAULA BELMONTE (CIDADANIA. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, é
importante falar sobre esse acordo. Inclusive, esse acordo de que haveria as nomeações foi feito na
nossa presença.
Também quero falar sobre o impacto disso na saúde do Distrito Federal. Houve aqui uma
audiência a respeito do Iges – a atenção primária, os ACS e os Avas são importantíssimos. Hoje não
haveria tantas mortes se esses agentes comunitários estivessem indo às casas orientar a população.
Senhor presidente, é muito importante que esse acordo seja cumprido. Eu defendo a linha de
que, se o projeto não chegou aqui, não vamos votar projeto do governo. Isso terá um impacto direto
na saúde. A saúde pública do Distrito Federal gasta hoje bilhões de reais, mas a atenção primária está
extremamente sucateada, não há UBS o bastante para a população. Eles são a porta de entrada da
atenção primária, precisamos fazer esse esforço, sim.
O deputado Chico Vigilante e o deputado Pastor Daniel de Castro nos mostraram que nós
estamos unidos em relação a isso, mas, efetivamente, nós temos que mostrar a força da casa
legislativa. Todas as vezes que o governo vem com um projeto e nos pede que o votemos, nós o
fazemos. Semana passada chegou um projeto. Ele nem havia passado pela comissão e precisava ser
votado até o dia 30, e os 24 parlamentares votaram.
Ficam aqui o nosso pedido e o nosso registro para que reestabeleçamos a votação nesta casa
dos projetos do governo depois que ele mandar esse projeto.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigada, deputada.
Associo-me a vossa excelência. Por uma questão de justiça e para deixar bem claro isto aos
deputados, eu tenho falado todos os dias com o secretário Gustavo Rocha. Eu tenho que dar aqui o
testemunho de que o secretário Gustavo está cobrando isso, ele tem me dado satisfação. Inclusive,
informou que tem solicitado isso ao secretário Ney Ferraz. Ficam aqui o nosso reconhecimento ao
empenho do chefe da Casa Civil, doutor Gustavo Rocha, e o nosso pedido para que o secretário Ney
Ferraz encaminhe esse projeto.
Isso se faz necessário. É um pedido da Câmara Legislativa, inclusive, com o empenho do nosso
secretário-chefe da Casa Civil, doutor Gustavo Rocha. Então, mais uma vez, solicitamos aos
representantes do governo que peçam isso ao secretário de economia, que tem sido muito atento às
demandas da sociedade, mas nesse caso, como foi dito pelos deputados, há uma necessidade do
cumprimento de um acordo cujo prazo já extrapolou em quase 60 dias. É de fato inaceitável. Então,
fica mais uma vez o nosso pedido. Muito obrigado.
Não havendo mais nada a tratar, declaro encerrada a presente sessão.
(Levanta-se a sessão às 18h25min.)
Siglas com ocorrência neste evento:
ACS – Agente Comunitário de Saúde
Avas – Agente de Vigilância Ambiental em Saúde
Iges-DF – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
Sindivacs-DF – Sindicato dos Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde e Agentes Comunitários de Saúde do Distrito Federal
UBS – Unidade Básica de Saúde
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 08/05/2024, às 13:45, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1656230 Código CRC: 4D26C69E.
DCL n° 088, de 29 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 16a/2024
DCL n° 060, de 25 de março de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Extraordinária 11/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 11ª
(DÉCIMA PRIMEIRA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
DE 19 DE MARÇO DE 2024.
INÍCIO ÀS 16H33MIN TÉRMINO ÀS 18H35MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a sessão extraordinária, dia 19
de março de 2024, nos termos do art. 120 do Regimento Interno desta casa.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
Item nº 1:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “Dispõe sobre a carreira Pública de Assistência Social do Distrito Federal e dá outras
providências”.
Solicito a todos os deputados que registrem suas presenças.
Lembro a todos que a deputada Paula Belmonte está ausente devido ao falecimento do seu pai
neste final de semana. S.Exa. está em casa, recuperando-se desta dor.
O projeto foi aprovado em primeiro turno.
Em discussão, em segundo turno. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 20 votos favoráveis. Houve 4 ausências
justificadas.
Está aprovado.
DEPUTADO RICARDO VALE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO RICARDO VALE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, de acordo com
a aprovação do Requerimento nº 1.098/2024, solicito a dispensa do interstício, nos termos do § 1º do
art. 204 do Regimento Interno, e que se dê como lida e aprovada a redação final.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não havendo objeção do Plenário, a
presidência acata a solicitação de V.Exa. (Pausa.)
Passa-se à imediata apreciação da matéria.
Discussão da redação final do Projeto de Lei nº 1.010/2024, de autoria do Poder Executivo, que
“Dispõe sobre a carreira Pública de Assistência Social do Distrito Federal e dá outras providências”.
Em discussão a redação final. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Encerrada a discussão, sem emendas ou retificações, a redação final é considerada
definitivamente aprovada, dispensada a votação.
O projeto vai a sanção.
Parabéns! Rumo a muitas outras vitórias.
Esta presidência agradece a todos os servidores desta importante carreira.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Mais uma vez, muito obrigado. Parabéns pela
luta de todos os servidores. Agradeço à ex-secretária Mayara, à secretária-adjunta Renata e a todos os
deputados desta casa.
Deputado Gabriel Magno, para aqueles que insistem em dizer que esta casa não é do povo, a
prova está aí: uma casa lotada o tempo todo. Isso, para nós, é motivo de muito orgulho.
Item nº 221:
Discussão e votação, em primeiro turno, do Projeto de Lei nº 285/2023, de autoria do Poder
Executivo, que “atualiza a legislação distrital que trata do sistema penitenciário e das políticas de
segurança pública, em virtude da criação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do
Distrito Federal”.
Aprovado parecer favorável da Comissão de Segurança. Foram apresentadas 3 emendas de
plenário. A Comissão de Segurança deverá se manifestar sobre as emendas, e a CDDHCLP, a CEOF e a
CCJ deverão se manifestar sobre o projeto e as emendas.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, estávamos em
meio à legítima e justa comemoração pela aprovação do projeto de lei da carreira dos servidores da
assistência social. Por isso, V.Exa. poderia nos informar novamente qual o item que será apreciado
agora?
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Item nº 221, que trata do sistema
penitenciário.
Retificando: 2 emendas.
(Pausa.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito à presidente da Comissão de
Segurança, deputada Doutora Jane, que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADA DOUTORA JANE – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito à relatora, deputada Doutora Jane,
que emita parecer da Comissão de Segurança.
DEPUTADA DOUTORA JANE (MDB. Para emitir parecer. Sem revisão da oradora.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Segurança ao Projeto de Lei nº
285/2023, de autoria do Poder Executivo, que “atualiza a legislação distrital que trata do sistema
penitenciário e das políticas de segurança pública, em virtude da criação da Secretaria de Estado de
Administração Penitenciária do Distrito Federal”.
Senhor presidente, no âmbito da Comissão de Segurança, o parecer é pela aprovação das 2
emendas.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 20 deputados.
Solicito ao presidente da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação
Participativa, deputado Fábio Félix, que designe relator para a matéria ou avoque a relatoria.
(Pausa.)
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, eu queria
ver a possibilidade de votarmos, após a apreciação desse projeto, a Moção nº 677/2024, que diz
respeito à entrega das moções da Semana da Mulher, que será realizada amanhã pela manhã.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Acolho o pedido de V.Exa. e solicito que seja
incluída na votação em bloco das moções e requerimentos.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Obrigada, presidente.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, nesse sentido
também, eu gostaria de incluir as Moções nºs 669 e 675, de uma sessão solene que faremos na
semana que vem.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Acolho o pedido de V.Exa. e incluo-as no
bloco de leitura das moções e requerimentos.
(Pausa.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao presidente da Comissão de Defesa
dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa, deputado Fábio Félix, que designe relator
para a matéria ou avoque a relatoria.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, avoco a relatoria.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Fábio Félix, que
emita parecer da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa sobre
a matéria.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos,
Cidadania e Legislação Participativa ao Projeto de Lei nº 285/2023, de autoria do Poder Executivo, que
“atualiza a legislação distrital que trata do sistema penitenciário e das políticas de segurança pública
em virtude da criação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal”.
Eu vou direto ao voto do relator.
Foram apresentadas 3 emendas aditivas. As 2 primeiras emendas são de autoria do deputado
Wellington Luiz e a terceira emenda é de minha autoria, a qual assino como relator.
Diante do exposto, no âmbito da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e
Decoro Parlamentar (sic), no mérito, manifestamos voto pela aprovação do Projeto de Lei nº 285/2023
e das Emendas nºs 1, 2 e 3.
É o parecer, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 14 deputados.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, quanto
ao item nº 202 (sic), relativo ao projeto que altera a LDO, para corrigir principalmente a questão Refis,
o governo está fazendo um substitutivo, uma sugestão que será apresentada na CEOF. Então, eu
gostaria que houvesse o compromisso de, na próxima terça-feira, a CEOF ser aberta em plenário para
votarmos esse substitutivo e darmos cabo do Projeto de Lei nº 983/2023.
Esse é o meu pedido.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado.
Discutiremos o assunto na reunião de líderes da próxima segunda-feira, mas fica, incialmente,
previsto para a terça-feira que vem.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu
quero saudar e cumprimentar, por estar aqui no plenário da Câmara Legislativa, o doutor Renato.
Fique de pé, doutor Renato. Ele é o cirurgião bariátrico mais conhecido desta cidade, do HRAN, e, hoje,
está emprestado ao Ministério da Saúde. Saúdo esse grande médico por fazer tantas cirurgias
bariátricas e dar qualidade de vida às pessoas. Seja bem-vindo!
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, Renato. Faço minhas as palavras do
deputado Pastor Daniel de Castro. O Renato é um amigo de muitos anos. É um prazer revê-lo, inclusive
bem e em uma posição tão estratégica e importante para o Distrito Federal. Tudo bem, Renato?
Obrigado, amigo, por estar aqui conosco.
Continuando a apreciação do item nº 221, solicito à presidente da Comissão de Segurança,
deputada Doutora Jane, que designe relator ou avoque a relatoria do parecer à Emenda nº 3.
DEPUTADA DOUTORA JANE – Senhor presidente, designo o deputado Roosevelt.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Solicito ao relator, deputado Roosevelt, que
emita parecer da Comissão de Segurança sobre a matéria.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Obrigado, senhor
presidente.
Deputada Doutora Jane, presidente da nossa Comissão de Segurança, obrigado por me
designar para a relatoria desse projeto, um projeto importante e para o qual foi apresentada uma
emenda.
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Segurança à
Emenda nº 3 apresentada ao Projeto de Lei nº 285/2023, de autoria do Poder Executivo, que “atualiza
a legislação distrital que trata do sistema penitenciário e das políticas de segurança pública, em virtude
da criação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Distrito Federal”.
Somos pela aprovação da Emenda nº 1 e da Emenda nº 2, ambas de autoria do deputado
Wellington Luiz.
Somos pela rejeição da Emenda nº 3, que é o objeto do nosso parecer. Trata-se de uma
emenda que traz no seu texto a imposição de colocação de câmeras de videomonitoramento nos
policiais do Distrito Federal.
A Comissão de Segurança é uma comissão de mérito, e o nosso parecer vai nesse sentido. É
uma propositura totalmente descabida, porque há a inversão de valores nesse procedimento. Ora, nós
vamos passar a vigiar o Estado? É o Estado que tem de ser vigiado? O policial, imbuído de sua função
de proteger a sociedade, representa o Estado, ele tem fé pública. Quem deve ser monitorado são os
meliantes, os bandidos desta cidade – esses, sim, devem ser monitorados. Isso é um absurdo, fazemos
uma inversão de valores. É claro que isso se trata de uma pauta da esquerda, que quer maquiar o
trabalho, em especial, da Polícia Militar do Distrito Federal.
Dessa forma, o nosso parecer é pela aprovação das Emendas nºs 1 e 2 e pela rejeição da
Emenda nº 3, que visa fiscalizar as pessoas de bem, que saem de casa todos os dias para salvaguardar
e proteger a nossa população. Há uma inversão de valores. Nós temos de vigiar o bandido, o
vagabundo, o meliante, que oprime nossa cidade a todo momento.
Quero deixar registrado que as Emendas nºs 1 e 2 ao Projeto de Lei nº 285/2023 já haviam
sido acatadas pela deputada na comissão e que o objeto do nosso parecer é somente quanto à
Emenda nº 3. Somos pela rejeição desta.
É o parecer, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente.
Primeiro, eu acho que é importante fazermos o debate sobre monitoramento e serviço público.
Parece-me que há uma dificuldade cognitiva de compreender a ideia do monitoramento. O
monitoramento, inclusive, é a defesa de diversos servidores. A câmera fica voltada para o trabalho
executado pelos servidores. A câmera fiscaliza, deputado, a atividade criminosa que pode ocorrer
dentro do sistema prisional. A câmera serve para a proteção dos bons servidores, que cumprem o
protocolo, que fazem o trabalho da forma correta.
Não sei se V.Exa. sabe, se tomou conhecimento, mas as câmeras corporais da Polícia Militar de
São Paulo... Ah, tecnologia essa que não foi inventada pela esquerda, não! Essa tecnologia já é
aplicada no mundo inteiro pelas polícias modernas e pelo sistema prisional moderno – governos de
direita, esquerda, centro, em cima e embaixo –, porque todo mundo quer que as coisas sejam feitas da
forma correta e utilizam a tecnologia para que os procedimentos sejam seguidos.
Então, nós estamos falando, aqui, o óbvio, em 2024, no Brasil; mas me parece que alguns, em
vez de quererem qualificar, modernizar e trazer tecnologia para a política pública, preferem fazer
recortes de vídeos de polarização. Não me parece esse o caminho.
O governo que implantou as câmeras corporais na Polícia Militar de São Paulo não foi um
governo de esquerda, ao contrário, foram coronéis da Polícia Militar – a maior parte deles eleitores de
Jair Bolsonaro – que implantaram o sistema que melhorou, qualificou e diminuiu a letalidade policial em
70%, inclusive melhorando a imagem da própria Polícia Militar do estado de São Paulo. Essa é a
questão. Esse é o debate.
Nós temos que fazer uma escolha nesta casa: se vamos querer fazer a discussão para recortar,
jogar no TikTok e em sei lá onde, ou se queremos fazer o debate de política pública com o
compromisso público de melhorar, de qualificar, de modernizar as políticas públicas da nossa cidade.
Precisamos escolher se queremos fazer esse debate.
É óbvio que as câmeras corporais protegem os direitos humanos de todo mundo, de todo o
mundo! Por isso, eu defendo o uso delas para todo o sistema de segurança: elas protegem os direitos
de todos. E olhem, deputados, eu tenho me surpreendido positivamente. Ouviram, deputada Doutora
Jane, deputado Martins Machado? Vários policiais militares, que não são meus eleitores, têm me
procurado para dizer que são favoráveis às câmeras corporais e à implementação delas no Distrito
Federal. Não são meus eleitores, mas eles querem o reconhecimento de seu trabalho correto, sério.
Então, que a marca desta casa seja fazer a coisa certa, porque eu acho que nós temos que
lutar para fazer a coisa certa. Eu defendo a implantação das câmeras corporais. Não é projeto de
esquerda, não é projeto de direita; é um projeto de defesa da dignidade das pessoas e da
modernização do sistema prisional.
Para concluir, presidente – eu repito isso para não parecer que é uma novidade, que nós
estamos inovando aqui, deputado Chico Vigilante –, as câmeras corporais no sistema prisional já
existem no mundo inteiro para policiais penais ou agentes de custódia. Isso já existe. Não é novidade.
É só o Brasil que está no século passado. No mundo inteiro isso já é aplicado.
Existe uma lei em vigor, de autoria da deputada federal Erika Kokay, que já prevê o
monitoramento de câmeras prediais no sistema prisional, e que o governo do Distrito Federal não
cumpre. Mas as câmeras corporais já são aplicadas nas polícias mais modernas do mundo. Isso protege
o bom policial e protege o cidadão. É disso que nós estamos falando. Não é para recorte, não é para
nada: é para fazer um debate sério de política pública.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Roosevelt.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Dificuldade cognitiva,
deputado Fábio Félix, deve ter V.Exa., que defende o aborto, que tem como militante e companheiro o
antigo ministro da Justiça e agora ministro do Supremo que entra no morro e é recebido de braços
abertos por traficantes – em um país como o nosso, em que 80% dos crimes têm como pano de fundo
o tráfico. Dificuldade de cognição tem V.Exa., que defende o bandido, que defende o desocupado e
defende fiscalizar o cara de bem que sai para trabalhar, seja no presídio, seja como policial na rua.
Ninguém aqui é contra o videomonitoramento nas instalações – isso já é uma realidade
inclusive nas grandes cidades. Porém, fiscalizar o policial? Na verdade, o pano de fundo é este:
fiscalizar o policial. Para impedir o quê? O policial está cumprindo o seu trabalho. O policial está ali para
defender a sociedade e faz isso com maestria. Ninguém sai na rua para ficar trocando tiro com
ninguém porque quer, não. Se eventualmente o meliante revida, ele, sim, vai revidar. Ainda mais
falando especificamente do Distrito Federal: a letalidade dos nossos policiais é entre insignificante e
próxima de zero. Então, eu sou terminantemente contra.
Isto aqui não se trata de recorte para postar, não, deputado Fábio Félix. Eu falo muito pouco
aqui no plenário. É V.Exa. que não perde a oportunidade de fazer discurso inflamado, discurso para a
plateia. Isso, sim. Isso. Sim! Porém, quando o bicho pega, deputado Joaquim Roriz Neto, a esquerda
liga para onde? Liga para o 190. “Cadê a polícia para me defender?” E a polícia vai lá,
independentemente da ideologia de quem quer que seja. Obrigado, senhor presidente.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Eu vou devolver a palavra ao senhor,
deputado Fábio Félix. Sei que V.Exa. foi citado, mas antes me permita passar a palavra à deputada
Doutora Jane.
(Intervenção fora do microfone.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Não citou? Não, mas eu vou passar a palavra
todas as vezes que os deputados... Se o deputado Roosevelt quiser falar novamente, não há problema
algum. Mas, primeiramente, vou passar a palavra para a deputada Doutora Jane; depois, retomamos.
Antes, deputada Doutora Jane, deixe-me apenas informar, por gentileza, que estou designando
o deputado Max Maciel para o lançamento oficial do Plano Juventude Negra Viva, que ocorrerá no dia
21 de março, no Ginásio Regional da Ceilândia. Deputado Max Maciel, se V.Exa. puder nos representar,
será de grande valia. Muito obrigado, deputado Max Maciel. Já está formalizado, já mandamos para o
seu gabinete.
Continua em discussão.
Concedo a palavra à deputada Doutora Jane.
DEPUTADA DOUTORA JANE (MDB. Para discutir. Sem revisão da oradora.) –Obrigada, senhor
presidente.
Eu não poderia me furtar a participar deste debate. Com certeza a instalação de câmeras de
monitoramento na roupa dos policiais, seja dos policiais penais, seja dos policiais civis, seja dos
policiais militares, carece de um debate com os policiais. Esse projeto impacta diretamente a vida dos
policiais. Da minha parte, como policial e membro da Comissão de Segurança, o compromisso que eu
tenho é que, antes de votação favorável a esse projeto, nós vamos promover esse debate com a
categoria, para ouvi-los, para que eles realmente se preparem para este momento de instalação de
câmeras corporais se tiver que acontecer.
Digo isso porque eu tenho uma péssima experiência com as câmeras corporais. Eu fui delegada
de plantão por muitos anos e, como delegada de polícia, eu tive uma equipe em Planaltina e perdi um
colega. O nome dele era Lopes. Ele deixou 1 criança de 8 anos de idade, 1 filho de 14 anos de idade e
a esposa. Ele se matou no nosso plantão. Ele deu um tiro no queixo por conta de uma filmagem de
uma câmera de monitoramento cuja interpretação da imagem foi feita de forma equivocada.
Ele foi um ótimo policial, não respondia a qualquer procedimento na corregedoria. Ele tinha
quase 18 anos de serviços prestados, sem qualquer intercorrência na ficha policial dele. Ele foi um
excelente policial, e eu dou testemunho disso, porque as equipes que trabalhavam comigo – eu falo
por eles – não eram compostas por agressores, nunca foram. A situação a que ele foi submetido não
foi de agressão, mas não vem ao caso contá-la, aqui, agora, porque o resultado foi que ele ficou na
mira de um processo, não sabia se seria exonerado; isso acabou o levando ao desespero e ele acabou
se matando no plantão.
Então, eu tenho uma dificuldade enorme de falar de câmera de monitoramento. Enquanto isso
não for efetivamente debatido amplamente com os próprios policiais e até que cheguemos a este
momento de consenso de instalar a câmera de monitoramento, o meu voto vai ser sempre contra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputada Doutora Jane. Esse caso
eu conheço. Realmente, é lamentável o suicídio. Esse fato consternou a todos nós colegas policias e
serve como lição.
Vou passar a presidência para o deputado Ricardo Vale, porque preciso falar com o presidente
do BRB e com o presidente da Caesb por 15 minutos. Trata-se de um assunto extremamente
importante para todos nós. Eu vou lá e volto. É só o tempo de atendê-los.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Presidente, a presença de V.Exa. é sempre significativa neste
plenário. Não tenho dúvidas disso, mas sabemos também da tarefa que V.Exa. tem em nos representar
nesta reunião que é importante.
Então, da nossa parte está tranquilo, e temos muita confiança de que esta reunião terá bons
frutos para o povo do Distrito Federal graças à intervenção de V.Exa.
(Assume a presidência o deputado Ricardo Vale.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Continua em discussão.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Quero tratar aqui do
debate da emenda do deputado Fábio Félix, porque estamos tratando de uma situação que ninguém
inventou, que não é ideológica. Não é o “eu acho”, não é “eu defendo” ou “eu acredito”. É uma
situação que é uma realidade, infelizmente, do sistema prisional brasileiro e que há, obviamente, vários
fatores que a explicam.
Quero destacar 3 notícias, procedentes de uma pesquisa rápida, cujo Google vai confirmar. A
primeira se trata de uma declaração em um debate realizado no Congresso Nacional, na Câmara dos
Deputados, em 2021, em que a ONU afirma que a tortura é um problema sistêmico e estrutural do
sistema prisional brasileiro há muitos anos.
A segunda, a decisão do Supremo Tribunal Federal do dia 5 de outubro do ano passado, 2023,
que confirma que o cenário existente no sistema prisional brasileiro é de violência massiva sobre os
direitos fundamentais. Ela propõe para os estados e para a União várias soluções que passam,
obviamente, pelo debate da superlotação dos presídios; pela dificuldade, pela demora da saída de
vários presos que já deveriam sair, mas que continuam pela dificuldade do sistema judiciário; inclusive,
pelo debate da política de drogas, que encarcera em massa a juventude negra principalmente.
Há várias soluções. São óbvias. São fatos. Vou ler uma notícia do G1 do dia 3 de fevereiro de
2022: “Em 3 anos, denúncias de tortura e maus-tratos no sistema prisional do DF cresceram 3.600%”.
Nós estamos falando disso, de um problema que é real.
Parte da solução do problema é a câmera nos uniformes dos policiais. Ninguém acha, também,
que isso vai resolver todo o problema, pois ele é sistêmico e tem origens mais profundas na própria
formação do Estado brasileiro. Mas é preciso combatê-lo com política pública.
O debate não é sobre para quem a esquerda ou direita ligam. Não é o debate. Ninguém está
criminalizando ninguém. Estamos tentando propor soluções que tenham dados, que tenham
experiências em vários locais para minimizar um problema que existe.
Caros colegas, não falar do problema não vai fazê-lo sumir. Ele vai continuar existindo.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Para discutir. Sem revisão do orador.) – Então, é disso que
se trata. É um instrumento a mais de política pública para enfrentarmos esse grave problema, que é
também um problema do sistema prisional do Distrito Federal.
Encerro com a contradição do discurso de “o que me convém”. Agora, discutir câmera – de
novo – diante dos dados, diante dos fatos, é uma tentativa de perseguição ou qualquer coisa parecida.
Mas esses são os mesmos que defendem, que fazem discurso...
Há até projeto de lei, nesta casa, pedindo instalação de câmera nas salas de aula, porque
dizem assim: “Ah, não. Os professores são muito perigosos. Esses aí estão fazendo muito mal a nossa
juventude.” Aí há uma contradição, desculpem-me. Para atacar os docentes nas escolas, que estão
cumprindo um papel, vale até prender os professores.
Nós estamos defendendo a emenda do deputado Fábio Félix, porque nós estamos diante de um
problema complexo, real. Não é, presidente, uma briga contra os servidores, contra os policiais penais
– neste caso, especificamente, os do sistema prisional. Pelo contrário. Neste caso, diante desse
problema estrutural, é preciso inclusive dialogar para defender o próprio direito do servidor público.
Então, eu gostaria de defender a emenda do deputado Fábio Félix. Que esta casa possa dar
uma resposta séria a um problema grave que o Distrito Federal, infelizmente, também vive no seu
sistema prisional.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Presidente, deputados da
base – inclusive a deputada Doutora Jane, que é da área policial – pediram a retirada desse projeto
para que haja uma maior discussão na próxima reunião do Colégio de Líderes. A deputada Doutora
Jane também sugeriu que se ouvissem as partes, principalmente os policiais, para que cheguemos a
um texto que seja o melhor possível.
Peço isso para que se respeite o diálogo, que é o que o governo sempre defende.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, obrigado.
Primeiro quero agradecer ao deputado Robério Negreiros o pedido de retirada de pauta. Acho que esse
é um gesto de diálogo. Eu vou me ater ao nível do debate elevado feito pela deputada Doutora Jane,
que é delegada de polícia e não desqualifica o argumento do outro por aquilo que ele defende, mas faz
o debate do conteúdo. Eu acho que é para isso que estamos aqui hoje.
Se debatemos um tema relacionado à vida ou ao aborto, eu não vou acusar alguém pelo
argumento ou pelo que a pessoa defende, mas vou fazer o debate do conteúdo. Para mim, a
dificuldade cognitiva reside na nossa incapacidade de fazer o debate de conteúdo e na tentativa, de
alguma forma, de carimbar estereótipos nas pessoas por causa daquilo que elas defendem. Isso é ruim
para o Legislativo, que é um espaço de pluralidade de ideias.
