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A Comissão de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Ciência, Tecnologia, Meio Ambiente e Turismo realizou nesta quinta-feira (9) audiência pública com o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Distrito Federal, André Lima. No encontro foi apresentado aos parlamentares e à comunidade o plano do GDF para lidar com as 34 milhões de toneladas de resíduos acumulados no Lixão da Estrutural e a política de reciclagem e coleta seletiva.

O subsecretário de Resíduos Sólidos, Paulo Celso dos Reis, explicou que a prioridade é suspender o aterramento de mais lixo e trabalhar a situação dos catadores que trabalham no local. "A área do Lixão será utilizada para outras atividades do sistema de coleta, após a construção do Aterro Oeste, em Samambaia. Hoje os catadores vivem em condições subumanas, não há como prover condições adequada naquele lugar", afirmou Paulo Celso.

O subsecretário também destacou o baixo índice de reclicagem no DF. "A estimativa era de que chegássemos à 15%, mas estamos com apenas 5%", destacou. As pessoas não estão participando e as empresas contratadas estão trabalhando abaixo de suas capacidades e limites contratuais.

Em resposta ao deputado Rodrigo Delmasso (PTN), o secretário André Lima destacou que a secretaria está sanando os antigos problemas de gestão no Fundo Único de Meio Ambiente, que apresentou baixa execução orçamentária em 2014. "Além da burocracia e da falta de pessoal, não houve também por parte do governo um processo intensivo de mobilização da sociedade para apresentar projetos". Lima também defendeu a construção de ecopontos em substituição aos locais clandestinos de descartes de lixo. "Temos cerca de mil aéreas de bota fora no DF, que podem ser suprimidos com no mínimo 100 ecopontos".

Recursos – Ao término da reunião, o secretário disse que "tem rubrica, mas não tem dinheiro" para os ecopontos. Os deputados Rodrigo Delmasso e Joe Valle se comprometeram a destinar parte das emendas parlamentares à construção dos ecopontos.

Sobre a crise econômica que o GDF enfrenta, Joe Valle considera que não é pelo aumento de impostos que a questão será resolvida, mas pelo "pacto com o setor produtivo". Segundo Joe, "a forma de fazer a virada é criar um ciclo virtuoso no setor produtivo, que precisa se sentir seguro para investir".

Por fim, Delmasso sugeriu a realização de "audiências de conscientização e sensibilização" junto à população para explicar a importância dos ecopontos. Ele propôs uma agenda conjunta entre a comissão e a secretaria, mas para tanto é necessário, primeiramente, "o cronograma de instalação" dos ecopontos.