Audiência pública debate situação dos agentes de saúde
Audiência pública debate situação dos agentes de saúde

Coube à secretária de Saúde, Fabíola de Aguiar Nunes, dar a notícia que os agentes não desejavam ouvir: de que a nomeação do grupo só será possível depois de superado o imbroglio jurídico surgido após a contratação dos primeiros agentes, pelo então Instituto Candango de Solidariedade.
:A definição da situação funcional dos agentes, segundo a secretária de Saúde, é um dos primeiros pontos a serem superados para a convocação dos 250 concursados, pois não há como coexistir, na mesma categoria, agentes regidos pela CLT e pela Lei 8.112/90. A melhor alternativa, de acordo com Fabíola, é partir para a criação da carreira de agente comunitário.
A subsecretária de Planejamento, Orçamento e Gestão Administrativa, Josélia Praça Medeiros, garantiu que a prioridade do governo é para a saúde, mas deve fazer isso sem descuidar do equilíbrio orçamentário e das demais áreas que demandam atenção e recursos.
O presidente do Sindicato dos Agentes de Saúde do DF, Wandermann Martins, cobrou solução urgente para a situação dos 250 agentes que, em razão de acordo sacramentado em março passado, já foram capacitados e cumpriram todas as exigências feitas para ocuparem os cargos.
Wandermann disse que as sucessivas consultas à Procuradoria Geral do DF e as indefinições em torno da questão parecem uma "novela mexicana" e que o impasse persiste, embora o Distrito Federal tenha uma das piores coberturas no tocante à atenção primária à saúde. É em decorrência desse problema, conforme afirmou, que os hospitais estão lotados.
O deputado Dr. Charles (PTB), nas sucessivas intervenções que fez durante os debates, afirmou que a situação não comporta mais espera e que há urgência absoluta no seu encaminhamento. Adiantou, em contraponto a uma sugestão da secretária de Saúde, que a Casa está pronta para contribuir para a criação de uma carreira de agente comunitário, aventada por ela como a melhor alternativa para superação da questão.
A deputada Erika Kokay (PT) considerou que, para a saúde pública funcionar bem, faz-se necessário dar poder aos conselhos de saúde e fortalecer a atenção básica. A contratação de profissionais de saúde, prosseguiu, só será eficaz com a contratação de administradores e aumento da capacidade gerencial do governo.
Ao final, representantes de várias categorias retrataram carências de suas áreas e andamento das nomeações.