Eu acho extremamente pertinente a consulta à categoria e aos segmentos da Polícia Penal, por
exemplo, em relação ao tema – e que seja feito o debate com a Polícia Penal –, como acho
extremamente pertinente que esse debate seja feito com a Polícia Militar. Nós promovemos aqui uma
audiência pública, à qual vieram representantes de diferentes alas e associações da Polícia Militar para
fazer o debate, inclusive oficiais. Eu queria dizer para os senhores que a Polícia Militar do Distrito
Federal está implementando as câmeras corporais com uma experiência piloto de 2 mil câmeras – isso
já foi anunciado pelo governador do Distrito Federal –, porque, do ponto de vista do monitoramento,
da modernização da Polícia Militar, esse é um passo significativo.
Para concluir, presidente, digo que não vou me intimidar ou deixar de defender qualquer uma
das minhas pautas – as quais fui eleito para defender – por conta da tentativa de desqualificação das
pautas que defendemos. Obviamente não são pautas simples, não são pautas fáceis. Debater a
questão do aborto não é uma pauta simples. Não é: 2+2=4, como parece para alguns. Quanto ao
debate sobre a política de drogas, para mim, o melhor caminho para se resolver o problema do tráfico
é a regulamentação e a legalização; para outros parlamentares, é piorar a questão da proibição.
Portanto, existem debates nesta casa, e não podemos aqui criar uma cultura de desqualificar o outro
por conta desses debates.
O que acho intolerável é tachar o outro por conta daquilo que ele defende. Eu não defendo
câmeras corporais aqui por bandeira partidária. Eu defendo câmeras corporais porque eu acho que é a
solução. O deputado Martins Machado sabe que eu já fui procurado no meu gabinete por diversos
pastores da Igreja Universal que atuam no sistema prisional e que vieram denunciar situações de
tortura. Eu já fui procurado por diversos pastores, de diferentes denominações religiosas, que, às
vezes, não têm aonde ir. Imaginem! Eles nos procuram para pedir ajuda, para pedir auxílio em como
resolver as violações de direitos humanos que acontecem dentro do sistema.
Meus amigos, por mais que as pessoas aqui abominem o ato criminoso que alguém tenha
cometido... Deputado Roosevelt – cito nominalmente V.Exa., que sempre tratei com muita cordialidade
e respeito ao longo de 5 anos de bancada nesta casa –, V.Exa. sabe que, por mais que V.Exa. abomine
o ato criminoso que as pessoas tenham cometido, a legislação brasileira permite que essas pessoas,
eventualmente, voltem para a sociedade. A escolha que temos que fazer não é se nós queremos que
elas voltem ou não, porque essa escolha não é nossa. A escolha que temos que fazer é: se elas devem
voltar melhores, ressocializadas, ou ainda mais indignadas, amarguradas. Essa é uma escolha que
vamos ter que fazer. Essa é uma escolha de segurança pública. Essa reflexão nós temos que fazer.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Temos que baixar um pouco as nossas armas. Essa é uma escolha.
Temos que fazer um debate do ponto de vista técnico. Essa é a reflexão que eu gostaria de deixar
hoje.
Agradeço ao líder do governo a retirada do projeto de pauta. Esse debate nós fizemos,
inclusive, com o deputado Hermeto, na mesa, e foi um debate sério, qualificado, que ouviu as
diferenças. Não é Deus e o Diabo, não é o mal contra o bem nesse debate. Essa é uma discussão séria
de uma política pública que esta casa precisa ter a coragem de enfrentar.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Acato a solicitação do líder do governo, deputado Robério Negreiros, e retiro da pauta o Projeto
de Lei nº 285/2023.
Estão inscritos o deputado Hermeto, a deputada Dayse Amarilio, o deputado Max Maciel.
Primeiro é a deputada Dayse Amarilio, depois o deputado Max Maciel, depois o deputado Hermeto. Por
último, o deputado Chico Vigilante.
Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Obrigada, presidente.
Eu queria agradecer a retirada de pauta do projeto e pedir que ampliemos esse debate em
relação a algo muito grave que tem acontecido quanto à saúde mental das polícias. Tivemos uma
notícia muito triste de um policial civil que estava afastado e que não só matou a companheira como
também se matou. Tenho muitos amigos que são policiais militares; eu perdi 2 por suicídio.
Tenho muitos colegas que são a favor das câmeras nos uniformes. Então, acho muito
pertinente que façamos esse diálogo ampliado, porque não vejo isso como um debate ideológico. Vou
dizer-lhes: como servidora pública que sou, acho que todos servidores precisam... Como profissional da
saúde, quem dera eu ter uma câmera que filmasse e me defendesse, porque temos apanhado nos
postos de trabalho. Já ouvi policial dizer para mim o seguinte: Dayse, se eu tivesse uma câmera
naquela situação, Fulano teria sido salvo. Isso porque, para um policial dar um tiro, ele tem que
justificar isso de várias maneiras, e, muitas vezes, o tiro vem antes.
Não vejo o uso de câmeras como uma questão de se punir o servidor. Contra fatos, não há
argumentos. Não há argumentos ideológicos para fatos. Sabemos que a instalação de câmeras – como
o deputado Fábio Félix mencionou – salvou a vida de pessoas e trouxe uma melhora. Isso são dados
de pesquisas, dados reais. Essa é uma situação que precisa ser debatida independentemente de
posicionamento ideológico.
Precisamos não só melhorar o policiamento, que está muito ruim, pelo déficit – sabemos que o
servidor faz muito com muito pouco, sim –, mas também pensar a questão da saúde mental. Temos
uma situação muito grave no Distrito Federal, que é a saúde mental dos servidores públicos. Estamos
vivendo um caos em relação à saúde mental. Se não conseguirmos descentralizar a Subsaúde e pensar
ações específicas de cada pauta, vamos continuar vendo notícias tristes como, por exemplo, a de um
policial matar a companheira e se matar.
Agradeço, mas peço que se amplie esse debate, falando não só da monitorização, mas também
da situação mental de todos os policiais e forças de segurança daqui do Distrito Federal.
Obrigada, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, é só para
colaborar com o debate e reforçar a minha opinião.
O projeto foi retirado de pauta, mas defendemos a emenda do deputado Fábio Félix, primeiro
porque ela vai ao encontro, na verdade, de um normativo internacional, na perspectiva de cada vez
mais transparência, controle e, inclusive, isenção nas tratativas entre os agentes públicos e os
cidadãos.
O objetivo da câmera não é punir ninguém. Na verdade, o objetivo das câmeras é garantir uma
maior prestação de conta, até porque um funcionário público, qualquer um, pode ter, sim... A polícia
não pode ser a única que não pode ter um órgão de controle.
Por que as câmeras estão em incidência, cada vez mais, no caso das forças policiais? É porque
há um normativo legal de que a polícia tem fé pública. Então, a partir do momento em que o deputado
Hermeto, como policial, sozinho, apreende alguém, ele, por si só, tem fé pública. O contraditório não
acontece.
Isso acontece cada vez mais no tribunal. Por exemplo, 60% dos crimes análogos ao tráfico de
drogas, nos tribunais, só tiveram 1 policial como testemunha. A câmera é para trazer imparcialidade
para o debate, para trazer mais tranquilidade ao normativo.
E qual o problema disso? Como o deputado Fábio Félix bem pontuou aqui, houve audiência
pública, o Ministério Público recomendou, as polícias não viram problema com relação a isso. Nós,
inclusive, mandamos recursos para o Metrô-DF, que está adquirindo as bodycams e vão instalar essas
câmeras nos agentes metroviários, na força de segurança do Metrô, que não usa arma letal, mas usa o
uso seletivo da força. Por incrível que pareça, os agentes concordaram com isso e até agradeceram a
nós, porque isso também dá segurança na tratativa deles, quando respondem a um processo por
tentativa de abuso de autoridade, por exemplo.
Na verdade, presidente, para reforçar o que eu disse, o Mistério da Justiça, em relatório, no
final de novembro do ano passado, apontou que já existem 30 mil câmeras corporais em uso pelas
forças de segurança no Brasil.
Qualquer um aqui pode observar, em filmes norte-americanos aos quais assistimos e até em
relatos norte-americanos, que já existem câmeras nas viaturas de lá há muito mais tempo. As câmeras
não são para punir um ou outro; são apenas para trazer transparência na ação, na atividade policial,
para trazer imparcialidade no processo, tendo em vista que o agente tem fé pública, e o contraditório
fica prejudicado.
Não defender isso é ir contra o normativo jurídico internacional, inclusive. E digo: podem até
não colocar a matéria para ser votada, mas isso vai acabar sendo implementado, porque é o futuro e
está baseado no arcabouço legal que versa sobre a tratativa das forças de segurança.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Max Maciel.
DEPUTADO HERMETO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
Depois, falará o deputado Chico Vigilante e o deputado Roosevelt.
DEPUTADO HERMETO (MDB. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, senhores
deputados, antes de tudo, quero parabenizar os aprovados do concurso da Polícia Militar. Hoje, foi
divulgado o resultado do exame médico. Aprovamos 3 mil policiais, 3.100 mais ou menos. Estou
acompanhando de perto esse concurso. É a recomposição dos quadros da Polícia Militar. Na outra
quarta-feira, dia 27, sairá o resultado do psicotécnico.
O meu compromisso com esses concursados é que a nossa turma será de 1.200 policiais agora.
Estive no Cepom, no centro de aperfeiçoamento de praças em formação, que está sendo todo
adequado para receber os 1.200 policiais. Estou trabalhando, também, junto ao Ney, secretário de
planejamento, para que façamos o remanejamento dos recursos, aberto, agora, no Congresso
Nacional. Inclusive, o deputado federal Rafael Prudente e o deputado federal Gilvan estão nos
ajudando, porque vai abrir a janela agora. Esse é o nosso compromisso com a nossa corporação, com
os futuros policiais.
Também estive nesta semana agora com o Ney. Estamos trabalhando a redução do interstício.
Estamos vendo várias carreiras sendo reestruturadas. Inclusive, hoje, foi mais uma. E a nossa Polícia
Militar e o nosso Corpo de Bombeiros estão anos-luz atrás na reestruturação, deputado Chico Vigilante.
Há mais de 10 anos, exatamente em 2009, fizeram uma reestruturação dentro da corporação que
atendeu naquele momento. Hoje, as necessidades são outras.
Deputado Fábio Félix, imagine V.Exa. ficar 10 anos como soldado para ser promovido a cabo. É
um absurdo, não é? Na carreira dos nossos irmãos da Polícia Civil – graças a Deus que eles têm um
plano de carreira bom –, eles são agentes especiais com 10 anos de serviço, deputado Chico Vigilante.
Ingressam na Polícia Civil como agentes segunda classe e chegam ao topo da carreira deles como
agentes especiais – o deputado Roosevelt sabe – em 10 anos, deputado Roosevelt, enquanto são 10
anos para o praça sair para cabo. São 10 anos. E o topo da nossa carreira é subtenente. Sabe quando
que ele vai sair subtenente? Nunca.
Então, precisamos urgentemente dessa reestruturação. A coronel Ana Paula está trabalhando
muito nisso, e nós estamos também, para que possamos apresentar ao governador, e S.Exa. possa
encaminhar ao Congresso Nacional a tão sonhada reestruturação da Lei nº 12.086/2009.
Quero dizer que trabalhei 30 anos na Polícia Militar. Uma das polícias mais sérias, mais
honestas e mais convictas do seu trabalho, do seu ideal. O policial militar que está na rua é um policial
militar preparado...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO HERMETO – Tem aulas de curso de direitos humanos, com uma formação
exemplar.
Eu acredito, deputado Fábio Félix, nas suas melhores intenções, mas na nossa Polícia Militar do
Distrito Federal – e eu escutei vários policiais ao longo desses meses em relação a essas câmeras – não
há a necessidade de câmeras para os nossos policiais, a mínima necessidade. O que nós precisamos, e
sempre digo isso, é valorizar cada vez mais a corporação. As câmeras só vêm ao encontro do que o
policial pode estar fazendo de abuso? Nós temos uma Polícia Militar, e os casos isolados são punidos
exemplarmente. A corregedoria funciona muito bem em relação aos policiais que, por ventura,
extrapolem a sua obrigação.
Eu sou extremamente contra. A corporação e os policiais militares são contra usar câmera para
serem monitorados 24 horas por dia sobre o que estão fazendo. Eles têm a consciência do que fazem,
do que é o trabalho deles e da preparação que tiveram.
Esse é o meu posicionamento. Respeito o deputado Fábio Félix, que representa os direitos
humanos muito bem nesta casa. Mas, no que tange à Polícia Militar do Distrito Federal, não há a
mínima necessidade de colocar câmeras nos uniformes dos policiais militares.
Muito obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Hermeto.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu vou tratar de um
assunto, de uma fake news espalhada por aí pela extrema-direita, de que o então ministro da Justiça e
atual ministro do Supremo Tribunal Federal teria sido recebido, de braços abertos, por traficantes em
morro do Rio de Janeiro, como se ele fizesse parte do crime organizado.
Na verdade, o ministro Flávio Dino fez o que todas as autoridades deveriam fazer, deputado
Fábio Félix, chamou a polícia federal, polícia rodoviária federal e a polícia do Rio de Janeiro para ir ao
morro conversar com a comunidade. Ele foi com 500 agentes de segurança, conversar com a
comunidade no morro. Coisa que muitas autoridades não fazem.
Portanto, é preciso acabar com essa fake news da extrema-direita de que o ministro foi
recebido de braço aberto por traficantes. Não, ele foi recebido pela comunidade do Rio de Janeiro. Ele
fez muito bem e merece todo o nosso aplauso.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO ROOSEVELT – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Deputado Fábio Félix, realmente, nos
últimos 5 anos, nós sempre tivemos divergências ideológicas, mas sempre numa relação bastante
respeitosa.
A minha colocação um pouco mais incisiva se deu em resposta a sua colocação inicial, ao dizer
que nós tínhamos problema de cognição. Pela relação que nós temos há 5 anos, posso ter diversos
problemas, mas cognição não é um deles: conseguimos defender as nossas pautas com coerência e,
inclusive, entender as pautas que divergem da nossa, seja por questões ideológicas ou por
representatividade.
Agora, é importante nós hierarquizarmos a coisa. O deputado Gabriel Magno foi muito feliz
quando falou: “Ah, mas eles querem colocar videomonitoramento em salas de aula, mas no uniforme
do policial não querem”. A arma do professor, quando mal-usada, é infinitamente mais letal do que
uma arma de fogo que o policial ostenta; infinitamente, porque ela afeta uma sociedade.
O professor é peça fundamental para o desenvolvimento de um Estado, de uma nação, e
quando vemos a defesa de algumas pautas, que não têm nada a ver com o conteúdo pedagógico,
sendo discutidas na primeira infância, no interior de uma sala de aulas, à revelia dos pais, isso, sim, é
uma arma mortal.
Então, eu faço um apelo e me coloco no sentido de restabelecermos o respeito no debate aqui.
De forma alguma eu quis ofendê-lo, deputado Fábio Félix, mas também quero ser respeitado. Não
tenho nenhum tipo de problema cognitivo, o problema são os valores. Valor que cada um defende.
Eu estou caçando alguém para me convencer, de forma lógica, deputado Thiago Manzoni, de
que aquele que defende tratar questões sexuais, não do ponto de vista anatômico, mas do ponto de
vista ideológico, do posicionamento e das opções sexuais, na primeira infância, seja sadio. Não consigo
entender isso. Mais uma vez, estão distribuindo livros de cunho sexual.
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO ROOSEVELT – Com licença, deputado. Eu estou falando. Quando V.Exa. estiver
com a palavra, pode falar.
Nós já tivemos, em Brasília, sim, distribuição de livros assim. Nós já tivemos em Brasília, sim,
professores fazendo, em sala de aula, apresentações que não condizem com a realidade e com o
conteúdo pedagógico. Professor tem que ensinar matemática, história, língua portuguesa, química e
física! Questões religiosas, opções sexuais, princípios e valores morais são discutidos no seio da família.
A família é que tem a tutela para apresentar os valores. Se deixarmos, os valores ensinados na sala de
aula vão aumentando e tomando, cada vez mais, espaço. Está aí: querem coagir o policial, o grande
pilar do Estado, a autoridade policial que mantém erguido o conceito de Estado. Querem coagi-lo com
vídeos de monitoramento e uma série de ações, de forma a intimidá-lo.
Quero deixar claro que, enquanto eu estiver neste parlamento, e enquanto nele houver
deputados com o meu pensamento, com certeza, esse tipo de anarquia não irá prosperar.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu não posso,
obviamente, calar-me diante de um ataque sem cabimento à maior categoria do Distrito Federal: os
professores e as professoras. Ficou nítido, pelos argumentos apresentados, para quem está nos vendo,
quem faz debate ideológico.
Eu quero que algum parlamentar apresente o número de mortes causadas por professores da
rede pública desta cidade. Foi feita uma acusação grave e insensata contra os professores que usam
uma arma letal contra estudantes. Eu quero que apresentem o número de mortes causadas por
professores, nesta cidade! Olhem quem faz debate ideológico nesta casa sobre um problema real!
Nós não estamos colocando nem vamos colocar uma categoria contra a outra. Não adianta
tentarem nos provocar com falácia e discurso falso e fácil. Defendemos, neste plenário, o tempo
inteiro, todas as carreiras do serviço público do Distrito Federal.
Sabe o que os professores querem, nobre deputado? Os professores querem que o governador
cumpra a lei, pois ele não a cumpre. Ele não paga a Meta 17 do Plano Distrital de Educação. Ele não
paga o Piso Nacional do Magistério para os professores. Os professores desta cidade querem que o
governador cumpra o acordo que assinou com a categoria e que suspendeu a greve e convoque,
imediatamente, os professores. Não há professor em sala de aula! Os professores querem que este
governo pare de fazer negócio com o dinheiro público e construa escola porque as salas de aula estão
superlotadas. Há professores entrando em uma sala de aula com 50 estudantes. Os professores
querem que a merenda dos estudantes chegue às escolas com qualidade, que os estudantes possam
chegar à escola com transporte escolar, que eles não têm.
É isto que os professores dessa cidade querem: ter condição de entrar em uma sala de aula
para lecionar o seu conteúdo, porque, hoje, a condição que o governo Ibaneis oferece para os
professores é a pior da história desta cidade. O Distrito Federal já se orgulhou de ser a unidade da
Federação com o maior salário dos professores no Brasil. Hoje, estamos voltando para um cenário em
que os professores recebem o menor salário das categorias de nível superior. É isso que os professores
querem.
Eu desafio qualquer parlamentar a entrar em uma escola e perguntar qual é, hoje, a grande
preocupação dos professores e das professoras desta cidade. Não é esse devaneio de doutrinação.
Ninguém está preocupado com isso. Os professores querem condições dignas de trabalho.
(Soa a campainha.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Conclua, deputado.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – O governador Ibaneis rasga a lei, rasga o acordo que ele
assinou com essa categoria.
Essa, hoje, é a grande preocupação dessa categoria que, inclusive, fará, amanhã, uma
paralisação novamente porque o governador Ibaneis não cumpriu o acordo assinado com essa
categoria.
Eu os desafio a trazer qual foi a morte causada por um professor e qual o interesse. Que
alguém entre na escola e diga o interesse dessa categoria. Nós não vamos aceitar isso. Essa é maior
categoria do Distrito Federal, a que tem um enorme compromisso com crianças, adolescentes, jovens e
adultos, a que está superendividada no BRB. É a categoria que mais está superendividada hoje nesta
cidade. Não vamos aceitar esse ataque baixo de dizer que a categoria dos professores, da qual tenho
muito orgulho de fazer parte, presidente, usa qualquer arma letal contra os estudantes.
Os professores e as professoras são aqueles que protegem crianças, adolescentes, jovens e
adultos desta cidade. São aqueles que diariamente, mesmo sem condições, cumprem o seu papel de
proteção dos estudantes e das crianças desta cidade todos os dias. Qualquer ataque mentiroso contra
professores e professoras precisa ser provado nesta casa. É preciso apresentar os números. Quero ver
um número: qual estudante morreu pela arma letal de um professor?
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
Em seguida, informo que há projetos para votarmos.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente.
Ontem tivemos, no plenário desta casa, às 19 horas, uma audiência pública em que debatemos
a Conae e o Plano Nacional de Educação. O que se chamou aqui de devaneio da doutrinação não é
devaneio. O documento produzido pela Conae, que pode determinar o futuro, os próximos 10 anos da
nossa educação, é na verdade um panfleto ideológico, identitário. E ontem nós tivemos aqui
professores expondo isso, diretores de escola expondo isso.
Chamar de devaneio e fingir que isso não acontece não muda a realidade das escolas. É bem
verdade que a esquerda marxista, anticristã, ela é minoritária no seio da sociedade e é minoritária
também entre os professores. Então, é claro que não são todos os professores que vão para a sala de
aula para doutrinar os filhos dos outros, para tentar desfazer o que o pai ensina em casa. É óbvio que
é uma minoria. É lógico! Até porque a maioria dos professores é de direita. É conservadora. Só ficou
refém do medo e, com receio de se posicionar, calou-se, mas continua sendo maioria.
Então, quanto à pergunta “Quem é que se preocupa com esse devaneio?”, em primeiro lugar,
não é devaneio. Em segundo lugar, quem se preocupa? Os pais e as mães do Distrito Federal, que não
querem deixar os seus filhos na escola para aprender, como bem disse o deputado Roosevelt,
conteúdos de sexualidade que não têm nada a ver com biologia e anatomia do corpo humano. Os pais
e as mães se preocupam com isso.
Os professores também se preocupam com isso, porque eles não querem ser obrigados a
lecionar isso. Até porque, no final das contas, isso não ajuda em nada as crianças no que de fato
importa para a vida, porque a vida não é a sexualidade. Os nossos alunos são deficientes na
aprendizagem de português, na aprendizagem de matemática, das disciplinas que realmente importam.
O Brasil é uma vergonha no ranking mundial. Os nossos alunos, não é que eles terminam
apenas o ensino médio analfabetos funcionais, mas eles terminam também o ensino superior
analfabetos funcionais. E estamos preocupados em ter debate sobre esse devaneio que é a
doutrinação.
Então, os professores não querem doutrinar, e a maioria dos pais não querem doutrinação.
Mas perguntaram assim: “Dê-me um exemplo de livro que tenha esse conteúdo impróprio”. Eu dou: O
Avesso da Pele, livro que chegou ao Distrito Federal.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – O livro foi considerado impróprio para menores de 18 anos.
Os estados do Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul mandaram recolher o livro das escolas porque ele
tem narrativas de sexo explícito sob o pretexto de se combater o racismo. Então: “Ah, que livro?” Esse
é um deles. É apenas um deles.
Infelizmente, a extrema-esquerda tem tentado se utilizar da educação para aparelhar ainda
mais a nação brasileira e para tentar moldar a forma de pensar das nossas crianças. Graças a Deus,
isso está acabando, porque os conservadores e os liberais se levantaram para dizer que não vão mais
aceitar isso.
Obrigado, senhor presidente.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Obrigado, senhor
presidente.
Como eu gosto dessa planície, eu fiz questão de descer para dizer que somos todos iguais. Eu
vou falar com muita tranquilidade, naturalidade, pois eu sou um pastor, mas também sou um
pedagogo, sou formado em pedagogia pela Universidade Católica; na minha casa, na minha família,
minha esposa é professora da rede.
É assustador, primeiro o discurso, a narrativa de mudar o que um deputado falou. Ele não disse
aquilo. Eu me assusto por acusarem o deputado Roosevelt de dizer que professor mata. Ele falou que o
professor tem uma arma, e nós temos que ter responsabilidade com essa arma letal. O que ela mata?
O físico? Nós estamos falando de moral, de princípios. Nós estamos falando de princípios que a direita
conservadora – o que nós somos – defende.
Eu louvo a Deus por termos em nossas igrejas uma estrutura chamada EBD, a Escola Bíblica
Dominical, onde nós defendemos esses valores que são muito caros. Nós respeitamos quem defende
os outros valores. Nós não estamos em uma guerra fraticida em que se vai matar, em que se vai
morrer, não é isso. Nós estamos em uma guerra ideológica em que a minoria da extrema-esquerda
quer introduzir sua ideologia na nossa, os chamados extrema-direita. Eu os desafio: peguem o CNU, o
Concurso Nacional Unificado, e estudem a sua pauta, estudem o seu edital. Eles tiraram a matemática
para trazer matéria diversa, o que não será aplicado em um concurso público. A minha filha do meio é
advogada, ela tem 24 anos, ela está estudando; outro dia ela chegou em casa chorando – chorando! –
por causa do que o professor estava falando na sala de aula.
Eu conheço a minha função parlamentar, eu poderia agir de forma diversa, mas eu gosto de
dialogar, discutir, dizer: “Venha cá!” Por exemplo, o deputado está falando da Câmara Legislativa. Que
bom! Vamos trazer a matéria para cá, vamos trazer os que estão diretamente implicados nessa
questão para dialogar. Esta é a casa do diálogo. A minoria não vai ganhar no grito.
Fala-se tanto, nessa esquerda, do Estado democrático de direito, mas no Estado democrático
de direito o comando é de quem tem a maioria. Nós não venceremos por causa da nossa ideologia, nós
venceremos pelo voto. Nesta casa, também há um espectro conservador.
Claro que nós respeitaremos o diálogo, respeitaremos as pessoas, de maneira alguma
atacaremos a honra das pessoas, mas temos que ter cuidado: estão tentando destruir a estrutura
familiar desta nação. Lamento que a destruição da família esteja trazendo os devaneios para esta
nação.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Sabem por que esta nação está sofrendo? Porque
nós estamos perdendo determinados valores que não se perdem. Nós aceitamos dialogar sobre
qualquer coisa, qualquer ideologia, qualquer família, mas não nos tirem o direito de defender a nossa
ideologia, a família que nós acreditamos ser o pilar de uma sociedade, a família que gera, cria, gera
filho.
O deputado Roosevelt foi muito feliz: o colégio tem que ensinar matemática, português. A
nossa avaliação no cenário nacional está má. O colégio tem que ensinar biologia; se querem introduzir
outra ideologia, que a introduzam na biologia! Deixem que a educação, principalmente no que tange ao
sexual... Somos nós pais que a damos aos nossos filhos dentro dos nossos lares. Nessa, com todo o
respeito, com a maxima venia, a esquerda não vai dizer o que nós faremos com as nossas famílias. A
esquerda não vai ditar as regras que nós ditaremos para o Brasil. Esse papel, presidente – e vou
concluir –, é nosso: pai e mãe, é essa a estrutura.
