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CPI visita Escola Classe Guariroba após Ibama negar licença para termelétrica

Publicado em 17/10/2025 14h44

Foto: Ângelo Pignaton/Agência CLDF

Deputados integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito do Rio Melchior da Câmara Legislativa fizeram nesta sexta-feira (17) uma visita técnica às dependências da Escola Classe Guariroba de Samambaia. A visita, que já estava agendada previamente, ocorreu um dia após o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negar a licença ambiental para a construção de uma usina termelétrica na região. 

A possibilidade de construção da usina ameaçava o fechamento da escola, que agora pode seguir em funcionamento. No parecer que negou a licença ambiental, o Ibama alega que a usina causaria impacto negativo na fauna do cerrado e no rio Melchior. O parecer destaca ainda que a construção de uma usina termelétrica na região teria impacto direto e irreversível sobre a Escola Classe Guariroba, que teria que ser removida. 
 

(Foto: Ângelo Pignaton/Agência Maciel)


A notícia do parecer do Ibama negando a licença ambiental foi uma surpresa positiva tanto para a comunidade escolar como para os deputados da CPI. “Tivemos uma importante vitória ontem com a decisão do Ibama. Na verdade, a construção de uma usina termelétrica aqui não tem justificativa energética, ambiental nem social. A comunidade teria que conviver com três enormes chaminés expelindo poluentes. É uma vitória para esta escola que já teve que ser removida de outro local antes por causa do aterro sanitário de Brasília”, comemorou o deputado Gabriel Magno (PT).

A presidente da CPI do Rio Melchior, deputada Paula Belmonte (Cidadania), também celebrou a notícia. “Estamos falando de uma escola que já foi realocada uma vez e que é muito importante para uma comunidade que já sofre com a poluição do rio Melchior, com a falta de transporte público e de serviços básicos. Me marcou muito vir aqui e ouvir os estudantes defendendo sua escola. Em especial, chamou minha atenção um aluno que nos pediu para acabar com a poluição do rio Melchior, que passa aqui perto e deixa mau cheiro não só na escola, mas também nas residências da comunidade. Agora que a permanência da escola está garantida, vamos lutar para garantir reformas e ampliação do espaço pedagógico”, afirmou. 

 

Nathália Pacheco (Foto: Ângelo Pignaton/Agência CLDF) 

 

Para a diretora da Escola Classe Guariroba, Nathália Pacheco, o parecer do Ibama traz tranquilidade para a comunidade escolar. “As crianças choravam questionando se a escola seria demolida. Estávamos vivendo uma situação difícil, pois a primeira mudança de localização da escola acarretou em um aumento da evasão escolar e queda nos índices de desempenho. Não podemos deixar que a comunidade sofra novamente por conta de interesses particulares”, ressaltou a diretora. 

Eder Wen - Agência CLDF