E essa guerra, eu vou lhe falar, pode ser árdua, e tem sido muito árdua, porque estão tentando
nos calar. Muitas vezes os professores falam, deputado Thiago Manzoni, que têm medo de se
expressar, numa maioria conservadora. O parlamento está com medo de se expressar, mas aqui há
parlamentar que não tem medo e nós vamos continuar defendendo Deus, pátria, família e liberdade.
Muito obrigado, presidente.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, havíamos
solicitado o apoio dos parlamentares aqui para a votação das moções. Estamos no meio da semana da
mulher, e esse debate é muito importante, deputado.
Na verdade, ficamos tristes ao ver, inclusive, o parlamento esvaziando diante de um debate tão
importante. Como eu digo, isso aqui é parlar, vem dos verbos discutir, falar, dialogar. É muito triste. É
por isso que nós estamos assim, com o povo adoecido, ninguém tem acesso ao que mais importa, que
são as políticas públicas de verdade; temos dificuldades de dialogar lá e cá; dificuldades, inclusive, do
parlamento com independência real, com autonomia de fiscalização, e eu falo sempre isso.
Temos, sim, ideologias diferentes, isso é muito importante para a representatividade de
Brasília. Mas é muito triste, às vezes, termos uma fala aqui, algumas coisas são importantes, a mulher
é importante. Nós sabemos do compromisso que nós temos aqui às terças-feiras, e vermos o
parlamento esvaziar num debate tão importante... Ficaríamos aqui até a hora que precisasse.
Então, é com pesar que eu falo que não há mais quórum para votarmos as moções, inclusive
as que foram pedidas para nós homenagearmos as mulheres desta casa, as terceirizadas, as
colaboradoras, porque nós passamos, e a casa fica. E há dificuldade de mobilizar, inclusive, porque às
vezes é uma palestra para um homem e parece que nós não precisamos dialogar, não precisamos falar
de homem para homem. Então, eu acho que o parlamento é o reflexo da sociedade, e nós precisamos
avançar muito no sentido de conversar com os homens para mudar esse jogo.
Deixo aqui o meu registro, como servidora também, de tudo que nós estamos falando aqui: os
servidores têm trabalhado realmente numa situação muito caótica de dimensionamento; seja na
escola, seja na saúde, seja na segurança pública. Nós estamos adoecidos, e a política para Brasília, de
verdade, para o Distrito Federal, é do que nós carecemos e temos sentido falta.
Infelizmente, é com muito pesar que informamos que não há quórum e não vai dar para votar
as moções. Obrigada.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputada Dayse Amarilio.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu não vou
mais entrar nos argumentos do debate, porque eu acho fundamental, inclusive está na letra da
Constituição Federal de 1988, e parece que alguns aqui querem mudar, querem dar outra destinação e
função para o que é o papel da escola, do Estado, dos governos. E eu não vou mais fazê-lo neste dia
de hoje.
Eu quero fazer um registro que é importante para que prevaleça a verdade. O livro que foi
citado aqui, O Avesso da Pele, do autor Jeferson Tenório, ganhou o prêmio Jabuti, em 2021, e está no
rol do PNLD – Programa Nacional do Livro e do Material Didático, do MEC. Para quem não conhece, eu
convido a conhecê-lo. Ele foi feito por vários especialistas reunidos pelo Ministério da Educação que
disponibilizam uma série de obras para as redes estaduais e municipais poderem adotar o livro didático
e as obras complementares que estão previstas no currículo. E olha só, eles acusam e querem censurar
o Avesso da Pele de estar nas escolas, mas ele ganhou esse prêmio. Saúdo o autor Jeferson Tenório,
que foi escolhido pelo MEC e está no rol dos livros e das obras disponíveis para as secretarias
estaduais, deputado Chico Vigilante, em 2022, no governo marxista que houve no Brasil em 2022. O
MEC, aparelhado pelo comunismo em 2022, escolheu o livro doutrinador para enviar para as escolas!
Então, é para ficar nítida a verdade, porque essa estratégia da mentira e do devaneio não vai
mais colar. Então, o Avesso da Pele está no rol das obras literárias que estão disponíveis para as redes
estaduais e para as escolas se quiserem adequar, porque está lá item a item, do currículo nacional,
para algumas secretarias ofertarem às escolas para assim escolherem. É assim que funciona qualquer
aquisição de material didático hoje no país.
Convido alguns colegas a se informarem, porque é um belíssimo programa, importantíssimo
para garantir que essas obras cheguem a todas as escolas. Então, O Avesso da Pele, livro do Jeferson
Tenório, foi escolhido e entrou no rol em 2022, no auge do comunismo no Brasil.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra ao deputado Roosevelt.
DEPUTADO ROOSEVELT (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, prometo não polemizar, até
porque consegui identificar quase o impossível: o consenso entre a fala da esquerda e a fala de nós,
conservadores. O Deputado Gabriel Magno foi muito feliz quando relatou uma série de dificuldades que
o professor enfrenta, e eu coaduno com todas elas. Hoje, as nossas escolas não oferecem um
ambiente adequado para a troca de conhecimento. Os nossos professores já tiveram os maiores
salários do país etc. Digo mais, se das quase 800 escolas do DF temos algumas que servem como
referência, isso se dá por conta das emendas parlamentares destinadas por meio do PDAF.
Mas, qual é o ponto que converge? Todas essas dificuldades que o professor enfrenta, nós,
profissionais da segurança pública, bombeiros e policiais militares, também enfrentamos. E aí há um
ponto de convergência! Falou-se que os professores tinham o maior salário do país e hoje não têm
mais. Mas Brasília continua sendo a cidade com maior custo de vida. Nós também na segurança pública
tínhamos o maior salário do país e hoje não o temos mais. Nós tínhamos a polícia e o corpo de
bombeiros mais equipados do país. Hoje não temos mais.
Ontem eu estive na Polícia Militar, no Bope, especificamente, participando da entrega de um
traje antibomba. Eu destinei a emenda parlamentar, e ele foi adquirido. O equipamento anterior a ele
estava totalmente vencido e obsoleto. Então, acho que devemos nos unir, realmente, para lutarmos
pelos nossos profissionais. O debate ideológico sempre vai existir e não vai acabar nesta tarde. Mas
nós temos que nos unir.
Eu faço um apelo à esquerda: ao deputado Chico Vigilante, que tem prestígio no Governo
Federal; ao deputado Gabriel Magno; ao deputado Fábio Félix; e ao deputado Max Maciel. Nós temos
uma pauta importante hoje no governo federal: uma gratificação do bombeiro e do policial militar está
sendo questionada pelo TCU, e o presidente Lula está com esse projeto parado. E agora, dando ares
de que quer ajudar, ele disse: “Vocês têm o aval para fazer a derrubada do veto”. A dita emenda que,
em tese, solucionava o problema é uma emenda de um parlamentar, tem vício de iniciativa. Vamos ter
novamente um problema lá na frente. Temos de ter um projeto novo.
Eu faço um apelo aos amigos do atual presidente Lula para que ele reconheça o trabalho das
forças de segurança do Distrito Federal, emita uma medida provisória ou mande um projeto de lei para
o Congresso Nacional para resolver, de forma definitiva, a questão do auxílio-moradia dos nossos...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO ROOSEVELT – Se isso não for resolvido, presidente, deputado Ricardo Vale, vai
haver uma perda salarial na ordem de mais de 20% para os nossos policiais. Fica-se discutindo
videomonitoramento no fardamento. Mas cadê as condições de trabalho? Ninguém quer dar.
Podem contar comigo com relação à questão dos professores. Estou à disposição para ajudar o
professor. Eu reconheço que essa questão ideológica, que foge do conteúdo pedagógico – é verdade –,
é uma minoria. A arma que eu falei que o professor tem que é letal é a informação, é o conhecimento.
E essa informação e esse conhecimento, mal utilizados, matam, sim, pessoas.
Semana passada, eu estive na 17ª delegacia de Taguatinga. Fui lá para conhecer um pouco da
delegacia com o delegado-chefe, doutor Mauro. Ele me falou de forma categórica que 80% dos crimes
estão relacionados, direta ou indiretamente, ao tráfico e uso de drogas. E nós queremos discutir aqui a
liberação desse tipo de praga para os nossos filhos, para a nossa população.
Convergindo neste momento, vamos discutir. Levem ao nosso presidente, ajudem-nos nesse
sentido. Aí, vocês vão escutar o meu discurso elogiando o nosso presidente, dizendo que o presidente
Lula reconheceu a importância das forças de segurança e resolveu um problema.
Obrigado, presidente.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente.
Primeiro, eu queria dizer ao deputado Roosevelt que S.Exa. já tinha que ter feito o seu discurso
elogiando o presidente Lula, porque ele mandou o aumento para as forças de segurança, o que o
presidente Bolsonaro não fez. Sentou-se em cima dele durante 4 anos. Então, S.Exa. já tinha que ter
feito a primeira parte do seu discurso elogiando o presidente Lula aqui. V.Exa. foi ao Palácio do
Planalto. O presidente Lula cumpriu a parte dele, enviou o projeto, e hoje as forças de segurança
tiveram um aumento de 18% nesta casa. Essa promessa, o presidente anterior, agora inelegível, Jair
Bolsonaro, não cumpriu com as forças de segurança do DF. Então, vamos dividir em 2 partes esse
discurso. A primeira parte já está pronta e já pode ser feita por V.Exa. nesta casa.
Segundo, presidente, eu queria falar da questão da educação. Primeiro, quero me solidarizar
com os professores, porque eu acho que temos a maior categoria do Distrito Federal e uma das que
recebem o pior salário de nível superior no DF. Ela não pode ser atacada. O professor não usa
nenhuma arma letal. O professor tem uma responsabilidade monumental, que é a de conduzir a
política pública de educação depois de sucessivos processos de precarização, ataque, assédio à
educação pública no Distrito Federal.
Além disso, o professor, a professora, o educador, a educadora, a escola pública acabam sendo
um polo de outras tantas políticas públicas: da assistência social, do acolhimento, das denúncias de
violação de direitos humanos, das denúncias de violência sexual contra criança e adolescente e da
questão da insegurança alimentar, porque a única refeição que muitas crianças e adolescentes fazem é
na escola.
Então, não é tolerável nenhum ataque aos nossos educadores e educadoras, que têm dado o
seu melhor para fazer a educação e a educação inclusiva, a educação que respeita a diversidade
humana, que respeita a dignidade das pessoas, porque é esse perfil de educação que nós queremos.
É importante dizer aqui que, muitas vezes, faz-se um discurso de idealização da família,
presidente, como se a família fosse um ente intocável e perfeito. E não é o caso. As famílias, como
outras instituições e como as pessoas, porque elas são compostas pelas pessoas, que cometem erros,
pecados, que acertam, que têm vitórias, êxitos e nem sempre têm... São as pessoas que compõem a
família, ou melhor, presidente, as famílias, porque eu quero deixar bem claro aqui que a minha família
existe. Eu sou casado no papel com o meu marido, casado no papel. A minha família existe. Eu não
vou tolerar ninguém nesta casa e em lugar nenhum dizendo que a minha família, uma família
homoafetiva, não existe, porque ela existe e é meu direito, conquistado...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – ... com o sangue de milhões daqueles que vieram antes de mim
lutando por esse direito, não somente nesta casa, mas neste país. Aqueles que não aceitam que
engulam, porque a minha família vai continuar existindo, até porque a minha família não é na casa
deles. A minha família é na minha casa, é o meu direito. O meu beijo, o meu afeto, o meu amor é o
meu direito. É na minha casa e também no espaço público, porque é o espaço de todos. Onde a família
heterossexual pode se expressar, a minha família pode se expressar. Não há família melhor que a
outra.
Mas as famílias são imperfeitas. Por isso, é importante que haja também, por parte da
sociedade, o enfrentamento a qualquer violação de direitos, porque ela também acontece na família.
Pasme, presidente, a maior parte, deputado Chico Vigilante, da violência sexual contra crianças e
adolescentes hoje no Brasil – segundo dados do ministério da atual senadora Damares, porque foram
eles que produziram o compilado do Disque 100 na legislatura passada –, 70% da violência sexual
contra criança e adolescente acontecem dentro da família.
Então, eu sou um defensor das famílias. A diferença é que eu defendo a família plural. A família
é, muitas vezes, a avó e a neta, que é o que tem. A família, na maioria das vezes, é a mãe solo. Sabe
por quê? Porque os pais de bem abandonam as crianças e abandonam os filhos. E nós casais
homoafetivos, muitos dos meus colegas adotaram os filhos daqueles que podem gerar, mas que
abandonaram os seus filhos. Meus colegas adotaram e dão para aquelas crianças e adolescentes uma
família que eles merecem.
Eu sou defensor da família. Eu sou defensor de todas as famílias! E essa voz não será calada
em nenhum espaço político, porque ela é fundamental. Ela não será calada só porque eu quero dizer,
quero fazer discurso, não. Ela não pode ser calada porque estamos de um segmento da sociedade que
foi expulso e excluído da escola.
Então, deputado, falo da importância de debater a diversidade e não digo que ninguém tem de
ser qualquer coisa. Digo que deve haver respeito à pluralidade, porque eu sofri violência dentro de
escola. Mudei de todo tipo de escola, deputada Dayse Amarilio. Passei a quinta série em uma escola, a
sexta série em outra escola, a sétima série em outra, porque eu era uma criança, um adolescente
afeminado. Hoje sou o produto do possível, tentando andar durinho, para poder passar por uma
sociedade que só dá porrada e lapada na cara da gente o tempo todo.
Então, quando eu defendo que esse tema seja debatido na escola, não é para entrar na cabeça
do conservador e transformá-lo em gay, não; defendo que esse debate seja feito para respeitar a
nossa dignidade, a nossa diversidade, até porque ninguém vai ser alguma coisa que não é. Alguém
acha que acordei um dia e fiz a opção sexual de ser gay: “Opa! Acho que vou ser gay. Está ótimo. Está
lindo. Está na moda.” Não. Eu sou assim desde sempre, eu nasci assim. Por isso chamamos de
orientação sexual e não de opção sexual. São algumas coisas básicas que acho importante serem ditas
ou alguém acordou um dia e disse: “Oh, sou hétero. A partir de amanhã, vou ser hétero.” Ninguém
escolheu. É obvio que não.
O que nós defendemos é que a escola seja o espaço do abraço, para que as pessoas hoje não
passem o que passei dentro da sala de aula. A escola precisa ser um lugar de acolhimento.
É uma verdade – e o deputado Gabriel Magno tem toda razão – que os nossos professores e
professoras têm tentado, lutado muito para fazer da escola um lugar de todas as cores, para que as
pessoas sejam respeitadas dentro da sala de aula e dentro do ambiente escolar. Isso vai produzir uma
sociedade muito, muito melhor.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Fábio Félix.
Parabéns pelo pronunciamento e pela sua família. Que vocês e todas as famílias sejam felizes.
Parabéns.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu vou ser
breve.
Eu preciso dizer, deputado Gabriel Magno, que o melhor governo que existiu para as forças de
segurança foi o governo de esquerda e darei dados.
No governo do presidente Lula – e o deputado Roosevelt é testemunha – e do governo Arruda,
foi feita uma restruturação da carreira policial, deputado Fábio Félix, em que os policiais militares
receberam 68,4% de reajuste. Foram 68,4% de reajuste! Houve um ato – acho que V.Exa., deputado
Ricardo Vale, estava lá – ali no Ginásio de Esportes, que estava completamente lotado de policiais e
bombeiros aplaudindo o presidente. Era o reconhecimento exato da importância que tem essa
categoria, da importância estratégica que têm esses profissionais.
Eu comparo o governo de esquerda com o governo de extrema-direita. Qual foi o ganho dado
no governo do Capiroto, que tinha na Casa Civil do Governo do Distrito Federal um oficial da Polícia
Militar que, depois, virou ministro do Tribunal de Contas da União? Não foi dado absolutamente nada.
O que foi dado no governo do senhor Vampiro, que vai receber o título de cidadão de Brasília, o Michel
Temer? Não foi dado nada.
Portanto, uma coisa é fazer discurso, outra coisa é ter o reconhecimento exato. Nós temos uma
situação grave, hoje, nas forças de segurança do Distrito Federal. Ontem eu fiz uma visita ao diretor-
geral da Polícia Civil do Distrito Federal, o José Werick, e sai de lá muito preocupado. A Polícia Civil do
Distrito Federal hoje, deputado Gabriel Magno, é a 16ª em termo de remuneração. Está em 16º lugar.
E cada dia eles perdem mais pessoas com idade de fazer concurso, que estão fazendo concursos e indo
para outras categorias.
Portanto, ou olhamos com carinho e com responsabilidade essa questão da segurança pública
do Distrito Federal, ou esta capital da República vai ficar inviabilizada em termos de segurança pública.
Está aqui o deputado Roosevelt, que é bombeiro. Qual foi o momento...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Inclusive o deputado que está aqui, deputado Pastor Daniel
de Castro, fazia parte do governo Agnelo. Qual foi o momento em que os bombeiros foram melhor
equipados neste país? No governo Agnelo e no governo Dilma. Havia um comandante competente que
era o coronel Márcio, uma pessoa extraordinária, e todo recurso que foi destinado para os bombeiros
ele aplicou. Não há uma reclamação. E naquele momento, V.Exa. é testemunha, o bombeiro do Distrito
Federal ficou melhor equipado do que os bombeiros de Nova Iorque, dos Estados Unidos. Foi a única
vez em que realmente tivemos um corpo de bombeiro equipado. Ele comprou aviões, helicópteros.
Alguém até criticava: para quê avião? Para combater os incêndios, porque no governo do Rosso – as
pessoas aqui devem estar lembradas – Brasília tinha pegado fogo. Era fogo e fumaça para tudo que
era lugar. No momento que os bombeiros foram equipados, acabou aquele fogaréu em que havia se
transformado o Distrito Federal.
Portanto, eu acho que está na hora, novamente, de nos darmos as mãos aqui em defesa de
equipar e de remunerar à altura que eles merecem a nossas forças policiais.
Era isso, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
Concedo a palavra ao deputado Thiago Manzoni.
DEPUTADO THIAGO MANZONI (PL. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu inicio falando dos
rótulos que o pessoal da extrema-esquerda, repito, anticristã, busca impor sobre aqueles que
argumentam em sentido contrário.
Então, nós estamos aqui há 1 ano e 3 meses, aproximadamente, ouvindo todo tipo de rótulo,
toda sorte de rótulo, argumentos que é bom temos poucos. E o último discurso que foi feito aqui revela
um pouco disso. Ao elogiar um governo do PT, o pessoal da esquerda tem que se voltar para o início
dos anos 2000, quando o mundo era analógico e não tinha nada a ver com esse mundo em que
vivemos hoje. É quando eventualmente eles conseguem encontrar alguma coisa do atual mandatário
para elogiar, porque o governo “Dilma 3” está destruindo o Brasil muito rápido.
Então, como não há o que falar de agora, porque a popularidade dele é baixa... Agora eles
descobriram que até os jovens são de direita. Os jovens são de direita, os idosos são de direita, os
adultos são de direita, os professores são de direita, o Brasil é de direita.
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Eu não ouvi.
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – É lógico, o trabalhador é de direita. Ele tem que ser: ele é
trabalhador. É difícil encontrar alguma coisa que salve. Então, eles têm que voltar lá atrás para tentar
encontrar algo que eles possam defender. É difícil.
Por não terem como argumentar, o que se vê é uma grande confusão e uma grande distorção
daquilo que é dito. Como se uma arma letal quanto à intelectualidade e à forma de pensar fosse uma
arma letal para matar alguém, para cometer homicídio – uma distorção! Como se, quando nós
defendemos a família, como o deputado Pastor Daniel de Castro fez, nós estivéssemos atacando a
sexualidade daqueles que pretendem fazer sexo de uma maneira diferente! E como se nós fôssemos
obrigados a tolerar que as crianças sejam ensinadas na escola sobre essa outra forma de fazer sexo! É
como se você não concordar com que isso aconteça faça com que você seja contra a forma como essas
pessoas praticam sexo. Não tem nada a ver com isso. Não é isso o que está sendo dito aqui.
Ninguém está se levantando contra esse tipo de sexualidade ou contra aquele outro tipo de
sexualidade. Aliás, nós estamos para completar 1 ano e meio de mandato e eu nunca vi ninguém aqui
se levantar contra a sexualidade de ninguém – de ninguém! Mas não vão doutrinar as crianças na
escola quanto à sexualidade, isso é errado. Depois, você cresceu e você quer fazer sexo à sua própria
maneira...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Faça-o! Porém, dizer que ensinar sexo para as crianças em
idade inadequada é diversidade? Não é. Diversidade, para a esquerda, é a diversidade que eles acham
que é bonita. Mas eles combatem o cristianismo o tempo inteiro, fazem chacota do modelo de família
tradicional e do modelo de família cristã. Aí não há diversidade! Aí, já que não é a diversidade que eles
querem, não precisa ser tolerado. Tolerância é só para a diversidade que eles gostam.
Eu encerro dizendo que lugar de acolhimento é a família – é a família! A escola é lugar de
entregar conhecimento para os alunos: português, matemática, história, geografia. Os pais acolhem, a
família acolhe. A escola escolariza. Porque nós achamos que a escola é lugar de diversidade e de
acolhimento é que nós temos resultados tão ruins na nossa educação. As nossas crianças não
aprendem o que têm que aprender e isso é péssimo para o Brasil.
Eu encerro fazendo uma diferenciação entre a esquerda e a direita: a esquerda tem
compromisso com o erro, defende o indefensável; nós, da direita, não temos. Então, se o livro O
Avesso da Pele foi aprovado pelo MEC em 2022, esse foi um erro que o MEC, no governo Bolsonaro,
cometeu, porque esse não é um livro para estar nas escolas. E, quando você identifica um erro, você o
corrige. Você não fica defendendo o erro. É estupidez defender erro, ficar defendendo o que é errado.
Por que esse livro está sendo retirado das escolas de vários estados? Porque ele é inadequado
para menores de 18 anos de idade. Vou ler um trecho do livro e vou ter que substituir umas palavras,
porque estou ao vivo no YouTube e, pelo horário, pode ser que haja criança vendo...
(Soa a campainha)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – Agora, passo a citá-los: “Um conjunto de discursos raciais foi
rapidamente transformado em erotismo: ‘Vem, minha branquinha’. ‘Vem, meu negão’.”
Eu vou ter que ler. É o livro que está nas escolas. Não tem jeito: “’Chupo a tua branquinha’.
‘Chupo o teu nego’.” É o livro que está nas escolas. “’Adoro a tua pele branquinha.’ ‘Adoro a tua pele,
meu nego.’ ‘Adoro a tua...” A palavra que vem aqui é um palavrão. É um palavrão. Eu vou traduzir em
vocabulário biológico. O livro diz assim: “Adoro a tua vagina branca”. E a menina responde: “Adoro o
teu pau preto”.
Esse é o livro. E perguntam assim: qual livro? Esse livro! Isso aqui é um erro. E, se é de 2022,
é um erro do MEC do governo Bolsonaro. Você o corrige. Não estamos aqui para defender o erro.
Agora, esse tipo de conteúdo que eu acabei de ler não é conteúdo para estar em escola. Isso aqui não
é conteúdo para criança. É por isso que o estado de Goiás, o estado de Mato Grosso do Sul e do
Paraná retiraram esse livro das escolas. Eu faço um pedido à Secretaria de Educação do Distrito
Federal: retirem esse livro das nossas escolas, porque isso não é conteúdo para criança.
Fazer chacota e fazer brincadeira com um negócio desses... Isso não deve ser feito, não é
postura de parlamentar. Isso não deve acontecer. Isso é um assunto sério. São os nossos filhos que
estão na escola. Eu não quero os meus filhos expostos a esse conteúdo. É precoce. Eles são crianças e
quero que eles aprendam na escola as disciplinas que vão fazer deles, no futuro, bons profissionais,
aptos a se inserirem no mercado de trabalho, cada vez mais competitivo...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO THIAGO MANZONI – ... cada vez mais inovador e de que o Brasil está cada vez
mais distante, infelizmente.
Então, é esse o livro. Peço desculpas às famílias de Brasília, do Distrito Federal, por ter sido
obrigado a ler esse tipo de conteúdo.
Obrigado.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado.
Passo a palavra ao deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Presidente, vou
continuar a dizer que temos que ter muita responsabilidade com o que falamos aqui, para não soar
para a sociedade – que nos acompanha nesse trabalho sério desta casa, que tem aprovado tantas leis
– que um parlamentar ataca a ideologia de outro parlamentar. Acabou. Sou pastor. Eu vim aqui para
defender a família tradicional, em que eu acredito, mas jamais vou dizer que não há outras famílias –
eu digo isso nas minhas redes sociais –, pelas quais tenho respeito. Mas não é a ideologia que eu vou
defender, não é. Não é o que eu ensino dentro da minha casa.
O ensino da minha casa é privativo, é meu. Não é do Estado. O Estado não interfere dentro da
minha casa. Na minha casa mando eu, na minha casa manda a minha esposa – graças a Deus.
Parabéns ao deputado que é casado com outro homem. Nós o respeitamos e vamos respeitar.
Nós não estamos falando disso. Entretanto, não pode ser usada a pauta da defesa de direito da
minoria para suprimir o direito da maioria. O que acontece hoje, principalmente quando se fala de
ideologia, é que a minoria quer calar a maioria. Ela fala da criança que será ensinada lá no colégio?
Não. Eles estão querendo sexualizar as nossas crianças em idade precoce. Em idade precoce! Deixem-
me falar: enquanto a minha filha estiver debaixo do meu telhado, a sexualização dela é minha, da
pastora Glaísa, e da minha igreja, lá na ponta, que faz seu trabalho.
Este livro nós lemos lá na igreja. Dá vergonha ler esse livro lá, quando nós o lemos. Isso não é
o tipo de educação que nós queremos para as nossas crianças. Por que fazem isso? Porque querem
introduzir nelas, de repente, uma curiosidade para se transformarem em alguma coisa. Não é isso que
nós queremos. Nós combateremos isso, claro, com muita urbanidade, com respeito. Nunca faltará
deste deputado – e eu nunca vi faltar de nenhum deputado de direita – esse respeito à minoria, mas
ela não pode querer impor a nós o seu devaneio, o seu direito, impor a nós o que ela acredita. Não
pode!
Nós não vamos nos calar. Nós vamos debater, nós vamos fazer o enfrentamento.
Presidente, eu quero aqui parabenizar a direita. Quero parabenizar o senhor como presidente
da Comissão de Constituição e Justiça, advogado tal como eu. Vejam como é a direita, para eles
entenderem o recado que nós estamos mandando. Recentemente, houve uma pessoa desse segmento
que desdenhou da Bíblia. Desdenhou! Pelo que ele falou da Bíblia Sagrada – a regra de fé –, se nós
fôssemos ativistas como eles são, hoje, os tribunais, o Ministério Público, estariam entupidos de ação
nossa contra ele. Vocês sabem o que nós fizemos? Oramos. Nós pedimos a Deus a sua benção.
Recentemente, uma dessas artistas rasgou as páginas da Bíblia e passou nos seus órgãos
sexuais, desrespeitando a fé.
Vocês sabem o que fizeram na passarela do samba?
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Uma pessoa vestida de Deus e outra vestida de
Cristo, na passarela, figuradamente, tripudiaram do Cristo! Vocês sabem o que fizeram? Quebraram
imagens sacrossantas e enfiaram nos seus órgãos genitais. Eles fazem isso contra nós e qual é a nossa
reação, senão despejar o amor, o entendimento, a convivência?
Agora, presidente, vamos nós fazer...
E aqui eu vou falar o seguinte: mesmo como deputado, no exercício da liberdade de expressão
que temos, e na função inclusive de advogado, eu meço as palavras. Eu dei uma entrevista ao GPS.
Pensem como eu fui respeitoso às indagações e com as minhas respostas. Sabem o que aconteceu?
Um líder LGBT de Taguatinga meteu um processo contra este deputado para me calar, para tentar
calar a direita. Mas nós não temos medo. Nós chegamos aqui preparados para esse debate. Só que
esse debate, para nós, tem que ser com muita urbanidade, respeitando. Ninguém vai entrar e atacar a
honra, até porque calúnia, difamação e injúria são crimes tipificados e fazem nascer para alguém o
direito de representar nos tribunais para uma reparação de danos, inclusive o dano moral na esfera
cível.
Porém, eles podem fazer tudo, nós ficamos calados e não podemos fazer nada? Não. Nós
vamos reagir. Esse tempo acabou. A esta casa chegaram deputados preparados para o debate.
Lamentavelmente, no debate, nós falamos, e eles vão embora. Eu sempre percebo aqui, presidente:
quando eu falo, vazam. Quando eles vêm falar, eu estou aqui para ouvir e estou aqui inclusive para
contraditar com muita urbanidade, muita elegância, muito respeito, mas eles correm. Eles falam e vão
embora. Eles não respeitam, eles não têm o contradito com eles. E eu vou contraditar tudo aquilo que
vier contra a família por quem cheguei aqui. Há mais: está certo, alguns chegaram aqui defendendo
outra família e terão o meu respeito. E eles têm direitos que – eu vou falar – terão o meu voto
favorável e o meu respeito, porque têm direito também.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Entretanto, não podem os direitos deles suprimir o
direito nosso. Calados nós não iremos ficar de maneira nenhuma. Nós vamos fazer o enfrentamento,
fazer o debate com a preparação que temos, seja no campo teológico, seja no campo jurídico, seja no
campo pedagógico. Chegamos aqui para isso. Eu gostaria muito que eu pudesse falar isso olhando
para as pessoas. Infelizmente uns falam e vão embora.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Obrigado, presidente. Quero
tratar de 2 temas.
Primeiro, de novo, há a tentativa de desvirtuar e de mudar o foco, que é o tema da educação
sexual. Isso está no currículo, nas normas legais – que alguns aqui bradam que defendem. Acusam-nos
de tentar ganhar no grito. Ora, quem quer ganhar no grito são eles.
Por que a educação sexual nas escolas é tão importante? Reportagem de 15 de julho de 2022
– governo Bolsonaro; então, são dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, e isso é
para não dizerem que são dados inventados –disse, segundo os dados do ministério, que cerca de
75,9% dos casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil ocorrem no ambiente
domiciliar – dentro de casa. Geralmente o violentador é o pai, padrasto, familiar ou conhecido da
família. Esses são os dados da realidade do Brasil sobre violência sexual. É por isso que esse debate
dentro da escola é fundamental.
Alguns dizem aqui: “Educação sexual só na minha casa”. É na casa que 80% dos casos de
estupro contra crianças de 0 a 9 anos e adolescentes acontecem neste país. É por isso que a escola é
tão importante. Querem dizer que a escola é só para escolarizar? Mudem a Constituição! Não vão
ganhar no grito, não vão criminalizar educadores e educadoras! Nós vamos continuar fazendo aquilo
que a Constituição nos diz: defender e proteger as crianças. A família tradicional brasileira infelizmente
não está cumprindo o seu papel. Estão aqui os dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos
Humanos de 2022. É isso. Então, quando dialogamos, presidente, com dados, com verdade, com
ciência e com conhecimento científico – coisa que a extrema-direita golpista deste país rasgou –,
vamos para outra esfera: a da garantia dos direitos. Vimos aqui, hoje, nesta tarde – que foi muito
pedagógica –, quem é, de fato, que se sustenta em um debate ideológico, que rasga dados, que rasga
pesquisas, que rasga os fatos e que, apesar do discurso, não defende o direito das crianças.
Eu entendo, presidente – para concluir – o desespero da extrema-direita hoje aqui. Chegaram a
dizer até que a direita é maioria. Faltou combinar com os eleitores. O Lula ganhou as eleições na urna,
no voto. É isso que vale hoje para o Estado democrático brasileiro.
Eles tentaram dar um golpe. É por isso o desespero! Eles não queriam que o debate da grande
notícia da semana fosse feito hoje: da prisão do Bolsonaro, que está próxima; das notícias agora do
indiciamento do ex-presidente genocida pela Polícia Federal. Descobriram – olha só – que o IP
responsável pela falsificação do cartão de vacina veio de onde? Veio da casa do Bolsonaro, do
genocida, que vai ser preso! Olhem: o toc, toc, toc da Polícia Federal está chegando! Isso liga,
inclusive, o presidente à fraude das vacinas e reforça o vínculo do Bolsonaro com a milícia do Rio de
Janeiro.
Essa é a notícia que a extrema-direita quer apagar. Estão desesperados! Estão desesperados
com os vazamentos das entrevistas, dos depoimentos dos generais que mostram que o Bolsonaro
tentou o golpe de Estado, tentou convencer os generais das Forças Armadas, do Exército, a dar um
golpe de Estado. Dizem aqui: “Somos maioria”. Faltou combinar com os eleitores e terem ganhado as
eleições.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Para concluir, presidente. Vão ter essa chance em 2026.
Disputem a eleição sem golpe, sem mentiras, sem falácias e sem tentar ganhar no grito, porque agora
querem, inclusive, rasgar a Constituição de 1988 para tentar mudar o papel da escola pública.
O papel da escola pública, presidente, é defender e proteger as crianças, os adolescentes, os
jovens e adultos deste país. E eu vou defender esse papel! Vou defender o direito à proteção de cada
estudante matriculado na rede pública e privada do nosso país.
É por isso que eu reafirmo aqui: educação sexual nas escolas é fundamental. Quem é contra a
educação sexual na escola quer esconder uma verdade dura.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Que é a verdade de que 80% dos casos de abuso e violência
sexual contra as crianças acontecem, hoje, neste país, dentro de casa, pela família, pelos pais, pelos
padrastos, pelos parentes e pelos amigos do chamado local seguro: que é a família. Infelizmente, pois
deveria ser, deputado, um local seguro – e nós lutamos, não somos contra isso –, mas, infelizmente,
hoje não é, totalmente, porque é dentro de casa que as crianças, que não têm capacidade de se
defender, são violadas e violentadas, infelizmente! E a escola é o reduto da segurança e da proteção
da maioria delas.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
quero só contraditar essa fala do deputado Gabriel Magno. V.Exa. é professor, não é, deputado Gabriel
Magno? (Pausa.)
Física, não é? (Pausa.)
Bacana.
Sou professor das séries iniciais. Acho que sou mais velho do que o senhor. Tenho 56 anos.
Essa matéria existe na escola há muito tempo. Só que ela é estudada na biologia. O professor
de biologia vai apresentar o corpo masculino, o corpo feminino. Agora, pode-se apresentar, na escola,
o significado desses órgãos reprodutores para a reprodução da espécie humana.
A verdade é que a esquerda quer esconder, sob pecha da educação sexual, a sexualização das
nossas crianças. E acabou! Nós não somos bobos, não! Nós chegamos aqui preparados. Isso nós não
vamos aceitar! Ninguém vai sexualizar as nossas crianças.
Se existir crime, e eu creio que existe... Fiz um estudo, deputado Gabriel Magno, e eu soltei,
inclusive, uma cartilha que trata da violência sexual contra as crianças. O meu gabinete fez isso. Estou
distribuindo essa cartilha e estou mostrando todos os dados, inclusive, os do governo Bolsonaro e os
de outros governos. Mas essa pauta tem que ser debatida com a polícia e com esta casa de leis, que
deve oportunizar instrumentos para combatermos essa violência com as nossas crianças. E não só com
as crianças, mas também com as mulheres, com os homens.
Não devemos, sob essa pecha, introduzir a sexualização de nossas... Gente, deixe-me falar:
isso não é bom, isso não é salutar para a construção de um país sustentável. Não é!
Eu tenho certeza disso. Estou falando para vocês com convicção. Sou professor, eu dialogo lá
na igreja. Existem pessoas do segmento LGBT na igreja com as quais nós conversamos. Não é bom.
Não é bom!
Cada um faz o que quiser do seu corpo, mas faça depois da maior idade. Não imputem isso a
uma criança de 4 anos, 5 anos, 6 anos, 7 anos. Lá, na escola, deixem o professor de biologia ensinar o
que a biologia define como estrutura humana do ser humano.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Nós somos professores. Temos essa
responsabilidade.
Há uma diferenciação muito grande entre o que é educação sexual e o que é sexualização das
nossas crianças.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Há mais alguém que queira fazer uso da palavra?
(Pausa.)
Sobre a mesa, expediente que será lido por mim.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – O expediente lido vai a publicação.
Alguém quer fazer uso da palavra? (Pausa.)
Então, vou encerrar.
Não havendo mais nada a tratar, declaro encerrada a presente sessão.
(Levanta-se a sessão às 18h35min.)
Observação: nestas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais foram reproduzidos de
acordo com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização
deste evento.
Siglas com ocorrência neste evento:
Bope – Batalhão de Operações Policiais Especiais
BRB – Banco de Brasília
Caesb – Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal
CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
CDDHCLP – Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação Participativa
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
Cepom – Centro Complexo de Ensino da Polícia Militar
CNU – Concurso Nacional Unificado
Conae – Conferência Nacional de Educação
EBD – Escola Bíblica Dominical
HRAN – Hospital Regional da Asa Norte
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
MEC – Ministério da Educação
ONU – Organização das Nações Unidas
PDAF – Programa de Descentralização Administrativa e Financeira
Refis-DF – Programa de Incentivo à Regularização Fiscal do Distrito Federal
Subsaúde – Subsecretaria de Segurança e Saúde no Trabalho
TCU – Tribunal de Contas da União
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 20/03/2024, às 17:42, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1589189 Código CRC: E8E2F394.
DCL n° 060, de 25 de março de 2024 - Suplemento
Expedientes Lidos em Plenário 20/2024
DCL n° 066, de 03 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 22/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 22ª
(VIGÉSIMA SEGUNDA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 27 DE MARÇO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H01MIN TÉRMINO ÀS 15H56MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Está aberta a sessão ordinária de
quarta-feira, 27 de março de 2024, às 15 horas e 1 minuto.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Max Maciel a secretariar os trabalhos da mesa.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – O expediente lido vai a publicação.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata sucinta da 21ª Sessão Ordinária;
– Ata sucinta da 12ª Sessão Extraordinária.
Não havendo objeção do Plenário, esta presidência dispensa a leitura e dá por aprovadas sem
observações as atas mencionadas.
Constata-se que não há em plenário o quórum necessário para o início da sessão. De acordo
com o art. 109, § 4º, do Regimento Interno, esta presidência vai aguardar 30 minutos para que o
quórum se complete.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h06min, a sessão é reaberta às 15h13min.)
(Assume a presidência o deputado Ricardo Vale.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Está reaberta a sessão.
Dá-se início ao
PEQUENO EXPEDIENTE.
Passa-se aos
Comunicados de líderes.
Concedo a palavra ao deputado Gabriel Magno.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu
trago a esta tribuna 2 assuntos.
Primeiro quero registrar como o Brasil mudou, deputado Chico Vigilante. O governo Lula iniciou
ontem um programa enorme no ensino médio nas escolas públicas deste país. Começou ontem,
presidente deputado Ricardo Vale, o pagamento do pé-de-meia. Serão 200 reais pagos ao estudante
que frequentar a escola, para combater a evasão, para melhorar as condições de vida das famílias
brasileiras, para dar autonomia à juventude, inclusive, para ela começar a se organizar. O estudante
recebe 200 reais ao se matricular na escola e mais 200 reais todos os meses para garantir a sua
frequência. E, ao final de cada ano, ele receberá mais mil reais, que serão depositados numa conta-
poupança e que poderão ser retirados ao concluir o ensino médio.
Ontem, no Distrito Federal, 24 mil jovens estudantes começaram a receber o pix do Lula e do
governo federal na conta da Caixa Econômica Federal. É uma transformação na educação. É o governo
federal dizendo, de novo, que a educação pública e a juventude deste país voltam a ser prioridade. O
período e o tempo do abandono passaram. Quero registrar e comemorar esse fato, presidente. Que
possamos ampliar esse programa. Seria muito importante que a Secretaria de Educação o
complementasse e fizesse mais programas, mas não faz. Nós temos visto que essa não é a prioridade
do Governo do Distrito Federal.
Eu parabenizo o ministro Camilo, da educação, e o presidente Lula.
Presidente, eu não poderia deixar de responder às mentiras que agora o Governador Ibaneis
começa a contar. Hoje ocorreu no Palácio do Buriti a sessão da assinatura do projeto de lei, votado
nesta casa, a respeito da reestruturação da carreira dos servidores da assistência social.
O Governador Ibaneis disse que no governo dele acabou o tempo da desorganização e da falta
de trato com a coisa pública que havia no governo do PT, deputado Chico Vigilante. Eu vou lembrar ao
Governador Ibaneis qual é o governo que é desorganizado e qual não tem trato com a coisa pública.
Parece que ele se esqueceu de que foi no governo dele que secretário de saúde foi preso, que
presidente do Iges foi preso, porque houve desvio de EPI no meio da pandemia. Ele se esqueceu de
que é no governo dele que há denúncia de corrupção em todas as áreas. Agora, aluguel de amigos
para variadas secretarias...
Foi no governo dele, presidente, que foi perdoada uma dívida de 300 milhões de reais com os
empresários do transporte. Cadê o trato com a coisa pública? Cadê a organização? É no governo dele
que estamos tendo o maior número de mortes da história por dengue. E no governo dele foram
demitidos mil ACS e Avas. É no governo do Ibaneis que as salas de aula estão superlotadas, que não
há professor nas escolas. É no governo dele que há fila no Cras. Parece que o governador se esqueceu
de que pessoas estavam morrendo no ano passado na fila do Cras porque não conseguiam ser
atendidas para fazer o cadastro único. Foi no governo dele que aumentou o número da população em
situação de rua. Diferentemente do que foi anunciado hoje pelo governo Lula a respeito dos menores
índices, de novo, de desemprego no Brasil, o DF está na contramão. É aqui que aumenta a
desigualdade. É no governo do Ibaneis.
Nós nunca vimos na história desta cidade tanta falta de organização e falta de trato e cuidado
com a coisa pública como no governo Ibaneis. Em tudo o que o governador coloca a mão há descaso
com a coisa pública, denúncia.
(Soa campanhia.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (Minoria. Como líder. Sem revisão do orador.) – São despesas
feitas sem assinaturas e contratos. O Tribunal de Contas, inclusive, tem dito isso e colocado nas contas
do governo as ressalvas do perigo que está acontecendo nesta cidade com o próprio orçamento.
Governador, na época do governo do PT foram feitos os últimos planos de carreira e de
reestruturação de carreira desta cidade. Em 2013, presidente Ricardo Vale, foi dado um calote,
inclusive, nos servidores públicos. Alguns sindicatos estão ganhando na justiça e o governador tem que
pagar.
O governo do PT foi o responsável pelas últimas grandes nomeações em todas as secretarias.
Então, descaso com a coisa pública, descaso com o serviço público, descaso com esta cidade quem
tem é o governo Ibaneis. É só andarmos pela cidade para vermos que ela parou. As obras milionárias
superfaturadas – várias delas sendo investigadas pelo Ministério Público –, na primeira chuva,
dissolveram-se.
Então, eu não poderia deixar de dar essa resposta, senhor presidente, para a cidade. É preciso
que voltemos a ter de fato, sim, um governo preocupado com os servidores, com a coisa pública e com
o bem-estar da população. O governo Ibaneis está vendendo esta cidade, está transformando o
Distrito Federal em um balcão de negócios dele e dos seus amigos.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Concedo a palavra ao deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, eu nunca falo de religião nesta tribuna, mas hoje eu me senti no
dever de falar.
Ontem, eu e alguns deputados, inclusive o deputado Ricardo Vale e o deputado Wellington
Luiz, fomos convidados para participar de uma missa na Procuradoria-Geral do Distrito Federal. O
convite foi feito pelo procurador Georges – não é isso? Nós estivemos lá. Essa missa foi celebrada pelo
cardeal arcebispo de Brasília, dom Paulo Cezar Costa, que nasceu em Valença, no Estado do Rio de
Janeiro, em 1967.
Por que resolvi, deputado Ricardo Vale – e V.Exa. estava lá –, falar hoje de religião? Porque me
tocou profundamente a mensagem, na hora da homilia, que ele transmitiu para todos que estavam ali
e para aqueles que estavam assistindo à missa por meio das redes sociais. Ele tratou da questão do
Estado laico e explicou o que é isso. Ele falou que Estado laico – e eu concordo com ele – é aquele
onde todas as religiões podem ser professadas, praticadas sem nenhuma intervenção do Estado, onde
as pessoas têm liberdade de praticar a sua religião. Ele disse que o Estado laico é diferente do Estado
ateu. No Estado laico, há todas as religiões, inclusive há a liberdade para o ateu também praticar o
ateísmo.
Eu achei o que foi falado pelo arcebispo muito profundo, principalmente na semana em que
nós estamos: a Semana Santa. Isso tem de tocar profundamente a todos nós. Eu já tinha assistido
também no domingo, lá na minha paróquia, a Paróquia Nossa Senhora Mãe da Divina Providência, no P
Sul, ao padre Everaldo, durante a missa, também pregar que está na hora de acabar com essa disputa
entre evangélicos, católicos e, acima de tudo, com a disputa política. Dizia o Padre Everaldo: “Nós
precisamos de paz”. Precisamos que todo mundo esteja unido na construção de um país com igualdade
para todos. Ontem, essas palavras de dom Paulo, a quem eu passo a admirar ainda mais, tocaram-me
profundamente, porque eu pude ouvir de um homem com a autoridade que ele tem, efetivamente, o
que é o Estado laico. Achei isso de uma importância fundamental, de uma importância realmente muito
grande.
Dito isso, presidente, eu quero voltar a um assunto que eu tenho levantado aqui desta tribuna
constantemente. Quero falar mais uma vez sobre a questão do transporte coletivo do Distrito Federal.
Nós continuamos com os ônibus abarrotados. Continuamos, nós todos, inclusive os que não andam de
ônibus, bancando esse sistema de transporte. Olhem o preço que pagamos pelas passagens! Há um
contrato que foi assinado e há empresas que não o cumpriram.
Nós vamos promover, no próximo dia 11, uma comissão geral nesta casa. Nós chamamos o
secretário de transporte, que já está confirmado, as 5 empresas, os usuários e o Sindicato dos
Rodoviários para que possamos discutir com profundidade essa questão do sistema público de
transporte do Distrito Federal e chegar a um entendimento.
Por último, utilizo esse minuto que me resta para falar de uma homenagem muito bonita que
foi realizada nesta casa no dia de ontem, que foi a sessão solene em homenagem à TV e ao Portal
Brasil 247, que é hoje um dos portais mais respeitados no Brasil.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Como líder. Sem revisão do orador.) – O portal Brasil 247
tem 30 milhões de visualizações da página por mês. A TV Brasil 247 já tem 1 milhão e 300 mil pessoas
inscritas. Ali estão os nomes dos maiores jornalistas do Brasil. Estão Joaquim de Carvalho, Tereza
Cruvinel, o Attuch, que foi o idealizador. Uma série de outros grandes jornalistas também estão no
Brasil 247. O Brasil 247 completou 13 anos e, em uma sessão solene realizada, de iniciativa do
deputado Gabriel Magno, nós pudemos, no dia de ontem, homenagear o Brasil 247.
Eu participei do evento no dia de ontem. Estava aqui o ex-governador da Paraíba, o Ricardo;
estavam grandes jornalistas e estava o povo do Distrito Federal a homenagear o Brasil 247 pela
importância que ele tem. Portanto, vida longa ao Brasil 247. Parabéns ao Attuch pela iniciativa! Quero
dizer que o Brasil 247 é, efetivamente, um portal que está ajudando a mudar os rumos deste país e
ajudando a imprensa a efetivamente divulgar a verdade. Quem não acessou ainda, acesse o Brasil 247,
pela importância que ele tem!
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Chico Vigilante.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, o
deputado Chico Vigilante pediu que eu ficasse, porque ele iria falar sobre religião, e eu resolvi ficar.
Não é uma questão de afronta: ele fala que não fala de religião, mas, vira e mexe, o deputado Chico
Vigilante fala algumas coisas que são bastante interessantes.
Mesmo ele sendo deputado de esquerda, ele é cristão. Eu tenho a mania de acompanhá-lo,
vejo quando o senhor vai às missas. Eu acho isso uma coisa muito bacana. Mas eu já vou em um
espectro diferente: eu sou pastor e eu falo muito de Bíblia e de religião aqui na casa. Prestei atenção
no discurso de V.Exa. e confesso que fiquei extremamente feliz pela sua fala, deputado Chico Vigilante.
Desta tribuna eu tenho tentado reverberar algo, como fiz na reunião de líderes, ao inquirir o
presidente do BRB, o Paulo: quando se fala na questão evangélica, principalmente, o Estado nada
pode, pelo princípio da sua laicidade. E eu tenho dito aqui: ser laico não é dizer que não tem religião,
até porque o Estado realmente não a tem. Mas a laicidade aponta para ter todas as religiões,
exatamente como o senhor citou nesta tribuna. Significa que o Estado tem que estender a mão para
todas as religiões, seja evangélica, seja católica, seja espírita, seja de matriz africana, seja o que for. O
Estado tem que estar presente.
Há muitas coisas que o Estado não consegue fazer e que todas essas religiões que eu citei
fazem, principalmente no quesito social. E nós, quando queremos ajudar algum programa religioso,
que tenha pecha de religião, não podemos. Eles não podem nem receber uma emenda, porque aí vão
falar que o Estado é laico. E não é! (sic) O Estado não é ateu. O Estado apadrinha e cuida de todas as
religiões e, como bem falou V.Exa., até do ateu. Ele tem que ter esse sentimento. Então, fico feliz que
o nosso arcebispo tenha essa visão extremamente correta.
Fico feliz de V.Exa. se associar a isso, porque aqui podemos defender que todos são iguais e
que todos merecem o respeito desta casa e até mesmo a ajuda desta casa para que essas instituições
possam continuar fazendo o seu trabalho, o qual elas fazem principalmente nas comunidades mais
carentes e na periferia do Distrito Federal.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
Concedo a palavra ao deputado Max Maciel.
DEPUTADO MAX MACIEL (Bloco PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Boa tarde,
senhor presidente, deputado Ricardo Vale; boa tarde, todos e todas que nos acompanham do plenário,
da galeria e pela TV Câmara Distrital.
Antes de iniciar minha fala, quero reforçar: felicidade e parabéns à nossa querida cidade
Ceilândia, por seus 53 anos. Hoje é dia em que eu comi bolo, deputado Ricardo Vale! Eu comi bolo
hoje, nossa! Já foi o terceiro do dia e haverá mais 2 à noite. A cidade merece. Quero mais uma vez
parabenizar a nossa cidade de Ceilândia, todos os moradores, moradoras e todos aqueles deputados,
empresários e pessoas que valorizam a nossa cidade e a reconhecem.
Deputado Ricardo Vale, eu vim fazer uma pontuação, novamente, a respeito da nossa
Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, em relação a uma das empresas. Eu queria reforçar que
nós visitamos todas as empresas de transporte público do Distrito Federal. Conversamos com cada
empresário para entender os serviços que eles prestam para o Governo do Distrito Federal.
É importante dizer que as empresas de transporte público do Distrito Federal não têm nada a
ver com qualquer outro tipo de negócio privado. Elas cumprem o papel de serviço essencial, deputado
Ricardo Vale. Elas cumprem um serviço que é estabelecido em contrato com o Governo do Distrito
Federal, que exige uma série de direitos e de deveres. Nós fomos entender a prejudicialidade deles.
Há empresas que, segundo o contrato, deveriam ter 20% da demanda, mas estão com 9%.
Por meio da Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana, estamos questionando à Secretaria de
Mobilidade o porquê de a distribuição por bacias entre as empresas não estar mais paritária.
A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana fez um estudo sobre linhas e descobriu que
existem empresas que estão sobrepondo linhas já existentes que pertencem a outras empresas. Isso
também não dá um caráter de igualdade, concretamente. Estamos questionando à secretaria o porquê
de essas linhas estarem sobrepostas. Por que há empresas que não operavam em determinada bacia e
agora estão operando – e com a linha que outra empresa operava? Isso faz com que algumas
empresas tenham as suas perdas.
Contudo, para a renovação feita por 10 anos, existe no contrato algo simples: a renovação da
frota. Isso era o critério número 1 para se renovar o contrato por mais 10 anos, contrato que – mais
uma vez, não me canso de dizer aqui – já está judicializado e deveria ser revisto.
O Governo do Distrito Federal não teve coragem de rever esse contrato, pegar os modelos
novos, estabelecidos em outras praças e em outros países e até mesmo, quem sabe, fortalecer a TCB,
que está sucateada, mas poderia assumir grande parte do know-how do transporte público.
A maioria das empresas reclama, sobretudo, das pernadas longas, porque o nosso IPK é muito
grande, pois eles têm que sair de Brazlândia para ir até o Plano Piloto e ninguém desembarca. Bacana.
Deixa assim. O circular roda em Brazlândia e para em um terminal de baldeação, e a TCB pode ter um
corredor de tarifa zero exclusivo para o Plano Piloto.
Há experiências que calculamos. Mas aqui, se eu pago a tarifa integração, pego um ônibus,
desço no metrô, do metrô vou para a rodoviária e da rodoviária quero ir, por exemplo, para o Lago Sul,
onde pego um ônibus da TCB, a TCB não recebe a última pernada, que é a tarifa, ou seja, é uma
empresa pública que não recebe o dinheiro, fica tudo com a empresa privada. A empresa pública está
operando e não recebe. Isso não é justo com ela.
Contudo, quero fazer um resgate sobre uma empresa que visitamos, deputado Pastor Daniel de
Castro, que trocou a diretoria. Fomos, com muito respeito, acompanhar a Marechal. Ela teve o seu
contrato renovado por 10 anos, sem trocar a frota. Ela tem, hoje, mais 70% da frota vencida. Naquela
época – nós temos 5 empresas que operam, além da do transporte rural –, havia 3 empresas que
cumpriram o processo para renovar o contrato por 10 anos e renovar a sua frota. Houve 2 que não
renovaram: uma delas foi a empresa São José, deputado Ricardo Vale, que chegou a sofrer a perda do
direito de operar. Havia uma minuta de licitação apenas para aquela bacia, e, se não desse certo, as
outras empresas iriam operar na bacia dela. Isso chegou a tramitar aqui; chegou o documento a esta
casa, inclusive. Mas a empresa São José conseguiu se organizar. Apresentou o cronograma, apresentou
os primeiros carros neste ano e vai entregar até junho.
A Marechal, que estava naquela época, não conseguiu apresentar. Está aqui o histórico. Foi um
contrato renovado com 326 veículos fora da validade. E a Semob continuou autorizando esses veículos
fora da validade a rodarem de forma precária. A Marechal também não apresentou, naquela época,
uma certidão de regularidade fiscal junto ao FGTS, o que a impedia de renovar o contrato. Ela não
pagava o FGTS. Fizeram um acordo, ela pagou, fatiou, apresentou a certidão, tramitou novamente. A
empresa passou o ano de 2023 todo atrasando a prestação do cronograma de transporte.
Eu preciso dizer aos senhores como é que funciona. Para uma empresa comprar um ônibus, ela
não pode tirar da cabeça dela que vai comprar um ônibus. A secretaria precisa perguntar a ela qual é a
tecnologia embarcada. Por exemplo, ela vai operar o BRT? Se for operar o BRT, é um tipo de veículo.
Ela vai operar na área rural? É outro tipo de veículo. Ela vai rodar com qual? Quantos midi – que é o
ônibus menorzinho? Quantos ônibus padrão? Vai haver biarticulado? A secretaria tem que oficializar a
empresa, dizendo: “Eu quero esse tipo de ônibus”.
Deputado Ricardo Vale, não temos ônibus com ar-condicionado no Distrito Federal porque o
Governo do Distrito Federal não encomenda comprar ônibus com ar-condicionado. E diz assim: “Ah! Se
a gente colocar ônibus com ar-condicionado, sai caro.” Mas quem paga somos nós! Ninguém
perguntou ao usuário o que ele prefere. Eu já estou pagando caro. Eu quero andar com conforto.
Então, nós não temos ônibus com ar-condicionado porque a secretaria não encomenda, não pede um
ônibus com aquele tipo de tecnologia.
Pois bem, a Marechal dizia que não tinha recebido esse documento da secretaria sobre qual
tipo de ônibus ela tinha que comprar. Por isso, ela não conseguia apresentar o cronograma. Isso se
estendeu de forma sistemática. Nós pedimos inclusive que a secretaria oficializasse a empresa
perguntando qual tipo de tecnologia embarcada.
Em janeiro de 2024, foi feito um acordo entre a Semob e a Marechal pactuando um
pagamento. O detalhe é que a Marechal dizia que estava sendo prejudicada e que não recebia. Dizia
que o Governo do Distrito Federal tinha uma dívida com ela por não fazer pagamento. O governo foi lá,
fez um acordo e pagou 200 milhões de reais para a empresa.
Este ano, o Governo do Distrito Federal isentou de Refis das empresas de transporte público
130 milhões de reais; desses, 20 milhões de reais foram da Marechal. E V.Exa. vem aqui dizer que
empresário, deputado Fábio Félix, está com risco de não comprar gasolina porque não tem dinheiro?
Qualquer argumento cabe no setor de serviço do transporte público, menos dizer que não tem
dinheiro. Isso não cabe nem no relatório da economia nem no caixa da empresa, porque, se de 5
empresas que você tem, 3 conseguem renovar e 2 não, então, essas 2 não têm condições de rodar no
Distrito Federal. Desculpe-me.
(Soa a campainha.)
DEPUTADO MAX MACIEL (Bloco PSOL-PSB. Como líder. Sem revisão do orador.) – Para
encerrar, é assim que funciona com qualquer contrato. Se o senhor tem um contrato com o Estado e
não o cumpre, este chama a segunda colocada. É, ou não é? Quando fizeram toda a Vicente Pires, se o
empresário deixava de fazer a drenagem, não tinha capacidade técnica de cumprir, podia-se chamar o
segundo colocado e multar a empresa. Com a empresa de transporte, não. Multamos a empresa de
transporte e ainda a tornamos inidônea. Aqui não. A Sufisa fiscaliza, multa as empresas, e elas
recebem um bônus de 99% de desconto na conta da multa, que não é multa acessória, é multa
principal por uma questão do contrato.
Nós temos responsabilidade no que estamos dizendo. Se a empresa presta o serviço, que
receba pelo serviço prestado, mas também vamos exigir o que está no contrato: a qualidade da
prestação de serviço.
Deputado Fábio Félix, a Comissão de Transporte recebe, por dia, mais de 50 reclamações por
descumprimento de horário, de ônibus que sumiram. Sumiram do GPS. Simplesmente a pessoa está na
parada, e o ônibus sumiu. Ficou meia hora sem aparecer. Você sabe o que é meia hora para uma
mulher ficar no final da W3, numa escuridão, aguardando o ônibus, sem saber se ele veio, se passou,
se vai passar? Isso também é exposição à violência. Então, com esse acordo firmado, saiu o resultado
que a Marechal apresentou para a Semob. Depois de ter dado todas as tratativas de prorrogação de
contrato, ela apresentou agora o cronograma, no início de março, ainda com 180 dias para apresentar
o contrato de compra.
Eu vou resumir aqui para não me alongar. Para renovar os 448 veículos, sabe qual é o prazo
que ela deu para trocar todos? Dia 10 de outubro de 2026. Olha, eu sou usuário e sempre fui usuário
de transporte público. Eu morava do lado do terminal do P Sul, onde eu pegava a Marechal. É um
absurdo o usuário esperar mais 3 anos para que renovem a frota de uma empresa em cujos ônibus as
pessoas entram sabendo que eles vão quebrar. Assim foi com a São José – e até agora está sendo,
enquanto ela não trocar tudo.
Então, não tem cabimento uma empresa que teve o seu tempo estabelecido para trocar a frota
de ônibus antes de renovar o contrato, ter renovado o contrato, passar o ano todinho sem renovar a
frota e agora ter mais quase 2 anos para renovar sua frota toda. Isso é uma falta de respeito com os
usuários do sistema de transporte público.
Enquanto formos presidente da Comissão de Transporte Público e Mobilidade, nós não vamos
arredar o pé e vamos chamar a reclamação dos usuários sobre essa problemática. Então, que renovem,
mas renovem com presteza, com agilidade e com conforto para a população.
Muito obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Max Maciel.
Quero saudar a presença dos aprovados da Polícia Penal que estão aqui acompanhando esta
sessão. (Palmas.)
Sejam bem-vindos!
Encerrados os Comunicados de líderes, pergunto se algum deputado deseja fazer uso da
palavra. (Pausa.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu quero
aproveitar a fala do deputado Max Maciel, que nos antecedeu ainda há pouco, e dizer o seguinte: eu
acho que é bom uma fala dessa para o governo, porque estamos falando de melhora da qualidade dos
transportes públicos.
Graças a Deus crescemos e conseguimos hoje ter um carro para nos movimentar, mas eu fui
usuário do transporte público e sempre questionei sobre esse tema. É muito ruim o nosso transporte
público. Tem melhorado? Algumas coisas sim.
Foi muito boa essa fala, porque ajuda, inclusive, o governo – eu tenho certeza de que as
nossas falas chegam ao governo. Nós acabamos de ter um novo secretário de mobilidade, eu quero
muito rogar aqui que ele possa ouvir o que foi dito e trabalhar para ajudar.
Em contrapartida, quero aqui também – aproveitando essa fala – direcionar-me aos
empresários de transporte público do Distrito Federal. Primeiro, que eles saibam que nesta casa vai
haver fiscalização, porque temos aqui um deputado, na pessoa do deputado Max Maciel – uma pessoa
estudiosa, que conhece, que domina o sistema –, presidente da Comissão de Mobilidade desta Casa,
uma pessoa de muito diálogo. Então, que eles fiquem antenados, porque tem que ter mesmo
fiscalização.
Eu peço aqui um socorro. Passei a manhã em Santo Antônio do Descoberto. Fui ver o local,
porque o governador vai mandar duplicar a DF-280, que vai da BR-060 até o Santo Antônio do
Descoberto, deputado Max Maciel. Peço a bondade de V.Exa. para nos ajudar nisso, como presidente
da Comissão de Mobilidade.
Acontece o seguinte: a ponte de Santo Antônio do Descoberto tem uma placa de divisa do
estado do Distrito Federal com Santo Antônio do Descoberto. A última parada fica a 30 metros dessa
placa, a anterior fica a 700 metros. Ou seja, a última parada está no Distrito Federal, a 30 metros de
Santo Antônio do Descoberto. Qual é a empresa que opera lá? A Urbi. Ela chegava lá antigamente. O
que ela fez? Não vai mais até a última parada. Aí, o cidadão tem que andar 700 metros para chegar à
parada onde o ônibus está passando.
Como V.Exa. falou de mulher, vamos pegar, como exemplo, uma mulher, que esta casa
defende muito. Vamos pensar em uma mulher grávida que precisa de socorro médico e tem que andar
700 metros. E em dia de chuva? Isso é desumanidade!
Peço ao secretário de mobilidade que notifique a Urbi para que os ônibus... Já mandei um
expediente do meu gabinete sobre isso. Trata-se de um pedido dos vereadores que vieram aqui. Fui
hoje com eles ao local. É desumano ter que andar 700 metros em dia de chuva, em dia de calor
extremo. Aliás, se há parada, por que essa empresa não vai até a parada?
Peço, então, que a Secretaria de Mobilidade notifique a Urbi para que ela volte a fazer o que
ela fazia. Eu sei por que ela não o faz. Ela não o faz porque gera economia para ela. Provavelmente,
ela recebe pelo que fazia. Ao deixar de fazer, não dá um atendimento de qualidade para a população.
Não podemos deixar a população...
(Soa a campainha.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Aqui, deixo os meus
parabéns ao deputado Max Maciel pelo trabalho excelente que faz nesta casa, principalmente na
Comissão de Mobilidade.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado Pastor Daniel de Castro.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – Presidente, eu queria, mais uma
vez, só fazer um registro, que sempre temos feito nesta casa, sobre a questão da dengue e da saúde
no Distrito Federal.
O nosso governadengue, que é o governador do DF, tem feito a pior gestão de prevenção à
dengue do país. Ontem, um deputado, inclusive, pediu uma demissão no Ministério da Saúde, mas
esqueceu que aqui, no Distrito Federal, há a pior gestão do país e se calou em relação à Secretaria de
Saúde.
O Governo do DF, deputados, criou a pior engrenagem de enfrentamento à dengue do país.
Eles fizeram as tendas da insalubridade nas regiões administrativas com os mesmos servidores que
deveriam estar atendendo nas unidades básicas de saúde ou em outras unidades de saúde.
Em algumas cidades que visitei, próximo às tendas, há tanto entulho que dá para fazer pontos
de dengue. Aquilo me chamou atenção. O governo monta uma tenda de atendimento à dengue onde a
situação de captação de água é a pior possível.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Deputado Fábio Félix, desculpe-me interrompê-lo,
mas é que os alunos do CEF 1 de Sobradinho já estão saindo. Nós agradecemos a presença deles.
Voltem quando quiserem.
Obrigado, deputado.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX (PSOL. Sem revisão do orador.) – O governo hoje é questionado pelo
Ministério da Saúde, que está inspecionando as tendas e dizendo que elas não têm condições de
atendimento, porque o governo não designou os locais. A maior parte das tendas fica nas
administrações regionais sem o mínimo de condição para os profissionais de saúde fazerem o
atendimento de forma adequada.
Desculpem-me. Fui a algumas tendas, deputado Chico Vigilante. Aquilo ali é uma vergonha. As
tendas são uma vergonha! Parecem-me tendas midiáticas, para dizerem que estão fazendo alguma
coisa, quando não estão fazendo nada em relação à saúde.
Profissional não é clonado. Quanto ao profissional que vai para a tenda, você pensa: “Vai ser
um outro profissional que não está na UBS”. Não, o governo desfalca a UBS para garantir o
atendimento na tenda. Então, é uma vergonha a forma como o governo tem planejado o atendimento
em relação à dengue.
Se as pessoas tiverem dignidade, aquelas mesmas que estão questionando o Ministério da
Saúde – que tem uma gestão muito melhor em relação ao tema, inclusive, uma gestão técnica muito
melhor que a do Governo do Distrito Federal –, devem falar sobre a situação que a população do DF
está vivendo, uma situação, realmente, trágica e dramática.
Por último, presidente, hoje eu estive no Ministério da Justiça. Vamos voltar a fazer o debate
das câmeras corporais nesta casa, porque esse não é um debate do DF. As câmeras corporais na
segurança pública, em diferentes instituições, são um debate internacional, que têm como
consequência uma série de melhorias para os serviços de segurança pública.
Até o governador de São Paulo, que tinha dito que ia acabar com o programa, agora decidiu
voltar com o programa e comprar câmeras corporais, porque o impacto para a segurança pública, para
a dignidade das pessoas, é enorme. E não só isso, é, inclusive, para viabilizar que mais denúncias
aconteçam, que apurações de casos aconteçam, que o trabalho das polícias seja de acordo com o
protocolo, com aquilo que está colocado, protegendo os bons policiais e criando condições para a
apuração de outras situações, aquelas situações irregulares.
Esse debate tem de ser feito de forma muito séria nesta casa. Nós vamos continuar conduzindo
esse debate com muita seriedade, levando em consideração os dados internacionais de aplicação dessa
política e não só os discursos, muitas vezes, não fundamentados e que, do meu ponto de vista, só
reforçam o populismo penal ou defendem categorias de forma abstrata.
Defender as categorias é defender que uma política pública também funcione da melhor forma
e defender que aqueles que são os bons profissionais daquela categoria possam atuar e ter segurança
no seu trabalho.
Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado.
Convido o deputado Fábio Félix para secretariar os trabalhos da mesa.
Enquanto S.Exa. chega, eu quero lembrar que hoje é dia 27 de março. Hoje, Renato Russo, se
estivesse vivo, faria apenas 64 anos de idade. Renato Russo, que é um ícone do rock brasiliense,
do rock brasileiro, deixou obras maravilhosas, um legado espetacular de músicas maravilhosas que
influenciaram toda uma geração. Esta Câmara Legislativa, no ano passado, aprovou um projeto de lei
criando o Dia do Rock Brasiliense.
Hoje é o primeiro ano em que estamos comemorando essa data. Inclusive, vai haver uma
audiência pública daqui a pouco no Espaço Cultural Renato Russo, na 508 Sul, e eu queria fazer esse
registro. Foi atendendo ao pedido das bandas de rock, de produtores, que esta casa aprovou o projeto
criando o Dia do Rock Brasiliense, justamente no dia de hoje para fazer uma homenagem ao Renato
Russo, à banda Legião Urbana e a outras bandas que marcaram época, como Capital Inicial, Plebe
Rude. Foi um momento extremamente rico da nossa cultura.
Está tombado. O rock já é patrimônio cultural imaterial do Distrito Federal. E, agora, com o Dia
do Rock , esse legado jamais será esquecido. Com isso incentivamos esse segmento da música, que é
muito forte aqui no Distrito Federal. Ainda há muitas bandas de rock, muitos jovens que tocam,
precisando de espaço. Temos certeza de que essa política pública, essa ação que a Câmara fez, vai
fomentar o rock do Distrito Federal e vai manter vivo esse legado maravilhoso, essa parte linda da
nossa história.
Então, eu queria fazer este registro: vivo o rock brasiliense!
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário, deputado Fábio Félix.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – O expediente lido vai a publicação.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Presidente, antes de encerrar a
sessão, eu queria aproveitar a oportunidade para fazer uma prestação de conta – porque a minha
cidade está completando 53 anos – de um pouco do que nós desenvolvemos em 2023.
No ano de 2023, nós destinamos 9 milhões e 480 mil reais para a cidade de Ceilândia desta
forma: para a educação, encaminhamos o atendimento a 58 escolas, totalizando 1 milhão e 390 mil;
para a cultura, com atendimento a vários projetos, totalizamos 1 milhão e 600 mil; para a saúde,
superintendência oeste, foram 2 milhões e 250 mil para aquisição de medicamentos, apoio,
manutenção e funcionamento dos hospitais e de UBS, por meio do Programa de Descentralização
Progressiva de Ações de Saúde, o PDPAS.
Nós encaminhamos, presidente deputado Ricardo Vale, 3,7 milhões para a infraestrutura, que
inclui novo mobiliário e novo telhado da biblioteca de Ceilândia, que já chegou. Estamos esperando a
Novacap, que vai nos ceder a mão de obra para a troca do telhado – o mobiliário já chegou. Para o
estacionamento do Centro de Línguas, o CIL – reivindicação antiga dos pais, servidores e alunos –, foi
um estacionamento com drenagem, com absorção programada e calçamento. Recurso de 1 milhão e
meio para a Praça do Eucalipto, onde estamos trocando todo o calçamento, ampliando o
estacionamento, trocamos as lâmpadas. Ainda mandamos mais 800 mil para a nova pista de esqueite
do Zoca – essas obras já estão em andamento. Para fechar, na pauta do meio ambiente, foram 480 mil
reais para instalarmos várias hortas comunitárias próximas e dentro das escolas de Ceilândia.
Era só para deixar um pouco desse registro da nossa prestação de conta a essa cidade, da qual
temos muito orgulho. Obrigado, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Obrigado, deputado.
Quero registrar, mais uma vez, a presença dos aprovados da Polícia Penal, e dizer que é justa a
reivindicação de vocês. O efetivo está pequeno. É preciso que o Estado providencie o mais rápido
possível novas contratações.
Parabéns pela luta de vocês, sejam sempre bem-vindos a essa casa.
Pergunto se algum deputado quer fazer ainda o uso da palavra. (Pausa.)
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a sessão.
(Levanta-se a sessão às 15h56min.)
Siglas com ocorrência neste evento:
ACS – Agentes Comunitários de Saúde
Avas – Agentes de Vigilância Ambiental em Saúde
BRB – Banco de Brasília
BRT – Bus Rapid Transit
CEF – Centro de Ensino Fundamental
CIL – Centro Interescolar de Línguas
Cras – Centro de Referência da Assistência Social
EPI – Equipamento de Proteção Individual
FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
GPS – Global Positioning System
Iges – Instituto de Gestão Estratégica de Saúde
IPK – Índice de Passageiros Transportados por Quilômetro
Novacap – Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil
PDPAS – Programa de Descentralização Progressiva de Ações de Saúde
Semob – Secretaria de Transporte e Mobilidade
Sufisa – Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Transporte
TCB – Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília
UBS – Unidade Básica de Saúde
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por ROBSON KONIG - Matr. 12651, Chefe do Setor de Registro e
Redação Legislativa - Substituto(a), em 01/04/2024, às 18:34, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1600686 Código CRC: ABE6496C.
DCL n° 066, de 03 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Extraordinária 12/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 12ª
(DÉCIMA SEGUNDA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
DE 26 DE MARÇO DE 2024.
INÍCIO ÀS 17H16MIN TÉRMINO ÀS 17H27MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Declaro aberta a sessão
extraordinária de 26 de março de 2024, nos termos do art. 120 do Regimento Interno.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Robério Negreiros a secretariar os trabalhos da mesa.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
Item nº 1:
Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 983/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “altera a Lei nº 7.313, de 27 de julho de 2023, que ‘dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para o exercício financeiro de 2024 e dá outras providências’”.
Aprovado em primeiro turno.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado em segundo turno, com a presença de 16 deputados.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Concedo a palavra a V.Exa.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, de
acordo com a aprovação do Requerimento nº 1.098/2024, solicito a dispensa do interstício, nos termos
do § 1º do art. 204 do Regimento Interno, e que se dê como lida e aprovada a redação final.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Não havendo objeção do Plenário, a
presidência acata a solicitação de V.Exa. (Pausa.)
Passa-se à imediata apreciação da matéria.
Discussão da redação final do Projeto de Lei nº 983/2024, de autoria do Poder Executivo, que
“altera a Lei nº 7.313, de 27 de julho de 2023, que ‘dispõe sobre as diretrizes orçamentárias para o
exercício financeiro de 2024 e dá outras providências’”.
Em discussão a redação final. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Encerrada a discussão, sem emendas ou retificações, a redação final é considerada
definitivamente aprovada, dispensada a votação.
O projeto vai a sanção.
Passa-se à apreciação em bloco dos seguintes itens:
Item nº 2:
Discussão e votação, em turno único, dos requerimentos:
Requerimento nº 1.213/2024, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “Requer a
transformação da Sessão Ordinária do dia 04 de abril de 2024 em Comissão Geral, para discussão do
Projeto de Lei Complementar nº 41/2024, que aprova o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico
de Brasília – PPCUB e dá outras providências”;
Requerimento nº 1.214/2024, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “Requer a
transformação da Sessão Ordinária do dia 09 de maio de 2024 em Comissão Geral para debater sobre
o Rio Melchior, com o tema Adensamento versus Preservação”;
Requerimento nº 1.215/2024, de autoria do deputado Chico Vigilante, que “Requer a realização
de Audiência Pública para debater o Fortalecimento da Educação Especial na Perspectiva da Educação
Inclusiva no Distrito Federal, em 24 de abril de 2024, às 10h”;
Requerimento nº 1.246/2024, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que “Requer a realização
de Audiência Pública para debater acerca do Cartão Material Escolar, a realizar-se em 11 de abril de
2024, às 19h, no Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federa”;
Requerimento nº 1.247/2024, de autoria do deputado Fábio Félix, que “Requer a realização de
Audiência Pública com o tema "Os desafios dos atendimentos públicos após o fechamento da ATP”;
Requerimento nº 1.248/2024, de autoria do deputado Chico Vigilante, que “Requer a
transformação da Sessão Ordinária do dia 11 de abril de 2024 em Comissão Geral, para debater sobre
a situação do Transporte Público do Distrito Federal”;
Requerimento nº 1.249/2024, de autoria do deputado Chico Vigilante, que “Requer a realização
de Audiência Pública, no dia 14 de maio de 2024, para debater sobre a obrigatoriedade da
implementação de Passagens de Fauna nas rodovias do Distrito Federal”;
Requerimento nº 270/2023, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “Requer a
constituição de Comissão Especial destinada para vistoriar as condições das maternidades, UTIS e
protocolos de saúde neonatal dos hospitais da rede pública do Distrito Federal”.
Item extrapauta:
Discussão e votação dos requerimentos:
– Requerimento nº 1.256/2024, de autoria do deputado João Cardoso, que “requer a realização
de Audiência Pública, a realizar-se no dia 23 de abril de 2024, às 19h, no Plenário desta Casa de Leis,
para debater sobre a valorização dos servidores do DER”;
– Requerimento nº 1.261/2024, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “requer a
realização de Audiência Pública para debater sobre o Projeto de Lei nº 848/2024, de autoria do Poder
Executivo, no âmbito do Comissão de Assuntos Sociais, a se realizar no dia 8 de abril de 2024, às 16h,
na Sala de Reuniões desta Casa de Leis”;
– Projeto de Lei nº 848/2024, de autoria do Poder Executivo, no âmbito da Comissão de
Assuntos Sociais, a ser realizada no dia 8 de abril de 2024, às 16h, na Sala de Reuniões desta Casa de
Leis”.
Item nº 3:
Discussão e votação, em turno único, das moções:
– Moção nº 668/2024, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro e Wellington Luiz, que
“manifesta votos de Louvor e homenageia as pessoas que especifica, pelos relevantes serviços
prestados a Câmara Legislativa do Distrito Federal”;
– Moção nº 669/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta votos de louvor e
aplausos às pessoas que especifica, por ocasião do aniversário do SINPRO/DF”;
– Moção nº 670/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Reconhece e
apresenta votos de louvor aos artesãos por reconhecimento do valor cultural, social e econômico que
agregam à nossa sociedade, através da sua habilidade única de transformar matéria-prima em obras
de arte que expressam a identidade e a diversidade cultural de nossa nação”;
– Moção nº 671/2024, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Manifesta votos
de Louvor e homenageia as pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados a Câmara
Legislativa do Distrito Federal”;
– Moção nº 672/2024, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que “Reconhece e apresenta
votos de louvor ao Sargento Fábio Eliseu da Silva, e aos Cabos Filipe Bueno Lopes, Eduardo Ferreira de
Souza e Nagai Pereira Aguiar, pelo 'ATO DE BRAVURA' demonstrado em serviço”;
– Moção nº 673/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Reconhece e
apresenta votos de louvor aos artesãos por reconhecimento do valor cultural, social e econômico que
agregam à nossa sociedade, através da sua habilidade única de transformar matéria-prima em obras
de arte que expressam a identidade e a diversidade cultural de nossa nação”;
– Moção nº 674/2024, de autoria do deputado Rogério Morro da Cruz, que “Reconhece e
apresenta votos de louvor aos artesãos por reconhecimento do valor cultural, social e econômico que
agregam à nossa sociedade, através da sua habilidade única de transformar matéria-prima em obras
de arte que expressam a identidade e a diversidade cultural de nossa nação.”;
– Moção nº 675/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “Manifesta votos de louvor e
aplausos às pessoas que especifica, por ocasião do aniversário do SINPRO/DF”;
– Moção nº 676/2024, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor as servidoras das áreas de Educação, Saúde e Segurança do Governo do Distrito
Federal que especifica, pelos relevantes serviços prestados no exercício de suas funções”;
– Moção nº 677/2024, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados na Câmara Legislativa
do Distrito Federal.”;
– Moção nº 678/2024, de autoria do deputado Pepa, que “Parabeniza e manifesta votos de
louvor e aplausos às personalidades que especifica pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal”;
– Moção nº 679/2024, de autoria do deputado Fábio Félix, que “Parabeniza e manifesta votos
de louvor aos músicos da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Claudio Santoro pelos relevantes
serviços prestados em favor da cultura no Distrito Federal”;
– Moção nº 680/2024, de autoria do deputado Fábio Félix, que “Parabeniza e manifesta votos
de louvor aos agentes promotores e defensores das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e
Nações do Candomblé no Distrito Federal”;
– Moção nº 681/2024, de autoria do deputado Jorge Vianna, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito
Federal, em ocasião do Março Roxo – Mês de Mobilização e Conscientização sobre a Epilepsia”;
– Moção nº 682/2024, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “Parabeniza e manifesta
votos de louvor as servidoras das áreas de Educação, Saúde e Segurança do Governo do Distrito
Federal que especifica, pelos relevantes serviços prestados no exercício de suas funções”.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em turno único, das moções:
– Moção nº 683/2024, de autoria do deputado Hermeto, que “Reconhece e apresenta votos de
louvor aos policiais militares lotados no 8º Batalhão de Polícia Militar do Distrito Federal pelos
relevantes serviços prestados à população da Ceilândia”.
– Moção nº 684/2024, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Manifesta votos
de louvor e homenageia a senhora Daianna Brandão de Carvalho pelos relevantes serviços prestados à
saúde do Distrito Federal”.
– Moção nº 685/2024, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Manifesta moção
de louvor ao pastor evangélico Paulo Ricardo Cavalcante Jorge Ferreira, da Assembleia de Deus
Madureira”.
– Moção nº 686/2024, de autoria do deputado Pastor Daniel de Castro, que “Manifesta moção
de louvor a pessoa que especifica por ocasião do Dia do Pastor”.
– Moção nº 687/2024, de autoria deputado Gabriel Magno, que “Manifesta votos de louvor e
aplauso à pessoa que especifica por ocasião do aniversário do SINPRO/DF”.
– Moção nº 688/2024, de autoria do deputado Fábio Félix, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor à pessoa que especifica, pelos relevantes serviços prestados na Câmara Legislativa do
Distrito Federal”;
– Moção nº 689/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “manifesta Votos de Louvor
e Aplausos às pessoas que especifica, pela atuação na área de Comunicação”;
– Moção nº 690/2024, de autoria do deputado Hermeto, que “manifesta votos de louvor e
parabeniza aos mencionados pelos relevantes serviços prestados à comunidade e a cidade do Park
Way”;
– Moção nº 691/2024, de autoria do deputado Ricardo Vale, que “manifesta louvor às pessoas
abaixo nominadas pelos relevantes serviços prestados à comunidade”;
– Moção nº 692/2024, de autoria da deputada Jaqueline Silva, que “reconhece e Manifesta
votos de louvor e parabeniza o Sr. FRANCISCO RODRIGUES DE SALES, in memoriam, e à Sra. MARIA
DAS GRAÇAS DE LIMA SALES, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal, à
frente a gestão do Bazar Sales”;
– Moção nº 693/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “manifesta Votos de Louvor
e Aplausos às pessoas que especifica, por ocasião do aniversário do SINPRO/DF”;
– Moção nº 694/2024, de autoria do deputado Roosevelt, que “reconhece e apresenta Votos de
Louvor à Dra. LUDMILA MACIEIRA DOS REIS, pelo profissionalismo e dedicação à sociedade e pelo
notável trabalho exercido na Advocacia do Distrito Federal”;
– Moção nº 695/2024, de autoria do deputado Roosevelt, que “reconhece e apresenta votos de
louvor ao 1º SGT LUCIOMAR MARTINS DE OLIVEIRA, mat.: 23.760/4, 3º SGT CARLOS ALEXANDRE
MORAES GOMES, mat.: 731.786/7, 3º SGT CÍCERO PAULO BENTO DO LAGO, mat.: 731500/7 e 3º SGT
WESLEY PAULO DE OLIVEIRA, mat.: 02159333, da Polícia Militar do Distrito Federal, pelo
profissionalismo e dedicação demonstrados na brilhante atuação ao retirar passageiros de um ônibus
em chamas e combater o incêndio na Estrada Parque Indústria e Abastecimento (EPIA)”;
– Moção nº 696/2024, de autoria do deputado Iolando, que “manifesta votos de louvor e
aplausos às pessoas que especifica, por ocasião da celebração do Dia Mundial de Conscientização do
Autismo”;
– Moção nº 696/2024, de autoria do deputado Iolando, que “manifesta votos de louvor e
aplausos às pessoas que especifica, por ocasião da celebração do Dia Mundial de Conscientização do
Autismo”;
– Moção nº 697/2024, de autoria do deputado Max Maciel, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor aos agentes promotores e defensores das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e
Nações do Candomblé no Distrito Federal”;
– Moção nº 698/2024, de autoria da deputada Paula Belmonte, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor as servidoras das áreas de Educação, Saúde e Segurança do Governo do Distrito
Federal que especifica, pelos relevantes serviços prestados no exercício de suas funções”;
– Moção nº 699/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “manifesta Votos de Louvor
e Aplausos às pessoas que especifica, por ocasião do aniversário da Universidade Católica de Brasília”;
– Moção nº 700/2024, de autoria do deputado Max Maciel, que “parabeniza e homenageia as
pessoas que especifica, pela significativa contribuição para a história, para a cultura e para o
desenvolvimento de Ceilândia”;
– Moção nº 701/2024, de autoria do deputado Ricardo Vale, que “manifesta louvor às pessoas
abaixo nominadas pelos relevantes serviços prestados à cultura do rock no Distrito Federal”.
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Passo a presidência ao deputado
Robério Negreiros.
(Assume a presidência o deputado Robério Negreiros.)
PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da Mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando os requerimentos e as moções; os que
votarem “não” estarão rejeitando-os.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 13 votos favoráveis. Houve 11 ausências.
Estão aprovados.
As matérias seguem a tramitação regimental.
Devolvo a presidência ao deputado Pastor Daniel de Castro.
(Assume a presidência o deputado Pastor Daniel de Castro.)
PRESIDENTE (DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO) – Assumo a presidência e consulto se
há algum deputado que queira fazer uso da palavra. (Pausa.)
Nada mais havendo a tratar, declaro encerrada a sessão.
(Levanta-se a sessão às 17h27min.)
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por ROBSON KONIG - Matr. 12651, Chefe do Setor de Registro e
Redação Legislativa - Substituto(a), em 27/03/2024, às 19:49, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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DCL n° 068, de 04 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 19/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 19ª (DÉCIMA NONA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
EM 20 DE MARÇO DE 2024
SÚMULA
PRESIDÊNCIA: Deputados Wellington Luiz e Ricardo Vale
SECRETARIA: Deputado Pastor Daniel de Castro
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 15 horas
TÉRMINO: 16 horas e 54 minutos
Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.
1 ABERTURA
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara aberta a sessão.
1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE
– O Deputado Pastor Daniel de Castro procede à leitura do expediente sobre a mesa.
1.2 LEITURA DE ATA
– Dispensada a leitura, o presidente da sessão considera aprovadas, sem observações, as Atas da 18ª
Sessão Ordinária e da 11ª Sessão Extraordinária.
2 PEQUENO EXPEDIENTE
2.1 COMUNICADOS DE LÍDERES
Deputado Chico Vigilante
– Anuncia que hoje ocorreu a primeira assembleia dos professores da rede pública para pleitear
recomposição salarial, e recorda que o Executivo não honrou promessas feitas com intuito de encerrar a
paralisação da categoria em 2023.
– Comunica o início da campanha salarial dos vigilantes do DF, com indicativo de greve.
– Parabeniza o Secretário de Cultura e Economia Criativa, Cláudio Abrantes, pelo edital do Prêmio de
Fotografia Regina Santos, e antecipa que irá propor a concessão post mortem de título de cidadã
honorária a essa renomada jornalista.
Deputado Max Maciel
– Discorre acerca da violência sofrida pela juventude preta e periférica no País, e registra medidas
governamentais em defesa das crianças e dos adolescentes tomadas ao longo dos anos.
– Noticia o lançamento do programa nacional Juventude Negra Viva, amanhã, em Ceilândia.
– Lembra ações realizadas no passado para conscientização dos jovens no que tange a saúde sexual e
uso abusivo de álcool e drogas, e reafirma a importância da educação sexual nas escolas.
Deputado Thiago Manzoni
– Reprova a educação sexual ministrada nas escolas, e assevera que a maioria dos brasileiros passou a
rejeitar a abordagem dessa temática nas instituições de ensino.
– Sustenta que a população brasileira é majoritariamente de direita e que esse posicionamento se reflete
na composição do Legislativo e no aumento da rejeição ao Presidente Lula.
– Lista medidas tomadas pelo Governo Federal que retratam a má condução do País.
Deputado Pastor Daniel de Castro
– Julga que a preservação da liberdade das entidades religiosas é fundamental no enfrentamento ao
tráfico e ao consumo de drogas.
– Pondera que o Supremo Tribunal Federal não deveria discutir a questão da descriminalização do porte
de drogas, e prevê impactos deletérios para a sociedade caso esse entendimento seja adotado.
– Enfatiza o sofrimento das famílias de dependentes químicos, e advoga a realização de consulta popular
a respeito do tema.
Deputado Ricardo Vale
– Avalia que a iminente prisão do ex-Presidente Jair Bolsonaro tem desestabilizado os parlamentares de
extrema direita.
– Critica o debate de questões ideológicas em detrimento de pautas do Distrito Federal.
– Defende a prisão dos envolvidos nos atos golpistas, sem possibilidade de anistia.
Deputado Fábio Félix
– Solidariza-se com os educadores da rede pública do Distrito Federal que lutam pela recomposição
salarial e pelo cumprimento do acordo feito com o GDF.
– Reporta-se ao indiciamento do ex-Presidente Bolsonaro por fraude no cartão de vacina e a outros
processos a que ele responde.
– Discorda da orientação do Presidente Lula dada a ministros e lideranças políticas no sentido de não
evocar o dia em que se iniciou a ditadura militar no Brasil.
Deputada Dayse Amarilio
– Agradece o apoio dos Pares, em especial do Deputado Wellington Luiz, à realização da 1ª Semana da
Mulher na CLDF.
– Relata sua participação em seminário do grupo Mulheres do Brasil, na Câmara dos Deputados, que teve
como pauta o aumento da representatividade feminina na política.
– Cobra a nomeação dos aprovados em concursos da área de saúde.
3 ENCERRAMENTO
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara encerrada a sessão.
Observação: O relatório de presença e o relatório de presença por recomposição de quórum,
encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão anexos a esta ata.
Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Primeiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 25/03/2024, às 14:18, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
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DCL n° 068, de 04 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 19a/2024
Ata Resumida da Reunião
19"St~ssãoOrdinária, da r Sessão Legislativa Ordinária, da 9a Legislatura ia : 20/03/2024
.-.-.-----.-.------ .-..-.----------------------'---------4----------
KO OD:lem Nome pa:r.larnentar Partido Hora
4" WELLINGTON LUIZ MDB 15:00:15
P/~STOR DANIEL DE CASTRO PP 15:00:22
~: CHICO VIGILANTE' PT 15:02:20
(, EEH1ETO MDB 15:12:16
1';' !VIAFTINS IViACHADO REPUBLI 15:17:57
~,':) E1 CARDO VALE PT 15:18:40
~;.:, [,OUTORA JANE MDB 15:25:50
].1.1 IOLANDO MDS 15:27:46
~:l. PEEA PP 15:29:06
::::: THIAGO HAl'JZONI PL 15:29:16
:::;~'GAEFI EL ~/~AGI'IO PT 15:33:29
::::: JOJlQUIM FOIUZ NETO PL 15:33:35
:: FAE10 FELIX PSOL 15:33:37
::::'.I ]vI}\)( MACIEL PSOL 15:35:46
L::~ F.OCSEVE:~T PL 15:36:24
~1 EOE~RIO NEGREIROS PSD 15:36:59
L:' ;::O}SO CARDOSO AVANTE 15:37:38
>i
POGERIO ]v'~ORRODA CRUZ 15:49:23
1.:: .::OFGE VIANNA PSD 15:57:50
~ J. [1/~''1SE AHARILIO' PSB 16:33:58
.Zl.usên::i,:ls :
:"ome P"u:la.rneni:ar Partido
['ANIEL ::J:)KIZET PL
JAQUI:I,IHE SILVA MDB
JU3ti. fi ,;:aclos :
Partido Justificativa
E.DUAHIIC PEDFOSA UNIÃO Licenciado conforme AMO n 25, de 2024,
EAULJ\. E::;U.•IO!\TE q_DADANIA Justificada ausência, con orme o AMO n034/~
;':esa Di.cetora :
Totali1:a't~ão
PreSlente~i : :2:0 Amientes: 2 Justificativas: 2
---.------.-----.------.--.-.------------------------------l-------- __
Administr,
DCL n° 068, de 04 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 20a/2024
Relatório dePresenças por Reunião
Reunião: 20a Sessão Ordinária, da rSessão Legislativa Ordinária, da 9a Legislatura Dia :21/03/2024
I
N° Nome Parlamentar Partido Hora Modo
01 CHICO VIGILANTE PT 15:07:04 Biornetria
02 DOUTORA JANE MDB 15:29:20 Biornetria
03 FÁBIO FELIX PSOL 15:18:30 Biornetria
04 GABRIEL MAGNO PT 15:21:36 Biornetria
05 JOAQUIM RORIZ NETO PL 15:15:30 Biornetria
06 JORGE VIANNA PSD 15:13:07 Biornetria
07 MARTINS MACHADO REPUBLI 15:11:18 Biornetria
08 MAX MACIEL PSOL 15:02:15 Biornetria
09 PAULA BELMONTE CIDADAN 15:08:20 Biornetria
10 PEPA PP 15:11:44 Biornetria
11 RICARDO VALE PT 15:05:41 Biornetria
12 ROBÉRIO NEGREIROS PSD 15:16:47 Biornetria
Ausências:
Nome Parlamentar Partido
DANIEL DONIZET PL
DAYSE AMARILIO PSB
HERMETO MDB
IOLANDO MDB
JAQUELINE SILVA MDB
JOÃO CARDOSO AVANTE
PASTOR DANIEL DE CASTRO PP
ROGERIO MORRO DA CRUZ
ROOSEVELT PL
THIAGO MANZONI PL
WELLINGTON LUIZ MDB
Justificados:
Nome Parlamentar Partido Texto
EDUARDO PEDROSA UNIÃO Licenciado conforme AMD n° 25, de 2024.
Totalização
Presentes: 12 Ausentes: 11 Justificativas: 1
Presidente
;0
/J
r;;1
3 Y
21/031202415:33
Administrador
DCL n° 068, de 04 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 19b/2024
Relatório de Presença por Recomposição : 19" SessãoO rdinária, da 2" Sessão Legis
Data 20/03/2024
Termi.no da Feuniåc às 16: 53:59
Estavam Presentes
1 WELLI NGTON LUI Z MDB
2 FASTOR DANIEL DE CASTRO PP
3 CHI CO VIGILANTE PT
4 HERMETO MDB
5 VARTINS MACHADO REPUBLICAN
6 FICARDO VALE PT
7 DOUTORA JANE MDB
8 IOLANDO MDB
C PEPA PP
10 THIAGO MANZ ON I PL
11 GABRIEL MAGNO PI
12 JOAQUIM RORIZ NETO PL
13 FÁBIO FELIX PSOL
14 MAX MACIEL PSOL
15 ROOSEVELT PL
16 ROBÉRIO NEGREI ROs PSD
17 JOÃO CARDOSO AVANTE
18 ROGERIO MORRO DA CRUZ
19 JORGE VIANNA PSD
20 DAYSE AMARILIO PSB
Estavam Ausentes
1 DANIEL DONI Z ET MDB
2 EDUARDO PEDROSA UNIÃO
3 JAQUELINE SILVA MDB
4 PAULA BELMONTE CIDADANIA
Prasidete
1
DCL n° 068, de 04 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 19c/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA 19ª (DÉCIMA NONA) SESSÃO ORDINÁRIA
Ata considerada lida e aprovada na 21ª (VIGÉSIMA PRIMEIRA) Sessão Ordinária, em 26 de MARÇO de
2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 26/03/2024, às 15:12, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
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DCL n° 068, de 04 de abril de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 20b/2024
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DCL n° 122, de 07 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Extraordinária 20/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 20ª
(VIGÉSIMA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
DE 4 DE JUNHO DE 2024.
INÍCIO ÀS 17H36MIN TÉRMINO ÀS 17H59MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Está aberta a sessão extraordinária de 4 de
junho de 2024, às 17 horas e 36 minutos, nos termos do art. 120 do Regimento Interno da Câmara
Legislativa do Distrito Federal.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Robério Negreiros a secretariar os trabalhos da mesa.
Solicito que as senhoras e os senhores deputados registrem a presença nos terminais para
verificação do quórum.
(Procede-se à verificação do quórum por meio do painel eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Item nº 1:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.126/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “Altera a Lei nº 6.164, de 29 de junho de 2018, que ‘institui a gratificação de
fiscalização de trânsito em período de descanso no âmbito do Departamento de Estradas de Rodagem
do Distrito Federal – DER-DF e do Departamento de Trânsito do Distrito Federal – Detran-DF’, e dá
outras providências”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado, em segundo turno, com a presença de 18 deputados.
(Manifestação na galeria.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nos termos do art. 202 do Regimento Interno,
declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Parabéns a todos os servidores do Detran e do DER. (Palmas.)
Parabéns ao trabalho do sindicato.
DEPUTADA JAQUELINE SILVA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADA JAQUELINE SILVA (MDB. Sem revisão da oradora.) – Senhor presidente, serei
rápida. Quero parabenizar todos os amigos do Detran, nas pessoas do Melo e do meu amigo João
Paulo. (Palmas.)
Eles são companheiros com quem tivemos a oportunidade de estar em diversas reuniões e hoje
avançamos um pouco mais.
Parabéns a todos vocês pelo trabalho realizado todos os dias aqui no nosso Distrito Federal.
(Palmas.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Item nº 2:
“Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.127/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “Altera a Lei nº 7.313, de 27 de julho de 2023, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para o exercício financeiro de 2024, e dá outras providências”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado, em segundo turno, com a presença de 18 deputados.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Há expediente sobre a mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido pelo senhor secretário.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O expediente lido vai a publicação.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO – Senhor presidente, solicito a palavra para declaração de voto.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra à deputada Dayse Amarilio
para declaração de voto.
DEPUTADA DAYSE AMARILIO (PSB. Para declaração de voto. Sem revisão da oradora.) –
Senhor presidente, pedi a palavra para falar sobre essa alteração na LDO e fazer um pedido. Eu sei que
já houve a sinalização de mais nomeações, mas essa é uma luta nossa. Fizemos uma emenda, no ano
passado, já vislumbrando a situação do déficit, que ainda é muito grande, de 6 mil técnicos de
enfermagem e de 1 mil enfermeiros. Nós lutamos o ano passado inteiro para derrubar esse veto.
Peço a antecipação das nomeações, como temos pedido, inclusive, deputado Gabriel Magno, na
Comissão de Educação, Saúde e Cultura, que estão previstas para o ano que vem.
Fizemos uma emenda de 1.500 enfermeiros e 5.418 técnicos no ano passado.
Pedimos também que haja sinalização para o concurso de motorista da carreira GAPS, para o
qual não há previsão nenhuma. Ele foi suspenso por falta de orçamento e não há previsão de quando
ele vai acontecer. Há, também, a questão dos ACS, Avas, odontólogos e especialistas.
Obrigada, presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Discussão e votação, em bloco, em turno
único, das seguintes moções:
– Moção nº 830/2024, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito
Federal, em ocasião da 5ª Semana Legislativa pela Mulher”;
– Moção nº 831/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “manifesta votos de louvor
e aplausos às pessoas que especifica, por ocasião do Dia do Químico”;
– Moção nº 832/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “manifesta Votos de Louvor
e Aplausos aos Profissionais da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal, por ocasião do Aniversário
dos Centros de Vivências Lúdicas – Oficinas Pedagógicas”;
– Moção nº 833/2024, de autoria do deputado Gabriel Magno, que “manifesta Votos de Louvor
e Aplausos às pessoas e instituições que especifica, por ocasião do Dia da Nakba”;
– Moção nº 834/2024, de autoria do deputado Iolando, que “parabeniza e manifesta votos de
louvor e aplausos às personalidades que especifica pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal”;
– Moção nº 835/2024, de autoria da deputada Dayse Amarilio, que “parabeniza e manifesta
votos de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito
Federal, por ocasião da Sessão Solene em homenagem aos sanitaristas”;
– Moção nº 836/2024, de autoria do deputado Fábio Félix, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor aos ativistas e servidores públicos que especifica pelos importantes trabalhos prestados à
comunidade LGBTQIA+ do Distrito Federal”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam as moções permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
As moções estão aprovadas com a presença de 19 deputados.
DEPUTADO JORGE VIANNA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, acabei de
receber um comunicado do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem no Distrito Federal –
Sindate-DF, do qual eu faço parte, o sindicato da minha categoria. O sindicato convocou uma
assembleia para o dia 11, às 9 horas da manhã, nesta casa.
Será uma assembleia com indicativo de greve. O que quer dizer isso? Quer dizer que o governo
não recebeu o sindicato para negociar a reestruturação de carreira. Inclusive, foi suspensa uma
assembleia para poder haver essa reunião. E não houve a reunião.
Então, o sindicato está comunicando – e eu acredito que esta casa também deva fazer esse
comunicado para a população – que, no dia 11, haverá uma assembleia dos técnicos em enfermagem,
e pode ser que deflagrem greve, senhor presidente, que é o que nós não queremos.
Por isso, eu peço que o governo receba a categoria, juntamente comigo, que sou da categoria,
para que possamos negociar e não termos ainda mais problemas para a saúde pública.
Obrigado, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Jorge Vianna, com relação à sua
fala iremos fazer o devido encaminhamento, pedindo ao nosso secretário Maurício e ao líder do
governo que seja feito o devido encaminhamento.
Houve um pedido do deputado Jorge Vianna com relação ao projeto de lei.
Deputado Jorge Vianna, o deputado Gabriel Magno veio a esta presidência pedir que o projeto
que foi solicitado por vossa excelência, que inclusive é da minha autoria, seja discutido no Colégio de
Líderes na segunda-feira.
Então, mais uma vez, eu consulto os líderes e o deputado Gabriel Magno se há acordo para
votarmos o projeto. (Pausa.)
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, eu queria solicitar ao nobre deputado Jorge
Vianna que discutíssemos o projeto no Colégio de Líderes, até porque é uma matéria que também está
no escopo do debate do PPCUB. Inclusive, ontem nós determinamos e definimos um calendário para a
sua votação.
Então, eu o parabenizo pela iniciativa, no sentido de tentar regulamentar os outdoors na área
tombada da cidade, mas esse também é um debate que nós vamos fazer no PPCUB, com um
calendário. Eu gostaria que nós pudéssemos discutir o projeto no Colégio de Líderes, já que esta casa
irá debater o PPCUB, e não fiquemos só misturando as coisas. Eu acho que temos tempo. Não há essa
urgência para votarmos o projeto hoje. Eu gostaria de solicitar que o projeto fosse discutido na
segunda-feira da próxima semana, no Colégio de Líderes.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Gabriel Magno.
Concedo a palavra ao deputado Jorge Vianna.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, na verdade, a
demora na votação desse projeto – e o senhor sabe muito bem disso – está prejudicando inclusive o
Iphan, porque essas placas se tornaram uma coisa bagunçada e perigosa, principalmente nas avenidas
principais de Brasília.
É óbvio que há o receio de votarmos o projeto, ainda mais quando há esse tipo de pedido no
plenário, mas eu acho extremamente importante votarmos o projeto agora, independentemente do
PPCUB. E, caso o PPCUB já esteja também versando sobre a matéria, que possamos fazer uma nova
redação e, assim, o alterarmos. Não há problema nenhum.
Agora, não dá para esperar mais, senhor presidente. Esse projeto de vossa excelência, que
também contou com a minha contribuição, já tem muito tempo que está protocolado nesta casa.
Então, eu acho que seria interessante fazermos uma consulta, não desmerecendo e não
contrariando a oposição, mas eu gostaria que esse projeto fosse votado hoje, senhor presidente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Jorge Vianna.
Como se manifestam os demais líderes?
Concedo a palavra ao deputado Fábio Félix.
DEPUTADO FÁBIO FÉLIX – Senhor presidente, meu líder é o deputado Max Maciel. Eu só pedi
para falar porque, às vezes, o deputado Jorge Vianna pede aqui para votarmos uma matéria e nós
votamos. São matérias de menor complexidade, mas essa é realmente de uma complexidade maior. Eu
sei da sua urgência. Inclusive, defendo que o deputado faça a discussão no Colégio de Líderes. Mas eu
acho que nós não temos condição de votarmos uma matéria como essa. É uma discussão atravessada
com o PPCUB, tem a ver com uma série de questões estruturais da cidade. Eu acho melhor fazermos
um debate com um pouco mais de fôlego, com a devida tramitação.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O ideal é que haja acordo para a votação.
Estou à vontade, até porque o projeto é de minha autoria.
DEPUTADO JORGE VIANNA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO JORGE VIANNA (PSD. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, eu não fui
claro. É lógico que todo mundo fica na expectativa sobre todo projeto que é colocado em cima da hora:
“Será que há alguma coisa?” O projeto é do deputado Wellington Luiz. Eu só estou alterando-o em
relação ao espaçamento da via e ao tamanho das placas, que já é padronizado.
Deputado Fábio Félix, nós já votamos projetos que também foram colocados em cima da hora.
Eu não entendo, mas eu posso colocar minha assessoria para esclarecê-lo.
Se houver quórum, tudo bem.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O importante é que haja consenso nesse
acordo. Fico muito à vontade.
DEPUTADO JORGE VIANNA – Presidente, o projeto é de sua autoria. Podemos esperar para
votarmos na semana que vem. Vamos discuti-lo no Colégio de Líderes.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Agradeço a vossa excelência. O projeto é de
nossa autoria. Vossa excelência apresentou uma emenda, que o aprimora. Vossa excelência foi muito
feliz no destaque que fez. Nós lhe agradecemos por isso. Mas nós temos como um rito aqui somente
colocar para votação os projetos que ainda não foram concluídos, que não foram discutidos nas
comissões, se houver consenso. Como não há consenso, entendo que é melhor discutirmos sobre ele
na segunda-feira.
Peço ao Manoel que o inclua na pauta para a discussão de líderes na segunda-feira. Se ele
estiver em condições, votaremos na terça-feira, sem nenhum problema.
DEPUTADO JORGE VIANNA – Senhor presidente, eu só pedi para apreciarmos esse projeto
porque o meu escore está baixo. Eu passei um tempo afastado e quase não estou aprovando projetos
de minha autoria. Para mim, isso é muito ruim, porque nós também temos a responsabilidade de
produzir. A minha produção sempre foi baseada no que realmente é importante para a população.
Como esse seu projeto tem a ver com tudo que eu falei... Na legislatura passada, nós falamos de
placas. Fui um defensor de termos placas. Inclusive, quem vai a Nova Iorque acha fantásticas aquelas
placas luminosas.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – É verdade.
DEPUTADO JORGE VIANNA – Além de elas mostrarem entretenimentos, mostram notícias.
Naquele momento, eu fui a favor, assim como sou até hoje. No entanto, não podemos deixar a coisa
ficar bagunçada do jeito que está. Brasília está se tornando um canteiro de placas.
Se fosse nos prédios, tudo bem. O problema é que elas estão nas margens das BRs, nas
margens das rodovias. Nós que trabalhamos na emergência sabemos o problema e o perigo que é
haver placas de qualquer tamanho, de qualquer distância do meio-fio. A minha proposta é justamente
melhorar o seu projeto nesse sentido. Só isso. Mas podemos aguardar.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Mais uma vez, parabenizo vossa excelência.
Acho que vossa excelência foi extremamente feliz com essa emenda, que aprimora o projeto. Não
temos qualquer questionamento em relação a isso.
Lembro, deputado, que a qualidade de um deputado não pode ser medida por meio da
quantidade de projetos e, sim, pela forma. Vossa excelência tem conduzido bem as discussões na área
da saúde. Então, isso já o coloca em condição de destaque.
Obrigado, deputado.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em primeiro turno, do Projeto de Lei Complementar nº 48/2024, de
autoria do Poder Executivo, que “altera o Decreto-Lei nº 82, de 26 de dezembro de 1966, que regula o
Sistema Tributário do Distrito Federal”.
A proposição não recebeu parecer das comissões.
A CEOF e a CCJ deverão se manifestar sobre o projeto.
Solicito ao presidente da CEOF, deputado Eduardo Pedrosa, que designe relator para a matéria
ou avoque a relatoria.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, primeiro,
solicito verificação de quórum para votação.
Segundo, na sessão passada, eu havia questionado o governo sobre o estudo do impacto
financeiro. Parece-me que nós não discutimos no Colégio de Líderes na semana passada por se tratar
de diminuição do ISS. O governo justificou, na apresentação do processo, que só quem faz uso dessa
diminuição hoje é o setor de hospedagem; mas isso não é verdade, porque, quando abrimos o sistema,
há outras empresas que também farão. No projeto, não consta o impacto. Pedi esclarecimentos, que
não foram dados ainda.
Peço ao governo que dê esclarecimentos antes de votarmos, até porque o Ibaneis inclusive
vetou a redução do ISS para os catadores e agora apresenta uma nova redução, dizendo que não há
impacto, mas, quando nós acessamos o sistema do Simples, há CNPJs que vão ser beneficiados com a
redução do ISS. Então, solicito a retirada desse projeto de pauta.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Mais uma vez, atendendo ao pedido do
deputado Gabriel Magno, já que as informações não foram devidamente prestadas, solicitamos,
encarecidamente, à Secretaria de Economia que preste as informações. É um projeto importante. Eu
tenho acompanhado, tenho pedido... Mas não me sinto confortável em pautar o projeto enquanto
houver dúvidas, principalmente no que diz respeito à arrecadação. Então, mais uma vez, eu peço que a
informação seja prestada.
Peço que a matéria seja incluída novamente na reunião de líderes de segunda-feira, para que,
enfim, possamos votá-la e aprová-la na terça-feira, se essa for a vontade dos deputados e se todas as
informações forem devidamente prestadas. Muito obrigado.
O projeto não será retirado de pauta, apenas não será votado hoje. Na segunda-feira, faremos
a discussão desse projeto.
Peço ao nosso líder de governo, ao secretário Maurício e a toda a sua equipe que prestem as
devidas informações.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em primeiro turno, do Projeto de Resolução nº 17/2023, de autoria da
deputada Doutora Jane, que “altera a Resolução nº 305/2019, que ‘dispõe sobre a adesão institucional
da Câmara Legislativa ao movimento ElesporElas, da Organização das Nações Unidas – ONU’”.
Aprovado o parecer favorável da Mesa Diretora. A CCJ deverá se manifestar sobre o projeto. A
Mesa Diretora deverá se manifestar sobre o substitutivo.
Solicito ao relator, deputado Martins Machado, representando a Mesa Diretora, que emita o
parecer ao substitutivo ao projeto.
DEPUTADO MARTINS MACHADO (REPUBLICANOS. Para emitir parecer. Sem revisão do
orador.) – Senhor presidente, senhores deputados, parecer da Mesa Diretora ao Projeto de Resolução
nº 17/2023, que “altera a Resolução nº 305, de 2019, que ‘dispõe sobre a adesão institucional da
Câmara Legislativa ao movimento ElesporElas, da Organização das Nações Unidas – ONU’”.
Senhor presidente, por se tratar de matéria que nitidamente respeita os quesitos de mérito, o
voto é pela aprovação do Projeto de Resolução nº 17/2023, nos termos do substitutivo.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Martins Machado. É
sempre um prazer ouvir a sua voz, muito rara de se ouvir.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 16 deputados.
A presidência designa o deputado Iolando para emitir parecer sobre a matéria.
Solicito ao relator, deputado Iolando, que emita parecer da Comissão de Constituição e Justiça
sobre o projeto e a emenda.
DEPUTADO IOLANDO (MDB. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhores deputados, parecer da Comissão de Constituição e Justiça ao Projeto de Resolução nº
17/2023, que “altera a Resolução nº 305, de 2019, que ‘dispõe sobre a adesão institucional da Câmara
Legislativa ao movimento ElesporElas, da Organização das Nações Unidas – ONU’”.
Presidente, esta comissão vota pela admissibilidade do Projeto de Resolução nº 17/2023, com
o substitutivo em anexo.
É o parecer.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Obrigado, deputado Iolando.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 14 deputados.
Em discussão o projeto, em primeiro turno. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado, em primeiro turno, com a presença de 14 deputados.
A matéria segue a tramitação regimental.
Nos termos do art. 120 do Regimento Interno e em atendimento ao Requerimento nº
1.099/2024, convoco as senhoras e os senhores deputados para a sessão extraordinária de hoje, com
início imediato após esta, para discussão e votação, em segundo turno, do seguinte projeto:
– Projeto de Resolução nº 17/2023.
Não havendo mais nada a tratar, declaro encerrada a presente sessão extraordinária.
(Levanta-se a sessão às 17h59min.)
Observação: nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo
com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de
cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.
Siglas com ocorrência neste evento:
ACS – Agente Comunitário de Saúde
Avas – Agente de Vigilância Ambiental em Saúde
CCJ – Comissão de Constituição e Justiça
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
DER-DF – Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal
Detran-DF – Departamento de Trânsito do Distrito Federal
GAPS – Gestão e Assistência Pública à Saúde
Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
PPCUB – Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 05/06/2024, às 13:30, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1695951 Código CRC: 3924FF6D.
DCL n° 122, de 07 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 48/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 48ª (QUADRAGÉSIMA OITAVA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
EM 4 DE JUNHO DE 2024
SÚMULA
PRESIDÊNCIA: Deputados João Cardoso, Wellington Luiz, Ricardo Vale e Eduardo Pedrosa
SECRETARIA: Deputados Pastor Daniel de Castro e Robério Negreiros
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 15 horas e 24 minutos
TÉRMINO: 17 horas e 36 minutos
Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.
1 ABERTURA
Presidente (Deputado João Cardoso)
– Declara aberta a sessão.
1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE
– Os Deputados João Cardoso e Pastor Daniel de Castro procedem à leitura do expediente sobre a
mesa.
1.2 LEITURA DE ATA
– Dispensada a leitura, o presidente da sessão considera aprovada, sem observações, a Ata da 47ª
Sessão Ordinária.
2 PEQUENO EXPEDIENTE
2.1 COMUNICADOS DE LÍDERES
Deputado Jorge Vianna
– Informa sua participação, no dia de ontem, na II Jornada de Triagem Neonatal do Distrito Federal, e
parabeniza os profissionais que realizam um trabalho de excelência na rede pública de saúde na área
neonatal.
– Manifesta-se contrário à terceirização da gestão da saúde e à expansão do Instituto de Gestão
Estratégica de Saúde do DF – IGESDF, e destaca que os servidores públicos não envidam esforços para
atender a população, apreço dificilmente visto na iniciativa privada.
Deputado Chico Vigilante
– Reitera compromisso contra a retirada do posto do Departamento de Trânsito – Detran-DF do
Shopping Popular de Brasília, e advoga implantação de unidade do Na Hora, como forma de ajudar a
movimentação do comércio naquele espaço.
– Solidariza-se com o vigilante agredido por paciente em Unidade de Pronto Atendimento – UPA em
Sobradinho.
Deputado Thiago Manzoni
– Critica a fala de um colega parlamentar que teria dito, durante a Marcha da Maconha, que esta
Câmara Legislativa tem uma “bancada da maconha”, e faz, na qualidade de presidente da Comissão de
Constituição e Justiça, um desagravo contra essa declaração.
Deputado Robério Negreiros
– Enfatiza que todo o contexto da agressão ao vigilante na UPA de Sobradinho deve ser considerado, e
afirma que não se pode culpar somente o funcionário.
– Reforça críticas à fala de parlamentar de que há a bancada da maconha nesta Casa.
Deputado Max Maciel
– Expressa profunda tristeza com o depoimento das famílias que perderam seus filhos nas unidades da
rede pública de saúde, e pede um minuto de silêncio em homenagem às vitimas.
– Corrobora a necessidade de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI para que se
investigue a situação calamitosa da saúde pública, e afirma que os blocos de esquerda lutarão até o fim
da legislatura para que a CPI seja instalada.
– Declara ser inútil a construção de mais UPAs a serem geridas pelo IGESDF, diante da escassez de
profissionais nas diversas unidades, o que sinaliza a falta de planejamento e presença do Estado.
Deputado Gabriel Magno
– Condena o GDF por não acolher as famílias que perderam entes queridos nos atendimentos
hospitalares nas últimas semanas.
– Repudia fala pública da Vice-Governadora ao negar a crise da saúde, e frisa que a prioridade do Poder
Executivo para a pasta tem sido enviar projetos para aumentar o orçamento do IGESDF.
– Lamenta a decisão da CLDF de não rever a ordem das CPIs a serem instauradas.
– Promete, como Presidente da Comissão de Educação e Saúde, continuar na luta para mostrar os
malfeitos do IGESDF.
2.2 COMUNICADOS DE PARLAMENTARES
Deputado Hermeto
– Defende a Vice-Governadora Celina Leão das críticas que tem recebido devido à declaração de que
não existe crise na saúde pública do Distrito Federal.
– Argumenta que a área de saúde passa por problemas há anos, em todo o País, e menciona, para
ilustrar, casos ocorridos nos governos de Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg e em outros estados
brasileiros.
– Cita os investimentos e as ações positivas do Governo Ibaneis Rocha nesse setor, e apela aos colegas
que não politizem o tema mas, sim, busquem meios de resolver o problema.
Deputado Eduardo Pedrosa
– Valoriza o trabalho dos servidores e agentes do Detran-DF e dos policiais penais, e compromete-se a
trabalhar para o alcance dos pleitos das categorias.
– Anuncia que amanhã haverá audiência pública nesta Casa, para discutir a Lei de Diretrizes
Orçamentárias – LDO.
– Conclama os pares a se mobilizarem, juntamente com o Congresso Nacional e a Presidência da
República, para a revisão da metodologia do Benefício de Prestação Continuada – BPC, que se mostra
insuficiente para as famílias beneficiárias.
Deputado Chico Vigilante
– Explica que uma CPI não tem papel de condenar, mas de apurar os fatos e encaminhar relatório ao
Ministério Público.
– Aponta que bronquiolite foi a causa de morte de grande parte das crianças na rede pública de saúde,
e propõe a compra de vacinas para as grávidas, a fim de proteger seus fetos do desenvolvimento da
doença.
– Realça a necessidade de um trabalho de prevenção, nos meses que antecedem o início das chuvas,
para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue.
– Relembra que votou contra a criação do IGESDF, e pondera que a base do Governo deve ter
responsabilidade social e não pode se omitir aos pleitos da população.
Deputada Dayse Amarilio
– Refere-se à reunião, realizada nesta Casa, com famílias que perderam parentes nas últimas semanas
por mau atendimento na rede pública de saúde do DF, e reclama da falta de apoio do Estado.
– Clama por justiça para as pessoas que perderam familiares e manifesta seu apoio como membro da
Comissão de Assuntos Sociais.
Deputado Fábio Félix
– Assevera que nenhum tipo de intimidação política vai conseguir calar a sua voz nesta Câmara
Legislativa.
– Relata que membros da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania e Legislação
Participativa da CLDF têm visitado as UPAs da Capital e constatado a situação lamentável das unidades.
– Avalia que a negação do GDF sobre a crise na saúde pública demonstra a arrogância e o
desconhecimento de seus gestores sobre o caos na área.
– Defende a instalação da CPI da Saúde, por considerá-la o instrumento de investigação mais
contundente do Parlamento, e sugere a paralisação da Casa até que o Governo apresente um plano
emergencial para resolver os problemas do setor.
– Rebate a declaração da Vice-Governadora Celina Leão de que a oposição estaria antecipando a disputa
eleitoral.
Deputado Rogério Morro da Cruz
– Participa que hoje se reuniu com o Governador para tratar da construção do Hospital de São Sebastião
e solicitar mais médicos para a UPA da região administrativa.
– Acrescenta que conseguiu, por intermédio da Senadora Damares Alves, recursos para a construção da
UBS do bairro São Francisco, e enumera as verbas que ele destinou para melhorias na saúde do DF.
Deputado Jorge Vianna
– Elenca os motivos pelos quais a saúde pública é ineficiente, e avalia que o sucateamento do sistema é
intencional e politizado.
– Discorre sobre os problemas complexos que envolvem a saúde pública.
– Esclarece que seu papel como parlamentar é de tentar melhorar a saúde com o envio de verbas.
Deputada Paula Belmonte
– Externa apoio às famílias que perderam seus filhos por atendimento precário na rede pública do DF, e
alerta que é dever constitucional do Estado oferecer saúde de qualidade à população.
– Manifesta seu compromisso, como Presidente da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência
e Controle – CFGTC, de trabalhar em prol da saúde.
– Menciona a entrega de 20 leitos de UTI para crianças no Hospital Universitário de Brasília – HUB como
fruto de emenda de sua autoria.
3 ORDEM DO DIA
Observação: As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia
disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.
(1º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em turno único, Projeto de Decreto Legislativo nº
97, de 2024, de autoria do Deputado Chico Vigilante, que “concede o título de Cidadã Honorária de
Brasília, post mortem, à senhora Regina Santos”.
Observação: O presidente, Deputado Wellington Luiz, informa que a proposição foi aprovada em turno
único sem apreciação da CAS, e solicita à relatora da comissão que emita seu parecer sobre a matéria.
– Parecer da relatora da CAS, Deputada Dayse Amarilio, favorável à proposição. APROVADO por
votação em processo simbólico (22 deputados presentes).
Observação: O presidente, Deputado Wellington Luiz, ratifica o resultado da votação do Projeto de
Decreto Legislativo em turno único, com 15 votos favoráveis, bem como a aprovação de sua redação
final.
(2º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 1.126, de
2024, de autoria do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 6.164, de 29 de junho de 2018, que ‘institui a
gratificação de fiscalização de trânsito em período de descanso no âmbito do Departamento de Estradas
de Rodagem do Distrito Federal – DER-DF e do Departamento de Trânsito do Distrito Federal – Detran-
DF’, e dá outras providências”.
– Parecer do relator da CTMU, Deputado Max Maciel, favorável à proposição, acatando a emenda
apresentada. APROVADO por votação em processo simbólico (22 deputados presentes).
– Parecer do relator da CAS, Deputado Martins Machado, favorável à proposição, acatando a Emenda nº
1. APROVADO por votação em processo simbólico (15 deputados presentes).
– Parecer do relator da CEOF, Deputado Eduardo Pedrosa, favorável à proposição, acatando a Emenda
nº 1. APROVADO por votação em processo simbólico (15 deputados presentes).
– Parecer do relator da CCJ, Deputado Thiago Manzoni, favorável à proposição, acatando a Emenda nº
1. APROVADO por votação em processo simbólico (15 deputados presentes).
– Votação da proposição em 1º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (17 deputados
presentes).
(3º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei nº 1.127, de
2024, de autoria do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 7.313, de 27 de julho de 2023, que dispõe
sobre as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2024, e dá outras providências”.
– Parecer do relator da CEOF, Deputado Eduardo Pedrosa, favorável à proposição. APROVADO por
votação em processo simbólico (17 deputados presentes).
– Votação da proposição em 1º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (17 deputados
presentes).
(4º) ITEM 100: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 967, de 2024, de autoria do
Deputado João Cardoso que “altera a denominação da rua que especifica, na Região Administrativa do
Paranoá — RA VII”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (17 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
3 COMUNICADOS DA PRESIDÊNCIA
Presidente (Deputados João Cardoso e Wellington Luiz)
– Registram as presenças das ex-Deputadas distritais Lúcia Carvalho e Arlete Sampaio.
Presidente (Ricardo Vale)
– Concede um minuto de silêncio em homenagem às vítimas que morreram pela falta de atendimento
adequado na rede pública de saúde.
4 ENCERRAMENTO
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Convoca os deputados para sessão extraordinária a realizar-se em seguida.
– Declara encerrada a sessão.
Observação: O relatório de presença e o relatório de presença por recomposição de quórum,
encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão anexos a esta ata.
Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Primeiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 05/06/2024, às 14:00, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1693936 Código CRC: A73521EF.
DCL n° 122, de 07 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 20/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 20ª (VIGÉSIMA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
EM 4 DE JUNHO DE 2024
SÚMULA
PRESIDÊNCIA: Deputado Wellington Luiz
SECRETARIA: Deputados Robério Negreiros e Pastor Daniel de Castro
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 17 horas e 36 minutos
TÉRMINO: 17 horas e 59 minutos
Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.
1 ABERTURA
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara aberta a sessão.
1.1 LEITURA DE EXPEDIENTE
– O Deputado Robério Negreiros procede à leitura do expediente sobre a mesa.
2 ORDEM DO DIA
Observação: As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia
disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.
(1º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.126, de
2024, de autoria do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 6.164, de 29 de junho de 2018, que ‘institui a
gratificação de fiscalização de trânsito em período de descanso no âmbito do Departamento de Estradas
de Rodagem do Distrito Federal – DER-DF e do Departamento de Trânsito do Distrito Federal – Detran-
DF’, e dá outras providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (20 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(2º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.127, de 2024,
de autoria do Poder Executivo, que “altera a Lei nº 7.313, de 27 de julho de 2023, que dispõe sobre as
diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro de 2024, e dá outras providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (18 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(3º) ITEM EXTRAPAUTA: Apreciação, em bloco, em turno único, das seguintes moções:
Moção nº 830, de 2024, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal,
em ocasião da 5ª Semana Legislativa pela Mulher”.
Moção nº 831, de 2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “manifesta votos de louvor e
aplausos às pessoas que especifica, por ocasião do Dia do Químico”.
Moção nº 832, de 2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “manifesta votos de louvor e
aplausos aos profissionais da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal, por ocasião do aniversário dos
Centros de Vivências Lúdicas – Oficinas Pedagógicas”.
Moção nº 833, de 2024, de autoria do Deputado Gabriel Magno, que “manifesta votos de louvor e
aplausos às pessoas e instituições que especifica, por ocasião do Dia da Nakba”.
Moção nº 834, de 2024, de autoria do Deputado Iolando, que “parabeniza e manifesta votos de
louvor e aplausos às personalidades que especifica pelos relevantes serviços prestados à população do
Distrito Federal”.
Moção nº 835, de 2024, de autoria da Deputada Dayse Amarilio, que “parabeniza e manifesta votos
de louvor às pessoas que especifica, pelos relevantes serviços prestados à população do Distrito Federal,
por ocasião da Sessão Solene em homenagem aos sanitaristas”.
Moção nº 836, de 2024, de autoria do Deputado Fábio Félix, que “parabeniza e manifesta votos de
louvor aos ativistas e servidores públicos que especifica pelos importantes trabalhos prestados à
comunidade LGBTQIA+ do Distrito Federal”.
– Votação das proposições, em turno único. APROVADAS por votação em processo simbólico (19
deputados presentes).
(4º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Lei Complementar nº
48, de 2024, de autoria do Poder Executivo, que “altera o Decreto-Lei nº 82, de 26 de dezembro de
1966, que regula o Sistema Tributário do Distrito Federal”.
– LIDO.
(5º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 1º turno, do Projeto de Resolução nº 17, de
2023, de autoria da Deputada Doutora Jane, que “altera a Resolução nº 305, de 2019, que ‘dispõe
sobre a adesão institucional da Câmara Legislativa ao movimento Eles por Elas, da Organização das
Nações Unidas – ONU’”.
– Parecer do relator da Mesa Diretora, Deputado Martins Machado, sobre o substitutivo:
favorável. APROVADO por votação em processo simbólico (16 deputados presentes).
– Parecer do relator da CCJ, Deputado Iolando, favorável à proposição, acatando o
substitutivo. APROVADO por votação em processo simbólico (14 deputados presentes
– Votação da proposição em 1º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (14 deputados
presentes).
3 ENCERRAMENTO
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Convoca os deputados para sessão extraordinária a realizar-se em seguida.
– Declara encerrada a sessão.
Observação: O relatório de presença por recomposição de quórum, encaminhado pela Secretaria
Legislativa, está anexo a esta ata.
Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Primeiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 05/06/2024, às 14:00, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
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DCL n° 121, de 06 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Ordinária 47/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 47ª
(QUADRAGÉSIMA SÉTIMA)
SESSÃO ORDINÁRIA,
DE 29 DE MAIO DE 2024.
INÍCIO ÀS 15H06MIN TÉRMINO ÀS 15H38MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – Declaro aberta a sessão ordinária de quarta-
feira, 29 de maio, às 15 horas e 6 minutos.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Dá-se início aos
Comunicados da Mesa.
Sobre a mesa, expediente que será lido por esta presidência.
(Leitura do expediente.)
PRESIDENTE (DEPUTADO GABRIEL MAGNO) – O expediente lido vai a publicação.
A deputada Jaqueline Silva encontra-se presente neste plenário.
A presidência vai suspender os trabalhos durante 30 minutos até que haja quórum.
Está suspensa a sessão.
(Suspensa às 15h09min, a sessão é reaberta às 15h36min.)
(Assume a presidência o deputado Ricardo Vale.)
PRESIDENTE (DEPUTADO RICARDO VALE) – Declaro reaberta a presente sessão.
Sobre a mesa, as seguintes atas de sessões anteriores:
– Ata Sucinta da 46ª Sessão Ordinária;
– Ata Sucinta da 19ª Sessão Extraordinária, de 28 de maio de 2024.
Esta presidência dispensa a leitura das atas.
Indago se algum deputado deseja retificar as referidas atas. (Pausa.)
Não havendo pedido de retificação, como as atas já são de conhecimento de todos os
deputados, dou por aprovadas sem observações as atas mencionadas.
Não havendo quórum para dar continuidade à sessão, declaro encerrada a presente sessão.
Desejo um bom feriado a todos vocês! Que as bancadas – nem todas, evidentemente, mas
algumas – possam se divertir nesse feriado.
(Levanta-se a sessão às 15h38min.)
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 03/06/2024, às 14:34, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1691346 Código CRC: 1832B907.
DCL n° 122, de 07 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 48a/2024
Relatorio de Presen~as por ReunHio
r
Reuniao :483 Sessao Ordinaria, da Sessao Legislativa Ordinaria da 93 Legislatura Dia: 04/06/2024
N° Nome ParI amen tar Partido Hora Modo
01 CHICO VIGILANTE PT 15:34:42 Biometria
02 DANIEL DONIZET PL 15:25:36 Biometria
03 DAYSE AMARILlO PSB 15:36:53 Biometria
04 DOUTORA JANE MDB 15:42:57 Biometria
05 EDUARDO PEDROSA UNIAo 15:40:13 Biometria
06 FABIO FELIX PSOL 15:40:18 Biometria
07 GABRIEL MAGNO PT 15:35:09 Biometria
08 HERMETO MDB 16:04:27 Biometria
09 IOLANDO MDB 16:26:48 Biometria
10 JAQUELINE SILVA MDB 15:32:55 Biometria
11 JOAO CARDOSO AVANTE 15:24:13 Biometria
12 JORGE VIANNA PSD 15:34:15 Biometria
13 MARTINS MACHADO REPUBLI 16:30:30 Biometria
14 MAX MACIEL PSOL 15:34:58 Biometria
15 PASTOR DANIEL DE CASTRO PP 15:34:56 Biometria
16 PAULA BELMONTE CIDADAN 16:18:34 Biometria
17 PEPA PP 15:31:46 Biometria
18 RICARDO VALE PT 15:34:56 Biometria
19 ROBERIO NEGREIROS PSD 15:39:04 Biometria
20 ROGERIO MORRO DA CRUZ PRD 15:34:40 Biometria
21 THIAGO MANZONI PL 15:31:43 Biometria
22 WELLINGTON LUIZ MDB 16:16:45 Biometria
Ausencias :
Nome ParI amen tar Partido
Justificados :
Nome ParI amen tar Partido Texto
JOAQUIM RORIZ NETO PL Licenciado por motive de saude, de ordem do P
ente.
ROOSEVELT PL Licenciado conforme AMD nO 67, de 2024.
Totaliza~ao
Presentes: Justificativas :2
4106/2024 17:44 Administr.
DCL n° 122, de 07 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 20b/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA 20ª (VIGÉSIMA) SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
Ata considerada lida e aprovada na 49ª (QUADRAGÉSIMA NONA) Sessão Ordinária, em 05 de JUNHO
de 2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 05/06/2024, às 15:30, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1697059 Código CRC: B1C8FFCD.
DCL n° 121, de 06 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Ordinária 47c/2024
LIDO
ATA SUCINTA DA 47ª (QUADRAGÉSIMA SÉTIMA) SESSÃO ORDINÁRIA
Ata considerada lida e aprovada na 48ª (QUADRAGÉSIMA OITAVA) Sessão Ordinária, em 04 de JUNHO
de 2024.
Documento assinado eletronicamente por LUCAS DEMETRIUS KONTOYANIS - Matr. 22405, Assessor(a)
Especial, em 04/06/2024, às 17:21, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019, publicado no
Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1695617 Código CRC: 4E98868F.
DCL n° 122, de 07 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 20a/2024
DCL n° 122, de 07 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 21a/2024
DCL n° 129, de 17 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Circunstanciada Sessão Extraordinária 22/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA CIRCUNSTANCIADA DA 22ª
(VIGÉSIMA SEGUNDA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
DE 11 DE JUNHO DE 2024.
INÍCIO ÀS 18H56MIN TÉRMINO ÀS 19H20MIN
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Declaro aberta a sessão extraordinária.
Sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos.
Convido o deputado Pastor Daniel de Castro para secretariar os trabalhos da mesa.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, só uma
dúvida: e o meu projeto?
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Chico Vigilante, eu não estava aqui.
Foi acordado que votaríamos esses 3 projetos em segundo turno e que, na sequência, incluiríamos os
itens nºs – pelo menos foi essa a relação que me deram aqui – 129, 121, 120, 118 e 111. Inclusive,
estão aqui os nomes: deputado Chico Vigilante, deputado Roosevelt, deputado Pastor Daniel de Castro
e deputado Iolando.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, há uma tradição de votarmos os projetos
de quem está presente.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Esse foi o acordo que foi feito.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, quem não estava...
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, é
que fizemos um acordo de votar o projeto do Executivo e depois viriam os projetos dos deputados,
mas o nobre deputado Gabriel Magno nos trouxe a questão de que haverá uma sessão solene. Em
consideração ao pedido dele, vou retirar o meu projeto de pauta.
Solicito aos nobres deputados que façam o mesmo, porque, com isso, privilegiaremos o
deputado Gabriel Magno, que fará uma sessão solene às 19 horas. Esse é o meu pedido. Eu solicito
que consulte os líderes.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Ainda dá tempo. Ainda faltam 4 minutos para
as 19 horas.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO GABRIEL MAGNO (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, só para
reafirmar o pedido que eu fiz de votarmos os projetos do segundo turno, que foram votados no
primeiro turno, principalmente os dos servidores, para darmos essa resposta. Eu tenho marcada uma
sessão solene, às 19 horas, no plenário, para celebrar o Dia do Químico. Por isso, pedi para votarmos
esses projetos e encerrar a sessão com o segundo turno desses que já foram votados, para que possa
acontecer o evento.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE (PT. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, o problema é
que foram colocando na frente outros projetos, e o meu foi ficando para trás.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado, da minha parte não há problema.
Basta vocês chegarem a um acordo.
DEPUTADO CHICO VIGILANTE – Portanto, sugiro a vossa excelência, que os projetos de quem
pediu e está em plenário – inclusive o meu, já que estou aqui – sejam...
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Deputado Chico Vigilante, vamos corrigir isso.
Perfeito. Então vamos lá.
(Manifestação fora do microfone.)
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
estou fazendo esse gesto porque sei que será uma sessão solene. Por isso, estou fazendo esse gesto.
Peço a vossa excelência, então, que esses projetos sejam os primeiros da Ordem do Dia de amanhã ou
da próxima sessão.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Pode ser? Então, agradeço. Vamos encerrar,
porque há essa sessão solene do deputado Gabriel Magno.
Dá-se início à
ORDEM DO DIA.
(As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia disponibilizada pela
Secretaria Legislativa/CLDF.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Item nº 1:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.130/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “Altera a Lei nº 7.313 de 27 de julho de 2023, que dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para o exercício financeiro de 2024 e dá outras providências”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 18 deputados.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Item nº 2:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.134/2024, de autoria do
Tribunal de Contas do Distrito Federal, que “dispõe sobre a estrutura remuneratória dos cargos efetivos
e sobre a recomposição parcial dos vencimentos dos cargos efetivos, dos cargos de natureza especial,
dos cargos em comissão e das funções de confiança do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do
Tribunal de Contas do Distrito Federal; altera a Lei nº 4.356, de 3 de julho de 2009, para dispor sobre
a progressão dos servidores do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Contas do
Distrito Federal; dispõe sobre a concessão de indenização de transporte prevista no art. 106 da Lei
Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011, no âmbito do Tribunal de Contas do Distrito
Federal e dá outras providências”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 18 deputados.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Item nº 3:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.135/2024, de autoria da Mesa
Diretora, que “dispõe sobre o reajuste das tabelas de remuneração do Quadro de Pessoal da Câmara
Legislativa do Distrito Federal para recomposição das perdas inflacionária e dá outras providências.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 18 deputados.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Item nº 4:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei Complementar nº 43/2024, de
autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o Poder Executivo Distrital a alterar projetos registrados,
desafetar, afetar, desconstituir ou doar bem de domínio público para criação, ampliação ou redução de
unidades imobiliárias destinadas a Equipamentos Públicos nas Regiões Administrativas do Gama - RA
II, Brazlândia - RA IV, Núcleo Bandeirante - RA VIII, Ceilândia - RA IX, Guará - RA X, Samambaia - RA
XII, Santa Maria - RA XIII, São Sebastião - RA XIV, Sobradinho II - RA XXVI e SIA - RA XXIX”.
Foi apresentada uma emenda de segundo turno.
A presidência designa o deputado Pepa para emitir parecer sobre a emenda.
Solicito ao relator, deputado Pepa, que emita parecer da Comissão de Assuntos Fundiários
sobre a emenda.
DEPUTADO PEPA (PP. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Assuntos Fundiários sobre a Emenda nº 1
apresentada ao Projeto de Lei Complementar nº 43/2024, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza
o Poder Executivo Distrital a alterar projetos registrados, desafetar, afetar, desconstituir ou doar bem
de domínio público para criação, ampliação ou redução de unidades imobiliárias destinadas a
Equipamentos Públicos nas Regiões Administrativas do Gama - RA II, Brazlândia - RA IV, Núcleo
Bandeirante - RA VIII, Ceilândia - RA IX, Guará - RA X, Samambaia - RA XII, Santa Maria - RA XIII, São
Sebastião - RA XIV, Sobradinho II - RA XXVI e SIA - RA XXIX”.
No âmbito desta comissão, somos pela aprovação da emenda.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 18 deputados.
A presidência designa o deputado Rogério Morro da Cruz para emitir parecer pela CDESCTMAT
à emenda – aquela sobre correção de texto.
Solicito ao relator, deputado Rogério Morro da Cruz, que emita parecer pela Comissão de
Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo sobre a
matéria.
DEPUTADO ROGÉRIO MORRO DA CRUZ (PRD. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) –
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Desenvolvimento
Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo à emenda apresentada ao
Projeto de Lei Complementar nº 43/2024, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o Poder
Executivo Distrital a alterar projetos registrados, desafetar, afetar, desconstituir ou doar bem de
domínio público para criação, ampliação ou redução de unidades imobiliárias destinadas a
Equipamentos Públicos nas Regiões Administrativas do Gama - RA II, Brazlândia - RA IV, Núcleo
Bandeirante - RA VIII, Ceilândia - RA IX, Guará - RA X, Samambaia - RA XII, Santa Maria - RA XIII, São
Sebastião - RA XIV, Sobradinho II - RA XXVI e SIA - RA XXIX”.
No âmbito desta Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia,
Meio Ambiente e Turismo, somos favoráveis à emenda de redação, de segundo turno, ao PLC nº
43/2024.
É o parecer.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão o parecer. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 18 deputados.
Solicito ao relator, deputado Eduardo Pedrosa, que emita parecer da CEOF sobre a emenda.
DEPUTADO EDUARDO PEDROSA (UNIÃO. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) –
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Economia, Orçamento e
Finanças à emenda apresentada ao Projeto de Lei Complementar nº 43/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “Autoriza o Poder Executivo Distrital a alterar projetos registrados, desafetar, afetar,
desconstituir ou doar bem de domínio público para criação, ampliação ou redução de unidades
imobiliárias destinadas a Equipamentos Públicos nas Regiões Administrativas do Gama - RA II,
Brazlândia - RA IV, Núcleo Bandeirante - RA VIII, Ceilândia - RA IX, Guará - RA X, Samambaia - RA XII,
Santa Maria - RA XIII, São Sebastião - RA XIV, Sobradinho II - RA XXVI e SIA - RA XXIX”.
Senhor presidente, nosso parecer é pela admissibilidade da emenda.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão o parecer. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 18 deputados.
A presidência designa o deputado Robério Negreiros para emitir parecer sobre a matéria.
Solicito ao relator, deputado Robério Negreiros, que emita parecer da Comissão de Constituição
e Justiça sobre a emenda.
DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS (PSD. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Senhor
presidente, senhoras e senhores deputados, parecer da Comissão de Constituição e Justiça à emenda
ao Projeto de Lei Complementar nº 43/2024, de autoria do Poder Executivo, que “Autoriza o Poder
Executivo Distrital a alterar projetos registrados, desafetar, afetar, desconstituir ou doar bem de
domínio público para criação, ampliação ou redução de unidades imobiliárias destinadas a
Equipamentos Públicos nas Regiões Administrativas do Gama - RA II, Brazlândia - RA IV, Núcleo
Bandeirante - RA VIII, Ceilândia - RA IX, Guará - RA X, Samambaia - RA XII, Santa Maria - RA XIII, São
Sebastião - RA XIV, Sobradinho II - RA XXVI e SIA - RA XXIX”.
Senhor presidente, nosso voto é pela admissibilidade à emenda de segundo turno.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Em discussão o parecer. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o parecer permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O parecer está aprovado com a presença de 18 deputados.
Em discussão o Projeto de Lei Complementar nº 43/2024, em segundo turno. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 16 votos favoráveis.
Está aprovado.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Item nº 2:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei Complementar nº 40/2024, de
autoria do Poder Executivo, que “Altera a Lei Complementar nº 326, de 4 de outubro de 2000, que
dispõe sobre a criação do Programa de Apoio ao Esporte – PAE e dá outras providências”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Peço à assessoria da mesa que abra o painel de votações.
Em votação.
Os deputados que votarem “sim” estarão aprovando o projeto; os que votarem “não” estarão
rejeitando-o.
Solicito às senhoras e aos senhores deputados que registrem o voto nos terminais.
Votação aberta.
(Procede-se à votação pelo processo eletrônico.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Votação encerrada.
A presidência vai anunciar o resultado da votação: 16 votos favoráveis.
Está aprovado.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Passamos à apreciação do último item.
Lembro a todos que, após a votação, vou iniciar o Grande Expediente. (Risos.)
Item nº 3:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.033/2024, de autoria do Poder
Executivo, que “Altera a Lei nº 7.377, de 29 de dezembro de 2023, que estima a receita e fixa a
despesa do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2024”.
Aprovado em primeiro turno, faremos a votação em segundo turno.
Em discussão.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO MAX MACIEL (PSOL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, antes de
encerrarmos os trabalhos, quero dizer que há a apreciação em segundo turno do nosso Projeto de Lei
nº 429/2023. Ele já estava junto, estava na regra. Ele foi apreciado em primeiro turno e, agora, falta o
segundo turno.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Da minha parte, se todos concordarem,
está ok.
DEPUTADO MAX MACIEL – Só foram projetos do Executivo? É isso?
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO MAX MACIEL – Ah, eu não ouvi. Desculpem-me. Eu não tinha entendido.
DEPUTADO JOAQUIM RORIZ NETO – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO JOAQUIM RORIZ NETO (PL. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente,
podemos votar em segundo turno o item nº 129?
(Intervenção fora do microfone.)
DEPUTADO MAX MACIEL – São muitos? (Pausa.) Dá para votarmos.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nós vamos votar o 985, do deputado Max
Maciel. (Pausa.) Qual é o projeto do deputado Max Maciel? O projeto do deputado Joaquim Roriz Neto
também é em segundo turno?
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, é o item nº 127, referente ao Projeto de Lei nº
429/2023.
DEPUTADO PEPA – Senhor presidente, solicito o uso da palavra.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Concedo a palavra a vossa excelência.
DEPUTADO PEPA (PP. Sem revisão do orador.) – Senhor presidente, solicito a apreciação do
Projeto de Lei nº 903.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – O deputado Pepa solicita a votação do Projeto
de lei nº 903/2024.
DEPUTADO MAX MACIEL – Senhor presidente, e a votação do Projeto de Lei nº 429/2023.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – E o Projeto de Lei nº 429/2023.
DEPUTADO MAX MACIEL – São todos em segundo turno e com votação nominal.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Vamos votar logo tudo, já estamos aqui
mesmo. Vamos lá. Será o tempo para que o pessoal da solene chegue.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final do Projeto de
Lei nº 1.033/2024, aprovado com a presença de 18 deputados.
O projeto vai a sanção.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 985/2024, de autoria do
deputado Wellington Luiz, que “Altera a Lei nº 3.035, de 18 de julho de 2002, que “Dispõe sobre o
Plano Diretor de Publicidade das Regiões Administrativas do Plano Piloto – RA I, do Cruzeiro - RA XI, de
Candangolândia – RA XVIX, Lago Sul – RA XVI e do Lago Norte – RA XVIII”, em tramitação conjunta
com Projeto de Lei nº 1.066/2024, de autoria do deputado Jorge Vianna , que “Altera a Lei nº 3.035,
de 18 de julho de 2002, que “dispõe sobre o Plano Diretor de Publicidade das Regiões Administrativas
do Plano Piloto – RA I, do Cruzeiro - RA XI, de Candangolândia – RA XVIX, Lago Sul – RA XVI e do
Lago Norte – RA XVIII".
Solicito que as senhoras e os senhores deputados registrem a presença nos terminais para
recomposição do quórum.
(Procede-se à verificação do quórum por meio do painel eletrônico.)
(Pausa.)
(Assume a presidência o deputado Robério Negreiros.)
PRESIDENTE (DEPUTADO ROBÉRIO NEGREIROS) – Aprovado em primeiro turno.
Discussão e votação, em segundo turno.
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam os projetos permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com 10 votos favoráveis. Houve 3 votos contrários. (Pausa.)
O Projeto de Lei nº 985/2024 está aprovado com 10 votos favoráveis. Houve 3 votos
contrários. (sic)
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Passo a presidência ao deputado Wellington Luiz e já me despeço de vossa excelência porque
vou embora.
(Assume a presidência o deputado Wellington Luiz.)
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Se vossa excelência sair, cai o quórum.
(Pausa.)
O deputado Eduardo Pedrosa chegou, temos 13 deputados.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 903/2024, de autoria do
deputado Pepa, que “Altera a Lei Nº 6.157, de 25 de junho de 2018, que "Disciplina o uso de caçambas
ou contêineres estacionários nos logradouros para recolhimento de entulho proveniente de obra e dá
outras providências”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 13 deputados. Houve 1 voto contrário, do
deputado Fábio Félix.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 334/2023, de autoria do
deputado Thiago Manzoni, que “Reconhece a Feira dos Importados de Taguatinga como de relevante
interesse cultural, social e econômico do Distrito Federal”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 14 deputados.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 1.053/2024, de autoria do
deputado Joaquim Roriz Neto, que “Institui protocolo de gestão de crise no enfrentamento de doenças
sazonais no Distrito Federal”.
Em discussão. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado com a presença de 14 deputados.
Nos termos do art. 202 do Regimento Interno, declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Item extrapauta:
Discussão e votação, em segundo turno, do Projeto de Lei nº 429/2023, de autoria do
deputado Max Maciel, que “Institui a Política Distrital “Vinícius Jr.” de combate ao racismo nos estádios
e arenas esportivas no âmbito do Distrito Federal”.
Aprovado em primeiro turno.
Em discussão, em segundo turno. (Pausa.)
Não havendo quem queira discutir, encerro a discussão.
Em votação.
Os deputados que aprovam o projeto permaneçam como estão; os que forem contrários
queiram manifestar-se. (Pausa.)
O projeto está aprovado, em segundo turno, com a presença de 14 deputados.
PRESIDENTE (DEPUTADO WELLINGTON LUIZ) – Nos termos do art. 202 do Regimento Interno,
declaro aprovada a redação final.
O projeto vai a sanção.
Agradeço a presença de todos.
Declaro encerrada a presente sessão extraordinária.
(Levanta-se a sessão às 19h20min.)
Observação: Nas notas taquigráficas, os nomes próprios ausentes de sites governamentais oficiais são reproduzidos de acordo
com a lista disponibilizada pelo Cerimonial desta casa ou pelo gabinete do deputado autor do requerimento de realização de
cada evento; os nomes não disponibilizados são grafados conforme padrão ortográfico do português brasileiro.
Siglas com ocorrência neste evento:
CDESCTMAT – Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo
CEOF – Comissão de Economia, Orçamento e Finanças
PAE – Programa de Apoio ao Esporte
PLC – Projeto de Lei Complementar
As proposições constantes da presente ata circunstanciada podem ser consultadas no portal da CLDF.
Documento assinado eletronicamente por MIRIAM DE JESUS LOPES AMARAL - Matr. 13516, Chefe do
Setor de Registro e Redação Legislativa, em 12/06/2024, às 16:59, conforme Art. 22, do Ato do Vice-
Presidente n° 08, de 2019, publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de
outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1708452 Código CRC: D950F59E.
DCL n° 129, de 17 de junho de 2024 - Suplemento
Ata Sucinta Sessão Extraordinária 22/2024
ATA DE SESSÃO PLENÁRIA
2ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 9ª LEGISLATURA
ATA SUCINTA DA 22ª (VIGÉSIMA SEGUNDA)
SESSÃO EXTRAORDINÁRIA,
EM 11 DE JUNHO DE 2024
SÚMULA
PRESIDÊNCIA: Deputados Wellington Luiz e Robério Negreiros
SECRETARIA: Deputado Pastor Daniel de Castro
LOCAL: Plenário da Câmara Legislativa do Distrito Federal
INÍCIO: 18 horas e 59 minutos
TÉRMINO: 19 horas e 20 minutos
Observação: A versão integral desta sessão encontra-se na ata circunstanciada.
1 ABERTURA
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara aberta a sessão.
2 ORDEM DO DIA
Observação: As ementas das proposições foram reproduzidas de acordo com a Ordem do Dia
disponibilizada pela Secretaria Legislativa/CLDF.
(1º) ITEM 1: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.130, de 2024, de autoria do
Poder Executivo, que “altera a Lei nº 7.313, de 27 de julho de 2023, que ‘dispõe sobre as diretrizes
orçamentárias para o exercício financeiro de 2024 e dá outras providências’”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (18 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(2º) ITEM 2: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.134, de 2024, de autoria do
Tribunal de Contas do Distrito Federal, que “dispõe sobre a estrutura remuneratória dos cargos efetivos
e sobre a recomposição parcial dos vencimentos dos cargos efetivos, dos cargos de natureza especial,
dos cargos em comissão e das funções de confiança do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do
Tribunal de Contas do Distrito Federal; altera a Lei nº 4.356, de 3 de julho de 2009, para dispor sobre a
progressão dos servidores do Quadro de Pessoal dos Serviços Auxiliares do Tribunal de Contas do
Distrito Federal; dispõe sobre a concessão de indenização de transporte prevista no art. 106 da Lei
Complementar nº 840, de 23 de dezembro de 2011, no âmbito do Tribunal de Contas do Distrito Federal
e dá outras providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (18 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(3º) ITEM 3: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.135, de 2024, de autoria da
Mesa Diretora, que “dispõe sobre o reajuste das tabelas de remuneração do Quadro de Pessoal da
Câmara Legislativa do Distrito Federal para recomposição das perdas inflacionárias e dá outras
providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (18 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(4º) ITEM 4: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei Complementar nº 43, de
2024, de autoria do Poder Executivo, que “autoriza o Poder Executivo Distrital a alterar projetos
registrados, desafetar, afetar, desconstituir ou doar bem de domínio público para criação, ampliação ou
redução de unidades imobiliárias destinadas a equipamentos públicos nas Regiões Administrativas do
Gama – RA II, Brazlândia – RA IV, Núcleo Bandeirante – RA VIII, Ceilândia – RA IX, Guará – RA X,
Samambaia – RA XII, Santa Maria – RA XIII, São Sebastião – RA XIV, Sobradinho II – RA XXVI e SIA –
RA XXIX”.
– Parecer do relator da CAF, Deputado Pepa, sobre a Emenda nº 1: favorável. APROVADO por votação
em processo simbólico (18 deputados presentes).
– Parecer do relator da CDESCTMAT, Deputado Rogério Morro da Cruz, sobre a Emenda nº 1:
favorável. APROVADO por votação em processo simbólico (18 deputados presentes).
– Parecer do relator da CEOF, Deputado Eduardo Pedrosa, sobre a Emenda nº 1:
favorável. APROVADO por votação em processo simbólico (18 deputados presentes).
– Parecer do relator da CCJ, Deputado Robério Negreiros, sobre a Emenda nº 1:
favorável. APROVADO por votação em processo simbólico (18 deputados presentes).
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo nominal, com 16 votos
favoráveis.
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(5º) ITEM 5: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei Complementar nº 40, de
2024, de autoria do Poder Executivo, que “altera a Lei Complementar nº 326, de 4 de outubro de 2000,
que dispõe sobre a criação do Programa de Apoio ao Esporte – PAE e dá outras providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo nominal, com 16 votos
favoráveis.
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(6º) ITEM 6: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.033, de 2024, de autoria do
Poder Executivo, que “altera a Lei nº 7.377, de 29 de dezembro de 2023, que estima a receita e fixa a
despesa do Distrito Federal para o exercício financeiro de 2024”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (18 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(7º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 985, de 2024, de
autoria do Deputado Wellington Luiz, que “altera a Lei nº 3.035, de 18 de julho de 2002, que ‘dispõe
sobre o Plano Diretor de Publicidade das Regiões Administrativas do Plano Piloto – RA I, do Cruzeiro –
RA XI, de Candangolândia – RA XVIX, Lago Sul – RA XVI e do Lago Norte – RA XVIII’”.
Observação: Em tramitação conjunta com Projeto de Lei nº 1.066, de 2024, de autoria do Deputado
Jorge Vianna, que “altera a Lei nº 3.035, de 18 de julho de 2002, que ‘dispõe sobre o Plano Diretor de
Publicidade das Regiões Administrativas do Plano Piloto – RA I, do Cruzeiro – RA XI, de Candangolândia
– RA XVIX, Lago Sul – RA XVI e do Lago Norte – RA XVIII’”.
– Votação das proposições em 2º turno. APROVADAS por votação em processo simbólico (13
deputados presentes). Houve 3 votos contrários.
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(8º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 903, de 2024, de
autoria do Deputado Pepa, que “altera a Lei nº 6.157, de 25 de junho de 2018, que “disciplina o uso de
caçambas ou contêineres estacionários nos logradouros para recolhimento de entulho proveniente de
obra e dá outras providências”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (13 deputados
presentes). Houve 1 voto contrário.
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(9º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 334, de 2023, de
autoria do Deputado Thiago Manzoni, que “reconhece a Feira dos Importados de Taguatinga como de
relevante interesse cultural, social e econômico do Distrito Federal”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (14 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(10º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 1.053, de
2024, de autoria do Deputado Joaquim Roriz Neto que “institui protocolo de gestão de crise no
enfrentamento de doenças sazonais no Distrito Federal”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (14 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
(11º) ITEM EXTRAPAUTA: Discussão e votação, em 2º turno, do Projeto de Lei nº 429, de
2023, de autoria do Deputado Max Maciel que “institui a Política Distrital ‘Vinícius Jr.’ de combate ao
racismo nos estádios e arenas esportivas no âmbito do Distrito Federal”.
– Votação da proposição em 2º turno. APROVADA por votação em processo simbólico (14 deputados
presentes).
– Apreciação da redação final. APROVADA.
3 ENCERRAMENTO
Presidente (Deputado Wellington Luiz)
– Declara encerrada a sessão.
Observação: Os relatórios de presença por recomposição de quórum e as folhas de votação nominal,
encaminhados pelo Setor de Apoio ao Plenário e pela Secretaria Legislativa, estão anexos a esta ata.
Eu, Primeiro-Secretário, nos termos do art. 128 do Regimento Interno, lavro a presente ata.
DEPUTADO PASTOR DANIEL DE CASTRO
Primeiro-Secretário
Documento assinado eletronicamente por DANIEL DE CASTRO SOUSA - Matr. 00160, Primeiro(a)-
Secretário(a), em 12/06/2024, às 15:09, conforme Art. 22, do Ato do Vice-Presidente n° 08, de 2019,
publicado no Diário da Câmara Legislativa do Distrito Federal nº 214, de 14 de outubro de 2019.
A autenticidade do documento pode ser conferida no site:
http://sei.cl.df.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir&id_orgao_acesso_externo=0
Código Verificador: 1708614 Código CRC: 2793B22A.